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Conhecimentos Bancários, Atualidades e Técnicas de Vendas para BB – Teoria e Exercícios Aula 06 – Garantias Profs.: César de Oliveira Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Henrique Campolina 1 Olá, Futuro Funcionário Concursado do BB! Animados para mais uma aula? Eu e o professor César alteramos a ordem de disponibilização das aulas 6 a 11. Portanto, hoje abordaremos: Garantias do Sistema Financeiro Nacional: ¾ Aval; ¾ Fiança; ¾ Fiança Bancária; ¾ Penhor Mercantil; ¾ Alienação Fiduciária; ¾ Hipoteca. Vamos trazer toda a parte teórica e, em seguida, exercícios de concursos já realizados que trataram destes temas. Transcreveremos os pertinentes artigos das leis durante a parte teórica e, também, nas resoluções dos exercícios. Prefiro analisarmos os exercícios misturados, pois será assim que os encontraremos na hora da prova. As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: [email protected] [email protected] Boa aula para todos nós! Prof. Henrique Campolina Fevereiro/2015 Aula 6 – Garantias

Aula 06

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    Ol, Futuro Funcionrio Concursado do BB! Animados para mais uma aula?

    Eu e o professor Csar alteramos a ordem de disponibilizao das aulas 6 a 11. Portanto, hoje abordaremos: Garantias do Sistema Financeiro Nacional: Aval; Fiana; Fiana Bancria; Penhor Mercantil; Alienao Fiduciria; Hipoteca.

    Vamos trazer toda a parte terica e, em seguida, exerccios de concursos j realizados que trataram destes temas. Transcreveremos os pertinentes artigos das leis durante a parte terica e, tambm, nas resolues dos exerccios.

    Prefiro analisarmos os exerccios misturados, pois ser assim que os encontraremos na hora da prova.

    As crticas ou sugestes podero ser enviadas para: [email protected] [email protected]

    Boa aula para todos ns! Prof. Henrique Campolina

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    SUMRIO Garantias do Sistema Financeiro Nacional .................................................... 3 Aval ..................................................................................................... 3 Fiana .................................................................................................. 8 Fiana Bancria ................................................................................... 16 Penhor Mercantil .................................................................................. 18 Alienao Fiduciria ............................................................................. 21 Hipoteca ............................................................................................. 23 Questes Resolvidas ............................................................................... 27 Questes Propostas................................................................................. 62 Gabarito ................................................................................................ 76 Bibliografia ............................................................................................ 76

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    GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL AVAL O aval, instituto jurdico prprio do Direito Cambirio, uma declarao unilateral, cambial, eventual e sucessiva, por meio da qual o signatrio1 assume a solidariedade passiva pela obrigao constante do ttulo de crdito. Vamos entender este conceito. Primeiramente, vamos traduzi-lo em uma figura de fcil compreenso e memorizao. Lembrando que quem presta o aval o avalista, enquanto por quem o aval concedido chamado de avalizado:

    Por que falamos ser uma declarao unilateral? Ora o avalista que assume a solidariedade passiva pela obrigao contida no ttulo de crdito. Guardem o seguinte importante detalhe: o avalista garante a obrigao assumida pelo avalizado no ttulo de crdito e nada mais que isto. errado quem disser que o avalista garante o avalizado. Ela eventual, pois no h uma obrigatoriedade da presena do avalista num ttulo de crdito. O adimplemento da obrigao pode ou no ser garantido por aval.

    1 Signatrio: Que ou aquele que assina um documento, carta, recibo, etc. (fonte: stio oficial do Dicionrio Priberam da Lngua Portuguesa Online (www.priberam.pt/dlpo)

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    uma declarao sucessiva pela possibilidade de ocorrerem mais de um aval, no momento de emisso do ttulo de crdito ou posteriormente. Pode haver, conforme estudaremos mais adiante, o aval do aval. Vamos, ento, localizar no ordenamento jurdico brasileiro a previso legal do aval: est l no nosso Cdigo Civil (CC), Lei n 10.406, de 10.01.2002, no captulo que trata dos Ttulos de Crditos, a partir do art. 897, que j diz:

    Art. 897. O pagamento de ttulo de crdito, que contenha obrigao de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval. Pargrafo nico. vedado o aval parcial. (CUIDADO COM ESTE DISPOSITIVO, ELE NO TRAZ UMA REGRA ABOSULTA VEJAM OS COMENTRIOS A SEGUIR)

    A est a previso legal do aval. Quanto ao aval parcial, preciso que observemos a disposio contida no art. 903 do CC. Confiram:

    Art. 903. Salvo disposio diversa em lei especial, regem-se os ttulos de crdito pelo disposto neste Cdigo.

    Assim, na ausncia de norma especfica para determinado ttulo de crdito (como, por exemplo, para as duplicatas), no se admite o aval parcial. Mas existem outras normas que dispem contrariamente ao artigo acima, sendo, portanto, admissvel o aval no integral. Vejam estes exemplos:

    - Lei Uniforme (que trata da Letra de Cmbio e da Nota Promissria) prev em seu artigo 30: Art. 30 O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval. Esta garantia dada por um terceiro ou mesmo por um signatrio da letra.

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    - Lei do Cheque (Lei n 7.357/1985, que dispe sobre o cheque e d outras providncias2) prev em seu artigo 29: Art . 29 O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatrio do ttulo. (grifos nossos)

    Como deve ser realizada esta declarao? Para responder a esta pergunta, transcreveremos o artigo seguinte do CC. Vejam:

    Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do prprio ttulo. 1 Para a validade do aval, dado no anverso do ttulo, suficiente a simples assinatura do avalista. 2 Considera-se no escrito o aval cancelado.

    Vejam que por este dispositivo, o local apropriado para o registro desta declarao o anverso do ttulo (se verso atrs do documento, anverso a frente). Sendo feito neste local, a simples assinatura do avalista poder ser suficiente para sua validade. Por que pode ser suficiente? Isto no uma regra absoluta, pois o aval na face do ttulo (anverso) pode resultar na simples assinatura do avalista, desde que no seja assinatura do sacado ou do emitente ou do aceitante. Mas nada impede que o aval seja registrado no verso do ttulo, como prev o artigo acima transcrito. Nestes casos, preciso que a assinatura do avalista venha acompanhada de uma expresso do tipo por aval ou bom para aval ou avalizo ou garanto o pagamento ou outra com teor equivalente. Existe validade de aval escrito em folha anexa ao ttulo de crdito? Novamente, nosso ordenamento jurdico traz situaes diferentes. A regra geral (CC) diz que o aval deve ser dado no verso ou anverso do prprio ttulo

    2 Ementa da Lei 7.357, de 02.09.1985

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    (art. 898 acima), mas, voltando ao artigo 903 do CC, poder haver disposio diversa em legislao especfica (especial). E, novamente, a Lei Uniforme (art. 31) traz o seguinte:

    Art. 31 O aval escrito na prpria letra ou numa folha anexa. Exprime-se pelas palavras "bom para aval ou por qualquer frmula equivalente; e assinado pelo dador do aval. O aval considera-se como resultante da simples assinatura do dador aposta na face anterior da letra, salvo se se trata das assinaturas do sacado ou do sacador. (grifo nosso) O aval deve indicar a pessoa por quem se d. Na falta de indicao, entender-se- ser pelo sacador.

    Seguindo no Cdigo Civil, encontramos outra importante disposio acerca do avalista:

    Art. 899. O avalista equipara-se quele cujo nome indicar; na falta de indicao, ao emitente ou devedor final. 1 Pagando o ttulo, tem o avalista ao de regresso contra o seu avalizado e demais coobrigados anteriores. 2 Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigao daquele a quem se equipara, a menos que a nulidade decorra de vcio de forma.

    Vejam os importantes desdobramentos deste dispositivo: o avalista assume posio idntica do avalizado. Assim, vencido o ttulo, possvel exigir o adimplemento da obrigao pelo avalista, independente de ter havido uma anterior cobrana do avalizado. por isto que falamos ser uma responsabilidade solidria. Importante no passar despercebido por ns a disposio contida no 1 deste artigo, que trata do direito do avalista ao de regresso contra seu avalizado e coobrigados anteriores.

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    Em outras palavras, o avalista quita a obrigao do ttulo e, em seguida, cobra de seu avalizado ou, quando houver, de coobrigados anteriores ao seu aval.

    Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado.

    Neste ponto, a Doutrina traz correntes divergentes, com autores entendendo que o aval dado aps o vencimento do ttulo equipara-se fiana (que estudaremos no prximo item) e a maioria dos doutrinadores no consideram esta equiparao. Algumas classificaes ou denominaes que encontramos acerca dos tipos de aval so: Aval em preto: aval que especifica expressamente a pessoa avalizada; Aval em branco: ao contrrio do aval em preto, no h indicao do

    avalizado, que presumvel (geralmente o emitente do ttulo); Avais sucessivos: conforme j falamos, o aval de aval. Assim,

    avalista avaliza outro avalista; Avais simultneos: mais de um aval, garantindo a mesma obrigao.

    Antes de irmos para a fiana, gostaria de trazer importantes disposies do CC relacionadas ao aval: como deve ser o aval de uma pessoa casada? Vejam o que dizem os artigos 1.647 e 1.648 do CC:

    Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cnjuges pode, sem autorizao do outro, exceto no regime da separao absoluta: I - alienar ou gravar de nus real os bens imveis; II - pleitear, como autor ou ru, acerca desses bens ou direitos; III - prestar fiana ou aval; IV - fazer doao, no sendo remuneratria, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meao. Pargrafo nico. So vlidas as doaes nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada. Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cnjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossvel conced-la. (grifo nosso)

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    E, caso o aval (ou a fiana, j adiantando tema do nosso prximo item) seja prestado sem autorizao do cnjuge (desde que no esteja casado no regime de separao absoluta), esse poder solicitar seu invalidao (ou resciso do contrato de fiana), com base no art. 1.642 do CC:

    Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente: I - praticar todos os atos de disposio e de administrao necessrios ao desempenho de sua profisso, com as limitaes estabelecida no inciso I do art. 1.647; II - administrar os bens prprios; III - desobrigar ou reivindicar os imveis que tenham sido gravados ou alienados sem o seu consentimento ou sem suprimento judicial; IV - demandar a resciso dos contratos de fiana e doao, ou a invalidao do aval, realizados pelo outro cnjuge com infrao do disposto nos incisos III e IV do art. 1.647; V - reivindicar os bens comuns, mveis ou imveis, doados ou transferidos pelo outro cnjuge ao concubino, desde que provado que os bens no foram adquiridos pelo esforo comum destes, se o casal estiver separado de fato por mais de cinco anos; VI - praticar todos os atos que no lhes forem vedados expressamente. (grifo nosso)

    FIANA A fiana um instituto do Direito Contratual: afianam-se devedores em contratos. O Cdigo Civil trata da fiana nos artigos 818 a 839, comeando por sua definio (art. 818):

    Art. 818. Pelo contrato de fiana, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigao assumida pelo devedor, caso este no a cumpra.

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    Desta forma, fiana um contrato pelo qual uma pessoa se obriga perante o credor a satisfazer a obrigao assumida pelo devedor, no caso desse ficar inadimplente. Assim como o aval, a fiana um tipo de garantia pessoal e fidejussria. Outra figura para facilitar nossas memorizaes:

    A fiana decorrente de ato formal, devendo ser escrita, conforme dispe o art. 819 do CC:

    Art. 819. A fiana dar-se- por escrito, e no admite interpretao extensiva.

    O exemplo mais clssico e didaticamente mais utilizado ocorre nos contratos de locao: quando o proprietrio (locador = credor), para alugar seu imvel a algum (locatrio = devedor), exige que seja firmado com contrato de fiana com outra pessoa (fiador), para garantir o pagamento do aluguel. Interessante deixarmos registrados que o contrato de fiana classificado como acessrio, ou seja, necessrio haver a validade da obrigao principal para o contrato de fiana existir.

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    Alm da acessoriedade, o contrato de fiana tambm possui a caracterstica de subsidiariedade, pois a execuo da fiana est vinculada inexecuo do contrato principal. Desta forma, em nosso exemplo, o locador s poder cobrar o aluguel do fiador aps t-lo cobrado do devedor principal, ou seja, do locatrio. Por ser um contrato, que regido pelo princpio da autonomia das vontades das pessoas envolvidas, pode haver uma clusula de solidariedade, o que, nestes casos, permitir ao credor acionar diretamente o fiador. Na Doutrina, existe a corrente que entende ser a fiana um contrato unilateral, com a obrigao do fiador para com o credor, sem que este assuma qualquer compromisso com aquele. Mas h doutrinadores, como Bevilqua3, que entendem ser a fiana um contrato bilateral imperfeito. Para esta corrente, apesar de haver um desequilbrio na relao contratual, o fiador tambm obtm vantagens. Quando perguntamos: Quem pode ser fiador? Busquemos os artigos 825 e 826 do CC para nos auxiliar. Leiam comigo:

    Art. 825. Quando algum houver de oferecer fiador, o credor no pode ser obrigado a aceit-lo se no for pessoa idnea, domiciliada no municpio onde tenha de prestar a fiana, e no possua bens suficientes para cumprir a obrigao. Art. 826. Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poder o credor exigir que seja substitudo.

    3 Clvis Bevilqua: Jurista, legislador, filsofo e historiador brasileiro. Um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Foi o autor do projeto do Cdigo Civil brasileiro em 1901, que foi promulgado em 1916 e vigiu at a Lei n 10.406, de 10.01.2002.

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    Tambm precisamos resgatar as regras gerais do Direito Civil relativas validade de um negcio jurdico previstas no art. 104 do CC:

    Art. 104. A validade do negcio jurdico requer: I - agente capaz; II - objeto lcito, possvel, determinado ou determinvel; III - forma prescrita ou no defesa em lei.

    Desta forma, conclumos que o fiador dever ser pessoa capaz (pessoa fsica maior de 18 anos ou emancipada) ou solvente (pessoa jurdica com patrimnio positivo). Ou seja, ele dever ter capacidade civil para exercer a livre e ampla administrao de seus bens, alm de ser legitimado a estipular tal contrato. O analfabeto poder ser fiador, desde que, conforme determina a jurisprudncia majoritria, seja dada por meio de um instrumento pblico. Pela leitura dos 2 artigos acima, podemos concluir, que desejvel, a fim de que seja aceito pelo credor, que o fiador: Seja pessoa idnea; Seja domiciliada no municpio onde tenha que prestar a fiana; Possua bens suficientes para cumprir a obrigao, caso necessrio.

    O cnjuge poder ser fiador, conforme vimos no item anterior, mas ser exigido o consentimento do companheiro, sob pena da fiana se tornar anulvel. Salvo nos casos dos cnjuges casados em regime de separao absoluta (art. 1.647 dod CC). Importante: no ato nulo, mas anulvel. Em contrapartida, no podem ser fiadores: Pessoa jurdica cujo contrato social/estatuto veda expressamente tal ato; Entidades pblicas; Menores de 18 anos e no emancipados, nem mesmo representados ou

    assistidos pelos pais ou tutores; Os prdigos sem assistncia do curador;

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    Os absolutamente incapazes; O cnjuge (salvo separao absoluta), sem o consentimento do outro,

    sob pena da fiana se tornar anulvel. Silvio de Salvo Venosa, em seu livro Direito Civil: Contratos em Espcie, ensina:

    Sob determinadas circunstncias, certas pessoas esto limitadas em sua capacidade de prestar fiana. Os arts. 61 e 68 do Cdigo Comercial proibiam os leiloeiros e corretores de assumirem fiana nos negcios em que atuarem. A pessoa jurdica pode prestar fiana nos termos de seus estatutos e instrumentos reguladores. Os mandatrios necessitam de poderem expressos.4

    A fiana poder ser: Convencial: ajustada pelas partes; Legal: autorizada por lei; Judicial: imposta por sentena judicial.

    Outra disposio importante trazida pelo CC refere-se possibilidade da fiana ser dada em valor inferior ou menos oneroso que a obrigao principal. E caso exceda a principal, estar, automaticamente, limitada obrigao afianada. Confiram comigo o artigo 823:

    Art. 823. A fiana pode ser de valor inferior ao da obrigao principal e contrada em condies menos onerosas, e, quando exceder o valor da dvida, ou for mais onerosa que ela, no valer seno at ao limite da obrigao afianada.

    Diante destes estudos, podemos elencar algumas das principais caractersticas da fiana: Natureza contratual; Ato formal (deve ser, obrigatoriamente, assumida na forma escrita);

    4 VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: Contratos em Espcie. 10 ed. So Paulo: Atlas, 2010, pg. 414

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    Ato voluntrio; Acessoriedade (pressupe a existncia de um contrato principal); Subsidiariedade (fiador s responder pela dvida se o devedor principal

    no cumpri-la). Lembrete: possvel haver a solidariedade entre devedor e fiador, se tal aspecto estiver estipulado no contrato.

    Em princpio, um instituto gratuito (fiador se obriga perante o credor de outra pessoa confiando na honestidade do afianado e/ou em funo de sua lealdade, parentesco, amizade, etc., sem receber nada em troca). Falamos em princpio, pois nada impede que haja uma remunerao, como ocorre na fiana bancria (que estudaremos ainda nesta aula).

    Por ser um ato unilateral (ou quase isto para alguns estudiosos), possvel ao fiador, a qualquer tempo, exonerar-se da fiana que tiver assinado sem limitao de tempo, mas ele ficar obrigado aos seus efeitos durante 60 (dias) aps a notificao ao credor. o que diz o art. 835 do CC. Caros candidatos, guardem bem este prazo que bastante cobrado em provas de concursos:

    Art. 835. O fiador poder exonerar-se da fiana que tiver assinado sem limitao de tempo,

    sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiana, durante sessenta dias

    aps a notificao do credor. Fonte: Cdigo Civil de 2002

    Tambm o fiador, assim como o avalista, tem direito de regresso sobre o afianado. Os artigos 837 a 839 do Cdigo Civil trazem as hipteses de extino da fiana.

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    Vamos memoriz-los:

    Art. 837. O fiador pode opor ao credor as excees que lhe forem pessoais, e as extintivas da obrigao que competem ao devedor principal, se no provierem simplesmente de incapacidade pessoal, salvo o caso do mtuo feito a pessoa menor.

    Art. 838. O fiador, ainda que solidrio, ficar desobrigado: I - se, sem consentimento seu, o credor conceder moratria ao

    devedor; II - se, por fato do credor, for impossvel a sub-rogao nos

    seus direitos e preferncias; III - se o credor, em pagamento da dvida, aceitar

    amigavelmente do devedor objeto diverso do que este era obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perd-lo por evico.

    Art. 839. Se for invocado o benefcio da excusso e o devedor, retardando-se a execuo, cair em insolvncia, ficar exonerado o fiador que o invocou, se provar que os bens por ele indicados eram, ao tempo da penhora, suficientes para a soluo da dvida afianada.

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    AVAL x FIANA

    Aproveitando que abordamos estas 2 formas de garantia pessoal, vamos traar um paralelo entre o aval e a fiana.

    Por mais que vocs possam estar achando que se tratam de dois institutos muito parecidos, preciso que no tenhamos qualquer dvida sobre cada um deles, pois uma confuso aqui pode resultar em pontos perdidos na prova (Risco que no queremos correr. Certo?)

    AVAL X FIANA = ou AVAL FIANA

    SEM

    ELH

    AN

    A

    S

    Artigos 1.647 e 1.648 do CC: 5 Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cnjuges pode, sem autorizao do outro, exceto no regime da separao absoluta: [...] III - prestar fiana ou aval; [...] Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cnjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossvel conced-la.

    So garantias fidejussrias ou pessoais Tanto o avalista quanto o fiador tm direito de regresso sobre os obrigados

    anteriores Podem ser assumidos sem consentimento do devedor ou contra sua vontade

    DIF

    EREN

    A

    S

    Garantia cambial (tpica dos ttulos de crdito)

    Garantia contratual (decorrente de um contrato)

    Regra geral: responsabilidade solidria Regra geral: responsabilidade

    subsidiria No comporta, em regra, benefcio de

    ordem6 Comporta, em regra, benefcio de

    ordem

    Regra geral: vedado o aval parcial permitida a fiana em valor inferior

    ao da obrigao principal No h possibilidade de o credor exigir

    a substituio do avalista Possibilidade legal de o credor exigir a

    substituio do fiador Avalista no pode se exonerar do aval

    (garantia sem limitao de tempo) Fiador pode se exonerar da fiana que tiver assinado sem limitao de tempo

    5 Outorga uxria: se for da esposa ou Outorga marital: se for do marido 6 Possiblidade de haver a cobrana em uma ordem definida (Na fiana: 1 devedor principal; 2 fiador)

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    FIANA BANCRIA Como estamos falando de fiana, nada melhor que j analisarmos a fiana bancria. Alm do que j estudamos nos itens anteriores, a fiana bancria um contrato por meio do qual uma instituio financeira (banco) garante, como fiador, o cumprimento da obrigao de seu cliente (que ser o afianado), podendo ser concedido em diversas modalidades, incluindo operaes ligadas ao comrcio internacional. Assim, a Fiana Bancria o instrumento que garante o compromisso do cliente do banco com um terceiro, tendo a instituio financeira como fiadora, o cliente como afianado e o terceiro como o favorecido. A fiana nada mais do que uma obrigao escrita, acessria, assumida pelo banco, e que, por se tratar de uma garantia e no de uma operao de crdito, est isenta do IOF. As instituies financeiras, visando atender s vrias demandas existentes no mercado, disponibilizam algumas modalidades de fiana, que, basicamente, se diferenciam em relao s taxas que so cobradas dos afianados. Sem valor especfico fixo, as taxas das fianas bancrias so calculadas conforme o valor da obrigao a ser garantida e, tambm, condicionado capacidade de pagamento do afianado (ou, cliente do banco). Lembram que falamos que apesar de ser, na essncia gratuita, a fiana pode ser cobrada? E algum a j viu um banco prestar um servio sem cobrar uma taxinha? A est a fiana onerosa.

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    Os bancos, para estipularem as taxas das fianas bancrias, fazem uma anlise dos riscos envolvidos em cada garantia. Recorrendo s ofertas de fianas bancrias encontradas nos stios das instituies financeiras, que podem diferir entre si quanto as suas nomenclaturas, podemos elencar: Fiana Concorrncia: Em diversos processos licitatrios de rgos

    pblicos ou empresas privadas aparece a exigncia de apresentao pelos licitantes de fiana junto com a proposta comercial, que garanta que a empresa, caso vena a licitao, assinar o contrato.

    Fiana Pagamento: Garante o pagamento relativo aquisio de produtos e contratao de servios junto a fornecedores, por meio de contrato ou pedido de compra entre as partes, de acordo com o prazo concedido para tal.

    Fiana Performance ou Execuo contratual: Garante a execuo do objeto descrito em contrato (cumprimento do cronograma de obras ou fabricao de mquinas ou equipamentos sob encomenda, etc.).

    Fiana Adiantamento: Utilizada quando a contratante adianta algum recurso para e empresa contratada, se referindo exclusivamente ao montante adiantado.

    Fiana Judicial: Utilizada para garantir discusses em demanda judicial (ao trabalhista, execuo, etc.).

    Fiana Aduaneira: Garante que o cliente pagar os tributos aplicveis em uma importao temporria, caso o bem importado seja nacionalizado.

    Fiana Fiscal: Utilizada para garantir discusses de demandas fiscais.

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    Fiana Bolsa de Mercadorias, Futuros e Valores: Utilizada para garantir hedge7 ou depsito de margem em operaes financeiras junto Bolsa de Mercadorias, Futuros e Valores. Tambm chamada de Fiana BM&F Bovespa.

    Fiana Locatcia: Garante ao locador, em caso de inadimplncia do inquilino (afianado), o recebimento relativo s despesas previstas no contrato de locao.

    Fiana para substituio de caues. PENHOR MERCANTIL Novamente vamos buscar no Cdigo Civil a definio de penhor, que se encontra no caput do artigo 1.431:

    Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela transferncia efetiva da posse que, em garantia do dbito ao credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou algum por ele, de uma coisa mvel, suscetvel de alienao.

    Desta forma, o devedor entrega um bem mvel suscetvel de alienao ao credor e, assim, garante a dvida assumida. Dizemos se tratar de um direito real de garantia, por se tratar de um bem (e no a postura de uma pessoa) que garante o cumprimento da quitao da dvida. No penhor so denominados: devedor pignoratcio e credor pignoratcio (estes termos derivam da palavra latina pugnus ou pignus).

    7 Hedge: proteo (ou cobertura) de um valor ativo

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    No esquema temos:

    Fiz questo de inserir a expresso ou no na seta que indica a transferncia da posse ao credor, exatamente pela disposio contida no pargrafo nico do artigo 1.431 do CC, que deixei, propositalmente, para apresentar-lhe agora, por se tratar da nossa matria o Penhor Mercantil. Vejam:

    Pargrafo nico. No penhor rural, industrial, mercantil e de veculos, as coisas empenhadas continuam em poder do devedor, que as deve guardar e conservar.

    Assim, no penhor convencional h a transferncia da posse do bem mvel empenhado, diferentemente de nosso tema, onde o bem continua na posse do devedor (ele mantm a posse direta do bem a ttulo de depositrio). Para incrementarmos os estudos do nosso penhor, preciso resgatar os artigos 1.447 a 1.450 do CC, que contm a definio e demais disposies acerca do Penhor Mercantil. Confiram comigo:

    Art. 1.447. Podem ser objeto de penhor mquinas, aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e em funcionamento, com os acessrios ou sem eles; animais, utilizados na indstria; sal e bens destinados explorao das salinas; produtos de suinocultura, animais destinados industrializao de carnes e derivados; matrias-primas e produtos industrializados. Pargrafo nico. Regula-se pelas disposies relativas aos armazns gerais o penhor das mercadorias neles depositadas.

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    Art. 1.448. Constitui-se o penhor industrial, ou o mercantil, mediante instrumento pblico ou particular, registrado no Cartrio de Registro de Imveis da circunscrio onde estiverem situadas as coisas empenhadas. Pargrafo nico. Prometendo pagar em dinheiro a dvida, que garante com penhor industrial ou mercantil, o devedor poder emitir, em favor do credor, cdula do respectivo crdito, na forma e para os fins que a lei especial determinar. Art. 1.449. O devedor no pode, sem o consentimento por escrito do credor, alterar as coisas empenhadas ou mudar-lhes a situao, nem delas dispor. O devedor que, anuindo o credor, alienar as coisas empenhadas, dever repor outros bens da mesma natureza, que ficaro sub-rogados no penhor. Art. 1.450. Tem o credor direito a verificar o estado das coisas empenhadas, inspecionando-as onde se acharem, por si ou por pessoa que credenciar.

    Alm da diferena quanto posse do bem empenhado entre o penhor convencional e o mercantil, a Doutrina tambm reala a distino entre estes dois tipos de penhor relacionada atividade exercida pelo devedor. Assim, estando o devedor (empresrio ou comerciante) no exerccio de sua atividade econmica, o penhor, caso ocorra, estar qualificado como mercantil. Dos artigos acima, ainda encontramos a exigncia da formalidade na constituio do penhor mercantil (art. 1.448 do CC), devendo-o constar em instrumento pblico ou particular e revestir-se de publicidade, com a anotao em Cartrio de Registro de Imveis. (GUARDEM O TIPO DESTE CARTRIO, BOA OPO DE COBRANA EM QUESTES DE CONCURSOS) Tambm aparece no art. 1.448 (pargrafo nico), que o devedor poder emitir uma cdula de crdito mercantil (ttulo formal), em favor do credor, caso se comprometa em quitar a dvida em dinheiro. O art. 1.449 veda o devedor de alterar, unilateralmente, os bens empenhados ou deles dispor. Quando consentido pelo credor, a substituio das coisas

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    dadas como garantia real deve resguardar a mesma natureza, que ficaro sub-rogados no penhor. J o art. 1.450, devido a transferncia indireta dos bens empenhados (a posse continua com o devedor), prev o direito do credor, a qualquer tempo, inspecionar o estado destes bens. Podendo, inclusive, credenciar outra pessoa para executar tal tarefa. ALIENAO FIDUCIRIA Fbio Ulhoa assim define este instituto:

    Por alienao fiduciria entende-se aquele negcio em que uma das partes (fiduciante), proprietria de um bem, aliena-o em confiana para a outra (fiducirio), que, por sua vez, se obriga a devolver-lhe a propriedade do mesmo bem nas hipteses previstas em contrato.8

    Atualmente, um exemplo clssico de alienao fiduciria, quando uma pessoa deseja comprar um veculo, mas no tem a totalidade do dinheiro necessrio para aquisio deste bem. Nestes casos, a concessionria oferece ao comprador opes de financiamento para complementar o valor necessrio para compra do veculo. Aps a anlise do perfil do comprador e aprovao do crdito, o cliente adquire a posse do bem, que ficar vinculado ao contrato de financiamento, sendo propriedade da instituio financeira at a quitao total das parcelas pelo consumidor, quando o banco providenciar a transferncia desta propriedade ao comprador.

    8 COELHO, Fbio Ulhoa. Curso de Direito Constitucional, volume 3: Direito de Empresa. 13 ed. So Paulo: Saraiva, 2012, pag. 168

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    Durante o pagamento do financiamento, o bem servir como garantia real ao valor financiado. Os personagens deste negcio so chamados de: Devedor fiduciante: que tem a posse direta do bem na qualidade de

    depositrio, e Credor fiducirio: tem a posse indireta do bem e sua propriedade

    resolvel9. Normalmente, existe uma 3 pessoa com participao indireta na relao contratual (em nosso exemplo: a concessionria). Sendo o negcio celebrado entre o devedor fiduciante e o credor fiducirio. Ao analisarmos o objeto da alienao fiduciria, precisaremos buscar o artigo 1.361 do CC e algumas disposies da Lei n 9.514/1997, que dispe sobre o Sistema de Financiamento Imobilirio, institui a alienao fiduciria de coisa imvel e d outras providncias10. Vamos a eles:

    Art. 1.361. Considera-se fiduciria a propriedade resolvel de coisa mvel infungvel que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.

    1 Constitui-se a propriedade fiduciria com o registro do contrato, celebrado por instrumento pblico ou particular, que lhe serve de ttulo, no Registro de Ttulos e Documentos do domiclio do devedor, ou, em se tratando de veculos, na repartio competente para o licenciamento, fazendo-se a anotao no certificado de registro.

    2 Com a constituio da propriedade fiduciria, d-se o desdobramento da posse, tornando-se o devedor possuidor direto da coisa.

    3 A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor, torna eficaz, desde o arquivamento, a transferncia da propriedade fiduciria.

    9 Propriedade Resolvel: espcie de limitao da propriedade, que poder ser alterada e/ou extinta (resolvida), com a ocorrncia de determinado fato. Em nosso caso: com a quitao da dvida (financiamento), a propriedade dever ser transferida ao comprador (devedor) 10 Ementa da Lei n 9.514, de 20.11.1997

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    E o artigo 22 da Lei n 9.514/97 traz:

    Art. 22. A alienao fiduciria regulada por esta Lei o negcio jurdico pelo qual o devedor, ou fiduciante, com o escopo de garantia, contrata a transferncia ao credor, ou fiducirio, da propriedade resolvel de coisa imvel.

    Desta forma, podemos concluir que tanto os bens mveis infungveis, quanto imveis, podem ser objeto da alienao fiduciria. HIPOTECA Antes de iniciarmos a seo de exerccios, vamos finalizar a parte terica de nossa aula com a Hipoteca. Assim como o penhor, a hipoteca um direito real. Art. 1.225 do CC:

    Art. 1.225. So direitos reais: [...] VIII - o penhor; IX - a hipoteca;

    J o art. 1.419 dispe:

    Art. 1.419. Nas dvidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, o bem dado em garantia fica sujeito, por vnculo real, ao cumprimento da obrigao.

    A hipoteca um direito real de garantia que tem por objeto bens imveis ou aqueles que a lei eleger como hipotecveis (vide art. 1.473 do CC abaixo transcrito). Apesar de no serem entregues ao credor, os bens hipotecados asseguram a quitao da dvida.

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    O captulo do Cdigo Civil que trata da hipoteca comea no art. 1.473, que fala dos bens que podem ser objeto da hipoteca:

    Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca: I - os imveis e os acessrios dos imveis conjuntamente com eles; II - o domnio direto; III - o domnio til; IV - as estradas de ferro; V - os recursos naturais a que se refere o art. 1.23011, independentemente do solo onde se acham; VI - os navios; VII - as aeronaves. VIII - o direito de uso especial para fins de moradia; IX - o direito real de uso; X - a propriedade superficiria.

    Percebam que um navio no um bem imvel, mas a lei o classificou como hipotecvel. A cobrana de algum dos bens constantes na relao do art. 1.473 do CC bastante recorrente em provas de concursos. ATENO!!! Um tipo de hipoteca a classificada como Legal (artigos 1.489 a 1.491 do CC), isto , so hipotecas conferidas por lei:

    Art. 1.489. A lei confere hipoteca: I- s pessoas de direito pblico interno (art. 41) sobre os

    imveis pertencentes aos encarregados da cobrana, guarda ou administrao dos respectivos fundos e rendas;

    II- aos filhos, sobre os imveis do pai ou da me que passar a outras npcias, antes de fazer o inventrio do casal anterior;

    III- ao ofendido, ou aos seus herdeiros, sobre os imveis do delinqente, para satisfao do dano causado pelo delito e pagamento das despesas judiciais;

    IV- ao co-herdeiro, para garantia do seu quinho ou torna da partilha, sobre o imvel adjudicado ao herdeiro reponente;

    V- ao credor sobre o imvel arrematado, para garantia do pagamento do restante do preo da arrematao.

    11 Art. 1.230. A propriedade do solo no abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidrulica, os monumentos arqueolgicos e outros bens referidos por leis especiais. Pargrafo nico. O proprietrio do solo tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na construo civil, desde que no submetidos a transformao industrial, obedecido o disposto em lei especial. (Cdigo Civil/2002)

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    As hipotecas devero ser registradas, ficando este registro vlido enquanto a obrigao perdurar. o que prev os artigos 1.492 e 1.498 do CC:

    Art. 1.492. As hipotecas sero registradas no cartrio do lugar do imvel, ou no de cada um deles, se o ttulo se referir a mais de um. Pargrafo nico. Compete aos interessados, exibido o ttulo, requerer o registro da hipoteca. Art. 1.498. Vale o registro da hipoteca, enquanto a obrigao perdurar; mas a especializao, em completando vinte anos, deve ser renovada. (grifo nosso)

    So hipteses de extino da hipoteca, conforme disposto nos artigos 1.499 e 1.500 do CC: Extino da obrigao principal: obviamente, por ser uma relao

    acessria, com o desaparecimento da obrigao principal, ocorre a extino da hipoteca;

    Perecimento da coisa: se ocorre a destruio (perecimento) do bem hipotecado, aquela garantia deixa de existir, devendo o credor, caso queira, exigir nova garantia;

    Resoluo da propriedade: caso o devedor tivesse apenas a propriedade resolvel sobre o bem, com a perda desta propriedade, o bem deixar de ser seu;

    Renncia do credor: ato discricionrio/voluntrio do credor, que pode deixar de exigir a garantia para a dvida;

    Remio: o resgate do bem dado em hipoteca;

    Arrematao: o bem hipotecado vai a leilo, provocando o fim da hipoteca a partir do arremate que o adquirir;

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    Adjudicao: decorrente de ato judicial que expropria o bem hipotecado do devedor e o transfere ao credor;

    Averbao, no Registro de Imveis, do cancelamento do registro, vista da respectiva prova: assim como o registro, o cancelamento tambm dever ser averbado no Registro de Imveis.

    J o art. 1.501 do CC dispe que no caso de extino da hipoteca registrada a arrematao ou adjudicao, sem que tenham sido notificados judicialmente os respectivos credores hipotecrios, que no forem de qualquer modo partes na execuo. Caros candidatos, alm destes nossos estudos, sugiro uma releitura nos respectivos artigos do Cdigo Civil (Lei n 10.406/2002), que falam dos institutos aqui abordados.

    VAMOS NOS EXERCITAR E COLOCAR EM PRTICAS OS CONHECIMENTOS AQUI ADQUIRIDOS, MEMORIZADOS OU

    RELEMBRADOS !!!

    VAMOS APROVEITAR PARA TRAZER, DURANTE AS RESOLUES DAS QUESTES, MAIS DISPOSITIVOS DAS LEGISLAES PERTINENTES A

    NOSSA MATRIA.

    MOS OBRA, SERO 41 QUESTES !!!

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    QUESTES RESOLVIDAS

    Questo 1 (FCC CEF Tcnico Bancrio 2004 adaptada) Em relao s garantias reais est correto afirmar que A) o penhor a garantia plena e solidria que o banco d a qualquer cliente

    obrigado ou coobrigado em titulo cambial. B) a alienao fiduciria incide sobre um bem mvel ou imvel, transferindo

    sua propriedade enquanto durar a obrigao garantida. A propriedade do credor mas a posse do devedor.

    C) o penhor a vinculao de um bem imvel para garantir o pagamento de uma obrigao assumida pelo proprietrio ou terceiro. Nas operaes bancrias exige-se a existncia de um fiel depositrio.

    D) a hipoteca a vinculao de um bem mvel para garantir o pagamento de uma obrigao, assumida pelo proprietrio ou terceiro, despojando de posse, atravs de escritura pblica registrada em cartrio de Registro de Imveis.

    Resoluo Vamos analisar cada opo de resposta para encontrarmos a correta: A) Assertiva ERRADA: lembrem-se, sempre, que quando se tratar de ttulo

    cambial ou ttulo de crdito, a garantia ser o aval. B) Assertiva CORRETA: conforme estudamos, podem marcar esta alternativa

    em suas folhas de resposta. Afinal, foi exatamente isto que estudamos: na alienao fiduciria o credor tem a propriedade resolvel, enquanto a posse direta do devedor, na qualidade de depositrio.

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    C) Assertiva ERRADA: o penhor se refere a um bem mvel e no penhor mercantil possvel (e muito comum) que o prprio devedor seja o fiel depositrio.

    D) Assertiva ERRADA: tambm est errada, afinal, conforme estudamos, a

    hipoteca no retira a posse do bem do proprietrio ou do terceiro e, em via de regra, se refere a um bem imvel.

    Gabarito: B Questo 2 (FCC Banco do Brasil/DF Escriturrio 2006) Uma determinada dvida garantida por trs fiadores. Caso ela no seja paga, cada fiador ficar responsvel pelo pagamento A) da dvida, na proporo de sua renda mensal em relao ao total da renda

    mensal de todos os fiadores. B) de 1/3 da dvida, independentemente do que dispuser o contrato de fiana. C) do total da dvida, independentemente do que dispuser o contrato de

    fiana. D) da dvida, na proporo que estiver fixada no contrato de fiana. E) da dvida, na proporo de seu patrimnio em relao ao total do

    patrimnio de todos os fiadores. Resoluo Para respondermos esta questo, precisamos recorrer aos artigos 829 e 830 do Cdigo Civil. Leiam comigo:

    Art. 829. A fiana conjuntamente prestada a um s dbito por mais de uma pessoa importa o compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente no se reservarem o benefcio de diviso. Pargrafo nico. Estipulado este benefcio, cada fiador responde unicamente pela parte que, em proporo, lhe couber no pagamento.

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    Art. 830. Cada fiador pode fixar no contrato a parte da dvida que toma sob sua responsabilidade, caso em que no ser por mais obrigado.

    Assim, para nossa questo, percebam que a opo D a nica correta. J que na ausncia da parcela/proporo da dvida que cada co-fiador est garantindo, ocorrer a responsabilidade solidria entre todos eles. Mas perfeitamente possvel e legal que o contrato de fiana estabelea a proporo de garantia de cada co-fiador (o que est dizendo a opo D). Gabarito: D Questo 3 (FCC CEF Escriturrio 2000) A fiana diferencia-se do aval, por ser uma A) obrigao acessria. B) garantia cambial plena. C) garantia cambial autnoma. D) garantia cambial a obrigado. E) garantia cambial a coobrigado. Resoluo

    Lembremos, novamente, garantia cambial = aval. Enquanto garantia contratual = fiana.

    Da j eliminaramos as opes B, C, D e E. Mas vamos explorar mais esta questo.

    Estudamos o carter acessrio da fiana, que deixa de existir na eliminao do contrato principal.

    J o aval consiste numa garantia cambial, dada na prpria cdula de crdito, com responsabilidade solidria entre avalista e avalizado. Gabarito: A

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    Questo 4 (FCC CEF Escriturrio 2000 adaptada) garantia real que pode ser transcrita ou averbada no registro de imveis, A) a hipoteca, somente. B) o penhor mercantil, somente. C) a cauo, somente. D) a alienao fiduciria, somente. E) a hipoteca, o penhor mercantil e a alienao fiduciria. Resoluo Vamos trazer algumas disposies do Cdigo Civil e da Lei n 9.514/1997, que tratam destas averbaes: Penhor Mercantil (art. 1.448 do CC):

    Art. 1.448. Constitui-se o penhor industrial, ou o mercantil, mediante instrumento pblico ou particular, registrado no Cartrio de Registro de Imveis da circunscrio onde estiverem situadas as coisas empenhadas. (grifo nosso)

    Hipoteca (art. 1.492 do CC):

    Art. 1.492. As hipotecas sero registradas no cartrio do lugar do imvel, ou no de cada um deles, se o ttulo se referir a mais de um. (grifo nosso)

    Alienao Fiduciria (art. 23 da Lei n 9.514/1997):

    Art. 23. Constitui-se a propriedade fiduciria de coisa imvel mediante registro, no competente Registro de Imveis, do contrato que lhe serve de ttulo. (grifo nosso)

    Agora, podemos marcar, tranquilamente, a opo E Gabarito: E

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    Questo 5 (FCC Banco do Brasil/DF Escriturrio 2006) O proprietrio do restaurante Kilu's Cazeiro M.E. pretende oferecer mais conforto aos seus clientes com a instalao de um aparelho de ar condicionado. Para tanto, dirigiu-se a um banco e solicitou um financiamento em nome de sua empresa. O gerente do banco condicionou a concesso do financiamento assinatura de um contrato, em que o restaurante transferiria a posse de seu mobilirio para o banco, tornando-se depositrio dos bens dados em garantia do financiamento. Essa condio de depositrio seria revertida aps a quitao do financiamento, ou o banco teria a posse definitiva dos bens empenhados no caso de inadimplncia. Nesta operao, a garantia exigida pelo banco para conceder o financiamento denominada A) aval. B) penhor mercantil. C) fiana. D) hipoteca. E) cauo. Resoluo Lembram o que dissemos na aula? Que a natureza e o motivo da procura pelo financiamento so fundamentais para caracterizarmos o penhor mercantil. E exatamente isto que ocorre no hipottico caso apresentado na questo. O proprietrio do restaurante ao buscar o financiamento para oferecer mais conforto aos seus clientes com a instalao de um aparelho de ar condicionado, estar expandindo (melhorando, aperfeioando, atualizando, etc.) sua atividade econmica.

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    Alm disto, os demais elementos caracterizadores do penhor mercantil tambm esto presentes no enunciado:

    Transferncia da posse indireta de bens do restaurante instituio financeira;

    Manuteno da posse direta do proprietrio do restaurante sobre estes bens;

    Com a quitao do financiamento, o dono do restaurante voltar a ter a posse plena destes bens;

    Caso ocorresse o inadimplemento na quitao da dvida, a posse total destes bens passar ao banco.

    Portanto, nesta operao, a garantia exigida pelo banco para conceder o financiamento o penhor mercantil. Gabarito: B Questo 6 (FCC Banco do Brasil/DF Escriturrio 2006) Em relao alienao fiduciria, correto afirmar que A) o devedor no pode utilizar o bem dado em garantia s suas expensas e

    risco, sendo, ainda, obrigado a zelar por sua conservao. B) a propriedade do bem dado em garantia transferida ao devedor,

    preservando-se a posse com o credor. C) o contrato conter a descrio da coisa objeto da transferncia, com os

    elementos indispensveis sua identificao. D) a dvida ser considerada quitada, mesmo que o produto da venda do bem

    dado em garantia seja inferior ao valor emprestado. E) deve ser celebrada por instrumento pblico ou particular a ser registrado

    no Cartrio de Ttulos e Documentos do domiclio do credor.

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    Resoluo Vamos analisar cada opo de resposta para encontrarmos a correta: A) Assertiva ERRADA: no isto que estudamos, nem o que o art. 1.363 do CC

    dispe. A obrigao de zelar pelo bem dado em garantia est correta, mas permitido seu uso pelo devedor. Relembrem comigo:

    Art. 1.363. Antes de vencida a dvida, o devedor, a suas expensas e risco, pode usar a coisa segundo sua destinao, sendo obrigado, como depositrio: I - a empregar na guarda da coisa a diligncia exigida por sua natureza; II - a entreg-la ao credor, se a dvida no for paga no vencimento. (grifo nosso)

    B) Assertiva ERRADA: exatamente o contrrio: na alienao fiduciria, a posse fica com o devedor, sendo a propriedade transferida ao credor.

    C) Assertiva CORRETA: o que dispe o art. 1.362 do CC. Confiram: Art. 1.362. O contrato, que serve de ttulo propriedade fiduciria, conter: I - o total da dvida, ou sua estimativa; II - o prazo, ou a poca do pagamento; III - a taxa de juros, se houver; IV - a descrio da coisa objeto da transferncia, com os elementos indispensveis sua identificao. (grifo nosso)

    D) Assertiva ERRADA: j esta assertiva contradiz o art. 1.366 do CC: Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto no bastar para o pagamento da dvida e das despesas de cobrana, continuar o devedor obrigado pelo restante.

    E) Assertiva ERRADA: aqui o art. 1.361 do CC que estaria sendo violado, mais precisamente seu 1. Confiram mais este artigo:

    Art. 1.361. Considera-se fiduciria a propriedade resolvel de coisa mvel infungvel que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor. 1 Constitui-se a propriedade fiduciria com o registro do contrato, celebrado por instrumento pblico ou particular, que lhe serve de ttulo, no Registro de Ttulos e Documentos do

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    domiclio do devedor, ou, em se tratando de veculos, na repartio competente para o licenciamento, fazendo-se a anotao no certificado de registro. 2 Com a constituio da propriedade fiduciria, d-se o desdobramento da posse, tornando-se o devedor possuidor direto da coisa. 3 A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor, torna eficaz, desde o arquivamento, a transferncia da propriedade fiduciria.

    Gabarito: C Questo 7 (FCC Banco do Brasil/DF Escriturrio 2006 adaptada) Analise o texto que o Professor Joo escreveu:

    Um imvel pode ser hipotecado para garantir uma dvida futura ou condicionada, desde que determinado o valor mximo do crdito a ser garantido. Essa hipoteca abranger todos os melhoramentos e construes realizadas no imvel. O dono do imvel hipotecado pode ainda constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo ttulo, em favor do mesmo ou de outro credor. vedado ao proprietrio, no entanto, alienar o imvel hipotecado.

    O texto de Joo est INCORRETO porque A) nula a clusula que probe ao proprietrio alienar imvel hipotecado. B) imveis no podem ser hipotecados para garantir dvidas futuras. C) a hipoteca no abrange melhoramentos e construes feitas no imvel. D) imveis hipotecados no podem ser objeto de outra hipoteca. Resoluo Tema recorrentemente cobrado em concursos, a base legal para resoluo desta questo o art. 1.475 do CC, que dispe acerca da hipoteca:

    Art. 1.475. nula a clusula que probe ao proprietrio alienar imvel hipotecado.

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    Portanto, ao analisarmos as opes de resposta do enunciado acima, encontraremos a assertiva correta na alternativa A. Podem marcar! J que as outras opes tem respaldo legal no CC. Vejam: B) imveis no podem ser hipotecados para garantir dvidas futuras:

    Art. 1.487. A hipoteca pode ser constituda para garantia de dvida futura ou condicionada, desde que determinado o valor mximo do crdito a ser garantido.

    C) a hipoteca no abrange melhoramentos e construes feitas no imvel:

    Art. 1.474. A hipoteca abrange todas as acesses, melhoramentos ou construes do imvel. Subsistem os nus reais constitudos e registrados, anteriormente hipoteca, sobre o mesmo imvel.

    D) imveis hipotecados no podem ser objeto de outra hipoteca:

    Art. 1.476. O dono do imvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo ttulo, em favor do mesmo ou de outro credor.

    Gabarito: A

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    Questo 8 (FCC Banco do Brasil/SP Escriturrio 2006) Na alienao fiduciria, o __I__ tem a __II__ de um bem mvel, podendo utiliz-lo s suas expensas e risco, na qualidade de depositrio. Preenchem correta e respectivamente as lacunas acima:

    I II A credor posse B muturio propriedade C credor propriedade D devedor propriedade E devedor posse

    Resoluo Na alienao fiduciria, o devedor tem a posse e o credor a propriedade do bem dado em garantia. Da, ficamos, num primeiro momento com as opes C e E. Contudo, quem pode utilizar o bem o detentor de sua posse, o que elimina tambm a alternativa C. Gabarito: E Questo 9 (FCC Banco do Brasil/SP Escriturrio 2006) Quatro irmos so proprietrios de uma fazenda avaliada em R$ 400.000,00, nas seguintes propores: lvaro 25%; Benedito 10%; Carlos 35%; e Daniel 30%.

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    Caso seja necessrio, o valor mximo pelo qual poder ser hipotecada a fazenda ser de A) R$40.000,00, caso Benedito, Carlos e Daniel no dem seu consentimento

    para hipotecar o imvel. B) R$100.000,00, caso lvaro, Carlos e Daniel no dem seu consentimento

    para hipotecar o imvel. C) R$400.000,00, caso todos os irmos concordem em hipotecar o imvel. D) R$200.000,00, caso lvaro e Daniel no dem seu consentimento para

    hipotecar o imvel. E) R$180.000,00, caso lvaro, Benedito e Carlos no dem seu consentimento

    para hipotecar o imvel. Resoluo Vamos ler o art. 1.420 do CC, com ateno especial para seu 2:

    Art. 1.420. S aquele que pode alienar poder empenhar, hipotecar ou dar em anticrese; s os bens que se podem alienar podero ser dados em penhor, anticrese ou hipoteca. 1 A propriedade superveniente torna eficaz, desde o registro, as garantias reais estabelecidas por quem no era dono. 2 A coisa comum a dois ou mais proprietrios no pode ser dada em garantia real, na sua totalidade, sem o consentimento de todos; mas cada um pode individualmente dar em garantia real a parte que tiver.

    S por esta leitura, j constatamos que a alternativa C est correta. Mas vamos analisar as demais, lembrando a disposio do artigo acima (cada um pode, individualmente, dar em garantia real a parte que tiver):

    Opo Percentual dos proprietrios

    Valor mximo que pode ser hipotecado

    Valor mximo trazido na questo

    Concluso

    A 25% R$100.000,00 R$40.000,00 Errado B 10% R$40.000,00 R$100.000,00 Errado D 45% R$180.000,00 R$200.000,00 Errado E 30% R$120.000,00 R$180.000,00 Errado

    Gabarito: C

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    Questo 10 (FCC Banco do Brasil/SP Escriturrio 2006) correto afirmar: A) O aval a um ttulo de crdito deve ser prestado atravs de documento

    especfico para essa finalidade. B) Um cheque pode ter aval parcial, desde que este garanta no mnimo 50%

    do seu valor. C) A prestao de aval requer a entrega da posse de bens mveis do avalista,

    em valor correspondente ao da obrigao garantida. D) Se o avalista pagar um ttulo em lugar do avalizado, poder exigir deste

    ltimo o ressarcimento dos valores pagos. E) Do ponto de vista formal, no h diferenas entre aval, fiana, cauo,

    hipoteca e alienao fiduciria como instrumentos de garantia de operaes de crdito.

    Resoluo

    Acredito que todos vocs, aps nossos estudos, marcaram a letra D para esta questo. Acertei?

    Afinal est ali descrito o direito de regresso que o avalista tem sobre o avalizado.

    Quanto s demais alternativas de resposta, as incorrees so: A) O aval deve ser dado no verso ou anverso do ttulo (podendo,

    excepcionalmente, ser registrado em documento diverso); B) O cheque, como vimos, pode sim ter aval parcial, mas a Lei do Cheque (n

    7.357/1985 no traz um percentual mnimo desta frao); C) No h entrega de bens na prestao do aval; E) Esta eu me reservo o direito de no comentar, pois toda nossa aula trouxe

    diversas diferenas entre os citados instrumentos de garantia de operaes de crdito, inclusive, no campo da formalidade.

    Gabarito: D

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    Questo 11 (FCC Banco do Brasil/SP Escriturrio 2006) O Sr. Fulano de Tal fantico por futebol e decidiu comprar um televisor novo para assistir Copa do Mundo da Alemanha. Para tanto foi a um banco e pediu um emprstimo de R$ 500,00. Para conceder o emprstimo, o gerente do banco exigiu que o Sr. Fulano apresentasse uma pessoa idnea, que assinaria um contrato responsabilizando-se pelo pagamento da dvida, caso ele se tornasse inadimplente. A modalidade de garantia exigida nessa transao denominada A) cauo. B) aval. C) penhor mercantil. D) alienao fiduciria. E) fiana. Resoluo o gerente do banco exigiu que o Sr. Fulano apresentasse uma pessoa idnea, que assinaria um contrato responsabilizando-se pelo pagamento da dvida, decorrente de outro contrato (compra do televisor) Portanto, nesta operao, a garantia exigida pelo banco para conceder o emprstimo a fiana. Gabarito: E

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    Questo 12 (FCC Banco do Brasil Escriturrio 2010) A fiana bancria uma obrigao escrita prestada empresa que necessita de garantia para contratao de operao que envolva responsabilidade na sua execuo e A) est sujeita incidncia de Imposto sobre Operaes Financeiras IOF. B) no apresenta risco de crdito para a instituio financeira. C) comprova que os recursos financeiros necessrios esto depositados pela

    empresa na instituio financeira fiadora. D) pode ser concedida somente em operaes relacionadas ao comrcio

    internacional. E) substitui total ou parcialmente os adiantamentos em dinheiro ao credor por

    parte da empresa. Resoluo Vamos analisar cada opo de resposta para encontrarmos a correta: A) Assertiva ERRADA: conforme dissemos na aula, a fiana por se tratar de

    uma garantia e no de uma operao de crdito, est isenta do IOF.Mas possvel o aparecimento de incidncia de IOF em operaes de fianas bancrias: isto ocorrer quando a obrigao principal no for cumprida e o banco a quitar.

    B) Assertiva ERRADA: claro que h um risco de crdito para a instituio

    financeira. Tal risco serve, inclusive, para os bancos calcularem as taxas a serem cobradas dos clientes. Vejam a seguinte situao: o devedor principal no cumpre sua obrigao e o banco o faz. Em seguida, ao cobrar de seu cliente afianado, esse pode no ter patrimnio para saldar a dvida (Perceberam a existncia de um risco para o banco?)

    C) Assertiva ERRADA: a fiana uma obrigao escrita, que no comprova a

    existncia de recursos financeiros depositados no banco.

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    A garantia consiste na obrigao assumida pela instituio financeira em quitar a obrigao principal, caso o afianado no o faa.

    D) Assertiva ERRADA: no h limitao para a concesso de fiana bancria

    somente para comrcio internacional. Ela pode ser dada em vrias operaes comerciais, tanto nacionais, quanto internacionais.

    E) Assertiva CORRETA: como vimos nas modalidades mais utilizadas de fianas

    bancrias, possvel a Fiana Adiantamento, que poder substituir o valor estipulado no contrato.

    Gabarito: E Questo 13 (FCC Banco do Brasil Escriturrio 2011 adaptada) Sobre as operaes no mercado a termo de aes realizadas na BM&FBovespa, julgue o item abaixo: __ O depsito de garantia exigido do comprador pode ser representado por carta de fiana bancria. Resoluo Item CERTO. Tal procedimento perfeitamente possvel com a carta-fiana bancria. Gabarito: C (Certo)

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    Questo 14 (FCC Banco do Brasil Escriturrio 2011) Uma carta de fiana bancria, garantindo uma operao de crdito, implica A) a impossibilidade de substituio do fiador. B) a responsabilidade solidria e como principal pagador, no caso de renncia

    do fiador ao benefcio de ordem. C) a contragarantia ser formalizada por instrumento pblico. D) o impedimento de compartilhamento da obrigao. E) a obrigatria cobertura integral da dvida. Resoluo Vamos, novamente, analisar cada opo de resposta para encontrarmos a correta: A) Assertiva ERRADA: em nossa aula, ao analisarmos o art. 826, encontramos

    duas situaes que comprovam a incorreo desta opo: Art. 826. Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poder o credor exigir que seja substitudo.

    B) Assertiva CORRETA: se o fiador renunciar ao benefcio de ordem (lembram-

    se dele: 1 cobra-se do afianado e 2 do fiador), sua responsabilidade ser solidria. Est certo. Vamos trazer os artigos 827 e 828 do CC para comprovar nosso comentrio:

    Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dvida tem direito a exigir, at a contestao da lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor. Pargrafo nico. O fiador que alegar o benefcio de ordem, a que se refere este artigo, deve nomear bens do devedor, sitos no mesmo municpio, livres e desembargados, quantos bastem para solver o dbito. Art. 828. No aproveita este benefcio ao fiador: I - se ele o renunciou expressamente; II - se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidrio; III - se o devedor for insolvente, ou falido. (grifos nossos)

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    C) Assertiva ERRADA: no h obrigatoriedade da formalizao por meio de instrumento pblico, podendo, tambm, ser particular. O que prev o artigo 819 do CC a forma escrita. Relembrem comigo:

    Art. 819. A fiana dar-se- por escrito, e no admite interpretao extensiva.

    D) Assertiva ERRADA: o artigo 829 do CC prev a possibilidade de fiana

    conjunta. Vejam: Art. 829. A fiana conjuntamente prestada a um s dbito por mais de uma pessoa importa o compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente no se reservarem o benefcio de diviso. Pargrafo nico. Estipulado este benefcio, cada fiador responde unicamente pela parte que, em proporo, lhe couber no pagamento.

    E) Assertiva ERRADA: j abordamos aqui a possibilidade de fiana parcial.

    Lembram? Art. 823. A fiana pode ser de valor inferior ao da obrigao principal e contrada em condies menos onerosas, e, quando exceder o valor da dvida, ou for mais onerosa que ela, no valer seno at ao limite da obrigao afianada.

    Gabarito: B

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    Questo 15 (CESPE BRB Escriturrio 2005) Toda vez que pessoas contratam entre si direitos e obrigaes, a primeira preocupao de ambas as partes assegurar-se de que os deveres contratuais sero cumpridos. Julgue o item a seguir, que se refere aos instrumentos que garantem o cumprimento dos contratos. __ A hipoteca uma modalidade de garantia real, enquanto a cauo uma modalidade de garantia pessoal. Resoluo Item ERRADO. Minha inteno de trazer esta questo abordar o instituto da cauo em nossa aula. A primeira parte do item est correta. Como estudamos, a hipoteca uma modalidade de garantia real, mas a cauo pode ser modalidade tanto de garantia pessoal, quanto real. Cauo o termo utilizado, genericamente, para indicar diversas formas de garantias. Desta forma, existem a cauo real (modalidade de garantia real) e a cauo pessoal (garantia pessoal). Gabarito: E (Errado)

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    Questo 16 (CESPE BRB Escriturrio 2005) Toda vez que pessoas contratam entre si direitos e obrigaes, a primeira preocupao de ambas as partes assegurar-se de que os deveres contratuais sero cumpridos. Julgue o item a seguir, que se refere aos instrumentos que garantem o cumprimento dos contratos. __ Pela alienao fiduciria, o vendedor somente transferir o bem ao comprador aps o pagamento da metade do preo. Resoluo No existe a obrigatoriedade de um determinado percentual de quitao para a transferncia do bem. Na prtica, o vendedor receber o valor total do bem, ficando a propriedade resolvel com a instituio financeira e a posse direta com o comprador. Gabarito: E (Errado) Questo 17 (CESPE BRB Escriturrio 2005) Toda vez que pessoas contratam entre si direitos e obrigaes, a primeira preocupao de ambas as partes assegurar-se de que os deveres contratuais sero cumpridos. Julgue o item a seguir, que se refere aos instrumentos que garantem o cumprimento dos contratos. __ Em uma fiana de emprstimo, o fiador somente ser obrigado ao pagamento depois de cobrado o tomador. Resoluo Olha o benefcio de ordem a novamente. Est correta a assertiva. Gabarito: C (Certo)

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    Questo 18 (CESPE BRB Escriturrio 2005) Toda vez que pessoas contratam entre si direitos e obrigaes, a primeira preocupao de ambas as partes assegurar-se de que os deveres contratuais sero cumpridos. Julgue o item a seguir, que se refere aos instrumentos que garantem o cumprimento dos contratos. __ A diferena entre aval e fiana que o primeiro somente prestado em ttulos de crdito, enquanto o segundo prestado em todo e qualquer tipo de contrato. Resoluo Voltem tabela que trouxemos no tpico Aval X Fiana e confiram a correo deste item. Gabarito: C (Certo) Questo 19 (CESPE BASA Tcnico Bancrio 2010) Em contratos de emprstimos bancrios, assim como em outras modalidades de contrato, como aluguel de imvel, entre outros, normal a exigncia de avalista, fiador ou fiana bancria. Acerca de garantias financeiras, julgue o item subsequente. __ A ausncia da assinatura do cnjuge em garantias formalizadas por meio de fiana e(ou) de aval no invalida a garantia outorgada, em qualquer regime de bens do casal. Resoluo Lembram-se do art. 1.647 e da exceo para o regime de separao absoluta? Pois , item ERRADO.

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    Mas antes de marcarem em suas folhas de resposta, relembremos este dispositivo:

    Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cnjuges pode, sem autorizao do outro, exceto no regime da separao absoluta: [...] III - prestar fiana ou aval;

    Gabarito: E (Errado) Questo 20 (CESPE BASA Tcnico Bancrio 2010) Em contratos de emprstimos bancrios, assim como em outras modalidades de contrato, como aluguel de imvel, entre outros, normal a exigncia de avalista, fiador ou fiana bancria. Acerca de garantias financeiras, julgue o item subsequente. __ Um contrato de emprstimo pode ter vrios avalistas, caso o devedor principal fique inadimplente. O credor deve exigir a liquidao do emprstimo primeiro do devedor principal e depois, proporcionalmente, de cada um dos avalistas. Resoluo Item ERRADO. O aval garantia cambial. Caso seja hiptese de exigncia de avalista (ttulos de crdito), lembremos que a responsabilidade entre o devedor principal e o(s) avalista(s) solidria, sem benefcio de ordem. Gabarito: E (Errado)

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    Questo 21 (CESPE BASA Tcnico Bancrio 2010) Em contratos de emprstimos bancrios, assim como em outras modalidades de contrato, como aluguel de imvel, entre outros, normal a exigncia de avalista, fiador ou fiana bancria. Acerca de garantias financeiras, julgue o item subsequente. __ Na garantia oferecida para o credor mediante fiana, em caso de inadimplncia, o credor deve executar simultaneamente o devedor e o fiador, mesmo que o fiador no tenha renunciado tacitamente ao benefcio da ordem. Resoluo Item ERRADO. J tratamos desta situao, preciso obedecer a ordem para execuo da fiana entre devedor e fiador, a menos que este ltimo renuncie o benefcio da ordem. Gabarito: E (Errado) Questo 22 (CESPE BASA Tcnico Bancrio 2010) Em contratos de emprstimos bancrios, assim como em outras modalidades de contrato, como aluguel de imvel, entre outros, normal a exigncia de avalista, fiador ou fiana bancria. Acerca de garantias financeiras, julgue o item subsequente. __ Quando oferecer garantia ao credor por meio de penhor mercantil, o devedor fica como depositrio dos bens oferecidos em garantia, sem transferncia da posse ao credor.

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    Resoluo Tambm j abordamos este ponto, que reescrito de maneira correta neste item. Diferentemente do penhor convencional, o mercantil no transfere a posse dos bens oferecidos em garantia. o que prev o pargrafo nico do art. 1.431 do CC. Relembrem comigo:

    Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela transferncia efetiva da posse que, em garantia do dbito ao credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou algum por ele, de uma coisa mvel, suscetvel de alienao. Pargrafo nico. No penhor rural, industrial, mercantil e de veculos, as coisas empenhadas continuam em poder do devedor, que as deve guardar e conservar.

    Gabarito: C (Certo) Questo 23 (CESPE BASA Tcnico Bancrio 2010) Em contratos de emprstimos bancrios, assim como em outras modalidades de contrato, como aluguel de imvel, entre outros, normal a exigncia de avalista, fiador ou fiana bancria. Acerca de garantias financeiras, julgue o item subsequente. __ Fiana bancria um contrato firmado por um banco e seu cliente, no qual o banco assegura o pagamento de uma obrigao de seu cliente junto a um credor. Resoluo Definio clssica da fiana bancria. Podem marcar Certo a! Gabarito: C (Certo)

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    Questo 24 (CESPE BASA Tcnico Bancrio 2010) No caso de emprstimos bancrios, tambm podem ser solicitadas garantias por meio de penhor ou hipoteca. Em outros financiamentos, como automveis e imveis, a garantia pode ser alienao fiduciria de coisa mvel ou coisa imvel e(ou) hipoteca. Com relao a esse assunto, julgue o item a seguir. __ Um bem imvel pode ser hipotecado a vrios credores simultaneamente. Na situao em que um imvel que seja oferecido em garantia para dois credores e o valor obtido pela sua venda no seja suficiente para liquidar a dvida da hipoteca de segundo grau, o credor da segunda passar para a condio de quirografrio. Resoluo Vejam que o enunciado traz uma situao hipottica em total sintonia com nosso ordenamento jurdico. Vamos fracionar as vrias informaes e correlacion-las com as respectivas previses legais: J estudamos a possibilidade de ser constituda mais de uma hipoteca sobre o mesmo bem (art. 1.476 do CC):

    Art. 1.476. O dono do imvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo ttulo, em favor do mesmo ou de outro credor.

    Explicao: O que grau de hipoteca? a ordem que existe entre 2 hipotecas sobre o mesmo bem e definida pela cronologia (ordem no tempo) das garantias. Ocorrendo esta situao, o primeiro credor, tambm chamado de credor de 1 grau, tem preferncia sobre o de 2 grau.

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    Desta forma, no caso apresentado no enunciado, caso o valor da venda no seja suficiente para liquidar as duas dvidas (2 hipotecas), haver a quitao total da hipoteca de 1 grau e de parte da de 2 grau. Por fim, vejamos o que significa credor quirografrio: aquele credor que no possui ttulo legal de preferncia. Que , exatamente, o credor da segunda hipoteca. Podem marcar mais um Certo em suas folhas de respostas a. Gabarito: C (Certo) Questo 25 (CESPE BASA Tcnico Bancrio 2010) No caso de emprstimos bancrios, tambm podem ser solicitadas garantias por meio de penhor ou hipoteca. Em outros financiamentos, como automveis e imveis, a garantia pode ser alienao fiduciria de coisa mvel ou coisa imvel e(ou) hipoteca. Com relao a esse assunto, julgue o item a seguir. __ Na alienao fiduciria de um bem mvel perfeitamente identificvel, o devedor alienante no proprietrio do bem alienado, embora tenha a sua posse diretamente. Ele torna-se titular pleno do domnio do bem somente aps a liquidao do financiamento no qual o bem tenha sido oferecido como garantia. Resoluo Acredito que todos vocs j constataram a correo desta assertiva. exatamente isto que ocorre na alienao fiduciria: est Certo! Gabarito: C (Certo)

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    Questo 26 (CESPE BASA Tcnico Bancrio 2010) No caso de emprstimos bancrios, tambm podem ser solicitadas garantias por meio de penhor ou hipoteca. Em outros financiamentos, como automveis e imveis, a garantia pode ser alienao fiduciria de coisa mvel ou coisa imvel e(ou) hipoteca. Com relao a esse assunto, julgue o item a seguir. __ Se uma empresa de construo civil, proprietria de um prdio, vender para um adquirente um apartamento financiado diretamente pelo construtor, mediante assinatura de um contrato de alienao fiduciria de bem imvel, ento, no registro imobilirio, o credor constar como proprietrio fiducirio e o devedor, como proprietrio fiduciante. Nesse caso, o fiduciante ter a posse direta e o fiducirio ser o possuidor indireto da coisa imvel. Resoluo Conforme estudamos, os personagens da alienao fiduciria so chamados de: Devedor fiduciante: que tem a posse direta do bem na qualidade de

    depositrio, e Credor fiducirio: tem a posse indireta do bem e sua propriedade

    resolvel. Ao compararmos estas definies com a situao hipottica apresentada no enunciado, verificamos que est Certo. Gabarito: C (Certo)

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    Questo 27 (CESGRANRIO Banco do Brasil Escriturrio 2010) As operaes de garantia bancria so operaes em que o banco se solidariza com o cliente em riscos por este assumidos. O aval bancrio, por exemplo, uma garantia que gera A) passivo para cliente tomador de um emprstimo contra o Banco credor,

    colocando seus bens disposio para garantir a operao. B) responsabilidade acessria pelo Banco, quando assume total ou

    parcialmente o dever do cumprimento de qualquer obrigao de seu cliente devedor.

    C) direito real para o Banco em face ao seu cliente e se constitui, pela tradio efetiva, em garantia de coisa mvel passvel de apropriao entregue pelo devedor.

    D) obrigao solidria do Banco credor para com o seu cliente mediante a assinatura de um contrato de cmbio.

    E) obrigao assumida pelo Banco, a fim de assegurar o pagamento de um ttulo de crdito para um cliente.

    Resoluo Vejam, ilustres candidatos: se aval, dever estar relacionado a um ttulo de crdito (alternativa E). As demais opes de resposta no se referem garantia decorrente de um aval bancrio. Gabarito: E

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    Questo 28 (CESGRANRIO Banco do Brasil Escriturrio 2012) Devido grande exposio ao risco de crdito, os bancos precisam utilizar meios para garantir suas operaes e salvaguardar seus ativos. Qual o tipo de operao que garante o cumprimento de uma obrigao na compra de um bem a crdito, em que h a transferncia desse bem, mvel ou imvel, do devedor ao credor? A) Hipoteca B) Fiana bancria C) Alienao fiduciria D) Penhor E) Aval bancrio Resoluo Questo com resoluo direta e imediata: caso tpico de alienao fiduciria. Gabarito: C

    Texto para as questes 29 a 34 (CESPE Banco do Brasil Escriturrio 2007) Garantia a segurana dada ao titular de um direito, para que possa exerc-lo. um ato acessrio de uma obrigao. Normalmente, constitui-se por meio de uma clusula contratual que visa assegurar ao credor, pela concesso, por exemplo, de um financiamento, que o devedor cumprir o assumido. Com isso, obriga o devedor a cumprir a prestao devida ao credor. o mesmo que uma cauo. Os bancos, como proteo, para aumentar a possibilidade de receber aquilo que emprestou, utilizam-se desse reforo jurdico, de carter pessoal (aval e fiana) ou real (hipoteca, alienao fiduciria, anticrese ou penhor). Alm das garantias bancrias, que so

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    especificamente o ato de o banco assegurar o pagamento de uma obrigao que deve ser cumprida pelo garantido, foi criada, por outro lado, uma garantia para o cliente bancrio, ou seja, para que o investidor tenha um mnimo de segurana para o caso de um banco vir a fechar suas portas. Esta garantia o Fundo Garantidor de Crdito (FGC). Acerca das garantias bancrias e do FGC, julgue os itens das questes 29 a 34. Questo 29 __ Podem ser objeto de penhor direitos, suscetveis de cesso, sobre coisas mveis somente. Resoluo Primeiramente, precisamos saber que direitos sobre coisas mveis so considerados pelo Cdigo Civil como coisas mveis:

    Art. 83. Consideram-se mveis para os efeitos legais: [...] II - os direitos reais sobre objetos mveis e as aes correspondentes;

    J estudamos o art. 1.431 do CC:

    Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela transferncia efetiva da posse que, em garantia do dbito ao credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou algum por ele, de uma coisa mvel, suscetvel de alienao.

    Desta forma, conclumos pela correo do item. Gabarito: C (Certo) Questo 30 __ A fiana bancria o contrato por meio do qual o banco, que o fiador, garante o cumprimento da obrigao de seu cliente (afianado) e poder ser concedida em diversas modalidades de operaes, exceto em operaes ligadas ao comrcio exterior.

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    Resoluo Estudamos na aula que no h restrio fiana bancria para o comrcio internacional. Muito pelo contrrio, sendo um procedimento corriqueiro nas transaes ligadas ao comrcio exterior. Gabarito: E (Errado) Questo 31 __ A fiana conjuntamente prestada a um s dbito, por mais de uma pessoa, importa, necessariamente, o compromisso de solidariedade entre elas. Resoluo Item ERRADO. Ao lermos, novamente, o art. 829 do CC, veremos que tal solidariedade no necessria, podendo haver a diviso das responsabilidades. Relembrem:

    Art. 829. A fiana conjuntamente prestada a um s dbito por mais de uma pessoa importa o compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente no se reservarem o benefcio de diviso. Pargrafo nico. Estipulado este benefcio, cada fiador responde unicamente pela parte que, em proporo, lhe couber no pagamento.

    Gabarito: E (Errado)

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    Questo 32 __ Quando houver mais de um avalista em um s ttulo de crdito, eles no podero reservar entre si o benefcio de ordem. Resoluo Item CERTO. A responsabilidade dos avalistas solidria, lembram? Desta forma, no h possibilidade da reserva do benefcio de ordem. Gabarito: C (Certo) Questo 33 ___ A alienao fiduciria uma garantia conhecida como sui generis (peculiar), exatamente porque a coisa, mvel ou imvel, dada em garantia, passa propriedade do prprio credor. Resoluo Outro item CERTO. Caracterstica, estudada por ns, da alienao fiduciria. Gabarito: C (Certo)

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    Questo 34 ___ O co