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1 Aula 05 - Solidificação e Equilíbrio Desenvolvimento das Microestruturas sob condições de Equilíbrio e de Não Equilíbrio Diagrama Fe-C Disciplina : Metalurgia Física- MFI Professores: Guilherme Ourique Verran - Dr. Eng. Metalúrgica Evolução da estrutura para um Sistema Isomorfo (Cu- Ni) resfriando sob Condições de Equilíbrio Estrutura policristalina e monofásica Metalurgia Física Diagramas de Equilíbrio

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Aula 05 - Solidificação e Equilíbrio

Desenvolvimento das Microestruturas sob condições de Equilíbrio e de Não Equilíbrio

Diagrama Fe-C

Disciplina : Metalurgia Física- MFIProfessores: Guilherme Ourique Verran - Dr. Eng. Metalúrgica

Evolução da estrutura para

um Sistema Isomorfo (Cu-Ni) resfriando sob Condições de Equilíbrio

Estrutura policristalina e monofásica

Metalurgia FísicaDiagramas de Equilíbrio

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Evolução da estrutura para um Sistema Isomorfo (Cu-

Ni) resfriando sob Condições de Não Equilíbrio

Ocorrência de gradientes de concentração ao longo dos grãos

Zoneamento (“Coring”)

Segregação

Forma de eliminaçãoTratamento Térmico (Homogeneização)

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Representação esquemática do resfriamento sob

Condições de Equilíbriopara uma liga Pb-Sn com

composição C1 .

Estrutura Policristalina e Monofásica a

temperatura ambiente

% de Soluto não excedeao limite de máxima solubilidade

sólida

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Representação esquemática do resfriamento sob Condições de

Equilíbrio para uma liga Pb-Sncom composição C2 .

Estrutura Policristalina e Polifásica a temperatura

ambiente

% de Soluto excedeao limite de máxima solubilidade sólida

Ao longo do resfriamento as partículas da fase β vão crescer

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Representação esquemática do resfriamento sob Condições de Equilíbrio para uma liga Pb-Sn com composição

Eutética (C3 )

Na temperatura eutética (1830C) a fase líquida se transforma em uma estrutura formada por

lamelas de α e β.

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Micrografia de uma liga Pb-Sn com composição eutética, formada por lamelas de solução sólida α rica em Pb

(escuras) e lamelas de solução sólida β rica em Sn (claras), aumento 375x.

Um microconstituinte

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Representação esquemática da formação da estrutura eutética para o sistema Sn-Pb.

O processo de redistribuição do Sn e do Pb ocorre por difusão no líquido à frente da interface eutético-líquido.

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Representação esquemática do resfriamento sob Condições de Equilíbrio para uma liga Pb-Sn que cruza

a isoterma eutética (C4 )

Na temperatura ambiente a liga é constituída por grãos da fase primária α e

grãos do eutético(α + β)

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Micrografia de uma liga Sn-Pb com composição hipoeutética 50Pb-50Sn, mostrando fase α primária rica em Pb(regiões escuras) em uma estrutura eutética lamelar(lamelas claras de β rica em Sn e lamelas

escuras de α rica em Pb), aumento 400x.

Dois microconstituintes

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Utilização dos D.E. no entendimento dos diferentes tipos de solidificação de metais e/ou ligas

Solidificação de Metais Puros

Solidificação MonofásicaLiga com grande ∆T

Solidificação Polifásica Ocorrência de reação eutética

Solidificação MonofásicaLiga com pequeno ∆T

∆T = Tliquidus – Tsólidus → Intervalo de Solidificação

Ce

TB

αTe

T

TA

α + β

β

A B

β + Lα + L

e

C1

L

C2

Linha LiquidusLinha Solidus

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Aula 04.b: Estudo do Diagrama Fe-C

Disciplina : Metalurgia Física- MFIProfessor: Guilherme Ourique Verran - Dr. Eng. Me talúrgica

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O Sistema Fe-C

• Base fundamental para estudo e entendimento dos materiais estruturais mais utilizados em Metalurgia: os chamados Metais Ferrosos

• Pode-se classificar os materiais ferrosos quanto ao teor de C presente em dois grandes grupos de materiais metálicos:

Aços: ligas Fe-C com teores de C até 2,11 % ( nos aços ao C comuns o teor de C normalmente vai até 1,0-1,2%.

Ferros Fundidos: ligas Fe-C com teores de C acima de 2,11% (na prática entre 2,5 a 4,5 % C).

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AçosFerros

Fundidos

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Importância do Diagrama Fe-C como ferramenta didática no estudo da Metalurgia Física

• Transformações de Fases

Sólido-Liquido

No Estado Sólido

• Solidificação

Aços Intervalo de Solidificação

Ferros Fundidos Eutéticos

Ligas com diferentes modelos de solidificação

Diferenças na aptidão ao processo de Fundição

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• Reações Invariantes

Peritética

Eutetóide

Eutética

• Transformação Alotrópica ou Polimórfica

a 9120 C

Feα ⇔ Feγ(CCC) (CFC)

Fe γ ⇒ Feα + Fe3C

Fe L ⇒ Fe γ + Fe3C

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Feα (CCC) ⇔ Feγ (CFC)

• Solução Sólida IntersticialÁtomos de C entram nos interstícios do reticulado

cristalino do Fe

Existe um “buraco” relativamente grande no

centro da célula unitária do Fe (CFC) no qual o C entra formando uma SSI de Fe

No Fe (CCC) os interstícios entre átomos são muito pequenos ⇒ a solubilidade do C no Fe (CCC) é muito pequena.

• Relação entre Estrutura Cristalina e Solubilidade Sólida

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Relações:

Transformações de Fases Equilíbrio Difusão

Reações ou Transformações

no Equilíbrio

Envolvem Difusão

Necessitam de tempo para sua

ocorrência

Reações ou Transformações no Equilíbrio Estável

⇒Resfriamentos Lentos ou

Longos Ciclos de Aquecimento

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• Estabilidade de Fases e Equilíbrio

Equilíbrio Estável

Equilíbrio Metaestável

Aços Equilíbrio Estável

Equilíbrio Metaestável

Decomposição da Austenita

Reações Martensítica ou

Bainítica

• Fases (ou microconstituintes) Estáveis

• Microconstituintes Metaestáveis

Ferrita - Perlita Cementita

Martensita - Bainita

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Aços Comuns( ao Carbono)

Região do Diagrama Fe-C relativa aos aços mostrando linhas de resfriamento para diferentes

composições

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Aços

Resfriamento de um Aço de composição Eutetóide (1080)sob condições de equilíbrio.

À 7270 C ocorre a reação eutetóide (decomposição da

austenita)

Fe γ ⇒ Feα + Fe3C

Envolve a difusão de carbono

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Micrografia mostrando estrutura 100% perlítica resultante da decomposição eutetóide de um aço 1080

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Mecanismo de formação de um estrutura perlítica resultante da decomposição eutetóide de um aço.

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Resfriamento de um Aço de composição Hipoeutetóide (1020)

sob condições de equilíbrio.

Abaixo da linha A3 ocorre formação de Ferrita Pró-Eutetóide

À 7270 C a Austenita restante sofre reação eutetóide,

formando a perlita.

Estrutura Resultante: combinação de grãos de ferrita

pró-eutetóide e perlita

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Micrografia mostrando estrutura de um aço hipoeutetóide formada por grãos de perlita e ferrita pró-eutetóide.

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Resfriamento de um Aço de composição Hipereutetóide sob

condições de equilíbrio.

Abaixo da linha Acm ocorre formação de Cementita Pró-

Eutetóide

À 7270 C a Austenita restante sofre reação eutetóide, formando

a perlita.

Estrutura Resultante: combinação de grãos de perlita

e cementita pró-eutetóide

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Micrografia mostrando estrutura de um aço hipereutetóide formada por grãos de perlita com cementita pró-eutetóide.

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Esboço do Diagrama Fe-C mostrando as

faixas de temperaturas

usuais dos diferentes

processamentos

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Ferros Fundidos

Equilíbrio Estável

Equilíbrio Metaestável

Fe-C

Fe- Fe3C

Solidificação de acordo com o Equilíbrio Estável

Sistema Fe-CPresença de C na forma livre

(Grafita)

Solidificação de acordo com o Equilíbrio

MetaestávelSistema Fe-Fe3C

Todo o C na forma combinada (Carboneto de Fe)

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Ferros Fundidos

Fe-C Ferros Fundidos Cinzentos (com Grafita Livre)

Fe-Fe3C Ferros Fundidos Brancos

Fe-C e Fe-Fe3CFerros Fundidos

Mesclados

Ferros Fundidos com Grafita Livre

Ferros Fundidos Cizentos Grafita Lamelar

Ferros Fundidos Nodulares Grafita Esferoidal

Ferros Fundidos Vermiculares Grafita Compacta

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Diagrama Duplo Fe-C para Ferros Fundidos

Temperatura abaixo da qual pode solidificar o eutético Austenita-Cementita

Temperatura abaixo da qual pode solidificar o eutético Austenita-Grafita

Carbono Equivalente (%)

Tem

pera

tura

(0 C)

1100

1140

1180

1220

1260

1300

3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4

L

L + Feγ

L + Grafita

L + Fe3C

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