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INTRODUÇÃO A FARMÁCIA

Aula 1 - Introdução a Farmácia

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Aula 1 da disciplina introdução ao estudo da farmácia

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INTRODUÇÃO A FARMÁCIA

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Farmácia e Sociedade

• A origem da palavra sociedade vem do latim societas, uma "associação amistosa com outros". Societas é derivado de socius, que significa "companheiro", e assim o significado de sociedade é intimamente relacionado àquilo que é social. Está implícito no significado de sociedade que seus membros compartilham interesse ou preocupações mútuas sobre um objetivo comum.

O QUE ISSO TEM A VER COM A FARMÁCIA????

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Universidade ???

• Uma universidade é uma instituição de educação superior, pesquisa e extensão, com concessão de graus acadêmicos. Uma universidade provê educação tanto terciária (graduação) quanto quaternária (pós-graduação).

• Numa definição mais abrangente, a Academia, fundada em 387 a.C. pelo filósofo grego Platão no bosque de Academos próximo a Atenas, pode ser entendida como a primeira universidade. Nela os estudantes aprendiam filosofia, matemática e ginástica.

• O processo educacional é um processo de aquisição de conhecimentos, mas é mais do que isso: a educação deve desenvolver os instrumentos por meio dos quais adquirimos o conhecimento. O ensino é concebido como um processo cuja finalidade não é apenas informar ao aluno, mas desenvolver nele a capacidade de procurar e processar informações.

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• A educação deve ser o desenvolvimento de habilidades, mais do que a aquisição de informações.

• A atividade educacional também é vista como um meio para harmonizar as relações entre os seres humanos.

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• A educação deve ser o desenvolvimento de habilidades, mais do que a aquisição de informações.

• A atividade educacional também é vista como um meio para harmonizar as relações entre os seres humanos.

COMO FAZER ISSO NA FARMÁCIA???

• Através dos conhecimentos científicos;

• Formação profissional;

• Busca do conhecimento;

• Onde?

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O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA SOCIEDADE

• O farmacêutico, como profissional de saúde, é o mais indicado para resolver problemas relacionados com medicamentos, quer seja com seu uso (adequado ou não) e no aconselhamento do paciente.

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Problemas que marcam a importância do farmacêutico como profissional de saúde

Problemas na aquisição do medicamento:

• Trata-se fundamentalmente de problemas econômicos. É lamentável que, com bastante freqüência, os pacientes se vejam impossibilitados de ter acesso ao tratamento por falta de dinheiro. Neste aspecto, o profissional farmacêutico deve orientar o paciente no uso do medicamento genérico.

Problemas na forma de administração

• O farmacêutico deve esclarecer ao paciente a maneira correta de administrar cada forma farmacêutica e a correspondente via de administração. A respeito costuma-se detectar casos de formas utilizadas por vias incorretas, o qual determina que os tratamentos fracassem.

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Problemas com o medicamento receitado ou solicitado

• Se o farmacêutico conhece os seus pacientes, pode detectar, no ato de dispensação, se o medicamento prescrito está contra-indicado na patologia que o aflige em alguma situação particular: lactação, gravidez, etc.

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Problemas relacionados com Reações Adversas aos Medicamentos (RAM)

“Qualquer efeito prejudicial ou indesejado que se apresente após a administração de doses de medicamentos normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico ou tratamento de uma enfermidade”.

• O farmacêutico deve orientar sobre possíveis RAM, determinar em que ocasiões o paciente deve voltar ao médico, no caso em que estas apareçam e orientar até a prevenção.

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Problemas relacionados com as interações

• A utilização de muitos medicamentos prescritos por vários profissionais faz com que o farmacêutico deva prestar especial atenção ao aparecimento de interações e à evolução de suas possíveis conseqüências. Isto é especialmente grave em grupos de risco, por exemplo: os idosos, as crianças e as grávidas.

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Problemas com a posologia

Problemas na aquisição de medicamentos por publicidade ou recomendações de terceiros

Problemas relacionados com a interpretação do receituário

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ORIGEM E EVOLUÇÃO DA FARMÁCIA

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HISTÓRICO DA PROFISSAO FARMACÊUTICA

• O documento farmacêutico mais antigo é uma tábua sumérica que contém 15 receitas medicinais.

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• O Papiro Ebers é um dos tratados médicos mais antigos e importantes que se conhece.

• Foi escrito no Antigo Egito e é datado de aproximadamente 1550a.C

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• As práticas farmacêuticas existem na história da humanidade desde 2500 a.C a partir de produtos naturais (minerais, vegetais e animais), iniciadas na China. Os gregos e egípcios foram os primeiros a desenvolver métodos para a cura de doenças utilizando a botânica, associada a elementos místicos e religiosos.

• Os egípcios utilizando também sais de chumbo, cobre e ungüentos feitos com a gordura de vários animais, como hipopótamo, crocodilo e cobra.

• Na Índia, Roma e na Grécia, onde Hipócrates, ao sistematizar os grupos de medicamentos: narcóticos, febrífugos e purgantes -inaugurou uma nova era para a cura.

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• Preparo das flechas • STRYCHNOS TOXIFERA

• Toxikon

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Medicina e Farmácia

• Na Antiguidade a Medicina e a Farmácia eram uma só profissão, mas na antiga Roma começou a separação daqueles que diagnosticavam a doença, daqueles que misturavam matérias para produzir porções de cura, era a época de Hipócrates e de Galeno.

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• Hipócrates (Pai da Medicina) – Patologia geral: Apepsia (desequilíbrio)

pepsis (febre, inflamação e pus)

Crisis ou lysis (eliminação)

• Galeno (Pai da Farmácia). – Combatia as doenças por meio de substâncias ou compostos que se

opunham diretamente aos sinais e sintomas das enfermidades.

– É precursor da alopatia.

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Galeno (200 – 131 a.C.)

• O Pai da Farmácia, combatia as doenças por meio de substâncias ou compostos que se opunham diretamente aos sinais e sintomas das enfermidades. Foi o precursor da alopatia.

• Escreveu bastante sobre farmácia e medicamentos, e em suas obras se encontraram cerca de quatro centenas e meia de referências a fármacos. Elaborou uma lista de remédios vegetais, conhecidos como "galênicos", a maioria dos quais era composta com vinho. Estudioso, observador e metódico, classificou e usou magistralmente as ervas. Fazia preparações denominadas "teriagas" feitas com vinho e ervas.

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• No século II, os árabes fundaram a primeira escola de farmácia de que se tem notícia, criando inclusive uma legislação para o exercício da profissão.

• A partir do século X, foram criadas as primeiras boticas - ou apotecas - na Espanha e na França. Foram as precursoras das farmácias atuais.

• Cabia aos boticários conhecer e curar as doenças, e para o exercício da profissão deviam cumprir uma série de requisitos e ter local e equipamentos adequados para a feitura e guarda dos remédios.

• No século XVI, o estudo dos remédios ganhou impulso notável, com a pesquisa sistemática dos princípios ativos das plantas e dos minerais capazes de curar doenças.

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• No século XVII, os mercadores de drogas, plantas medicinais e outros produtos propiciavam os ingredientes necessários ao boticário para a preparação das suas formulações.

• Com o advento das especialidades farmacêuticas industrializadas, no início do século XX, o mercado tornou-se mais estruturado e economicamente interessante, abrindo espaço ao surgimento de empresas que, de forma organizada, começaram a exercer esta atividade.

• As décadas que se seguiram trouxeram um número crescente de especialidades farmacêuticas, crescimento do consumo de medicamentos e, finalmente, a extensão da segurança social a toda a população.

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A História da Farmácia no Brasil

• Os primeiros povoadores, náufragos, degredados, aventureiros e colonos aqui deixados por Martim Afonso, tiveram de valer-se de recursos da natureza para combater as doenças, curar ferimentos e neutralizar picadas de insetos. Para combater a agressividade do ambiente, e a hostilidade de algumas tribos indígenas os primeiros europeus tiveram de contornar a adversidade com amabilidade, e com isso foram aprendendo com os pajés a preparar os remédios da terra para tratar seus próprios males.

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• Remédio da "civilização" só aparecia quando expedições portuguesas, francesas ou espanholas apareciam com suas esquadras, onde sempre havia um cirurgião, barbeiro ou algum tripulante com uma botica portátil cheia de drogas e medicamentos.

• As coisas ficam assim até que a coroa portuguesa resolveu instituir no Brasil o governo geral, e o primeiro a ser nomeado foi Thomé de Souza, que veio para a colônia com uma armada de três naus, duas caravelas e um bergantim, trazendo autoridade, funcionários civis e militares, tropa de linha, diversos oficiais, ao todo aproximadamente mil pessoas que se instalaram na Bahia.

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• Vieram também nesta armada seis jesuítas, quatro padres e dois irmãos, chefiados por Manuel da Nóbrega. O corpo sanitário da grande armada compunha-se de apenas um boticário, Diogo de Castro, com função oficial e com salário. Não havia nesta armada nenhum físico, denominação de médico na época. O físico-mor, só viria a ser instituído no segundo governo de Duarte da Costa.

• Dentre os irmãos destinados ao sul do país, estava a criatura humilde e doentia de nome José de Anchieta. Os jesuítas eram mais práticos e previdentes que os donatários e, até do que os próprios governadores-gerais, e trataram logo de instituir enfermarias e boticas em seus colégios, e colocando um irmão para cuidar dos doentes e outro para preparar remédios. Em São Paulo o irmão que preparava os remédios era José de Anchieta, por isso podemos considerá-lo o primeiro boticário de Piratininga.

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• A botica mais importante dos jesuítas foi a da Bahia, sua importância a tornou um centro distribuidor de medicamentos para as demais boticas dos vários colégios de norte a sul do país. Para isso, e como a Bahia mantivesse maiores contatos com a metrópole, os padres conservavam a botica bem sortida e aparelhada para o preparo de medicamentos, iniciando-se nela, inclusive, o aproveitamento das matérias primas indígenas.

• O medicamento extraordinário no entanto, a penicilina da época, era a Tríaga Brasílica, que se manipulava mediante fórmula secreta. Essa tríaga se usava contra a mordedura de animais peçonhentos, em várias doenças febris, e principalmente como antídoto e contraveneno.

• Com a expulsão dos Jesuítas do Brasil pelo Marquês de Pompal, os jesuítas conseguiram escondê-la, uma vez que o modo de preparar o remédio era considerado secretíssimo pelos religiosos. Assim, a fórmula nunca mais foi encontrada.

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Os Estudos de Farmácia

• O Brasil era a colônia portuguesa esquecida pela rainha D. Maria I, A Louca. Não havia faculdades, as ciências de uma maneira geral eram privilegio dos que podiam ir estudar em Lisboa, Paris ou Londres.

• Foi depois da vinda da família real, (1803) que o país, ainda colônia, adquiriu o direito de acompanhar os movimentos culturais e científicos que aconteciam no velho continente a mais de um século.

• O primeiro passo largo rumo à modernidade foi encabeçado pelo príncipe regente D. João VI, que admirava os estudos de história natural, bem como o trabalho dos naturalistas.

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Os Estudos de Farmácia

• Em 18 de fevereiro de 1808, instituiu os estudos médicos no Hospital Militar da Bahia, por sugestão do cirurgião-mor do reino, Dr. José Correia Pincanço, futuro Barão de Goiana, com ensino de anatomia e cirurgia, porém o ensino de farmácia só se iniciou em 1824.

• A intenção de D. João VI era formar médicos e cirurgiões para o exército e marinha, onde estava a elite econômica da época. No Rio de Janeiro instituiu o curso de medicina em 1809. Este curso era composto das cadeiras de Medicina, Química, Matéria Médica e Farmácia. O primeiro livro desta faculdade foi escrito por José Maria Bontempo, primeiro professor de farmácia do Brasil, e chamava-se "Compêndios de Matéria Médica" e foi publicado em 1814.

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Os Estudos de Farmácia

• Em 3 de outubro de 1832, foi criada a Faculdade de Medicina no RJ, com isso regulou-se o ensino de farmácia. Um decreto imperial sancionado em 8 de maio de 1835 transformou a Sociedade de Medicina em Academia Imperial, e nela ficou instituída a seção de farmácia, o que elevou a classe farmacêutica à hierarquia científica, colocando-a em igualdade aos demais ramos das ciências médicas.

• A consolidação do ensino de farmácia, no entanto, só aconteceu em 1925, quando o curso passa a ser Faculdade de Farmácia, filiada, como as outras, a Universidade do Rio de Janeiro. A assembléia legislativa de Minas Gerais, decretou a lei nº 140, sancionada pelo então conselheiro Bernardo Jacinto da Veiga, em 4 de abril de 1839, criando duas Escolas de Farmácia, uma em Ouro Preto e outra em São João Del Rei, destinada ao ensino de farmácia e da matéria médica brasileira.

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Os Estudos de Farmácia

• Faculdade de Medicina da Bahia foi inaugurada em 1808 por dom João 6º.

• 1º Ensino de farmácia do Brasil

• Faculdade de farmácia de Ouro Preto, fundada em 4 de abril de 1839.

• Primeira faculdade independente do Brasil.

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O Símbolo da Farmácia

• A taça com a serpente nela enrolada é internacionalmente conhecida como símbolo da profissão farmacêutica. Sua origem remonta à antigüidade, sendo parte das histórias da mitologia grega. Segundo as literaturas antigas, o símbolo da Farmácia ilustra o poder (cobra) da cura (taça).

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Atribuições do Farmacêutico

Acupuntura Administração de laboratório clínico Administração farmacêutica Administração hospitalar Análises clínicas Assistência domiciliar em equipes multidisciplinares Atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência Auditoria farmacêutica Bacteriologia clínica Banco de cordão umbilical Banco de leite humano Banco de sangue Banco de Sêmen Banco de órgãos Biofarmácia Biologia molecular Bioquímica

Bromatologia

Citologia clínica Citopatologia Citoquímica Controle de qualidade e tratamento de água, potabilidade e controle ambiental Controle de vetores e pragas urbanas Cosmetologia

Exames de DNA Farmacêutico na análise físico-química do solo Farmácia antroposófica Farmácia clínica Farmácia comunitária Farmácia de dispensação Fracionamento de medicamentos Farmácia dermatológica Farmácia homeopática Farmácia hospitalar Farmácia industrial Farmácia magistral

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Atribuições do Farmacêutico Farmácia nuclear (radiofarmácia)

Farmácia oncológica Farmácia pública Farmácia veterinária Farmácia-escola Farmacocinética clínica Farmacoepidemiologia Fitoterapia Gases e misturas de uso terapêutico Genética humana Gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde Hematologia clínica Hemoterapia Histopatologia Histoquímica Imunocitoquímica Imunogenética e histocompatibilidade Imunohistoquímica Imunologia clínica Imunopatologia

Meio ambiente, segurança no trabalho, saúde ocupacional e responsabilidade social Micologia clínica Microbiologia clínica Nutrição parenteral Parasitologia clínica Saúde pública Toxicologia clínica Toxicologia ambiental Toxicologia de alimentos Toxicologia desportiva Toxicologia farmacêutica Toxicologia forense Toxicologia ocupacional Toxicologia veterinária

Vigilância sanitária Virologia clínica

TOTAL 72 ATRIBUIÇÕES

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Atribuições mais conhecidas

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CONCLUSÃO

• Emprego tem, vá buscar o seu ...