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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/RN AULA DEMONSTRATIVA PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 1 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/RN AULA DEMONSTRATIVA Prof. RICARDO GOMES 1. Breve Apresentação. Prezado(as) Concurseiros(as) de Plantão, É com muito prazer que inicio o Curso de Teoria e Exercícios de Direito Eleitoral para o Concurso do TRE/RN (Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte)! Para quem ainda não me conhece, segue a minha apresentação: Meu nome é RICARDO GOMES, formei em Direito na Universidade Federal da Bahia (UFBA) no ano de 2007. Dei o primeiro passo na caminhada pelos concursos públicos no mesmo ano, quando fui aprovado no concurso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Após isso, fui aprovado nos concursos do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e da Controladoria-Geral da União (CGU), no ano de 2008. Por último, logrei êxito no concurso para o cargo de Procurador do Banco Central do Brasil (BACEN), em 2009/2010. Assim, também sou concurseiro igual a vocês! Atire a primeira pedra quem não é ou não foi! Rsrs. Trabalhei por mais de 1 ano no TSE, onde tive contato direto com o Direito Eleitoral ao elaborar minutas de decisões e despachos a cargo do Ministro Corregedor-Geral, ao emitir pareceres jurídicos que subsidiaram referidas decisões, ao instruir processos com forte pesquisa da jurisprudência da Corte Eleitoral e da legislação eleitoral. Posteriormente, trabalhei no TJDFT e, desde 2008, atuo como Analista de Finanças e Controle na área de Correição da Controladoria-Geral da União (CGU).

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1. Breve Apresentação.

Prezado(as) Concurseiros(as) de Plantão,

É com muito prazer que inicio o Curso de Teoria e Exercícios de Direito Eleitoral para o Concurso do TRE/RN (Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte)!

Para quem ainda não me conhece, segue a minha apresentação:

Meu nome é RICARDO GOMES, formei em Direito na Universidade Federal da Bahia (UFBA) no ano de 2007. Dei o primeiro passo na caminhada pelos concursos públicos no mesmo ano, quando fui aprovado no concurso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Após isso, fui aprovado nos concursos do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e da Controladoria-Geral da União (CGU), no ano de 2008. Por último, logrei êxito no concurso para o cargo de Procurador do Banco Central do Brasil (BACEN), em 2009/2010.

Assim, também sou concurseiro igual a vocês! Atire a primeira pedra quem não é ou não foi! Rsrs.

Trabalhei por mais de 1 ano no TSE, onde tive contato direto com o Direito Eleitoral ao elaborar minutas de decisões e despachos a cargo do Ministro Corregedor-Geral, ao emitir pareceres jurídicos que subsidiaram referidas decisões, ao instruir processos com forte pesquisa da jurisprudência da Corte Eleitoral e da legislação eleitoral.

Posteriormente, trabalhei no TJDFT e, desde 2008, atuo como Analista de Finanças e Controle na área de Correição da Controladoria-Geral da União (CGU).

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2. Concurso TRE/RN (Rio Grande do Norte).

Para quem ainda não sabe, o TRE/RN editou em 02 de junho de 2010, a Resolução nº 14, que dispõe sobre o próximo concurso público a ser promovido pelo Tribunal.

A Resolução nº 14 pode ser acessada no seguinte link do TRE/RN: https://www.tre-rn.jus.br/documentos/dje/dje-trern_20100602_476.pdf

Na parte de Disciplinas e Conteúdo Programático a Resolução especifica como serão cobrados os assuntos em todas as matérias para todos os cargos, inclusive em Direito Eleitoral.

Esta Resolução é uma ajuda e tanto para os estudantes! Já saber, de antemão, antes mesmo da divulgação do Edital, o que será cobrado é ótimo! Nesse sentido, todos vocês concurseiros de TRE estão numa condição privilegiada, pois, diferentemente da maioria dos concursos, não precisam mais esperar pelo Edital para estudar todas as matérias que serão cobradas no concurso do TRE/RN. Agora, têm em mãos os assuntos, que poderão, um a um, serem estudados e vencidos sem correrias e atropelos.

Ademais, a divulgação desta Resolução é sinal claro da iminência do Edital! A expectativa é de que a divulgação do Edital do TRE/RN seja realizada entre os meses de Setembro a Outubro de 2010, no mais tardar após as Eleições deste ano. Por isso, devemos aproveitar esta oportunidade acelerando nossos estudos antes do Edital, para que, tão logo seja publicado, apenas revisemos os assuntos. Isto certamente conferirá a todos maiores condições para “gabaritarem/fecharem” a prova!

Os conhecimentos de Direito Eleitoral serão cobrados para os seguintes Cargos, conforme a Resolução nº 14:

1. TÉCNICO JUDICIÁRIO - Área ADMINISTRATIVA

2. ANALISTA JUDICIÁRIO – Área JUDICIÁRIA

3. ANALISTA JUDICIÁRIO - Área ADMINISTRATIVA

Ademais, a Prova Discursiva para os Cargos de Técnico Judicário, Analista Judiciário – Áreas Judiciária e Administrativa –

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deverá ter por base os conhecimentos de Direito Eleitoral (principal matéria de conhecimentos específicos), exigindo do candidato, ao menos, algumas noções básicas de Direito Eleitoral para dissertação. Assim dispõem os itens da Resolução nº 14 referentes à Prova Discursiva:

“Redação sobre tema relacionado com disciplinas indicadas no edital, observado o conteúdo programático dele constante. A prova discursiva valerá 10,00 pontos e consistirá de redação de texto narrativo, dissertativo e/ou descritivo.

Tem como objetivo avaliar a capacidade de expressão na modalidade escrita, o uso das normas do registro formal culto da Língua Portuguesa e o domínio do conteúdo, de acordo com os objetos de avaliação estabelecidos para o cargo”.

3. Agradecimento aos Alunos do Curso Regular de Direito Eleitoral.

Quero aqui, humildemente, agradecer a todos os alunos do Curso de Direito Eleitoral – Teoria e Exercícios – Tribunais (TREs) iniciado em Junho de 2010, pois trocamos muitos conhecimentos e experiências!

Todos foram muito graciosos em suas avaliações: 100% de aprovação do Curso! Isto é, todos os alunos disseram que novamente fariam outros Cursos de Direito Eleitoral conosco do Ponto!

Fiquei lisojeado com o feed-back! Espero, inclusive, tê-los novamente como alunos neste Curso para TRE/RN e nos próximos a serem disponibilizados.

Próximos Cursos:

1. DIREITO ELEITORAL, PROCESSUAL E CRIMINAL ELEITORAL P/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA (CURSO COMPLEMENTAR);

2. DIREITO PROCESSUAL ELEITORAL P/ ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA (CURSO COMPLEMENTAR);

3. REGIMENTO INTERNO DO TRE/RN;

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4. EXERCÍCIOS CESPE;

5. TEORIA E EXERCÍCIOS CESPE;

6. EXERCÍCIOS FCC;

Queria aqui também registrar meus Parabéns aos alunos que tiveram excelentes resultados na Prova do TRE/RS! Alguns, inclusive, acertaram todas as 15 (quinze) questões de Direito Eleitoral!

Este mesmo resultado que os alunos tiveram no concurso do TRE do Rio Grande do SUL quero também ver repetir os alunos que farão a prova do TRE do Rio Grande do NORTE!! Rsrs.

4. Metodologia e Conteúdo do Curso.

Este CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS DE DIREITO ELEITORAL tem por foco preparar os concurseiros para a vindoura prova do TRE/RN.

O Tribunal ainda não deu sinais explícitos a respeito de qual banca examinadora será a escolhida para a realização da Prova (estão em processo de contratação – talvez por licitação ou mesmo por dispensa). O cenário que se apresenta no momento é o seguinte:

1. A favor da recontratação da FCC:

a. O último Concurso do TRE/RN foi realizado pela FCC (Fundação Carlos Chagas) em 2005;

b. Os assuntos elencados na Resolução nº 14 são similares na forma e no conteúdo do Edital de 2005, confeccionado pela FCC;

c. Muitos dos atuais concursos de TREs têm sido organizados pela FCC (ex: TRE/RS, TRE/AC, TRE/AL, TRE/PI, TRE/AM).

2. A favor da contratação do CESPE:

a. Indicação de que é mais provável que não será realizada dispensa de licitação, o que beneficiaria o CESPE;

b. Muitos dos atuais concursos de TREs também têm sido organizados pelo CESPE (ex: TRE/BA, TRE/MT, TRE/MA,

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TRE/PR, TRE/GO, TRE/MG).

Em virtude disso, nosso Curso de Direito Eleitoral para o TRE/RN será de Teoria, tendo por base a Resolução de Exercícios de ambas as bancas examinadoras (FCC e CESPE). Assiná-lo que, eventualmente, poderemos comentar questões de outras bancas pela carência em assuntos muito específicos.

Seguindo a linha de nossos Cursos de Direito Eleitoral, este Curso para o TRE/RN terá um CARÁTER PRÁTICO, voltado para o que, efetivamente, vem sendo cobrado nas últimas provas de concursos. Com isso, teremos uma parte teórica, com destaques e dicas dos pontos altos, e uma lista de VÁRIAS QUESTÕES DA FCC e CESPE de Direito Eleitoral comentadas!

Obs: Lembro que no Curso Regular, além da Teoria, estudamos

+ de 215 QUESTÕES COMENTADAS!

Abarcaremos, ademais, os ASPECTOS MAIS RELEVANTES DA LEGISLAÇÃO ELEITORAL, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL e da atual JURISPRUDÊNCIA DO TSE, na trilha do que tem cobrado referidas bancas, evitando-se as indesejáveis discussões teórico-doutrinárias (ineficientes para provas!), pouco frutíferas para o resultado almejado pelos concursandos, que é saber o necessário para gabaritar as questões de eleitoral.

Predisponho-me a ser um orientador dos estudos de cada um de vocês, e não um Professor que passa o conhecimento eminemente técnico.

Ao final de cada aula, farei um RESUMO do assunto abordado, destando os pontos mais relevantes.

Creio que, com a exaustiva resolução de questões e com uma metodologia mais prática e didática, conseguiremos fechar a matéria de Direito Eleitoral do Edital do TRE/RN! Até porque comentaremos todos os pontos do Edital listados abaixo, sem qualquer lacuna.

Lembro a todos que, consoante a Resolução nº 14, as questões de DIREITO ELEITORAL terão PESO 3 (três) na contagem de pontos, por ser matéria da parte de Conhecimentos Específicos, enquanto que as matérias contidas em Conhecimentos Básicos serão computadas apenas com PESO 1.

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Conteúdo do Curso:

Esclaro desde já que os assuntos a serem tratados nas Aulas referem-se à matéria básica de Direito Eleitoral previstas no Edital, compreendendo a TOTALIDADE da matéria para o cargo de TÉCNICO JUDICIÁRIO, salvo o Regimento Interno, e a maior parte para os cargos de Analista Judiciário – Área Judiciária e Administrativa.

Conteúdo do Curso Básico (Matéria Básica) de Direito Eleitoral p/ TRE/RN (Cargos de ANALISTA e TÉCNICO):

Direito Eleitoral:

Código Eleitoral – Lei nº 4.737, de 15/07/1965.

Alistamento eleitoral: requisitos, procedimento e fiscalização.

Órgãos da Justiça Eleitoral: composição e competência.

Garantias eleitorais: aspectos gerais, liberdade de escolha e sigilo do voto, limites à presença da força pública.

Prestação de contas das campanhas eleitorais.

Atos preparatórios da votação: seções eleitorais, mesas receptoras de votos e fiscalização perante as mesas receptoras.

Votação: material para votação, lugares da votação, polícia dos trabalhos eleitorais, início e encerramento da votação, ato de votar, nulidades da votação.

Apuração: órgãos apuradores, apuração nas Juntas Eleitorais, nos Tribunais Regionais e no Tribunal Superior Eleitoral.

Diplomação dos eleitos: natureza jurídica, competência para diplomar e fiscalização.

Estes assuntos, portanto, fazem parte do rol cobrado para os Cargos de ANALISTA Judiciário e Administrativo e TÉCNICO Judiciário. Com efeito, o restante dos assuntos previstos para os Cargos de ANALISTA, não tratados neste Curso, serão vistos em CURSOS COMPLEMENTARES que serão lançados em breve!

Portanto, os alunos que concorrerão ao cargo de ANALISTA devem orientar seus estudos da seguinte forma:

Curso Básico + Curso Complementar (Judiciário ou Administrativo).

Os Cursos Complementares para o Cargo de Analista versarão sobre as seguintes matérias:

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Analista Judiciário – Área Judiciária Analista Judiciário – Área Administrativa

Direito Eleitoral e Partidário Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 15/07/1965). Alistamento eleitoral: requisitos, procedimentos, fiscalização, qualificação, inscrição, cancelamento e exclusão (Resolução TSE n.º 21.538/2003). Ministério Público Eleitoral: órgãos, funções, garantias, deveres e impedimentos. Escolha e registro de candidatos. Cancelamento de registro e substituição de candidatos. Arrecadação e aplicação de recursos públicos. Poder de Polícia. Abuso de poder e corrupção no processo eleitoral. Prestação de contas das campanhas eleitorais. Gastos ilícitos de campanha. Condutas vedadas aos agentes públicos em campanha eleitoral. Propaganda política: propaganda partidária; propaganda eleitoral nas eleições majoritárias e proporcionais: na imprensa escrita, no rádio, na televisão, na Internet e em bens públicos e particulares. Direito de resposta. Certidão de quitação eleitoral. Pesquisas e testes pré-eleitorais. (Lei n.º 9.504/1997). Condições de elegibilidade e causas de inelegibilidade (Lei Complementar n.º 64/1990). Partidos políticos: personalidade jurídica, criação e registro, filiação partidária, fidelidade e disciplina partidárias, fusão, incorporação e extinção, finanças e contabilidade (Lei n.º 9.096/1995). Decretação da perda de mandato por infidelidade partidária (Resolução TSE n.º 22.610/2007). Fornecimento gratuito de transporte, em dias de eleição, a eleitores residentes nas zonas rurais (Lei nº 6.091/1974). Eleições: sistema eleitoral (registro de candidatos, voto secreto, cédula oficial, representação proporcional).

Direito Processual Eleitoral e Criminal Eleitoral: Processo Eleitoral: aspectos gerais. Recursos Eleitorais: cabimento, pressupostos de admissibilidade, processamento, efeitos e prazos. Processo de prestação de contas. Ação de impugnação ao pedido de registro de candidatura. Representações da Lei nº. 9.504/97. Ação de investigação judicial eleitoral. Ação de impugnação ao mandato eletivo. Recurso contra a expedição de diploma. Crimes eleitorais: tipos previstos na legislação, classificação. Processo Penal Eleitoral: ação penal, competência em matéria criminal eleitoral, rito processual penal eleitoral, aplicação subsidiária do Código de Processo Penal. Lei Complementar nº. 64/90, Lei nº. 9.096/95, Lei nº. 9.504/97.

Direito Processual Eleitoral: Processo Eleitoral: aspectos gerais. Recursos Eleitorais: cabimento, pressupostos de admissibilidade, processamento, efeitos e prazos. Processo de prestação de contas. Ação de impugnação ao pedido de registro de candidatura. Representações da Lei nº. 9.504/97. Ação de investigação judicial eleitoral. Ação de impugnação ao mandato eletivo. Recurso contra a expedição de diploma. Crimes eleitorais: tipos previstos na legislação, classificação. Processo Penal Eleitoral: ação penal, competência em matéria criminal eleitoral, rito processual penal eleitoral, aplicação subsidiária do Código de Processo Penal. Lei Complementar nº. 64/90, Lei nº. 9.096/95, Lei nº. 9.504/97.

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Como a matéria básica de Direito Eleitoral disposta linhas atrás é cobrada para os 3 Cargos citados (Técnico e Analistas Judiciário e Administrativo), resolvi realizar esta divisão de Cursos, atendendo de imediato à demanda de alunos para todos os Cargos neste Concurso do TRE/RN e, também, para não onerar por demais os Alunos que farão o concurso apenas para o Cargo de Técnico Judiciário.

Ademais, com esta divisão consigo facultar e facilitar a aquisição do Curso Básico e do Complementar para os Alunos que farão o concurso para o Cargo de Analista.

Por fim, friso que em breve (curto prazo) editaremos também um Curso Específico para o estudo do REGIMENTO INTERNO do TRE/RN, diante de sua extensão (+ 300 Artigos) e complexidade.

Repiso que todos os assuntos de Direito Eleitoral para o cargo de Técnico Judiciário serão tratados neste Curso que ora se inicia, salvo o Regimento Interno.

5. Cronograma do Curso

Este Curso de DIREITO ELEITORAL para o TRE/RN, como veremos no cronograma abaixo, será ministrado em 6 AULAS + Aula Demonstrativa, que inicia-se linhas abaixo.

A programação das aulas será nos seguintes termos:

AULA DEMONSTRATIVA – Código Eleitoral – Lei nº 4.737, de 15/07/1965: Órgãos da Justiça Eleitoral: composição e competência.

AULA 1 (30/08/2010) – Órgãos da Justiça Eleitoral: composição e competência (continuação).

AULA 2 (06/09/2010) -

1. Alistamento eleitoral: requisitos, procedimento e fiscalização.

2. Prestação de contas das campanhas eleitorais;

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AULA 3 (13/09/2010) –

1. Garantias eleitorais: aspectos gerais, liberdade de escolha e sigilo do voto, limites à presença da força pública;

2. Atos preparatórios da votação: seções eleitorais, mesas receptoras de votos e fiscalização perante as mesas receptoras;

AULA 4 (20/09/2010) –

1. Votação: material para votação, lugares da votação, polícia dos trabalhos eleitorais, início e encerramento da votação, ato de votar, nulidades da votação;

2. Lei Apuração: órgãos apuradores, apuração nas Juntas Eleitorais, nos Tribunais Regionais e no Tribunal Superior Eleitoral;

AULA 5 (27/09/2010) –

1. Lei Apuração: órgãos apuradores, apuração nas Juntas Eleitorais, nos Tribunais Regionais e no Tribunal Superior Eleitoral (continuação);

2. Diplomação dos eleitos: natureza jurídica, competência para diplomar e fiscalização;

AULA 6 (04/10/2010) – Questões Comentados de toda a Matéria. 1

6. Informativo sobre os Concursos de TREs

Os concursos têm, a cada dia e de forma crescente, exigido conhecimentos de Direito Eleitoral. Isso não se restringe aos concursos de Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e aos concursos da área jurídica (Magistratura, Ministério Público e Advocacia Pública). Tem forte presença o Direito Eleitoral nos concursos das Assembléias Legislativas Estaduais, Câmaras Municipais e nos concursos do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.

De todo modo, um “FILÃO DE MERCADO” do mundo dos concursos são os cargos disponibilizados pelos TREs e pelo TSE. Isso porque,

1 Obs: o cronograma das Aulas poderá ser alterado a qualquer tempo mediante prévio aviso aos Alunos na parte aberta

do curso, no Campo AVISOS.

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igualmente aos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs), os TREs estão pulverizados em todos os Estados brasileiros, com PRESENÇA QUASE ABSOLUTA NOS MUNICÍPIOS. Todos os TREs detêm uma estrutura administrativa enorme, o que demanda um número muito grande de servidores.

Existem TREs no Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal... Ao todo, são 27 Tribunais espalhados por todo o Brasil. No mínimo, em regra, cada Corte realiza 1 concurso a cada 4 anos. Logo, para quem quer especializar-se em concursos de TREs, teremos em média, pelo menos 6 provas por ano! Acho uma boa pedida, concorda?

Além disso, os concursos de TREs têm sido mais e mais concorridos pela excelente remuneração dos cargos de Técnico e Analista Judiciários (com previsão de aumento substancial da remuneração em decorrência da mobilização do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal (SINDJUS), do próprio Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal e do Ministro-Presidente do Tribunal Superior Eleitoral pela aprovação dos PLs nºs 6613 e 6697/2009, que tentam acompanhar os aumentos concedidos aos cargos de Técnico e de Analista do TCU e das Carreiras de Gestão do Poder Executivo Federal).

Segundo a proposta contida nos PLs e segundo o SINDJUS, os salários dos respectivos cargos do Poder Judiciário Federal deverão alcançar o seguinte patamar:

REMUNERAÇÃO PREVISTA NOS PLs nº 6613 e 6697/2009

CARGO SALÁRIO INICIAL SALÁRIO FINAL

Técnico Judiciário R$ 6.800,00 R$ 10.000,00

Analista Judiciário R$ 10.200,00 R$ 16.300,00

Além disso, a qualidade do trabalho e do ambiente (horário de trabalho mais flexível, estrutura física, etc), possibilidade de remoção entre TREs de diferentes Estados, bem como a quantidade vagas oferecidas são os grandes atrativos dos certames desses Tribunais. Vale assinalar aos candidatos que, nesses concursos, nem sempre a quantidade de vagas

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iniciais previstas nos editais reflete a real quantidade de candidatos efetivamente convocados até a expiração do respectivo prazo editalício.

É muito comum divulgarem, por exemplo, 10 vagas para o cargo de Técnico Judiciário, e nomearem, ao final, 300-400 candidatos. Isso mesmo! Uma quantidade centenas de vezes maior do que as vagas iniciais! Para conferir isso, basta acompanhar de perto alguns concursos passados de TREs, de 2004-2005 para frente.

A estrutura dos Tribunais Regionais, inclusive os Eleitorais, de fato exigem muita mão-de-obra. Por isso, aconselho ao concurseiros de plantão que, mesmo diante de um edital de um TRE com poucas vagas previstas, não se furtem em se inscreverem e em estudarem. Vale a pena! Depois não digam que não avisei! Ok? Rsrs.

Quanto ao TRE/RN, prova da pulverização da Justiça Eleitoral é que o Estado do Rio Grande do NORTE tem 169 MUNICÍPIOS, 69 ZONAS ELEITORAIS! Isto significa muitas vagas à vista neste concurso do TRE/RN! Muitos servidores serão serão lotados nestes municípios!

Além disso, vale dizer também que preparando-se para o TRE/RN, estará o estudante preparando-se para os iminentes concursos dos TREs do AMAPÁ, TOCANTIS, ESPÍRITO SANTO, CEARÁ, PERNAMBUCO, MINAS GERAIS, SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO, etc.

Agora vamos ao que interessa. Avante ao Direito Eleitoral!

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Considerações Iniciais.

Para aqueles alunos que fizeram o Curso Regular de Direito Eleitoral, 2 (dois) assuntos iniciais deste Curso para o TRE/RN (Órgãos da Justiça Eleitoral e Alistamento Eleitoral) são um pouco similares às aulas iniciais de referido Curso já estudado. No entanto, aqui a abordagem deve ser diferenciada em virtude da definição dos tópicos exigidos na Resolução nº 14 e por comentarmos questões CESPE.

Observando atentamente, constatei que o restante dos assuntos, listados abaixo, não foram abrangidos pelo Curso Regular:

• Garantias eleitorais: aspectos gerais, liberdade de escolha e sigilo do voto, limites à presença da força pública.

• Prestação de contas das campanhas eleitorais.

• Atos preparatórios da votação: seções eleitorais, mesas receptoras de votos e fiscalização perante as mesas receptoras.

• Votação: material para votação, lugares da votação, polícia dos trabalhos eleitorais, início e encerramento da votação, ato de votar, nulidades da votação.

• Apuração: órgãos apuradores, apuração nas Juntas Eleitorais, nos Tribunais Regionais e no Tribunal Superior Eleitoral.

• Diplomação dos eleitos: natureza jurídica, competência para diplomar e fiscalização.

Antes de adentrarmos na matéria, teço as seguintes considerações.

O Direito Eleitoral vem ganhando destaque no noticiário nacional com a crescente discussão na sociedade sobre a necessidade de uma Reforma Política no Brasil. Um exemplo claro disso é repercussão da Lei da “Ficha Limpa” (Lei Complementar nº 135/10).

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Referida LC nº 135 alterou a Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990 (Lei de Inexigilibilidades, que está presente em praticamente todos os editais de concursos de Tribunais Eleitorais), para estabelecer, em síntese, critérios mais rígidos para assunção de cargos públicos eletivos em todos os níveis ao instituir hipóteses restritivas de inexigibilidades, entre outras alterações que serão esboçadas no decorrer do presente curso caso seja convertido em Lei.

Sou claro em dizer ao aluno que a legislação eleitoral não é das mais prazerosas de se estudar. Talvez pela especialização do Direito Eleitoral, ou mesmo pela atípica atividade jurisdicional/administrativa do Poder Judiciário Eleitoral em realizar as Eleições. No entanto, como disse antes, me esforçarei ao máximo para repassar os assuntos da forma mais simples e clara possível.

De todo modo, é fato que a FCC costuma cobrar a literalidade ou frases muito próximas ao previsto no texto legal e o CESPE exige o conhecimento dos dispositivos, mas com um raciocínio levemente apurado. Assim, o conhecimento dos pontos mais relevantes contidos na legislação eleitoral será determinante na preparação e no sucesso do aluno nos concursos realizados pelas bancas.

Por isso, friso aos prezados alunos que será INDISPENSÁVEL a LEITURA DOS TEXTOS LEGAIS PREVISTOS NO EDITAL! Não há como fugir dessa “obrigação” de concurseiro! E é LEITURA e RELEITURA, não se restringe apenas numa “passada de olho”. O estudante assim deve proceder para que possa ficar, ao máximo, familiarizado com o texto normativo.

Friso desde já que a partir de agora denominarei “Tribunais Eleitorais” a toda gama de Tribunais Regionais Eleitorais e, inclusive, o Tribunal Superior Eleitoral.

Boa aula a todos!

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1. ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL.

1.1. Composição da Justiça Eleitoral.

A organização da Justiça Eleitoral (JE) foi primeiramente regulamentada pelo próprio Código Eleitoral nos seus arts. 12 a 41. Com efeito, a Constituição Federal de 1988, por ser uma constituição analítica, trouxe expressamente em seu texto também a estruturação e organização do Poder Judiciário Eleitoral.

A Justiça Eleitoral é uma das Justiças Especializadas da União, como também o é a Justiça Militar e a Justiça do Trabalho (todas previstas na CF-88).

É uma Justiça atípica, pois exerce atividade jurisdicional eleitoral (julga conflitos na seara eleitoral, crimes eleitorais, declaração de inelegibilidade, entre outros) e, de outro lado, atividade tipicamente administrativa, ao organizar todo o processo eleitoral das eleições (voto, apuração, diplomação dos eleitos, alistamento eleitoral, etc).

A Justiça Eleitoral não possui Juízes Eleitorais de Carreira e de Ministério Público próprio, todos são emprestados da Justiça Federal e da Justiça Estadual e do Ministério Público Federal e Estadual.

Já os serviços administrativos da Justiça Eleitoral são organizados quase que com exclusividade pela União, remanescendo ainda, em alguns TREs, a utilização de estruturas e de servidores estaduais e municipais. Vocês, futuros servidores de TRE, serão servidores da União, com todas as prerrogativas asseguradas em lei!

Mas, afinal, como é organizada a Justiça Eleitoral? quais são os órgãos da Justiça Eleitoral?

A organização da JE é hoje definida nos 2 diplomas em estudo: Código Eleitoral (arts. 11-41) e na CF-88 (arts. 118-121). Por isso, faremos um estudo conjugado dos dois regramentos.

São órgãos da Justiça Eleitoral:

1. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL;

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2. TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS (TREs);

3. JUÍZES ELEITORAIS;

4. JUNTAS ELEITORAIS.

As peculiaridades apresentadas pelo Código Eleitoral é de que o TSE tem sede na Capital da República e jurisdição em todo o país, e de que cada Estado e o DF terão um Tribunal Regional Eleitoral. Em tese, quanto aos territórios, faz a ressalva da possibilidade do TSE propor a criação na sua capital.

Atenção!

Parece patente, mas vale asseverar: o Ministério Público Eleitoral não faz parte da Organização da Justiça Eleitoral! Não está nos rols elencados abaixo. Faço essa ressalva, pois pode o aluno embaralhar os conceitos ao achar que o MP Eleitoral faz parte da Justiça Eleitoral. MP é órgão independente (quase um 4º Poder).

Código Eleitoral

Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da República e jurisdição em todo o País;

II - Um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior, na Capital de Território;

III - juntas eleitorais;

IV - juizes eleitorais.

CF-88

Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - o Tribunal Superior Eleitoral;

II - os Tribunais Regionais Eleitorais;

III - os Juízes Eleitorais;

IV - as Juntas Eleitorais.

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Número de Juízes nos TREs.

Segundo o Código Eleitoral, o número de Juízes de cada TRE (leia-se aqui Juízes que atuam na própria Corte Estadual Eleitoral e não os Juízes Eleitorais que atuam nas comarcas estaduais) não poderá ser reduzido, mas poderá ser elevado a 9 (nove) Juízes por proposta e aprovação do TSE. NO ENTANTO, a CF-88 previu apenas a composição fixa de 7 Juízes, o que deve ser considerado para concursos. O art. 13 do Código, que prevê a quantidade Juízes dos TREs de até 9 Membros não foi revogado expressamente, mas para provas basta saber que são 7 membros.

Número de Juízes nos TREs e no TSE:

TREs 7 Juízes

TSE No mínimo 7 Juízes

Periodicidade das Funções dos Juízes Eleitorais.

Os Juízes que exercem a função eleitoral servirão obrigatoriamente por 2 anos (mínimo de tempo), sendo que estão vedados de cumprirem mais de 4 anos consecutivos (2 biênios consecutivos), salvo exceções justificadas perante o TRE de que faz parte.

Código Eleitoral

Art. 14. Os juizes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.

CF-88

Art. 121

§ 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.

A CF-88 apenas faz 1 uma ressalva ao previsto no Código, ao

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prelecionar que os Juízes servirão por 2 anos, no mínimo, na função eleitoral, e acrescenta, determinando que a escolha de substitutos dos Juízes seja realizada na mesma ocasião e pelo mesmo processo.

Esta limitação para até 2 biênios consecutivos decorre do princípio da periodicidade das funções eleitorais, que procura garantir a lisura no trato das questões eleitorais mediante a alternância de Juízes Eleitorais nas respectivas comarcas e funções.

A contagem de cada biênio deverá ser ininterrupta, isto é, não será suspensa por qualquer motivo. Ressalva-se a hipótese do Juiz afastar-se em decorrência do impedimento previsto no §3º do art. 14, decorrente de parentesco do Juiz Eleitoral com candidato a cargo eletivo na circunscrição. A Lei Eleitoral também preleciona que, na recondução para novo biênio, as formalidades legais de escolha e investidura de Juízes deverão ser as mesmas utilizadas para na primeira.

Art. 14

§ 1º Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o desconto de qualquer afastamento nem mesmo o decorrente de licença, férias, ou licença especial, salvo no caso do § 3º.

§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-se-ão as mesmas formalidades indispensáveis à primeira investidura.

Destaco que os Juízes de Direito que exercem a função eleitoral afastados por motivos de férias e licença das funções principais que exercem na Justiça Comum, é que também serão afastados automaticamente de suas funções perante a Justiça Eleitoral. O Código faz uma exceção: quando estiver em período de férias coletivas e coincidir com o período eleitoral (realização de eleição, apuração ou encarremento de alistamento), o Juiz deverá permanecer com suas funções eleitorais.

Art. 14

§ 2º Os juizes afastados por motivo de licença férias e licença especial, de suas funções na Justiça comum, ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo correspondente exceto quando com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou

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encerramento de alistamento.

Como relatado, quando houver algum parente do Juiz Eleitoral ou Desembargador Eleitoral candidato à eleição em cargo na circunscrição em que este exerce suas funções eleitorais, deverá este Juíz ou Desembargador afastar-se.

O código delineia os parentes do Juiz candidatos que geram o impedimento (cônjuge, parente consangüíneo ou afim, até o 2º grau). O afastamento do Juiz Eleitoral deverá dar-se, pelo menos, desde a homologação da convenção partidária até a apuração final da eleição.

Art. 14

§ 3º Da homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final da eleição, não poderão servir como juizes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge, parente consangüíneo legítimo ou ilegítimo, ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.

Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais Eleitorais serão escolhidos, na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE)

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Composição do TSE.

Com a nova regulação pela CF-88 da composição do Tribunal Superior Eleitoral, foram derrogados tacitamente os art. 16 e 17 do Código Eleitoral.

A composição mínima do TSE são 7 Ministros. A sua atual composição pode ser assim resumida, conforma CF-88, art. 119:

QUANTIDADE DE MEMBROS

ORIGEM FORMA DE

COMPOSIÇÃO

3 MINISTROS SUPREMO TRIBUNAL

FEDERAL (STF) ELEIÇÃO

2 MINISTROS SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA (STJ) ELEIÇÃO

2 MINISTROS ADVOGADOS

NOMEAÇÃO pelo Presidente da Rep.

(entre 6 Advogados).

Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;

b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;

II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Os Advogados fazem parte de uma lista de 6 nomes, organizada pelo Supremo Tribunal Federal. O notável saber jurídico e a idoneidade moral são os requisitos necessários para a nomeação dos advogados para o TSE.

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Esta nomeação de Advogados, segundo o Código Eleitoral, não poderá recair:

1. em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum (a qualquer tempos, sob discricionariedade), ou

2. que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com aa administração pública, ou que exerça qualquer mandato de caráter político (federal, estadual ou municipal):

Art. 16

§ 2º A nomeação que trata o inciso II deste artigo não poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. (§ 4º renumerado pelo Decreto-lei nº 441, de 29.1.1969 e alterado pela Lei nº 7.191, de 4.6.1984)

Número de Juízes nos TREs e no TSE:

TREs 7 Juízes

TSE Pelo menos 7 Juízes

Observem que o art. 119 da CF-88 prevê que a constituição do TSE é de, no mínimo, de 7 Juízes. Veremos mais à frente que a CF-88 não fala em composição mínima para os TREs.

A despeito da desatualização e de eventual derrogação tácita operada pela CF-88 sobre os arts. 16 e 17, devemos enfrentar tais dispositivos, pois, a despeito de referido posicionamento, são comumente cobrados pela FCC.

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Vedação de parentesco entre Ministros.

É vedada a existência de parentesco de até 4º grau entre os Ministros do TSE. Caso venha a ocorrer, será excluído o último que foi escolhido:

Art. 16

§ 1º Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o 4º (quarto) grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último. (§ 3º renumerado pelo Decreto-lei nº 441, de 29.1.1969 e alterado pela Lei nº 7.191, de 4.6.1984)

Presidência, Vice-Presidência e Corregedoria do TSE.

O art. 119, parágrafo único, da CF-88 prevê que o Presidente e o Vice-Presidente do TSE devem ser Ministros do STF, enquanto que o Corregedor-Geral é do STJ:

CF-88

Art. 119

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Cargos no TSE: ORIGEM:

Presidente e Vice do TSE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)

Corregedor-Geral Eleitoral SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(STJ)

Na realidade, o Corregedor-Geral é apenas 1 dos 2 Juízes oriundos do STJ que compõem a corte. Assim, o Ministro do STJ também Corregedor-Geral Eleitoral, acumula as funções de Corregedoria com as funções ordinárias de Ministro do TSE (propriamente como Magistrado da Corte).

Nesse aspecto, não se aplica o caput do art. 17 do Código

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Eleitoral.

Sobre o Corregedor-Geral Eleitoral, cabem as seguintes considerações:

1. as atribuições do Corregedor serão fixadas por resolução do TSE;

2. poderá se locomover aos Estados por determinação do TSE, a pedido dos TREs, a requerimento de partido ou quando necessário;

3. os provimentos emanados da Corregedoria-Geral vinculam as Corregedorias Regionais.

Art. 17

§ 1º As atribuições do Corregedor Geral serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.

§ 2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor Geral se locomoverá para os Estados e Territórios nos seguintes casos:

I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral;

II - a pedido dos Tribunais Regionais Eleitorais;

III - a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral;

IV - sempre que entender necessário.

§ 3º Os provimentos emanados da Corregedoria Geral vinculam os Corregedores Regionais, que lhes devem dar imediato e preciso cumprimento.

Procurador-Geral do TSE

As funções de Procurador-Geral do TSE serão exercidas pelo Procurador-Geral da República (PGR).

Outros membros do Ministério Público da União designados pelo PGR para auxiliá-lo nas funções eleitorais não poderão ter assento no Plenário do TSE.

Art. 18. Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao Tribunal

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Superior Eleitoral, o Procurador Geral da República, funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal.

Parágrafo único. O Procurador Geral poderá designar outros membros do Ministério Público da União, com exercício no Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para auxiliá-lo junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde não poderão ter assento.

Deliberações do TSE.

As deliberações do TSE serão realizadas por maioria de votos, em sessão pública, com presença da maioria de seus membros.

Constitui a maioria de seus membros o 1º número inteiro acima da metade dos membros. No caso da Corte, que tem 7 Membros, o 1º nº inteiro acima da metade é 4 Membros.

Assim, para a Corte efetivamente deliberar sobre alguma matéria eleitoral, deverão estar presentes pelo menos 4 dos Ministros (a metade é 3,5, e o 1º nº inteiro acima da metade é 4).

Observação: a maioria não é metade mais 1! Isso pode levar o estudante a erro! Alguns acabam propugnando tal idéia, mas as provas de concursos freqüentemente apontam no sentido indicado.

Com efeito, existem matérias que exigem quorum especialíssimo (a totalidade dos membros do TSE presentes). São as seguintes:

1. interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição;

2. cassação de registro de partidos políticos;

3. análise de recursos que importem anulação geral de eleições;

4. análise de recursos que importem perda de diplomas.

Nestes casos excepcionais, caso algum membro do Tribunal falte, será convocado o substituto, porque a deliberação deverá ser com todos os membros presentes na sessão.

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Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros.

Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior, assim na interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e cassação de registro de partidos políticos, como sobre quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros. Se ocorrer impedimento de algum juiz, será convocado o substituto ou o respectivo suplente.

Suspeição e impedimento de Membros do TSE.

A previsão legal de argüição de suspeição ou impedimento de algum Ministro da Corte visa impedir eventuais decisões parciais em favor ou em desfavor de algum candidato ou partido.

O impedimento legal gera a presunção absoluta de parcialidade do Juíz (ex: um Juíz que seria parte no processo que ele mesmo julgará). Já a simples suspeição gera presunção relativa de parcialidade, dependente de prova da eventual parcialidade do magistrado (ex: amigo íntimo ou inimigo mortal de alguma das partes do processo – tem que provar que era amigo íntimo).

Pílulas Jurídicas sobre Presunção Legal:

Todas as causas de presunção são previstas em lei.

A presunção absoluta é absoluta porque não admite prova em contrário. É um fato previsto em lei que, confirmado ocorrido, não admite juízo retratativo. No exemplo citado, o fato do Juíz ser parte no processo que ele mesmo julgará gera a presunção absoluta de parcialidade do Juiz, pois não é possível, segunda a Lei, que ele julgará contrariamente aos seus próprios interesses. É por isso que as causas de impedimento previstas em lei geram a presunção absoluta de parcialidade do Juiz.

Já a presunção relativa é um indicativo de parcialidade do Juiz, dependente de prova do alegado e admite prova em contrário. No exemplo dado, poderemos superar a inicial presunção de parcialidade do Juiz por ser este amigo íntimo ou inimigo mortal de alguma das partes do processo, provando que isto não interferirá diretamente no feito ou que não é verdade (que eles não são amigos íntimos ou inimigos mortais).

As hipóteses de suspeição e impedimento estão previstas na Lei Civil e na Lei Penal (especialmente no Código de Processo Civil e no Código de Processo Penal), salvo quanto ao motivo de parcialidade partidária, que

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é prevista no art. 20 do Código Eleitoral.

Então, pelo menos a parcialidade partidária é um dos motivos previstos diretamente na lei eleitoral para arguição de impedimento e suspeição.

Importa saber sobre o assunto o seguinte. Referido dispositivo prevê, ademais, que qualquer interessado poderá arguir a suspeição e o impedimento, mas não somente dos Juízes Eleitorais! Também poderá ser impugnada a imparcialidade também do Procurador Geral e de funcionários da Secretaria do Juízo Eleitoral.

Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer interessado poderá argüir a suspeição ou impedimento dos seus membros, do Procurador Geral ou de funcionários de sua Secretaria, nos casos previstos na lei processual civil ou penal e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto em regimento.

Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente a provocar ou, depois de manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação do argüido.

Decisões do TSE e Recursos.

Todas as decisões do TSE são irrecorríveis, não cabe qualquer recurso das decisões do Tribunal, ressalvado somente quando contrariarem a Constituição ou quando forem denegatórias (negarem) de habeas corpus ou mandado de segurança.

Então, somente CABERÁ RECURSOS das decisões do TSE caso:

1. contrariarem a Constituição;

2. forem denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.

Esta é uma regra prevista diretamente na Constituição:

CF-88

Art. 121

§ 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior

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Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de segurança.

As decisões e todos os atos normativos e regulamentares do TSE devem ter cumprimento imediato por parte dos TREs e Juízes eleitorais:

Art. 21 Os Tribunais e juizes inferiores devem dar imediato cumprimento às decisões, mandados, instruções e outros atos emanados do Tribunal Superior Eleitoral.

TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS (TREs)

Composição dos TREs.

Em cada capital de cada Estado da Federação e do Distrito Federal haverá 1 (um) Tribunal Regional Eleitoral. Não há Estado que não tenha TRE, logo são muitos concursos disponíveis para os concurseiros, não acham? Rsrs.

Os TREs são compostos com 7 Membros, escolhidos mediante eleição ou nomeação do Presidente da República, resumida da seguinte forma. Antes, porém, friso que os TREs têm composição fixa pela CF-88, pois o art. 120 da Carta não prevê composição mínima para as Cortes Regionais (como o faz para o TSE), apenas elenca a quantidade de juízes que as comporão. Desse modo, os TREs não podem mais aumentar o número de Juízes.

QUANTIDADE DE MEMBROS

ORIGEM FORMA DE

COMPOSIÇÃO

2 JUÍZES DESEMBARGADORES

DO TJ do Estado ELEIÇÃO

2 JUÍZES JUÍZES DE DIREITO escolhidos pelo TJ

ELEIÇÃO

(escolha do TJ)

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1 JUIZ JUIZ DO TRF com sede

na Capital ou escolhido pelo TRF

ELEIÇÃO

(escolha do TRF)

2 JUÍZES ADVOGADOS

NOMEAÇÃO pelo Presidente da Rep.

(entre 6 Advogados)

CF-88

Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.

§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;

II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;

III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

Da mesma forma que os Ministros do TSE escolhidos dentre a lista de 6 Advogados, os Desembargadores dos TREs originariamente Advogados deverão ostentar notável saber jurídico e idoneidade moral. Serão indicados pelo TJ local.

A nomeação desses 2 Advogados para compor o pleno do TRE é feita pelo Presidente da República (Chefe do Poder Executivo Federal), indicados pelo Tribunal de Justiça do Estado. O TJ organiza os nomes dos Juízes em lista tríplice e encaminha ao TSE, que a divulgará através de

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Edital.2

Nesta lista de Advogados, não poderão constar nomes de Magistrados aposentados ou membros do Ministério Público (agora Advogados).

Código Eleitoral

Art. 25

§ 1º A lista tríplice organizada pelo Tribunal de Justiça será enviada ao Tribunal Superior Eleitoral.

§ 2º A lista não poderá conter nome de magistrado aposentado ou de membro do Ministério Público.

§ 3º Recebidas as indicações o Tribunal Superior divulgará a lista através de edital, podendo os partidos, no prazo de cinco dias, impugná-la com fundamento em incompatibilidade.

§ 4º Se a impugnação for julgada procedente quanto a qualquer dos indicados, a lista será devolvida ao Tribunal de origem para complementação.

§ 5º Não havendo impugnação, ou desprezada esta, o Tribunal Superior encaminhará a lista ao Poder Executivo para a nomeação.

O Código Eleitoral prevê lista tríplice de Advogados, mas não são 6 (seis) os Advogados indicados pelo TJ para compor o TRE?

Sim! Para cada vaga de Membro de TRE, das 2 previstas para Advogados, é elaborada 1 (uma) lista tríplice de nomes de Advogados. Apesar da CF-88 prelecionar que são 2 Juízes dentre 6 Advogados, no plano fático, a escolha é por listas tríplices (de 3 Advogados) para cada vaga. Desse modo, não é elaborada 1 lista de 6 nomes para cada vaga, mas 1 lista de 3 nomes para cada vaga. Resumo assim:

1. surgiu 1 vaga no TRE: elabora-se 1 lista tríplice; 2. surgiu + 1 vaga: elabora-se mais 1 lista tríplice.

Ao seguir este procedimento é assegurado que as 2 vagas de

2 A Resolução TSE nº 21.461/2003 dispõe sobre o encaminhamento de lista tríplice organizada pelo Tribunal de Justiça

ao Tribunal Superior Eleitoral.

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Juízes oriundos da Advocacia sejam preenchidas da escolha de 6 Advogados.

Seguindo à regra prevista para o TSE sobre a nomeação de Advogados para a Corte Superior, segundo o Código Eleitoral, a nomeação de Advogados para exercerem a função de Desembargadores nos TREs também não poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum (demitido a qualquer tempo, sob discricionariedade), que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública, ou que exerça qualquer mandato de caráter político (federal, estadual ou municipal).

Esta regra é prevista no art. 25, §7º, que remonta à aplicação do disposto no art. 16, §2º (antigo parágrafo 4º):

Código Eleitoral

Art. 25

§ 7º A nomeação de que trata o nº II deste artigo (atual inciso III do art. 120, §3º, I, da CF-88 – nomeação de Advogados) não poderá recair em cidadão que tenha qualquer das incompatibilidades mencionadas no art. 16, § 4º (atual §2º do art. 16 do Código Eleitoral).

Art. 16

§ 2º A nomeação que trata o inciso II deste artigo não poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. (§ 4º renumerado pelo Decreto-lei nº 441, de 29.1.1969 e alterado pela Lei nº 7.191, de 4.6.1984)

Art. 120.

§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:

III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

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Vedação de parentesco entre Desembargadores dos TREs.

Igualmente como previsto para o TSE, é também vedada a existência de parentesco de até 4º grau entre os Desembargadores dos TREs. Caso venha a ocorrer, será excluído o último que foi escolhido:

Art. 25

§ 6º Não podem fazer parte do Tribunal Regional pessoas que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o 4º grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso a que tiver sido escolhida por último.

Presidência, Vice-Presidência e Corregedoria dos TREs.

O Presidente e o Vice do TRE serão eleitos pelo próprio TRE entre os Desembargadores do TJ Estadual. A previsão legal quanto à nomeação do Corregedor Regional é que está desatualizada. O Código Eleitoral, no art. 26, prevê que seria o Corregedor o 3º Desembargador do TJ. Ocorre que, hoje, com o regramento constitucional, são apenas 2 Desembargadores do TJ que compõem o TRE.

Desse modo, entende-se que o Corregedor Regional deverá ser um dos Juízes que compõem o TRE, ou mesmo o seu Vice-Presidente.

CF-88

Art. 120

§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores (Leia-se: Desembargadores do TJ).

Código Eleitoral

Art. 26. O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Regional serão eleitos por este dentre os três desembargadores do Tribunal de Justiça; o terceiro desembargador será o Corregedor Regional da Justiça Eleitoral. (NÃO APLICÁVEL!)

No mesmo sentido da Corregedoria-Geral Eleitoral (do TSE), para o

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Corregedor Regional, cabem as seguintes considerações:

1. as atribuições do Corregedor serão fixadas pelo TSE (Resolução) ou pelo TRE, em caráter supletivo;

2. poderá se locomover às Zonas Eleitorais por determinação do TSE ou do TRE, a pedido de juízes eleitorais, a requerimento de partido ou quando necessário;

3. os provimentos emanados da Corregedoria-Geral vinculam as Corregedorias Regionais.

Art. 26

§ 1º As atribuições do Corregedor Regional serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral e, em caráter supletivo ou complementar, pelo Tribunal Regional Eleitoral perante o qual servir.

§ 2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor Regional se locomoverá para as zonas eleitorais nos seguintes casos:

I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal Regional Eleitoral;

II - a pedido dos juizes eleitorais;

III - a requerimento de Partido, deferido pelo Tribunal Regional;

IV - sempre que entender necessário.

Procurador Regional Eleitoral. Quem é?

O art. 27 do Código Eleitoral foi integralmente revogado pelos arts. 76 e 77 da Lei Complementar nº 75/1993, que dispõe sobre o estatuto do Ministério Público da União.

Por incrivel que pareça, o Procurador Regional Eleitoral (PRE) não é o Chefe do Ministério Público Estadual e nem do Federal.

É um Procurador Regional da República ou um Procurador da República com exercício no Estado. O Procurador Regional da República e o Procurador da República fazem parte da carreira do Ministério Público Federal (é como se fossem “Promotores Federais”).

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O Procurador Regional da República é o “fim de carreira” do Procurador da República.

Abrindo um parêntese informal para exemplificar: eu, nos meus tempos de faculdade, já estagiei por 1 ano com um Procurador da República que já era Procurador Regional da República e que também era, à época, Procurador Regional Eleitoral.

Era um simples Procurador da República (já promovido pelo tempo de serviço a Procurador Regional) que exercia a função de Procurador Regional Eleitoral.

Trabalha bastante, viu! Rsrs.

Sobre o Procurador Regional da República destaco os seguintes pontos:

1. O art. 27 do Código Eleitoral está totalmente revogado, não regulamento mais a matéria;

2. O Procurador Regional Eleitoral pode ser um Procurador Regional da República ou um Procurador da República vitalício tantos nos Estados quanto no Distrito Federal;

LC 75/93

Art. 76. O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado pelo Procurador-Geral Eleitoral, dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um mandato de dois anos.

§ 1º O Procurador Regional Eleitoral poderá ser reconduzido uma vez.

§ 2º O Procurador Regional Eleitoral poderá ser destituído, antes do término do mandato, por iniciativa do Procurador-Geral Eleitoral, anuindo a maioria absoluta do Conselho Superior do Ministério Público Federal.

Art. 77. Compete ao Procurador Regional Eleitoral exercer as funções do Ministério Público nas causas de competência do Tribunal Regional Eleitoral respectivo, além de dirigir, no Estado, as atividades do setor.

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Parágrafo único. O Procurador-Geral Eleitoral poderá designar, por necessidade de serviço, outros membros do Ministério Público Federal para oficiar, sob a coordenação do Procurador Regional, perante os Tribunais Regionais Eleitorais.

REVOGADO!!

Art. 27. Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Procurador da República no respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que for designado pelo Procurador Geral da República.

§ 1º No Distrito Federal, serão as funções de Procurador Regional Eleitoral exercidas pelo Procurador Geral da Justiça do Distrito Federal.

§ 2º Substituirá o Procurador Regional, em suas faltas ou impedimentos, o seu substituto legal.

§ 3º Compete aos Procuradores Regionais exercer, perante os Tribunais junto aos quais servirem, as atribuições do Procurador Geral.

§ 4º Mediante prévia autorização do Procurador Geral, podendo os Procuradores Regionais requisitar, para auxiliá-los nas suas funções, membros do Ministério Público local, não tendo estes, porém, assento nas sessões do Tribunal.

Procuradores Eleitorais junto aos Tribunais Eleitorais:

No TSE Procurador-Geral da República

Nos TREs

PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA ou

PROCURADOR DA REPÚBLICA – investidos da função de

Procurador Regional Eleitoral (PRE)

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Deliberações dos TREs.

As deliberações dos TREs serão realizadas por maioria de votos, em sessão pública, com presença da maioria de seus membros.

Mais uma vez, digo que constitui a maioria de seus membros é o 1º número inteiro acima da metade dos membros. No caso dos TREs que possuem 7 Membros, o 1º nº inteiro acima da metade é 4 Membros.

Assim, para o TRE efetivamente deliberar sobre alguma matéria eleitoral, deverão estar presentes pelo menos 4 dos Desembargadores (a metade é 3,5, e o 1º nº inteiro acima da metade é 4).

Caso não haja quorum para inícios dos trabalhos, serão convocados substitutos dos membros.

Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros.

§ 1º No caso de impedimento e não existindo quorum, será o membro do Tribunal substituído por outro da mesma categoria, designado na forma prevista na Constituição.

Suspeição de Membros dos TREs.

Da mesma forma que para o TSE, a previsão legal de argüição de suspeição de algum Desembargador do TRE, do Procurador Regional, ou mesmo dos funcionários de sua secretaria, visa impedir eventuais decisões parciais em favor ou em desfavor de algum candidato ou partido.

Atenção!

Observem que, diferentemente do TSE, para os TREs o CE somente previu a hipótese de argüição de suspeição, em nada mencionou sobre a argüição de impedimento.

O art. 28, §1º, do Código Eleitoral preleciona sobre impedimento para Membro do TRE, porém, diferentemente do previsto para o TSE no art. 20 (faculdade de qualquer interessado argüir a SUSPEIÇÃO e o IMPEDIMENTO dos Membros do TSE, Procurador-Geral e funcionários), o art. 28 previu que somente poderá ser arguida a SUSPEIÇÃO de Membro do TRE, não facultando a possibilidade de argüição de impedimento.

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Conforme o Código Eleitoral, em caso de impedimento, o membro do TRE será simplesmente substituído, não tendo a necessidade de argüição de impedimento e a mesma proporção jurídica na hipótese do TSE. Já em caso de SUSPEIÇÃO de membro do TRE, cabe ARGUIÇÃO e com RECURSO para o TSE.

Repito o já relatado linhas atrás:

O impedimento legal gera a presunção absoluta de parcialidade do Juíz (ex: um Juíz que seria parte no processo que ele mesmo julgará). Já a simples suspeição gera presunção relativa de parcialidade, dependente de prova (ex: amigo íntimo ou inimigo mortal de alguma das partes do processo).

As hipóteses de suspeição e impedimento estão previstas na Lei Civil e na Lei Penal (especialmente no Código de Processo Civil e no Código de Processo Penal), salvo quanto ao motivo de parcialidade partidária, que é prevista no art. 20 do Código Eleitoral.

Então, pelo menos a parcialidade partidária é um dos motivos previstos diretamente na lei eleitoral para arguição de impedimento e suspeição.

Importa saber sobre o assunto o seguinte. Referido dispositivo prevê, ademais, que qualquer interessado poderá arguir a suspeição no TRE, mas não somente dos Membros do Tribunal, mas também poderá ser impugnada a imparcialidade também do Procurador Regional e de funcionários da Secretaria do Juízo Eleitoral.

Ademais, no caso dos TREs, é prevista a hipótese de recurso voluntário para o TSE em caso de não aceitação da arguição de suspeição do Desembargador, do Procurador Regional, ou de funcionários da sua Secretaria, assim como dos Juízes e escrivães eleitorais.

Art. 28.

§ 1º No caso de IMPEDIMENTO e não existindo quorum, será o membro do Tribunal substituído por outro da mesma categoria, designado na forma prevista na Constituição.

§ 2º Perante o Tribunal Regional, e com recurso voluntário para o Tribunal Superior qualquer interessado poderá argüir a SUSPEIÇÃO dos seus membros, do Procurador Regional, ou de

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funcionários da sua Secretaria, assim como dos juizes e escrivães eleitorais, nos casos previstos na lei processual civil e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto em regimento.

§ 3º No caso previsto no parágrafo anterior será observado o disposto no parágrafo único do art. 20.

Art. 20.

Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente (quem propõe a exceção de suspeição) a provocar ou, depois de manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação do argüido.

Decisões dos TREs e Recursos.

Lembrando: das decisões do TSE cabe algum recurso?

Segundo o art. 121, §3º, da CF-88, são irrecorríveis as decisões do TSE (como regra), salvo as que contrariarem a Constituiçao e as denegatórias de Habeas Corpus e de Mandando de Segurança.

E as decisões dos TREs, são também irrecorríveis?

Igualmente às decisões do TSE, como regra, das decisões dos TREs não cabem recursos!

Então a regra é que, das decisões do TSE e dos TREs NÃO CABEM RECURSOS!

Somente caberá recurso de decisão do TRE para o TSE nos seguintes casos, previstos no art. 121, §4º da CF-88, assim resumidos:

1. decisão proferida contra disposição expressa da Constituição ou de Lei;

2. quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre 2 ou mais TREs – o TSE funcionará como uniformizador das decisões dos TREs;

3. decisão que verse sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas federais ou estaduais - NÃO CABERÁ RECURSO para o TSE de decisão sobre inelegibilidade ou expedição de

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diplomas MUNICIPAL! Pode ser pegadinha de prova!

4. decisão que anular diploma ou decretar a perda de mandatos eletivos federais e estaduais - NÃO CABERÁ RECURSO para o TSE de decisão que anular diploma ou decretar a perda de mandato MUNICIPAL! Pode ser pegadinha de prova!

5. decisão que denegar:

a. Habeas Corpus;

b. Mandado de Segurança;

c. Habeas Data;

d. Mandado de Injunção.

CF-88

Art. 121

§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:

I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;

II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;

III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais;

IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;

V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, "habeas-data" ou mandado de injunção.

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Quadrinho para MEMORIZAÇÃO:

Decisões dos Tribunais Eleitorais X RECURSOS

TRIBUNAIS REGRA EXCEÇÃO

(DECISÕES RECORRÍVEIS)

TRIBUNAL SUPERIOR

ELEITORAL (TRE)

NÃO CABEM RECURSOS das

decisões do TSE (art. 121,

§3º, da CF)

a) contrariarem a Constituiçao;

b) denegatórias de HC e de MS.

TRIBUNAIS REGIONAIS

ELEITORAIS (TREs)

NÃO CABEM RECURSOS das

decisões dos TREs TSE (art.

121, §4º, da CF)

a. decisão proferida contra disposição expressa da Constituição ou de Lei;

b. quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre 2 ou mais TREs;

c. decisão que verse sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas federais ou estaduais; - NÃO MUNICIPAL!;

d. decisão que anular diploma ou decretar a perda de mandatos eletivos federais e estaduais - NÃO MUNICIPAL!;

e. decisão que denegar:

a. Habeas Corpus;

b. Mandado de Segurança;

c. Habeas Data;

d. Mandado de Injunção.

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Na próxima Aula continuaremos nosso estudo!

De todo modo, curtam alguns exercícios!!!!

EXERCÍCIOS COMENTADOS

QUESTÃO 1: TRE/MT – Analista Judiciário – Área Administrativa [CESPE] - 2009.

Assinale a opção correta com relação aos órgãos da justiça eleitoral.

A) A justiça eleitoral é composta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelo TRE, na capital de cada estado e no DF, pelo Ministério Público Eleitoral e pelas juntas eleitorais.

B) Os ministros do TSE são escolhidos entre juízes do STF e do STJ e entre representantes da advocacia.

C) Por determinação legal, a sede do TSE é na capital da República e, por isso, a sua jurisdição encontra-se limitada ao DF.

D) O corregedor do TSE deve ser escolhido entre os ministros do STF.

E) O presidente do TSE deve ser escolhido entre ministros do STF e o vice-presidente, entre ministros do STJ.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. Em síntese, os órgãos da Justiça Eleitoral são:

5. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL;

6. TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS (TREs);

7. JUÍZES ELEITORAIS;

8. JUNTAS ELEITORAIS.

Código Eleitoral

Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da República e jurisdição em todo o País;

II - Um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior, na Capital

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de Território;

III - juntas eleitorais;

IV - juizes eleitorais.

CF-88

Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - o Tribunal Superior Eleitoral;

II - os Tribunais Regionais Eleitorais;

III - os Juízes Eleitorais;

IV - as Juntas Eleitorais.

Como falei em aula, é muito comum acharmos que o Ministério Público Eleitoral é órgão da Justiça Eleitoral. Além desse aspecto, o item está errado por não prevê os Juízes Eleitorais.

Item B – correto.

QUANTIDADE DE MEMBROS

ORIGEM FORMA DE

COMPOSIÇÃO

3 MINISTROS SUPREMO TRIBUNAL

FEDERAL (STF) ELEIÇÃO

2 MINISTROS SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA (STJ) ELEIÇÃO

2 MINISTROS ADVOGADOS

NOMEAÇÃO pelo Presidente da Rep.

(entre 6 Advogados).

Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;

b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;

II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes

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dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Item C – errado. O Código Eleitoral prevê que o TSE tem sede na Capital da República e jurisdição em TODO o país

Código Eleitoral

Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da República e jurisdição em todo o País;

Item D e E – errados. O Corregedor do TSE (Corregedor-Geral Eleitoral) é eleito dentre os Ministros do STJ! O art. 119, parágrafo único, da CF-88 prevê que o Presidente e o Vice-Presidente do TSE devem ser Ministros do STF, enquanto que o Corregedor-Geral é do STJ:

CF-88

Art. 119

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Cargos no TSE: ORIGEM:

Presidente e Vice do TSE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)

Corregedor-Geral Eleitoral SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(STJ)

RESPOSTA CERTA: LETRA B

QUESTÃO 2: TRE/BA – Analista Judiciário – Área Administrativa [CESPE] - 2009.

No que se refere às disposições contidas na CF acerca do Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário, julgue os itens seguintes.

45) O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será composto, no mínimo, por sete

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membros, escolhidos mediante eleição pelo voto secreto de três juízes entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dois juízes entre os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, por nomeação do presidente da República, de dois juízes entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo STF.

COMENTÁRIOS:

Apesar de ser CESPE, veja que esta questão de penúltima prova de TRE realizada pela Banca foi praticamente a literalidade do previsto no art. 119 da CF-88.

Vejam os mesmos comentários ao Item B da Questão 1.

RESPOSTA CERTA: CERTO

QUESTÃO 3: TRE/BA – Analista Judiciário – Área Administrativa [CESPE] - 2009.

59) É cabível recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) das decisões dos TREs quando versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais.

COMENTÁRIOS:

Caberá Recurso das decisões dos TREs para o TSE nas hipóteses previstas no art. 121, §4º, da CF-88:

CF-88

Art. 121

§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:

I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;

II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;

III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais;

IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;

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V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, "habeas-data" ou mandado de injunção.

RESPOSTA CERTA: CERTO

QUESTÃO 4: TRE - PI - Analista Judiciário – Taquigrafia [FCC] - 02/08/2009.

Os Tribunais Regionais Eleitorais deliberam, em sessão pública, por

a) unanimidade de votos, com a presença da maioria de seus membros.

b) maioria de votos, com a presença da maioria de seus membros.

c) maioria de votos, com a presença de todos os seus membros.

d) maioria de votos, com a presença de pelo menos um terço de seus membros.

e) unanimidade de votos, com a presença de pelo menos um terço de seus membros.

COMENTÁRIOS:

As deliberações dos TREs serão realizadas por maioria de votos, em sessão pública, com presença da maioria de seus membros.

Friso que a maioria de seus membros o 1º número inteiro acima da metade dos membros. No caso dos TREs que possuem 7 Membros, o 1º nº inteiro acima da metade é 4 Membros.

Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros.

RESPOSTA CERTA: LETRA B

QUESTÃO 5: TRE - PI - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 02/08/2009.

Lauro é Ministro do Superior Tribunal de Justiça; Maria é Desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado; e Mário é advogado de notável saber jurídico e idoneidade moral. Nesse caso, preenchidas os demais requisitos legais,

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a) Lauro pode vir a integrar o Tribunal Superior Eleitoral; Maria pode vir a integrar o Tribunal Regional Eleitoral do respectivo Estado; e Mário pode vir a integrar tanto o Tribunal Superior Eleitoral, como o Tribunal Regional Eleitoral.

b) Lauro pode vir a integrar o Tribunal Regional Eleitoral; Maria pode vir a integrar o Tribunal Superior Eleitoral; e Mário pode vir a integrar somente o Tribunal Regional Eleitoral.

c) Lauro pode vir a integrar o Tribunal Superior Eleitoral; Maria e Mário podem vir a integrar tanto o Tribunal Superior Eleitoral, como o Tribunal Regional Eleitoral.

d) Lauro, Maria e Mário podem vir a integrar tanto o Tribunal Superior Eleitoral, como o Tribunal Regional Eleitoral.

e) Lauro pode vir a integrar o Tribunal Superior Eleitoral; Maria pode vir a integrar o Tribunal Superior Eleitoral; e Mário pode vir a integrar somente o Tribunal Regional Eleitoral.

COMENTÁRIOS:

Origem para composição do TSE: 3 Ministros do STF, 2 do STJ e 2 Advogados.

Origem para composição dos TREs: 2 Desembargadores do TJ, 2 Juízes de Direito, 1 Juiz Federal e 2 Advogados.

Desse modo, Lauro, por ser Ministro do STJ, poderá integrar o TSE; Maria, por ser Desembargadora do TJ, poderá integrar o respectivo TRE; Mário, por ser advogado de notável saber jurídico e idoneidade moral, poderá integrar as 2 Cortes (TSE e TRE).

Item A correto.

QUANTIDADE DE MEMBROS

ORIGEM FORMA DE

COMPOSIÇÃO

2 JUÍZES DESEMBARGADORES

DO TJ do Estado ELEIÇÃO

2 JUÍZES JUÍZES DE DIREITO escolhidos pelo TJ

ELEIÇÃO

(escolha do TJ)

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1 JUIZ JUIZ DO TRF com sede

na Capital ou escolhido pelo TRF

ELEIÇÃO

(escolha do TRF)

2 JUÍZES ADVOGADOS

NOMEAÇÃO pelo Presidente da Rep.

(entre 6 Advogados)

CF-88

Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.

§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;

II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;

III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

RESPOSTA CERTA: LETRA A

EXERCÍCIOS com Gabarito

QUESTÃO 1: TRE/MT – Analista Judiciário – Área Administrativa

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[CESPE] - 2009.

Assinale a opção correta com relação aos órgãos da justiça eleitoral.

A) A justiça eleitoral é composta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelo TRE, na capital de cada estado e no DF, pelo Ministério Público Eleitoral e pelas juntas eleitorais.

B) Os ministros do TSE são escolhidos entre juízes do STF e do STJ e entre representantes da advocacia.

C) Por determinação legal, a sede do TSE é na capital da República e, por isso, a sua jurisdição encontra-se limitada ao DF.

D) O corregedor do TSE deve ser escolhido entre os ministros do STF.

E) O presidente do TSE deve ser escolhido entre ministros do STF e o vice-presidente, entre ministros do STJ.

QUESTÃO 2: TRE/BA – Analista Judiciário – Área Administrativa [CESPE] - 2009.

No que se refere às disposições contidas na CF acerca do Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário, julgue os itens seguintes.

45) O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será composto, no mínimo, por sete membros, escolhidos mediante eleição pelo voto secreto de três juízes entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dois juízes entre os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, por nomeação do presidente da República, de dois juízes entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo STF.

QUESTÃO 3: TRE/BA – Analista Judiciário – Área Administrativa [CESPE] - 2009.

59) É cabível recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) das decisões dos TREs quando versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais.

QUESTÃO 4: TRE - PI - Analista Judiciário – Taquigrafia [FCC] - 02/08/2009.

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Os Tribunais Regionais Eleitorais deliberam, em sessão pública, por

a) unanimidade de votos, com a presença da maioria de seus membros.

b) maioria de votos, com a presença da maioria de seus membros.

c) maioria de votos, com a presença de todos os seus membros.

d) maioria de votos, com a presença de pelo menos um terço de seus membros.

e) unanimidade de votos, com a presença de pelo menos um terço de seus membros.

QUESTÃO 5: TRE - PI - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 02/08/2009.

Lauro é Ministro do Superior Tribunal de Justiça; Maria é Desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado; e Mário é advogado de notável saber jurídico e idoneidade moral. Nesse caso, preenchidas os demais requisitos legais,

a) Lauro pode vir a integrar o Tribunal Superior Eleitoral; Maria pode vir a integrar o Tribunal Regional Eleitoral do respectivo Estado; e Mário pode vir a integrar tanto o Tribunal Superior Eleitoral, como o Tribunal Regional Eleitoral.

b) Lauro pode vir a integrar o Tribunal Regional Eleitoral; Maria pode vir a integrar o Tribunal Superior Eleitoral; e Mário pode vir a integrar somente o Tribunal Regional Eleitoral.

c) Lauro pode vir a integrar o Tribunal Superior Eleitoral; Maria e Mário podem vir a integrar tanto o Tribunal Superior Eleitoral, como o Tribunal Regional Eleitoral.

d) Lauro, Maria e Mário podem vir a integrar tanto o Tribunal Superior Eleitoral, como o Tribunal Regional Eleitoral.

e) Lauro pode vir a integrar o Tribunal Superior Eleitoral; Maria pode vir a integrar o Tribunal Superior Eleitoral; e Mário pode vir a integrar somente o Tribunal Regional Eleitoral.

GABARITOS OFICIAIS

1 - B 2 - CERTO

3 – CERTO

4 - B 5 - A

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RESUMO DA AULA

São órgãos da Justiça Eleitoral:

1. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL;

2. TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS (TREs);

3. JUÍZES ELEITORAIS;

4. JUNTAS ELEITORAIS.

Número de Juízes nos TREs e no TSE:

TREs 7 Juízes

TSE Pelo menos 7 Juízes

Os Juízes que exercem a função eleitoral servirão obrigatoriamente por 2 anos, sendo que estão vedados de cumprirem mais de 4 anos consecutivos (2 biênios consecutivos), salvo exceções justificadas perante o TRE de que faz parte.

A composição mínima do TSE são 7 Ministros. A sua atual composição pode ser assim resumida, conforma CF-88, art. 119:

QUANTIDADE DE MEMBROS

ORIGEM FORMA DE

COMPOSIÇÃO

3 MINISTROS SUPREMO TRIBUNAL

FEDERAL (STF) ELEIÇÃO

2 MINISTROS SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA (STJ) ELEIÇÃO

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2 MINISTROS ADVOGADOS

NOMEAÇÃO pelo Presidente da Rep.

(entre 6 Advogados).

Cargos no TSE: ORIGEM:

Presidente e Vice do TSE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF)

Corregedor-Geral Eleitoral SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(STJ)

As deliberações do TSE e dos TREs serão realizadas por maioria de votos, em sessão pública, com presença da maioria de seus membros.

Constitui a maioria de seus membros o 1º número inteiro acima da metade dos membros. No caso do TSEe, que tem 7 Membros, o 1º nº inteiro acima da metade é 4 Membros.

Exigem quorum especialíssimo (a totalidade dos membros do TSE presentes) as decisões sobre as seguintes matérias:

1. interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição;

2. cassação de registro de partidos políticos;

3. análise de recursos que importem anulação geral de eleições;

4. análise de recursos que importem perda de diplomas.

Composição dos TREs:

QUANTIDADE DE MEMBROS

ORIGEM FORMA DE

COMPOSIÇÃO

2 JUÍZES DESEMBARGADORES

DO TJ do Estado ELEIÇÃO

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2 JUÍZES JUÍZES DE DIREITO escolhidos pelo TJ

ELEIÇÃO

(escolha do TJ)

1 JUIZ JUIZ DO TRF com sede

na Capital ou escolhido pelo TRF

ELEIÇÃO

(escolha do TRF)

2 JUÍZES ADVOGADOS

NOMEAÇÃO pelo Presidente da Rep.

(entre 6 Advogados)

Procuradores Eleitorais junto aos Tribunais Eleitorais:

No TSE Procurador-Geral da República

Nos TREs

PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA ou

PROCURADOR DA REPÚBLICA – investidos da função de

Procurador Regional Eleitoral (PRE)

Por ser uma Aula eminentemente Demonstrativa, finalizo aqui os meus breves comentários, convidando a todos para a próxima aula (AULA 1), que dará continuidade ao estudo da Composição e Competência da Justiça Eleitoral.

Espero a todos na AULA 1!

Fraterno Abraço! e Bons Estudos!

Ricardo Gomes

Por sua aprovação!

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REFERÊNCIAS

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