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Língua Portuguesa para o ICMS/SP Questões comentadas da FCC Prof. Fernando Pestana Aula 04 Prof. Fernando Pestana www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 66 AULA 04: Sintaxe da Oração e do Período SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA 1- Questões da FCC 02 2- Gabarito Comentado 19 Salve, salve, meus alunos inquietos! Como hoje estou me sentindo um poeta, abrirei com a maior cara de pau um poema cheio de sintaxe na verve, do saudoso Paulo Leminski: O assassino era o escriba Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito Inexistente. Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular com um paradigma da 1ª conjugação. Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto. Casou com uma regência. Foi infeliz. Era possessivo como um pronome. E ela era bitransitiva. Tentou ir para os EUA. Não deu. Acharam um artigo indefinido em sua bagagem. A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conetivos e agentes da passiva, o tempo todo. Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça. Muito bom, não é!? Galera, na boa, sintaxe é um dos assuntos mais difíceis da língua portuguesa (quando um assunto não é difícil? (rs)). Principalmente orações. Precisarei, já que é um curso de exercícios, de um pouco de sua bagagem gramatical, ok? Não privarei ninguém de informação relevante nos comentários, está certo? Portanto, relax, e venha comigo! Com sangue nos olhos! Sem mais, curta a aula de hoje!

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AULA 04: Sintaxe da Oração e do Período

SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA 1- Questões da FCC 02 2- Gabarito Comentado 19

Salve, salve, meus alunos inquietos! Como hoje estou me sentindo um poeta, abrirei com a maior cara de pau um poema cheio de sintaxe na verve, do saudoso Paulo Leminski:

O assassino era o escriba

Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito Inexistente.

Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular com um paradigma da 1ª conjugação.

Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito

assindético de nos torturar com um aposto. Casou com uma regência.

Foi infeliz. Era possessivo como um pronome.

E ela era bitransitiva. Tentou ir para os EUA.

Não deu. Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.

A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conetivos e agentes da passiva, o tempo todo.

Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça. Muito bom, não é!? Galera, na boa, sintaxe é um dos assuntos mais difíceis da língua portuguesa (quando um assunto não é difícil? (rs)). Principalmente orações. Precisarei, já que é um curso de exercícios, de um pouco de sua bagagem gramatical, ok? Não privarei ninguém de informação relevante nos comentários, está certo? Portanto, relax, e venha comigo! Com sangue nos olhos!

Sem mais, curta a aula de hoje!

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Questões da FCC Como de costume, vou comentar apenas as alternativas relativas à aula de hoje. Precisamos de foco! As últimas questões são de concursos recentes!

Boa resolução para você! FCC – TRE/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 1- O termo sublinhado em Sabe-se quão barbaramente os ingleses subjugaram os hindus exerce a função de ......, a mesma função sintática que é exercida por ...... na frase Cometeram-se incontáveis violências contra os hindus. Preenchem corretamente as lacunas do enunciado acima, respectivamente: (A) objeto direto - os hindus (B) sujeito - os hindus (C) sujeito - violências (D) agente da passiva - os hindus (E) agente da passiva – violências FCC – TRE/AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 2- Mas o sistema, por muito tempo restrito apenas à tela grande, estendeu-se progressivamente, com o desenvolvimento das indústrias culturais, a outros domínios, ligados primeiro aos setores do espetáculo, da televisão, do show business. Na frase acima, o segmento destacado equivale a: (A) por conta de ter ficado muito tempo restrito. (B) ainda que tenha ficado muito tempo restrito. (C) em vez de ter ficado muito tempo restrito. (D) ficando há muito tempo restrito. (E) conforme tendo ficado muito tempo restrito. 3- A extensão do star-system não se dá sem uma forma de banalização ou mesmo de degradação − da figura pura da estrela, trazendo consigo uma imagem de eternidade, chega-se à vedete do momento, à figura fugidia da celebridade do dia; do ícone único e insubstituível, passa-se a

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uma comunidade internacional de pessoas conhecidas, “celebrizadas”, das quais revistas especializadas divulgam as fotos, contam os segredos, perseguem a intimidade. Considerado o fragmento acima, em seu contexto, é correto afirmar: (A) A expressão ou mesmo indica que os autores atribuem à palavra degradação um sentido de rebaixamento mais intenso do que atribuem à palavra banalização. (B) A substituição de não se dá sem uma forma de banalização por “procede de um tipo de atitude trivial” mantém o sentido original. (C) A forma trazendo expressa, na frase, sentido de condicionalidade, equivalendo a “se trouxer”. (D) O contexto exige que se compreendam os segmentos da figura pura da estrela e do ícone único e insubstituível como expressões de sentidos opostos. (E) A substituição de das quais por “cujas” mantém a correção e o sentido originais. FCC – TRE/RN – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 4- Mal sugeria imagem de vida (Embora a figura chorasse). É correto afirmar que a frase entre parênteses tem sentido (A) adversativo (B) concessivo (C) conclusivo (D) condicional (E) temporal FCC – NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO – CONTADOR – 2011 5- Na frase No caso dos donos do mundo, não se devem esperar exames de consciência mais profundos, é correto afirmar que (A) a construção verbal é um exemplo de voz ativa. (B) a partícula se tem a mesma função que em E se ela não vier? (C) a forma plural devem concorda com exames. (D) ocorre um exemplo de indeterminação do sujeito. (E) a expressão donos do mundo leva o verbo ao plural. FCC – TRT/MT (23R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 6- Destes proviriam as pistas que indicariam o caminho ...

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O verbo empregado no texto que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está também grifado em: (A) ... a principal tarefa do historiador consistia em estudar possibilidades de mudança social. (B) Os caminhos institucionalizados escondiam os figurantes mudos e sua fala. (C) Enfatizava o provisório, a diversidade, a fim de documentar novos sujeitos ... (D) ... sociabilidades, experiências de vida, que por sua vez traduzissem necessidades sociais. (E) Era engajado o seu modo de escrever história. 7- Quando a bordo, e por não poderem acender fogo, os viajantes tinham de contentar-se, geralmente, com feijão frio, feito de véspera. Identificam-se nos segmentos grifados na frase acima, respectivamente, noções de (A) modo e consequência. (B) causa e concessão. (C) temporalidade e causa. (D) modo e temporalidade. (E) consequência e oposição. FCC – BB – ESCRITURÁRIO – 2011 8- A interiorização das universidades federais e a criação de novos institutos tecnológicos também mudam a cara do Nordeste... (3º parágrafo) O mesmo tipo de complemento grifado acima está na frase: (A) ... que mexeram com a renda ... (B) ... que mais crescem na região. (C) ... que movimentam milhões de reais ... (D) A outra face do "novo Nordeste" está no campo. (E) ... onde as condições são bem menos favoráveis ... 9- Na iminência de um temporal, o enorme tronco, que armazena grande quantidade de líquido, dá uma descarga de água para as raízes – resultado da variação atmosférica. (2º parágrafo) O sentido do trecho grifado acima está reproduzido com outras palavras em: (A) Quando se aproxima uma tempestade ...

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(B) Com a força destruidora das águas ... (C) Para que o temporal venha com força ... (D) Desde que venha a cair uma forte chuva ... (E) Depois de uma forte tempestade ... FCC – DPE/RS – DEFENSOR PÚBLICO – 2011 10- Das expressões em negrito, SOMENTE uma exerce a função de complemento. (A) ... caso de assassinato que o havia atormentado ...(linha 2) (B) ... 20 anos após o crime, o julgamento ... (linha 31) (C) Foi assim que o Departamento de Justiça Criminal ... (linha 48) (D) ... esperança de ver os assassinos de... (linha 53) (E) ... comprometimento em prender os homens... (linhas 58 e 59) 11- A palavra pronunciamento (Em pronunciamento ao conselho diretor do Wall Street Journal...) é transitiva e exige (A) complemento nominal. (B) objeto indireto. (C) objeto direto. (D) adjetivo. (E) predicativo do sujeito. 12- O conetivo e (Gates afirmou ser importante usar outros meios para convencer o Irã a não procurar ter armas nucleares e repetiu as suas preocupações de que ações militares somente iriam retardar...) está ligando (A) dois verbos intransitivos. (B) dois verbos transitivos indiretos. (C) um verbo transitivo direto e outro indireto. (D) dois verbos transitivos. (E) dois verbos circunstanciais. 13- O fragmento frasal de que ações militares somente iriam retardar (... repetiu as suas preocupações de que ações militares somente iriam retardar) é ...... do substantivo preocupações (linha 9). Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto acima. (A) complemento verbal (B) complemento nominal oracional (C) adjunto verbal (D) adjunto nominal (E) complemento prepositivo-verbal

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Leia o texto para a questão 14

14- O par gramatical que NÃO desempenha a mesma função sintática é a expressão (A) para nas linhas 3 e 8. (B) o nas linhas 2 (o primeiro) e 11. (C) o nas linhas 2 (o segundo) e 4. (D) e nas linhas 2 e 9. (E) a nas linhas 2 e 8. FCC – TRE/TO – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 15- A principal delas é a reconstrução de cinco estações de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros. O segmento grifado na frase acima tem sentido (A) adversativo. (B) de consequência. (C) de finalidade. (D) de proporção. (E) concessivo. FCC – TRE/AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2010 16- A República criou o brasileiro genérico e abstrato. (2º parágrafo) O mesmo tipo de complemento verbal grifado acima está na frase:

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(A) ... esse esporte assumiu entre nós funções sociais extrafutebolísticas ... (B) ... respondem por sua imensa popularidade. (C) O advento do futebol entre nós coincidiu com a busca de identidades reais ... (D) ... a vida recomeça continuamente ... (E) ... os 22 jogadores não atuavam como dois times de 11 ... FCC – TRF (4R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2010 17- Está correta a indicação, entre parênteses, da função exercida pelo elemento sublinhado em: (A) é um exemplo corriqueiro do poder das palavras (qualificativo de corriqueiro). (B) Graciliano Ramos, no romance Vidas Secas, tratou a fundo dessa questão (aposto de Graciliano Ramos). (C) O narrador desse romance é um escritor ultraconsciente de seu ofício (complemento de ultraconsciente). (D) um falante carrega consigo o prestígio ou a humilhação (sujeito composto). (E) mas também o acesso à sua mais alta representação (locução concessiva, equivalente a ainda assim). FCC – TJ/PI – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2010 Leia o texto

(...) Dada a extrema desigualdade no perfil brasileiro de distribuição de

renda, os bons e os maus caminhos bifurcam-se logo adiante. Por um lado, por si só a megamobilidade social a que fizemos referência implica redução das desigualdades de renda. Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda. (...) (Amaury de Souza e Bolívar Lamounier. O Estado de S. Paulo, Aliás, J5, 7 de fevereiro de 2010, com adaptações) 18- Considerando-se o 3º parágrafo do texto, está INCORRETO o que se afirma em: (A) A noção transmitida pelo segmento grifado em Dada a extrema desigualdade no perfil brasileiro de distribuição de renda permanecerá a mesma se ele for substituído por Devido à extrema desigualdade.

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(B) As expressões os bons e os maus caminhos referem- se, respectivamente, à redução das diferenças sociais e aos riscos de que tais avanços se tornem insustentáveis. (C) Substituindo-se o segmento grifado em por si só a megamolibidade social (...) implica redução por os resultados da megamobilidade social, as palavras só e implica deverão ir para o plural, em respeito às normas de concordância. (D) Os substantivos estagnação e regressão, mesmo distantes por conta da articulação de frases no período, constituem o complemento exigido pelo verbo significa. (E) O segmento grifado na expressão na tendência de melhora na distribuição de renda é exemplo de complemento verbal, no caso, completando o sentido do verbo dependendo. FCC – CASA CIVIL – EXECUTIVO PÚBLICO – 2010 Leia o fragmento do texto Quando há o suficiente, não é preciso mais. (...) Indagado sobre o conselho que daria aos seus concidadãos, respondeu: “Gastem”.

Gastem. Foi o que os novaiorquinos e o resto do país fizeram. De 2001 até 2008, a dívida média no cartão de crédito de um lar norte-americano triplicou. “Nada nunca é suficiente no atual sistema”, disse Michael Moore no Festival de Cinema de Toronto, em 2009.

OK, o diretor estava promovendo seu filme, “Capitalismo, uma história de amor” − ele explicou o título dizendo que a história de amor é dos capitalistas com o nosso dinheiro −, e Moore é aquele que fez filmes-denúncia sobre o excesso de armas, os motivos que levaram à Guerra do Iraque etc.

Mas, e John Bogle? Ele, que criou um dos maiores fundos de investimentos do mundo, em seu livro “Enough”, defende que o “homo americanus” gasta muito e cria pouco. Estima que um terço do dinheiro que circulou nos EUA em 2007 não tinha base em nada, eram papéis de banco criados por financistas inteligentes.

(...) 19- É plausível que se entenda como expressão de condicionalidade o que está destacado em: (A) ele explicou o título dizendo que a história de amor é dos capitalistas com o nosso dinheiro [...] (B) [...] defende que o “homo americanus” gasta muito e cria pouco. (C) Quando há o suficiente, não é preciso mais. (D) Indagado sobre o conselho que daria aos seus concidadãos [...] (E) [...] respondeu: “Gastem”.

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FCC – TRT/SE (20R) – TÉCNICO JUDICÁRIO – 2010 20- Uma pesquisa recente de um grupo de arqueólogos alemães confirma a antiguidade da família nuclear entre humanos. (2º parágrafo) A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é: (A) Várias hipóteses apontam nesse sentido. (B) ... geravam mais descendentes que os aventureiros ... (C) ... em que os animais andam em bandos ... (D) ... que datam de 4.600 anos atrás ... (E) ... de que a família nuclear era uma instituição apenas cultural. 21- Identifica-se relação de causa e consequência, respectivamente, em: (A) A ocupação do cerrado por agricultores provenientes de outras áreas - principalmente do Sul - intensificou- se nessa mesma época. (B) Com o abandono do controle de preços, a transformação da agropecuária acelerou-se nos anos 90 e o Brasil pôde firmar sua posição como grande exportador. (C) Já era o maior exportador mundial de café, mas até há uns 20 anos a maior parte de sua produção agropecuária era menos competitiva que a das principais potências produtoras. (D) Mas, apesar das condições favoráveis criadas pela demanda em rápida expansão, houve uma dura concorrência entre os grandes produtores. (E) A competição foi distorcida pelos subsídios e pelos mecanismos de proteção adotados no mundo rico e, em menor proporção, em algumas economias emergentes. FCC – TRT/MA (16R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2009 22- Ao falarem de chuva ... (3º parágrafo) A frase acima está corretamente transcrita, sem alteração do sentido original, em: (A) Quando falam de chuva ... (B) À medida que falam de chuva ... (C) Como falam de chuva ... (D) Visto que falam de chuva ... (E) Conquanto falem de chuva ... 23- O vapor liberado pela transpiração das árvores sobe na atmosfera.

O vapor encontra camadas de ar frio.

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O vapor se condensa e forma as nuvens. As frases acima encontram-se articuladas em um único período, com clareza, correção e lógica, em: (A) O vapor, quando vai subindo na atmosfera com o vapor da transpiração das árvores, vão encontrar camadas de ar frio se condensando e formando as nuvens. (B) A fim de ser liberado pela transpiração das árvores, o vapor que se condensa formando as nuvens, quando encontra camadas de ar frio na atmosfera. (C) Ao subir na atmosfera, o vapor liberado pela transpiração das árvores encontra camadas de ar frio e se condensa, formando as nuvens. (D) O vapor que encontra camadas de ar frio se condensa e formam as nuvens, quando é liberado pela transpiração das árvores, subindo na atmosfera. (E) O vapor se condensa formando as nuvens, sendo liberado pela transpiração das árvores que sobem na atmosfera, com as camadas de ar frio. 24- Na indústria da saúde destacamos uma extensa e diversificada cadeia de fornecedores ... (3º parágrafo) A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é: (A) ... melhor atender a suas especificidades ... (B) ... são também importantes os estímulos ... (C) Todas essas palavras de ordem remetem a uma ideia central ... (D) ... a influir sobre as decisões de compra. (E) ... a despertar o interesse de pesquisadores ... FCC – TRT/CE (7R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2009 25- Representam-se uma causa e seu efeito, respectivamente, na relação estabelecida entre estes segmentos: (A) Para ele, trabalho não era opção para as crianças / o debate continua (1º parágrafo). (B) A favor do trabalho infantil / estão aqueles que preferem evitar o mal maior (2º parágrafo). (C) Caberiam aos pais (...) / as providências para que se poupassem as crianças de qualquer outra atividade (3º parágrafo). (D) (...) A tragédia dos menores abandonados é de tal ordem / que faz pensar na abrangência das propostas de Darcy Ribeiro (4º parágrafo). (E) não é um retorno ao passado / é buscar atender as necessidades de um melhor futuro (4º parágrafo).

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26- Mas enquanto o sonho de Darcy não se torna realidade, o debate continua. Os termos sublinhados exercem na frase acima a mesma função sintática do termo sublinhado em: (A) Ainda temos muito a caminhar. (B) Para ele, trabalho não era opção para as crianças. (C) Caberiam aos pais as providências (....) (D) Ainda que a escola não venha a suprir a necessidade (...) (E) A tragédia dos menores abandonados é de tal ordem (...) FCC – TRT/MG (3R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2009 27- A frase em que ambos os elementos sublinhados constituem exemplos de uma mesma função sintática é: (A) Aos irmãos Vilas-Boas coube levar adiante, da melhor maneira possível, a missão que lhes foi confiada. (B) Respeitar a cultura do outro deveria ser uma obrigação para quem dispõe da superioridade das armas. (C) “Selvageria” vem entre aspas para deixar claro que esse termo não condiz com a situação analisada no texto. (D) O chefe indígena não hesitou em recusar os presentes que lhe foram oferecidos. (E) Os irmãos Vilas-Boas desempenharam um papel fundamental nas primeiras aproximações com grupos indígenas. 28- Identifica-se relação de causa e consequência, respectivamente, no segmento: (A) A consciência de pertencer a determinada comunidade camponesa (...) ficou esmagada pelo conceito de cidadania... (B) Novos recortes surgiram (...), mas tão maleáveis e mutáveis que não substituíram todas as funções sociais e psicológicas do velho sentimento grupal. (C) Sem dúvida o sentimento tribal é muito forte, acompanha o indivíduo por toda vida e mesmo além dela. (D) Não é descabido, portanto, falar em tribo no futebol, porém não parece a melhor opção. (E) O clã tem base territorial, mas quando precisa mudar de espaço (jogar em outro estádio) não se descaracteriza. 29- O sucesso da democracia nas sociedades industriais trouxe inegáveis benefícios a amplos setores antes excluídos... (início do texto) O mesmo tipo de complemento grifado acima NÃO ocorre APENAS em: (A) da tomada de decisões.

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(B) a perda de identidades grupais. (C) pelo conceito de cidadania. (D) um mundo de tribos. (E) no conhecimento do torcedor comum. 30- ... que prevalece no conhecimento do torcedor comum sobre os dados históricos. (3º parágrafo) A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é: (A) ... que homogeneíza todos os indivíduos. (B) ... o sentimento tribal é muito forte ... (C) ... acompanha o indivíduo por toda vida ... (D) ... que (...) participam no rito das danças guerreiras. (E) ... e estão espalhados por vários locais. FCC – TRT/MG (3R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2009 31- Elas jogam milhões de toneladas de sedimentos no rio, inviabilizando sua navegabilidade. (4º parágrafo) A oração grifada acima denota, considerando-se o contexto, (A) causa. (B) ressalva. (C) consequência. (D) temporalidade. (E) proporcionalidade. FCC – TRT/MA (16R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2009 32- Na frase Mas aqui surge outro problema, o termo em destaque exerce a mesma função sintática que o termo sublinhado em: (A) Não, não sou um conservador reacionário. (B) Tivemos tempo suficiente para ver quanto podia durar um disco de vinil (...) (C) (...) as fitas de vídeo perdem as cores e a definição com facilidade. (D) Um congresso recente, em Veneza, dedicou-se à questão da efemeridade dos suportes de informação (...) (E) Sabemos que todos os suportes mecânicos, elétricos ou eletrônicos, são rapidamente perecíveis (...) 33- Considerando-se o contexto, constituem uma causa e seu efeito, nesta ordem, os segmentos destacados em:

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(A) (...) que será altamente apreciado // por quantos se interessem por essa cultura tão especial (...) (B) (...) uma pessoa está acostumada // com o que é prescrito de maneira tirânica (...) (C) Nem podia ser de outro modo, // porque o mundo em geral está mudando depressa demais. (D) (...) hoje a mudança é tão rápida // que o termo está saindo das expressões de todo dia (...) (E) (...) conhecemos não praticadas por caipiras, // mas por gente que finge de caipira (...) FCC – OFICIAL DE CHANCELARIA – 2009 Texto I O texto abaixo foi extraído de correspondência do renomado escritor norte-americano Norman Mailer endereçada ao crítico literário Peter Balbert.

1º de fevereiro de 1998

Caro Peter,

Entre as coisas que temos em comum está a depressão cultural. Reflito sobre a minha vida, especialmente depois de ter completado cinquenta anos de literatura, e sinto que todas as coisas pelas quais trabalhei e lutei estão em decadência. O que antes eu via como o inimigo e, com grande otimismo, como o inimigo que haveria de ser derrotado, acabou na verdade por nos vencer. [...]

A questão diante de nós dois é: onde está a culpa? Estava em nós? Por nunca termos feito o suficiente, por mais que achássemos que sim? Ou estará na abstração que chamamos de “natureza humana”? Teremos ajustado as nossas crenças a um conceito de homens e mulheres que não se adequava aos fatos rasteiros?

Às vezes me pergunto se isso não será puro elitismo de minha parte, e se a verdadeira premissa da democracia, a de que os sem-banho tenham acesso a sabonete barato, desodorante e roupas de plástico, como um dos degraus da escalada a um nível mais alto, não seria o que está acontecendo. Ou se, como temo, estaremos caindo numa sociedade do homem e da mulher medíocres onipresentes, governados por altas mediocridades. [...]

Tudo de bom, Norman Mailer.

(Adaptado de Cartas Políticas, O mundo nas cordas, revista Piauí, 27, p.32)

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34- (ADAPTADA) Tendo em vista o contexto, a alternativa correta acerca de recurso linguístico explorado na carta é: (A) A expressão Ou se, por introduzir conteúdo adicional à sequência de questionamentos que inicia o parágrafo, pode ser substituído por “E, ainda, se”, preservando o sentido original. (B) Os fragmentos por nos vencer e por altas mediocridades exercem idêntica função sintática. (C) Por remeter a termos antecedentes, sim pode dar lugar a “era o suficiente”. (D) A ordem dos termos na coordenação do homem e da mulher expõe restrições do autor quanto à igualdade entre os gêneros. (E) Em O que antes eu via como o inimigo, os itens destacados indicam que o autor havia se equivocado em sua percepção anterior, isto é, que não se tratava de um inimigo. Texto II O ataque cético à cientificidade das narrações históricas insistiu em seu caráter subjetivo, que as assimilaria às narrações ficcionais. As narrações históricas não falariam da realidade, mas sim de quem as construiu. Inútil objetar que um elemento construtivo está presente em certa medida até nas chamadas ciências “duras”: mesmo estas foram objeto de uma crítica análoga [...]. Falemos, então, de historiografia. Que ela [tem] um componente subjetivo [...] é sabido; mas as conclusões radicais que os céticos tiraram desse dado concreto não levaram em conta uma mudança fundamental mencionada por Bloch nas suas reflexões metodológicas póstumas. “Hoje [1942-3]..., até mesmo nos testemunhos mais resolutamente voluntários”, escrevia Bloch, “aquilo que o texto nos diz já não constitui o objeto preferido de nossa atenção.” As Mémoires de Saint-Simon ou as vidas dos santos da alta Idade Média nos interessam (continuava Bloch) não tanto por suas referências aos dados concretos, volta e meia inventados, mas pela luz que lançam sobre a mentalidade de quem escreveu esses textos. “Na nossa inevitável subordinação ao passado, nós nos emancipamos, ao menos no sentido de que, embora permanecendo condenados a conhecê-lo exclusivamente com base em seus rastros, conseguimos, todavia, saber bem mais a seu respeito do que ele resolvera nos dar a conhecer”. E concluía: “Olhando bem, trata-se de uma grande revanche da inteligência sobre o mero dado concreto”. (GINZBURG, Carlo. O fio e os rastros: verdadeiro, falso, fictício (Introdução). São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 9) 35- É correto afirmar que, no excerto, (A) o enunciado “aquilo que o texto nos diz já não constitui o objeto preferido de nossa atenção” contém pressuposto introduzido pelo advérbio já. (B) o autor deixa que o leitor tenha acesso à voz de Saint-Simon, ao lado da sua própria e da de Bloch.

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(C) as ideias de Bloch vêm exclusivamente incorporadas à voz de Carlo Ginzburg, que não permite ao leitor entrar em contato direto com as formulações do estudioso que ele cita. (D) o enunciado Falemos, então, de historiografia revela que o autor, por carência de um único argumento que seja, não ousa debater em outro campo que não o da história. (E) o enunciado Que ela tem um componente subjetivo é sabido é exemplo de frase truncada, em que faltam elementos sintáticos essenciais à expressão de um sentido completo, só apreensível com o apoio do contexto. FCC – MPE/RS – SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS – 2008 36- O velho gaúcho foi ajudar, no posto mais próximo do hotel em que se hospedara, o serviço de assistência aos desabrigados pelo temporal. A função sintática do termo grifado acima é a mesma do termo, também grifado, da frase: (A) ... quando um mais afobado desanda a correr pelo pátio ... (B) Como tem prática de campo e prática de cidade ... de repressão a contrabando ... (C) ... propõe, de saída, a divisão dos serviços em setores bem caracterizados ... (D) ... mas tudo se resolve com bom humor. (E) Nomeia o rapazinho seu ajudante-de-ordens ... 37- Suspende no ar o garotinho ... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está na frase: (A) ... bota a mão no ombro do voluntário insofrido ... (B) ... pra que vá mais ligeiro? (C) ... porque ficou idiotizado de terror ... (D) O regalo é um reloginho de pulso ... (E) ... como se fosse mágico. FCC – MPE/RS – ASSESSOR – 2008 38- São exemplos de uma mesma função sintática os elementos sublinhados em: (A) A biologia estuda todos os seres vivos e não explica a origem mesma da vida (...) (B) Ainda outro dia manifestava eu a convicção de que Beethoven é infinitamente superior a uma tartaruga (...)

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(C) Ao fim da discussão, parecíamos empatados (...) (D) Para não perder em definitivo a autoridade, sugeri ainda que o vinho que eu lhe oferecera (...) (E) O vinho (...) propiciava um deleite físico e espiritual de que seria incapaz uma borboleta. Leia o texto

39- Na abertura do segundo parágrafo, o segmento E a conversa prosseguiu nesse compasso ressalta o fato de que o andamento do diálogo se dava conforme indica o paralelismo sintático das formas (A) tentando eu / ele (...) descrevendo. (B) me valer / coisas que tais. (C) se contrapunha / descrevendo. (D) me valer / tentando eu. (E) se contrapunha / táticas de sobrevivência. FCC – TRT/SP (2R) – TÉCNICO JUDIICÁRIO – 2008 40- Desde cedo, a cidade teve o mérito de dar ao homem a possibilidade de evoluir além da luta pela sobrevivência pura e simples. (2º parágrafo) Considerando-se a estrutura sintática do período acima, é INCORRETO afirmar: (A) O sujeito comum a todas as orações do período é a cidade.

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(B) O termo luta exige um complemento nominal, expresso em pela sobrevivência pura e simples. (C) Há duas orações subordinadas, equivalentes a substantivos, com seus verbos no infinitivo. (D) O verbo dar exige dois tipos de complementos, ambos expressos na oração em que ele se encontra. (E) Têm a mesma função sintática, nas orações em que se encontram, os termos o mérito e a possibilidade. FCC – TRT/GO (18R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2008 41- (adaptada) O Brasil é um dos países mais preparados para responder aos desafios da crise gerada pela alta de preços dos alimentos. A agricultura brasileira pode produzir mais e atender à demanda crescente de comida, devida principalmente à expansão econômica de grandes países emergentes e à incorporação de grandes massas de consumidores. Assim, a procura de alimentos de origem animal cresceu naqueles países e criou um desafio para os produtores e também para os plantadores de soja e de cereais usados na fabricação de rações. Está INCORRETO o que se afirma em: (A) Trata-se de um período composto por três orações coordenadas entre si. (B) Há um só sujeito comum para os verbos cresceu e criou. (C) A expressão naqueles países refere-se aos grandes países emergentes, citados anteriormente. (D) A oração usados na fabricação de rações tem sentido equivalente a "que se usam na fabricação de rações". (E) Os substantivos procura e fabricação exigem complementos nominais que são, respectivamente, de alimentos de origem animal e de rações. FCC – ISS/SP – AUDITOR-FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL (GESTÃO TRIBUTÁRIA) – 2012 Fragmento de texto “... o dever é restaurar a ordem antiga, apelar ao antigo conhecimento do certo e do errado, mobilizar os velhos instintos de ordem e segurança.” 42- No segundo parágrafo, (E) (linhas 11 e 12) a sequência que caracteriza o dever tem rigorosa equivalência sintática e semântica.

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FCC – TRE/SP – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2012 43- Analisando-se aspectos sintáticos de frases do texto, é correto afirmar que em (A) Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da vítima as formas verbais sublinhadas têm um mesmo sujeito. (B) todos se empenhavam no lúcido objetivo comum configura-se um caso de indeterminação do sujeito. (C) uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas a voz verbal é ativa, sendo umas bugigangas o objeto direto. (D) eu já podia recolher a minha aflição não há a possibilidade de transposição para outra voz verbal. (E) Logo uma estatal, ó céus o elemento sublinhado exerce a função de adjunto adverbial de tempo. FCC – TRF (2R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2012 44- ... uma espécie de religiosidade de resultados, que invoca as forças celestes para garantir as ambições terrenas dos fiéis. No contexto da frase acima, é correto dizer que o segmento grifado possui sentido de (A) consequência (B) finalidade (C) concessão (D) proporção (E) condição FCC – INSS – PERITO MÉDICO PREVIDENCIÁRIO – 2012 45- Identifica-se uma consequência e sua causa, respectivamente, em: (A) Há felicidade coletiva // quando são adequadamente observados os itens que tornam mais feliz a sociedade. (2º parágrafo) (B) E a sociedade será mais feliz // se todos tiverem acesso aos básicos serviços públicos de saúde... (2º parágrafo) (C) A educação, a segurança, a saúde, o lazer, a moradia e outros mais são considerados direitos fundamentais de cunho social pela Constituição // exatamente por serem essenciais ao bem-estar da população no seu todo. (5º parágrafo) (D) ... por dizer a Constituição serem os direitos sociais essenciais à busca da felicidade, // se vai, então, forçar os entes públicos a garantir condições mínimas de vida ... (3º parágrafo)

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(E) O povo pode ter intensa alegria, por exemplo, ao se ganhar a Copa do Mundo de Futebol, // mas não há felicidade coletiva, e sim bem-estar coletivo. (6º parágrafo) 46- ... frase com a menção de que são essenciais à busca da felicidade. A relação de regência exemplificada acima NÃO ocorre APENAS em: (A) a observância da felicidade coletiva. (B) acesso aos básicos serviços públicos. (C) crença na contínua evolução da sociedade. (D) a pretensão legítima ao seu atendimento. (E) dos valores de cada pessoa. 47- ... elas ainda sofrem de imensas deficiências de nutrientes ... A relação entre verbo e complemento, grifada acima, se reproduz em: (A) ... embora a maioria das pessoas consuma calorias suficientes ... (B) ... e têm pontuação mais baixa nos testes de habilidade cognitiva. (C) ... a epidemia de obesidade nos países ricos representa exatamente o problema oposto. (D) ... e muitos não obtêm esses nutrientes. (E) ... menos da metade daqueles que mais precisam deles ... FCC - TCE/SP – AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA – 2012 48- ... para que ela não interfira de forma excessiva em seus projetos. O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está em: (A) ... contra forças desconhecidas que anulam tudo aquilo ... (B) ... com as quais procuramos lidar com a realidade ... (C) ... deixando-nos desarmados e atônitos ... (D) ... de algo que está além de nossa compreensão ... (E) ... ele o convoca constantemente.

Gabarito Comentado FCC – TRE/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 1- GABARITO: C.

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Para a identificação do sujeito, há uma técnica bastante usada e que normalmente funciona: pergunta-se ao verbo “O que...?” ou “Quem...?”; daí acha-se o sujeito. Portanto, vamos aplicar: “Quem subjugou os hindus?” Resposta: os ingleses subjugaram; logo, o sujeito de ‘subjugaram’ é ‘os ingleses’. Simples, não? “O que se cometeu contra os hindus?” Resposta: incontáveis violências se cometeram; logo o sujeito de ‘Cometeram-se’ é ‘incontáveis violências’, cujo núcleo é o substantivo ‘violências’. Safo? Vale dizer que no segundo caso estamos diante de uma voz passiva sintética, em que o verbo vem acompanhado da partícula apassivadora ‘se’. Para mais detalhes, tenha agora uma breve aula sobre o assunto: O Sujeito (S)

• É o termo sobre o qual se declara alguma coisa, concordando em número e pessoa com o verbo/locução verbal.

• É o termo que normalmente pratica ou sofre a ação verbal.

• É o termo cujo núcleo pode ser um substantivo, pronome,

numeral, verbo no infinitivo ou palavra substantivada.

Ex.: Aquelas questões de sintaxe estavam muito fáceis.

Elas estavam muito fáceis.

As duas estavam muito fáceis.

Estudar é muito fácil.

Teu porquê continua sendo um mistério para mim.

Percebeu que eu coloquei em negrito o núcleo do sujeito? O núcleo é a palavra mais importante de um termo sintático; normalmente os determinantes - artigos, pronomes, numerais, adjetivos e locuções adjetivas - vêm ao redor do núcleo, formando um sintagma (grupo de palavras relacionadas).

Uma boa maneira de identificarmos o sujeito de uma oração é fazer a pergunta "o que...?" ou "quem...?" antes do verbo. Observe a primeira oração do exemplo acima: "O que estava muito fácil?", resposta: "Aquelas questões de sintaxe". Achou o sujeito!

Às vezes, a ordem da oração pode ser inversa, logo o sujeito, o qual normalmente vem antes do verbo, pode vir depois: "Estavam muito

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fáceis aquelas questões de sintaxe." Vou dizer mais, meu/minha nobre: AS BANCAS ADORAM TRABALHAR QUESTÃO COM SUJEITO EM ORAÇÕES COM A ORDEM INDIRETA. Fica ligado nisso! Vejamos agora os Tipos de Sujeito: 1) Simples: apresenta somente um núcleo; aparece explícito ou implícito (oculto). Ex.: Alguém escondeu a minha bolsa. (explícito)

A minha bolsa foi escondida. (explícito)

Escondeste a minha bolsa? (implícito/oculto) Obs.: No último exemplo, fica fácil perceber que o sujeito oculto é o 'tu', pois a desinência/terminação do verbo é de 2ª pessoa do singular, ou seja, "Tu escondeste a minha bolsa?" Cabe dizer mais uma palavrinha de cautela: se o verbo vier no imperativo, o sujeito normalmente virá implícito: "Nunca mais esconda (você) a minha bolsa!" Alguns gramáticos, como Celso Cunha, dividem o sujeito simples do sujeito oculto, daí não seriam quatro tipos, mas cinco. 2) Composto: apresenta mais de um núcleo explícito. Ex.: Ele e ela esconderam a bolsa.

Minha chave e minha bolsa foram escondidas. Obs.: Se o sujeito composto vier depois do verbo, este pode concordar com o termo mais próximo, ficando no singular: "Foi escondida minha bolsa e minha chave." 3) Indeterminado: este tipo de sujeito é interessante, pois se assemelha ao implícito/oculto; só que, apesar de o verbo indicar que houve uma ação praticada por alguém, a identidade do sujeito é desconhecida, indeterminada; existem três situações clássicas:

• Verbo na 3ª pessoa do plural sem sujeito explícito Ex.: (?) Esconderam minha bolsa. (Alguém escondeu, mas quem?)

Obs.: Em "Meus filhos João e Pedro vivem aprontando. Outra vez esconderam minha bolsa.", o verbo esconder não apresenta sujeito explícito e está na 3ª pessoa do plural, no entanto não há indeterminação do sujeito, pois o contexto indica quem são os que praticaram a ação de esconder. Logo, o sujeito do verbo esconder é oculto, e não indeterminado. Fique esperto!

• Verbo na 3ª pessoa do singular acompanhado de partícula de

indeterminação do sujeito ‘se’ (PIS), indicando uma ideia de generalização/indefinição

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Ex.: Só se é feliz neste lugar por causa de vocês. (Quem é feliz? Todos que são de lá)

Vive-se bem no Rio de Janeiro. (Quem vive? Todos que lá vivem)

Necessita-se de muita segurança lá. (Quem necessita? Todos que estão lá)

Ama-se a Deus nesta Igreja. (Quem ama? Todos que a frequentam)

Obs.: Na última frase, o sujeito só é indeterminado porque o verbo transitivo direto (VTD) está seguido de preposição!!! Falando nisso, não confunda a partícula SE (PIS) com SE (PA). A partícula apassivadora (PA) aparece com VTD sem preposição e pode-se desdobrar a oração que a contém; isso já não ocorre com o verbo com a partícula de indeterminação do sujeito (PIS).

Ex.: Vendeu-se tudo na loja. (Tudo foi vendido na loja).

Duvida-se de tudo hoje em dia. (De tudo é duvidado hoje em dia???)

• Verbo no infinitivo impessoal Ex.: É proibido entrar aqui. (Quem não pode entrar?)

Obs.: O interessante desta frase logo acima é que o sujeito do verbo ser é o verbo no infinitivo entrar, ou seja, "Entrar aqui é proibido". Sempre acho muito importante dizer que, quando o núcleo é um pronome indefinido, não há indeterminação do sujeito, ou seja, há sujeito simples nestas frases: "Quem me ligou?" "Alguém ligou, pai".

4) Oração sem sujeito (sujeito inexistente): trazem verbos impessoais, os quais não apresentam um sujeito promovendo a ação verbal; tais verbos são usados na 3ª pessoa do singular:

• Haver com sentido de existência, ocorrência ou tempo decorrido Ex.: Havia poucas pessoas aqui.

Houve duas confusões ali.

Abandonei o cigarro há um mês.

Obs.: 1- O verbo ter pode ser existencial (é coloquial neste sentido, ok?): "Terá reuniões aqui", "Tinha uma pedra no meio do caminho". 2- Lembrando que o verbo haver pode ser pessoal, ou seja, ter sujeito, se fizer parte de uma locução verbal ou se tiver outros sentidos: "Ele haveria de fazer isso", "Os rivais se houveram no ringue", "Eu me haverei bem diante dos convidados"...

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• Fazer e Estar indicando tempo ou aspectos naturais (clima). Ex.: Faz meses que não a vejo.

Aqui faz invernos rigorosos.

Estava frio naquele dia.

Obs.: Os verbos fazer e estar podem ser pessoais, ou seja, ter sujeito: "Fazem dez anos de casamento hoje os meus amigos", "Ele fez todos os exercícios", 'Vocês estão bem?"...

• Ir + para indicando tempo decorrido Ex.: Vai para dois anos que ela se casou.

Obs.: O verbo ir pode ser pessoal: "Já se foram duas horas de aula", "Ele foi à festa"...

• Passar + de indicando tempo

Ex.: Já passava das cinco horas. Obs.: Verbo passar pessoal: "Passou-se meia hora de aula", "Ele passou dez minutos aqui"...

• Bastar/Chegar + de no imperativo, indicando suficiência Ex.: Basta de tolices! Chega de problemas!

Obs.: Verbo bastar/chegar pessoal: "Quatro fatias não chegam para tua satisfação?", "Não basta ser amigo, ok?"

• Parecer/Ficar indicando tempo ou aspectos naturais

Ex.: Parecia tarde da noite.

Ficou escuro do nada. Obs.: Verbo parecer/ficar pessoal: "Todos pareciam abobalhados","Alguém ficou sem dinheiro aí?"...

• Ser indicando hora, data, distância e aspectos naturais Ex.: São três horas da madruga.

Hoje são dezoito de outubro.

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São dois quilômetros daqui a sua casa.

Já era manhã de primavera quando acordei. Obs.: O verbo ser é o único impessoal que fica no plural como vocês puderam ver!!! Verbo ser pessoal: "Ele é gente boa", "O presidente será reeleito?"...

• Verbos que indicam Fenômenos Naturais (chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer, escurecer...)

Ex.: Ventou, trovejou, choveu e depois nevou no Sul.

Obs.: Em sentido figurado, são pessoais. "O patrão escureceu de raiva", "Amanheceu um dia lindo", "Todos os dias chovem notícias tristes nos jornais"...

Todos os verbos impessoais, quando acompanhados de auxiliares, transmitem a estes sua impessoalidade, ficando no singular. Ex.: Há lanches sobre a mesa.

Deve haver lanches sobre a mesa.

Fará dias quentes em dezembro.

Vai fazer dias quentes em dezembro. (...)

FCC – TRE/AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 2- GABARITO: B. Observe a relação de concessão entre “o sistema, por muito tempo restrito apenas à tela grande” e “estendeu-se progressivamente”. A concessão carrega uma ideia de aparente impedimento de realização de outra ideia (oposição, contraste), mas que não a impede de fato. Ou seja, o sistema, apesar de ter ficado muito tempo restrito só ao cinema, acabou se estendendo progressivamente a outras mídias. Uma ideia aparentemente em oposição à outra, não a impediu de ocorrer. Se você notasse pelo menos a ideia de contraste e lembrasse que a locução conjuntiva ‘ainda que’ estabelece concessão, não iria titubear em marcar a letra B. Veja como a reescrita mantém o mesmo sentido: “Mas o sistema, ainda que tenha ficado muito tempo restrito apenas à tela grande, estendeu-se progressivamente, com o desenvolvimento das

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indústrias culturais, a outros domínios, ligados primeiro aos setores do espetáculo, da televisão, do show business.”. Só de curiosidade: qual é a classificação desta oração sublinhada? Resposta: oração subordinada adverbial concessiva, pois toda vez que uma conjunção subordinativa ou locução conjuntiva subordinativa com conteúdo semântico (causa, consequência, condição, etc.) iniciar uma oração, esta será subordinada adverbial. Fica a dica! Portanto conheça as conjunções!!! Eu, Pestana, quando quero acertar uma questão de oração, olho logo para a conjunção; ela me diz muita coisa, se a oração iniciada por ela é coordenada ou subordinada. Já parou para pensar nisso? Se você conhece as conjunções coordenativas, como dizia minha vó: “Batata!”, elas iniciam orações... adivinha?... coordenadas, ora. O mesmo ocorre com as conjunções subordinativas. Fica a dica, hein! Não diga que eu não avisei!!! De quebra, relembre alguns conectivos de valor concessivo: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, malgrado, posto que, se bem que, apesar de que... 3- GABARITO: A. Comento a C, pois se trata de uma oração reduzida de gerúndio. Pode haver oração subordinada adverbial condicional reduzida de gerúndio, sem problemas, mas não é o caso, pois não podemos substituir no contexto trazendo por se trouxer, uma vez que não há tal ideia de condicionalidade. As orações reduzidas normalmente podem ser desenvolvidas, ou seja, podemos tirar o verbo da oração do gerúndio (trazendo) e colocarmos uma conjunção antes do verbo conjugado (se trouxer). Vou falar com mais detalhes daqui a pouco. Antes, porém, veja como ficaria sem sentido ‘se trouxer’ no contexto: “A extensão do star-system não se dá sem uma forma de banalização ou mesmo de degradação − da figura pura da estrela, se trouxer consigo uma imagem de eternidade...”. Seria muito mais coerente com o sentido da frase se reecrevêssemos assim: “A extensão do star-system não se dá sem uma forma de banalização ou mesmo de degradação − da figura pura da estrela, a qual traz consigo uma imagem de eternidade...”. Percebe que o desenvolvimento da oração reduzida (trazendo) se dá através de um pronome relativo e o verbo conjugado (a qual traz)? Portanto, não há ideia de condicionalidade, há, sim, uma ideia de explicação. A oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de gerúndio “trazendo consigo uma imagem de eternidade” equivale à desenvolvida “a qual traz consigo uma imagem de eternidade”, que também é, logicamente, uma subordinada adjetiva explicativa.

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Vamos entender melhor o que vêm a ser orações reduzidas? Leia: Orações Reduzidas

• São as que apresentam o verbo numa das formas nominais (gerúndio, particípio e infinitivo);

• Nunca são iniciadas por conjunções (no caso das substantivas e

adverbiais) nem por pronomes relativos (no caso das adjetivas);

• Normalmente podem ser reescritas (desenvolvidas) com esses conectivos; (não vou desenvolver todas, tente fazer isso por si, para treinar; qualquer dúvida, mande um e-mail!)

• Podem ser iniciadas por preposição.

Ex.: Agindo assim, nada ocorrerá. (reduzida) Se agirmos assim, nada ocorrerá. (desenvolvida) Saí da sala, sem ser incomodado. (reduzida) Saí da sala, sem que me incomodassem. (desenvolvida) Terminada a prova, fomos ao restaurante. (reduzida) Quando terminou a prova, fomos ao restaurante. (desenvolvida) Reduzidas de gerúndio Podem ser coordenadas, substantivas, adjetivas e adverbiais. Coordenada aditiva Ex.: Pagou a conta, ficando livre dos juros. (Pagou a conta e ficou livre dos juros) Substantiva apositiva Ex.: Esta é a melhor maneira de conhecer as pessoas: convivendo com elas. Adjetiva Ex.: Achei seu irmão, levando uma surra. (... que levava uma surra) Adverbial Ex.: Mesmo não tendo condições, comprou um terno. (concessiva)

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Agindo desse modo, ninguém ficará com você. (condicional)

Temendo a reação do pai, não contou a verdade. (causal)

Saindo do estádio, encontrei meus amigos. (temporal)

Reduzidas de infinitivo Podem ser substantivas, adjetivas e adverbiais. Substantivas: Ex.: É preciso trabalhar muito. (subjetiva)

Deixe o aluno pensar. (objetiva direta)

Os adversários o acusaram de fazer coisas erradas. (objetiva indireta) A melhor política é ser honesto. (predicativa)

Uma parte do povo é capaz de mobilizar toda a nação. (completiva nominal)

Temos uma missão: criar os filhos. (apositiva)

Adjetiva restritiva Ex.: João não é homem de meter os pés pelas mãos. Adverbiais Ex.: Apesar de estar machucado, continua jogando bola. (concessiva)

Sem estudar, não passarão. (condicional)

Ela passou mal de tanto comer balas. (causal)

Aquela cena o chocou a ponto de lhe tirar o sono. (consecutiva)

Ela estuda para fazer um concurso. (final)

Pense muito antes de tomar uma ação. (temporal)

Obs.:

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1- É praxe que as adverbiais reduzidas iniciadas pelas preposições AO, PARA, POR, SEM sejam, respectivamente, de tempo, finalidade, causa e concessão/condição: Ao entrar, faça silêncio. / Para viajar, é preciso dinheiro. / Por ser exato, o amor não cabe em si. / Sem estudar, passou/Sem estudar, não passa. 2- O infinitivo não constitui oração basicamente em dois casos: em locução verbal e substantivado. Bechara alista outros casos, mas eles não são exigidos em prova de concurso. Ex.: Mesmo que tenha sido ele o culpado, deve haver algum engano aqui. / O comer e o beber fazem parte da vida. Reduzidas de particípio Podem ser adjetivas ou adverbiais. Adjetivas: Ex.: Havia aqui uma árvore, plantada por mim.

A notícia divulgada pela mídia era falsa. Adverbiais Ex.: Agredido pelo outro, mantive a calma. (concessiva)

Aceitas as condições, não haveria problemas. (condicional)

Preocupado com a prova, ele se esqueceu da carteira. (causal) Terminada a aula, todos pularam de alegria. (temporal)

- Os particípios nem sempre serão orações reduzidas; poderão assumir valor de adjetivo com função de adjunto adnominal ou predicativo. Ex.: Os alunos foram apaixonados pela professora. (predicativo)

Os alunos apaixonados estão felizes. (ADN) - Em um período composto, a locução verbal ou o tempo composto não constituem oração reduzida. Para que haja oração reduzida com locução verbal, é necessário que o verbo auxiliar esteja em forma nominal do verbo (gerúndio, infinitivo, particípio) Ex.: Tendo recebido o dinheiro, comprarei o carro. (oração reduzida de gerúndio)

Olhe com cuidado, pois as crianças estão brincando.

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(locução verbal com o verbo auxiliar flexionado, fazendo parte de uma coordenada explicativa)

FCC – TRE/RN – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 4- GABARITO: B. Lembra que eu falei sobre decorar as conjunções? Olha aí! Se você soubesse que ‘embora’ é conjunção subordinativa concessiva, não iria sequer pestanejar. Desculpe o trocadilho infame. O fato é que “Embora a figura chorasse” é uma oração subordinada adverbial concessiva, pois exerce função sintática de adjunto adverbial. Além disso, é iniciada por uma conjunção subordinativa. Microaula de orações subordinadas adverbiais (aproveite!): Orações Subordinadas Adverbiais Funcionam como adjuntos adverbiais da oração principal, sendo introduzidas por conjunção subordinativa. Grave as conjunções subordinativas e dificilmente vai errar uma questão de oração subordinada adverbial! Existem nove tipos alistados pela NGB: causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, temporais, finais e proporcionais.

� Causais: exprimem ideia de causa, motivo, razão. conjunções subordinativas: porque, que, porquanto, pois, visto que, visto como, já que, uma vez que, como (início de oração), posto que, dado que, na medida em que...

Ex.: A aluna chorou intensamente, porque passou na prova.

Como hoje está nublado, fiquemos em casa e estudemos.

Uma vez que é possível entender a matéria, insistirei.

Diferença entre subordinada causal e coordenada explicativa

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Na subordinada causal, a circunstância de causa precede e gera o fato ou o ocorrido (na linha do tempo, 1º vem a causa, depois a consequência). Na coordenada explicativa, a circunstância não precede nem gera o fato ou o ocorrido. A confusão é gerada, geralmente, por causa do uso das conjunções porque, pois, que, etc. Exemplos clássicos: Choveu aqui, porque a calçada está molhada. (explicativa) — O fato de a calçada estar molhada não provocou a chuva, ou seja, não é a causa da chuva, certo? A calçada está molhada, porque choveu. (causal) — É fato que a chuva provocou o molhamento da calçada. Nesses exemplos clássicos, vemos que a relação causa-consequência é muito nítida só no segundo período. Por ser uma situação difícil e polêmica, explicarei com mais fluidez ainda. Existem três casos importantes a considerar, meu nobre; veja: 1º caso: Se o verbo que antecede a conjunção vier no imperativo, é certo que a conjunção será coordenativa explicativa. Ex.: Estude, que seu futuro estará garantido! 2º caso: Se a afirmação anterior à conjunção vier expressando uma opinião/tese, uma subjetividade, a conjunção será tomada como coordenativa explicativa. Ex.: O Brasil vai se beneficiar muito com a Copa de 2014, pois haverá muitos investimentos em infraestrutura. — Será que o Brasil vai, realmente, se beneficiar da Copa de 2014 ou isso é uma mera opinião? 3º caso: Se a afirmação anterior à conjunção for uma suposição ou uma constatação por dedução, gerada por uma apuração, uma comprovação, a conjunção será explicativa (este é o caso de “Choveu, porque a rua está molhada”; ou seja, você deduz que choveu por causa de uma apuração (a rua molhada)). Ex.: João agora deve estar cheio de dinheiro, porque vive comprando carros novos, ora. Qualquer outra frase que não se encaixe nestes casos a relação será causal.

� Consecutivas: exprimem ideia de consequência, efeito,

resultado. conjunções subordinativas: que (após tanto, tão, tamanho, tal, ou após de sorte, de modo, de maneira, de forma)...

Ex.: Nesta cidade, chove que é o Diabo! ('tanto' não expresso

antes do 'que')

Isso é tão prazeroso que me vicia.

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Obs.: Diferença entre oração adjetiva e oração adverbial consecutiva Ex.: Nós fizemos um barulho que ninguém conseguia conversar. (consecutiva) - Fizemos um barulho tão grande que...

Nós fizemos um barulho que incomodava a todos. (adjetiva restritiva) - O barulho incomodava a todos.

� Comparativas: exprimem ideia de comparação; normalmente o verbo da oração subordinada vem elíptico.

conjunções subordinativas: (mais, menos, maior, menor, melhor, pior)... (do) que; (tal)... qual/ como; (tão, tanto)... como/quanto; como; assim como; como se; que nem, feito...

Ex.: Amo-o como (amo) a um filho.

O professor hoje é mais didático do que nunca (foi). A sua sabedoria é tão intrigante quanto sua humildade (é).

� Concessivas: exprimem um fato contrário, em oposição ao da

oração principal, sem anulá-lo.

conjunções subordinativas: embora, malgrado, conquanto, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, nem que, apesar de que, por (mais, menos, melhor, pior, maior, menor) que, sem que (= embora não)...

Ex.: Embora estivesse cansado, foi fazer a prova.

Por pior que esteja sua vida, não desista de estudar. Nunca paro de estudar, conquanto eu trabalhe.

Obs.: Dado que e Posto que podem ser locuções conjuntivas causais, modernamente, dependendo do contexto (com verbo no indicativo): Dado que/Posto que ele estudou, nunca mais esqueceu as explicações do professor.

� Condicionais: exprimem ideia de condição, hipótese.

conjunções subordinativas: se, caso, contanto que, exceto se, salvo se, desde que (verbo no subjuntivo), a menos que, a não ser que, sem que (= se não)...

Ex.: Chegaremos hoje, salvo se houver imprevistos.

Tudo ficará bem, desde que façamos nossa parte.

Se você acordar cedo, comece a estudar.

Obs.:

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1- Modernamente o SE vem sendo considerado como causal quando equivaler a 'já que', daí que a oração iniciada por ele será subordinada adverbial causal. Poucos gramáticos concordam com isso, como Sacconi, José Carlos de Azeredo e Cegalla. Polêmicas... Ex.: Se (=já que) os humanos são imperfeitos, não podemos esperar atitudes sempre perfeitas. 2- A expressão coesiva sem que pode indicar uma relação de concessão ou condição:

Ex.: Sem que estudasse, passou. (concessão)

Sem que estude, dificilmente passará. (condição)

3- Às vezes, a oração pode vir elíptica: O candidato disse que, se (for) eleito, cumprirá as promessas.

� Conformativas: exprimem ideia de acordo, conformidade. conjunções subordinativas: conforme, consoante, segundo, como (= conforme), em consonância com que, de acordo com que...

Ex.: Como todos sabemos, o Brasil já é autossuficiente em

petróleo.

Em consonância com que ele disse, vale a pena estudar.

Essa notícia, consoante já anunciamos, é verdadeira.

� Finais: exprimem ideia de finalidade, objetivo. conjunções subordinativas: para que, a fim de que, que (= para que), porque (raro; = para que), com o objetivo/escopo/fito/intuito de que...

Ex.: Entre em silêncio para que as crianças não acordem.

Tudo fiz porque ela se casasse comigo.

Estudem mais a fim de que resolvam bem as questões.

� Proporcionais: exprimem ideia de concomitância,

simultaneidade, proporção. conjunções subordinativas: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto (mais, menos, menor, maior, melhor, pior)...

Ex.: Quanto mais conheço os homens, mais confio nos

cachorros.

À medida que o país progride, o meio ambiente sofre.

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Eu só estudo ao passo que me motivam. Obs.: ‘à medida em que’ e ‘na medida que’ não são formas cultas!!!

� Temporais: exprimem ideia de temporalidade. conjunções subordinativas: quando, logo que, depois que, antes que, sempre que, desde que (verbo no indicativo), até que, assim que, enquanto (indica simultaneidade), mal...

Ex.: A gente vive bem enquanto ama.

Desde que essas explicações chegaram à minha vida, nunca mais fui o mesmo estudante.

Mal entrei em sala, começaram os aplausos!

Obs.: O que é conjunção temporal nesta construção, segundo Bechara: Ex.: Faz dois meses que não leio os artigos do Pestana. Só de curiosidade: algumas orações adverbiais não listadas na NGB: - de modo: Saiu da sala sem que ninguém percebesse. - de lugar: Fico onde me põem. - de companhia: Só saio com quem conheço. - de assunto: Só falo sobre quem conheço.

A palavra COMO (Agradecimentos ao ilustre professor Hélio Consolaro) 0- Conjunção coordenativa aditiva Introduz orações coordenadas sindéticas aditivas. Ex.: Tanto estudo, como trabalho. 1- Conjunção Subordinativa Causal Introduz orações que dão idéia de causa. Equivalente a porque, é usado no início da frase. Ex.: Como estive doente, não compareceu ao serviço.

Como passou mal, não foi a festa. 2- Conjunção Subordinada Comparativa Introduz orações que exprimem o segundo elemento de uma comparativa, equivale a quanto, é precedido de tanto, tão,... Ex.: Ela é tal como me disseram.

Você o conhece tão bem como eu. 3- Conjunção Subordinativa Conformativa

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Introduz orações que exprimem conformidade de um fato com outro, equivale a conforme. Ex.: Fizemos o trabalho como o professor pediu.

Em certas situações, devemos agir como manda nossa consciência. 4- Pronome Relativo Possui um antecedente que dá ideia de "modo": maneira, jeito, forma... Ex.: Este foi o único modo como ele fez o trabalho.

Esta é a maneira como faço o meu serviço. 5- Substantivo Através da derivação imprópria (conversão) a palavra como muda de classe gramatical e passa a ser sujeito. Ex.: Não sei o como de tudo isso.

Diga-me o como daquilo. 6- Advérbio Interrogativo O advérbio interrogativo como (de modo) pode aparecer tanto nas interrogativas diretas quanto nas indiretas. Ex.: Não sei como resolver o problema.

Como resolver o problema? 7- Preposição Aparece como preposição acidental por ser proveniente de outra classe gramatical, geralmente equivale a "por" Ex.: Obtiveram como resposta o bilhete.

Os ganhadores tiveram como prêmio uma medalha de ouro. 8- Interjeição Classifica-se como interjeição devido ao seu tom exclamativo; vem isolado, normalmente. Ex.: Como! Você não...?! 9- Advérbio de intensidade Quando se pode mudar para quão ou quanto. Ex.: Como é lindo teu rosto! 10- Verbo Conjugado na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo. Ex.: Eu como muito!

FCC – NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO – CONTADOR – 2011 5- GABARITO: C. Na letra B, a partícula ‘se’ do enunciado não exerce a mesma função que a outra. A primeira é apassivadora; para tirar a “prova dos 9”, basta passar da voz passiva sintética para a analítica (... não se devem esperar exames... = ... exames não devem ser esperados...). Lembrou-se das marcas de passiva sintética e analítica? Esta apresenta ‘ser + particípio’ e aquela, ‘se’ apassivador.

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Sobre a letra D, não há indeterminação do sujeito, pois o sujeito está explícito. Bizu: “O que não se deve esperar?” Resposta: exames de consciência mais profundos não se devem esperar. Esta perguntinha ao verbo é coisa linda, não? Resolve na hora o achamento do sujeito. FCC – TRT/MT (23R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 6- GABARITO: A. O verbo do enunciado (proviriam) exige complemento preposicionado. Veja a frase na ordem direta: “As pistas que indicariam o caminho proviriam Destes”. O que provém, provém DE! Percebeu a transitividade do verbo? Ele é um transitivo indireto, ou seja, exige complemento preposicionado para ter seu sentido completo e para completar a estrutura sintática da frase. Imagina se eu falasse assim para você: “Aí, maluco, a dor muscular provém.” Você iria perguntar assim: “A dor muscular provém de quê, Pestana? Ta ficando maluco?!”. Enfim, eu tenho de completar a frase porque o verbo exige complemento, logo deveria dizer assim: “A dor muscular provém do excesso de exercícios”. “Aaaah! Sim! Agora entendi”, diria você. Beleza? Na letra A, o verbo consistir também é VTI, pois exige complemento preposicionado. Veja: “a principal tarefa do historiador consistia em estudar possibilidades de mudança social”. Safo? Sinto que posso ajudar com mais uma aulinha; dessa vez, transitividade verbal: Predicação verbal Também chamada de transitividade verbal, é a relação entre o verbo e outros termos da oração dentro do predicado. Existem dois grupos de verbos: os nocionais (intransitivos e transitivos) e os relacionais (de ligação, normalmente: ser, estar, permanecer, continuar, parecer, ficar, tornar-se...). Vamos ver primeiro os relacionais:

• Verbo de ligação (VL): é aquele que relaciona o sujeito ao seu predicativo (atributo que indica estado, qualidade ou condição do sujeito); não indicam ação alguma por parte do sujeito, por isso são “vazios” de significado, indicando apenas estado.

Ex.: João é alegre. (estado permanente)

João está alegre. (estado transitório)

João ficou alegre. (estado mutatório)

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João permanece alegre. (estado continuativo)

João parece alegre. (estado aparente)

Obs.: A predicação do verbo depende do seu valor no contexto frasal. Logo, o VL pode deixar de ser VL para ter outra predicação, e verbos que não são VL podem passar a ser. Logo, não confundir: Ex.: João viveu o momento. (verbo nocional)

João vive alegre. (verbo relacional/VL)

João anda rápido. (verbo nocional)

João anda feliz. (verbo relacional/VL) João está em casa. (verbo nocional) João está satisfeito. (verbo relacional/VL)

E agora os verbos nocionais, ou seja, aqueles que apresentam conteúdo significativo, indicando normalmente ação ou movimento.

• Intransitivo (VI): não exige complemento verbal, pois tem sentido completo; normalmente uma expressão adverbial (de lugar, tempo...) acompanha os verbos intransitivos que indicam deslocamento ou moradia.

Ex.: Dia 5 de outubro, o famoso inventor Steve Jobs morreu.

(quem morre, morre)

Todos chegaram ao teatro à noite. (quem chega, chega a algum lugar)

Obs.: Aluno, cuidado com os verbos ir, chegar, voltar, regressar, retornar, morar, residir, habitar e sinônimos, pois eles aparentemente exigem um complemento, mas não exigem complemento algum, apenas são especificados por uma expressão indicando lugar, pois, caso contrário, o interlocutor não entenderia plenamente uma frase como esta: “Ele foi, amigo”. (pergunta óbvia: Ele foi aonde?). Estes verbos precisam de um especificador de tempo e não de um complemento. Tais verbos são considerados intransitivos!!! Outros gramáticos os chama de verbos circunstanciais, pois precisam de um termo indicando circunstância (normalmente de lugar) a fim de completá-lo. Polêmicas da gramática...

• Transitivo direto (VTD): para o sentido dele ficar pleno, exige um complemento (objeto direto) sem preposição obrigatória

Ex.: Por que os homens destroem assim a natureza? (quem destrói, destrói alguma coisa)

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Obs.: Não raro, o complemento deste tipo de verbo vem em forma de pronome átono (o, a, os, as (lo, las, los, las/no, na, nos, nas)): Por que os homens destroem-na assim?

• Transitivo indireto (VTI): para o sentido dele ficar pleno, exige um complemento (objeto indireto) com preposição obrigatória.

Ex.: Concordo com você, realmente tenho de acreditar em Deus.

Obs.: Note que ‘tenho de acreditar’ é uma locução verbal, cujo verbo principal contém a predicação, ou seja, é ele quem dita a transitividade verbal da locução (quem acredita, acredita em...). O lhe normalmente exerce função de objeto indireto: “Atribuíram a informação ao professor” = “Atribuíram-lhe a informação”.

• Transitivo direto e indireto (VTDI): exigem dois complementos, um sem preposição e outro com preposição.

Ex.: Eu comuniquei o problema a todos.

Só o contexto determinará a classificação, a transitividade do verbo. Ex.: Ela escreve bem. (VI)

Ela escreveu dois poemas. (VTD)

Ela ainda não me escreveu. (VTI)

Ela não me escreveu nada. (VTDI)

7- GABARITO: C. Explicitamente quando é uma conjunção subordinativa que indica tempo. Fácil! Agora, o que me interessa dizer é que a construção “por não poderem acender fogo” é uma subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo. Lembra-se da obs. 1 da questão 3? Relembre: 1- É praxe que as adverbiais reduzidas iniciadas pelas preposições AO, PARA, POR, SEM sejam, respectivamente, de tempo, finalidade, causa e concessão/condição: Ao entrar, faça silêncio. / Para viajar, é preciso dinheiro. / Por ser exato, o amor não cabe em si. / Sem estudar, passou/Sem estudar, não passa. Logo, “por não poderem acender fogo” é uma subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo. Veja que dá até para reescrever,

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desenvolvendo a oração: “Os viajantes tinham de contentar-se, geralmente, com feijão frio, feito de véspera, porque não podiam acender fogo.” FCC – BB – ESCRITURÁRIO – 2011 8- GABARITO: C. No enunciado, o verbo mudar é transitivo direto, exige complemento não preposicionado (objeto direto). Quem muda, muda alguma coisa/alguém. Logo, ‘a cara do Nordeste’ é objeto direto, assim como ‘milhões de reais’, pois o verbo movimentar também é VTD. Quem movimenta, movimenta algo/alguém. Questão simples. Saiba mais sobre complementos verbais (objeto direto e objeto indireto): Complementos verbais São elementos que estabelecem uma relação sintática com o verbo e completam seu sentido. Existem dois tipos:

• Objeto direto (OD): complemento do VTD, sem o auxílio de preposição.

Ex.: O político desonesto quebrou todos os protocolos.

A Língua Portuguesa e todas as suas regrinhas, só mesmo o professor domina.

1- Os pronomes oblíquos o(s) e a(s) (e suas variações) quase sempre exercem a função de OD. Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem exercer a função de OD. Ex.: O político os quebrou sem cerimônia.

Só mesmo o professor as domina. Levou-me à sabedoria esta aula.

2- Existe o objeto direto preposicionado, geralmente através da preposição a ou de; lembre-se sempre de que não é o verbo que exige a preposição, mas sim ela é posta por motivo de ênfase ou clareza (existem muitos casos, abordarei apenas aqueles que costumo ver no seu concurso); esse tipo de complemento pode aparecer quando:

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• OD é pronome oblíquo tônico. Ex.: Não entendo nem a ele nem a ti. • OD com o nome Deus e verbos de sentimento. Ex.: Nós amamos a Deus. • evitando a ambiguidade. Ex.: Venceram aos vascaínos os flamenguistas. (perceba que se não houvesse a preposição ‘a’, ficaríamos na dúvida de quem venceu quem... apesar de que o Vasco normalmente é vice, então... ☺) • OD é pronome indefinido Ex.: O amor fere a uns, mas a outros não. • OD é de um sujeito indeterminado pela partícula se (PIS). Ex.: Admira-se aos mais dispostos. • OD é constituído por expressões idiomáticas Ex.: beber da água, comer do pão (essas preposições indicam parte de um todo), dar do leite, puxar da faca, arrancar da espada, sacar do revólver, pedir por socorro, pegar pelo braço, cumprir com o dever, esperar por alguém, gozar de liberdade, saber da verdade... 3- Existe o objeto direto pleonástico, cujos elementos são repetidos em motivo de ênfase; o oblíquo é normalmente o pleonástico. Ex.: Este carro (OD), comprei-o (ODP.) hoje.

A mim (ODPrep.) ele nunca me (ODP) vê.

4- Existe o objeto direto interno ou intrínseco, cujo núcleo possui radical normalmente cognato, semelhante ao radical do verbo da oração; sempre há um modificador do núcleo. Ex.: Ele vive uma vida de rei. / Chorei lágrimas amargas por ti.

• Objeto indireto (OI): complemento do VTI, com preposição

obrigatória; se o OI for um oblíquo, a preposição não aparece. Ex.: Acredito muito em Deus.

O inimigo resistiu ao ataque.

Desobedeceu-me propositalmente.

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1- Se o verbo for transitivo direto e indireto (VTDI), haverá presença obrigatória de OD e OI. Ex.: Comprei um carro para mim.

Sempre dou graças a Deus por minhas realizações. 2- Geralmente, o pronome oblíquo LHE tem função de OI. Só se refere a pessoas físicas ou jurídicas, seres animados ou personifcados, nunca a coisas (nesse caso, usa-se ‘a ele’). Ex.: Entreguei-lhe o livro.

O filme é bom; já assisti a ele. Obs.: Pode ter função de Adjunto Adnominal (ADN), quando indicar posse: Beijei-lhe o rosto = Beijei o seu rosto 3- Existe o objeto indireto pleonástico, cujos elementos são repetidos para enfatizar algo, em forma de pronome oblíquo átono, como se pode ver: Ex.: De que lhe vale ao homem ganhar o mundo?

A mim não me agrada esse cantor.

Ao ingrato, nada lhe daremos.

9- GABARITO: A. O enorme tronco dá uma descarga de água para as raízes quando? Na iminência de um temporal, ou seja, quando se aproxima uma tempestade. Percebeu que o adjunto adverbial de tempo “na iminência de um temporal” foi substituído por uma oração subordinada adverbial de tempo “Quando se aproxima uma tempestade”? Isso ocorre porque a oração subordinada adverbial exerce função de adjunto adverbial. Saiba mais sobre adjunto adverbial: Adjunto adverbial (ADV) É um termo ou expressão de valor adverbial que se relaciona a um verbo, adjetivo ou outro advérbio, modificando-os. Abordo os principais, presentes em concursos, ok? Veja, em ordem alfabética: 1- assunto: Falemos sobre futebol agora e não de política. 2- causa: Ele morreu de fome, e vocês discutem por nada?!

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3- companhia: Saiu com a namorada ontem. 4- concessão: Apesar da gripe, saiu de casa. 5- condição: Sem recibo, não pago nem levo o produto. 6- conformidade: Você dança conforme a música? 7- dúvida: Talvez os problemas sejam resolvidos. 8- finalidade: Ele estuda para doutor. 9- instrumento: Escreveu com a caneta especial. 10- intensidade: Estava meio envergonhada. 11- lugar (real ou virtual): Cheguei à sala, mas entrei atrasado no assunto. 12- meio: Mandei o recado por e-mail. 13- modo: A cerveja que desce redondo. 14- tempo: Jamais serei zilionário. FCC – DPE/RS – DEFENSOR PÚBLICO – 2011 10- GABARITO: A. A locução verbal ‘havia atormentado’ apresenta um verbo principal transitivo direto (quem atormenta, atormenta alguém). Logo o ‘o’ (pronome oblíquo átono que normalmente exerce função de objeto direto) é de fato um objeto direto em “caso de assassinato que o havia atormentado”. Os outros termos em negrito são artigos, e todos os artigos exercem função de adjunto adnominal. Sempre! Saiba mais sobre adjunto adnominal: Adjunto adnominal (ADN) É um termo sintático que determina um núcleo substantivo; nunca separado por pontuação (vírgula e afins)

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As classes gramaticais que podem funcionar como ADN são: Pronome Locução Adjetiva Adjetivo Numeral Artigo Ex.: O homem de negócios comprou só um imóvel: aquela bela casa. 11- GABARITO: A. Quando se diz que um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) é transitivo, isso significa que ele exige complemento. O substantivo pronunciamento de fato exige um complemento. Quem faz um pronunciamento, faz um pronunciamento A alguém. Percebe que é isso que se dá no contexto da questão? “Em pronunciamento Ao conselho diretor...”. Assim como o verbo exige complemento, alguns nomes também exigem complemento. Por isso, letra A! Saiba mais sobre complemento nominal: Complemento nominal (CN) É o complemento de um nome (substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio); sempre regido por preposição. Ex.: Eu tenho certeza da vitória. (substantivo)

A sala está cheia de gente. (adjetivo)

O júri votou favoravelmente ao réu. (advérbio)

Independentemente disso, volte para mim. (advérbio)

O livro é útil à humanidade. (adjetivo)

A lembrança da namorada ocorreu de repente. (substantivo)

1- Diferença entre CN e OI: enquanto o VTI exige um OI, o nome exige um CN. Ex.: Creio em Deus. (OI)

A crença em Deus é importante. (CN)

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O povo necessita de atenção. (OI)

O povo tem necessidade de atenção. (CN)

Se você não notou, é superválido dizer que os nomes antes dos CNs são derivados dos verbos; normalmente o CN está ligado a um substantivo deverbal, ou seja, derivado de verbo (crer > crença; necessitar > necessidade (...)) Já que eu falei sobre complemento nominal e adjunto adnominal agora há pouco, façamos a diferença entre eles, pois sempre é importante dominá-la: Diferença entre Complemento Nominal (CN) ou Adjunto Adnominal (ADN) 1- Será sempre CN se a expressão regida de preposição estiver ligada a adjetivo ou advérbio terminado em -mente. Ex.: Estou desgostoso com vocês / Nada faremos relativamente a este caso. 2- Será sempre CN se a expressão ligada a substantivo abstrato estiver antecedida de qualquer preposição, exceto a preposição de. Ex.: Fiz menção (substantivo abstrato) a você ontem. / Tenho amor (substantivo abstrato) pelo meu filho. Obs.: Note que menção e amor têm verbos correspondentes: mencionar e amar. 3- Será sempre ADN se a expressão preposicionada, semelhante ao CN, estiver ligada a substantivo concreto, inclusive iniciado por de. Ex.: Comprei um material (substantivo concreto) do Estratégia Concursos. 4- Normalmente o ADN mantém uma relação de posse com o substantivo. Ex.: A atitude do professor foi justa. (A atitude pertence ao professor) 5- O CN tem valor paciente (normalmente o seu núcleo não é uma pessoa) e encontra respaldo na reescritura de voz passiva analítica; já o ADN tem valor agente (normalmente o seu núcleo é uma pessoa) e encontra respaldo na reescritura de voz ativa. Ex.: A resolução da questão foi ótima. (CN/A questão foi resolvida/valor paciente) / A resolução do professor foi ótima (ADN/O professor resolveu/valor agente) ----------------------------------------------------------------------------------------- OBS.: Nos dois exemplos abaixo, há de se observar se o substantivo antes do CN ou do ADN é abstrato ou concreto, para encontrar a diferença. Ex.: A plantação de cana é lucrativa. (CN)

A plantação de cana incendiou. (ADN)

--------------------------------------------------------------------------------------------------- Depois dessa explicação acima, dá para errar alguma questão na prova? Duvido! Internalize aos poucos esta diferença, por ler e reler as informações.

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12- GABARITO: D. Note que a conjunção coordenativa e está ligando duas orações encabeçadas por verbos transitivos diretos: “Gates afirmou ser importante usar outros meios para convencer o Irã a não procurar ter armas nucleares e (Gates) repetiu as suas preocupações de que ações militares somente iriam retardar...”. Quem afirma, afirma algo; quem repete, repete algo. Ambos são VTDs. 13- GABARITO: B. Um complemento nominal oracional é um complemento nominal em forma de oração, que recebe o nome de oração subordinada substantiva completiva nominal. O substantivo preocupações exige um complemento iniciado pela preposição DE. Portanto, de que ações militares somente iriam retardar é um complemento nominal de preocupações (oracional por estar em forma de oração (oração = verbo)). Veja mais sobre subordinação e orações subordinadas substantivas:

Período Composto por Subordinação

A subordinação trata da relação de dependência entre palavras e orações. Fique tranquilo, novamente, pois explicarei com bastante cautela este assunto. Fique sabendo idem que, para os concursos, o que importa de verdade é a subordinação entre as orações.

Vamos lá. Quando você lê uma frase com duas orações (período

composto), é certo que elas mantêm algum tipo de relação. No caso da subordinação, percebemos que as orações estão “presas” uma à outra, porque uma das orações (a subordinada) completa a estrutura sintática da outra (principal), ou simplesmente depende da outra (principal) para ampliar a estrutura desta. De uma forma ou de outra, uma oração é subordinada à outra (principal) quando mantém uma relação de dependência. Veja: Os alunos estavam temerosos de que a prova viesse em um nível difícil.

Os alunos que mantêm uma constância nos estudos se sentem confiantes.

Quando eles precisam de ajuda, o professor sempre busca assisti-los.

As orações em azul são subordinadas. Note que a primeira (de que

a prova viesse em um nível difícil) completa a estrutura sintática da oração principal (Os alunos estavam temerosos). Eu digo que completa,

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porque ‘quem está temeroso, está temeroso DE ALGUMA COISA’. Percebe que o adjetivo ‘temeroso’ exige um complemento? Então, o complemento dele vem em forma de oração (de que a prova viesse em um nível difícil). Logo, a primeira oração em azul está “presa” à oração principal, porque completa sua estrutura sintática. Imagine: eu chego até você e digo: “Aí, os alunos estão temerosos.” Você responde: “Ah, ok.”? Claro que não! Você vai me perguntar: “Estão temerosos DE QUÊ, Pestana?” Aí eu respondo: “Ah, eles estão temerosos de que a prova venha difícil”. Percebe, então, que a oração principal PRECISA de um complemento? Por sua vez, a oração subordinada exerce uma função sintática de complemento nominal (um termo integrante, lembra-se?), completando a principal? Esta relação é de dependência, portanto. Subordinação!

Analisando a segunda oração em azul, notamos que ela é acessória,

ou seja, pode ser retirada do período sem prejuízo para a estrutura da outra (principal); certo? Vou cobrir a subordinada em azul para você perceber: Os alunos que mantêm uma constância nos estudos se sentem confiantes. Notou que a oração em azul é acessória? “Hmmm... acessória... isso me lembra termos acessórios da oração... adjunto adnominal, adjunto adverbial... Ah! Entendi!” Entendeu mesmo, aluno? “Entendi. A segunda oração em azul exerce função de adjunto adnominal, pois está determinando um substantivo (alunos); certo?” Isso aí. Percebeu também que a oração principal não depende dela? Mas a subordinada depende da principal, pois a subordinada é um termo acessório e depende da existência da principal para ampliar sua estrutura.

A terceira oração também funciona sintaticamente como um termo

acessório, mais especificamente como um adjunto adverbial de tempo. Note que também podemos colocar uma tarja e perceber que a principal não depende dela, mas sim o contrário:

Quando eles precisam de ajuda, o professor sempre busca assisti-los. Logo, existem orações subordinadas completando a principal (a primeira em azul) e existem orações subordinadas ‘acessórias’, ampliando/determinando a principal (a segunda e a terceira em azul). Serei mais didático ainda. Existem três tipos de orações subordinadas: as substantivas, as adjetivas e as adverbiais. Falemos agora sobre a primeira. Orações Subordinadas Substantivas

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São iniciadas pelas conjunções integrantes QUE ou SE; exercem função própria dos substantivos; segundo o famoso “bizu”, podem ser substituídas por ISSO; são seis tipos tradicionais (as subordinadas vêm em azul; as outras são as orações principais):

� Subjetivas (OSSS): funcionam como sujeito da oração principal; há quatro casos ou construções clássicos:

1º CASO: V. SER + ADJETIVO/SUBSTANTIVO/ADVÉRBIO + QUE/SE... (OSSS)

Ex.: Era importante que você entendesse a matéria. (O que era importante? Isso era importante.) Será verdade que ele internalizou a informação? É assim que eu vou ensinar a matéria.

2º CASO: VTD (3ª p. s.) + SE (partícula apassivadora) + QUE/SE... (OSSS)

Está se comentando que ele explica bem a matéria.

(O que está se comentando? Isso está sendo comentado.)

Não se sabe se haverá aula. Viu-se que o aluno entendeu direito a explicação.

3º CASO: LOC. VERBAL (SER/ESTAR/FICAR + PARTICÍPIO) + QUE/SE... (OSSS)

Foi dito que todos ficaram satisfeitos com os resultados. (O que foi dito? / Isso foi dito.) Está decidido que o professor vai ministrar aulas em PDF.

Ficou provado que ele foi classificado no exame.

4º CASO: Parecer, Convir, Suceder, Acontecer, Importar... + QUE/SE... (OSSS)

Convém que todos estudem com frequência. (O que convém? Isso convém.) Não me importa nem um pouco que o concurso seja difícil!

Parece que nós estamos aprendendo Português.

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Obs.: Às vezes, as orações subordinadas substantivas, em geral, vêm iniciando o período: Que o concurso seja difícil, não me importa nem um pouco.

� Objetivas diretas: funcionam como objeto direto da principal, que apresenta um VTD ou um VTDI obrigatoriamente.

Ex.: Espero que você aprenda português.

(Eu espero o quê? Eu espero isso.)

Não sabemos se haverá aula.

Ela te disse que esperaria aqui?

� Objetivas indiretas: funcionam como objeto indireto da principal; que apresenta um VTI ou um VTDI obrigatoriamente; a preposição exigida pelo verbo da principal pode vir elíptica, segundo alguns gramáticos, como Cegalla e Sacconi.

Ex.: Ele não me informou de que o concurso seria este ano. (Ele não te informou de quê? Ele não me informou disso.) O professor insiste (em) que eu tenho de estudar mais. Não resisti a que tu me ajudasses.

� Completivas nominais: funcionam como complemento nominal da principal, que apresenta um nome exigindo um complemento preposicionado obrigatoriamente; se bem que Cegalla diz que a preposição também pode vir implícita.

Ex.: Eu tinha certeza (de) que você aceitaria minha sugestão. (Você tinha certeza de quê? Eu tinha certeza disso.)

A notícia de que ela se classificou me alegrou muito.

Fiz menção a que você tinha passado logo de primeira.

� Predicativas: funcionam como predicativo do sujeito da principal, que apresenta o verbo de ligação SER obrigatoriamente.

Ex.: A verdade é que a prova não é tão difícil.

A impressão era (de) que ela não desistiria tão fácil. (preposição ‘de’ expletiva (realce))

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O certo é que todos querem a felicidade.

Obs.: Certo é que todos querem a felicidade (Isso é certo). A oração é subjetiva, pois na principal não há artigo ou pronome. Se houver artigo ou pronome na principal, a oração subordinada será predicativa. Veja: Sua certeza é que as pessoas estudiosas sempre passam.

� Apositivas: funcionam como aposto da principal, normalmente separadas por dois-pontos, vírgula ou travessão.

Ex.: Quero isto: que você aprenda português.

Tenho um grande sonho, que você aprenda português!

A minha vontade — que aprendesses — se realizou.

Entre as subordinadas substantivas poderíamos incluir as que exercem a função de agente da passiva, iniciadas por de ou por + pronome indefinido. Ex.: O livro foi escrito por quem entende do assunto. São chamadas de orações subordinadas substantivas justapostas as que não são iniciadas por conjunção integrante, mas sim por nenhum vocábulo ou pronomes interrogativos (que, quem, qual, quanto) e advérbios interrogativos (onde, como, quando, por que). Essa de cima (com função sintática de agente da passiva) é justaposta. Ex.: Quem espera sempre alcança. (subjetiva) / Eu achei quem me ama de verdade. (objetiva direta) / O amor é quando a gente mora um no outro. (predicativa) / Eu tenho pavor de onde ele mora (...) / Só tenciono algo seu: amar-me como nunca. (apositiva)

14- GABARITO: E. O primeiro ‘a’ é um adjunto adnominal porque está ligado ao substantivo determinação. O segundo ‘a’ é uma preposição exigida pelo verbo convencer (quem convence, convence alguém A...). Preposição não exerce função sintática alguma. É bom dizer isto: as classes gramaticais que não exercem função sintática dentro da frase são preposição, conjunção e interjeição. FCC – TRE/TO – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011

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15- GABARITO: C. A oração sublinhada é subordinada adverbial final reduzida de infinitivo. Dá até para desenvolver com uma locução conjuntiva subordinativa final (para que, afim de que...); veja só: “A principal delas é a reconstrução de cinco estações de pesquisa na Antártida, para que realize estudos sobre mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros.”. Foi? FCC – TRE/AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2010 16- GABARITO: A. Os verbos “criar” e “assumir” são VTDs, pois ambos exigem complementos não preposicionados (objetos diretos: ‘o brasileiro genérico e abstrato’ e ‘funções sociais extrafutebolísticos’). FCC – TRF (4R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2010 17- GABARITO: C. O adjetivo ultraconsciente exige um complemento preposicionado pela preposição DE, afinal, quem é (ultra)consciente, é (ultra)consciente DE alguma coisa. Portanto, ‘de seu ofício’ é um complemento nominal. FCC – TJ/PI – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2010 18- GABARITO: E. Sobre a letra D, veja o contexto: “Por outro, o risco de fracasso é alto, o que significa estagnação e, no limite, dependendo de circunstâncias macroeconômicas, até regressão na tendência de melhora na distribuição de renda.”. O verbo “significa” é VTD, logo exige complemento não preposicionado , ou seja, objeto direto (estagnação e regressão). Sobre a letra E, o substantivo ‘tendência’ é que exige um complemento nominal, portanto ‘de melhora na distribuição de renda’ é seu complemento nominal.

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FCC – CASA CIVIL – EXECUTIVO PÚBLICO – 2010 19- GABARITO: C. Interessante a questão! Note que o enunciado diz “É plausível que se entenda...”. Logo, podemos dizer que é plausível encarar a oração sublinhada da letra C como tendo valor semântico condicional uma vez que ‘o fato de não ser preciso mais está condicionado a haver o suficiente’. Em outras palavras, qual é a condição de ‘não ser preciso mais’? Resposta: ‘Haver o suficiente’. Para melhorar ainda mais a explicação, veja que é possível substituirmos a conjunção temporal ‘quando’ pela condicional ‘se’: “Se há o suficiente, não é preciso mais”. Safo? FCC – TRT/SE (20R) – TÉCNICO JUDICÁRIO – 2010 20- GABARITO: B. Tipo de questão muito frequente em todos os anos da FCC! Estude transitividade verbal! Ambos os verbos (confirmar e gerar) são VTDs, logo exigem objetos diretos (respectivamente, ‘a antiguidade da família nuclear entre humanos’ e ‘mais descendentes’). 21- GABARITO: B. Tipo de questão muito frequente! Estude as conjunções causais, consecutivas e as preposições que podem ter valor de causa e consequência. Note que a preposição ‘com’ inicia um adjunto adverbial de causa, o que vem a seguir, portanto, é o efeito. Ou seja: “A transformação da agropecuária acelerou-se nos anos 90 e o Brasil pôde firmar sua posição como grande exportador por causa do abandono do controle de preços”. As preposições que normalmente iniciam uma expressão indicativa de causa são: a, com, de, por. As locuções prepositivas causais mais comuns são: a pedido de, pelo fato de, devido a, por causa de, em virtude de, graças a, etc.

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FCC – TRT/MA (16R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2009 22- GABARITO: A. Lembrou-se daquela informação das preposições antes de verbos no infinitivo? Então... AO + Verbo no infinitivo = tempo: “Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado” = “Quando os sintomas persistirem, o médico deverá ser consultado”. Mas: A + Verbo no infinitivo = condição: “A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado” = “Se os sintomas persistirem, o médico deverá ser consultado”. É assim que as gramáticas analisam tais construções, pois, creio eu, a ausência do artigo depois da preposição (A) corresponde a uma situação genérica, mais vaga, hipotética, enquanto a utilização do artigo (AO) torna o conteúdo da oração mais concreto e objetivo. 23- GABARITO: B. Para acertar esta interessante questão, é necessário entender o que acontece primeiro e qual é a sequência de acontecimentos, para que depois se perceba a relação de causa e consequência. Perceba que há uma reação em cadeia: 1º: O vapor é liberado pela transpiração das árvores. 2º: Ele sobe na atmosfera. 3º: Lá o vapor encontra camadas de ar frio. 4º: Por causa disso ele se condensa e 5º: Forma as nuvens. Logo “Ao subir na atmosfera (2), o vapor liberado pela transpiração das árvores (1) encontra camadas de ar frio (3) e se condensa (4), formando as nuvens (5)”. 24- GABARITO: E. Tanto o verbo destacar (enunciado) como o verbo despertar (letra E) são transitivos diretos, exigindo objetos diretos (respectivamente, ‘uma extensa e diversificada cadeia de fornecedores’ e ‘o interesse de pesquisadores’...).

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FCC – TRT/CE (7R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2009 25- GABARITO: D. Só erraria esta questão quem está destreinado.

Tem de estar no sangue o bizu do TESÃO:

Tão, anto, amanho, al... (CAUSA) + QUE... (CONSEQUÊNCIA)

Ele foi tão inteligente (CAUSA) que passou na prova (CONSEQUÊNCIA). Ele estudou tanto (CAUSA) que passou na prova (CONSEQUÊNCIA). Tamanho foi seu esforço (CAUSA) que passou na prova (CONSEQUÊNCIA). Tal foi sua força de vontade (CAUSA) que passou na prova (CONSEQUÊNCIA). Logo: “A tragédia dos menores abandonados é de tal ordem (CAUSA) / que faz pensar na abrangência das propostas de Darcy Ribeiro (CONSEQUÊNCIA)”. Este que é uma conjunção subordinativa consecutiva (consequência). Safo? 26- GABARITO: E. Direto ao bizu de achamento do sujeito: “O que não se torna realidade?” Resposta: ‘o sonho de Darcy’. “O que continua?” Resposta: ‘o debate’.Sujeito simples. “O que é de tal ordem?” Resposta: ‘A tragédia dos menores abandonados’. Sujeito simples. Simples assim! ☺ FCC – TRT/MG (3R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2009 27- GABARITO: D.

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Bem legal esta questão, pois é muito difícil encontrar na FCC questão sobre função sintática dos pronomes relativos. Bem, vamos lá! “O chefe indígena não hesitou em recusar os presentes que lhe foram oferecidos.”. Quem não hesitou em recusar os presentes? Resposta: ‘O chefe indígena’. Sujeito simples. Para que você saiba a função do pronome relativo, basta substituí-lo pelo termo que ele retoma e reescrever a frase a partir dele: “... os presentes lhe foram oferecidos”. Pergunta: o que lhe foi oferecido? Resposta: ‘os presentes’. Sujeito simples. Portanto o pronome relativo ‘que’ tem função também de sujeito. Tranquilo? Veja mais: Orações Subordinadas Adjetivas São equivalentes a um adjetivo, pois caracterizam um substantivo ou termo de valor substantivo; todas as orações subordinadas adjetivas exercem sempre função sintática de adjunto adnominal (ADN); sempre são iniciadas por pronome relativo: que, o qual, quem, quanto, cujo, onde, quando, como. Há dois tipos: explicativas e restritivas. Explicativas Vêm sempre separadas por vírgulas, travessões ou parênteses; modificam um termo, generalizando a ideia ou simplesmente tecendo um comentário extra sobre ele. Ex.: Brasília, que é a capital do Brasil, foi fundada em 1960. Brasília é a capital do Brasil, certo? Então, é só uma informação extra, acessória sobre Brasília. Restritivas Não vêm separadas por pontuação; limitam a significação do termo antecedente, por restringir um ser (ou alguns seres) dentre um grupo de seres. Ex.: Os alunos do Estratégia que estudaram as aulas anteriores não estão encontrando grandes dificuldades. São todos os alunos do Estratégia que não estão encontrando grandes dificuldades? Claro que não! Apenas alguns, ou seja, só aqueles que

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estudaram as aulas anteriores não estão encontrando grandes dificuldades; os que não fizeram isso estão sofrendo. (rs)

1- Valor semântico das orações adjetivas. Ex.: Ela saiu com o namorado — que mora em Ipanema. (explicativa)

Ela saiu com o namorado que mora em Ipanema. (restritiva) A frase 1 indica que ela tem SÓ um namorado, e ele mora em Ipanema. Já a 2ª frase indica que ela tem outros namorados; e eles moram em outros bairros. Percebeu que a pontuação fez toda a diferença?! 2- O antecedente do pronome relativo pode ser um pronome demonstrativo (o, a, os, as) Ex.: Eu comprei apenas o que me interessou. 3- Pronomes relativos e suas funções sintáticas É muito fácil reconhecer a função sintática do pronome relativo. Basta substituí-lo pelo termo anterior. Em seguida leia a frase a partir dele, analise-a sintaticamente. Pronto! Descobrir-se-á a função sintática da "criança". Vamos ver? Ex.: O livro que sumiu é meu. > O livro sumiu. > O que sumiu? > O livro sumiu.

Logo, a função do 'que' é sujeito. Vamos ver em detalhes: Como eu já disse, para determinar o papel sintático que o relativo desempenha, basta reconstruir a oração adjetiva que ele introduz, substituindo-o pelo termo antecedente a que se refere. O pronome relativo QUE é o realmente nos importa para a prova, ok? A) QUE (=O QUAL) Sujeito: O pronome relativo é o sujeito do verbo da oração subordinada adjetiva. Ex.: Comprei um livro que (=o qual) fez sucesso. (O livro fez sucesso) Objeto direto: O pronome relativo é o objeto direto do verbo da oração subordinada adjetiva. Ex.: Comprei um livro que (= o qual) você vai amar. (Você vai amar o livro) Objeto indireto: O pronome relativo é o objeto indireto do verbo da oração subordinada adjetiva. Ex.: Comprei um livro de que (= do qual) você vai gostar. (Você vai gostar do livro) Predicativo do sujeito: O pronome relativo é o predicativo do sujeito da oração subordinada adjetiva.

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Ex.: Este é o homem que (= o qual) eu serei algum dia. (Eu serei este homem algum dia) Complemento nominal: O pronome relativo é o complemento nominal da oração subordinada adjetiva. Ex.: Comprei um livro de que (= do qual) tinha necessidade. (Tinha necessidade do livro.) Agente da passiva: O pronome relativo é o agente da passiva da oração subordinada adjetiva. Ex.: Comprei um livro por que (= pelo qual) fiquei seduzido. (Fiquei seduzido pelo livro) Adjunto adverbial: O pronome relativo é o adjunto adverbial da oração subordinada adjetiva. Ex.: Comprei um livro de que (= do qual) falaram bem. (Falaram bem do livro) B) QUEM Pode exercer função de objeto direto preposicionado, objeto indireto, complemento nominal e agente da passiva pelos mesmos motivos que o QUE acima. C) CUJO Exerce sempre função sintática de adjunto adnominal. D) ONDE Exerce sempre função sintática de adjunto adverbial de lugar. E) COMO Exerce sempre função sintática de adjunto adverbial de modo. F) QUANDO Exerce sempre função sintática de adjunto adverbial de tempo. G) QUANTO (não usual nos concursos) Exerce função sintática de sujeito ou objeto direto.

28- GABARITO: B. Muito fácil! Bizu do Tesão! “Novos recortes surgiram (...), mas tão maleáveis e mutáveis (CAUSA) que não substituíram todas as funções sociais e psicológicas do velho sentimento grupal (CONSEQUÊNCIA).”

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29- GABARITO: D. Esta questão trata daquela velha e polêmica diferença entre CN e ADN. O complemento nominal vem ligado a um substantivo abstrato e o adjunto adnominal vê, normalmente, ligado a um substantivo concreto. Como mundo é concreto, ‘de tribos’ é adjunto adnominal. No caso do enunciado, o adjetivo benefícios exige um complemento, logo ‘a amplos setores’ é um complemento nominal. A confusão entre CN e ADN só ocorre quando o termo preposicionado está ligado a um substantivo abstrato. Se o termo preposicionado vier ligado a um adjetivo ou advérbio — Não respira! —, complemento nominal nas cabeças. 30- GABARITO: D. Os verbos prevalecer e participar são VTIs, exigem complemento preposicionado (objetos indiretos, respectivamente: ‘no conhecimento do torcedor comum sobre os dados históricos’ e ‘no rito das danças guerreiras’). FCC – TRT/MG (3R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2009 31- GABARITO: C. Há uma clara relação de causa e consequência entre ‘jogar toneladas de sedimentos no rio’ (causa) e ‘inviabilizar a navegação’ (efeito). Ou seja, os milhões de toneladas de sedimentos jogados no rio causam a impossibilidade de navegação no rio. Certo? FCC – TRT/MA (16R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2009 32- GABARITO: C. Cuidado com a inversão dos termos da oração!!! Isso pode te prejudicar. Coloque a frase na ordem direta: “Mas outro problema surge aqui”. Percebe que ‘outro problema’ é sujeito (problema é núcleo do sujeito)? Sobre a letra C: faz a perguntinha para achar o sujeito: “O que perde as cores?” Resposta: ‘as fitas de vídeo’. Foi?

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Entenda melhor sobre sintaxe e ordem direta dos termos da oração: Sintaxe

É a parte da gramática que trata da ordem, relação e função das palavras na frase.

Observe a seguinte frase:

Estratégia alunos os do próximo classificarão o se concurso para ano neste.

Ahn?! Estranha, não? Adivinha por quê? "Ah, Pestana, deve ter alguma coisa a ver com a sintaxe". Não tenha dúvidas, meu/minha nobre. Leia de novo acima a definição de sintaxe. Percebeu?

A definição acima diz: "...trata da ordem...", e ORDEM é sinônimo

de ORGANIZAÇÃO. Logo, você já chegou à conclusão desejada por mim: as palavras estão fora de... ordem, ou sequência — mais do que isso, elas estão tão embaralhadas que nem chegam a refletir a estrutura sintática da nossa língua. Até aí, tudo bem, certo?

Colocando-as na ordem (usual, comum, normal) sintática da língua

portuguesa, veja se não ficaria assim: Os alunos do Estratégia se classificarão para o próximo concurso neste ano.

Perfeito! Em outras palavras, os falantes da língua organizam as palavras mentalmente antes de formar frases; normalmente segue-se esta ordem: Sujeito, Verbo, Complemento e Adjunto (S V C A), chamada de ordem direta. Foi o que fiz.

Bem, o primeiro passo já foi cumprido: fazer você entender que a sintaxe da língua envolve a disposição, a sequência, a organização das palavras dentro da frase. Foi?! Maravilha. Vamos para o segundo passo.

Percebeu que determinadas palavras ficaram juntas de outras,

formando uma espécie de grupo/conjunto de palavras? Note o primeiro grupo (ou sintagma): Os alunos do Estratégia se classificarão para o próximo concurso neste ano.

Note agora o segundo grupo:

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Os alunos do Estratégia se classificarão para o próximo concurso neste ano.

Note o terceiro: Os alunos do Estratégia se classificarão para o próximo concurso neste ano.

Por fim, o quarto: Os alunos do Estratégia se classificarão para o próximo concurso neste ano. Ficou um arco-íris isso, não? ☺ Bem, a pergunta que não quer calar: “Tá, e aí, Pestana?”

Por que as palavras foram divididas em grupos (ou sintagmas)? Simples! Algumas inexoravelmente mantêm relações com outras, logo não podem vir desvinculadas. Vou explicar melhor. Se alguém perguntasse para você assim: Aluno(a), quem 'se classificará para o próximo concurso neste ano'? O que você responderia? "Os", ou "alunos", ou "do", ou "Estratégia", ou "Os alunos do Estratégia"?

Certamente seria esta sua resposta: "Os alunos do Estratégia".

Adivinha por quê? A resposta é que as palavras mantêm uma relação entre si. Ok? Está acompanhando? Então, continue.

Por fim, a função das palavras na frase, ou seja, a famosa função

ou classificação sintática dos termos da oração. Para os concursos, você tem de saber os nomes que são dados para classificar as funções que as palavras (ou os grupos de palavras) exercem na frase.

Você já teve aula disso alguma vez em sua vida, por isso, voltando para a frase exemplar, observe que o S é o sujeito, o V é o verbo, o C é o complemento e o A é o adjunto adverbial. Veja: Os alunos do Estratégia (S) se classificarão (V) para o próximo concurso (C) neste ano (A).

Acabamos de fazer uma breve análise sintática dos grupos de palavras nesta frase. Percebeu? É importante dizer também que os grupos de palavras (sintagmas) podem estar invertidos na frase: Para o próximo concurso (C) neste ano (A) os alunos do Estratégia (S) se classificarão (V).

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ou Neste ano (A) os alunos do Estratégia (S) se classificarão (V) para o próximo concurso (C). Tal inversão respeita a relação das palavras na frase, os sintagmas (grupos de palavras) continuam juntos. Percebeu? O que mudou apenas foi a ordem, por isso chamamos de ordem indireta/inversa. Esta ordem é prevista na Língua Portuguesa, pois reflete a estrutura sintática da nossa língua.

Enfim... a noção de sintaxe não é mais um mistério. Enquanto o objeto de estudo da Fonologia é o som das palavras, enquanto o objeto de estudo da morfologia é a forma das palavras, o objeto de estudo da sintaxe é a palavra dentro da frase, dentro da oração, dentro do período. 33- GABARITO: D. Já está escaldado, não é? Bizu do Tesão de novo: “hoje a mudança é tão rápida (CAUSA) // que o termo está saindo das expressões de todo dia (EFEITO)”. FCC – OFICIAL DE CHANCELARIA – 2009 34- GABARITO: C. Comento a letra B, pois tem a ver com a aula de hoje. Veja os contextos: “... como o inimigo que haveria de ser derrotado, acabou na verdade por nos vencer.” “... estaremos caindo numa sociedade do homem e da mulher medíocres onipresentes, governados por altas mediocridades.” Os termos preposicionados sublinhados não exercem a mesma função sintática, pois só o segundo exerce função sintática. O primeiro na verdade faz parte de uma locução verbal: “acabou por vencer”, não exercendo função sintática alguma. O segundo, sim, exerce função sintática de agente da passiva. Voz passiva analítica: “... (sendo) governados por altas mediocridades” = voz ativa: “... altas mediocridades nos governando”. Este teste de passagem de voz verbal ajuda muito a identificação do agente da passiva. Se você pensou que ‘por altas mediocridades’ era complemento nominal, enganou-se.

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Veja mais: Agente da passiva (AGP) É o complemento de um verbo na voz passiva precedido da preposição por ou de; o núcleo normalmente é um nome. Voz passiva analítica Sujeito paciente + locução verbal + agente da passiva. Ex.: O cantor ficou rodeado de fãs.

Os governantes foram repreendidos pelo povo.

1- O agente da passiva corresponde ao sujeito da ativa. Ex.: Os fãs rodearam o cantor = O cantor ficou rodeado por/de fãs. 2- O agente da passiva pode estar indeterminado se o sujeito da ativa for indeterminado. Ex.: Nossas casas foram atacadas (por alguém) ontem. 3- Diferença entre AGP e CN Simples: Se você conseguir passar da passiva para a ativa, mantendo o significado, achará a resposta a sua dúvida. Ex.: O rapaz foi apaixonado pela colega. (CN) = A colega apaixonou o rapaz???

O rapaz foi assediado pela colega. (AGP) = A colega assediou o rapaz.

35- GABARITO: A. Só selecionei esta questão, pois senti necessidade profunda de comentar a letra E. Alguns concursos trabalham questões com truncamento sintático. A FCC fez o mesmo, mas explicou o que vem a ser frase truncada, a saber: ‘frase em que faltam elementos sintáticos essenciais à expressão de um sentido completo, só apreensível com o apoio do contexto’. Não é o caso de: “Que ela tem um componente subjetivo é sabido”, pois, neste caso, estamos diante de uma inversão da oração principal ‘é sabido’ e da oração subordinada substantiva subjetiva ‘que ela tem um componente

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subjetivo’. A ordem direta seria: “É sabido que ela tem um componente subjetivo”. Exemplo de truncamento sintático (frase truncada): “Encontrei todos os meus amigos no sítio cujo dono.” Percebe que falta uma parte da construção sintática da oração subordinada adjetiva iniciada pelo ‘cujo’? Deveria estar assim, por exemplo, para evitar o truncamento: “Encontrei todos os meus amigos no sítio cujo dono... era meu tio, ou havia viajado, ou viria a ser eu, etc.” Ficou claro? Fique esperto! FCC – MPE/RS – SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS – 2008 36- GABARITO: B. O termo preposicionado do enunciado completa o sentido do nome assistência, logo é um complemento nominal. O mesmo se dá com a contrabando, que é complemento nominal do substantivo repressão. 37- GABARITO: A. Os verbos suspender e botar são VTDs, exigem objetos diretos. Quem suspende, suspende algo/alguém. Quem bota, bota algo. Está claro? Os objetos diretos são, respectivamente: ‘o garotinho’ e ‘a mão’. FCC – MPE/RS – ASSESSOR – 2008 38- GABARITO: D. Na letra D, o termo ‘a autoridade’, objeto direto, completa o sentido do verbo perder, que é transitivo direto. O pronome relativo ‘que’ exerce função sintática de objeto direto igualmente. Lembre: substitua o relativo pelo antecedente; veja: “... o vinho eu lhe oferecera”, ou seja, colocando na ordem direta: “... eu lhe oferecera o vinho” (o verbo é transitivo direto e indireto: quem oferece, oferece algo (o vinho) a alguém (lhe)). 39- GABARITO: A.

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Muito difícil cair uma questão de paralelismo sintático. O que vem a ser isso? Por definição, paralelismo sintático tem a ver com a repetição de estruturas sintáticas semelhantes: sujeitos repetidos, objetos repetidos, orações coordenadas repetidas, orações subordinadas repetidas, enfim... termos ou orações sintaticamente semelhantes repetidos, um ao lado do outro, numa enumeração; exemplos: João, José, Maria, Joaquim voltaram. Comprei bola, tênis, meias, luvas. Eu acordei, voltei a dormir, acordei de novo, tomei banho, comi alguma coisa... Quando não tinha nada, eu quis Quando tudo era ausência, esperei Quando tive frio, tremi Quando tive coragem, liguei (...) Na letra A, temos a repetição de orações reduzidas com o verbo no gerúndio: “... eu tentando... ele descrevendo...”. Aqui está o paralelismo sintático. Há mais estruturas em que ocorre paralelismo sintático neste texto, mas a que responde ao questionamento do enunciado é a letra A. FCC – TRT/SP (2R) – TÉCNICO JUDIICÁRIO – 2008 40- GABARITO: A. O sujeito do verbo “teve” é ‘a cidade’; o sujeito do verbo “dar” é ‘a cidade’; o sujeito do verbo “evoluir” é elíptico (o homem). Logo a letra A está incorreta. FCC – TRT/GO (18R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2008 41- GABARITO: A. A afirmação da letra A está equivocada porque só há duas orações coordenadas entre si: “a procura de alimentos de origem animal cresceu naqueles países e criou um desafio para os produtores e também para os plantadores de soja e de cereais usados na fabricação de rações”. O segundo ‘e’ liga dois termos coordenados: os complementos nominais ‘para os produtores’ e ‘para os plantadores de soja’. O terceiro ‘e’ liga dois termos coordenados: os adjuntos adnominais ‘de soja’ e ‘de cereais’.

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Há uma terceira oração: “usados na fabricação de rações”. É subordinada adjetiva restritiva reduzida de particípio. Veja como é possível desenvolvê-la: “Assim, a procura de alimentos de origem animal cresceu naqueles países e criou um desafio para os produtores e também para os plantadores de soja e de cereais que são usados (ou que se usam) na fabricação de rações.” Boa questão! Qualquer dúvida, às ordens! FCC – ISS/SP – AUDITOR-FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL (GESTÃO TRIBUTÁRIA) – 2012 42- Há equivalência sintática, porque há paralelismo sintático (repetição de estrutura sintática semelhante), mas não há equivalência semântica, pois cada oração apresenta ideias diferentes. O paralelismo sintático se dá por meio da repetição de orações subordinadas substantivas predicativas (restaurar a ordem antiga, apelar ao antigo conhecimento do certo e do errado, mobilizar os velhos instintos de ordem e segurança), logo há equivalência sintática. E só sintática, por isso está errada a letra E. As provas da FCC recentes têm trabalhado assuntos gramaticais diluídos nas opções de uma só questão. Fique ligado nesse padrão! FCC – TRE/SP – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2012 43- GABARITO: C. Vejamos uma por uma: A: O sujeito do primeiro verbo é “Muitos”; do segundo verbo é “as toneladas da vítima”. B: “Todos” é o sujeito explícito. Que questão boba! C: Quem anuncia anuncia alguma coisa (umas bigigangas; objeto direto) D: A minha aflição já podia ser recolhida por mim (voz verbal passiva analítica). Logo, há sim a possibilidade de transposição de voz ativa. E: Logo equivale a exatamente, um advérbio de modo. FCC – TRF (2R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2012 44-

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GABARITO: B. Se for possível reescrever uma oração reduzida iniciada por “para...” por “a fim de ou para que...”, ela será subordinada adverbial final, isto é, uma oração que indica semanticamente finalidade, propósito, intenção. Veja: uma espécie de religiosidade de resultados, que invoca as forças celestes a fim de garantir as ambições terrenas dos fiéis ou uma espécie de religiosidade de resultados, que invoca as forças celestes para que garantam as ambições terrenas dos fiéis. Simples assim! FCC – INSS – PERITO MÉDICO PREVIDENCIÁRIO – 2012 45- GABARITO: C. Para acertar uma questão como essa, é preciso dominar conjunções e preposições (conectivos que iniciam orações coordenadas, subordinadas e reduzidas). Se souber bem, não erra nunca! Veja uma por uma: (A) Há felicidade coletiva // quando são adequadamente observados os itens que tornam mais feliz a sociedade. (tempo) (B) E a sociedade será mais feliz // se todos tiverem acesso aos básicos serviços públicos de saúde... (condição) (C) A educação, a segurança, a saúde, o lazer, a moradia e outros mais são considerados direitos fundamentais de cunho social pela Constituição // exatamente por serem essenciais ao bem-estar da população no seu todo. (consequência/causa; logo, se há uma causa, há uma consequência; neste caso, a causa vem esclarecida após a apresentação da conseqüência, de acordo com o pedido do enunciado) (D) ... por dizer a Constituição serem os direitos sociais essenciais à busca da felicidade, // se vai, então, forçar os entes públicos a garantir condições mínimas de vida ... (neste caso, veio primeiro a causa, depois a consequência) (E) O povo pode ter intensa alegria, por exemplo, ao se ganhar a Copa do Mundo de Futebol, // mas não há felicidade coletiva, e sim bem-estar coletivo. (adversidade, oposição) 46- GABARITO: E. Esta questão mistura regência nominal com a questão da diferença entre complemento nominal e adjunto adnominal. Qual é a diferença? A essa

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altura do campeonato, já sabemos, não é? Mas não custa relembrar a diferença mais importante: o complemento nominal tem valor passivo e o adjunto adnominal tem valor ativo (ou de posse). No enunciado, note que o adjetivo exige um complemento nominal iniciado pela preposição A. O que é essencial é essencial A (ou PARA). A opção E é a única que não apresenta um nome exigindo um complemento, ademais “de cada pessoa” indica posse em relação a “valores”, logo é um adjunto adnominal. Veja as demais: (A) a observância da felicidade coletiva. (B) acesso aos básicos serviços públicos. (C) crença na contínua evolução da sociedade. (D) a pretensão legítima ao seu atendimento. Todos os termos sublinhados são complementos nominais, pois são termos exigidos pelos nomes negritados. 47- GABARITO: E. Sofrer e precisar são verbos transitivos indiretos. Ambos exigem um complemento (objeto indireto) iniciado pela preposição “de”. FCC - TCE/SP – AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA – 2012 48- GABARITO: B. Interferir e lidar são verbos transitivos indiretos. Ambos exigem um complemento (objeto indireto) iniciado pela preposição “de” e “com”, respectivamente. ---------------------------------------------------------------------------------- Para fechar com chave de ouro, outro poema sintático inspirador:

Um simples verbo transitivo Palmira Heine

Era um simples verbo transitivo

Inseguro, incompleto mas direto. Procurava alguém que pudesse completá-lo.

Perdido na sintaxe entre predicados e adjuntos, enchia-se de metáforas e buscava

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um complemento. Já havia se encantado com um vocativo

que vivia chamando seu nome e também com um sujeito indeterminado que

ainda estava em busca de sua identidade mas não sentiu por eles nenhum sentimento

hiperbólico. Foi quando se encontrou com um

complemento sem preposição que mexeu com seu coração.

Era assim um objeto direto, decidido e também incompleto.

Sentiu que estava diante de seu grande amor. Foi assim que o verbo transitivo se juntou com

o objeto direto E em vários contextos, textos, contos e poesias

Formou famílias de frases com sentidos diferentes.

Um beijo poético do Pest no coração! Pestana [email protected] ou [email protected]