ATIVIDADES PRÁTICAS

SUPERVISIONADAS

Administração

8ª Série Jogos de Empresa

A atividade prática supervisionada (ATPS) é um procedimento metodológico de ensino-

aprendizagem desenvolvido por meio de um conjunto de etapas programadas e

supervisionadas e que tem por objetivos:

Favorecer a aprendizagem.

Estimular a corresponsabilidade do aluno pelo aprendizado eficiente e eficaz.

Promover o estudo, a convivência e o trabalho em grupo.

Desenvolver os estudos independentes, sistemáticos e o autoaprendizado.

Oferecer diferentes ambientes de aprendizagem.

Auxiliar no desenvolvimento das competências requeridas pelas Diretrizes

Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação.

Promover a aplicação da teoria e conceitos para a solução de problemas práticos

relativos à profissão.

Direcionar o estudante para a busca do raciocínio crítico e a emancipação intelectual.

Para atingir estes objetivos, a ATPS propõe um desafio e indica os passos a serem

percorridos ao longo do bimestre para a sua solução.

A sua participação nesta proposta é essencial para que adquira as competências e

habilidades requeridas na sua atuação profissional.

Aproveite esta oportunidade de estudar e aprender com desafios da vida profissional.

AUTOR Prof. Me. Jefferson Dias

Centro de Educação a Distância da Universidade Anhanguera-Uniderp

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Ao concluir as etapas propostas neste desafio, você terá desenvolvido as competências e habilidades que constam nas Diretrizes Curriculares Nacionais descritas a seguir:

Reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão.

Desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, e diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável.

Desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias administrativos, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais.

Participação Para a realização desta ATPS, os alunos deverão previamente organizar-se em equipes

de até cinco participantes, definidas pelo tutor, e entregar seus nomes, RAs e e-mails ao mesmo, que fará o acompanhamento das atividades nos encontros presenciais. Essas equipes serão mantidas durante todas as etapas.

Padronização O material a ser produzido neste desafio deve ser estruturado de acordo com as normas

da ABNT1, com o seguinte padrão: em páginas com formato A4; com margens esquerda e superior de 3cm, direita e inferior de 2cm; fonte Times New Roman tamanho 12, cor preta; espaçamento de 1,5 entre linhas; se houver citações com mais de três linhas, devem ser em fonte tamanho 10, com

um recuo de 4cm da margem esquerda e espaçamento simples entre linhas; com capa, contendo:

logo oficial da Anhanguera Educacional – Uniderp; nome de sua Unidade de Ensino, Curso e Disciplina; nome e RA de cada participante; título da atividade; nome do professor de Ensino a Distância (EAD) da disciplina; nome do tutor de Ensino a Distância (EAD) da disciplina; cidade e data da entrega, apresentação ou publicação.

1 Consulte o Manual para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos. Unianhanguera. Disponível em:

<http://www.unianhanguera.edu.br/anhanguera/bibliotecas/normas_bibliograficas/index.html>.

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DESAFIO

“O baixo crescimento da economia brasileira analisado pelo prisma da teoria dos jogos. ”

A edição 1067 da Revista Exame de 11 de junho de 2014 trás como capa o tema “por que o Capitalismo é tão injusto?” (versão eletrônica disponível em http://exame.abril.com.br/revista-exame/dashboard/sumario-ipad/1067/index.shtml?mt249, acesso em 15/06/2014). A discussão é pertinente principalmente pelo fato de que existem países (ex.: países do norte da Europa) que conseguiram chegar a um patamar em que a distância socioeconômica entre pobres e ricos já não é tão extrema quanto no Brasil. São países que conseguiram encontrar um equilíbrio entre a necessidade de existência de um governo que se responsabilize pela ordem social e política, e serviços como saúde e educação, sem prejudicar a atuação empresarial que dá sustentabilidade econômica para todo esse aparato. Tudo isso, no entanto, não aconteceu do dia para a noite. Alguns séculos de amadurecimento cultural foram necessários para que esses países chegassem à situação em que se encontram hoje.

Essas questões – que têm sido tema das mobilizações populares vistas recentemente – ainda estão longe de serem resolvidas no Brasil. Em nosso país ainda reina a filosofia clássica do capitalismo, que foi inicialmente traçada por Adam Smith em 1776 em seu livro “A Riqueza das Nações”, e que criou o conceito de que cada pessoa que venda um produto ou preste um serviço sempre fará o melhor por seu cliente para que este volte a comprar em seu estabelecimento, ou o indique a terceiros. Em outras palavras, ele faz o melhor pelo bem-estar do cliente, mas pensando no que é melhor para si próprio. Bêrni (p.27-28) chama este comportamento de egoísta racional, o que Nash, ao derivar seu equilíbrio na teoria dos jogos, já no século XX, refutou dizendo que o melhor mesmo é aquilo que a pessoa faz pensando no seu próprio bem-estar e no do grupo, quando, então, ambas as partes saem satisfeitas. O grande problema, em um país de raízes capitalistas como o Brasil e que a cultura ainda se pauta por “levar vantagem em tudo”, é se alcançar o equilíbrio de Nash entre população e governo.

Será que conseguiremos chegar nesse ponto como os países nórdicos conseguiram? Certamente não no curto prazo, pois isso decorre de mudanças culturais profundas que não ocorrem em anos, mas sim, em décadas ou séculos. Não é mudando o meio que se mudam as pessoas, mas sim, são as evoluções que ocorrem nas consciências das pessoas que mudam o meio.

Dentro de nossa realidade econômica, hoje temos problemas mais prementes que temos, sim, condições de resolver no curto prazo, mas isso depende da atuação daqueles que nós, eleitores, colocamos no poder. Se nós soubermos o que deve ser feito, e fizermos uma análise sobre o perfil daqueles que estão se candidatando, suas atuações passadas, filosofia política e proposta de trabalho, nós temos ótimas condições de alinhar nosso voto com o dirigente mais adequado

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para a resolução dos problemas de maior prioridade do país, e é sobre essa reflexão que este desafio foi construído.

OBJETIVO DO DESAFIO

O seu desafio é fazer uma análise mais profunda sobre as questões dos gastos públicos e da poupança privada, as quais têm sido consideradas as principais razões para os baixos níveis de crescimento apresentados por nossa economia, utilizando a teoria dos jogos como instrumento de interpretação dos dados a serem levantados.

ETAPA 1

Passo 1

Antes de criarmos um modelo que nos permita cruzar os gastos públicos com a poupança privada, necessitamos levantar alguns dados que nos permitam analisar a situação em que o país se encontra nesse momento.

Primeiramente é necessário conhecer o crescimento histórico do PIB (produto interno bruto) do país e compreender o reflexo do crescimento do país na geração de empregos.

Acesse o link http://noticias.r7.com/economia/noticias/afetada-por-crise-e-pela-inflacao-economia-brasileira-cresce-0-9-em-2012-20130301.html (acesso em 15/06/2014), leia a reportagem “afetada por crise internacional e pela inflação, economia brasileira cresce 0,9% em 2012” do site R7 Noticias, copie e cole o gráfico que contém o histórico do PIB brasileiro de 1996 a 2012 no seu relatório (não deixe de colocar a fonte abaixo do canto inferior esquerdo do gráfico). Procure na internet o índice do PIB de 2013 e a previsão mais atualizada para 2014, índices estes que fecharão a sua série. Logo abaixo do gráfico, faça uma análise do gráfico dividindo-o em duas fases: uma até 2010 e outra de 2011 para frente.

Agora acesse o link http://www.cartacapital.com.br/economia/por-que-a-taxa-de-desemprego-permanece-baixa-5348.html (acesso em 15/06/2014), leia a reportagem “por que a taxa de desemprego permanece baixa?” do site Carta Capital, copie e cole o gráfico que contém a geração de empregos formais para o período de 2009 a 2013 no seu relatório (não deixe de colocar a fonte abaixo do canto inferior esquerdo do gráfico). Logo abaixo do gráfico,

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faça uma análise relacionando o que aconteceu com o PIB e com a geração de empregos formais no período de 2009 à 2013.

ETAPA 2

Passo 2

O crescimento da capacidade de produção de riqueza visualizada em um determinado ano não pode ser compreendido como o resultado de todo o esforço econômico realizado apenas naquele ano. Há grandes investimentos tanto em infraestrutura (produção e distribuição de energia, estradas para escoamento de produção, portos para a exportação da produção, etc.) como em empresas de maior porte (plantas industriais para produção de alumínio, derivados de minério de ferro ou celulose) que são realizados em um período, mas começam a gerar riqueza em outro. Hoje uma das maiores necessidades do país é energia. Há usinas hidrelétricas em construção que podem levar até 10 anos para ficarem prontas, e somente depois disso é que o país poderá celebrar sua produção.

Grandes investimentos necessitam de recursos que podem vir da poupança interna (do próprio país) ou da externa (de outros países). A interna tem sempre um custo bem mais baixo, pois já se encontra na própria moeda do país, é remunerada a taxas que variam de 6,5% a 11% ao ano (ex.: poupança e fundos de renda fixa de longo prazo), tem baixos custos de transação, pois pode ser disponibilizada regularmente para investimentos públicos ou privados. Já a poupança externa já vem em outra moeda (portanto, há a necessidade de conversão pelo câmbio) e remunera os investidores de outro país. Mesmo que venha a um custo mais baixo que o interno (o Brasil ainda tem um dos juros mais altos do mundo), essas taxas vêm com spreads, ou seja, taxas adicionais que sobem em função do risco país e de inadimplência. Portanto, quanto mais alto o risco país, mais alto o spread. Além disso, os prazos são menos flexíveis.

Acesse o link http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1066/noticias/so-quem-poupa-enriquece (acesso em 14/06/2014), leia o artigo eletrônico da Revista Exame intitulado “para crescer, o Brasil precisa poupar mais”, com foco nas explicações dadas sobre a evolução da poupança brasileira em comparação com os gastos públicos. Faça uma análise do que

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aconteceu com a evolução da poupança doméstica entre 1999 e 2013, assim como da evolução dos gastos públicos neste mesmo período.

Segue abaixo um gráfico com a série histórica de 1960 a 2010 da poupança doméstica do Brasil em relação ao PIB, mediante dados do Banco Mundial, para ampliação da sua análise.

Fonte: Indicadores de Crescimento do Banco Mundial (disponível em http://mansueto.wordpress.com/2012/05/18/consumo-poupanca-e-crescimento/, acesso em 24/06/2014).

ETAPA 3

Passo 3

Nos passos 1 e 2 você pode conhecer como vem se dando a evolução do PIB brasileiro, a criação de empregos e a poupança interna. Agora é chegado o momento de entender o que vem acontecendo com os gastos públicos, assunto sobre o qual a reportagem introduzida no passo 2 realiza extensa reflexão.

Acesse o link http://pt.tradingeconomics.com/brazil/government-spending, (acesso em 15/06/2014), na caixa pull-down que contém os períodos inicial e final a esquerda da tela, defina como ano inicial o ano de 1995. Copie e cole o gráfico com os gastos públicos do governo

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brasileiro no seu relatório (não deixe de colocar a fonte abaixo do canto inferior esquerdo do gráfico). Pode copiar, também, o quadro que vem logo abaixo.

Com todos os dados levantados até aqui, redija um texto discutindo sobre a relação existente entre o crescimento do PIB, a evolução da criação de empregos, o nível de poupança interna, os gastos públicos e a falta de investimento no país. Para enriquecer seu texto, utilize os dados dos próprios gráficos em determinados anos como comparação e cite exemplos, inclusive, de sua própria vivência para ilustrar seu posicionamento.

ETAPA 4

Passo 4

Após a redação do texto solicitado no passo 03, você certamente terá desenvolvido uma visão bem mais abrangente sobre o problema do baixo crescimento que o Brasil vem vivendo nos últimos anos e o reflexo disso para a geração de novos empregos no mercado de trabalho. Agora você deverá construir um modelo matricial que confronte os gastos do governo com a poupança das famílias, utilizando o que a teoria dos jogos tem de melhor que é a simplificação de modelos econômicos que podem até parecer complexos, a princípio, mas que se mostram fáceis de ser compreendidos através dos modelos matriciais criados pela metodologia.

Payoffs para os gastos públicos:

o Se aumentarem ... payoff de -2

o Se forem mantidos ... payoff de -1

o Se forem reduzidos ... payoff de 0

Os gastos públicos, da forma como estão, já estão prejudicando o país, por isso uma perda (payoff negativo) de -1. Caso aumentem, a perda é ainda maior, por isso um payoff negativo de -2. Se forem reduzidos, no entanto, já temos um ganho, mas isso dependerá do nível da

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redução. Considerando o histórico que temos até aqui, não dá para se esperar uma redução radical, e para representarmos essa possibilidade, vamos trabalhar com um payoff de 0.

Payoff para a poupança das famílias:

o Se aumentar ... payoff de 2

o Se se mantiver ... payoff de 1

o Se reduzir ... payoff de 0.

A poupança das famílias, da forma como se encontra, está financiando o pequeno investimento que nosso governo consegue fazer nos dias de hoje, razão pela qual vamos trabalhar com um payoff positivo de 1 para sua manutenção. Se ela aumentar, a situação só melhora, portanto, um payoff positivo de 2. Finalmente, se ela reduzir, a situação só piora, mas se fizermos uma análise histórica, ela já está em um nível bastante baixo, sem tendência de maiores reduções. Além disso, as famílias já se encontram bastante endividadas, e nesses momentos, a tendência é o pagamento das dívidas e o investimento do pouco que sobra. Assim sendo, vamos trabalhar com um payoff de 0, ou seja, sem tendência.

Agora você deverá montar uma matriz de decisões 3 x 3 (3 linhas e 3 colunas) que deverá representar as possibilidades colocadas acima, e que também irá facilitar a análise da situação em que o país se encontra e os caminhos que poderão ser seguidos.

ETAPA 5

Passo 5

A partir da matriz de decisões 3 x 3 que você elaborou no passo 4, agora você deverá simplificá-la através do método da eliminação interativa de estratégias dominadas. Identifique as estratégias dominadas tanto pelo ângulo da poupança das famílias como pelo dos gastos do governo e as elimine do modelo. Caso, ao chegar à matriz 2 x 2, você ainda encontre estratégias estritamente dominadas, pode eliminá-las do modelo. Caso você chegue a uma matriz 1 x 1, você terá a comprovação, através da teoria dos jogos, de quais são efetivamente as duas

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melhores estratégias a serem buscadas tanto para os gastos do governo como para a poupança das famílias brasileiras.

ETAPA 6

Passo 6

A equipe deverá elaborar um relatório final contendo todas as etapas desta ATPS e postá-lo individualmente no ambiente virtual, para a avaliação e validação da nota pelo tutor, em arquivo único, com extensão “.doc”.

Livro-Texto da Disciplina

FIANI, Ronaldo. Teoria dos Jogos. Rio de Janeiro: Campus, 2009.

Critérios de Avaliação

Cumprimento das etapas da ATPS.

Estrutura analítica do relatório.

Análise dos relatórios.

Referências Bibliográficas

BÊRNI, Duílio de Ávila. Teoria dos Jogos: Jogos de Estratégia, Estratégia Decisória, Teoria da

Decisão. Rio De Janeiro: Reichmann & Affonso, 2004.

FIANI, Ronaldo. Teoria dos Jogos. Rio de Janeiro: Campus, 2009.

Revista Exame. Edição 1067, Ano 48, nº 11 de 11/06/2014. Versão eletrônica disponível em

http://exame.abril.com.br/revista-exame/dashboard/sumario-

ipad/1067/index.shtml?mt249. Acesso em 15/06/2014.

Maia Júnior, Humberto. Artigo eletrônico da Revista Exame intitulado “Para crescer, o Brasil

precisa poupar mais” disponível em: http://exame.abril.com.br/revista-

exame/edicoes/1066/noticias/so-quem-poupa-enriquece. Acesso em 15/06/2014.

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Anexo I A matriz desenvolvida no passo 5 demonstra a estratégia dominante do modelo, ou seja,

quais seriam as opções ideais para o país voltar a crescer no médio prazo. Veja que o modelo

simplificou dados provenientes de quatro gráficos e três artigos em uma matriz 1 x 1 que nos

mostra, exatamente, qual é o caminho e a direção mais lógica a ser seguida pela economia do

país.

Essa situação me faz lembrar de um outro jogo, um clássico dos jogos de interação

estratégica, chamado de “caça ao cervo”. Esse jogo foi primeiramente desenvolvido por Jean-

Jacques Rousseau em sua obra Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade do

Homem (1754-55) onde o autor discute os primórdios da cooperação entre os homens. Nesse

jogo, um grupo de caçadores se reúne em função de um interesse mútuo que é caçar um cervo.

Por se tratar de um animal de grande porte, rápido e ágil, eles precisavam se organizar em

grupo por que nenhum deles conseguiria caçar o cervo sozinho. Por outro lado, isso não

acontecia, por exemplo, no caso das lebres as quais um homem não precisaria de ajuda para

caçar. Naquele momento da história, o que prevalecia era a busca pela solução de problemas

imediatos, e as poucas situações de cooperação mútua que havia ocorriam pelo fato de não

haver outra solução para o problema. Os vínculos dessa união, no entanto, eram frágeis e, uma

vez cumprida a tarefa, eles voltariam a se separar.

Assim sendo, para que todos conseguissem caçar o cervo, todos deveriam se dispor em

determinada ordem, permanecer cada no seu lugar e cumprir fielmente com o seu papel. No

entanto, caso uma lebre passasse perto de um caçador, ele certamente deixaria seu lugar para

caçá-la, fazendo fracassar o planejamento de caça ao cervo.

O jogo da caça ao cervo representa uma situação de interação estratégica em que o

melhor resultado depende da cooperação de todos, e se alguém buscar um resultado

individual mais imediato, aqueles que se mantiverem fiéis ao compromisso inicial serão

prejudicados (adaptado de Fiani, p.113-115).

Esse é um jogo muito utilizado, nos dias de hoje, por cientistas sociais para estudar o

contrato social, que pode ser compreendido como sendo um contrato que os indivíduos fariam

implicitamente para viver em sociedade, no qual seriam definidos seus direitos e deveres de

forma a tornar possível a convivência em sociedade. O Estado seria o agente encarregado de

garantir o cumprimento desse contrato social.

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Ao chegar ao final deste desafio de aprendizagem, agora com o apoio à tomada de

decisão do modelo desenvolvido no exercício somado à reflexão trazida pelo jogo da caça ao

cervo, você poderá, então, fazer suas próprias reflexões sobre as necessidades econômicas do

país no que diz respeito, pelo menos, às despesas públicas e à poupança interna.