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Estudo do Comportamento Individualna Organização II - Texto 1
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Estudo do ComportamentoTexto 1: A ConstruçãoInteligência Emocional
A Construção
Provavelmente, emde identidade”. Quandode fato; o que queremosnossa existência, talvezacontece?
Será que todas asque esta situação
Estas indagaçõesvida social podemosmenos duradouro:seu crescimento e
Diversas abordagensnossa identidade:da personalidade,comportar-se socialmente;da identidade dependepeculiaridades do
Comportamento Organizacional
Comportamento Individual na Organização IIConstrução da Identidade Pessoal e Profissional /
Emocional
da Identidade Pessoal e Profissional
em alguns momentos da nossa vida, já experimentamos uma “criseQuando isto acontece, parece que não sabemos direito quem somos
queremos da vida e o que devemos fazer para retomar o curso datalvez de um modo mais gratificante e seguro. Por que será que isto
as pessoas passarão por isto? Como devemos agir, para que a angústiapromove, possa dissipar-se o mais rápido possível?
são muito mais comuns do que se imagina. Em todos os setores dapodemos identificar pessoas que vivem este momento, de modo mais ou
duradouro: encarando a crise como um pesadelo ou como um estímulo para oe amadurecimento pessoais.
abordagens teóricas da Psicologia procuram analisar como se constituiidentidade: algumas enfatizam os processos biológicos e os determinismos
personalidade, como fatores que condicionam a maneira como o indivíduo irásocialmente; já as correntes psicossociais destacam que a construçãodepende da intersecção que se estabelece, de modo contínuo, entre asdo indivíduo e as demandas do meio em que ele vive.
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Segundo Ciampade um processo histórico,possamos analisaridentidade, inicialmentede identidade pressuposta.
Até mesmo antesplanejado nossa vinda(sonho que nem sempregrande expectativatemperamento, nossaobter sucesso profissional,enfim, os pais elaborarampoderiam coincidir
Podemos concluir,idealizar alguns aspectoscondicionar a imagemque vivemos.
Este grupo irá atribuiraté constrangimentofamília (aqueles identificadoscompõem o nome(o que poderia representarplenamente a responsabilidade
Comportamento Organizacional
(1993) a construção da identidade de uma pessoa ou grupo, dependehistórico, multideterminado e passível de transformações.Para que
analisar melhor esses aspectos que contribuem para a construção de nossainicialmente iremos comentar a maneira como este autor define o conceito
pressuposta.
de nascer, já possuíamos uma identidade; nossos pais poderão tervinda (ou não); talvez desejassem ter tido um menino ou uma meninasempre irão realizar, por mais que tentem). Havia também uma
expectativa em relação a como seria nossa aparência, nosso caráter, nossonossa capacidade de aprender. Imaginavam se teríamos chances de
profissional, se seríamos felizes em nossos relacionamentos afetivos,elaboraram uma série infindável de planos e projetos de vida (que
coincidir ou não com o que iríamos desejar de fato para nossas vidas).
concluir, portanto, que nossa família (ou quem nos acolher como tal) iráaspectos muito importantes de nossa vida e esses elementos irão
imagem que construiremos a respeito de nós mesmos e do mundo em
atribuir-nos um nome; este poderá ser original (às vezes, causando-nosconstrangimento em função disso!) ou poderá ser um símbolo da continuidade da
identificados como júnior, neto, filho etc); há ainda aqueles pais quenome do filho, a partir da junção do prefixo do nome de cada um deles
representar uma concretização da cumplicidade de ambos em assumirresponsabilidade social que lhes cabe diante do filho).
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Além disso, nossoocuparemos na sociedade.de uma pessoa quesem saber ao certo,nossos primeiros
Nossas relações dede nossa identidade.poderão contribuirirão atender adequadamentecondições de saúde?que tipo de seqüelapersonalidade?
Qual será nossa opçãode nossa vida? Percebemos,mediante a qual nossociais), desejáveisnão.
Com o passar doatribuídos, são naturais,aceitar passivamenteno seu comportamento,previsível, sem a chancedesenvolvimento
Comportamento Organizacional
nosso nome também revelará alguns dados importantes sobre o lugar quesociedade. Por exemplo: como será que se desenvolve a identidadeque foi abandonada pelos pais e nunca foi adotada? Como será viver
certo, qual é nossa data de nascimento? Como nascemos? Como forammeses de vida?
de parentesco também são informações importantes para a construçãoidentidade. Como a sociedade vê nossos pais? Será que essas pessoascontribuir de fato para que nos tornemos “pessoas de bem?” Será que elas
adequadamente todas as nossas necessidades? Contaremos com boassaúde? Caso isto não ocorra (devido a causas pré-natais ou adquiridas),
seqüela poderá ocorrer em relação ao desenvolvimento de nossa
opção sexual? Poderemos assegurar que esta será imutável, até o fimPercebemos, portanto, que desenvolvemos uma identidade pressuposta,
nos atribuem uma série de características (físicas, psicológicas edesejáveis ou não, que assumiremos como elementos que nos representam ou
tempo, temos a impressão que todos esses aspectos que nos foramnaturais, dados; são pré-determinados e imutáveis. Se a pessoa
passivamente todas estas predicações e limitar-se a apenas a reproduzi-lascomportamento, irá acomodar-se à mesmice. Tal condição tornará sua vida
chance de escolha, limitando significativamente suas possibilidades dee auto-realização.
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Para que possamosde nossa identidade,da importância dosfamiliar, estruturamreconhecimento; naatender algumassociedade em queprescrito e o desempenhado
Os papéis sociaisser e pensar; nessea todas as expectativasporque as relaçõessocioeconômica emesmas e do meio
Já o papel desempenhadoestar de acordo ouque medida desejamosdefinidas a nossoacreditamos e valorizamos
Os papéis sociaispois “são referênciasreferências para nosso
Portanto, ao se considerarda identidade pressuposta
Comportamento Organizacional
possamos aprofundar nossa reflexão a respeito do processo de construçãoidentidade, cabe uma observação atenta a respeito dos papéis sociais e
dos mesmos no nosso desenvolvimento psicossocial. Pelo convívioestruturam-se os papéis sociais que irão orientar nossa identificação e auto-
na medida em que adotamos certas condutas sociais, torna-se possívelexpectativas de comportamento, que são definidas a priori pela
que estamos inseridos. Existem duas modalidades de papéis sociais: odesempenhado (Bock et all.,1988).
prescritos definem, antecipadamente, como a pessoa deve agir,nesse aspecto é importante assinalar que dificilmente podemos atender
expectativas sociais que definem como devemos comportar-nos (atérelações humanas sofrem continuamente os efeitos da transição histórica,
e cultural, modificando as concepções das pessoas a respeito de simeio em que vivem).
desempenhado refere-se à maneira como agimos realmente, que podeou não com o papel prescrito. Caberá a cada um de nós avaliar em
desejamos de fato adotar passivamente essas expectativas sociais pré-respeito, ou até que ponto podemos conduzir-nos conforme aquilo que
valorizamos realmente.
permitem também que compreendamos melhor nossa situação social,referências para a nossa percepção do outro, ao mesmo tempo em que são
nosso próprio comportamento (Bock et all.,1988, p. 114)”.
considerar a influência que o contexto familiar exerce na estruturaçãopressuposta do indivíduo, é importante que os pais reconheçam a
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transitoriedade dosmodificam ao longoincentivar sua dependênciaprejuízos para seusentimento de insegurançaao isolamento ou
Percebemos, desseas expectativas quede personalidadesincronicidade entreque se espera da
Diante deste impasse,apenas o que se esperaas outras pessoasesta postura, acabadestino já estariatotalmente possível;com as mesmas necessidades;mesmo!).
Essa conduta conformistaidentidade pressuposta,a nosso respeito;cristaliza; que nosnosso respeito. Perdeprazer na vida. Pode
Comportamento Organizacional
dos papéis sociais prescritos (uma vez que os valores sociais selongo do tempo), para o pleno desenvolvimento emocional da criança:dependência ou abandoná-la à própria sorte poderá acarretar sériosseu equilíbrio psicológico. A imaturidade emocional do indivíduo e seuinsegurança e desconfiança em relação aos demais, poderá incentivá-lo
à adoção de condutas anti-sociais.
desse modo, que há um movimento constante de conciliação entreque são projetadas em relação ao indivíduo e suas peculiaridades
e projetos de vida. Em alguns momentos, poderá ocorrer umaentre esses aspectos; em outras ocasiões, poderão surgir conflitos, pois o
pessoa não é exatamente o que ela deseja de fato.
impasse, a pessoa pode abdicar de seu direito de escolha e atenderespera dela. Seria como se ela dissesse: “Muito bem: se é isto que
pessoas esperam de mim, assim será!” Quando a pessoa adota apenasacaba eximindo-se de sua responsabilidade diante da própria vida; seu
totalmente traçado; restar-lhe-ia, apenas segui-lo (como se isso fossepossível; como se ela pudesse garantir que será sempre a mesma pessoa,
necessidades; como se o meio em que ela vive se mantivesse sempre o
conformista acaba por resultar numa reposição constante de nossapressuposta, ou seja, numa confirmação passiva do que as pessoas esperam
transformamo-nos, deste modo, numa identidade-mito, que senos obriga a agir apenas de acordo com o que os outros definem a
Perde-se nossa autonomia e limitam-se nossas possibilidades de obterPode ser até que a própria pessoa deseje adotar como suas algumas
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dessas característicasoportunidade deagir desse modo,deseja, sem se anularsocial.
Esta não é uma tarefado jeito que ela bemconstantemente participandoprocure adequar-porém é imprescindívelatendam suas necessidades.seja, a conjugaçãodo meio em que vive.
Ao concretizar-separa que as pessoase usufruam de tudo
Haverá sempre a possibilidadeViver em grupo poderámesmos e nos enriquecermos,de nossos semelhantes.maneira para todasconceitos que possuempróprios objetivosenquanto integrantes
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características que lhe são atribuídas; porém, é imprescindível que ela tenha arefletir sobre isso e escolher se é assim que ela deseja viver de fato. Aoestará empregando sua consciência reflexiva e poderá realizar o que
anular totalmente ou mostrar-se uma pessoa desajustada para o convívio
tarefa fácil; também não quer dizer que a pessoa deva viver apenasbem entender, sem prestar contas a ninguém. A necessidade de estarparticipando de algum grupo, certamente fará com que o indivíduose a algumas das expectativas que os demais possuem a seu respeito;
imprescindível que a pessoa reflita sobre o que deseja e faça as escolhas quenecessidades. Esta será a chance de desenvolver sua mesmeidade; ou
conjugação de suas aspirações, desejos, peculiaridades, com as determinaçõesvive.
esta maneira de encarar a própria vida, abrem-se novas possibilidadespessoas conquistem o que desejam; se aprimorem enquanto seres humanos
tudo aquilo que julguem interessante para seu crescimento pessoal.
possibilidade de uma transformação da diversidade, da metamorfose.poderá representar uma oportunidade única de nos descobrirmos a nós
enriquecermos, graças ao convívio com as particularidades e diversidadessemelhantes. Contudo, isto não ocorrerá do dia para a noite e da mesma
todas as pessoas: esta reflexão irá solicitar delas, uma revisão dospossuem a respeito de si mesmas e dos demais; uma reformulação dos
objetivos de vida e uma avaliação sobre o compromisso social que lhes cabe,integrantes dos diferentes grupos dos quais fazem parte.
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Para concluir, iremosdo homem modernoque cada indivíduose reconheça a siassumir um autênticonossa responsabilidade
A Constituiçãopara a auto-realização
A inserção do indivíduosucessivas de amadurecimentoanalisam este processo,importância deste
Considerando-sebom ajustamentoetapas da escolhaglobal da vida da
O processo de desenvolvimentobiológica, cognitiva,paralelo ao desenvolvimentoindivíduo; esta sede si mesma e donebulosa, indistinta.
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iremos destacar de que maneira Ciampa analisa a questão da identidademoderno (1993, p.73): “... a cisão entre o indivíduo e a sociedade faz com
indivíduo não reconheça o outro como ser humano e, conseqüentemente, nãopróprio como humano...”. Desse modo, a cada um de nós caberá
autêntico compromisso diante de nossa própria vida, sem perder de vistaresponsabilidade e nosso comprometimento ético diante de nossos semelhantes.
Constituição da Identidade Profissional: Aspectos Importantesrealização do indivíduo.
indivíduo no processo produtivo ocorrerá ao longo da vida, por etapasamadurecimento da escolha vocacional. Diversos autores na Psicologiaprocesso, revelando de que modo escolhemos nossa profissão e qual é a
deste processo na estruturação de nossa vida pessoal e ocupacional.
que a atividade profissional é um aspecto muito importante para oajustamento psíquico do indivíduo, iniciaremos uma breve reflexão a respeito das
escolha vocacional e de que maneira este processo influencia no contextopessoa.
desenvolvimento humano é contínuo e envolve a transformaçãocognitiva, afetiva e social do indivíduo. O desenvolvimento vocacional é
desenvolvimento global e requer o amadurecimento da auto-imagem dorefere ao conjunto de percepções que a pessoa elabora a respeito
do mundo em que vive. Esta auto-imagem pode ser nítida, objetiva ouindistinta.
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Para estruturá-la asuas necessidadescaracterísticas irápessoa elaboraráNeste processo alhe interessam e asescolha da carreirano tipo de pessoaprofissional.
Portanto, para quenecessário que a pessoaseus objetivos e os
Antes de prosseguirmos,crescimento vocacional.pessoal que possibiliteque construiu a respeitovocacional refere-inserir-se nesse contexto
Alguns aspectos serão• O desenvolvimento
e limitações.• A constituição
definem quem• A auto percepção
respeito de si mesma,Comportamento Organizacional
a pessoa levará em consideração suas aptidões (inclusive intelectuais),necessidades básicas, valores, preferências e potencialidades. O conjunto destas
condicionar o seu desenvolvimento vocacional; e por meio deste aum sentido e um sentimento específico em relação à sua profissão.pessoa irá ponderar também sobre o panorama das profissões que
as etapas que deverá cumprir para a concretização de sua escolha. Acarreira implicará também não só na definição do que fazer, mas tambémpessoa que nos tornaremos pelo fato de exercer uma determinada atividade
que o desenvolvimento vocacional ocorra de modo satisfatório, torna-sepessoa clarifique quais são seus valores, suas necessidades básicas, os
os projetos de vida que deseja desenvolver.
prosseguirmos, vale uma distinção entre o desenvolvimento vocacional e ovocacional. O desenvolvimento vocacional requer um amadurecimentopossibilite ao indivíduo escolher uma profissão, baseando-se nas impressões
respeito de si mesmo e do contexto em que vive. Já o comportamento-se às ações concretas realizadas pelo indivíduo ao longo da vida para
contexto e desenvolver seu perfil ocupacional.
serão decisivos neste processo, tais como:desenvolvimento do auto-conceito do indivíduo, identificando suas potencialidades
da identidade pessoal, que irá revelar quais são as características quequem esta pessoa é.
percepção da identidade, que se refere à consciência que a pessoa possui amesma, como ela se vê.
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• A identificaçãoe os recursos que
Além destes elementos,personalidade doconcretas da pessoavalores culturais; oe desemprego; a questão
Ao longo deste processo,a pessoa vai adquirindovocacional que a pessoade auto-realizaçãoserão consideradasdesenvolveu na constituição
Para que este processoum conhecimentoesteja ciente da necessidadeA consistência dasdecisão e espera-escolha.
Outro aspecto quenecessários para aexercício de uma
Comportamento Organizacional
dos atributos pessoais que irão direcionar o desempenho do indivíduoque deverá desenvolver para concretizar seus objetivos.
elementos, devemos levar em consideração também a dinâmica dedo indivíduo e os fatores situacionais que irão condicionar as ações
pessoa para alcançar suas metas. Serão analisados neste contexto: oso “status” familiar; as informações sobre as taxas de empregabilidadequestão da instabilidade no mercado de trabalho, dentre outros.
processo, podemos observar o nível de maturidade ocupacional queadquirindo ao longo da vida. É importante considerar o ajustamento
pessoa obteve e tal aspecto pode também ser avaliado pelo nívelrealização que ela identifica ao exercer determinada atividade profissional;
consideradas também sua trajetória pessoal e o repertório comportamental queconstituição de sua carreira ocupacional.
processo ocorra de modo adequado, é importante que a pessoa possuaconhecimento realista sobre si mesma e sobre a realidade externa; é necessário que
necessidade de escolher e pronta para decidir-se sobre uma atividade.das suas preferências ocupacionais poderá facilitar sua tomada de
-se que o indivíduo seja capaz de delinear uma carreira a partir desta
que deve ser contemplado é a visão realista acerca dos recursosa sua economia ao longo de sua preparação acadêmica para oatividade profissional.
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Constatamos, desteuma visão mais oudesenvolver seu papeluma íntima relaçãodo percurso de desenvolvimentomais ou menos difícilvocacional de modogratificante.
Para que possamosuma pessoa, relataremosque este amadurecimentoSuper (Mello, 2002),comportamento vocacional.
O primeiro estágioestágio de crescimento.identificação da criançavisam satisfazer suasse o empenho doque lhe interessam,de papéis sociaisatenção.
O segundo estágioa experimentaçãoe desprendimentoprofissional uma concretização
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deste modo, que a identidade profissional requer que a pessoa possuaou menos realista sobre si mesma e possa projetar como pretendepapel profissional. A partir destes dados, podemos observar que há
relação entre a identidade pessoal e a identidade profissional: dependendodesenvolvimento pessoal que o indivíduo tenha elaborado, pode serdifícil selecionar uma atividade e desenvolver seu comportamento
modo a definir adequadamente seus objetivos e concretizá-los de modo
possamos compreender melhor como ocorre o desenvolvimento vocacional derelataremos as principais etapas deste processo, destacando os reflexos
amadurecimento produz no contexto de vida do indivíduo.De acordo com2002), vivenciamos quatro estágios para o amadurecimento de nosso
vocacional.
estágio ocorre na primeira infância até os 14 anos e é classificado comocrescimento. Nesta etapa predominam as escolhas fantasiosas, baseadas na
criança com os personagens que ela admira; as “profissões” escolhidassuas necessidades orgânicas e afetivas. No final deste estágio observa-
do adolescente em obter maiores informações a respeito das atividadesinteressam, além do aprofundamento da auto-análise e da experimentação
que o jovem considera pertinentes às profissões que chamam sua
estágio é classificado como exploratório; neste predomina a auto-reflexão eexperimentação de papéis sociais e ocupacionais. O jovem buscará maior autonomiadesprendimento da família e tal aspecto também irá direcioná-lo a buscar na escolha
concretização de sua necessidade de independência. A partir dos
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15 anos, a pessoaque existem no mercadode modo mais adequadoconcretas (medianteque certamente irávocacionais. Entreatividade profissionalacadêmica que buscou
O terceiro estágiopessoa poderá vivenciarbuscando adequarobjetiva.
No período de estabilização,a manutenção dademandas do mercadoempregabilidade.Emcriativo no percurso
O quarto estágioentre os 45 e 65 anosútil, necessário. Éatividade e este aspecto
Inicia-se neste estágiofísicas e tal aspectosuas limitações biológicas.
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pessoa procurará conciliar seus interesses e aptidões com as atividadesmercado de trabalho. Entre os 18 e 21 anos a realidade é avaliada
adequado e já podem ter início algumas experiências profissionais(mediante estágios, ingresso no mercado de trabalho formal ou informal) o
irá contribuir para uma identificação mais condizente dos interessesEntre os 22 e 24 anos o indivíduo buscará exercer efetivamente uma
profissional a partir da experiência acumulada no mercado ou da preparaçãobuscou para obter uma formação.
estágio é definido como a fase de estabelecimento. A partir dos 25 anos avivenciar algumas mudanças em relação à sua atividade profissional,
adequar seu trabalho às suas necessidades pessoais e à sua realidade
estabilização, que ocorre entre 30 e 45 anos de idade, o foco serásegurança profissional; o indivíduo precisará estar atento para as
mercado e procurará o aprimoramento necessário para manter suaempregabilidade.Em função destas características este período costuma ser o mais
percurso profissional do indivíduo.
é classificado como a fase de manutenção e este período transcorreanos de idade; nesta etapa o principal desafio será manter-se ativo,um período em que o indivíduo procurará manter algum tipo de
aspecto será muito importante, inclusive, para sua auto-estima.
estágio também o período de declínio: modificam-se as condiçõesaspecto obrigará a pessoa a redirecionar sua atividade, em respeito às
biológicas. Este aspecto deve ser considerado pelas empresas e devem
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oferecer-se ao indivíduoessas mudanças dedo funcionário.
Encerrando o quartoos 65, 70 anos deatividades, podendo,tipo de atividadedo indivíduo.
Finalmente, no períodolidar com o encerramentosignificado que ode se dedicar maissentimento de inutilidade,deve ser avaliado,e as possibilidadesde vida.
Constatamos, portanto,importante no contextoe dando-lhe a elaÉ importante oferecerem cada uma destas
Comportamento Organizacional
indivíduo condições psicossociais adequadas para que a pessoa enfrentede modo construtivo, prevenindo-se maiores riscos para a saúde mental
quarto estágio ocorre o período de desaceleração (que se revela entreidade): o ritmo de trabalho diminui e altera-se a estrutura das
podendo, inclusive, reduzir a carga horária de trabalho, modificando-se oque a pessoa realiza para adequá-la às condições e às peculiaridades
período da aposentadoria, destaca-se a maneira como a pessoa iráencerramento de suas atividades profissionais. É importante observar o
indivíduo atribui a este estágio: para algumas pessoas, é um momentomais ao lazer e ao convívio social; para outras pessoas, sobrevêm oinutilidade, a depressão e a desvalia. O contexto objetivo da vida também
avaliado, considerando-se as condições sócio-econômicas, o estado de saúdepossibilidades efetivas de que esta pessoa dispõe para usufruir uma boa qualidade
portanto, que a identidade profissional representa um aspecto muitocontexto de vida geral do indivíduo, compondo a auto-imagem da pessoa
a oportunidade de contribuir efetivamente para o bem estar de todos.oferecer às pessoas os melhores recursos possíveis, para que a transiçãodestas etapas lhes permita construir uma trajetória de vida gratificante.
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Inteligência Emocional
O que é inteligêncianos referindo a umaDaniel Goleman, queaquelas sutilezas queconfidenciais, quandoreivindicações etc.
Desta forma, Inteligênciaemoções e as dose ações. Muitas pessoasdesvinculado dasExperiências mostram,praticamente impossíveldo processo de tomadaapropriada de emoção
As pessoas que conhecemdos outros podemem gerenciar as próprias
O mundo organizacionalparte do funcionário,da empresa Bell Lab,revelou que eles eramque a IE (inteligênciamelhores desempenhos
Comportamento Organizacional
Emocional
inteligência emocional? Quando falamos da inteligência emocional, estamosuma expressão cunhada pelo psicólogo da Universidade de Harvard,
que significa o conjunto de habilidades/características humanas, comoque determinam, por exemplo, quando compartilhar informações
quando falar durante uma reunião, como se expressar, quando fazeretc.
Inteligência Emocional (IE) envolve a habilidade de monitorar as própriasdos outros, discriminando-as e utilizando-as para guiar pensamentos
pessoas acreditam que o raciocínio é mais adequado quando estáemoções, uma vez que estas dificultariam o pensamento objetivo.
mostram, contudo, que o raciocínio desprovido de sentimentos tornaimpossível o processo decisório. A questão não é excluir o sentimento
tomada de decisão diário, mas balanceá-lo, encontrando a doseemoção e sua correta expressão.
conhecem as suas próprias emoções e são capazes de ler as emoçõespodem ser mais eficazes em seus trabalhos, pois possuem maior habilidade
próprias emoções e colocá-las à favor do trabalho e do grupo.
organizacional na contemporaneidade valoriza este tipo de habilidade porfuncionário, e temos como exemplo um estudo realizado com engenheiros
Lab, que receberam votos como excepcionais pelos seus pares, o queeram os melhores no trato com os demais. Esta evidência caracteriza
(inteligência emocional) e não o QI (quociente de inteligência) que indicava osdesempenhos daquele grupo.
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O que é QI (quociente
Vale pontuar quefoi elaborado na França,como objetivo identificarcrianças, contribuindoElaborou-se então,diversas crianças,corretamente pelamental dessas crianças.das crianças de 7avaliar a idade mentalUnidos e partir destesconseguiam aprender
Em 1916 surgiu noso conceito de Quocienteentre a idade cronológicaà maioria da população.estatística, que retratamédia.
Em 1917 desenvolveramcredibilidade desseBrasil, o primeirosão as informaçõesse utilizar os testes
Comportamento Organizacional
(quociente de inteligência)?
QI (quociente de inteligência) foi o primeiro teste de inteligência eFrança, entre 1904 - 1905, por Alfred Binet; este procedimento tinha
identificar as razões das dificuldades de aprendizagem de algumascontribuindo para o diagnóstico médico das causas dessas limitações.
então, uma escala de tarefas padronizadas e se aplicou esses itens acom diferentes idades cronológicas; os itens que fossem respondidos
pela maioria de crianças de determinada faixa etária revelavam a idadecrianças. Por exemplo: os itens corretamente respondidos pela maioria
anos de idade, poderiam identificar o perfil intelectual esperado paramental de 7 anos. Esse conceito foi definido em 1908, nos Estadosdestes resultados foi possível compreender que as crianças que não
aprender possuíam uma idade mental inferior à sua idade cronológica.
nos Estados Unidos, as Escalas Terman e Stanford-Binet, que utilizavamQuociente Intelectual (Q.I.); esta avaliação revelava a relação que existiacronológica e a idade mental do indivíduo e a sua posição em relação
população. Portanto, o Q.I. constitui-se numa medida porcentual eretrata se a pessoa possui uma inteligência normal, abaixo ou acima da
desenvolveram-se os testes para aplicação coletiva, o que comprovava adesse instrumento para se prever o potencial intelectual das pessoas.No
teste de inteligência teria sido utilizado em 1913.Vejamos agora quaisinformações que obtemos sobre a capacidade de raciocínio de uma pessoa, ao
testes de inteligência.
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A avaliação quantitativa
Segundo Wechsler• Escores abaixo de• Entre 70 – 79: limítrofes.• Entre 80 – 89: médio• Entre 90 - 109: médio.• Entre 110 – 119:• Entre 120 – 129:• Acima de 130: muito
Quociente de InteligênciaAs empresas na atualidadede funcionários, principalmenteinteração social.
A Inteligência Emocional1. automotivação,2. autoconhecimento,3. empatia,4. sociabilidade,5. capacidade
As avaliações do Q.I.se prever o sucessomaneira como a pessoabom desenvolvimentoque são capazes de
Comportamento Organizacional
quantitativa do Quociente Intelectual
Wechsler (1981), a classificação do Q.I. baseia-se nos seguintes resultados:de 69: retardo mental.
limítrofes.médio-inferiores.médio.
119: médio-superiores.129: superior.
muito superior.
Inteligência (QI) X Inteligência Emocional (IE)atualidade consideram a Inteligência Emocional no processo de seleçãoprincipalmente quando a função ou cargo demanda alto grau de
Emocional (IE) engloba cinco dimensões:automotivação,autoconhecimento,empatia,sociabilidade,capacidade de lidar com as emoções de outras pessoas.
Q.I. (quociente de inteligência) não oferecem uma base segura parasucesso ou fracasso social do indivíduo, pois a sua autopercepção e a
pessoa lida com as suas emoções são elementos importantes para odesenvolvimento das suas capacidades. Ao se considerar esses aspectos, aqueles
de criar motivações para si mesmos, controlar impulsos e saber a
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hora certa de agir,poderão ser pessoasuma excelente capacidademesmas e com os
De acordo com anecessário aprender• conhecer as próprias• lidar com as emoções:
expressar a raivabenefício próprio;
• saber reconheceroutras pessoas
• lidar com os relacionamentos:administrar conflitos
Finalmente, considerandodomínio das suasconsideração a maneiraemoções e das emoções
• Pessoas Auto-no momento emsituação. Apresentampositiva dianteproblemas e sabem
Comportamento Organizacional
agir, controlando a própria ansiedade e desenvolvendo a autoconfiança,pessoas melhor ajustadas ao convívio social, do que aquelas que possuem
capacidade de raciocínio abstrato, porém, não aprendem a lidar consigoos outros de modo adequado.
teoria da Inteligência Emocional, para que se alcance esse objetivo éaprender a:
próprias emoções, especialmente quando elas ocorrem;emoções: saber livrar-se da ansiedade; ser tolerante consigo mesmo;raiva objetivamente; motivar-se, utilizando a energia das emoções em
próprio;reconhecer as emoções dos outros: ser empático, habilidoso no trato com as
pessoas erelacionamentos: saber ser popular no grupo, liderar pessoas, saberconflitos e propor soluções pertinentes.
considerando-se a capacidade que a pessoa possui em relação aoemoções, segue-se uma tipologia das pessoas, observando-se em
maneira como elas identificam e como reagem diante das própriasemoções dos demais:
-conscientes: essas sabem identificar claramente as suas emoçõesem que ocorrem e são racionais para saber como agir em cada
Apresentam uma boa saúde emocional e tendem a ter uma perspectivadiante de si mesmas, dos outros e da vida de modo geral. Evitam ruminar
sabem utilizar as próprias emoções em benefício próprio.
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• Pessoas Mergulhadas:e se deixam levaro seu modo dese temperamentaisemocional. Podememoções dominam
• Pessoas Resignadas:pouco fazem paradiferentes situaçõesagir como se estivessemque, aparentemente,explodem diantetambém o indivíduoalegando quenum momentopelas emoções,convívio que esteapresentam melhoresmergulhadas,
Vemos, portanto,capacidade intelectualdo comportamentocomo devemos agir
Para concluir, podemosgrande desafio; as
Comportamento Organizacional
Mergulhadas:essas não sabem identificar as emoções que experenciamlevar por essas emoções; são instáveis; têm dificuldades para modificarde agir, pois não se dão conta do ponto que atingem. Mostrando-
temperamentais e são facilmente desacreditadas devido ao seu descontrolePodem se sentir emocionalmente perturbadas, acreditando que as
dominam o seu raciocínio.
Resignadas: essas podem identificar os seus estados emocionais, porémpara ajustá-los, reagindo de modo mais equilibrado diante das
situações que surgem.Podemos observar que há pessoas que tendem aestivessem constantemente de bom humor, (o famoso “cuca fresca”),
aparentemente, não se importam com nada e quando menos se esperadiante de uma situação que não requeria esse tipo de comportamento. Háindivíduo impulsivo, que age de modo agressivo e depois pede desculpas,
“ele é assim mesmo e que não se deve levar em conta o que ele falamomento de nervosismo”. Pessoas que agem desse modo, deixam-se levaremoções, porém reconhecem o seu descontrole. Apesar das dificuldades de
este comportamento produz, devemos admitir que estes indivíduosmelhores possibilidades para o convívio social do que as pessoas
pois identificam a inadequação da sua conduta.
que através dessas maneiras de se conceber o desenvolvimento daintelectual de uma pessoa, enriquecemos a compreensão dos determinantes
comportamento e poderemos desenvolver uma visão mais abrangente do modoagir e saber lidar com as outras pessoas.
podemos afirmar que o estudo da inteligência emocional é ainda umas diferentes maneiras de se conceber esse processo podem nos
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auxiliar a ter umanecessidade de semaneira cuidadosaque certamente nãopotencialidade humana.
Comportamento Organizacional
visão mais enriquecida a respeito deste aspecto, porém há ainda ase pesquisar melhor cada uma dessas abordagens, utilizando-as de
cuidadosa e responsável, pois através delas podemos rotular as pessoas, onão irá colaborar para o conhecimento adequado dessa forma de
humana.
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UNIFACS