Aula 02 - Ação Penal

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AULA 02 AO PENALFuturo (a) aprovado (a), Hoje trataremos de um tema importantssimo: A ao penal. Ao trmino da aula, voc ter subido mais um importante degrau rumo aprovao e, sem dvida, estar mais perto de atingir seu sonho. Sendo assim, MOTIVE-SE para adquirir mais conhecimento e, assim, garantir importantes pontos na to esperada PROVA. Vamos em frente! Bons estudos!!! ************************************************************************** 2.1AO PENAL - INTRODUO

Sabemos que no mundo onde vivemos existem determinados delitos que, por mais que pensemos, no conseguimos imaginar uma razo pelo menos compreensvel. Imagine que existisse no Brasil algum to doente a ponto de jogar uma criana pela janela. Neste caso, se voc pudesse escolher qualquer coisa, o que faria com este indivduo?...Ento, exatamente para evitar que, motivados por instintos prprios, fujamos do preceituado no ordenamento jurdico existente, existe a AO PENAL, atravs da qual o Estado ser capaz de aplicar o direito penal, na mensurao cabvel, ao caso concreto. 2.1.1 CONCEITO FERNANDO CAPEZ define ao penal como o direito de pedir ao Estado-Juiz a aplicao do direito objetivo a um caso concreto. Segundo o renomado autor tambm o direito pblico subjetivo do Estado-Administrao, nico titular do poder-dever de punir, de pleitear ao Estado-Juiz a aplicao do direito penal objetivo, com a conseqente satisfao da pretenso punitiva. Diante do conceito apresentado, podemos dizer que a ao penal :

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO I) Um direito autnomo, pois no se confunde com o direito material que se pretende tutelar; II) Um direito abstrato, pois independe do resultado final do processo; III) Um direito subjetivo, pois o titular pode exigir do Estado-Juiz a prestao jurisdicional; IV) Um direito pblico, pois a atividade jurisdicional que se pretende provocar de natureza pblica.

2.1.2 CONDIES DA AO PENAL Existem determinadas situaes em que o direito de ao no pode ser exercido por no cumprir determinado requisito. S para exemplificar, imaginemos que um determinado indivduo resolve dar incio a uma ao penal exigindo a priso de seu desafeto pelo fato de ele torcer para o Flamengo. claro que nesta situao a ao no ser possvel, pois torcer para determinado time no crime, certo? Assim, podemos citar as seguintes condies da ao: 1. POSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO; 2. INTERESSE DE AGIR; 3. LEGITIMAO PARA AGIR. Vamos analis-las: POSSIBILIDADE JURDICA DO PEDIDO Para que haja a possibilidade do incio da ao, faz-se necessrio a caracterizao da tipificao da conduta, ou seja, a demonstrao de que o caso concreto se enquadra em um fato tpico em abstrato (situao descrita no cdigo penal). Assim, por exemplo, pode-se dar incio a uma ao contra um indivduo que matou algum porque o cdigo penal diz que MATAR ALGUM fato tpico. Diferentemente, no posso iniciar uma ao contra um indivduo que usa camisa amarela pelo simples fato de eu no gostar da cor...a no ser que a camisa seja minha e ele a tenha furtado...

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO INTERESSE DE AGIR Constitui a presena de elementos mnimos que sirvam de base para o Juiz concluir no sentido de que se trata de acusao factvel. Imaginemos a seguinte situao: Mvio, paulista, tem um relacionamento de 04 anos com Tcia e aprovado para a Controladoria Geral da Unio, com previso de trabalhar em Braslia. Tcia, com medo de perder seu amado, tenta complicar a admisso de Mvio oferecendo uma queixa completamente sem provas, alegando o delito de calnia. Neste caso o Juiz dever rejeitar a inicial acusatria sob pena de caracterizar-se hiptese de constrangimento ilegal impugnvel mediante habeas corpus. O interesse de agir encontra embasamento no cdigo de processo penal: Art. 395. A denncia ou queixa ser rejeitada quando: [...] III - faltar justa causa para o exerccio da ao penal. LEGITIMAO PARA AGIR a legitimao ativa e passiva. Em uma ao penal, devemos atentar para

No caso da ativa, estamos tratando da pessoa correta para dar incio ao penal, o que em nosso pas, via de regra, feito pelo Ministrio Pblico e, em algumas hipteses, pelo prprio ofendido (veremos isto mais na frente). No plo passivo, estamos tratando de quem est sendo acusado, ou seja, do Ru. Imaginemos que Tcio, no seu aniversrio de 30 anos, resolve dizer para Mvio, 16 anos, que ele mais feio que indigesto de torresmo. Mvio, inconformado com tal declarao, desfere golpes em Tcio ocasionando leses corporais. Tcio tenta iniciar um processo penal comunicando ao Ministrio Pblico as inmeras leses. Nesta situao, Mvio est protegido pelo art. 27 do CP e art. 228 da CF, sendo inimputvel, ou seja, no podendo figurar no plo passivo de um processo penal. Podemos resumir o assunto da seguinte forma:

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2.1.3 ESPCIES DE AO PENAL Na aula passada vimos que em no nosso pas as aes penais so divididas em dois grandes grupos: 1. AO PENAL PBLICA 2. AO PENAL PRIVADA da Pblica. Subdividida em Pblica Incondicionada e Condicionada. Subdividida em Exclusiva, Personalssima e Subsidiria INCONDICIONADA PBLICA CONDICIONADA AO PENAL EXCLUSIVA

PRIVADA

PERSONALSSIMA

SUBSIDIRIA DA PBLICA www.pontodosconcursos.com.br 4

CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO Vamos agora tratar especificamente de cada forma de ao penal e veremos que a aplicabilidade de cada uma est relacionada com o quanto determinado delito importa para a sociedade. Desde j, cabe ressaltar que Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimnio ou interesse da Unio, Estados e Municpios, a ao penal ser pblica. Vamos comear: 2.2 AO PENAL PBLICA INCONDICIONADA

2.2.1 CONCEITO a ao que pode ser iniciada mediante DENNCIA, logo que o titular para impetr-la tiver conhecimento do fato, no necessitando de qualquer manifestao do ofendido. a forma de ao adotada em regra no Brasil. A denncia nada mais do que um documento no qual o promotor requere ao Juiz o incio da ao penal para a apurao de determinado crime. Cabe ressaltar que qualquer omisso neste documento inicial pode ser sanada at a sentena. Exemplos de crimes perseguidos por ao pblica incondicionada: roubo, corrupo, sequestro. 2.2.2 TITULARIDADE Dispe o Cdigo de Processo Penal: Art. 24. Nos crimes de ao pblica, esta ser promovida por denncia do Ministrio Pblico, mas depender, quando a lei o exigir, de requisio do Ministro da Justia, ou de representao do ofendido ou de quem tiver qualidade para represent-lo. (grifo nosso) Conforme o CPP, a titularidade da ao pblica incondicionada do Ministrio Pblico, podendo este instaurar o processo criminal independente da manifestao de vontade de qualquer pessoa e at mesmo contra a vontade da vtima ou de seu representante legal.

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO 2.2.3 PRINCPIOS DEPOIS DA AULA 00 MAIS PRINCPIOS??? Isto mesmo, mas agora trataremos de princpios especficos da ao penal pblica incondicionada. Vamos conhec-los ou relembr-los: PRINCPIO DA OBRIGATORIEDADE Segundo este princpio, o titular da ao est obrigado a prop-la sempre que presente os requisitos necessrios. PRINCPIO DA INDISPONIBILIDADE Aps oferecida a denncia, o Ministrio Pblico no pode desistir da ao. Tal preceito encontra base no CPP: Art. 42. O Ministrio Pblico no poder desistir da ao penal.

CAIU EM PROVA! *** Considere a seguinte situao hipottica. Danilo, pessoa violenta, tentou assassinar sua esposa, Julieta, durante briga do casal. Julieta registrou a ocorrncia, e instaurou-se inqurito policial, que foi oportunamente remetido ao MP. O promotor de justia ofereceu denncia em face de Danilo por tentativa de homicdio. Iniciado o processo, Julieta procurou o promotor de justia, dizendo-lhe que se reconciliara com o marido, que desejava retirar a queixa e que gostaria de encerrar o processo. Nessa situao, considerando a natureza da ao penal, o pedido de Julieta no poderia ser atendido. GABARITO: CORRETO

PRINCPIO DA OFICIALIDADE A ao ser promovida por rgo oficial (Ministrio Pblico), independente de manifestao da vtima.

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO PRINCPIO DA INDIVISIBILIDADE Segundo este princpio, aps oferecida a denncia, o Ministrio Pblico no pode desistir da ao. Embora seja considerado por parte da doutrina como um princpio da ao penal pblica, sua aplicao encontra-se extremamente atenuada devido a excees presentes no ordenamento jurdico, tais como: 1. Possibilidade de transao penal em relao s infraes de menor potencial ofensivo, mesmo aps o ajuizamento da denncia (Lei n. 9.099/95, arts. 72 e 76); 2. Possibilidade de suspenso condicional do processo quando a pea acusatria imputar crime para o qual a pena mnima cominada igual ou inferior a um ano (Lei n. 9.099/95, art. 89); 3. Desmembramento processual quando h dois ou mais rus, e um destes no foi encontrado. 4. Desmembramento processual quando em relao a um dos autores faz-se necessrio colher uma maior quantidade de provas. Cabe ressaltar que contrariando a doutrina majoritria, entendem o STF e o STJ que tal princpio no aplicvel ao penal pblica, sendo cabvel apenas na ao penal privada (STF, RHC 95.141/RJ, DJ 06.10.2009 e STJ, HC 92.952/RN, DJ 08.09.2008) Mas professor, agora surgiu uma dvida... Nas provas eu adoto o entendimento da doutrina majoritria ou do STF? As bancas adotam o entendimento da doutrina majoritria, ou seja, para a sua PROVA aplicvel o princpio da indisponibilidade nas aes pblicas incondicionadas. PRINCPIO DA INTRANSCENDNCIA A ao penal proposta apenas contra quem se imputa a prtica da infrao. Ainda que em decorrncia de um crime, outra pessoa tenha a obrigao de reparar um dano, a ao penal no pode abarc-la. A reparao dever ser exigida na esfera cvel.

2.3 AO PENAL PBLICA CONDICIONADA 2.3.1 CONCEITO

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO a ao PBLICA cujo exerccio est subordinado a uma condio. Essa condio tanto pode ser a demonstrao de vontade do ofendido ou de seu representante legal (REPRESENTAO), como a REQUISIO do Ministro da Justia, conforme veremos um pouco mais a frente. Neste tipo de ao, a TITULARIDADE, assim como na ao pblica incondicionada, do Ministrio Pblico. So exemplos previstos no Cdigo Penal: Perigo de contgio venreo (art. 130), ameaa (art. 147), violao de correspondncia comercial (art. 152), divulgao de segredo (art. 153), furto de coisa comum (art. 156) etc.

ATENO: necessria a representao da vtima de violncia domstica nos casos de leses corporais leves (Lei n. 11.340/2006 Lei Maria da Penha), pois se cuida de uma ao pblica condicionada (STJ, REsp 1.097.042/DF, DJ 24.02.2010).

2.3.2 REPRESENTAO Para comearmos a entender este conceito, imaginemos a seguinte situao: Tcia, ao sair de casa para pegar sua correspondncia, verifica que todas haviam sido violadas pelo porteiro do prdio. Conhecedora do Direito, ela diz ao porteiro que o processar pelo crime de violao de correspondncia. Entretanto, aps a ameaa de Tcia, o porteiro cita que viu fotos comprometedoras dentro dos envelopes. Ser que neste caso ser interessante para a ofendida o incio da ao e a correspondente publicidade dos atos? E para os moradores do prdio, interessante que o porteiro seja denunciado? Se voc respondeu para a primeira indagao que NO e para a segunda que SIM, voc est pensando da mesma forma que o legislador, pois este definiu o crime de violao de correspondncia como de ao pblica, devido ao fato de afrontar mediatamente a sociedade (moradores do prdio), mas CONDICIONADA representao do ofendido, pois primordialmente, imediatamente, a esfera ntima da vtima esta sendo atacada.

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO Aps este exemplo, podemos conceituar que a representao a manifestao de vontade do ofendido ou de seu representante legal a fim de permitir o desencadeamento da ao penal. Assim, no exemplo acima, se todos os moradores fossem comunicar o fato ao Ministrio Pblico, nada poderia ser feito, pois a REPRESENTAO DO OFENDIDO condio objetiva de procedibilidade, ou seja, o incio da ao depende dela. CAIU EM PROVA!

*** Na ao penal pblica condicionada representao, a representao do ofendido condio objetiva de procedibilidade. GABARITO: CORRETA

FORMA DA REPRESENTAO: Dispe sobre a forma da representao o Cdigo de Processo Penal: Art. 39. O direito de representao poder ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declarao, escrita ou oral, feita ao juiz, ao rgo do Ministrio Pblico, ou autoridade policial. 1o A representao feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou procurador, ser reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, presente o rgo do Ministrio Pblico, quando a este houver sido dirigida. (grifo nosso) O STF e o STJ tm entendido que no existe a necessidade de formalismo na representao, sendo suficiente a simples manifestao de vontade da vtima em processar o autor do fato.

No h forma rgida para a representao, bastando a manifestao de vontade da ofendida para que fosse apurada a responsabilidade do paciente (STJ, HC 48.692/SP, DJ 02.05.2006)www.pontodosconcursos.com.br 9

CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO Tal demonstrao de vontade de iniciar o processo deve conter todas as informaes que possam servir ao esclarecimento da autoria e do fato: Art. 39 [...] 2o A representao conter todas as informaes que possam servir apurao do fato e da autoria. TITULARES DO DIREITO DE REPRESENTAO os titulares da seguinte forma: Podemos classificar

1. OFENDIDO E MAIOR CAPAZ Sendo o indivduo maior de 18 anos e capaz mentalmente, somente ele poder decidir pelo exerccio ou no do direito de representao. importante ressaltar que o Art. 34 do CPP, devido s alteraes introduzidas no Cdigo Civil que equiparou a maioridade civil maioridade penal (18 anos), tornou-se obsoleto. Observe: Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 e maior de 18 anos, o direito de queixa poder ser exercido por ele ou por seu representante legal. 2. REPRESENTANTE LEGAL Sendo o indivduo menor de 18 anos ou mentalmente enfermo, o direito de representao ser exercido pelo representante legal (pais, tutor, etc). Mas e se o menor no possuir representante legal? Neste caso, ser nomeado um curador pelo Juiz. Agora imaginemos a seguinte situao: Mvia, moa pobre, 15 anos, estuprada pelo seu irmo de 22 anos. O estupro no deixa leses da violncia e a famlia (representante legal) no quer exercer o direito de representao para no prejudicar o irmo de Mvia. Neste caso, seria justo que Mvia tivesse que se submeter vontade da famlia? claro que no, e exatamente para estes casos existe o art. 33 do CPP que nos diz que para os casos em que houver coliso de interesses, ser nomeado curador especial. Observe: Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e no tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de www.pontodosconcursos.com.br 10

CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO queixa poder ser exercido por curador especial, nomeado, de ofcio ou a requerimento do Ministrio Pblico, pelo juiz competente para o processo penal. 3. PESSOAS JURDICAS O CPP nos diz:

Art. 37. As fundaes, associaes ou sociedades legalmente constitudas podero exercer a ao penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silncio destes, pelos seus diretores ou sciosgerentes. OBSERVAES: 1 E se o ofendido for declarado morto ou ausente? Dispe o CPP no seu Art. 24, 1o que no caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por deciso judicial, o direito de representao passar ao cnjuge, ascendente, descendente ou irmo. Segundo entendimento jurisprudencial, esta lista TAXATIVA, ou seja, no pode ser ampliada. A nica exceo a esta regra seria a figura da companheira ou companheiro que, atualmente, por fora constitucional, se equipara ao cnjuge. Ento, caro concurseiro, para efeito de prova temos os seguintes indivduos podendo exercer o direito de representao no caso de morte ou ausncia: ATENO!

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO 2 E se comparecerem mais de um dos acima expostos para efetuar a representao? Neste caso, ser seguida a ordem prevista no CPP, ou seja, a preferncia do cnjuge, depois dos ascendentes, seguidos dos descendentes e finalmente dos irmos. Assim, finalizamos, relembrando (o que nunca demais para quem est se preparando para um concurso):

OFENDIDO MAIOR E CAPAZ

REPRESENTANTE LEGAL

PESSOAS JURDICAS

OBS 01 : O DIREITO DE REPRESENTAO PODER SER EXERCIDO, POR PROCURADOR COM PODERES ESPECIAIS, MEDIANTE DECLARAO, ESCRITA OU ORAL, FEITA AO JUIZ, AO RGO DO MINISTRIO PBLICO, OU AUTORIDADE POLICIAL. OBS 02: A REPRESENTAO FEITA ORALMENTE OU POR ESCRITO, SEM ASSINATURA DEVIDAMENTE AUTENTICADA DO OFENDIDO, DE SEU REPRESENTANTE LEGAL OU PROCURADOR, SER REDUZIDA A TERMO, PERANTE O JUIZ OU AUTORIDADE POLICIAL, PRESENTE O RGO DO MINISTRIO PBLICO, QUANDO A ESTE HOUVER SIDO DIRIGIDA.

PRAZO PARA A REPRESENTAO Iniciaremos este reproduzindo um dos artigos do CPP MAIS cobrados em PROVA:

tpico

Art. 38. Salvo disposio em contrrio, o ofendido, ou seu representante legal, decair no direito de queixa ou de www.pontodosconcursos.com.br 12

CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO representao, se no o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem o autor do crime[...]. Observe que o CPP nos traz um prazo decadencial de seis meses para que a representao possa ser feita, contado da data em que o autor do crime vier a ser conhecido. Agora pensemos no seguinte caso: Um delito cuja ao pblica condicionada representao foi cometido contra um menor de 18 anos que se chama...adivinha....TCIO. TCIO fica envergonhado de contar o fato ao representante legal. Nesta situao, o prazo ir fluir? claro que no, pois no se pode falar em decadncia de um direito que no se pode exercer. Assim o prazo seria contado a partir do dia em que o menor completar 18 anos. Finalizando o exemplo, caso o representante legal tomasse conhecimento do autor e do fato, o prazo correria para este, mas no para nosso amigo Tcio.

FIM DO PRAZO PARA A REPRESENTAO

OBSERVAO O PRAZO DEFINIDO PARA A REPRESENTAO NO SE INTERROMPE, NO SE SUSPENDE E NO SE PRORROGA. ASSIM, CASO O PRAZO TERMINE EM UM FERIADO, NO SBADO OU NO DOMINGO, NO H PRORROGAO PARA O DIA SEGUINTE.

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO DESTINATRIO Muitas pessoas, quando imaginam o ofendido exercendo o seu direito de representao, visualizam unicamente a relao indivduo-policial. Exatamente por isso MUITAS PESSOAS no so aprovadas em concurso e, ns, CONCURSEIROS, no fazemos parte deste grupo de MUITAS PESSOAS, pois sabemos que a representao pode ser dirigida no s ao policial, mas tambm ao: 1 JUIZ; 2 MINISTRIO PBLICO; Conforme preceituado no j tratado art. 39 do CPP

Art. 39. O direito de representao poder ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declarao, escrita ou oral, feita ao juiz, ao rgo do Ministrio Pblico, ou autoridade policial. (grifo nosso)OBSERVAO A REPRESENTAO D-SE EM RELAO CONDUTA PRATICADA, NO VINCULANDO O MINISTRIO PBLICO, QUE NO S PODE SOLICITAR O ARQUIVAMENTO COMO TAMBM OFERECER DENNCIA ATRIBUINDO AO FATO DEFINIO JURDICA DIVERSA.

RETRATABILIDADE OU IRRETRATABILIDADE?

Imaginemos que determinado indivduo sofre uma ameaa e oferece uma representao. Dias depois fica sabendo que o causador do dano , na verdade, um irmo que ele no conhecia (bem coisa de novela). Neste caso, ele vai poder se retratar, ou seja, retirar a representao? A resposta correta DEPENDE! Se a ao j tiver sido ajuizada, no h mais a possibilidade de retratao. Diferentemente, caso o MP ainda no tenha se pronunciado, o indivduo poder se retratar. Desta forma dispe o CPP:

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO Art. 25. A representao ser irretratvel, depois de oferecida a denncia. OBSERVAO: Existe uma grande divergncia doutrinria com relao possibilidade ou no da RETRATAO da RETRATAO. Este caso seria a situao do indivduo que no sabe o que quer da vida, ou seja, ele comparece a um dos destinatrios e representa. Depois retrata a representao, antes do incio da ao. Dias depois aparece novamente e diz que se arrependeu e quer sim o processo, solicitando assim a retratao da retratao. Quanto divergncia doutrinria, no vou perder tempo, pois para a sua prova o que importa que SIM, POSSVEL A RETRATAO DA RETRATAO.

NO VINCULAO DO MINISTRIO PBLICO O Ministrio Pblico no ser obrigado a iniciar uma ao pelo simples fato do ofendido apresentar uma representao. O MP, conhecedor do Direito, analisar as informaes e se posicionar pelo oferecimento ou no da denncia.

2.3.3 REQUISIO DO MINISTRO DA JUSTIA Segundo Tourinho Filho, h certos crimes em que a convenincia da persecuo penal est subordinada convenincia poltica. Exatamente para estes delitos, a lei exige a requisio do Ministro da Justia para que seja possvel a ao penal. 15 www.pontodosconcursos.com.br

CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO So raras as hipteses previstas em nosso ordenamento de crimes em que se exige a requisio ministerial para a deflagrao da ao penal: 7. Crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil (art. 7, 3, b, CP); 2. Crimes contra a honra cometidos contra o Presidente da Repblica ou Chefe de Governo estrangeiro (art. 141, I, c/c art. 145, pargrafo nico, CP);

3. Crimes contra a honra praticados pela imprensa contra Chefe de Governo ou de Estado estrangeiro, ou seus representantes diplomticos, ou Ministros de Estado (art. 40, I, a, c/c art. 23, I, ambos da Lei n. 5.250/67); 4. Crimes de injria cometidos pela imprensa contra o Presidente da Repblica, Presidente do Senado, Presidente da Cmara dos Deputados (art. 23, I, c/c art. 40, I, a, ambos da Lei n. 5.250/67); 5. Crimes contra a honra praticados por meio de imprensa contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal, exceto seu Presidente em se tratando de calnia ou difamao. Em se tratando de injria contra o Presidente do STF tambm depender de requisio (art. 23, I, c/c art. 40, I, Lei n. 5.250/67).

OBSERVAO: O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em 30 de m i r n . abril de 2009, por maioria, revogar totalmente a Lei de Imprensa. i 0 9 i i v a Assim, as trs ltimas hipteses devem ser descartadas. importante ressaltar tal fato, pois provavelmente, por ser uma deciso recente, seu livro ou sua apostila ainda trazem estes itens como vlidos. Ento, CUIDADO!!!

PRAZO DA REQUISIO O CPP no trata do assunto e, assim, entende-se que no existe um prazo determinado, podendo ser realizada a qualquer momento, desde que no extinta a punibilidade. DESTINATRIO o MINISTRIO PBLICO.

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO 2.4 AO PENAL PRIVADA EXCLUSIVA

2.4.1 CONCEITO A partir de agora trataremos da ao penal privada e, neste tipo de ao, o delito afronta to intimamente o indivduo que o ESTADO transfere a legitimidade ativa da ao para o ofendido. Perceba que nesta transferncia de legitimidade reside a diferena fundamental entre a ao penal PBLICA E PRIVADA. Neste tipo de ao o Estado visa impedir que o escndalo do processo provoque um mal maior que a impunidade de quem cometeu o crime.

Obviamente que essa transferncia da legitimidade ativa importa em custas processuais para o ofendido, pois cabe a ele conduzir a ao. Assim, a fim de evitar o cerceamento ao direito da vtima ao penal, uma vez atestada sua pobreza pela autoridade policial ou por outros meios de prova, a ao penal passa a ser pblica condicionada representao, tendo o Ministrio Pblico legitimidade para oferecer a denncia. (STJ, HC 45.417/SP, DJ 25.09.2006) Em se tratando de crime de ao penal pblica condicionada, como j vimos, no se exige rigor formal na representao do ofendido ou de seu representante legal, bastando a sua manifestao de vontade para que se promova a responsabilizao do autor do delito. Exemplo de crime perseguido por ao privada: todos os crimes contra a honra (calnia, injria, difamao - Captulo V do Cdigo Penal), exceto em leso corporal provocada por violncia injuriosa (art. 145). www.pontodosconcursos.com.br 17

CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVOOBSERVAO O artigo 225 do Cdigo Penal foi completamente reformulado pela lei n. 12.015/09, abolindo-se a ao penal privada no que diz respeito ao estupro. Doravante, a ao penal , em regra, pblica condicionada representao do ofendido ou de seu representante legal. Sob outro aspecto, ser de ao pblica incondicionada se a vtima menor de 18 anos ou pessoa vulnervel, assim considerada a doente mental ou aquela que no pode oferecer resistncia. Assim, qualquer que seja o crime sexual, a titularidade para promover a ao penal sempre do Estado, por meio do Ministrio Pblico.

2.4.2 TITULARIDADE DO DIREITO DE QUEIXA Na ao penal pblica, quando o Ministrio Pblico vai iniciar uma ao dizemos que este vai oferecer denncia. Diferentemente, na ao penal privada o ofendido exerce o direito de queixa para dar incio ao. Visto isto, podemos dizer que os titulares para exercer o direito de queixa so: 1 VTIMA MAIOR DE 18 ANOS E CAPAZ; 2 REPRESENTANTE LEGAL OU PROCURADOR COM PODERES ESPECIAIS; Art. 44. A queixa poder ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a meno do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligncias que devem ser previamente requeridas no juzo criminal. 3 PESSOAS JURDICAS (art. 37). Art. 37. As fundaes, associaes ou sociedades legalmente constitudas podero exercer a ao penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silncio destes, pelos seus diretores ou scios-gerentes. Faz-se necessrio ressaltar que o CPP atribui ao indivduo que promove a ao a denominao de querelante e chama o ofensor de querelado. www.pontodosconcursos.com.br 18

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OBS.: A QUEIXA, AINDA QUANDO A AO PENAL FOR PRIVATIVA DO OFENDIDO, PODER SER ADITADA PELO MINISTRIO PBLICO, A QUEM CABER INTERVIR EM TODOS OS TERMOS SUBSEQENTES DO PROCESSO. A POSSIBILIDADE DE ADITAMENTO PREVISTA NO ART.45 DO CPP CABVEL APENAS PARA QUE O MINISTRIO PBLICO CORRIJA ALGUM DEFEITO FORMAL DA QUEIXA, COMO, A CAPITULAO, A QUALIFICAO DOS QUERELADOS ETC., MAS NO PARA INCLUIR EVENTUAL AUTOR DO DELITO NO MENCIONADO PELO QUERELANTE.

2.4.3 PRINCPIOS Agora veremos alguns princpios especficos da ao penal privada. Tal assunto recorrente em prova e deve ser analisado com ATENO!!! PRINCPIO DA OPORTUNIDADE Quando falamos dos princpios gerais informadores do Processo Penal, tratamos do princpio da Indisponibilidade, no qual entendemos que, com base no princpio da LEGALIDADE, ao tomar conhecimento do fato criminoso o titular da ao(Ministrio Pblico) ser obrigado a inici-la. Isto a regra geral que comporta exceo na ao penal privada, pois nesta o titular (ofendido) pode analisar critrios de convenincia e oportunidade e decidir pela ao ou no. PRINCPIO DA DISPONIBILIDADE O ofendido pode desistir da ao a qualquer momento, bastando para isto, por exemplo, o no comparecimento a um ato processual. PRINCPIO DA INDIVISIBILIDADE Segue a regra geral, ou seja, a ao deve ser proposta contra todos os que cometeram o delito.

CAIU EM PROVA!

***Considere a seguinte situao hipottica. Milton e Renato praticaram, conjuntamente, um crime de ao penal privada contra Adolfo. Nessa situao, Adolfo no poder escolher qual deles processar: ou processa ambos ou no processa nenhum deles. GABARITO: CORRETA www.pontodosconcursos.com.br 19

CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO 2.4.4 PRAZO PARA EXERCER O DIREITO DE QUEIXA Segue a regra do art. 38 do CPP que pela importncia, novamente reproduzo: Art. 38. Salvo disposio em contrrio, o ofendido, ou seu representante legal, decair no direito de queixa ou de representao, se no o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem o autor do crime[...]. Observe que no incio do supracitado artigo temos a expresso SALVO DISPOSIO EM CONTRRIO, deixando claro que leis especiais podero trazer prazos diferentes. Isto ocorre: Nos crimes de induzimento a erro essencial e ocultao de impedimento: Prazo de seis meses a partir do trnsito em julgado da sentena anulatria do casamento. Observe: Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que no seja casamento anterior: Pena - deteno, de seis meses a dois anos. Pargrafo nico - A ao penal depende de queixa do contraente enganado e no pode ser intentada seno depois de transitar em julgado a sentena que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento. (grifo nosso) Nos crimes contra a propriedade imaterial: Prazo de 30 dias ou de 08 dias contados da homologao do laudo pericial, conforme se trate do investigado solto ou preso, respectivamente. Art. 529. Nos crimes de ao privativa do ofendido, no ser admitida queixa com fundamento em apreenso e em percia, se decorrido o prazo de 30 dias, aps a homologao do laudo. Pargrafo nico. Ser dada vista ao Ministrio Pblico dos autos de busca e apreenso requeridas pelo ofendido, se o crime for de ao pblica e no tiver sido oferecida queixa no prazo fixado neste artigo.

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO Art. 530. Se ocorrer priso em flagrante e o ru no for posto em liberdade, o prazo a que se refere o artigo anterior ser de 8 (oito) dias. importante ressaltar que os prazos citados so decadenciais, computando-se o dia do comeo e excluindo-se o dia final. Tambm aqui no h que se falar em sbado, domingo ou feriado como justificativa para deixar a queixa para o dia seguinte. Assim, se o prazo termina no domingo, o ofendido dever procurar um Juiz de planto e fazer a queixa-crime.

CAIU EM PROVA! *** Considere a seguinte situao hipottica. Eros foi vtima de injria praticada por Isabel no dia 1. de janeiro de 2001, em sua presena. Eros requereu a instaurao de inqurito policial e,com base nele, seu advogado ofereceu queixa contra Isabel no dia 1. de outubro de 2001. Nessa situao, considerando a natureza da ao penal, a queixa oferecida por Eros, se houvesse cumprido os requisitos processuais, deveria ser recebida pelo juiz competente. GABARITO: ERRADA (prazo DECADENCIAL de seis meses)

2.4.5 RENNCIA AO DIREITO DE QUEIXA E PERDO DO OFENDIDO Imaginemos que nossa amiga Tcia diz aos amigos que iniciar uma ao penal privada contra CAIO pelo delito de injria e difamao, pois ele disse que ela no possua uma beleza das mais generosas e que trocava de homem como quem troca de meias (isso mesmo, pegou pesado!!!). Meses depois CAIO se casa com Tcia e os dois viajam felizes para a lua de mel. Neste caso teria cabimento imaginar que Tcia realmente iniciaria uma ao? Poderamos dizer que houve Renncia ou Perdo? exatamente isto que comearemos a estudar agora. 2.4.5.1 RENNCIA

UNILATERAL, ou seja, que no depende da concordncia da outra parte, que ocorre ANTES da aoPodemos conceituar a renncia como o ato penal, impedindo o acontecimento desta. www.pontodosconcursos.com.br 21

CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO A renncia pode ser expressa ou tcita. A renncia expressa regulada pelo Art. 50 do CPP: Art. 50. A renncia expressa constar de declarao assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais. J a renncia tcita regulada pelo Cdigo Penal, nestes termos: Art. 104 - O direito de queixa no pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente Pargrafo nico - Importa renncia tcita ao direito de queixa a prtica de ato incompatvel com a vontade de exerc-lo; no a implica, todavia, o fato de receber o ofendido a indenizao do dano causado pelo crime. Podemos citar como exemplos de renncia tcita: 1 Deixar o ofendido transcorrer o prazo decadencial para ajuizar a queixacrime; 2 Deixar o indivduo de cumprir determinao essencial para a validade da queixa. Exemplo: Imaginemos que um delito foi cometido por cinco pessoas e o indivduo entregou a petio para dar incio a uma ao contra apenas duas delas. Antes do recebimento da queixa pela autoridade judicial, o MP, observando tal fato, intima o querelante para incluir os outros responsveis. Nesta situao, caso o ofendido no comparea teremos outro caso de renncia tcita. Art. 49. A renncia ao exerccio do direito de queixa, em relao a um dos autores do crime, a todos se estender. Finalizando, como afirma Jlio Fabbrini Mirabete, a renncia, tanto expressa quanto tcita, "deve tratar-se de atos inequvocos, conscientes e livres, que traduzam uma verdadeira reconciliao, ou o propsito de no exercer o direito de queixa".

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO 2.4.5.2 PERDO Meus amigos de estudo, preciso desabafar... Tudo o que eu escrevi at agora est ERRADO! PERDO!!!! Calma, calma... Isso s para comearmos este tpico utilizando esta situao para definir a diferena de Perdo para Renuncia e gravando de uma vez por todas o que MAIS IMPORTANTE PARA A SUA PROVA!!! 1 - Algum pede perdo sem ter feito nada? NO!!!...Logo, o perdo s pode ocorrer APS um determinado ato que aqui o incio da ao penal. 2 Voc obrigado a aceitar meu pedido de perdo? claro que no, pois um ato BILATERAL. Assim, em uma ao penal, caso o ofendido queira perdoar o querelado, depender do consentimento deste ltimo. Observe: Art. 51. O perdo concedido a um dos querelados aproveitar a todos, sem que produza, todavia, efeito em relao ao que o recusar [...] Art. 55. O perdo poder ser aceito por procurador com poderes especiais. [...] Art. 58. Concedido o perdo, mediante declarao expressa nos autos, o querelado ser intimado a dizer, dentro de trs dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silncio importar aceitao. . Assim como na renncia, o perdo pode ser expresso ou tcito. OBSERVAO: Caso haja dois ofendidos e um deles conceda o perdo, o outro poder prosseguir com a ao.

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OFENDIDO 01 QUERELADO OFENDIDO 02

PODE PROSSEGUIR COM A AO

Caso o ofendido conceda o perdo a um dos querelados, este perdo ser estendido aos outros, no se produzindo efeito, todavia, aos que no aceitarem.

QUERELANTE 01 O PERDO CONTRA UM A TODOS APROVEITA

QUERELADO 01

QUERELADO 02

2.4.5 PEREMPO DA AO PENAL PRIVADA Para Mirabete, "perempo a perda do direito de prosseguir na ao penal privada, ou seja, a sano jurdica cominada ao querelante em decorrncia de sua inrcia ." Damsio de Jesus conceitua a perempo da seguinte forma: "Perempo a perda do direito de demandar o querelado pelo mesmo crime em fase, de inrcia do querelante, diante do que o Estado perde o jus puniendi."

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO Podemos resumir que a perempo a perda do direito de prosseguir na ao penal privada, ou seja, a sano jurdica cominada ao querelante em decorrncia de sua inrcia. Considera-se perempta a ao nos seguintes casos (art. 60): 1. Quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos; 2. Quando, falecendo o querelante ou sobrevindo sua incapacidade, no comparecer em juzo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber faz-lo;

3. Quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenao nas alegaes finais; 4. Quando o querelante, pessoa jurdica, se extinguir sem deixar sucessor. 2.4.6 AO PENAL PRIVADA PERSONALSSIMA Este tipo de ao privada caracterizada pelo fato de a ao s poder ser iniciada ou conduzida EXCLUSIVAMENTE pelo ofendido, no havendo transferncia do direito para o cnjuge, ascendentes, descendentes ou irmos. No nosso ordenamento jurdico, em virtude da revogao do crime de adultrio, s existe um caso deste tipo de ao penal: Crime de induzimento a erro essencial ou ocultao de impedimento, previsto no Cdigo Penal. 2.4.6 AO PENAL PRIVADA SUBSIDIRIA DA PBLICA Assim como temos um prazo decadencial para o exerccio do direito de queixa, a lei tambm define um lapso temporal para que o Ministrio Pblico possa oferecer a denncia. Observe:

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO Art. 46. O prazo para oferecimento da denncia, estando o ru preso, ser de 5 dias, contado da data em que o rgo do Ministrio Pblico receber os autos do inqurito policial, e de 15 dias, se o ru estiver solto ou afianado. No ltimo caso, se houver devoluo do inqurito autoridade policial (art. 16), contar-se- o prazo da data em que o rgo do Ministrio Pblico receber novamente os autos.

Entretanto, nem sempre o Ministrio Pblico age nestes prazos e no seria justo com o ofendido que ele tivesse que ver, de mos atadas, o criminoso livre da ao. Pensando nisso o legislador inseriu no Cdigo de Processo Penal o Art. 29 que define a ao subsidiria da pblica: Art. 29. Ser admitida ao privada nos crimes de ao pblica, se esta no for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministrio Pblico aditar a queixa, repudi-la e oferecer denncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligncia do querelante, retomar a ao como parte principal. Neste tipo de ao o ofendido assume TEMPORARIAMENTE o processo, cabendo ao MP retom-lo e prosseguir como legitimo titular. importante ressaltar que o prazo para que o indivduo possa iniciar a ao subsidiria da pblica de at SEIS MESES do trmino do prazo do Ministrio Pblico.

05 OU 15 DIAS

06 MESES

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Arquivado o inqurito policial, por despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justia, no pode a ao penal ser iniciada, sem novas provas e, portanto, no cabvel a ao penal subsidiria da pblica (STF, smula 524).

2.5 AO NAS CONTRAVENES PENAIS No caso da ocorrncia de uma contraveno penal o CPP define em seu art. 26: Art. 26. A ao penal, nas contravenes, ser iniciada com o auto de priso em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciria ou policial. Esse artigo bem discutido e a jurisprudncia majoritria entende que ele no foi recepcionado pela CF/88. Ocorre, porm, que as bancas continuam colocando o dispositivo em prova e, por estar expresso no Cdigo de Processo Penal, as bancas tem considerado o item correto. Sendo assim, MUITO CUIDADO COM ESTE PONTO e se aparecer a exata reproduo do artigo, considere que a alternativa est CERTA.

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*******************************************************************************Caros alunos, Aqui finalizamos o tema ao penal e, tudo ser revisto e o conhecimento consolidado atravs de exerccios. Siga em frente com fora, foco e f, lembrando sempre que para atingir seu objetivo s depende de voc. Abraos e bons estudos, Pedro Ivo

A esperana cheia de confiana. algo maravilhoso e belo, uma lmpada iluminada em nosso corao. o motor da vida. uma luz na direo do futuro.(Conrad de Meester)*********************************************************************************

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO PRINCIPAIS ARTIGOS TRATADOS NA AULA

Art. 24. Nos crimes de ao pblica, esta ser promovida por denncia do Ministrio Pblico, mas depender, quando a lei o exigir, de requisio do Ministro da Justia, ou de representao do ofendido ou de quem tiver qualidade para represent-lo. 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por deciso judicial, o direito de representao passar ao cnjuge, ascendente, descendente ou irmo. 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimnio ou interesse da Unio, Estado e Municpio, a ao penal ser pblica. Art. 25. A representao ser irretratvel, depois de oferecida a denncia. Art. 27. Qualquer pessoa do povo poder provocar a iniciativa do Ministrio Pblico, nos casos em que caiba a ao pblica, fornecendo-lhe, por escrito, informaes sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convico. Art. 29. Ser admitida ao privada nos crimes de ao pblica, se esta no for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministrio Pblico aditar a queixa, repudi-la e oferecer denncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligncia do querelante, retomar a ao como parte principal. Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para represent-lo caber intentar a ao privada. Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por deciso judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ao passar ao cnjuge, ascendente, descendente ou irmo. Art. 32. Nos crimes de ao privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomear advogado para promover a ao penal. Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e no tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poder ser exercido por curador especial, nomeado, de ofcio ou a requerimento do Ministrio Pblico, pelo juiz competente para o processo penal. Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, ter preferncia o cnjuge, e, em seguida, o parente mais prximo na ordem de enumerao constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ao, caso o querelante desista da instncia ou a abandone. Art. 37. As fundaes, associaes ou sociedades legalmente constitudas podero exercer a ao penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silncio destes, pelos seus diretores ou scios-gerentes. Art. 38. Salvo disposio em contrrio, o ofendido, ou seu representante legal, decair no direito de queixa ou de representao, se no o exercer dentro do prazo de seis meses, www.pontodosconcursos.com.br 29

CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO contado do dia em que vier a saber quem o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denncia. Art. 39. O direito de representao poder ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declarao, escrita ou oral, feita ao juiz, ao rgo do Ministrio Pblico, ou autoridade policial. 1o A representao feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou procurador, ser reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, presente o rgo do Ministrio Pblico, quando a este houver sido dirigida. Art. 41. A denncia ou queixa conter a exposio do fato criminoso, com todas as suas circunstncias, a qualificao do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificlo, a classificao do crime e, quando necessrio, o rol das testemunhas. Art. 42. O Ministrio Pblico no poder desistir da ao penal. Art. 44. A queixa poder ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a meno do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligncias que devem ser previamente requeridas no juzo criminal. Art. 46. O prazo para oferecimento da denncia, estando o ru preso, ser de 5 dias, contado da data em que o rgo do Ministrio Pblico receber os autos do inqurito policial, e de 15 dias, se o ru estiver solto ou afianado. No ltimo caso, se houver devoluo do inqurito autoridade policial (art. 16), contar-se- o prazo da data em que o rgo do Ministrio Pblico receber novamente os autos. 1o Quando o Ministrio Pblico dispensar o inqurito policial, o prazo para o oferecimento da denncia contar-se- da data em que tiver recebido as peas de informaes ou a representao Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigar ao processo de todos, e o Ministrio Pblico velar pela sua indivisibilidade. Art. 49. A renncia ao exerccio do direito de queixa, em relao a um dos autores do crime, a todos se estender. Art. 51. O perdo concedido a um dos querelados aproveitar a todos, sem que produza, todavia, efeito em relao ao que o recusar. Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou retardado mental e no tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os do querelado, a aceitao do perdo caber ao curador que o juiz Ihe nomear. Art. 55. O perdo poder ser aceito por procurador com poderes especiais. Art. 57. A renncia tcita e o perdo tcito admitiro todos os meios de prova. Art. 58. Concedido o perdo, mediante declarao expressa nos autos, o querelado ser intimado a dizer, dentro de trs dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silncio importar aceitao. www.pontodosconcursos.com.br 30

CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se- perempta a ao penal: I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos; II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, no comparecer em juzo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber faz-lo, ressalvado o disposto no art. 36; III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenao nas alegaes finais; IV - quando, sendo o querelante pessoa jurdica, esta se extinguir sem deixar sucessor.

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EXERCCIOS1. (CGU / 2008) Assinale a opo correta. A) Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimnio ou interesse da Unio, Estado e Municpio, a ao penal ser pblica, condicionada representao da autoridade pblica competente. B) Somente ao ofendido caber intentar a ao privada. C) A representao, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, ser remetida ao Ministrio Pblico para que este determine a instaurao do inqurito. D) Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, ter preferncia o parente mais prximo, ascendente, descendente ou irmo e em seguida o cnjuge. E) A ao penal, nas contravenes, ser iniciada por meio de portaria expedida pela autoridade judiciria. GABARITO: D COMENTRIOS: Analisando as alternativas: Alternativa A Incorreta Nos termos do pargrafo 2 do art. 24, seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimnio ou interesse da Unio, Estado e Municpio, a ao penal ser pblica. Alternativa B legal. Incorreta Caber intentar ao privada ao ofendido ou representante

Alternativa C Incorreta Nos termos do pargrafo 4 do art. 39, a representao, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, ser remetida autoridade policial para que esta proceda a inqurito. Alternativa D Incorreta Nos termos do artigo 36 do CPP, se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, ter preferncia o cnjuge, e, em seguida, o parente mais prximo na ordem de enumerao constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ao, caso o querelante desista da instncia ou a abandone. Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por deciso judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ao passar ao cnjuge, ascendente, descendente ou irmo. www.pontodosconcursos.com.br 32

CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO Alternativa E Correta Reproduz o art. 26 do CPP.

OBS: O gabarito preliminar considerou correta a alternativa D, o que, claramente, um erro. Exatamente por isso o gabarito definitivo alterou para E a resposta desta questo. 2. (CGU / 2008) Assinale a opo correta. A) Considera-se perempta a ao penal, nos casos em que se procede somente mediante queixa, quando o querelante deixar de formular o pedido de condenao nas alegaes finais. B) A renncia ao exerccio do direito de queixa do menor que houver completado 18 (dezoito) anos excluir o direito do representante legal do menor. C) O perdo concedido a um dos querelados aproveitar a todos, ainda que um o recuse. D) A aceitao do perdo personalssima. E) O querelante pode oferecer queixa contra qualquer dos autores do crime, em caso de concurso de agentes, no obrigando ao processo de todos. GABARITO: A COMENTRIOS: Analisando as alternativas: Alternativa A penal: Correta O art. 60 do CPP define que se cosiderar perempta a ao

Quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos; Quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, no comparecer em juzo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber faz-lo, ressalvado o disposto no art. 36; Quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenao nas alegaes finais;

Alternativa B Incorreta Nos termos do pargrafo nico do art. 50, A renncia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito) anos no privar este do direito de queixa, nem a renncia do ltimo excluir o direito do primeiro.

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO Alternativa C Incorreta vontade do ofendido. O perdo ato bilateral, ou seja, depende da manifestao de

Alternativa D Incorreta Nos termos do art. 55 do CPP, o perdo poder ser aceito por procurador com poderes especiais. Alternativa E Incorreta A ao penal privada indivisvel.

3. (CGU / 2006) As omisses da denncia no podem ser supridas aps: A) o recebimento. B) a defesa prvia. C) o encerramento da instruo. D) a sentena final. E) durante a instruo. GABARITO: D COMENTRIOS: Conforme entendimento do STF e STJ, eventuais omisses podem ser supridas at a sentena final. Observe o julgado: Sendo penalmente relevantes os fatos descritos na denncia, no h falar, em trancamento da ao penal, mormente porque as omisses da acusatria inicial podem ser supridas at a sentena final. (STJ, RHC 12.725/BA, DJ 06.02.2006) 4. (MPU / 2004) A ao penal nos crimes de ao pblica: A) s pode ser exercida por iniciativa do Ministrio Pblico, sem exceo. B) pode ser exercida por iniciativa do particular, quando o Ministrio Pblico dela dispor, expressamente. C) pode ser exercida por iniciativa do particular, quando depender de representao. D) pode ser exercida tanto por iniciativa do Ministrio Pblico como do particular, quando a vtima for pobre. E) pode ser exercida pelo particular quando o Ministrio Pblico no intent-la no prazo legal. GABARITO: E www.pontodosconcursos.com.br 34

CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO COMENTRIOS: Essa questo, embora trate no enunciado da ao penal pblica, exige do candidato o conhecimento do art. 29 do CPP que dispes sobre a ao penal privada subsidiria da pblica. Esta, como vimos, pode ser exercida pelo particular quando o Ministrio Pblico no oferecer a denncia no prazo legal. 5. (Procurador da Fazenda / 2003) Considerar-se- perempta a ao penal quando, A) iniciada a ao penal privada subsidiria, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante trinta dias seguidos. B) sendo o querelante pessoa jurdica, nos casos em que somente se procede mediante queixa, a empresa se extinguir sem deixar sucessor. C) falecendo a vtima, na ao penal pblica condicionada representao, no comparecer em juzo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de trinta dias, qualquer das pessoas a quem couber faz-lo. D) sobrevindo a incapacidade do querelante, na ao penal privada subsidiria, no comparecer em juzo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de sessenta dias, qualquer das pessoas a quem couber faz-lo. E) iniciada a ao penal privada, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante vinte dias seguidos. GABARITO: D COMENTRIOS: O art. 60 do CPP define que se cosiderar perempta a ao penal: Quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos; Quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, no comparecer em juzo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber faz-lo, ressalvado o disposto no art. 36; Quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenao nas alegaes finais;

Com base neste artigo, percebe-se que a nica alternativa que se enquadra na situao peremptria a alternativa D. 6. (TJ-PA / 2009) A ao penal pblica incondicionada, excetuados os delitos de pequeno potencial ofensivo, regida, entre outros, pelos princpios da: www.pontodosconcursos.com.br 35

CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO A) legalidade, indisponibilidade e intranscendncia. B) disponibilidade, indivisibilidade e oficialidade. C) obrigatoriedade, oficialidade e oportunidade. D) legalidade, oportunidade e intranscendncia. E) obrigatoriedade, convenincia e intranscendncia. GABARITO: A COMENTRIOS: A alternativa A a nica que rene trs princpios aplicveis ao penal pblica incondicionada. Analisando: Alternativa B Alternativa C Alternativa D Alternativa E A disponibilidade no princpio da ao penal pblica. A oportunidade no princpio da ao penal pblica. A oportunidade no princpio da ao penal pblica. A convenincia no princpio da ao penal pblica.

7. (TRE-GO / 2009) Acerca da ao penal pblica, assinale a opo correta. A) Quando o ofendido for declarado ausente por deciso judicial, haver caducidade do direito de representao. B) Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimnio ou interesse da Unio, estado ou municpio, a ao penal ser pblica. C) Depois de iniciado o inqurito policial, a representao, no caso de ao penal pblica a ela condicionada, ser irretratvel. D) Se o rgo do MP, em vez de apresentar a denncia, requerer o arquivamento do inqurito policial ou de quaisquer peas de informao, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razes invocadas, remeter os autos a outro promotor, para que esse oferea a denncia. E) N.R.A GABARITO: B COMENTRIOS: Analisando as alternativas: Alternativa A Incorreta No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por deciso judicial, o direito de representao passar ao cnjuge, ascendente, descendente ou irmo. Alternativa B Correta Reproduz o pargrafo 2 do art. 24. www.pontodosconcursos.com.br 36

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Alternativa C a denncia.

Incorreta

A representao ser irretratvel somente depois de oferecida

Alternativa D Incorreta Se o rgo do Ministrio Pblico, ao invs de apresentar a denncia, requerer o arquivamento do inqurito policial ou de quaisquer peas de informao, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razes invocadas, far remessa do inqurito ou peas de informao ao procurador-geral, e este oferecer a denncia, designar outro rgo do Ministrio Pblico para oferec-la, ou insistir no pedido de arquivamento, ao qual s ento estar o juiz obrigado a atender. 8. (TRE-GO / 2009) Com relao ao penal privada, assinale a opo correta. A) A queixa, quando a ao penal for privativa do ofendido, no poder ser aditada pelo MP, que em tal situao atua apenas como fiscal da lei. B) O perdo concedido a um dos querelados aproveitar a todos, no havendo possibilidade de recusa, pois se trata de ato unilateral. C) O perdo judicial somente pode ser expresso, no admitindo, o Cdigo de Processo Penal (CPP), o perdo tcito. D) A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigar ao processo de todos, e o MP velar pela sua indivisibilidade. E)N.R.A GABARITO: D COMENTRIOS: Alternativa A Incorreta Nos termos do art. 45 do CPP, a queixa, ainda quando a ao penal for privativa do ofendido, poder ser aditada pelo Ministrio Pblico, a quem caber intervir em todos os termos subseqentes do processo. Alternativa B mais ofendidos. Alternativa C tcita. Alternativa D Incorreta O perdo ato bilateral, logo cabe recusa por parte de um ou

Incorreta

O CPP no s admite o perdo tcito, mas tambm a renncia

Correta

Reproduz o art. 48 do CPP. www.pontodosconcursos.com.br 37

CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO 9. (OAB-SP / 2009) Assinale a opo correta de acordo com o que dispe o CPP acerca da perempo. A) Na ao penal pblica, a perempo causa extintiva da punibilidade. B) A perempo se aplica ao penal privada subsidiria da pblica. C) Considera-se perempta a ao penal privada quando, iniciada esta, o querelante deixa de promover o andamento do processo durante trinta dias seguidos. D) A ausncia de pedido de condenao, nas alegaes finais, por parte do querelante, no enseja a perempo. GABARITO: C COMENTRIOS: Analisando as alternativas: Alternativa A Incorreta A perempo cabvel nas aes penais privadas.

Alternativa B Incorreta A perempo NO aplica-se ao penal privada subsidiria, pois esta apenas uma forma de iniciar uma ao que pblica. Alternativa C Correta Reproduz o art. 60, I.

Alternativa D Incorreta Contraria o art. 60, III que considera causa de perempo a ausncia de pedido de condenao, nas alegaes finais. 10. (Procurador / 2008) Se o querelante, em processo por crime de ao penal privada, sem motivo justificado, deixar de comparecer a ato que deva estar presente, o juiz deve declarar: A) a decadncia. B) o perdo tcito. C) a renncia do direito de queixa. D) a perempo. E) o perdo judicial. GABARITO: D COMENTRIOS: Nos termos do art. 60, dever ser declarada a perempo. www.pontodosconcursos.com.br 38

CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO 11. (Agente Penitencirio-RO / 2008) A ao um direito subjetivo pblico de pretender do Estado uma prestao jurisdicional. Os arts. 24 a 63 do CPP prefixam sobre a ao penal. Acerca desta ao, assinale a opo correta: A) Nos crimes de ao pblica, esta ser provida por denncia do Ministrio Pblico ou queixa do ofendido. B) Nos crimes de ao pblica esta ser provida por denncia do Ministrio Pblico, mas no depender, em nenhum caso, de requisio do Ministro da Justia. C) Quando a lei o exigir, dependero de requisio do Ministro da Justia os crimes de ao pblica. D) O Ministrio Pblico ter liberdade de promover ao pblica e, em nenhum caso, depender de representao do ofendido ou de quem tiver qualidade para represent-lo. E) Queixa-crime sinnimo de denncia. GABARITO: C COMENTRIOS: Analisando: Alternativa A pblicas. Incorreta A queixa do ofendido cabvel nas aes privadas e no

Alternativa B Incorreta Vimos que a ao penal pblica condicionada pode depender ou de representao ou de requisio do do Ministro da Justia.

Alternativa C Correta Como j tratamos, para alguns casos definidos em lei condio objetiva de procedibilidade a requisio do Ministro da Justia. Alternativa D condicionada. Alternativa E Incorreta Contraria o que vimos com relao ao penal pblica

Incorreta

So institutos diferentes.

12. (Juiz Substituto-MS / 2008) O prazo para o ajuizamento da queixa-crime : A) de seis meses, iniciando a fluncia desse prazo no dia seguinte ao dia em que o ofendido vem a saber quem o autor do crime.

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO B) de dois meses, iniciando a fluncia desse prazo no dia seguinte ao dia em que o ofendido vem a saber quem o autor do crime. C) de seis meses, iniciando a fluncia desse prazo no dia em que o ofendido vem a saber quem o autor do crime. D) de dois meses, iniciando a fluncia desse prazo no dia em que o ofendido vem a saber quem o autor do crime. E) enquanto no estiver prescrito o crime praticado. GABARITO: C COMENTRIOS: O art. 38 do CPP dispe: Art. 38. Salvo disposio em contrrio, o ofendido, ou seu representante legal, decair no direito de queixa ou de representao, se no o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denncia. Logo, do supracitado artigo, extrai-se que o prazo para o ajuizamento da queixa de seis meses, contado do dia em que o ofendido vier a saber quem o autor do crime. 13. (TJ-RJ / 2008) Quanto ao penal, assinale a opo correta. A) Salvo disposio em contrrio, em caso de ao penal pblica condicionada representao, o direito de representao prescreve, para o ofendido, se ele no o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que o crime foi praticado. B) A representao ato formal, exigindo a lei forma especial, isto , deve ser feita por procurador especial, em documento em que conste o crime, o nome do autor do fato e da vtima, alm da assinatura do representante e do advogado legalmente habilitado. C) Nos crimes sujeitos ao penal pblica incondicionada, se o Ministrio Pblico no oferecer a denncia no prazo legal ou se requerer o arquivamento do inqurito policial e o juiz no concordar com o pedido, ser admitida ao penal privada. D) A queixa, ainda quando a ao penal for privativa do ofendido, poder ser aditada pelo Ministrio Pblico, a quem caber intervir em todos os termos subseqentes do processo. E) Ainda que a representao contenha elementos que habilitem o Ministrio Pblico a promover a ao penal, no poder o promotor oferecer denncia imediatamente, devendo remeter a representao autoridade policial para que esta proceda ao inqurito.

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO GABARITO: D COMENTRIOS: Analisando: Alternativa A Incorreta Pegadinha muito comum em prova. O prazo para o exerccio da representao DECADENCIAL e no PRESCRICIONAL. Alm disso no da data em que o crime foi praticado, mas sim do dia em que o autor foi conhecido. Alternativa B Incorreta representao no ato formal. Alternativa C Incorreta pedido de arquivamento. Alternativa D Correta Segundo pacfico entendimento jurisprudencial a

A ao privada subsidiria da pblica no cabvel no caso de

Reproduz o art. 45 do CPP.

Alternativa E Incorreta Como j vimos, o inqurito no imprescindvel, podendo o MP, caso j tenha fundamentao mnima, oferecer a denncia. 14. (Procurador-AL / 2008) Sobre ao penal, correto afirmar: A) A renncia da ao penal privada ocorre aps o oferecimento da queixa e o perdo antes. B) No caso de morte do ofendido, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ao penal passar ao cnjuge, ascendente, descendente ou colateral at terceiro grau. C) Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, ser privilegiada aquela que primeiro comparecer. D) As fundaes, associaes ou sociedades legalmente constitudas podero exercer a ao penal privada. E) N.R.A GABARITO: D COMENTRIOS: Analisando as alternativas: Alternativa A Incorreta A renncia ocorre ANTES e o perdo DEPOIS da queixa.

Alternativa B Incorreta No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por deciso judicial, o direito de representao passar ao cnjuge, ascendente, descendente ou irmo. www.pontodosconcursos.com.br 41

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Alternativa C Incorreta Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, ter preferncia o cnjuge, e, em seguida, o parente mais prximo na ordem acima apresentada, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ao, caso o querelante desista da instncia ou a abandone. Alternativa D Correta Nos termos do art. 37 do CPP, as fundaes, associaes ou sociedades legalmente constitudas podero exercer a ao penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silncio destes, pelos seus diretores ou scios-gerentes. 15. (Procurador-AL / 2008) Em relao s aes penais pblicas condicionadas, o Cdigo de Processo Penal prev a possibilidade de retratao da: A) representao do ofendido at o oferecimento da denncia. B) representao do ofendido at o recebimento da denncia. C) requisio do Ministro da Justia at o oferecimento da denncia. D) requisio do Ministro da Justia at o recebimento da denncia. E) representao do ofendido e da requisio do Ministro da Justia at o recebimento da denncia. GABARITO: A COMENTRIOS: Nos termos do art. 25 do CPP, a representao ser irretratvel, depois de oferecida a denncia. 16. (DPE-AL / 2010) O princpio da indisponibilidade foi mitigado com o advento dos juizados especiais criminais, diante da possibilidade de se efetuar transao em matria penal. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: Conforme vimos, realmente o princpio da indisponibilidade encontra-se mitigado com a criao dos Juizados Especiais Criminais. 17. (PGE-PE / 2009) No obstante o princpio da indisponibilidade do processo, que vigora at mesmo na fase do inqurito policial, uma vez ajuizada a ao penal pblica incondicionada, o MP tem livre arbtrio para dela desistir. www.pontodosconcursos.com.br 42

CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: Com base no princpio da indisponibilidade, no pode o MP desistir do prosseguimento da ao penal. 18. (SENADO FEDERAL / 2002) Cuidando-se de ao penal condicionada representao do ofendido ou de seu representante legal, dever ele optar entre representar ao Ministrio Pblico ou, diretamente, oferecer queixa em juzo. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: No caso da ao penal PBLICA condicionada, a titularidade para a proposio do MINISTRIO PBLICO, no havendo a possibilidade do ofendido, a partir de queixa, ingressar com a ao. 19. (TJ-RJ / 2008) A representao ato formal, exigindo a lei forma especial, isto , deve ser feita por procurador especial, em documento em que conste o crime, o nome do autor do fato e da vtima, alm da assinatura do representante e do advogado legalmente habilitado. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: Segundo pacfico entendimento jurisprudencial a representao no ato formal, podendo, inclusive, ser oral. 20. (SGA-AC / 2008) Se o rgo do Ministrio Pblico, em vez de apresentar a denncia, requerer o arquivamento do inqurito policial, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razes invocadas, far remessa do inqurito ou peas de informao ao procurador-geral, que designar, obrigatoriamente, outro rgo do Ministrio Pblico para oferecer a denncia. GABARITO: ERRADA COMENTRIOS: Como vimos acima, no art. 28, aps a consulta efetuada pelo magistrado, pode o Procurador-Geral insistir no arquivamento, designar outro rgo do MP para oferecer a denncia ou mesmo, ele prprio, dar incio ao.

21. (AGU / 2008) Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, ter preferncia o parente mais prximo, ascendente, descendente ou irmo e em seguida o cnjuge.

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO GABARITO: ERRADA COMENTRIOS:Nos termos do artigo 36 do CPP, se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, ter preferncia o cnjuge, e, em seguida, o parente mais prximo na ordem de enumerao constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ao, caso o querelante desista da instncia ou a abandone.

22. (TJ-PI / 2004) Arquivado o inqurito policial, por despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justia, no pode a ao penal ser iniciada, sem novas provas e, portanto, no cabvel a ao penal subsidiria da pblica. GABARITO: CERTA COMENTRIOS: A questo reproduz exatamente a smula 524 do STF.

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LISTA DOS EXERCCIOS APRESENTADOS

1. (CGU / 2008) Assinale a opo correta. A) Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimnio ou interesse da Unio, Estado e Municpio, a ao penal ser pblica, condicionada representao da autoridade pblica competente. B) Somente ao ofendido caber intentar a ao privada. C) A representao, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, ser remetida ao Ministrio Pblico para que este determine a instaurao do inqurito. D) Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, ter preferncia o parente mais prximo, ascendente, descendente ou irmo e em seguida o cnjuge. E) A ao penal, nas contravenes, ser iniciada por meio de portaria expedida pela autoridade judiciria. 2. (CGU / 2008) Assinale a opo correta. A) Considera-se perempta a ao penal, nos casos em que se procede somente mediante queixa, quando o querelante deixar de formular o pedido de condenao nas alegaes finais. B) A renncia ao exerccio do direito de queixa do menor que houver completado 18 (dezoito) anos excluir o direito do representante legal do menor. C) O perdo concedido a um dos querelados aproveitar a todos, ainda que um o recuse. D) A aceitao do perdo personalssima. E) O querelante pode oferecer queixa contra qualquer dos autores do crime, em caso de concurso de agentes, no obrigando ao processo de todos. 3. (CGU / 2006) As omisses da denncia no podem ser supridas aps: A) o recebimento. B) a defesa prvia. C) o encerramento da instruo. D) a sentena final. E) durante a instruo. www.pontodosconcursos.com.br 45

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4. (MPU / 2004) A ao penal nos crimes de ao pblica: A) s pode ser exercida por iniciativa do Ministrio Pblico, sem exceo. B) pode ser exercida por iniciativa do particular, quando o Ministrio Pblico dela dispor, expressamente. C) pode ser exercida por iniciativa do particular, quando depender de representao. D) pode ser exercida tanto por iniciativa do Ministrio Pblico como do particular, quando a vtima for pobre. E) pode ser exercida pelo particular quando o Ministrio Pblico no intent-la no prazo legal. 5. (Procurador da Fazenda / 2003) Considerar-se- perempta a ao penal quando, A) iniciada a ao penal privada subsidiria, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante trinta dias seguidos. B) sendo o querelante pessoa jurdica, nos casos em que somente se procede mediante queixa, a empresa se extinguir sem deixar sucessor. C) falecendo a vtima, na ao penal pblica condicionada representao, no comparecer em juzo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de trinta dias, qualquer das pessoas a quem couber faz-lo. D) sobrevindo a incapacidade do querelante, na ao penal privada subsidiria, no comparecer em juzo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de sessenta dias, qualquer das pessoas a quem couber faz-lo. E) iniciada a ao penal privada, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante vinte dias seguidos. 6. (TJ-PA / 2009) A ao penal pblica incondicionada, excetuados os delitos de pequeno potencial ofensivo, regida, entre outros, pelos princpios da: A) legalidade, indisponibilidade e intranscendncia. B) disponibilidade, indivisibilidade e oficialidade. C) obrigatoriedade, oficialidade e oportunidade. D) legalidade, oportunidade e intranscendncia. E) obrigatoriedade, convenincia e intranscendncia. 7. (TRE-GO / 2009) Acerca da ao penal pblica, assinale a opo correta. www.pontodosconcursos.com.br

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A) Quando o ofendido for declarado ausente por deciso judicial, haver caducidade do direito de representao. B) Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimnio ou interesse da Unio, estado ou municpio, a ao penal ser pblica. C) Depois de iniciado o inqurito policial, a representao, no caso de ao penal pblica a ela condicionada, ser irretratvel. D) Se o rgo do MP, em vez de apresentar a denncia, requerer o arquivamento do inqurito policial ou de quaisquer peas de informao, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razes invocadas, remeter os autos a outro promotor, para que esse oferea a denncia. E) N.R.A 8. (TRE-GO / 2009) Com relao ao penal privada, assinale a opo correta. A) A queixa, quando a ao penal for privativa do ofendido, no poder ser aditada pelo MP, que em tal situao atua apenas como fiscal da lei. B) O perdo concedido a um dos querelados aproveitar a todos, no havendo possibilidade de recusa, pois se trata de ato unilateral. C) O perdo judicial somente pode ser expresso, no admitindo, o Cdigo de Processo Penal (CPP), o perdo tcito. D) A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigar ao processo de todos, e o MP velar pela sua indivisibilidade. E)N.R.A 9. (OAB-SP / 2009) Assinale a opo correta de acordo com o que dispe o CPP acerca da perempo. A) Na ao penal pblica, a perempo causa extintiva da punibilidade. B) A perempo se aplica ao penal privada subsidiria da pblica. C) Considera-se perempta a ao penal privada quando, iniciada esta, o querelante deixa de promover o andamento do processo durante trinta dias seguidos. D) A ausncia de pedido de condenao, nas alegaes finais, por parte do querelante, no enseja a perempo.

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CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR PEDRO IVO 10. (Procurador / 2008) Se o querelante, em processo por crime de ao penal privada, sem motivo justificado, deixar de comparecer a ato que deva estar presente, o juiz deve declarar: A) a decadncia. B) o perdo tcito. C) a renncia do direito de queixa. D) a perempo. E) o perdo judicial. 11. (Agente Penitencirio-RO / 2008) A ao um direito subjetivo pblico de pretender do Estado uma prestao jurisdicional. Os arts. 24 a 63 do CPP prefixam sobre a ao penal. Acerca desta ao, assinale a opo correta: A) Nos crimes de ao pblica, esta ser provida por denncia do Ministrio Pblico ou queixa do ofendido. B) Nos crimes de ao pblica esta ser provida por denncia do Ministrio Pblico, mas no depender, em nenhum caso, de requisio do Ministro da Justia. C) Quando a lei o exigir, dependero de requisio do Ministro da Justia os crimes de ao pblica. D) O Ministrio Pblico ter liberdade de promover ao pblica e, em nenhum caso, depender de representao do ofendido ou de quem tiver qualidade para represent-lo. E) Queixa-crime sinnimo de denncia. 12. (Juiz Substituto-MS / 2008) O prazo para o ajuizamento da queixa-crime : A) de seis meses, iniciando a fluncia desse prazo no dia seguinte ao dia em que o ofendido vem a saber quem o autor do crime. B) de dois meses, iniciando a fluncia desse prazo no dia seguinte ao dia em que o ofendido vem a saber quem o autor do crime. C) de seis meses, iniciando a fluncia desse prazo no dia em que o ofendido vem a saber quem o autor do crime. D) de dois meses, iniciando a fluncia desse prazo no dia em que o ofendido vem a saber quem o autor do crime. E) enquanto no estiver prescrito o crime praticado. 13. (TJ-RJ / 2008) Quanto ao penal, assinale a opo correta. www.pontodosconcursos.com.br

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A) Salvo disposio em contrrio, em caso de ao penal pblica condicionada representao, o direito de representao prescreve, para o ofendido, se ele no o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que o crime foi praticado. B) A representao ato formal, exigindo a lei forma especial, isto , deve ser feita por procurador especial, em documento em que conste o crime, o nome do autor do fato e da vtima, alm da assinatura do representante e do advogado legalmente habilitado. C) Nos crimes sujeitos ao penal pblica incondicionada, se o Ministrio Pblico no oferecer a denncia no prazo legal ou se requerer o arquivamento do inqurito policial e o juiz no concordar com o pedido, ser admitida ao penal privada. D) A queixa, ainda quando a ao penal for privativa do ofendido, poder ser aditada pelo Ministrio Pblico, a quem caber intervir em todos os termos subseqentes do processo. E) Ainda que a representao contenha elementos que habilitem o Ministrio Pblico a promover a ao penal, no poder o promotor oferecer denncia imediatamente, devendo remeter a representao autoridade policial para que esta proceda ao inqurito. 14. (Procurador-AL / 2008) Sobre ao penal, correto afirmar: A) A renncia da ao penal privada ocorre aps o oferecimento da queixa e o perdo antes. B) No caso de morte do ofendido, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ao penal passar ao cnjuge, ascendente, descendente ou colateral at terceiro grau. C) Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, ser privilegiada aquela que primeiro comparecer. D) As fundaes, associaes ou sociedades legalmente constitudas podero exercer a ao penal privada. E) No caso de ao penal privada exclusiva, o Ministrio Pblico pode recorrer se o acusado for absolvido. 15. (Procurador-AL / 2008) Em relao s aes penais pblicas condicionadas, o Cdigo de Processo Penal prev a possibilidade de retratao da: A) representao do ofendido at o oferecimento da denncia. B) representao do ofendido at o recebimento da denncia. C) requisio do Ministro da Justia at o oferecimento da denncia. D) requisio do Ministro da Justia at o recebimento da denncia. E) representao do ofendido e da requisio do Ministro da Justia at o recebimento da denncia. www.pontodosconcursos.com.br 49

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16. (DPE-AL / 2010) O princpio da indisponibilidade foi mitigado com o advento dos juizados especiais criminais, diante da possibilidade de se efetuar transao em matria penal. 17. (PGE-PE / 2009) No obstante o princpio da indisponibilidade do processo, que vigora at mesmo na fase do inqurito policial, uma vez ajuizada a ao penal pblica incondicionada, o MP tem livre arbtrio para dela desistir. 18. (SENADO FEDERAL / 2002) Cuidando-se de ao penal condicionada representao do ofendido ou de seu representante legal, dever ele optar entre representar ao Ministrio Pblico ou, diretamente, oferecer queixa em juzo. 19. (TJ-RJ / 2008) A representao ato formal, exigindo a lei forma especial, isto , deve ser feita por procurador especial, em documento em que conste o crime, o nome do autor do fato e da vtima, alm da assinatura do representante e do advogado legalmente habilitado. 20. (SGA-AC / 2008) Se o rgo do Ministrio Pblico, em vez de apresentar a denncia, requerer o arquivamento do inqurito policial, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razes invocadas, far remessa do inqurito ou peas de informao ao procurador-geral, que designar, obrigatoriamente, outro rgo do Ministrio Pblico para oferecer a denncia. 21. (AGU / 2008) Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, ter preferncia o parente mais prximo, ascendente, descendente ou irmo e em seguida o cnjuge. 22. (TJ-PI / 2004) Arquivado o inqurito policial, por despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justia, no pode a ao penal ser iniciada, sem novas provas e, portanto, no cabvel a ao penal subsidiria da pblica.

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GABARITO 1-D 6-A 11-C 16-C 21-E 2-A 7-B 12-C 17-E 22-C 3-D 8-D 13-D 18-E ***** 4-E 9-C 14-D 19-E ***** 5-D 10-D 15-A 20-E *****

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