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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DF PROFESSOR RENATO FENILI 1 Professor Renato Fenili Prezado(a) amigo(a) concursando (a), Iniciamos aqui nossa jornada rumo a um excelente resultado na prova de Administração Pública, no concurso para Auditor de Controle Interno da Secretaria de Estado de Administração Pública do Distrito Federal . Tenho total certeza de que estas aulas poderão aproximá-lo da tão desejada aprovação, por dois motivos. Primeiramente, eu estava no seu lugar há quase cinco anos. Estudava para o concurso de Analista Legislativo atribuição material e patrimônio, da Câmara dos Deputados. Eram mais de 7 mil candidatos para apenas 11 vagas. E foi a primeira vez que tive contato com o material do Ponto dos Concursos. Não tive tempo, e não vi motivo de estudar por outras fontes as matérias de AFO, Administração Pública, Administração de Materiais e Direito Constitucional. Resultado: consegui a aprovação em 6º lugar. Começa daí minha crença pela seriedade do material que disponibilizamos aqui. Outro motivo é direto: comprometi-me pessoalmente com a missão de ajudá-lo. Meu nome é Renato Ribeiro Fenili, sou natural de São Paulo e tenho 34 anos. Atualmente sou Analista Legislativo da Câmara dos Deputados. Antes disso, fui Oficial da Marinha do Brasil, servia embarcado em navio, tendo exercido o cargo de Chefe de Máquinas por cerca de dois anos. Fazia cerca de 120 dias de mar por ano, o que não me deixava alternativa a não ser estudar sozinho... não era fácil! Bom, feitas as apresentações, creio que seja hora de começarmos o estudo. A Administração Pública, apesar de não ser uma das disciplinas mais “densas” que encontramos em concursos públicos, tem suas particularidades, capazes de pegarem os desavisados de “calças curtas”. Trata-se de uma disciplina que elucida muito do funcionamento administrativo dos governos federal, estadual e municipal, em especial abordando técnicas gerenciais exaustivamente empregadas no setor privado, mas que se devem moldar às normas legais do âmbito público. Nosso curso será construído com base em exercícios comentados, precedidos ou sucedidos de sólidas exposições teóricas. Apesar de haver grande foco em exercícios, garanto que será apresentado, de forma didática,

Aula 00

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    1 Professor Renato Fenili

    Prezado(a) amigo(a) concursando (a),

    Iniciamos aqui nossa jornada rumo a um excelente resultado na prova

    de Administrao Pblica, no concurso para Auditor de Controle Interno da

    Secretaria de Estado de Administrao Pblica do Distrito Federal. Tenho

    total certeza de que estas aulas podero aproxim-lo da to desejada

    aprovao, por dois motivos.

    Primeiramente, eu estava no seu lugar h quase cinco anos. Estudava

    para o concurso de Analista Legislativo atribuio material e patrimnio, da

    Cmara dos Deputados. Eram mais de 7 mil candidatos para apenas 11

    vagas. E foi a primeira vez que tive contato com o material do Ponto dos

    Concursos. No tive tempo, e no vi motivo de estudar por outras fontes as

    matrias de AFO, Administrao Pblica, Administrao de Materiais e Direito

    Constitucional. Resultado: consegui a aprovao em 6 lugar. Comea da

    minha crena pela seriedade do material que disponibilizamos aqui.

    Outro motivo direto: comprometi-me pessoalmente com a misso de

    ajud-lo.

    Meu nome Renato Ribeiro Fenili, sou natural de So Paulo e tenho 34

    anos. Atualmente sou Analista Legislativo da Cmara dos Deputados. Antes

    disso, fui Oficial da Marinha do Brasil, servia embarcado em navio, tendo

    exercido o cargo de Chefe de Mquinas por cerca de dois anos. Fazia cerca

    de 120 dias de mar por ano, o que no me deixava alternativa a no ser

    estudar sozinho... no era fcil!

    Bom, feitas as apresentaes, creio que seja hora de comearmos o

    estudo. A Administrao Pblica, apesar de no ser uma das disciplinas mais

    densas que encontramos em concursos pblicos, tem suas

    particularidades, capazes de pegarem os desavisados de calas curtas.

    Trata-se de uma disciplina que elucida muito do funcionamento

    administrativo dos governos federal, estadual e municipal, em especial

    abordando tcnicas gerenciais exaustivamente empregadas no setor privado,

    mas que se devem moldar s normas legais do mbito pblico.

    Nosso curso ser construdo com base em exerccios comentados,

    precedidos ou sucedidos de slidas exposies tericas. Apesar de haver

    grande foco em exerccios, garanto que ser apresentado, de forma didtica,

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    De modo geral, podemos dizer que a programao do edital, no que se

    refere Administrao Pblica, vasta e muito voltada s prticas e s

    ferramentas de gesto atualmente levadas a cabo nos diversos rgos

    pblicos.

    A Fundao Universa, organizadora do certame, no possui uma grande

    tradio na abordagem das disciplinas Administrao Geral e Pblica. No

    entanto, iremos recorrer o mximo s suas questes, de modo a nos

    familiarizar com o modo de cobrana.

    De extrema relevncia, contudo, o fato de a programao da

    disciplina Administrao Pblica, conforme consta do edital, ser a

    mesma (CTRL+C, CTRL+V) da programao elaborada pelo CESPE, na

    prova deste ano para o Tribunal de Contas da Unio. Assim, esta banca

    ir nortear nosso foco, culminando em uma slida preparao para a prova.

    A aula de hoje ser menos densa do que as demais de nosso curso. Trata-

    se de uma aula demonstrativa, na qual ser trabalhado o conceito de

    gesto por competncias.

    IMPORTANTE!

    Esta aula, por ser apenas demonstrativa, possui menos exerccios do

    que as demais do curso. Em geral, iremos trabalhar de 20 a 30 questes por

    aula, ok?

    O contedo desta aula poder ser repetido ao longo de nosso curso,

    em especial quando abordarmos o tpico Gesto de Pessoas por

    Competncias (aula 03).

    Feita esta introduo, vamos ao trabalho!

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    comportamental (tpica da linha de pesquisa estadunidense) a uma viso de

    aprendizado frente s demandas organizacionais (inerente linha francesa).

    O quadro abaixo traz um apanhado de definies do conceito de

    competncia, salientando-se distintas ticas sobre sua operacionalidade:

    O CONCEITO DE COMPETNCIA

    AUTOR(ES) DEFINIO

    Boyatizis (1982)

    Aspecto verdadeiro ligado natureza humana. So

    comportamentos observveis que determinam,

    em grande parte, o retorno da organizao.

    Le Boterf (1997)

    Competncia assumir responsabilidades frente

    a situaes de trabalho complexas buscando

    lidar com eventos inditos, surpreendentes, de

    natureza singular. um saber agir responsvel e

    que reconhecido pelos outros. Implica saber

    como mobilizar, integrar e transferir os

    conhecimentos, recursos e habilidades, num

    contexto profissional determinado.

    Zariffian (1999) Inteligncia prtica para situaes que se apoiam

    sobre os conhecimentos adquiridos.

    Fleury e Fleury (2001)

    A noo de competncia associa-se a verbos como:

    saber agir, mobilizar recursos, integrar saberes

    mltiplos e complexos, saber aprender, saber

    engajar-se, assumir responsabilidades, ter viso

    estratgica. As competncias devem agregar valor

    econmico organizao e valor social ao

    indivduo.

    Fonte: elaborado com base em Holanda et al. (2008)

    De modo geral, as definies convergem nos seguintes aspectos: as competncias so observadas em um contexto profissional;

    o resultado a ao frente a determinada situao exposta pelo

    contexto da organizao. Quanto mais desafiadora a situao (indita,

    complexa), mais desenvolvidas devero ser as competncias em jogo;

    o retorno financeiro de uma organizao dado (tambm) em

    funo das competncias das quais dispe.

    A despeito das diversidades conceituais afetas ao construto em anlise,

    so recorrentes os registros, na literatura especializada, de que

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    especfico e de desenvolvimento intelectual. Ir compor os

    conhecimentos, nas competncias do indivduo;

    Experincia profissional trata-se do conhecimento prtico gerado

    a partir do histrico de trabalho do indivduo. Denota maior relao

    com as habilidades do ator social e, sem segundo plano, com seus

    conhecimentos.

    A competncia individual emerge, segundo Roldo (2003), quando,

    perante uma situao, o ator social mostra-se capaz de mobilizar

    adequadamente diversos conhecimentos prvios, selecionando-os e

    integrando-os de forma adequada situao-problema em questo.

    Deste modo, podemos adotar a seguinte definio de competncia

    individual:

    Competncia do indivduo o conjunto de conhecimentos, habilidades e

    atitudes que determinado ator organizacional dispe e que empregado para

    a consecuo dos objetivos organizacionais.

    Pertinente , ainda, a meno do seguinte conceito, que alia as

    competncias do indivduo e o seu desempenho profissional:

    Competncias [individuais] representam combinaes sinergticas de

    conhecimentos, habilidades e atitudes, expressas pelo desempenho

    profissional, dentro de determinado contexto organizacional (DURAND, 2000;

    NISEMBAUM, 2000)

    A Competncia Organizacional

    Ao extrapolarmos o conceito de competncia individual para o nvel

    organizacional, tratamos de gerir o nexo entre os comportamentos dos

    colaboradores e os objetivos estratgicos compartilhados.

    Nesta tica, sendo a organizao composta por um conjunto de indivduos

    unidos para a realizao de tarefas, onde as caractersticas dos

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    carncia da ltima inibe o pleno exerccio da primeira. A assertiva

    est correta;

    II. O foco, seja no desenvolvimento ou na captao de competncias,

    a concretizao de uma viso de futuro da organizao. No visa,

    pois, a um cargo especfico, mas sim agregao de valor

    carteira de competncias organizacionais, que daro base

    evoluo da trajetria profissional dos colaboradores. A assertiva

    est errada;

    III. A assertiva espelha um entendimento correto, conforme

    comentrios da afirmativa anterior.

    Reposta: D.

    3. (CESPE / EBC / 2011) A gesto por competncias, cuja adoo,

    na administrao pblica, no visa ao alcance dos objetivos da

    instituio, conceituada como a gesto da capacitao

    orientada para o desenvolvimento do conjunto de

    conhecimentos, habilidades e atitudes necessrios ao

    desempenho das funes dos servidores.

    Ao falarmos de gesto por competncias na administrao pblica

    brasileira, vale a meno ao Decreto n 5.707, de 23 de fevereiro de 2006,

    que institui a poltica e as diretrizes para o desenvolvimento de pessoal da

    administrao pblica federal direta, autrquica e fundacional.

    Para o citado normativo, eis a definio de gesto por competncia:

    Art. 2o Para os fins deste Decreto, entende-se por:

    [...]

    II - gesto por competncia: gesto da capacitao orientada para o

    desenvolvimento do conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes

    necessrias ao desempenho das funes dos servidores, visando ao

    alcance dos objetivos da instituio;

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    5. (FCC / TRE PE / 2011) Gesto por competncias um modelo

    de gesto utilizado pelas organizaes, visando a orientar os

    esforos dos gestores de pessoas no planejamento, captao,

    desenvolvimento e avaliao das competncias organizacionais

    e humanas necessrias consecuo dos seus objetivos.

    Analise o grfico e os itens I a IV abaixo:

    I. A identificao do gap (lacuna) de competncias permite aos

    gestores de pessoas otimizarem as aes de captao e

    desenvolvimento de competncias, maximizando-se a

    lacuna.

    II. O gap, na ausncia de aes de captao ou desenvolvimento

    por parte da organizao, tende a crescer.

    III. A complexidade do ambiente no qual as organizaes esto

    inseridas faz com que sejam exigidas novas competncias, o

    que tende a elevar a curva representativa das competncias

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    6. (CESPE / ANAC / 2012) Nas organizaes, o mapeamento de competncias deve ser realizado a partir da aplicao de

    diferentes tcnicas de coleta e anlise de dados qualitativos e

    quantitativos.

    O mapeamento de competncias efetuado mediante distintas tcnicas

    de coleta de dados: entrevistas, grupos focais, aplicao de questionrios, anlise documental, anlise de processos mapeados etc.

    A questo est certa.

    7. (CESPE / MPE PI / 2012) Quando bem planejadas e executadas para suprir os gaps de competncias identificados, as aes de treinamento garantem que os indivduos apliquem

    no trabalho os novos CHAs5 aprendidos.

    No de pode afirmar que um treinamento, independentemente de sua

    qualidade, seja capaz de garantir a aplicao posterior dos novos conhecimentos e habilidades aprendidos.

    H de se observar que atitudes referem-se a aspectos comportamentais. Por mais que sejam tambm abordadas em um treinamento, refere-se a uma

    predisposio do indivduo de agir em uma situao concreta. O treinamento no consegue determinar o comportamento posterior do indivduo, mas to

    somente prover orientaes prvias.

    A questo est, portanto, errada.

    Ficaremos por aqui nesta aula demonstrativa. Em nosso prximo encontro, ingressaremos com maior profundidade em nossos estudos, de acordo com a

    programao do edital.

    Grande abrao e timos estudos!

    5 CHA = Conhecimento, Habilidade e Atitude.

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    4. (CESPE / TRT 10 Regio / 2013) Entre os resultados possveis

    de um mapeamento de competncias, o principal deles a

    lacuna de competncias. A partir desse resultado, podem-se

    estabelecer as prioridades da gesto de pessoas. Quando h

    lacunas grandes de competncias e no h mo de obra

    qualificada disponvel, recomenda-se o desenvolvimento e a

    capacitao das pessoas. Porm, quando h lacuna de

    competncia, mas h mo de obra qualificada disponvel, pode-

    se priorizar a seleo ou a movimentao nas organizaes.

    5. (FCC / TRE PE / 2011) Gesto por competncias um modelo

    de gesto utilizado pelas organizaes, visando a orientar os

    esforos dos gestores de pessoas no planejamento, captao,

    desenvolvimento e avaliao das competncias organizacionais

    e humanas necessrias consecuo dos seus objetivos.

    Analise o grfico e os itens I a IV abaixo:

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    GABARITO

    1- C 2- D

    3- E 4- C

    5- E 6- C

    7- E

    Sucesso!