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DIREITO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS Prof. Wellington Cavalcanti UNIC Várzea Grande

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DIREITO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Prof. Wellington CavalcantiUNIC Várzea Grande

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ESTADO(TERRITÓRIO)

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TERRITÓRIO DO ESTADO

Território: É um dos elementos caracterizadores do Estado.

É a porção da superfície do solo, abrangendo terras, subsolo e a coluna de ar correspondente (espaço aéreo).

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DEMARCAÇÃO DO TERRITÓRIO DO ESTADO

A demarcação é feita por linhas imaginárias.

Naturais (arcifínios): Seguem traços físicos do solo (criação da natureza).

Artificiais (Intelectuais ou matemáticos): Criação humana.

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MODOS DE AQUISIÇÃO DO TERRITÓRIO DO ESTADO

Os modos de aquisição também são elementos correspondentes aos modos de perda do Território.

1) Ocupação: Quando um Estado se apropria de território res nullius (coisa sem dono, coisa de ninguém) para exercer sua soberania.

2) Acessão: É o acréscimo do território determinado por fato natural, como a ação de rios e do mar.

2.1) Natural: aluvião, avulsão, formação de ilhas e abandono de leito por um rio.

2.2) Artificial: Construção de diques e quebra-mares.

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MODOS DE AQUISIÇÃO DO TERRITÓRIO DO ESTADO

3) Cessão: É a transferencia mediante acordo entre os Estados (voluntária ou involuntária (conquista)).

4) Prescrição (usucapião): Domínio efetivo do território, ininterrupto e pacifico por prazo longo e suficiente para presumir renúncia tácita.

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DOMÍNIO FLUVIAL

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DOMÍNIO FLUVIAL

O domínio fluvial compreende os rios e cursos d´água que cortam o território do Estado.

Nacionais: Correm somente dentro de um único Estado

Internacionais: Atravessam ou separam os territórios de dois ou mais Estados (normalmente celebrados tratados para o uso e não poluição, visto que alcança interesses de outro (s) Estado (s).

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PRINCÍPIOS DE GESTÃO INTERNACIONAL DAS ÁGUAS

1- Princípio da Utilização Equitativa e Razoável das Águas;

2- Princípio da Participação equitativa e razoável dos Estados;

3- Princípio da utilização ótima e sustentável;

4- Princípio da obrigação de não causar danos significativos aos cursos de águas internacionais;

5- Princípio da obrigação geral de cooperar

6- Princípio do intercâmbio regular de dados e de informações;

7- Princípio da satisfação das necessidades humanas vitais.

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DOMÍNIO MARÍTIMO

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DOMÍNIO MARÍTIMO

O domínio marítimo abrange:

1) águas internas, 2) mar territorial,3) zona contígua entre o mar territorial e o alto-mar,4) zona econômica exclusiva,5) plataforma continental,6) solo marítimo,7) estreitos e8) canais.

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MAR TERRITORIAL

Mar Territorial: É a faixa marítima que ladeia a costa de um território.

A largura do mar territorial brasileiro é de 12 milhas maritimas (1,852 km cada milha maritima) – Lei n.: 8.617/93 (antes era de 200 milhas)

DIREITO DE JURISDIÇÃO:

O direito de jurisdição sofre limitações pela “passagem inocente”.

Passagem Inocente - Termo da Convenção de Genebra: Compreende o parar e o fundear na medida que tais procedimentos sejam impostos por força maior, dificuldade grave, em virtude de auxílio a pessoas, navios ou aeronaves em perigo ou constituam incidentes comuns de navegação.

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QUESTÃO

No seu mar territorial, em caso de “passagem inocente”, o Brasil tem jurisdição sobre navios mercantes estrangeiros?

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RESPOSTA

No mar territorial brasileiro, o Brasil tem jurisdição sobre navio mercante estrangeiro em passagem inocente, no entanto, não tem jurisdição civil ou penal. (Para esses casos a jurisdição é da bandeira do navio)

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OS DIREITOS DO ESTADO SOBRE SEU MAR TERRITORIAL

1) Direito exclusivo de pesca;

2) Exploração e extração do seu leito e subsolo;

3) Poder de Polícia;

4) Criar regulamentos sobre sinais, manobras, instalação de boias, serviços de pilotagem;

5) Jurisdição civil e penal;

6) Cabotagem (transporte de pessoas ou mercadorias entre portos internos).

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QUESTÃO

Se um crime foi praticado dentro de um navio mercante que navega dentro do mar territorial de um outro Estado, de quem é a competência para apresentar solução?

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RESPOSTA

Se o crime não tem qualquer relação com o Estado ribeirinho, não se exige qualquer solução deste, mesmo estando em seu mar territorial.

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PONTOS DE ATENÇÃO

O Tratado de Direito Penal (1940), estipula o contrário, obrigando o Estado ribeirinho a interferir na solução do crime.

A Convenção de Genebra (1958) em seu artigo 19, estabelece que:”a jurisdição penal do Estado ribeirinho não se aplica a esses casos, salvo se as consequências da infração disserem respeito ao Estado (perturbação da paz pública, repressão de tráfico)

O Estado pode tomar medidas para efetuar prisões ou praticar atos de instrução a bordo de navios estrangeiros em passagem, vindo de águas interiores.

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ZONA CONTÍGUA

A Convenção de Genebra (1958) em seu artigo 24, estabelece que se o Estado poderá estabelecer a zona contígua em alto mar (24 milhas marítimas – art. 33, da convenção das Nações Unidas).

Na zona contígua, o Estado pode exercer fiscalização aduaneira, fiscal, sanitária ou de imigração – É A PORTA DE ENTRADA DO MAR TERRITORIAL.

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ZONA MARITIMA DE PESCA E ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA

Zonas exclusivas de pesca – 12 milhas marítimas.

ZEE – zona exclusiva econômica: situada além do mar territorial – não pode se estender por mais de 200 milhas marítimas (direitos de exploração dos recursos econômicos do mar, do leito e do subsolo (peixes, minerais, etc.)

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ZEE - DIREITO DE SOBERANIA E DIREITO DE JURISDIÇÃO

O Estado goza de soberania e jurisdição sobre a zona econômica exclusiva.

Soberania: Finalidade de aproveitamento econômico (exploração, conservação e gestão dos recursos naturais renováveis (vivos) ou não renováveis (não vivos).

Jurisdição: Colocação de ilhas artificiais, instalações e estruturas, investigação científica marinha, proteção e preservação do meio ambiente marinho.

Os outros Estados na ZEE ou zona marinha de pesca, PODEM NAVEGAR OU SOBREVOAR, BEM COMO COLOCAR CABOS E DUTOS SUBMARINOS (RESPEITANDO AS REGRAS DOS ESTADOS COSTEIROS)

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MARES INTERNOS

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MARES INTERNOS

MARES INTERNOS: Porções de água salgada cercadas de terra que podem ou não ter comunicação com o mar livre.

Ás águas dos golfos ou baías internas são nacionais e não TEM O DIREITO DE PASSAGEM INOCENTE, o MESMO OCORRENDO COM PORTOS E ANCORADOUROS.

Também se aplica o mesmo aos lagos (água doce)

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ESTREITOS E CANAIS

Os Estreitos e Canais são vias de comunicação entre dois mares.

Estreitos: Obras da natureza.

Canais: Transformações feitas pelo homem.

Tanto os mares internos, como os estreitos e canais terão a soberania do Estado a que pertencem, ou se abrangerem mais de um Estado, aplica-se a regra de soberania compartilhada.

Os navios estrangeiros gozam de passagem inocente.

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CANAIS IMPORTANTES

Canal de Suez (engenharia francesa - 1869): Atualmente aberta para navegação internacional).

Canal de Kiel (engenharia alemã - 1895): Internacionalizado pelo Trato de Versalhes.

Canal do Panamá (administrado pelos Estados Unidos desde 1901): Briga de soberania com o Panamá.

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AMAZONIA AZUL

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AMAZONIA AZUL

Decreto 95.787/88, revogado pelo Decreto 98.145/89

LEPLAC – Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira.

Objetivo de estender a plataforma continental para uma extensão de 350 milhas marítimas.

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ALTO-MAR

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ALTO-MAR

O alto-mar não pertence a nenhum Estado.

É considerado res communis usus para os Estados.

Os Estados podem navegar, pescar, colocar cabos e oleodutos submarinos, construir ilhas artificiais, sobrevoar – TUDO COM FINALIDADE PACÍFICA.

Princípio da liberdade de alto-mar.

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DIREITOS DO ESTADO EM ALTO-MAR

1) Jurisdição do Estado de bandeira sobre navio: O Estado de bandeira exerce sua jurisdição sobre navios que arvorem sua bandeira em alto-mar.

2) Direito de visita em alto-mar: É o direito de um navio de guerra verificar a identidade de um navio comercial estrangeiro suspeito (direito de aproximação).

Obs.: O navio de guerra pode enviar uma embarcação ao navio suspeito sob o comando de um oficial.

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DIREITOS DO ESTADO EM ALTO-MAR

3) Direito de Perseguição em alto-mar (hot pursuit): No caso de navio estrangeiro que violou as leis e regulamentos do Estado soberano do mar territorial, tendo a perseguição iniciado em mar territorial.

Obs.: Deve ser dado o sinal de parar (visual ou auditivo). No caso de perseguição indevida, poderá gerar indenização por perdas ou qualquer danos sofrido pelo navio perseguido.

4) Direito a autodefesa em alto-mar.

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DOMÍNIO AÉREO

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ESPAÇO AÉREO

Existe dificuldade na demarcação nas fronteiras nos limites aéreos (verticais).

O certo é que o espaço aéreo superior à atmosfera terrestre é res communis, havendo direito natural de passagem, desde que inofensiva.

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AERONAVES

Congresso Internacional de 1910 (Paris):

1) A atmosfera, dominando o território e o mar territorial, seja considerada como atmosfera territorial sujeita à Soberania do Estado e atmosfera dominando os territórios inocupados e o mar livre seja considerada livre;

2) Que no espaço territorial a passagem e a circulação das aeronaves sejam livres, ressalvadas as regras de polícia necessárias à proteção dos interesses públicos e privados e o regime jurídico inerente à nacionalidade das aeronaves.

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AERONAVES

Convenção de Chicago de 1944:

Liberdades Fundamentais:

1) Direito de sobrevoo (corresponde ao direito de passagem inocente);

2) Direito de escala técnica para reparações (correspondente ao direito de ancorar);

Liberdades Comerciais:

3) Direito de embarcar no Estado contratante mercadoria e passageiros e correio com destino ao Estado de que a aeronave é nacional;

4) Direito de desembarcar no território do Estado contratante mercadorias e passageiros e correio que tenham sido embarcados no Estado de que a aeronave é nacional;

5) Direito de embarcar passageiros e mercadorias e correio com destino ao território de qualquer contratante e direito de desembarcar passageiros e mercadorias e correio originárias do território de qualquer Estado contratante.

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MEDIDAS CIENTIFÍCAS

ATMOSFERA: camada de mais ou menos 1000 km (a maioria das aeronaves voam na atmosfera)

TROPOSFERA: Espaço de 7 a 17 km, da base da Terra até a estratosfera.

ESTRATOSFERA: Espaço de até 50km (aviões a jato conseguem voar nesse espaço)

MESOSFERA: Espaço até 85 km

TERMOSFERA: Espaço até 640 km (orbita o ônibus espacial)

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DOMÍNIOS POLARES

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POLO SUL (ANTÁRTICO)

Quase todo no Círculo Polar Antártico, cercado pelo Oceano Antártico (águas do oceano Atlântico, Pacífico e Índico).

Brasil foi admitido em setembro de 1983.

A Antártida será utilizada para fins pacíficos, proibida qualquer intervenção de natureza militar (experiências com armas, manobras militares, bases ou fortificações militares)

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POLO NORTE (ÁRTICO)

Confluência com 08 (oito) países, junto ao Círculo Polar Ártico: Noruega, Suécia, Finlândia, Rússia, Estados Unidos (Alasca), Canadá, Dinamarca (Groelândia) e Islândia.

Trata-se de Oceano (não é terra firme), regulada pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (1982).

Permite-se a pesquisa científica.

Há uma briga pela Soberania envolvendo Estados Unidos, Dinamarca, Canadá e Rússia (Teoria dos setores – contiguidade territorial)