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CURSO ONLINE BIZU DE ATUALIDADES PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 1 Prof a Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br BIZU DE ATUALIDADES – 2013 Olá, meus amigos, tudo bem? Meu nome é Virgínia Guimarães, atualmente, leciono várias disciplinas da área de humanas em uma faculdade na cidade de Olinda/PE e, desde 2010, dou aulas de Conhecimentos Gerais, Atualidades e Geografia aqui no site do Ponto dos Concursos. ;) A idéia desta aula é trazer aqueles assuntos que tem sido mais freqüente nos últimos concursos, portanto, ela acaba servindo a dois estilos diferentes de alunos: aos que estão se preparando a tempos e aos que não tiveram muito tempo pra se preparar da melhor forma. Explico! Para aqueles que já se preparam há muito tempo é uma ótima oportunidade de fazer uma revisão caprichada e, para aqueles que se dedicaram a matérias com maior peso e deixaram de lado Atualidades, é uma forma importante de não chegar completamente “cru” na prova. Como o nosso curso é bem rápido, tratarei de algumas questões que tem despencado em concurso e, possivelmente, podem compor a prova do concurso do ICMS/SP também. Deste modo, meus queridos, é de suma importância que vocês estejam atentos aos temas e que busquem aprofundar-se mais naquilo que sentirem maiores dificuldades, ok? Então, vamos deixar de conversa e passemos aos assuntos de nossa aula!

Atualidades para Concurso

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Profa Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br

BIZU DE ATUALIDADES – 2013

Olá, meus amigos, tudo bem?

Meu nome é Virgínia Guimarães, atualmente, leciono várias disciplinas

da área de humanas em uma faculdade na cidade de Olinda/PE e, desde 2010, dou

aulas de Conhecimentos Gerais, Atualidades e Geografia aqui no site do Ponto dos

Concursos. ;)

A idéia desta aula é trazer aqueles assuntos que tem sido mais freqüente

nos últimos concursos, portanto, ela acaba servindo a dois estilos diferentes de

alunos: aos que estão se preparando a tempos e aos que não tiveram muito tempo

pra se preparar da melhor forma. Explico!

Para aqueles que já se preparam há muito tempo é uma ótima

oportunidade de fazer uma revisão caprichada e, para aqueles que se dedicaram a

matérias com maior peso e deixaram de lado Atualidades, é uma forma importante

de não chegar completamente “cru” na prova.

Como o nosso curso é bem rápido, tratarei de algumas questões que tem

despencado em concurso e, possivelmente, podem compor a prova do concurso do

ICMS/SP também. Deste modo, meus queridos, é de suma importância que vocês

estejam atentos aos temas e que busquem aprofundar-se mais naquilo que

sentirem maiores dificuldades, ok?

Então, vamos deixar de conversa e passemos aos assuntos de nossa aula!

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Meio ambiente e sustentabilidade

Bom, pessoal, de todas as provas que vi nos últimos meses, em

ABSOLUTAMENTE TODAS o meio ambiente compôs a prova de Atualidades e

esteve presente, portanto, que tal iniciarmos com este assunto? ;)

Dando uma vasculhada nos jornais, revistas ou mesmo assistindo aos

noticiários, logo percebemos que a questão ambiental e s t á s e m p r e

p e r m e a n d o a agenda política do mundo contemporâneo o que a torna também

uma questão política e econômica.

A impressão que temos é que TODOS os países do mundo vem buscando

meios para aprofundar o conhecimento acerca desse tema, inclusive, como forma

de subsidiar tomada de decisões no enfrentamento do problema.

Várias são as conferências feitas em todo mundo que tratam do princípio

ecológico da sustentabilidade. Mas, afinal, o que vem a ser isso?

Podemos entender este desenvolvimento como sendo

Aquele que atende as necessidades do sistema

produtivo e das gerações atuais, sem comprometer a

capacidade das futuras gerações de terem suas

próprias necessidades atendidas.

Resumindo: "crescer sem destruir”. Em outras palavras, é a noção de que

o crescimento econômico deve levar em consideração a inclusão social e a proteção

ambiental

Dessa forma, o que mais se tem procurando hoje em dia é fazer uma

adequação do sistema produtivo à capacidade de regeneração do planeta, o que

implica não consumir nem descartar mais produtos que a Terra é capaz de

suportar.

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Lembrem-se: o desenvolvimento sustentável é a maneira mais viável de

manter o desenvolvimento político, social e principalmente econômico de maneira

equilibrada com o meio ambiente!

Novo Código Florestal

Na esteira da questão ambiental em nível mundial, aqui no Brasil o

assunto também gerou inúmeros debates e controversas!

Exemplo disso é o Novo Código Florestal! Para falarmos de forma mais

“simples”, esse código é o conjunto de regras que regulamenta todas as práticas

que se referem à utilização do meio ambiente no Brasil. É ele que determina o que

se pode desmatar e o que, obrigatoriamente, deve ser preservado e protegido pelos

produtores, ou seja, ele define as formas e proporções da preservação do meio

ambiente mesmo dentro das propriedades rurais.

Com essa “onda verde”, em que todos os países do mundo voltam suas

atenções para a preservação ambiental, a discussão sobre a nossa legislação

florestal não pôde mais ser adiada, como vinha sendo feito. E assim, o texto do

Novo Código entrou para a discussão nas casas legislativas brasileiras.

Os pontos de maior discussão giram em torno de se incluir punições

mais rigorosas para quem reincidisse em crimes ambientais e também

temas ligados às áreas de preservação permanentes (APPs) e isenção aos

pequenos produtores da obrigatoriedade de recompor reserva legal.

Só pra vocês lembrarem, editada em maio pela presidente Dilma Rousseff,

a MP continha 12 vetos e 32 modificações ao projeto que tramitou pelo Congresso.

Ao passar novamente pela Câmara, a MP sofreu novas alterações e foram votadas

pelos senadores – última etapa antes da presidente sancionar ou vetar a MP.

Finalmente, em 18/10/12, a presidente Dilma converteu a MP 571/12 na

Lei 12.727/12 contendo nove vetos.

O principal veto retira do texto a flexibilização que os parlamentares

queriam para a recuperação de áreas de preservação permanente (APPs) nas

margens de rios.

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Crise européia

Outro tema que nos deparamos diariamente nos jornais, revistas e

noticiários televisivos é a atual crise financeira na Europa, não é mesmo?

Assim, pensamos em Europa e logo vem à mente a crise financeira e a

turbulências de mercado pela qual a maioria dos países daquele continente está

passando. Mas, junto como tudo isso, vem a pergunta: “A Europa ainda sofre

por causa da crise?”

Amigos, não é novidade que a crise financeira na zona do Euro aconteceu,

fundamentalmente, por problemas fiscais. Alguns países, como a Grécia, gastaram

mais dinheiro do conseguiram arrecadar por meio de impostos nos últimos anos.

Para se financiar, passaram, então, a acumular dívidas. Isso somado à crise de

2008 que já tinha espalhado seus efeitos negativos pela Europa foi criando um

abismo sem saída. Assim, a relação do endividamento sobre PIB de muitas nações

do continente ultrapassou significativamente o limite de 60% estabelecido no

Tratado de Maastricht, de 1992, que criou a zona do Euro. No caso da economia

grega, a razão dívida/PIB é mais que o dobro deste limite. A desconfiança de que

os governos da região teriam dificuldade para honrar suas dívidas fez com que os

investidores passassem a temer possuir ações, bem como títulos públicos e

privados europeus.

Os principais países que ainda em 2013 enfrentam a situação de crise

são: Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha – que formam o chamado grupo dos

PIIGS. Estes países são os que se encontram em posição mais delicada dentro da

zona do Euro, exatamente porque foram os que atuaram de forma mais

indisciplinada nos gastos públicos e se endividaram excessivamente. Além de

possuírem elevada relação dívida/PIB, estes países possuem pesados déficits

orçamentários ante o tamanho de suas economias. Como não possuem sobras de

recursos (chamado superávit), entraram no radar da desconfiança dos investidores.

Para tentar solucionar a situação difícil foram concedidos pacotes de ajuda

(por exemplo, pelo FMI), mas estes sempre vêm acompanhados de medidas de

austeridade, que podemos citar: o congelamento dos salários do setor público e o

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aumento de impostos. No entanto, a população não costuma aceitar essas

imposições com muita facilidade. Assim, uma das formas encontradas para mostrar

o descontentamento foi por meio de greves e manifestações nas ruas, o que

acarretou a esses países, complementando a crise econômica, uma crise social.

Primavera Árabe – a crise na Síria

A Primavera Árabe pode ser entendida como sendo um conjunto de

manifestações realizadas com objetivo de questionar os regimes autoritários e

centralizadores que ocorrem em diversos países do Oriente Médio. O fenômeno

continua ativo no norte de África e no Oriente Médio e, mesmo que muitos teimem

em afirmar que a Primavera já passou, não é isso que vemos nos noticiários, não é

mesmo?

Pois bem, os acontecimentos da Primavera Árabe acenaram sob o lema

de democratização e do derrubamento de regimes que se afastaram dos interesses

dos seus povos. Muitas ditaduras caíram e outras tantas sofrem com a pressão

popular exigindo seu fim.

Apesar das incertezas, alguns continuam otimistas sobre as conquistas da

Primavera Árabe, que colocou a democratização entre os principais assuntos de

uma região que parecia condenada a seguir como um santuário de regimes

autocráticos intocáveis. Trabalharei aqui apenas com o exemplo da Síria, mas deixo

a sugestão que procurem se informar sobre os casos da Tunísia, Egito, Líbia, etc.

Atualmente, a Liga Árabe ainda tem cumprido a missão de monitoramente

na Síria para conter a onda de violência que assola o país. Essa onda de violência

começou em março de 2011 quando manifestantes iniciaram protestos contra o

regime de Bashar al-Assad, que respondeu com repressão violenta. Desde então, o

país enfrenta forte crise política e social, tendo a comunidade internacional tentado

promover acordo entre o governo sírio e a oposição.

Alguns de vocês devem estar se questionando: professora, estes

acontecimentos levaram ao estabelecimento da democracia e à estabilidade

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econômica? Excelente pergunta! Vamos dar uma olhada no que está acontecendo

atualmente.

A verdade é que ao final de 2012 a primavera árabe assumiu outra

nomenclatura, “Inverno árabe”! O caso mais óbvio foi o da Síria, onde a revolta não

tardou a se transformar em uma civil compondo um cenário mais complexo,

violento e desgastante, cuja guerra já consumiu mais de 20 mil vidas e devastou as

maiores cidades do país.

A Liga Árabe traçou ainda um plano para acabar com a violência na Síria,

entre as medidas estão: fim de todas as ações violentas, permissão de entrada de

jornalistas no país e libertação dos detidos durante os protestos contra o regime do

presidente Bashar al-Assad. Embora tenha concordado em fazer um acordo e seguir

o plano árabe, o governo sírio continua com forte repressão contra a oposição. A

Coalizão Nacional Síria disse que está disposta a negociar um acordo de paz para

acabar com a guerra civil no país, mas que, antes, o ditador Bashar Assad deve

renunciar, e não poderá fazer parte de nenhum acordo.

Diante disso a ONU iniciou um processo para discutir uma resolução

contra a Síria, mas essa proposta foi rejeitada pela Rússia e pela China.

Principalmente porque a Rússia é o maior aliado da Síria no Conselho de Segurança

da ONU e porque a resolução proposta pelo organismo não previa punições contra

os grupos opositores ao regime sírio.

Para finalizar e ajudá-los a compreender um pouco mais do assunto vou

falar rapidamente sobre a Liga Árabe, ok?

A Liga Árabe é uma organização de estados árabes, fundada em 1945, no

Cairo. O objetivo principal da Liga é reforçar e coordenar os laços econômicos,

sociais, políticos e culturais entre seus membros. Além disso, a Liga Árabe também

media disputas entre seus membros. Historicamente, a Liga foi formada sob

estímulo do Reino Unido, que objetivava conseguir aliados na guerra contra a

Alemanha nazista (Segunda Guerra Mundial). Posteriormente, o estreitamento das

relações econômicas entre os países árabes acabou fortalecendo a iniciativa de

formação da Liga, além de promover o desenvolvimento de movimentos

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nacionalistas pan-árabes, reforçando ainda mais os laços culturais e religiosos que

ligam os países árabes.

O órgão é formado por um Conselho, como órgão supremo da Liga, que é

formado por um representante de cada Estado-membro e tem direito a um voto,

independente do tamanho do país e do número de habitantes. Em seguida vem o

Conselho de Defesa Conjunta, responsável pela adoção de medidas que visam a

manutenção da defesa dos membros da Liga. Existem também o Conselho

Econômico e Social, responsável pela prosperidade econômica e social dos

membros. Por fim, existe o Secretariado Geral, que é o órgão administrativo e

executivo da Liga, este órgão gere, de maneira geral, o funcionamento da Liga.

O CONFLITO NO MALI

Bom pessoal, já que estamos falando de conflitos, vamos dar uma olhada

em outro conflito. O “Conflito no Mali”. Trata-se de uma intervenção militar

francesa no norte do Mali, iniciada em 11 de janeiro de 2013. Alguns devem estar

se perguntando: Mas o que tem no norte do Mali que causou esse “reboliço”?

No dia 21 de março de 2012, militares rebelados atacaram diversos locais

da capital Bamako, incluindo o palácio presidencial, a televisão estatal e quartéis

militares, declarando a independência da região em 6 de abril de 2012, provocando

a rejeição imediata por parte da União Africana, e a CEDEAO (Comunidade

Econômica dos Estados da África Ocidental) que passou a discutir o envio de uma

força conjunta de intervenção, para restabelecer a soberania do Mali sobre o

território.

Certo, temos um golpe de Estado, mas porque gerou todo esse conflito

internacional?

Depois do golpe de Estado, aproveitando a distração dos militares, os

rebeldes fizeram rápidos avanços na sua investida e controlaram o norte do Mali.

Quando os rebeldes fundamentalistas islâmicos, em nova ofensiva,

entraram na cidade de Konna, no centro do país, o presidente interino recorreu à

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França para obter ajuda militar, declarando que os rebeldes queriam ampliar suas

''atividades criminais'' e que o país, segundo ele, estava em estado de emergência.

Antes de tudo vamos tentar entender um pouco sobre esses grupos

rebeldes:

O Movimento Nacional pela Libertação de Azawad (MNLA) e o grupo

islâmico Ansar Dine são os dois principais grupos envolvidos na tomada de poder no

norte do Mali.

Apesar de terem objetivos distintos, o MNLA e o Ansar Dine juntaram suas

forças para realizar combates conjuntos, mas existem séries tensões entre os dois

grupos rebeldes. O MNLA quer a independência da sua terra natal tuaregue,

Azawad, no norte do Mali. Enquanto os guerrilheiros islâmicos do Ansar Dine e

Mujao são grupos que têm conexões com a facção da Al-Qaeda no norte da África,

conhecida como Al-Qaeda no Magrebe Islâmico. Os grupos querem impor a

rigorosa e rígida versão da lei islâmica remanescente do Afeganistão.

E a França, o que tem com tudo isto, já que conflitos na África são tão

comuns?

A França tem um histórico de intervenções militares em suas antigas

colônias em momentos de insurreições, golpes de Estado e instabilidade política.

A princípio, em acordo firmado em outubro de 2011, a França deveria

liderar uma missão europeia que daria treinamento e apoio logístico para uma

intervenção feita pelo bloco militar da Comunidade Econômica de Estado de África

Ocidental (Cedeao). Ou seja, não estava previsto que a França participaria dos

combates.

Então, por que o país mudou de ideia tão subitamente?

A resposta do governo francês é que o próprio governo interino do Mali

pediu a ajuda francesa quando os rebeldes avançaram até assumir o controle de

Konna, cidade considerada crucial e situada a pouco mais de 680 km da capital

malinesa, Bamako. O governo francês temia que os rebeldes marchassem até

Bamako, transformando o Mali no que Hollande chamou de ''um Estado terrorista'',

ameaçando o restante da África e da Europa, tanto que o presidente francês tem

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enfatizado que se o Mali se converter em refúgio de rebeldes islâmicos, a segurança

europeia estará em risco.

Mas, além da segurança europeia, será que há algo a mais por trás da

decisão francesa de intervir no conflito africano?

Com o aval de uma resolução da ONU, a intervenção estrangeira no país

surgiu como a única alternativa para impedir a tomada de todo o Mali pelos

fundamentalistas. Também serve a importantes interesses econômicos de Paris. O

vizinho Níger é o maior fornecedor de urânio para as usinas nucleares francesas,

responsáveis por 80% da energia da França, e o próprio norte do Mali é um prêmio

pelo qual muitos estão dispostos a lutar, já que, na região há reservas pouco

exploradas de gás natural e petróleo.

O Exército no Mali não tem capacidade de conter a ofensiva rebelde; e

sem a ajuda francesa os rebeldes poderiam tomar a capital e isso seria desastroso

não apenas para o Mali, mas para toda a África Ocidental ameaçando a estabilidade

e as estruturas democráticas de toda a região e arriscando a segurança de várias

nações, já que o objetivo desses grupos é difundir a guerra santa.

Mas, além da segurança europeia, será que há algo a mais por trás da

decisão francesa de intervir no conflito africano?

Para Tony Pacheco, “países não têm amigos, têm interesses”. Para ele há

duas questões por trás da chegada das tropas francesas: uma política e outra

econômica: Politicamente falando, o presidente François Hollande, que foi eleito

em maio de 2012, enfrentou na França uma popularidade em queda brutal, poucos

meses após sua posse. Ele só tem 37% da aprovação do povo, com isso, saindo

vitorioso na África, terá, ao final, um movimento de união nacional em torno do seu

nome. O pior é que ele está certo: 80% dos franceses apoiam a intervenção.

Economicamente falando, é que a França tem como matriz energética o átomo (a

nossa é a hidroeletricidade), uma das suas principais fontes de exploração de

urânio está no Níger. Daí, qualquer possibilidade de uma vitória islâmica no Mali, é

uma ameaça direta à sobrevivência energética da França. Além disso, o Mali é um

abençoado território riquíssimo em urânio, diamante, fosfato, ferro, bauxita,

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manganês e petróleo, além de ser o terceiro maior produtor de ouro da África.

Embora tenha dado a "independência" aos malineses em 1960, a França quer

continuar explorando as riquezas do país, hoje disputadas com a China, país cada

vez mais presente em toda a África. A França pediu ajuda à União Européia,

organização que reúne 27 países europeus, mas, não teve a solidariedade de

nenhum dos outros 26, pois todos entendem a França e François Hollande são os

únicos a ganhar com uma vitória sobre o Islã naquela área da África.

Apesar da intervenção militar, não se sabe qual será o futuro da ação

no Mali, mas já rendeu ao presidente da França o Prêmio de Promoção da Paz de

Felix Houphouet-Boigny por sua contribuição para a paz e estabilidade na África.

Conflitos à parte, vamos falar agora algo mais suave, e mais brasileiro e

que de uma forma também tem sido alvo de críticas, discussões e elogios.

Copa do Mundo de 2014

Principalmente após o acidente ocorrido na boate Kiss, em Santa Maria,

no mês de janeiro de 2013 esse tema volta a ser o centro das atenções, pois muito

se tem questionado se afinal de contas o país tem ou não estrutura para sediar um

evento do porte da Copa do mundo, tornando a realização deste evento num

assunto ainda mais controverso.

Por um lado, alguns defendem que será muito bom para o país sediar um

evento de tal magnitude, outros se esforçam em demonstrar os gastos, atrasos e

erros já cometidos nas obras que estão sendo realizadas em todo o país,

apontando, inclusive o acidente de ocorrido na boate como uma prova cabal da

falta de estrutura brasileira.

Apesar disso, para atender às exigências da FIFA, várias obras estão

sendo feitas, os gastos com infraestrutura nas cidades onde acontecerão os jogos –

construção de estádios, obras em estradas, aeroportos e sistemas de

telecomunicações – correrão por conta do Estado, ou seja, serão feitos com

dinheiro público.

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Dentre as exigências da FIFA, estão: os estádios onde as partidas são

disputadas devem apresentar as mesmas condições de conforto e segurança que as

de seus equivalentes nos países desenvolvidos.

Além disso, é necessário que existam melhorias no setor de transporte

público, hospitais nas imediações de onde o evento acontecerá, e, principalmente,

que todas as normas de segurança sejam cumpridas diante de uma prévia análise

de riscos. Por outro lado, FIFA também se encontra preocupada com transportes e

alojamento, e também com a demorada tramitação pela burocracia brasileira de

leis relacionadas à venda de álcool nos estádios e com a meia-entrada para

estudantes e idosos.

Bom, pessoal, pelo visto as coisas estão meio lentas mesmo, inclusive o

ex-jogador e atual deputado, Romário, acredita que o pior ainda está por vir,

porque o governo deixará que aconteçam as obras emergenciais, as que não

precisam de licitações. Termina convidando os brasileiros a se manifestarem, pois

para ele o povo tem toda a razão ao reivindicar e exigir por parte dos políticos mais

seriedade e responsabilidade nas questões relativas à Copa.

Para a Associação Nacional dos Torcedores e Torcedoras – ANT a Copa do

Mundo não trará benefícios para o país, pois novos estádios serão construídos em

Estados em que não há tradição futebolística regional, como Brasília, Cuiabá e

Manaus, e posteriormente serão vendidos para a iniciativa privada.

Além disso, ressalta que comunidades que vivem há mais de 30 anos em

um mesmo local serão removidas “por causa da especulação imobiliária”. Deste

modo, o governo brasileiro vem arcando com muitos gastos para a realização da

Copa do Mundo, o que foi, inclusive um dos motivos das grandes manifestações

populares ocorridas no mês de junho em várias cidades do Brasil.

Mas não entraremos nesse movimento aqui, pois ele ocorreu muito após a

saída do edital e não deve estar entre os temas de bizu, não é mesmo?

Bom, meus amigos, espero que os temas trabalhados tenham ficado

claros para vocês e desejo, sinceramente, que alcancem sucesso nessa empreitada!

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Fiquem firmes, acreditem e estudem: esse é o ÚNICO caminho para conquistar a

tão sonhada vaga no serviço público!

Grande abraço e BOA SORTE!!! Virgínia Guimarães