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    OAB 1º FASE XV EXAMEDIREITO HUMANO

    FLAVIA BAHIA

    TRIBUNAL PENAL INTERNACIONALPRINCÍPIOS NORTEADORESCRIMES

    PECULIARIDADESMAIORIDADE PENALIMUNIDADESIMPOSSIBILIDADE DE RESERVASEXTRADIÇÃO x ENTREGAPREVISÃO NA CRFB/88DECRETO 4388/02Pet - 4625  – Informativo 554, STF

    23 de maio de 2014 - Condenação perante oTPI

    O Tribunal Penal Internacional (TPI) condenouhoje o ex-líder de milícia congolês GermainKatanga a 12 anos de prisão por assassíniosdurante um ataque em 2003 à aldeia deBogoro, na República Democrática do Congo(RDCongo).

    "Determinamos uma pena conjunta de 12 anosde prisão", disse o juiz Bruno Cotte durante aleitura da sentença, que visava estabelecer a

    duração da pena.Em março, o TPI tinha considerado Katanga,de 36 anos e conhecido localmente comoSimba (leão), culpado de cumplicidade emcrimes de guerra e contra a humanidade, porfacilitar e coordenar o fornecimento de armasaos membros da sua milícia em Ituri, nonordeste da RDCongo, onde se situa a aldeiade Bogoro. Foi absolvido das acusações deviolação e do recrutamento de criançassoldado.

    O tempo gasto em detenção no ICC - entre 18de Setembro de 2007 e 23 de maio de 2014 -será deduzido da pena. As decisões sobreeventuais reparações às vítimas seráprocessado mais tarde.

    Katanga foi o segundo réu condenado peloTPI desde que a corte foi criada em Haia, naHolanda, em 2002. O primeiro veredictosentenciou, em março de 2012, o congolêsThomas Lubanga Dyilo a 14 anos de prisão por

    ter recrutado crianças menores de 15 anos

    para lutar conflitos étnicos no Congo.

    Pacto de San José da Costa Rica

    Artigo 63 - 1. Quando decidir que houveviolação de um direito ou liberdadeprotegidos nesta Convenção, a Cortedeterminará que se assegure aoprejudicado o gozo do seu direito ouliberdade violados. Determinará também, seisso for procedente, que sejam reparadas asconsequências da medida ou situação quehaja configurado a violação desses direitos,bem como o pagamento de indenização justa à parte lesada.

    2. Em casos de extrema gravidade eurgência, e quando se fizer necessárioevitar danos irreparáveis às pessoas, aCorte, nos assuntos de que estiverconhecendo, poderá tomar as medidasprovisórias que considerar pertinentes. Sese tratar de assuntos que ainda nãoestiverem submetidos ao seuconhecimento, poderá atuar a pedido daComissão.

    Regulamento Corte Interamericana

    Artigo 27. Medidas provisórias

    1. Em qualquer fase do processo, sempreque se tratar de casos de extrema gravidadee urgência e quando for necessário paraevitar danos irreparáveis às pessoas, aCorte, ex officio, poderá ordenar as medidasprovisórias que considerar pertinentes, nostermos do artigo 63.2 da Convenção.

    29 de janeiro de 2014 – Resolução da CorteInteramericana  –  Unidade de InternaçãoSocioeducativa (Unis), no Espírito Santo

    A Corte Interamericana de DireitosHumanos da Organização dos EstadosAmericanos (OEA) renovou as medidasprovisórias que determinam a obrigação doEstado em garantir a vida e a integridadepessoal dos adolescentes internados naUnidade de Internação Socioeducativa

    (Unis), no Espírito Santo.

    http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=4625&classe=Pet&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=4625&classe=Pet&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/26220/tribunal+penal+internacional+completa+uma+decada+e+encerra+2012+com+primeira+condenacao.shtmlhttp://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/26220/tribunal+penal+internacional+completa+uma+decada+e+encerra+2012+com+primeira+condenacao.shtmlhttp://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/26220/tribunal+penal+internacional+completa+uma+decada+e+encerra+2012+com+primeira+condenacao.shtmlhttp://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/26220/tribunal+penal+internacional+completa+uma+decada+e+encerra+2012+com+primeira+condenacao.shtmlhttp://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/26220/tribunal+penal+internacional+completa+uma+decada+e+encerra+2012+com+primeira+condenacao.shtmlhttp://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/26220/tribunal+penal+internacional+completa+uma+decada+e+encerra+2012+com+primeira+condenacao.shtmlhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=4625&classe=Pet&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=

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    A Corte ordenou ao Brasil que emitisseinformações sobre a evolução das medidasadotadas e seu impacto na erradicação da

    situação de risco. Exige também que oBrasil proteja a vida e integridade pessoaldos internos, incluído atendimento médicoe psicológico aos adolescentes.

    A Unis é uma unidade socioeducativalocalizada em Cariacica, regiãometropolitana de Vitória.

    Essa é a quarta decisão da CorteInteramericana em relação a Unis. Emfevereiro de 2011, a Corte emitiu a primeira

    resolução exigindo que fossem adotadasmedidas para proteger a vida e aintegridade pessoal de toda e qualquerpessoa que se encontre na UNIS. Emsetembro do mesmo ano, a Cortereconheceu que “persistiram denúnciassobre fatos violentos dentro da UNIS”,fazendo referência a casos recentes detorturas e demais agressões apresentadospelos peticionários.

    Em abril de 2012, a Corte renovou asmedidas com base no entendimento que“os graves atos de automutilação etentativas de suicídio” e novas denúnciassobre fatos violentos dentro na Unidade.Em novembro do mesmo ano, a Corteemitiu novas resoluções em relação a Unis,informando ao Estado que os beneficiáriosdas medidas são todos os adolescentesinternos na UNIS e aqueles que ali seencontravam em fevereiro de 2011 etransferidos para outras Unidades do IASES

    (Instituto de Atendimento Socioeducativodo Espírito Santo).

    22 de maio de 2014 - Resolução da CorteInteramericana  –  Complexo de Curado -Recife

    O Brasil terá que adotar, urgentemente,medidas provisórias para proteger a vida eintegridade dos presos, visitantes e agentespenitenciários do Complexo Penitenciáriode Curado, em Recife (PE).

    A determinação é da Corte Interamericanade Direitos Humanos da Organização dosEstados Americanos (OEA), em resolução

    de 22 de maio.

    Calamidades no Complexo de Curado foraminformadas à Comissão já em 2011: àépoca, se constatou que, desde 2008, 55pessoas foram mortas de maneira violenta ehavia grande incidência de torturas erebeliões. De janeiro de 2013 a fevereirodeste ano, foram registradas outras seismortes de presos.

    Conforme a Corte, o Estado brasileiro deve

    adotar de forma imediata “todas as medidasque sejam necessárias para protegereficazmente a vida e a integridade pessoalde todas as pessoas privadas de liberdadeno Complexo de Curado, assim como dequalquer pessoa que se encontre nesteestabelecimento, incluindo os agentespenitenciários, funcionários e visitantes”. 

    Entre essas medidas imediatas estão:elaborar e implementar um plano deemergência em relação à atenção médica,em particular aos reclusos portadores dedoenças contagiosas, e tomar medidas paraevitar a propagação destas doenças;elaborar e implementar um plano deurgência para reduzir a situação desuperlotação do Complexo de Curado;eliminar a presença de armas de qualquertipo; assegurar as condições de segurançae de respeito à vida e à integridade pessoalde todos os internos, funcionários evisitantes; e eliminar a prática de revistas

    humilhantes que afetem a intimidade e adignidade dos visitantes.

    A cada três meses, o Estado brasileiro deveinformar à Corte Interamericana sobre asmedidas provisórias adotadas emconformidade com a decisão.

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    CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOSHUMANOS

    LEI Nº 12.986, DE 2 JUNHO DE 2014.

    Transforma o Conselho de Defesados Direitos da Pessoa Humanaem Conselho Nacional dosDireitos Humanos - CNDH; revogaas Leis nos  4.319, de 16 de marçode 1964, e 5.763, de 15 dedezembro de 1971; e dá outrasprovidências.

     A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber

    que o Congresso Nacional decreta e eusanciono a seguinte Lei:

    CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES PRELIMINARES

     Art. 1o  O Conselho de Defesa dos Dir eitos daPessoa Humana criado pela Lei no 4.319, de 16de março de 1964,  passa a denominar-seConselho Nacional dos Direitos Humanos -CNDH, com finalidade, composição,competência, prerrogativas e estruturaorganizacional definidas por esta Lei.

     Art. 2o  O CNDH tem por finalidade a promoçãoe a defesa dos direitos humanos, medianteações preventivas, protetivas, reparadoras esancionadoras das condutas e situações deameaça ou violação desses direitos.

    § 1o  Constituem direitos humanos sob aproteção do CNDH os direitos e garantiasfundamentais, individuais, coletivos ou sociais

    previstos na Constituição Federal ou nostratados e atos internacionais celebrados pelaRepública Federativa do Brasil.

    § 2o  A defesa dos direitos humanos peloCNDH independe de provocação das pessoasou das coletividades ofendidas.

    CAPÍTULO IIDA COMPOSIÇÃO, COMPETÊNCIA E

    PRERROGATIVAS

     Art. 3o  O Conselho Nacional dos DireitosHumanos - CNDH é integrado pelos seguintesmembros:

    I - representantes de órgãos públicos:a) Secretário Especial dos Direitos Humanos;b) Procurador-Geral da República;c) 2 (dois) Deputados Federais;d) 2 (dois) Senadores;e) 1 (um) de entidade de magistrados;f) 1 (um) do Ministério das Relações Exteriores;g) 1 (um) do Ministério da Justiça;h) 1 (um) da Polícia Federal;i) 1 (um) da Defensoria Pública da União;II - representantes da sociedade civil:a) 1 (um) da Ordem dos Advogados do Brasil,

    indicado pelo Conselho Federal da entidade;b) 9 (nove) de organizações da sociedade civilde abrangência nacional e com relevantesatividades relacionadas à defesa dos direitoshumanos;c) 1 (um) do Conselho Nacional dosProcuradores-Gerais do Ministério Público dosEstados e da União.§ 1o  Os representantes dos órgãos públicosserão designados pelos ministros, chefes oupresidentes das respectivas instituições.§ 2o  Os representantes indicados naalínea b do inciso II deste artigo e seussuplentes serão eleitos em encontro nacionalpara um mandato de 2 (dois) anos.§ 3o  O edital de convocação do encontronacional a que se refere o § 2o será divulgado,na primeira vez, pela Secretaria Especial dosDireitos Humanos e, quanto aos encontrossubsequentes, pelo CNDH, observando-se osprincípios da ampla publicidade e daparticipação plural dos diversos segmentos dasociedade.

    § 4

    o

      Os representantes do Senado Federal eda Câmara dos Deputados serão designadospelos presidentes das respectivas Casas noinício de cada legislatura, obedecida aparidade entre os partidos de situação e deoposição.§ 5o  As situações de perda e de substituiçãode mandato, bem como as regras defuncionamento do CNDH, serão definidas noseu regimento interno.

     Art. 4o  O CNDH é o órgão incumbido de velar

    pelo efetivo respeito aos direitos humanos porparte dos poderes públicos, dos serviços de

    http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.986-2014?OpenDocumenthttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1950-1969/L4319.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1950-1969/L4319.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1950-1969/L4319.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1950-1969/L4319.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1950-1969/L4319.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1950-1969/L4319.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1950-1969/L4319.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1950-1969/L4319.htmhttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.986-2014?OpenDocument

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    relevância pública e dos particulares,competindo-lhe:I - promover medidas necessárias à prevenção,

    repressão, sanção e reparação de condutas esituações contrárias aos direitos humanos,inclusive os previstos em tratados e atosinternacionais ratificados no País, e apurar asrespectivas responsabilidades;II - fiscalizar a política nacional de direitoshumanos, podendo sugerir e recomendardiretrizes para a sua efetivação;III - receber representações ou denúncias decondutas ou situações contrárias aos direitoshumanos e apurar as respectivasresponsabilidades;

    IV - expedir recomendações a entidadespúblicas e privadas envolvidas com a proteçãodos direitos humanos, fixando prazo razoávelpara o seu atendimento ou para justificar aimpossibilidade de fazê-lo;V – (VETADO);VI - articular-se com órgãos federais,estaduais, do Distrito Federal e municipaisencarregados da proteção e defesa dos direitoshumanos;VII - manter intercâmbio e cooperação comentidades públicas ou privadas, nacionais ouinternacionais, com o objetivo de dar proteçãoaos direitos humanos e demais finalidadesprevistas neste artigo;VIII - acompanhar o desempenho dasobrigações relativas à defesa dos direitoshumanos resultantes de acordosinternacionais, produzindo relatórios eprestando a colaboração que for necessária aoMinistério das Relações Exteriores;IX - opinar sobre atos normativos,administrativos e legislativos de interesse da

    política nacional de direitos humanos eelaborar propostas legislativas e atosnormativos relacionados com matéria de suacompetência;X - realizar estudos e pesquisas sobre direitoshumanos e promover ações visando àdivulgação da importância do respeito a essesdireitos;XI - recomendar a inclusão de matériaespecífica de direitos humanos nos currículosescolares, especialmente nos cursos deformação das polícias e dos órgãos de defesa

    do Estado e das instituições democráticas;

    XII - dar especial atenção às áreas de maiorocorrência de violações de direitos humanos,podendo nelas promover a instalação de

    representações do CNDH pelo tempo que fornecessário;XIII - (VETADO);XIV - representar:a) à autoridade competente para a instauraçãode inquérito policial ou procedimentoadministrativo, visando à apuração daresponsabilidade por violações aos direitoshumanos ou por descumprimento de suapromoção, inclusive o estabelecido no incisoXI, e aplicação das respectivas penalidades;b) ao Ministério Público para, no exercício de

    suas atribuições, promover medidasrelacionadas com a defesa de direitoshumanos ameaçados ou violados;c) ao Procurador-Geral da República para finsde intervenção federal, na situação previstana alínea b do inciso VII do art. 34 daConstituição Federal; d) ao Congresso Nacional, visando a tornarefetivo o exercício das competências de suasCasas e Comissões sobre matéria relativa adireitos humanos;XV - realizar procedimentos apuratórios decondutas e situações contrárias aos direitoshumanos e aplicar sanções de suacompetência;XVI - pronunciar-se, por deliberação expressada maioria absoluta de seus conselheiros,sobre crimes que devam ser considerados, porsuas características e repercussão, comoviolações a direitos humanos de excepcionalgravidade, para fins de acompanhamento dasprovidências necessárias a sua apuração,processo e julgamento.

     Art. 5o  Para a realização de procedimentosapuratórios de situações ou condutascontrárias aos direitos humanos, o CNDH gozadas seguintes prerrogativas:I - (VETADO);II - requisitar informações, documentos eprovas necessárias às suas atividades;III - requisitar o auxílio da Polícia Federal ou deforça policial, quando necessário ao exercíciode suas atribuições;IV - (VETADO);

    V - requerer aos órgãos públicos os serviçosnecessários ao cumprimento de diligências ouà realização de vistorias, exames ou inspeções

    http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Constituicao/Constituicao.htm#art34viibhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Constituicao/Constituicao.htm#art34viibhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Constituicao/Constituicao.htm#art34viibhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Constituicao/Constituicao.htm#art34viibhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Constituicao/Constituicao.htm#art34viibhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Constituicao/Constituicao.htm#art34viibhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Constituicao/Constituicao.htm#art34viibhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Constituicao/Constituicao.htm#art34viibhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Constituicao/Constituicao.htm#art34viibhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Constituicao/Constituicao.htm#art34viib

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    e ter acesso a bancos de dados de caráterpúblico ou relativo a serviços de relevânciapública.

    CAPÍTULO IIIDAS SANÇÕES E DOS CRIMES

     Art. 6o  Constituem sanções a serem aplicadaspelo CNDH:I - advertência;II - censura pública;III - recomendação de afastamento de cargo,função ou emprego na administração públicadireta, indireta ou fundacional da União,Estados, Distrito Federal, Territórios e

    Municípios do responsável por conduta ousituações contrárias aos direitos humanos;IV - recomendação de que não sejamconcedidos verbas, auxílios ou subvenções aentidades comprovadamente responsáveis porcondutas ou situações contrárias aos direitoshumanos.§ 1o  As sanções previstas neste artigo serãoaplicadas isolada ou cumulativamente, sendocorrespondentes e proporcionais às ações ouomissões ofensivas à atuação do CNDH ou àslesões de direitos humanos, consumadas outentadas, imputáveis a pessoas físicas ou jurídicas e a entes públicos ou privados.§ 2o  As sanções de competência do CNDHtêm caráter autônomo, devendo ser aplicadasindependentemente de outras sanções denatureza penal, financeira, política,administrativa ou civil previstas em lei.§ 3o  (VETADO).

    CAPÍTULO IVDA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

     Art. 7o  São órgãos do CNDH:I - o Plenário;II - as Comissões;III - as Subcomissões;IV - a Secretaria Executiva.

     Art. 8o  O Plenário reunir-se-á:I - ordinariamente, por convocação doPresidente, na forma do regimento interno;II - extraordinariamente, por iniciativa doPresidente ou de 1/3 (um terço) dos membros

    titulares.

    § 1o  O Vice-Presidente poderá convocarreuniões ordinárias do Plenário, na hipótese deomissão injustificável do Presidente quanto a

    essa atribuição.§ 2o  O Plenário poderá reunir-se, com ummínimo de 1/3 (um terço) dos conselheirostitulares, para tratar de assuntos que nãoexijam deliberação mediante votação.§ 3o  As resoluções do CNDH serão tomadaspor deliberação da maioria absoluta dosconselheiros.§ 4o  Em caso de empate, o Presidente terá ovoto de qualidade.§ 5o  O Plenário poderá nomear consultores adhoc, sem remuneração, com o objetivo de

    subsidiar tecnicamente os debates e osestudos temáticos.

     Art. 9o  As Comissões e as Subcomissõesserão constituídas pelo Plenário e poderão sercompostas por conselheiros do CNDH, portécnicos e profissionais especializados e porpessoas residentes na área investigada, nascondições estipuladas pelo regimento interno.Parágrafo único. As Comissões e asSubcomissões, durante o período de suavigência, terão as prerrogativas estabelecidasno art. 5o.

     Art. 10. Os serviços de apoio técnico eadministrativo do CNDH competem à suaSecretaria Executiva, cabendo-lhe, ainda,secretariar as reuniões do Plenário eprovidenciar o cumprimento de suas decisões.Parágrafo único. (VETADO).

     Art. 11. O Departamento de Polícia Federal doMinistério da Justiça designará e capacitará

    delegados, peritos e agentes para oatendimento das requisições do CNDH,objetivando o necessário apoio às suas açõesinstitucionais e diligências investigatórias.

     Art. 12. (VETADO).

    CAPÍTULO VDISPOSIÇÕES FINAIS

     Art. 13. O exercício da função de conselheirodo CNDH não será remunerado a qualquer

    título, constituindo serviço de relevanteinteresse público.

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     Art. 14. As despesas decorrentes dofuncionamento do CNDH correrão à conta dedotação própria no orçamento da União.

     Art. 15. O CNDH elaborará o seu regimentointerno no prazo de 90 (noventa) dias.

     Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de suapublicação.

     Art. 17. Revogam-se as Leis nºs 4.319, de 16de março de 1964, e 5.763, de 15 de novembrode 1971. 

    Brasília, 2 de junho de 2014; 193o da

    Independência e 126o da República.

    AÇÃO CIVIL PÚBLICA

    LEI Nº 12.966, DE 24 ABRIL DE 2014.

    Altera a Lei no 7.347, de 24 de julhode 1985 (Lei da Ação Civil Pública),para incluir a proteção à honra e àdignidade de grupos raciais, étnicosou religiosos.

    A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saberque o Congresso Nacional decreta e eusanciono a seguinte Lei:

     Art. 1o  Esta Lei inclui na Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985 (Lei da Ação Civil Pública), aproteção à honra e à dignidade de gruposraciais, étnicos ou religiosos.

     Art. 2o O caput do art. 1o  da Lei no  7.347, de

    1985, passa a vigorar acrescido do seguinteinciso VII:

    “Art. 1o  ................................................................

    VII  – à honra e à dignidade de grupos raciais,étnicos ou religiosos................................................................... ” (NR) 

     Art. 3o O art. 4o da Lei no 7.347, de 1985, passaa vigorar com a seguinte redação:

    “ Art. 4o Poderá ser ajuizada ação cautelar paraos fins desta Lei, objetivando, inclusive, evitar odano ao meio ambiente, ao consumidor, à

    honra e à dignidade de grupos raciais, étnicosou religiosos, à ordem urbanística ou aos bense direitos de valor artístico, estético, histórico,turístico e paisagístico.” (NR) 

     Art. 4o  A alínea “b” do inciso V do caput do art.5o  da Lei no  7.347, de 1985, passa a vigorarcom a seguinte redação:

    “Art. 5o  ...............................................................

    V - ......................................................................

    b) inclua, entre as suas finalidadesinstitucionais, a proteção ao meio ambiente, aoconsumidor, à ordem econômica, à livreconcorrência, aos direitos de grupos raciais,étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico,estético, histórico, turístico e paisagístico.

    .................................................................. ” (NR) 

     Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de suapublicação.

    LEI Nº 13.004, DE 24 JUNHO DE 2014.

    Altera os arts. 1o, 4o e 5o da Leino 7.347, de 24 de julho de 1985,para incluir, entre as finalidadesda ação civil pública, a proteçãodo patrimônio público e social.

    A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saberque o Congresso Nacional decreta e eu

    sanciono a seguinte Lei: Art. 1o  Os arts. 1o, 4o e 5o da Lei no 7.347, de24 de julho de 1985, passam a vigorar com asseguintes alterações:

    “Art. 1o  ...............................................................

    VIII – ao patrimônio público e social................................................................... ” (NR) 

    “Art. 4o Poderá ser ajuizada ação cautelar para

    os fins desta Lei, objetivando, inclusive, evitardano ao patrimônio público e social, ao meioambiente, ao consumidor, à honra e à

    http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1950-1969/L4319.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1950-1969/L4319.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1950-1969/L4319.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1950-1969/L4319.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1970-1979/L5763.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1970-1979/L5763.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1970-1979/L5763.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1970-1979/L5763.htmhttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.966-2014?OpenDocumenthttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htm#art1viihttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htm#art1viihttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htm#art1viihttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htm#art4..http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htm#art4..http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htm#art4..http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htm#art4..http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htm#art5vb.http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htm#art5vb.http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.004-2014?OpenDocumenthttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htmhttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.004-2014?OpenDocumenthttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htm#art5vb.http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htm#art4..http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htm#art1viihttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L7347orig.htmhttp://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.966-2014?OpenDocumenthttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1970-1979/L5763.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1970-1979/L5763.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1950-1969/L4319.htmhttp://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/1950-1969/L4319.htm

  • 8/16/2019 Aula 03 Material II.pdf

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    OAB 1º FASE XV EXAMEDIREITO HUMANO

    FLAVIA BAHIA

    dignidade de grupos raciais, étnicos oureligiosos, à ordem urbanística ou aos bens edireitos de valor artístico, estético, histórico,

    turístico e paisagístico.” (NR) 

    “Art. 5o  ..............................................................

    V - .....................................................................

    b) inclua, entre suas finalidades institucionais, aproteção ao patrimônio público e social, aomeio ambiente, ao consumidor, à ordemeconômica, à livre concorrência, aos direitos degrupos raciais, étnicos ou religiosos ou aopatrimônio artístico, estético, histórico, turístico

    e paisagístico.

    .................................................................. ” (NR) 

     Art. 2o Esta Lei entra em vigor após decorridos60 (sessenta) dias de sua publicação oficial.

    Brasília, 24 de junho de 2014; 193o daIndependência e 126o da República.

    Valores e Princípios

    •  Paz, Segurança e Desarmamento•  Desenvolvimento e Erradicação daPobreza•  Protegendo nosso Ambiente Comum•  Direitos Humanos, Democracia e BoaGovernança•  Protegendo os Vulneráveis•  Indo ao encontro das NecessidadesEspeciais da África•  Reforçando as Nações Unidas

    Os líderes definiram alvos concretos, como:

    Reduzir para metade a percentagem de

    pessoas que vivem na pobreza extrema,fornecer água potável e educação a todos,inverter a tendência de propagação doVIH/SIDA e alcançar outros objetivos nodomínio do desenvolvimento. Pediram oreforço das operações de paz das NaçõesUnidas, para que as comunidades vulneráveispossam contar conosco nas horas difíceis. Epediram-nos também que combatêssemos ainjustiça e a desigualdade, o terror e o crime, eque protegêssemos o nosso patrimóniocomum, a Terra, em benefício das gerações

    futuras.

    Na Declaração, os dirigentes mundiais deramindicações claras sobre como adaptar aOrganização ao novo século. Estãopreocupados  –  aliás, justamente  –  com aeficácia da ONU. Querem ação e, acima detudo, resultados.