Atualização de Normas: Categoria 6A, TSB-155 e TIA-568C NETCOM 2007 pmarin.pdf · ANSI-EIA-TIA-568-C, em desenvolvimento, substituirá a atual ‘EIA-568-B. No entanto seu escopo

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    Atualizao de Normas: Categoria 6A, TSB-155 e TIA-568C Dr. Paulo S. Marin, EE, MSc. Engenheiro Eletricista Especialista em Infraestrutura de TI www.paulomarin.com

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    Resumo H pouco mais de trs anos o subcomit TR-42.7 da TIA (Telecommunications Industry Association) comeou a trabalhar no desenvolvimento do que ser a nova norma ANSI/TIA/EIA-568-B.2-10 que tem como objetivo especificar os requisitos e recomendaes para um sistema de cabeamento balanceado de 100 ohms, 4 pares, Categoria 6 Aumentada, bem como cabos, patch cords e hardware de conexo para suportar a operao de aplicaes de alta velocidade tal como a IEEE 802.3an - 10GBASE-T em um canal de cobre, de 100 metros. O cabeamento, cabos, patch cords, bem como todo hardware de conexo Categoria 6 Aumentada deve atender ou exceder a todos os requisitos da ANSI/TIA/EIA-568-B.1, ANSI/TIA/EIA-568-B.2 e ANSI/TIA/EIA-568-B.2-1. Este padro no requer compatibilidade com outros sistemas de cabeamento estruturado, cabos ou componentes com impedncia caracterstica nominal diferente de 100 ohms. Esta norma encontra-se em seu draft (proposta) de nmero sete (Draft 7.0), publicado em 20/Abril/2007 como SP-3-4426-AD10-D que ser publicado como norma, cujo cdigo ser ANSI/TIA/EIA-568-B.2-10 (Especificaes de desempenho de transmisso para cabeamento Categoria 6 Aumentada de 100 , 4 pares). A nova categoria de desempenho que deveria estar concluda e publicada como norma at o final de 2006 ou incio de 2007, encontra-se ainda em desenvolvimento. A razo pela qual a Categoria 6A no foi ainda publicada est nos procedimentos de testes de campo para alien crosstalk em sistemas UTP (Unshielded Twisted Pair), que no esto ainda bem definidos. Na verdade este o grande problema da Categoria 6A implementada em cabos de pares balanceados sem blindagem. Enquanto a Categoria 6 Aumentada (500 MHz) no est pronta, fabricantes, comits de normalizao e usurios avaliam alternativas para garantir o desempenho da aplicao 10GBASE-T (10 Gigabit Ethernet) em sistemas de cabeamento em cobre UTP, Categoria 6 (250 MHz), atualmente instalados e em uso. Neste sentido, a TIA publicou um TSB (Telecommunications Systems Bulletin), o TSB-155 que apresenta diretrizes para a avaliao de sistemas de cabeamento Categoria 6 UTP atualmente instalados quanto a possibilidade de suporte a aplicao 10GBASE-T. Este TSB no substitui a norma em desenvolvimento da Categoria 6A e tampouco atualiza ou modifica a Categoria 6 publicada em junho de 2002 (EIA-568-B.2-1). importante explicar que a Categoria 6 Aumentada quando implementada em cabos blindados F/UTP (Foil/Unshielded Twisted Pair) no oferece qualquer problema ou dificuldades adicionais quanto aos testes de campo para Alien Crosstalk, parmetro sem importncia em sistemas blindados. Outra discusso bastante comum atualmente a reviso e atualizao do conjunto de normas americanas TIA-568-B (constituda por suas partes B-1, B-2 e B-3, bem como demais adendos). A ANSI-EIA-TIA-568-C, em desenvolvimento, substituir a atual EIA-568-B. No entanto seu escopo e publicao no esto bem definidos ainda. O objetivo deste trabalho apresentar uma viso geral do estado das normas em desenvolvimento, suas caractersticas, pontos importantes, previso de concluso e publicao, bem como esclarecer algumas dvidas comuns de usurios e instaladores a respeito da aparente confuso que a Categoria 6 Aumentada est causando no mercado, bem como eliminar mitos e conceitos mal definidos a respeito dos sistemas de cabeamento de alto desempenho que tm como principal objetivo garantir a implementao de 10 Gigabit Ethernet sobre cobre (10GBASE-T).

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    1. Introduo aos Sistemas de Comunicao O propsito de um sistema de comunicao a transmisso de uma informao de uma fonte (circuito transmissor) para um usurio (circuito receptor). A forma de onda exata no receptor desconhecida at que ela seja recebida pelo mesmo, ou seja, a transmisso de uma informao implica a comunicao de mensagens que no so conhecidas, a priori, pelo receptor. Em termos de energia ou potncia do sistema sabido, a priori, qual ser a forma de onda recebida e a energia dada pelo sinal recebido a quantidade desejada. O rudo limita o desempenho de um sistema de comunicao. No fosse o rudo, no teramos de nos preocupar com distncias entre dois pontos, muitos filtros no seriam necessrios, no utilizaramos repetidores, enfim, poderamos transmitir mensagens, eletronicamente, pelos limites do universo usando uma quantidade de potncia infinitamente pequena. Isso bvio, intuitivamente, desde o princpio das comunicaes por rdio. No entanto, a teoria que descreve o rudo e o efeito do rudo sobre a transmisso de informaes foi desenvolvida no incio dos anos 40 por North, Rice, Shannon e Wiener. Um sistema de comunicao genrico pode ser representado pelo diagrama de blocos da figura 1. Independentemente da aplicao, todo sistema de comunicao envolve trs sistemas principais: transmisso, canal e recepo. A informao da fonte representada pelo sinal de entrada f(t). A mensagem entregue ao usurio representada pelo sinal de sada u(t). Note, ento, que u(t) diferente de f(t). A informao recebida diferente da informao transmitida devido aos efeitos do canal.

    Figura 1 - Diagrama de blocos de um sistema de comunicao genrico Uma informao pode ser em forma de sinal analgico ou digital, dependendo do sistema em particular e pode ser, basicamente udio, vdeo (imagem) ou dados. Em sistemas multiplexados pode haver mltiplas fontes de entrada e sada. Os espectros de n(t) e u(t) so concentrados em torno de f=0 (f a freqncia do sinal); conseqentemente, eles so ditos sinais banda base.

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    O bloco de processamento de sinal no transmissor condiciona a fonte para uma transmisso mais eficiente. Por exemplo, em sistemas digitais, o processador pode ser um microcomputador que reduz a redundncia da fonte. Isso pode prover tambm a codificao do canal de modo que a deteco e correo de erro possam ser usados na unidade de processamento de sinal do receptor para reduzir os erros causados pelo rudo no canal. Em um sistema de comunicao analgico, o processador de sinal pode ser constitudo, apenas, por um filtro passa-baixa. Em um sistema hbrido o processador de sinal pode fazer amostragens de um sinal analgico de entrada e digitaliz-lo no formato PCM (Pulse Code Modulation) para que o mesmo possa ser transmitido pelo sistema. O sinal de sada da etapa processadora de sinal do transmissor ser tambm um sinal banda base desde que tenha freqncias concentradas em torno de f=0. Os canais podem ser constitudos, tambm, por mais de um caminho entre a entrada e a sada com diferentes atrasos de propagao e caractersticas de atenuao. Pior que isso, estas caractersticas podem variar com o tempo. Esta variao produz o desvanecimento (fading) do sinal na sada do canal. O receptor toma o sinal corrompido e o converte em um sinal banda base que pode ser processado por um receptor banda base. O processador banda base limpa este sinal e entrega uma estimativa do sinal de informao fonte f(t) sada do sistema de comunicao. Quanto maior o valor de SNR, melhor o desempenho do sistema; pois, claro que a quantidade de sinal recebido deve ser maior que a quantidade de rudo. A manuteno de uma SNR adequada e dentro dos limites estabelecidos por aplicaes como a 10GBASE-T o principal desafio dos fabricantes de sistemas de cabeamento estruturado e dos comits de normalizao tcnica.

    1.1 Interferncia em Sistemas de Cabeamento O grau de interferncia em cabos depende de alguns fatores como projeto, construo e caractersticas dos mesmos, bem como de sua interao com outros elementos do sistema (conectores, equipamentos terminais, outros cabos, blindagem, etc.), alm de certos parmetros do sistema e propriedades do ambiente. O cabeamento de telecomunicaes um importante contribuinte para a interferncia eletromagntica em redes de comunicao de dados. Este cabeamento pode ser constitudo por cabos blindados ou no blindados. no tipo de cabo de interconexo entre sistemas que estamos, particularmente, interessados neste estudo. H uma variedade de fatores que limitam o desempenho de transmisso de sinais digitais associados aos cabos, que devem ser considerados no projeto e utilizao destes, que so: - atenuao; - rudo, que pode ser, basicamente, de quatro tipos:

    - rudo diferencial (caracterstico do circuito); - rudo longitudinal (por interferncia devida a cabos de alimentao eltrica); - rudo impulso; - diafonia (crosstalk);

    - distores por atraso de propagao; - jitter e wander. Os fatores listados acima no so os nicos limitativos de desempenho de sistemas de transmisso digital. Estes so apenas os fatores que podem ser atribudos diretamente ao canal. Talvez o fator mais importante associado ao desempenho de sistemas de comunicao de dados e voz, entre os listados anteriormente, seja o rudo (incluindo a diafonia), seguido pelas

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    distores por atraso de propagao, pelo jitter e wander. Certamente, no que diz respeito a interferncia entre cabos em sistemas de telecomunicaes, o rudo e a diafonia so os fatores mais importantes. Genericamente qualquer interferncia em um canal de telecomunicaes considerada rudo, independentemente de sua origem e tipo. O rudo pode acarretar erros pela introduo de jitter em circuitos de extrao de clock e pode levar o circuito receptor a interpret-lo, erroneamente, como um pulso vlido. O efeito do rudo aumenta com o comprimento do canal de transmisso, aumento da freqncia de operao das aplicaes, bem como pela presena e quantidade de repetidores ao longo do mesmo. Quanto maior o nmero de repetidores, mais importantes sero os efeitos devidos ao jitter e wander. Os canais digitais constitudos por cabos de pares tranados so limitados pelo rudo, em particular, pela diafonia, na etapa de deteco de pulsos e deciso1 no circuito receptor. Nos sistemas de cabeamento estruturado em estudo, os efeitos devidos ao jitter e wander so minimizados por no haver repetidores regenerativos conectados em srie ao longo do canal, cujo comprimento mximo limitado em 100 metros. O rudo presente nos circuitos de deteco/deciso na etapa receptora pode ser de origem interna ao sistema ou devido a fontes externas. O rudo gerado pela fonte de alimentao do circuito, bem como o rudo trmico, mesmo sendo os principais tipos de rudo interno, podem ser desprezados quando comparados queles gerados por fontes externas ao sistema. A introduo de rudo devido a fontes externas em um canal de um sistema de cabeamento estruturado ocorre por meio de mecanismos de acoplamento condutivo, indutivo e capacitivo. Os efeitos destes tipos de acoplamento entre circuitos (ou canais) podem ser considerados isoladamente ou em conjunto, dependendo do caso, para a anlise e soluo de problemas de interferncia em sistemas de cabeamento estruturado. A diafonia, por exemplo, introduzida no canal pelo acoplamento capacitivo e indutivo entre pares diferentes do mesmo cabo ou entre pares de cabos diferentes (neste caso, o efeito deste tipo de acoplamento conhecido como alien crosstalk). As interferncias de alien crosstalk so de fundamental importncia para a implementao com garantia de desempenho da aplicao 10GBASE-T. O rudo predominante, em baixas freqncias, geralmente da ordem de dezenas de quilohertz, ocorre por induo eltrica devida a cabos de alimentao nas proximidades do sistema de telecomunicaes interferido. Enquanto a potncia da freqncia fundamental, bem como as potncias de todas as harmnicas significativas so demasiadamente baixas para interferir sobre o sinal digital presente no canal, os nveis de tenso envolvidos so suficientemente altos para causar defeitos e/ou danos aos equipamentos ativos (switches, roteadores, estaes de trabalho, centrais de PABX, etc.) do sistema (rede). J em freqncias mais altas utilizadas nos canais digitais (da ordem de dezenas a centenas de megahertz), a blindagem dos cabos (no caso dos cabos blindados), bem como os circuitos de desacoplamento de rudo externo e diafonia existentes nos equipamentos ativos da rede, isolam, eficientemente, os pares dos cabos da interferncia externa, incluindo a maior parte das harmnicas provenientes dos sistemas de alimentao eltrica. Nestas freqncias, portanto, o efeito do acoplamento capacitivo e indutivo na forma de diafonia entre pares do mesmo cabo atua como fonte de interferncia predominante no sistema.

    1 O termo deciso refere-se discriminao do valor lgico (0 ou 1) do pulso recebido pelo circuito receptor. Este termo vem da traduo direta do ingls (detection/decision) comumente encontrado em literatura tcnica de telecomunicaes.

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    O acoplamento condutivo mais um problema de manuteno do que operacional. No h caminhos intencionais para interferncia por este tipo de acoplamento em sistemas de cabeamento estruturado. Porm, o rudo pode ser conduzido para dentro do canal (cabo UTP) por meio de falhas de isolao eltrica (ou por isolao insuficiente), bem como por problemas relativos ao aterramento dos equipamentos ativos da rede e dos circuitos de alimentao. 1.2 A Diafonia (Crosstalk) A diafonia ocorre devido aos mecanismos de acoplamento indutivo e capacitivo e o maior fator limitativo de desempenho em sistemas de comunicao digital que utilizam o cabo de pares tranados como meio de transmisso. A diafonia entre dois pares em um cabo balanceado depende de vrios fatores, entre eles, aspectos construtivos do cabo como dimetro da seo transversal dos condutores, passo de toro, material empregado no isolante e simetria entre os pares. O acoplamento por diafonia no pode ser eliminado, mas pode ser reduzido por: - uso de terminaes balanceadas; - tranamento dos pares com diferentes passos de toro dentro do mesmo cabo; - fabricao do cabo mantendo-se o desequilbrio capacitivo entre pares em valores mnimos; - uso de cabos blindados; - prticas de instalao baseadas em normas especficas. Uma preocupao especial dispensada aos efeitos da diafonia, bem como seu controle em sistemas de cabeamento estruturado. A diafonia pode apresentar-se sob duas formas distintas, a paradiafonia (NEXT-Near End Crosstalk) e a telediafonia (FEXT-Far End Crosstalk). A diafonia medida no canal interferido, na mesma extremidade do circuito interferente onde se encontra a fonte de rudo denomina-se paradiafonia ou NEXT. Da mesma forma, a diafonia medida no canal interferido, na extremidade oposta quela onde se encontra a fonte de rudo no canal interferente, denomina-se telediafonia ou FEXT. Por definio, a diafonia a relao entre as potncias 2P do sinal induzido no circuito interferido e a potncia 1P do sinal interferente. Quando expresso em dB, o acoplamento por diafonia :

    (dB) PP log 10 D

    1

    2 [1.2.1]

    Quando as impedncias caractersticas de ambos os circuitos (interferente e interferido) so iguais, a relao entre potncias pode ser substituda pela relao entre correntes ou tenses, e a diafonia, em dB, torna-se

    (dB) II

    log 20 VV

    log 20 D1

    2

    1

    2 [1.2.2]

    Uma aproximao interessante para o clculo das relaes entre correntes e tenses de diafonia foi desenvolvida por Campbell. A Frmula de Campbell, como conhecida, foi inicialmente desenvolvida para elementos eletricamente curtos de pares de condutores paralelos de comprimentos iguais terminados com cargas cujos valores de suas impedncias caractersticas so os mesmos. Esta frmula, inicialmente

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    desenvolvida para ser aplicada a condutores abertos, foi tambm adaptada para estudos de cabos. Na figura 2 encontra-se representado o arranjo eltrico para deduo da Frmula de Campbell.

    Figura 2 Mecanismos de acoplamento por diafonia em cabos UTP

    A fonte de tenso 1V produz uma corrente c2i por meio do desequilbrio capacitivo ubC (PAR-PAR) e uma corrente ci flui para ambas as extremidades do circuito 2. A corrente 1I induz uma tenso no circuito 2 devido a indutncia mtua ML e uma corrente de loop li flui no circuito 2 (note o sentido da corrente li em ambas as extremidades deste), e pode ser expressa como:

    li = 0

    N

    2ZV

    [1.2.3]

    Sendo NV , a tenso de rudo induzida no circuito interferido devida a corrente 1I no circuito interferente, definida como: 1MN I L j V [1.2.4] Assim, podemos reescrever a corrente de diafonia devida ao acoplamento indutivo no par interferido, como:

    0

    1M

    2ZI L j i l [1.2.5]

    Medindo-se o sinal no incio do par interferido (tomando-se como referncia a extremidade na qual aplicado o sinal interferente, 1V que a paradiafonia, nota-se que os sentidos das correntes devidas aos acoplamentos indutivo e capacitivo coincidem. No caso da medio da telediafonia (na extremidade final do par interferido) os sentidos destas correntes so opostos. Na realidade, as fases de ci e li podem ser

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    opostas ou no. Isso mostra que se os efeitos do acoplamento indutivo so adicionados queles do capacitivo no caso da diafonia, eles so subtrados para a telediafonia e vice-versa. Assim, as correntes de diafonia ci e li tendem a se adicionar na extremidade prxima a fonte de tenso 1V (NEXT Near End Crosstalk) e a se subtrair na extremidade oposta quela da fonte

    1V (FEXT Far End Crosstalk), no circuito 2. A frmula de Campbell pode ser escrita, ento, da seguinte forma

    0

    M0ub

    1

    2

    2zLj

    8ZCj

    II

    [1.2.6]

    onde,

    f 2 ; f a freqncia ( zH )

    ubC o desequilbrio capacitivo PAR-PAR;

    ML a indutncia mtua (H);

    0Z a impedncia caracterstica dos condutores ( ). Devido a este comportamento no possvel obter-se o mesmo nvel de desempenho para paradiafonia e telediafonia em sistemas de cabeamento estruturado. A melhor estratgia para aproximar os nveis de desempenho do sistema para ambos os tipos de diafonia por meio da obteno das melhores possveis caractersticas de acoplamento indutivo na etapa de fabricao dos cabos balanceados, bem como do hardware de conexo, uma vez que o acoplamento capacitivo mais bem comportado e atende facilmente s especificaes dos padres aplicveis. Outro fator responsvel pelos diferentes nveis de desempenho para a paradiafonia e telediafonia em sistemas de cabeamento estruturado a natureza da telediafonia, ou seja, a adio de diafonia ao longo do comprimento do segmento de cabo considerado. Para a paradiafonia, a dependncia do comprimento desprezvel.

    1.2 Metodologias de Testes de Diafonia H, basicamente, duas metodologias de teste de paradiafonia e telediafonia requeridas por normas aplicveis a sistemas de cabeamento estruturado; os testes de paradiafonia e telediafonia par a par e os testes denominados powersum (PS-NEXT e PS-FEXT). No primeiro caso, todas as seis possveis combinaes de NEXT e FEXT entre os quatro pares do cabo UTP so medidas.

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    Para isso, o equipamento de teste aplica um sinal conhecido em um dado par e mede sua interferncia no par adjacente para cada uma das combinaes. A figura 3 apresenta este tipo de teste de NEXT e FEXT.

    Figura 3 Testes de NEXT e FEXT par a par Esta metodologia de testes de NEXT e FEXT foi a primeira a ser estabelecida para a certificao de sistemas de cabeamento estruturado Categoria 5. Devido s aplicaes de dados disponveis no utilizarem mais de dois pares do cabo (um para transmisso e outro para recepo) nestes sistemas, esta metodologia era suficiente para o teste e devida aceitao ou rejeio do cabeamento instalado. Devido s caractersticas das aplicaes Ethernet de altas taxas de transmisso, os comits normativos passaram a recomendar a metodologia de powersum NEXT e powersum FEXT (PSNEXT e PS-FEXT) para a certificao de sistemas de cabeamento de alto nvel de desempenho. Para a medio do PS-NEXT e PS-FEXT considera-se o efeito de sinais aplicados em trs pares do cabo sobre o quarto, ou seja, a somatria de interferncias provenientes de cada um dos trs pares sobre o quarto; da a denominao powersum. O nmero total de combinaes neste caso quatro. Na figura encontra-se representada esta metodologia de teste.

    Figura 3 Testes de powersum NEXT e powersum FEXT

    Vale observar aqui, que os equipamentos de testes disponveis no mercado no fazem a medio do PS-NEXT e PS-FEXT aplicando sinais digitais em trs pares do cabo e medindo o efeito resultante sobre o quarto. Na verdade, o PS-NEXT e o PS-FEXT so calculados com base nos valores obtidos nas medies de NEXT e FEXT par a par, por um algoritmo aprovado pelos rgos normativos.

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    1.3 O Alien Crosstalk Normalmente, os segmentos de cabos UTP em uma instalao de cabeamento estruturado so carregados juntos ao longo de um encaminhamento ou parte dele. Da mesma forma, no cross-connect horizontal ou distribuidor de piso, os mesmos so organizados em feixes compostos por grupos de cabos balanceados presos por abraadeiras ou outro tipo de amarrao. Quando usados cabos sem blindagem, a efeito de alien crosstalk apresenta-se como a interferncia entre sinais que se propagam por pares de cabos adjacentes. As figuras 4 e 5 apresentam este efeito.

    Figura 4 Alien crosstalk em feixes de cabos UTP

    Figura 5 Alien crosstalk

    O efeito do Alien Crosstalk, bem como seu controle tornam-se mais importantes em sistemas de cabeamento estruturado devido s aplicaes Gigabit Ethernet e 10 Gigabit Ethernet, pois, estas aplicaes utilizam todos os pares do cabo UTP o que aumenta, potencialmente, o nvel de interferncia por diafonia entre pares de diferentes cabos no sistema. As normas aplicveis (americanas e internacional) definem ainda, o powersum alien crosstalk (ANEXT e AFEXT), bem como seus limites. A figura 6 ilustra o powersum alien crosstalk.

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    Figura 6 Powersum alien crosstalk entre cabos UTP adjacentes

    O controle do alien crosstalk em sistemas de cabeamento estruturado importante, tambm, devido aos equipamentos ativos de redes de dados, em geral, no serem capazes de compensar o rudo externo proveniente dos cabos sob certas condies e limites bem especficos. Assim, de fundamental importncia que os efeitos de cabos adjacentes sejam minimizados nestes sistemas. 2. Transmisso balanceada A razo tcnica para a especificao de um sistema de cabeamento em pares tranados balanceados para a transmisso de dados est relacionada aos tipos de sinais presentes nos vros sistemas de telecomunicaes presentes em edifcios comerciais. Os sinais eltricos se propagam tanto em modo comum como em modo diferencial (balanceado). A transmisso ou propagao em modo comum descreve um esquema de transmisso entre dois condutores em que a tenso (sinal) se propaga por um dos condutores, sendo o outro conectado terra, para referncia. Sistemas de transmisso e controle em corrente contnua (cc), TV, controle de sistemas de acesso e ar condicionado, dispositivos de segurana, entre outros so exemplos de sistemas que operam em modo comum. O rudo eletromagntico induzido em um canal de transmisso a partir de circuitos interferentes tais como motores, transformadores, lmpadas fluorescentes e fontes de RF (rdio-freqncia) , tambm se propaga em modo comum. Praticamente todos os sinais empregados em sistemas de transmisso e controle em edifcios comerciais se propagam em modo comum, com exceo dos sistemas de transmisso de dados que se propagam em modo diferencial e requerem cabos de pares tranados balanceados como meio fsico. A transmisso em modo diferencial se refere a sinais que se propagam por meio de dois condutores de um mesmo circuito (par) que apresentam as mesmas amplitudes porm com uma diferena de fase de 180. Em um circuito balanceado, os dois sinais so transmitidos um com relao ou outro; em outras palavras a terra (ou plano de terra) no usado como referncia. Circuitos balanceados no requerem uma conexo ao sistema de terra e so, portanto, imunes maioria das fontes de interferncia de modo comum. Teoricamente, o rudo acoplado igualmente nos dois condutores de um circuito balanceado. Os transceivers que operam em modo diferencial so capazes de detectar a diferena na amplitude pico-a-pico entre os sinais recebidos por um canal balanceado pela operao de subtrao entre os nveis de sinais recebidos. Assim, em um sistema com balanceamento otimizado, o rudo de modo comum acoplado estar presente em ambos os condutores com amplitudes similares que sero subtrados pelo transceiver, resultando um esquema de rejeio de rudo de modo comum bastante eficiente. A figura 7 apresenta de que forma este balanceamento, bem como rejeio ao rudo de modo comum obtido.

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    Figura 7 Esquema de rejeio de rudo em modo comum empregado nos tranceivers presentes nos equipamentos ativos de redes Ethernet

    No mundo real, entretanto, os cabos de pares tranados no so perfeitamente balanceados e suas limitaes devem ser entendidas por aqueles que desenvolvem as aplicaes que sero implementadas sobre este tipo de meio fsico. Os comits de normalizao TIA, ISO/IEC, ABNT/COBEI entre outros tm sido bastante cuidadosos em especificar parmetros de balanceamento tais como TCL (Perda de Converso Transversal), TCTL (Perda de Transferncia de Converso Transversal) e ELTCTL (Perda de Transferncia de Converso Transversal de Nvel Equalizado) em suas normas para categorias de desempenho de alta freqncia, como a Categoria 6, a Categoria 6 Aumentada e outras. Quando examinamos os limites de desempenho destes parmetros, notamos que quando se aproximam da tolerncia quanto isolao eltrica a rudos requerida pelas vrias aplicaes Ethernet, torna-se claro que a largura de banda operacional definida pelos nveis aceitveis de imunidade a rudo de modo comum devido ao balanceamento de aproximadamente 30 MHz. Mesmo considerando que isso seja suficiente para garantir a imunidade a rudos requerida pelas aplicaes 100BASE-T (Fast Ethernet) e 1000BASE-T (Gigabit Ethernet), a capacidade Shannon do canal demonstra que este nvel de imunidade a rudos no oferece mrgem mnima para que a aplicao 10GBASE-T (10 Gigabit Ethernet) possa ter seu nvel mnimo de desempenho assegurado. Felizmente, o uso de blindagem melhora de forma significativa a resposta do canal a rudo, dobrando a capacidade de Shannon e aumentando substancialmente a largura de banda operacional para futuras aplicaes. Um efeito adverso de degradao de sinal para pares tranados balanceados acima de 30 MHz a converso modal, que ocorre quando sinais de modo diferencial se convertem em sinais de modo comum e vice-versa. A converso modal pode afetar negativamente a imunidade de rudo de um circuito ao rudo ambiente assim como contribuir para aumentar a interferncia por diafonia entre pares e cabos balanceados e deve ser minimizada sempre que possvel. O uso de blindagem diminui o potencial para converso modal por limitar o rudo acoplado em um par proveniente de fontes de interferncia presentes no ambiente.

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    3. A Categoria 6 Aumentada O subcomit TR-42.7 da TIA (Telecommunications Industry Association) continua trabalhando no desenvolvimento do que ser a nova norma ANSI/TIA/EIA-568-B.2-10 que tem como objetivo especificar os requisitos e recomendaes para um sistema de cabeamento balanceado de 100 ohms, 4 pares, Categoria 6 Aumentada, bem como cabos, patch cords e hardware de conexo para suportar a operao de aplicaes de alta velocidade tal como a IEEE 802.3an - 10GBASE-T em um canal de cobre, de 100 metros. O cabeamento, cabos, patch cords, bem como todo hardware de conexo Categoria 6 Aumentada deve atender ou exceder a todos os requisitos da ANSI/TIA/EIA-568-B.1, ANSI/TIA/EIA-568-B.2 e ANSI/TIA/EIA-568-B.2-1. Este padro no requer compatibilidade com outros sistemas de cabeamento estruturado, cabos ou componentes com impedncia caracterstica nominal diferente de 100 ohms. Esta norma encontra-se em seu draft (proposta) de nmero sete (Draft 7.0), publicado em 20/Abril/2007 como SP-3-4426-AD10-D que ser publicado como norma, cujo cdigo ser ANSI/TIA/EIA-568-B.2-10 (Especificaes de desempenho de transmisso para cabeamento Categoria 6 Aumentada de 100 , 4 pares). Os sistemas de cabeamento, bem como cabos e componentes de Categoria 6 Aumentada devem apresentar compatibilidade retroativa com sistemas de cabeamento de categorias 3, 5e e 6 conforme especificaes das normas citadas anteriormente. Este requisito sempre deve ser atendido por novas categorias de desempenho superiores. Para a AC6, o conector modular de 8 posies (RJ45) deve ser mantido como padro de tomada de telecomunicaes (TO) na rea de trabalho. Se componentes de diferentes categorias forem combinados em um enlace permanente ou canal com componentes AC6, esta combinao deve atender aos requisitos do elemento ou componente de menor categoria de desempenho presente no enlace ou canal. As duas configuraes clssicas de testes consideradas em normas anteriores continuam vlidas para a AC6: Enlace Permanente (Permanent Link) e Canal (Channel). As figuras 8 e 9 mostram ambas as configuraes de testes reconhecidas para AC6. importante notar que na configurao de teste segundo o modelo canal, todos os patch cords, assim como o cordo do usurio na rea de trabalho so considerados. No entanto, o modelo de enlace permanente considera apenas o cabeamento horizontal sem incluir os patch cords de equipamentos e da rea de trabalho. Os testes de certificao, neste caso, devem ser executados com os adaptadores e patch cords fornecidos pelo fabricante do equipamento de teste utilizado.

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    Figura 8 Configurao de teste modelo canal

    Figura 9 Configurao de teste modelo enlace permanente

    3.1 Parmetros de Balanceamento O balanceamento do canal de transmisso de fundamental importncia para a implementao da aplicao 10GBASE-T com sucesso em sistemas de cabeamento estruturado. Por esta razo, os comits de normalizao esto dispensando ateno especial aos parmetros responsveis pelo balanceamento dos cabos Categoria 6A. Estes parmetros so descritos a seguir.

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    3.1.1 TCL (Perda de Converso Transversal) A perda de converso transversal a relao entre a tenso de sinal de modo comum e a tenso aplicada de sinal de modo diferencial medida na mesma extremidade de um canal. A figura 10 apresenta as tenses de modo comum e de modo diferencial em um par de um cabo balanceado. No Draft 7.0 da 568-B.2-10 os limites para perda de converso transversal esto definidos para os seguintes elementos e configuraes:

    - Cabo, - Hardware de conexo, - Cabeamento: Configurao canal.

    Figura 10 Tenses de modo comum e de modo diferencial em um par balanceado

    Este parmetro serve para avaliar o nvel de balanceamento de um par tranado. importante mencionar que um balanceamento timo de fundamental importncia para a garantia de desempenho de aplicaes de alta velocidade como a 10GABSE-T.

    3.1.2 ELTCTL (Perda de Transferncia de Converso Transversal de Nvel Equalizado) A perda de transferncia de converso transversal de nvel equalizado (Equal Level Tranverse Conversion Transfer Loss) a relao entre a tenso de sinal de modo comum e a tenso do sinal de modo diferencial (TCL) subtrada da atenuao do par em que esta relao medida (em extremidades opostas do mesmo par). Assim, a ELTCTL de um cabo ser:

    CABOCABOCABO ILTCTLELTCTL Onde:

    CABOTCTL a perda de tranferncia de converso longitudinal do cabo, e

    CABOIL a perda de insero do cabo. No Draft 4.0 da 568-B.2-10 os limites para ELTCTL esto definidos para os seguintes elementos e configuraes:

    - Cabo,

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    - Hardware de conexo, - Cabeamento: Configurao canal.

    Assim como a perda de converso transversal, a ELTCTL um parmetro de fiundamental importncia para a avaliao do grau de balanceamento de cabos de pares tranados.

    3.1.3 Desequilbrio resistivo em corrente contnua O desequilbrio resistivo a diferena entre o valor da resistncia em corrente contnua de cada condutor de um mesmo par. Este parmetro pode ser tambm entendido como a diferena entre os valores mximo e mnimo de resistncia em corrente contnua de um determinado meio de transmisso, componente ou canal, considerando que a resistncia eltrica de um condutor, mesmo que uniformemente distribuda ao longo do canal, no homognea. Este parmetro est diretamente associado ao grau de balanceamento de um canal ou meio de transmisso. No Draft 7.0 da 568-B.2-10 os limites para desequilbrio resistivo em corrente contnua no foram ainda definidos, porm este parmetro ter seus limites definidos para os seguintes elementos e configuraes:

    - Cabo, - Hardware de conexo, - Cabeamento: Configurao canal.

    3.2 Parmetros de Alien Crosstalk

    Conforme definido anteriormente, as inteferncias por alien crosstalk so aquelas em que sinais de diferentes pares de cabos diferentes interferem mutuamente. Assim, pode-se esperar que este efeito seja importante em cabos balanceados sem blindagem (UTP, Unshielded Twisted Pair). Cabos blindados no esto sujeitos a este efeito. O alien crosstalk o principal problema que afeta sistemas de cabeamento AC6. So definidos os seguintes parmetros de alien crosstalk no Draft 7.0 da 568-B.2-10:

    - ANEXT: Alien NEXT (Paradiafonia), - PSANEXT: Powersum Alien NEXT (Paradiafonia), - AFEXT: Alien FEXT (Telediafonia), - PSAACRF: Powersum Alien ACR Far End. O PSAACRF o clculo do acoplamento de sinal de

    mltiplos pares de canais interferentes em um par interferido em outro canal medido na extremidade oposta em que se encontram os canais interferentes e relativo ao nvel do sinal recebido no par interferido naquela extremidade.

    No Draft 7.0 da 568-B.2-10 os limites para os parmetros de alien crosstalk descritos acima no esto ainda definidos para todos os elementos de um sistema de cabeamento estruturado Categoria 6 Aumentada (cabos, patch cords, hardware de conexo, etc.) e configuraes (enlace permanente e canal). 3.2.1 Powersum ANEXT para Canal O Draft 7.0 da EIA-568-B2-10 apresenta um conjunto de frmulas matemticas para os clculos dos limites para PS-ANEXT e PS-ANEXT (mdio) para um canal AC6 de 100 m. Os clculos que resultarem valores de PS-ANEXT superiores a 67 dB devem ser revertidos ao limite de 67 dB de acordo com a tabela 1.

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    Freqncia (MHz)

    PS-ANEXT Loss

    (mnimo), dB 1,0 67,0 4,0 67,0 8,0 67,0 10,0 67,0 16,0 67,0 20,0 67,0 25,0 66,0 31,25 65,1 62,50 62,0 100,0 60,0 200,0 55,5 250,0 54,0 300,0 52,8 400,0 51,0 500,0 49,5

    Tabela 1 PS-ANEXT Loss para um canal AC6

    Estes limites ainda no foram definidos para a configurao enlace permanente. Os valores apresentados na tabela 1 so informativos apenas. Para o clculo da perda de PS-ANEXT (mdio) em um sistema de cabeamento Categoria 6A para a configurao canal entre 1 MHz e 500 MHz, a EIA-568-B.2-10 estabelece um conjunto de frmulas matemticas. Os clculos que resultarem valores de PS-ANEXT superiores a 67 dB devem ser revertidos ao limite de 67 dB de acordo com a tabela 2.

    Freqncia (MHz)

    PS-ANEXT Loss

    (mdio), dB 1,0 67,0 4,0 67,0 8,0 67,0 10,0 67,0 16,0 67,0 20,0 67,0 25,0 67,0 31,25 67,0 62,50 64,3 100,0 62,3 200,0 57,7 250,0 56,3 300,0 55,1 400,0 53,2 500,0 51,8

    Tabela 2 PS-ANEXT Loss (mdio) para um canal AC6

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    Estes limites ainda no foram definidos para a configurao enlace permanente. Os valores apresentados na tabela 2 so apenas informativos. 3.2.2 Powersum AACRF para Canal Para todas as freqncias entre 1 MHz e 500 MHz, o powersum alien ACRF (Attenuation to Crosstalk Ratio at Far End) deve ser determinado pela equao 3.2.2.1 quando medido de acordo com os procedimentos apresentados na EIA-568.B.2-10 para laboratrio e campo.

    dBfPSAACRFcanal )100log(2037 [3.2.2.1]

    O PSAACRF deve ser somente informativo quando os valores do PSAFEXT loss estiverem entre aqueles determinados pela equao 3.2.2.2 e 67 dB. Clculos que resultem valores de PSAACRF superiores a 67 dB devem ser revertidos ao requisito de 67 dB mnimo. A tabela 3 apresenta os valores recomendados para PSAACRF.

    dBfPSAFEXTcanal )100log(1572 [3.2.2.2]

    Freqncia (MHz)

    PSAACRF Loss(mnimo), dB

    1,0 67,0 4,0 65,0 8,0 58,9 10,0 57,0 16,0 52,9 20,0 51,0 25,0 49,0 31,25 47,1 62,50 41,1 100,0 37,0 200,0 31,0 250,0 29,0 300,0 27,5 400,0 25,0 500,0 23,0

    Tabela 3 PSAACRF Loss para um canal AC6

    Para todas as freqncias entre 1 MHz e 500 MHz o PSAACRF mdio para um canal Categoria 6 Aumentada deve apresentar valores que estejam de acordo com a equao 3.2.2.3 quando medidos de acordo com as recomendaes da EIA-568-B.2-10 para laboratrio e campo.

    dBfPSAACRF mdiocanal )100log(2041, [3.2.2.3]

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    Os valores do PSAACRF mdio devem ser somente informativos quando os valores do PSAFEXT estiverem entre os valores determinados pela equao 3.22.4 e 67 dB. Clculos que resultarem valores de PSAACRF mdio superiores a 67 dB devem ser revertidos ao requisito de 67 dB, mnimo. Os valores apresentados na tabela 4 so somente informativos (recomendados).

    dBfPSAFEXTcanal )100log(1572 [3.2.2.4]

    Freqncia

    (MHz) PSAACRF Loss(mdio), dB

    1,0 67,0 4,0 67,0 8,0 62,9 10,0 61,0 16,0 56,9 20,0 55,0 25,0 53,0 31,25 51,1 62,50 45,1 100,0 41,0 200,0 35,0 250,0 33,0 300,0 31,5 400,0 29,0 500,0 27,0

    Tabela 4 PSAACRF Loss (mdio) para um canal AC6

    Estes limites ainda no foram definidos para a configurao enlace permanente. Os valores apresentados nas tabela 3 e 4 so apenas recomendaes. H outros parmetros de alien crosstalk relacionados a cabos slidos, cabos flexveis, hardware de conexo, entre outros que no so abordados neste trabalho, porm que esto descritos no Draft 7.0 da EIA-568-B.2-10. Apresentei neste artigo os parmetros PSANEXT e PSAACRF por se tratarem de dois parmetros de alien crosstalk de suma importncia para sistemas AC6 em cabos de pares balanceados sem blindagem. 4. O TSB-155 Este boletim apresenta diretrizes adicionais para suportar a aplicao IEEE 802.3an (10GBASE-T) em um sistema de cabeamento Categoria 6 (existente) de acordo com os requisitos da ANSI/TIA/EIA-568-B.2-1 (especificaes da Categoria 6 de desempenho). O TSB-155 caracteriza o acoplamento de diafonia entre cabos prximos de quatro pares Categoria 6, referido como alien crosstalk e estabelece diretrizes adicionais para equipamentos de testes de campo, bem como mtodos de testes e reduo deste tipo de interferncia em sistemas de cabeamento estruturado. Este boletim apresenta diretrizes e recomendaes para desempenho de transmisso para uma escala extendida de freqncias para a Categoria 6 de 250 MHz a 500 MHz.

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    As recomendaes a respeito dos parmetros de transmisso includos no TSB-155 so para a avaliao de sistemas de cabeamento Categoria 6, conforme especificado na ANSI/TIA/EIA-568-B.2-1 e demais adendos, at 500 MHz incluindo parmetros adicionais necessrios para suportar a aplicao 10GBASE-T. importante enfatizar que o TSB-155 no especifica requisitos para sistemas de cabeamento ou componentes Categoria 6 alm daqueles j especificados na EIA-568-B.2-1. As configuraes de testes reconhecidas pelo TSB-155 so as mesmas da EIA-568-B.2-1 e EIA-568-B.2-10, ou seja, enlace permanente e canal. Em resumo, o objetivo do TSB-155 estabelecer metodologias de testes do cabeamento instalado Categoria 6 para avaliar sua capacidade de atender aos requisitos da 10GBASE-T (10 Gigabit Ethernet). A 10GBASE-T pode operar em comprimentos de canal de at 37 metros em sistemas de cabeamento Categoria 6. Dependendo das condies de rudo ambiental e da resposta ao alien crosstalk estabelecidas no TSB-155, a aplicao 10GBASE-T pode ser implementada em um canal de at 55 m de comprimento mantendo os nveis mnimos de desempenho requeridos pela IEEE 802.3an. Para canais Categoria 6 com comprimentos superiores a 55 m, mtodos de controle e eliminao do alien crosstalk devem ser considerados para que a aplicao 10GBASE-T possa ser implementada com sucesso, porm isso quase sempre invivel devido ao efeito do alien crosstalk. Como se j no fosse suficientemente complicado estabelecer limites para os parmetros de alien crosstalk apresentados em 3.2, o TSB-155 apresenta suas prprias complicaes para a avaliao de canais Categoria 6 atualmente instalados quanto viabilidade de implementao da aplicao 10GBASE-T sobre eles, como mostrado a seguir. 4.1 PSANEXT Loss O powersum alien NEXT leva em considerao a diafonia combinada (estatstica) no par interferido a partir de pares interferentes prximos na mesma extremidade do canal. O PSANEXT determinado pela soma dos valores individuais de alien NEXT par a par ao longo da escala de freqncias para a Categoria 6A (1 MHz a 500 MHz), de acordo com a equao 4.1.1.

    )(10log10)(1

    4

    1

    10)( ,,

    dBfPSANEXTm

    j i

    fANEXT

    N

    Nji

    [4.1.1]

    Onde:

    NjifANEXT ,,)( o ANEXT medido de uma combinao individual de pares (1 a 4) do canal ou enlace interferente (1 a m) para cada par interferido N. O clculo da margem de alien crosstalk detalhado no TSB-155 e pode ser aplicado se os limites especificados para PSANEXT nos itens 4.1.1 e 4.1.2 (a seguir) no forem atendidos. O clculo das mrgens de alien crosstalk caracterizam o acoplamento de alien crosstalk entre canais pela avaliao combinada do PSAFEXT e PSANEXT.

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    4.1.1 PSANEXT para um Canal Categoria 6 O PSANEXT loss entre canais interferente e interferido prximos devem atender aos valores determinados pelas equaes apresentadas na tabela 5 para cada par interferido.

    Freqncia (MHz)

    PSANEXT Loss (dB)

    1001 f )100/log(101 fX 500100 f )100/log(151 fX

    Tabela 5 PSANEXT loss para um canal Categoria 6

    Onde: f a freqncia (em MHz) e 1X a constante de PSANEXT em 100 MHz. Os valores calculados para a perda de PSANEXT (PSANEXT loss) superiores a 67 dB so apenas informativos. Os valores de PSANEXT loss determinados pelas equaes apresentadas na tabela 5 utilizam a constante de PSANEXT determinada pela equao [4.1.1.1]. A constante de PSANEXT e a perda de insero em 250 MHz determinada pela equao [4.1.1.2], para canais com comprimentos de 100 m e 55 m so listados na tabela 6.

    Comprimento do canal (m)

    Constante de PSANEXT ( 1X )

    Perda de Insero em 250 MHz

    (dB) 100 62 35,9 55 47 20,3

    Tabela 6 Constantes calculadas de PSANEXT

    dBMHzILMcatMHzILCatPSANEXT tecons 6,1515).250__6250__6(62tan [4.1.1.1]

    Onde: - Cat6_IL_250MHz: a perda de insero em um canal de 100 m Categoria 6, em 250 MHz e vale 35,9 dB. - MCat6_IL_250MHz: a perda de insero medida no par interferido em 250 MHz, em um canal Cat.6. Valores calculados da constante de PSANEXT inferiores a 33,5 dB devem ser revertidos ao valor de 33,5 dB. Para o clculo da perda de insero estimada de um canal com comprimento inferior a 100 m, a perda de insero do cabo pode ser ponderada com relao a um determinado comprimento de acordo com a equao [4.1.1.2].

    )(02,0.425,0.0169,082,105,1.100

    )(, dBff

    ffmLIL canalestimada

    [4.1.1.2]

    Onde: L(m) o comprimento do canal, em metros.

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    4.1.2 PSANEXT mdio para um canal Categoria 6 O PSANEXT mdio calculado pela mdia de valores individuais para a perda de PSANEXT em dB para todos os quatro pares do canal interferido em cada freq6encia de interesse como mostrado na equao [4.1.2.1].

    )(4

    )()(

    4

    1 dBfPSANEXT

    fPSANEXT ii

    mdio

    [4.1.2.1]

    Onde: - PSANEXT if )( a amplitude (em dB) da perda de PSANEXT na freqncia f, do par i. A perda de PSANEXT (PSANEXT loss) para os quatro pares deve atender os valores determinados pelas frmulas apresentadas na tabela 7.

    Freqncia (MHz) Perda de PSANEXT mdio (dB)

    1001 f )100/log(10)25,2( 1 fX 500100 f )100/log(15)25,2( 1 fX

    Tabela 7 Perda de PSANEXT mdio para canal

    Onde: f a freqncia (em MHz) e 1X a constante de PSANEXT em 100 m. Os valores de PSANEXT mdio determinados pelas equaes apresentadas na tabela 7 utilizam a constante determinada por meio da equao [4.1.1.1]. As constantes de PSANEXT mdio e de perda de insero em 250 MHz determinada pela equao [4.1.1.2] para canais com comprimentos de 100 m e 55 m, esto listadas na tabela 8.

    Comprimento do canal (m)

    Constante de PSANEXT mdio

    )25,2( 1 X

    Perda de Insero em 250 MHz

    (dB) 100 64,25 35,9 55 49,25 20,3

    Tabela 8 Constantes de clculo de PSANEXT mdio

    O TSB-155 define limites para outros parmetros de alien crosstalk (como o AFEXT e o PSAACRF, entre outros) porm no acredito que seja til apresentar aqui como estes limites so calculados. Para entender como se aplica o TSB-155, consideremos a avaliao de um determinado canal Categoria 6 quanto ao PSANEXT mdio. Para isso a constante 1X deve ser determinada levando-se em considerao o comprimento do canal, bem como sua atenuao em 250 MHz (freqncia mxima de canais Cat. 6). Para um canal de 55 m, ( 1X +2,25) vale 49,25 e sua atenuao 20,3 dB em 250 MHz. Com isso podemos determinar os limites de PSANEXT mdio para cada freqncia de interesse entre 1 e 500 MHz para um canal Categoria 6. Para as freqncias crticas, estes valores seriam aqueles apresentados na tabela 9.

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    Freqncia

    (MHz) PSANEXT Loss(mdio), dB

    1,0 69,25 4,0 63,23 8,0 60,22 10,0 59,25 16,0 57,21 20,0 56,24 25,0 55,27 31,25 49,76 62,50 51,29 100,0 49,25 200,0 44,73 250,0 43,28 300,0 42,09 400,0 40,22 500,0 38,77

    Tabela 9 Limites de PSANEXT mdio para um canal

    Categoria 6 de acordo com o TSB-155 A tabela 9 apresenta os limites calculados de acordo com o TSB-155 para o PSANEXT mdio para um canal Categoria 6 com 55 m de comprimento e cuja atenuao em 250 MHz no excede 20,3 dB. Estes limites sero usados pelo equipamento de teste de campo para determinar se o canal Categoria 6 sob teste responde dentro dos limites estabelecidos pelo TSB-155 para a aplicao 10GBASE-T; em outras palavras, estamos avaliando se o canal Categoria 6 com 55 m de comprimento sob teste se comporta como um canal Categoria 6A para este comprimento. A existncia do TSB-155 justifica-se pelo fato de que a grande maioria (aproximadamente 70%) de todos os canais de cabeamento estruturado em edifcios comerciais so inferiores a 55 m. Assim, a avaliao de sistemas de cabeamento Categoria 6 de acordo com os requisitos do TSB-155 pode assegurar que sistemas Cat. 6 atualmente instalados esto preparados ou no para a aplicao 10GBASE-T. Para canais com comprimentos superiores a 55 m, o TSB-155 no se aplica. 5. A ANSI/TIA-568-C A terceira grande reviso da 568 (ANSI/TIA-568-C) est ainda sendo discutida pelo grupo TR-42 (User Premises Telecommunications Cabling Infrastructure, Infra-estrutura de Cabeamenbto de Telecomunicaes nas Dependncias do Usurio), mais precisamente pelos sub-comits TR-42.1 (Cabeamento genrico em edifcos comerciais), TR-42-7 (Cabeamento e componentes para cobre) e TR-42.8 (Cabeamento e componentes para fibras pticas) e no houve grandes avanos at o momento. O leitor deve estar se perguntando o porqu de uma reviso da 568, uma vez que parece que foi ontem que publicaram a 568-B. Na verdade o primeiro documento publicado da reviso B da 568 foi em maio de 2001. De acordo com as diretrizes da ANSI, todas suas normas devem ser revisadas a cada cinco anos e cada processo de reviso dura em mdia dois anos.

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    A 568-C ser uma nova norma dividida em quatro partes: - 568-C.0: uma nova norma para redes de telecomunicaes genrica nas dependncias do cliente. Este ser um documento dirigido ao usurio final. - 568-C.1: ser a reviso da 568-B.1, ou seja, tratar da parte que se refere ao cabeamento de telecomunicaes emedifcios comerciais. Este documento tambm ser dirigido ao usrio final. - 568-C.2: tratar do cabeamento e componentes para cobre. Ser um documento dirigido ao fabricante de sistemas de cabeamento estruturado. - 568-C.3: tratar do cabeamento e componentes para fibra ptica. Ser um documento dirigido ao fabricante de sisteamas de cabeamento ptico. Outros grupos (ou sub-comits) esto envolvidos neste trabalho: - TR-42.1: responsvel pelas partes 568-C.0 e 568-C.1 - TR-42-7: responsvel pela parte 568-C.2 - TR-42.8: responsvel pela parte 568-C.3 O objetivo da 568-C.0 oferecer diretrizes para o planejamento e instalao de uma infra-estrutura de cabeamento estruturado genrico capaz de suportar um ambiente de mltiplos fabricantes e aplicaes. A 568-C.0 a fundao para a infra-estrutura de cabeamento de telecomunicaes nas dependncias do usurio. Os requisitos adicionais sero detalhados em outros documentos especficos para cada tipo de ambiente. Por exemplo, a 568-C.1 apresentar os detalhes adiconais para cabeamento em edifcios comerciais. importante destacar que a 568-C.0 reconhece vrios ambientes diferentes tais como escritrios comerciais, residncias e indstrias. Uma vez que todas as normas para cada ambiente diferente so baseadas em uma arquitetura estrela com hierarquia, este documento define pontos de conexo (em vez de espaos) e enlaces da seguinte forma: - Pontos de conexo: - A (por exemplo Cross connect Principal MC) - B (por exemplo Cross-connect Intermedirio IC) - C (por exemplo Sala de Telecomunicaes TR ou Espao de Telecomunicaes TE). - D (por exemplo Ponto de Consolidao - CP, rea de Trabalho WA) - Enlaces entre pontos de conexo: - Nvel 1, exemplo: cabeamento entre um MC e um IC ou HC - Nvel 2, exemplo: cabeamento entre um IC e um HC - Nvel 3, exemplo: cabeamento entre um HC e uma WA A figura 11 apresenta a topologia de distribuio proposta pela 568-C.0.

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    Figura 11 Topologia de distribuio de cabeamento segundo a 568-C.0 Os meios fsicos reconhecidos pela 568-C, que podem ser usados individualmente ou combinados, so os seguintes:

    a) cabos de fibras pticas monomodo (ANSI/TIA-568-C.3), b) cabos de fibras pticas multimodo (ANSI/TIA-568-C.3), c) cabos balanceados (de pares tranados) de 100 ohms (ANSI/TIA-568-C.2).

    Os componentes do cabeamento devem estar em conformidade com as especificaes ANSI/TIA-568-C.2 e ANSI/TIA-568-C.3. Quanto ao comprimento mximo para cada meio fsico reconhecido, a 568-C considera que os comprimentos suportados pelo cabeamento so dependentes do meio fsico e da aplicao. No anexo D (informao de suporte aplicaes) esto listadas aplicaes tais como: - Sistemas pticos - 1000BASE-SX - 10GBASE-S - Sistemas em cobre - ADSL - 1000BASE-TX - CATV

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    - HDTV Outro ponto em discusso se as categorias 3 e 5e sero ainda reconhecidas pela 568-C ou no. No comeo dos trabalhos considerava-se que a Categoria 5e seria descontinuada, porm at este momento isso no foi definido. Talvez esta categoria de desempenho seja ainda reconhecida, porm no recomendada para aplicaes de alta velocidade no subsistema de cabeamento horizontal. A Categoria 3 deve ser mantida da mesma forma como est na 568-B, ou seja, reconhecida para aplicaes de voz e de dados de baixa velocidade (10BASE-T), porm com restries para as aplicaes de dados. A Categoria 6 Aumentada (em desenvolvimento) tambm no deve fazer parte da TIA-568-C. Esta nova categoria de desempenho, que se encontra no Draft 7.0 da ANSI/TIA/EIA-568-B.10 com uma largura de banda de 500 MHz para assegurar a implementao da aplicao 10 GbE sobre cobre, deve ser publicada inicialmente como um adendo da 568-C. Aterramento e eqalizao de terras, redudncia de encaminhamentos, requisitos de instalao para cobre e fibra, requisitos de testes de campo para verificao do desempenho de transmisso do cabeamento instalado, cabeamento centralizado ptico, polaridade do cabeamento ptico, bem como requisitos para a determinao do balano de perda de potncia ptica so tambm tratados na 568-C.0. Quanto a testes de transmisso, a 568-C.0 usar o TSB-140 como referncia para testes de campo do cabeamento ptico. Este TSB define as seguintes metodologias de testes para enlaces pticos: - OLTS (Optical Loss Test Set) - O enlace ptico deve ser testado quanto atenuao, polaridade e seu comprimento deve ser verificado - OTDR (Optical Time Domain Reflectometer) - O enlace ptico pode ser testado por meio de um OTDR, porm no pode ser usado em substituio ao OLTS. - Pode ser utilizado para verificar anomalias e assegurar a uniformidade da atenuao do cabo e a perda de insero do conector. - Pode ser usado para certificar que o cabo ptico foi instalado de forma adequada (raios de curvatura foram observados, conexes timas, emendas, etc.). Com relao 568-C.1, que substituir a atual 568-B.1, no h muitas novidades. Esta norma est ainda em rascunho e portanto sujeita a mudanas. Em relao 568-B.1 as nicas mudanas so de nomenclatura (pontos de conexo em vez de espaos e enlaces entre pontos de conexes). Os subsistemas de cabeamento sero identificados por nveis, ou seja, o cabeamento horizontal ser um cabeamento de nvel III, o cabeamento de backbone de edifcio ser um cabeamento de nvel II e o subsistema de cabeamento de campus ser um cabeamento de nvel I. As novidades presentes no draft da 568-C.1 so as seguintes: - Gabinetes de telecomunicaes (adendo 5), - Desenhos e esquemas que representam uma topologia estrela com nveis hierrquicos,

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    - Uso de fibras monomodo no cabeamento horizontal. As seguintes questes ainda se encontram em debate: - Permisso para canais horizontais pticos com 300 m de comprimento, - Uso de cabeamento Categoria 3, - Uso de cabeamento Categoria 6A. Apenas como referncia (e para ilustrar a contribuio do sub-comit TR-42.7) o nmero de pginas da 568-B.1 94, e o nmero de pginas da 568-C.1 34. 6. Concluses Apesar de os trabalhos terem sido iniciados em 2003, a Categoria 6 Aumentada est ainda em desenvolvimento e h muito por se definir em termos de limites para os testes de laboratrio e campo para os vrios parmetros de alien crosstalk para sistemas UTP. Por outro lado, os sistemas de cabeamento AC6 blindados projetados mesmo com base em drafts mais antigos no sofreram quaisquer mudanas j que os parmetros de alien crosstalk no afetam estes sistemas. A certificao de um sistema de cabeamento Categoria 6 Aumentada F/UTP (com cabos blindados) to simples quanto a certificao de um sistema de cabeamento Categoria 6, at 500 MHz sem os parmetros de alien crosstalk. Do ponto de vista de interferncia e efeitos devido ao alien crosstlak os sistemas de cabeamento AC6 blindados oferecem uma resposta tima e so mais seguros para aplicaes a 10 Gb/s que sistemas UTP. No entanto, prticas apropriadas de aterramento da blindagem devem ser observadas. A figura 12 apresenta diferentes respostas para diferentes tipos de cabos para alien crosstalk.

    Figura 12 Respostas para PS alien NEXT para diferentes tipos de cabos balanceados

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    Sistemas AC6 UTP tambm asseguram o desempenho de aplicaes 10GbE desde que projetados e fabricados de acordo com o Draft 7.0 da 568-B.2-10, porm prticas de instalao apropriadas e mais exigentes que as atualmente empregadas para cabeamento UTP em Cat. 6 devero ser observadas. O TSB-155 uma iniciativa para avaliar se os sistemas de cabeamento Categoria 6 atualmente instalados esto preparados para a implementao da aplicao 10GBASE-T. A proposta que estes canais sejam testados de acordo com as diretrizes estabalecidas neste boletim e, caso passem nos testes de certificao de campo, estes canais em princpio no necessitariam ser substitudos por novas instalaes Categoria 6A. Assim, a existncia do TSB-155 justifica-se pelo fato de que a grande maioria (aproximadamente 70%) de todos os canais de cabeamento estruturado em edifcios comerciais so inferiores a 55 m. O conjunto de normas que dar origem a nova ANSI/TIA-EIA-568-C est em desenvolvimento porm sem data para ser publicada. Assim, at que isso acontea, os velhos sistemas de cabeamento Categoria 3 e 5e continuam sendo reconhecidos pelos padres atuais. Novidades a respeito desta nova norma devem aparecer no comeo de 2008.

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    Referncias

    1. Transmission Performance Specifications for 4-pair 100 ohms, Augmented Category 6 Cabling Draft 7.0, Abril/2007 ANSI/TIA/EIA-568-B.2-10

    2. Guidelines for Assessment and Mitigation of Installed Category 6 Cabling to Support 10GBASE-T TSB-155, March/2007 Telecommunications Industry Association (TIA)

    3. Waggener, Bill - Pulse Code Modulation techniques with applications in communications and data recording First Edition (1995), Van Nostrand Reinhold, New York

    4. Hughes, Harald - Telecommunications cables Design, manufacture and installation, John Wiley & Sons Ltd., England/1997

    5. Tsaliovich, Anatoly Cable shielding for electromagnetic compatibility Van Nostrand Reinhold, First Edition 1995