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Metabolismo da Glicose Profa. Maria Noêmia Martins de Lima Sugestão de leitura complementar: Produção de ATP a Partir da Glicose: Glicólise (Capítulo 22) Gliconeogênese e Manutenção dos Níveis Sanguíneos de Glicose (Capítulo 31) In: SMITH, C.; MARKS, A.D.; LIEBERMAN, M. Bioquímica Médica Básica de Marks. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

Aula 2 - Metabolismo da glicose (Farmácia 2013)

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Metabolismo da Glicose

Profa. Maria Noêmia Martins de Lima

Sugestão de leitura complementar: Produção de ATP a Partir da Glicose: Glicólise (Capítulo 22)

Gliconeogênese e Manutenção dos Níveis Sanguíneos de Glicose (Capítulo 31)

In: SMITH, C.; MARKS, A.D.; LIEBERMAN, M. Bioquímica Médica Básica de Marks. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

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Figura 9. Principais rotas do metabolismo da glicose. As rotas de produção de glicose sanguínea são

apresentadas pelas linhas pontilhadas. FA= Ácidos Graxos (Fatty Acid); OAA=oxaloacetato;

TG=triacilgliceróis; PEP=fosfoenolpiruvato; DHAP=diidroxiacetona fosfato.

Fonte: SMITH, C.S.; MARKS, A.D.; LIEBERMAN, M. Bioquímica médica básica de Marks: uma abordagem clínica. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

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Glicólise

• Degradação da glicose.

• Local: citoplasma

• Estado: alimentado

• Hormônio que ativa: insulina

Gliconeogênese

• Síntese de glicose (a partir de compostos não-glicídicos).

• Locais: mitocôndria e citoplasma no fígado (90%) e rins (10%)

• Estado: jejum

• Hormônio que ativa: glucagon

X

Os níveis plasmáticos de glicose vão regular a liberação de insulina ou glugagon pelo pâncreas.

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A glicose não pode se difundir diretamente para dentro das células

Transportadores de Glicose

1. Transporte por difusão facilitada (independente de Na+)

2. Sistema de co-transporte (dependente de Na+)

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1. Transporte por Difusão Facilitada (independente de Na+)

Mediado por uma família de transportadores de membrana celulares (glucose transporters - GLUTs).

Os GLUTs apresentam especificidade tecidual e funcional.

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GLUT2 (em tecidos insensíveis à insulina)

O = out (lado externo) I = in (lado interno)

membrana celular

Fonte: SMITH, C.S.; MARKS, A.D.; LIEBERMAN, M. Bioquímica médica básica de Marks: uma abordagem clínica. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

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GLUT 4 (em tecidos sensíveis à insulina)

Fonte: SMITH, C.S.; MARKS, A.D.; LIEBERMAN, M. Bioquímica médica básica de Marks: uma abordagem clínica. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

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Transportador Distribuição Insulina

GLUT1 Eritrócitos Barreira hematoencefálica Barreira hematorretina Barreira hematoplacentária Barreira hematotesticular

não

GLUT2 Fígado Rim Células -pancreáticas Epitélio intestinal (superfície serosa)

não

GLUT3 Neurônios não

GLUT4 Tecido adiposo Músculo esquelético Músculo cardíaco

sim

GLUT5 Epitélio intestinal Espermatozóides

não

O GLUT2 apresenta características especiais em relação aos demais GLUTs. Quais são elas?

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2. Sistema de Co-transporte (dependente de Na+)

Requer energia.

Transporta a glicose contra um gradiente de concentração.

O movimento da glicose está acoplado ao gradiente de concentração de sódio.

Mediando por uma família de transportadores de sódio e glicose (sodium-glucose transporter: SGLTs)

Ocorre em:

células epiteliais do intestino

túbulos renais

plexo coróide

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borda em escova

(GLUTs) (SGLTs)

GLUT5

GLUT2

GLUT2

SGLT1

Fonte: SMITH, C.S.; MARKS, A.D.; LIEBERMAN, M. Bioquímica médica básica de Marks: uma abordagem clínica. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

GLUT2

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Transportador Distribuição

SGLT1 Intestino e rim

SGLT2 Rim

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Exercício: Um paciente diabético tipo I (insulino-dependente) nega-se a tomar insulina durante a semana de férias. As células de qual tecido podem ser mais afetadas durante este período?

a) Cérebro

b) Fígado

c) Músculo

d) Células sanguíneas vermelhas

e) Pâncreas

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Glicólise

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Produção anaeróbica de ATP

(sem oxigênio)

Produção aeróbica de ATP (com oxigênio)

Glicólise

A glicólise consiste em 10 reações subsequentes até a

formação de piruvato (produto final da via). Em seguida, o

piruvato pode ser direcionado para o Ciclo de Krebs ou ser convertido em lactato em células que não possuem

mitocôndria (como as hemácias) ou que estejam com

pouca disponibilidade de oxigênio (exercício intenso ou

acidente vascular).

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Reações da Glicólise (a conversão de glicose em piruvato ocorre em duas fases)

com consumo de energia

com produção de energia

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Por que é importante investir 2 ATPs nas etapas iniciais da glicólise?

A formação de glicose-6-fosfato destina a glicose a ficar dentro da célula, pois a glicose fosforilada

não é capaz de atravessar a membrana plasmática. Entretanto, observe que a glicose-6-fosfato pode

ser utilizada por diferentes rotas metabólicas (veja a Fig. 22.4).

A formação de frutose-1,6-bisfosfato destina a glicose para a via glicolítica

de forma irreversível!

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1 Passo: fosforilação da glicose em glicose-6-fosfato

(reação irreversível)

A glicose-6-fosfato não pode ser transportada para fora da célula através da membrana plasmática!

A glicoquinase nas células do pâncreas, em conjunto com o GLUT2, funciona como uma espécie de “sensor” de glicose que regula a liberação de insulina.

Hexoquinase (músculo)

e Glicoquinase

(fígado e pâncreas)

glicose glicose-6-fosfato

6

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Regulação da hexoquinase 1 (músculo):

glicose (substrato)

glicose-6-fosfato (produto)

Regulação da glicoquinase (fígado):

glicose (substrato)

não é inibida pela glicose-6-fosfato (produto), mas sim por uma proteína reguladora;

músculo

fígado e

pâncreas

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2 Passo: isomerização da glicose-6-fosfato em frutose-6-fosfato

(reação reversível)

glicose-6-fosfato frutose-6-fosfato

6 6

fosfoglicose

isomerase

C6H13O9P C6H13O9P

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3 Passo: fosforilação da frutose-6-fosfato em frutose-1,6-bisfosfato

(reação irreversível)

É o mais importante ponto de controle e o passo limitante da velocidade da rota!

A fosfofrutoquinase-1 é controlada alostericamente.

fosfofrutoquinase-1

1

6

6

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Controle da Atividade da Fosfofrutoquinase-1

Ativadores:

Frutose-2,6-bisfosfato

ADP

AMP

Fosfato

K+

+

Inibidores:

ATP

NADH

Citrato

Ácidos graxos de cadeia longa

H+

Ca+

-

Essas substâncias vão indicar o estado energético da célula!

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Papel da frutose-2,6-bisfosfato na regulação da glicólise e da gliconeogênese

As ações recíprocas da frutose-2,6-bisfosfato sobre a glicólise e a gliconeogênese asseguram que estas vias não estejam completamente ativas ao mesmo tempo.

Estado alimentado:

glucagon

insulina

frutose-2,6-bisfosfato

glicólise no fígado

gliconeogênese no fígado

Estado de jejum:

glucagon

insulina

frutose-2,6-bisfosfato

glicólise no fígado

gliconeogênese no fígado

() = aumento dos níveis ou estímulo da rota metabólica () = diminuição dos níveis ou inibição da rota metabólica

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Papel da frutose-2,6-bisfosfato na regulação da glicólise e da gliconeogênese

fosfofrutoquinase-2 (PFK-2)

sintetiza

frutose-2,6-bisfosfato

frutose-2,6-bisfosfatase-2 (FBPase-2)

degrada

frutose-2,6-bisfosfato

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4 e 5 Passo: conversão de frutose-1,6-bisfosfato em gliceraldeído-3-fosfato

e/ou diidroxiacetonafosfato em gliceraldeído-3-fosfato (reações reversíveis)

Substrato da

próxima reação.

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6 Passo: oxidação de gliceraldeído-3-fosfato em

1,3-bisfosfoglicerato (reação reversível)

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7 Passo: conversão de 1,3-bisfosfoglicerato em 3-fosfoglicerato

(reação reversível)

1,3-bisfosfoglicerato

fosfoglicerato-quinase

3-fosfoglicerato

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Síntese de 2,3-Bisfosfoglicerato nos Eritrócitos (desvio de reação)

2,3-bisfosfoglicerato

mutase

fosfatase

2

3

1 1,3-bisfosfoglicerato

fosfoglicerato-cinase

3-fosfoglicerato

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O 2,3-bisfosfoglicerato influencia a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio.

Fonte: CAMPBELL, M.K.; FARRELL, S.O. Biochemistry. 6 ed. Belmont: Thomson Brooks/Cole, 2009.

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8 Passo: conversão de 3-fosfoglicerato em 2-fosfoglicerato

(reação reversível)

1

2

3

1

2

3

2-fosfoglicerato 3-fosfoglicerato

fosfoglicerato-mutase

Mg2+

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9 Passo: desidratação de 2-fosfoglicerato em fosfoenolpiruvato

(reação reversível)

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10 Passo: conversão de fosfoenolpiruvato em piruvato

(reação irreversível)

Modulação da atividade da piruvato quinase no fígado:

frutose-1,6-bisfosfato = atividade ou

AMPc ativa uma enzima que fosforila a piruvato quinase = atividade

neste caso, o fosfoenolpiruvato vai para a gliconeogênese!

Qual é o hormônio que promove o AMPc? Em que situação ele é liberado?

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Resumo: Regulação da Glicólise ativação/inibição alostérica e fosforilação/desfosforilação = curto prazo

Reação irreversível 1:

glicose glicose-6-fosfato

Enzima = hexoquinase 1 (músculo)

Ativada por: glicose / Inibida por: glicose-6-fosfato

Reação irreversível 3:

frutose-6-fosfato frutose-1,6-bisfosfato

Enzima = fosfofrutoquinase-1

Ativada por: F-2,6-P e AMP / Inibida por: ATP, citrato

Reação irreversível 10:

fosfoenolpiruvato piruvato

Enzima = piruvato quinase

Ativada por: F-1,6-P / Inibida por: ATP, glucagon e adrenalina

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Regulação Hormonal da Glicólise hormonal (síntese protéica) = longo prazo

Estado Alimentado:

Insulina

Glicoquinase

Fosfofrutoquinase-1

Piruvato-quinase

O aumento dos níveis destas

enzimas favorece a glicólise.

Estado de Jejum (ou diabetes):

Glucagon

Glicoquinase

Fosfofrutoquinase-1

Piruvato-quinase

A diminuição dos níveis destas

enzimas favorece a

gliconeogênese.

( ) = indução da síntese da enzima.

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A glicólise consiste em 10 reações que convertem a glicose em piruvato. O

piruvato pode ter 2 destinos principais:

1. Glicólise Aeróbica

2. Glicólise Anaeróbica

Obs.: O piruvato pode ter destinos alternativos em

microorganismos (por exemplo, fermentação alcoólica).

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1. Glicólise Aeróbica

Estágio 3

fosforilação oxidativa (formação de ATP) na cadeia de transporte de elétrons (cadeia respiratória) já estudado no semestre passado

Estágio 2

Oxidação da Acetil-CoA no Ciclo de Krebs já estudado no semestre passado

Estágio 1

Geração de Acetil-CoA

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1. Glicólise Aeróbica

a conversão de piruvato em Acetil-CoA é a reação que liga a Glicólise ao Ciclo de Krebs

Page 38: Aula 2 - Metabolismo da glicose (Farmácia 2013)

Resumo dos 3 Estágios

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2. Glicólise Anaeróbica

A razão NADH/NAD+ regula a produção de lactato:

razão = reduz piruvato a lactato (músculo em exercício)

razão = oxida lactato a piruvato (coração e fígado)

Ciclo de Krebs ou Gliconeogênese

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Acúmulo de Lactato (os músculos em exercício produzem ácido

lático que é rapidamente convertido a lactato)

Qual é a consequência do acúmulo de íons H+ no músculo? E no sangue?

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Glicólise Aeróbica X Anaeróbica

Glicólise

Anaeróbica

(parcial)

Aeróbica

(completa)

ocorre no citossol

produz: 2 piruvato, 2 NADH, 2 ATP

ocorre no citosol

produz: 2 lactato, 2 ATP

ocorre na mitocôndria

conversão de piruvato em Acetil-CoA (produz 1 NADH)

Ciclo de Krebs

(produz: 12 ATP)

Total = 38 ATPs ou 32 ATPs

Lembre-se de que: 1 NADH = 3 ATPs ou 2,5 ATPs 1 FADH2 = 2 ATPs ou 1,5 ATPs

Page 42: Aula 2 - Metabolismo da glicose (Farmácia 2013)

A quebra de 1 molécula de glicose em piruvato gera:

2 piruvato

2 NADH X 3 ou X 2,5 6 / 5

2 ATP 2

A conversão do piruvato em acetil-CoA gera:

1 NADH X 3 ou X 2,5 3 / 2,5

Como temos 2 piruvatos para cada molécula de glicose, temos que multiplicar por 2:

1 NADH X 3 ou X 2,5 3 / 2,5

A oxidação de cada acetil-CoA no Ciclo de Krebs gera:

3 NADH X 3 ou X 2,5 9 / 7,5

1 FADH2 X 2 ou X 1,5 2 / 1,5

1 GTP (ATP) 1

Como temos 2 acetil-CoA para cada molécula de glicose, temos que multiplicar por 2:

3 NADH X 3 ou X 2,5 9 / 7,5

1 FADH2 X 2 ou X 1,5 2 / 1,5

1 GTP (ATP) 1

Total = 38 ou 32 ATPs

Page 43: Aula 2 - Metabolismo da glicose (Farmácia 2013)

Outras Funções da Glicólise: além de produzir ATP, produz precursores para outras

rotas biossintéticas.

Page 44: Aula 2 - Metabolismo da glicose (Farmácia 2013)

Gliconeogênese

Page 45: Aula 2 - Metabolismo da glicose (Farmácia 2013)

O objetivo da gliconeogênese é manter a glicemia!

Quando ocorre:

Jejum prolongado

Exercício físico Diabetes

descompensado

Page 46: Aula 2 - Metabolismo da glicose (Farmácia 2013)

Alimentado

Jejum

Jejum prolongado Quando o estoque de

glicogênio se esgota, a gliconeogênese passa a

ser a única fonte de glicose para a corrente

sanguínea.

Page 47: Aula 2 - Metabolismo da glicose (Farmácia 2013)

Jejum breve

Jejum prolongado

Alimentado

Page 48: Aula 2 - Metabolismo da glicose (Farmácia 2013)

Substratos para a Gliconeogênese

As 3 maiores fontes de carbono para a gliconeogênese em humanos são:

Lactato Aminoácidos (principalmente alanina)

Glicerol

Produzido a partir da glicólise

anaeróbica.

Liberados a partir da degradação de

proteínas que formam o tecido

muscular.

Degradação dos triacilgliceróis do tecido adiposo.

Page 49: Aula 2 - Metabolismo da glicose (Farmácia 2013)

“Quem” diz para o músculo que é necessário degradar as proteínas para liberar aminoácidos para a gliconeogênese é o cortisol, pois os músculos não possuem

receptores para o glucagon!

Page 50: Aula 2 - Metabolismo da glicose (Farmácia 2013)

As setas em negrito indicam as reações que diferem da glicólise.

Os quadros pontilhados indicam os precursores da gliconeogênese.

Page 51: Aula 2 - Metabolismo da glicose (Farmácia 2013)

Ciclo de Cori circulação de lactato e glicose entre os tecidos

periféricos e o fígado

RBC = red blood cell (hemácia)

Page 52: Aula 2 - Metabolismo da glicose (Farmácia 2013)

Observe que na gliconeogênese as reações

apresentam um sentido oposto às reações da

glicólise, exceto pelas 3 reações irreversíveis (1, 3

e 10) que regulam a velocidade da glicólise. Essas reações precisam ser “contornadas” pela

gliconeogênese.

O “contorno” da reação irreversível n. 10 da glicólise ocorre em 2

etapas.

Page 53: Aula 2 - Metabolismo da glicose (Farmácia 2013)

Contorno da Reação 10 da Glicólise: conversão de piruvato em oxaloacetato

conversão de oxaloacetato em fosfoenolpiruvato

Não existe uma enzima que converta o piruvato diretamente

em fosfoenolpiruvato no citoplasma.

O oxaloacetato produzido na mitocôndria deve chegar ao citoplasma onde as outras

enzimas da gliconeogênese estão localizadas.

O oxaloacetato não pode atravessar a membrana

mitocondrial, mas o malato e o aspartato podem!

OAA = oxaloacetato PEP = fosfoenolpiruvato

Page 54: Aula 2 - Metabolismo da glicose (Farmácia 2013)

glicoquinase (fígado)

hexoquinase (músculo)

glicose-6-fosfatase

frutose-1,6-bisfosfatase fosfofrutoquinase-1

fosfoenolpiruvato carboxiquinase

piruvato

carboxilase

piruvato

quinase

Regulação da Gliconeogênese (curto e longo prazo)

A frutose-2,6-bisfosfato impede que a glicólise e a gliconeogênese estejam

ativas ao mesmo tempo.

( ) = enzima induzida (+) = ativação ( - ) = inibição

Page 55: Aula 2 - Metabolismo da glicose (Farmácia 2013)

Resumo: Regulação da Gliconeogênese Reação irreversível 1 (ocorre em duas etapas)

(em oposição à reação 10 da glicólise)

piruvato oxaloacatato fosfoenolpiruvato

Enzima = piruvato-carboxilase

Ativada por: acetil-CoA

Enzima = fosfoenolpiruvato-carboxiquinase

Ativada por: Glucagon, Adrenalina e Cortisol / Inibida por: Insulina

Reação irreversível 8

(em oposição à reação 3 da glicólise)

frutose-1,6-bisfosfato frutose-6-fosfato

Enzima = frutose-1,6-bisfosfatase

Ativada por: jejum / Inibida por: frutose-2,6-bisfosfato e AMP

Reação irreversível 10

(em oposição à reação 1 da glicólise)

glicose-6-fosfato glicose (livre)

Enzima = glicose-6-fosfatase

Ativada por: jejum