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Aspectos demográfico envelhecimento

Aula Aspectos Demograficos Do Envelhecimento

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Aspectos Demográficos do Envelhecimento

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  • Aspectos demogrficos do envelhecimento

  • -Longevidade: tempo mximo de vida de uma espcie. geneticamente determinada e portanto imutvel. Corresponde a aproximadamente 3 vezes o perodo de procriao.-Expectativa de vida: Tempo mdio de vida no da espcie, mas da coorte a que se refere.Saneamento bsico, melhoria das condies de vida, medidas preventivas: expectativa de vida.Em 5000 anos a expectativa de vida chegou a 25 anos e em menos de um sculo ganhou mais 25 anos.

    Plan1

    Expectativa de vida em diferentes periodos da histria

    PerodoIdade (anos)

    Grcia e Roma18 a 25

    Europa

    Sculo XVII28 a 30

    Sculo XVIII30 a 45

    Frana 190052

    Brasil 195043.7

    Fontes: Anurio Estatstico do Brasil, RJ, IBGE v22, 1961

    Plan2

    Plan3

  • Diante disso devemos nos perguntar:

    Est havendo vantagens em se viver mais?

    Como est a qualidade de vida do idoso?

    O que representa o idoso na sociedade?

    Os idosos aplicam sua sabedoria e aproveitam esta fase da vida?

    - Os paises, em especial o Brasil, esto preparados para dar suporte este contigente populacional?

  • Problemas gerados com a falta de apoio aos idosos (comum em paises pobres):

    - Incapacidade precoce.- Dependncia fsica e financeira.- Necessidade de elevados gastos em servios de sade.- M qualidade de vida.- Distrbios afetivos.Anos de sofrimento.

    A geriatria e a gerontologia, juntamente com o estudo demogrfico, tm por finalidade estudar estes aspectos e, associados a uma poltica adequada, achar solues e implementar medidas para um envelhecimento bem sucedido.

  • Conceitos:- Envelhecimento:-Handler: envelhecimento a deteriorao irreversvel de um organismo maduro, tornando-o menos capaz de enfrentar as tenses do meio- Fratczak: caractersticas de um estgio ou perodo de vida de uma pessoa na ps maturidade sob o ponto de vista bio-psico-social.-Biolgico: conjunto de alteraes orgnicas ocorridas desde o nascimento at a morte e que no depende apenas do aspecto cronolgico.- Psicolgico: perodo caracterizado pela dificuldade em assimilar conceitos, enfraquecimento da personalidade e rigidez na estrutura do pensamento.- Social: modificaes ocorridas na vida social no perodo ps aposentadoria.

  • -Idoso: Definido pela Assemblia Mundial do Envelhecimento ustria 1982.Indivduo que sob o aspecto cronolgico: > 65 anos (pas desenvolvido) >60 anos (pas em desenvolvimento).

    -Pas velho ou de populao idosa (OMS, 1984):Pas que tenha 7% ou mais de sua populao > 65 anos e que tende crescer.

    -Era Envelhecimento (OMS, 1984):Perodo compreendido entre ano 1975 - 2025.No mundo observa-se crescimento do contingente de idosos maior que o resto da populao.

  • Caracterstica do envelhecimento populacional:

    Tx mortalidade (1940) com aumento da expectativa de vida. Tx fecundidade (1960). Crescimento do nmero absoluto de idosos. Crescimento do nmero relativo de idosos. Envelhecimento estrutural.

    o Brasil um pas jovem?Sim.No.

  • Perodo de Mudanas Rpidas

    1870 1970Tx. Crescimento populacional alta.Populao duplica 30/30 anos.Cresce 3% ano.

    1970 1980 Cresce 2,5% ano.

    Depois de 1980Cresce 1,93% ano.

    2025 No dever crescer mais que 1% ano.

  • No vezes

    __ 2,5__4,0__5,0

    __3,0__9,0__15,0Fonte: Revista de Sade Pblica. SP, v21, n3, p200-210, 1897.

  • Em que tipo de pas mais cresce o nmero de idosos ? Ricos?Pobres?

    Brasil 60+Brasil TotalUK 60+UK TotalBrasil TotalUK 60+UK TotalBrasil 60+

  • O crescimento de idoso um fato global mas atualmente ele mais marcante nos pases pobres.

    60% dos idosos esto nos continentes pobres:

    sia.

    frica.

    Amrica Latina.

  • Grfico representa o aumento percentual da populao idosa entre 1990 e 2025.

    Importante observar que os pases em desenvolvimento so os que apresentam maiores taxas de crescimento da populao idosa.

  • Idoso deixou de ser uma caracterstica exclusiva de pases do 1o mundo.

    De 1.990 - 2.025 pop. mundial crescer 1,3% ano.

    Pop. idosa crescer 2,5% ano.

  • Pases que dobram a populao idosa de 7% 14% e o tempo gasto.

    Frana1850 - 1970120 anosJapo1965 - 199530 anos.Brasil1998 - 202527 anos.Qual a semelhana entre estes pases ?Todos dobraram sua populao idosa.Brasil e Japo tiveram tempos iguais neste

  • Entretento no Brasil enfrentamos uma srie de adversidades:

    - Baixo nvel scio econmico.- DIP (TBC, malria, chagas, hansenase, dengue, clera, etc).- Sistema de sade precrio.- Falta de poltica de sade pblica e preventiva. - Sistema previdencirio desestruturado e falido.- Economia frgil e instvel.

    Neste contexto o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da populao brasileira se tornam um problema`` para o pas e a sociedade quando, na realidade, ter uma vida longa objetivo de toda a humanidade.

  • Divisor demogrfico e a modificao da estrutura populacional.(Transio Demogrfica)At dcada de 40: Alta Tx de natalidade (5,8) Baixa expectativa de vidaAlta Tx de mortalidade (98/1000) Estrutura etria estvel.Aps dcada da 40:Saneamento bsico Qualidade de vida mortalidade infantil expectativa de vidaControle DIP mortalidade de adultos (3854 anos /1970)Avanos na medicina(vacina, ATB,etc) Exploso demogrfica

  • Tx NatalidadeCrescimento pop.Mortalidade

  • Se h Tx mortalidade infantil e adultos > contingente atingindo a 3a idade, j que neste caso h aumento da expectativa de vida.

    Expectativa de vida um indicador de sade, melhoria das condies de vida, melhoria da escolaridade.

    Mc Keowm: Os elementos determinantes da sade no so necessariamente interligados ao sistema de assistncia mdica mas sim s condies sociais da populao.

  • EUAEuropaBrasilfrica7573

  • Expectativa de vida aos 60 anosMdia de vida que a coorte espera viver aps atingir 60 anos.Indicador mais preciso que a exp. vida ao nascer, no sofrendo influncia da mortalidade infantil, neonatal ou causa morte em adultos.

    Expectativa de vida por faixa etria no estado de So PauloEUA17 a 22 anosUK16 a 20 anosCidade de SP23 anos

  • Causas da diferena de expectativa de vida entre os pases:Renda per capta no justifica pois h pases com menor renda e alta expectativa ( Mxico e Grcia).ndice de desenvolvimento humano.Fator ambiental, cultural, hbitos.

    Causas da diferena de expectativa de vida entre os sexos: Mulheres tem > expectativa de vida Pouco vcioMenor influencia negativa do trabalhoUso de HTRMaior procura por mdicosFatores genticos

  • Causas da Tx. de mortalidade infantil:Seria o desenvolvimento da medicina a principal causa da da mortalidade infantil ?Sim ?No ?

    Saneamento bsicoMedidas higinicasVacinaoControle pr-natalParto feito por mdicosMigrao das zonas rurais para os centros urbanos

  • Perodo de 1940 (90 bitos/1000) 1970 (60 bitos /1000) : H uma combinao da Tx mortalidade infantil e permanncia da alta Tx de fecundidade e natalidade (5,8), passando a pop. de 40 milhes hab. para 90 milhes de hab. Havia predomnio da populao jovem 0-25 anos = 45% ( rejuvenescimento populacional). Aqueles jovens so adultos de hoje e sero os idosos do futuro.

  • Aps 1970:Tx fecundidade Tx de natalidade

    Causas:Controle de natalidadeUrbanizaoMercado trabalho femininoCusto de vida

    19702000: de mais de 60% na taxa de fecundidade

  • Consequncia: Proporo de jovens e % de idosos. ndice envelhecimento: > 65anos / 100 < 15 anos 1960 = 6,41996 = 17 Pirmide brasileira: Estreitamento da base(Tx natalidade) Alargamento da poro mdia (adultos) que representam a alta natalidade de 1940.

  • Movimento migratrio:

    Podem produzir envelhecimento em uma regio e rejuvenescimento em outra.

    Jovens: Emigram para cidades maiores (capitais, cidades polo): comrcio, negcios, escola, industria.

    Regies a serem exploradas: cultura, garimpo, pecuria.

    Idosos: So deixados para traz em regies mais pobres, abandonados pela famlia e pelo estado.

  • Nordeste: Emigrao para sudeste, norte e atualmente para as prprias capitais. Emigrao jovens + Tx. Fec. = envelhecimento estrutura.Sul: Emigrao para centro-oeste e norte.Rio de Janeiro: lo lugar em proporo idosos/ pop. totalParaba:2olugar com 9%.Rio Grande do Norte: 3o lugar com 8%.So Paulo: tem a mais baixa Tx. Nat. e Morte do pas mas recebe enorme contingente de jovens populao artificialmente jovem.MG: Jequitinhonha e nordeste emigrao. Regio metalrgica, Vertentes imigrao

  • Populao de idosos em relao populao localSudeste = 5,8%.Sul = 5,6%.Nordeste = 5,5 %A maneira como ocorre a transio demogrfica pode ser traumtica para o pas e para a prpria populao que envelhece.

    At ano 2.025 haver uma proporo de jovens 42% 20%. proporo idosos 7% 14%.Brasil ser 7o pas no mundo em n absoluto de idosos (30 milhes).China, ndia, EUA, Japo, Indonsia, Rssia, Brasil.

  • Transio DemogrficaTransio epidemiolgica: ``Modificao longo prazo dos padres de morbidade, invalidez e morte que caracterizam uma pop. especfica, sendo que tais modificaes coincidem com alteraes demogrficas, sociais e econmica.Caracterstica desta fase:a) Substituio da causa morte: DIP. D. crnica.1930: DIP, DCV, perinatal, neoplasia, causa externa.1990: DCV, doena mal definida, causa externa, neoplasia, aparelho respiratrio, DIP.

  • b) Predomnio da morbidade (doena crnica) sobre a mortalidade que dado pelo ndice: DNT/DT.

    Nos pases desenvolvidos geralmente > 15.

    c) Deslocamento da morbidade e mortalidade da populao jovem para a idosa.

  • Caractersticas da transio epidemiolgica no Brasil:

    Sobreposio DNT e DT.

    Reativao do DT (contra-transio).

    Alta morbidade e mortalidade de DNT e DT.

    Em algumas regies como o Nordeste as DIP ainda so a 3a causa de morte.

    Mortalidade do adulto: acidente de trabalho, automobilstico, violncia urbana.

  • Curva sobrevivncia:Alm da expectativa de vida ao nascer e espectativa de vida aos 60 anos, a curva de sobrevivncia outro indicador do envelhecimento.Elaborao: Utiliza-se o nmero total de nascido numa poca e o nmero de mortes neste mesmo perodo para uma populao.

  • Expectativa de vida livre e retangularizao da curva.

    Perodo de vida aps 65 anos livres de doenas (compresso da morbidade).

  • Mudana observada com o envelhecimento populacional e seu impacto no BrasilDiminuio da razo de dependncia total: Razo entre o total da populao em idade no ativa (abaixo de 15 anos e acima de 65) e o total da populao em idade ativa.

    ndice de Dependncia total est em queda devido a: do no absoluto e relativo de crianas. do no de adultos (populao ativa). do no absoluto de idosos relativamente pequeno.

  • b) Maior nmero de pessoas atuando como cuidador.c) Transformao rpida sem que houvesse preparao para isto, em um pas economicamente desestruturado.d) Srios problemas de sade pblica, moradia, desemprego, mortalidade infantil e DIP.e) Maior concentrao mulheres idosas/homens idosos.Mulheres idosas tem pior qualidade de vida:ViuvezBaixa renda> queixa doenaf) Frequncia de vuivez > 65 anos 65 % - 25% Causas:> longevidade feminina.> no de casamentos de homem idoso com mulhere jovem.

  • g) Baixa renda pior qualidade de vida.90% aposentados at 2,5 salrios.30% dos idosos continuam a trabalhar.45% idosos continuam trabalhar sem direitos trabalhistas.h) Analfabetismo: 65% idosos tem at 4 anos de escolaridade.Consequncia: Maior dificuldade para reivindicar seus direitos. Dificuldade de se locomover nos grandes centros. No compreendem recomendao mdica. Pior tipo de trabalho. i) Migrao:Idosos so abandonados em regies pobres.Nas grandes cidades moram no centro, pois quando jovens imigraram para este local, sendo hoje logradouros deteriorados e inadequados.

  • j) Dificuldade de cuidador:Ajuda do estado = OFamlia: pequeno espao domiciliar, baixa renda, poucos filhos > dificuldade, mulheres no mercado de trabalho.Cuidador formal (profissional): Pouco conhecimento tcnico. Alto custo. Atendem menos de 20% dos idosos.Asilos:USA - 5% dos idosos esto em asilos.Brasil - faltam dados.BH - 55 asilos com 1.500 idosos. - No seguem normas de sade. - No tem fiscalizao. - No tem mdicos efetivos. - Ligados entidades assistenciais.

  • g) Aumento incidncia distrbios afetivos:Mundo capitalista s valoriza o consumismo e quem produz. Falta espao para os idoso tanto no lar quanto nas vias pblicas. Medo de violncia urbana.Supervalorizao do novo e o desprezo pela experincia e conhecimento do idoso.Reduzido tempo dos familiares para se dedicar ao idoso, resultando em confinamento domiciliar. Rotulao pejorativa idosos: esclerosado, velho, caduco.Tudo isto leva o idoso uma: Auto-depreciao. Perda razo viver Saudosismo.Perda do papel social.

    Consequncia: solido e depresso.

  • Objetivo Do Estudo Demogrfico

    Conhecer os nmeros e seu significados podendo assim, governo e sociedade prepararem-se para o envelhecimento do pas.

    Promoo de sade com campanhas dirigidas.

    Formao mdica voltada para o pouco conhecido mundo dos idosos.

    Aproveitar os idosos ainda capazes para transmitir seu conhecimento aos mais jovens.

    Cursos pr e ps aposentadoria mostrando ao idoso um novo perodo de vida que representar 30 - 40% de sua existncia.

  • Melhoria da rede bsica de sade:Postos de sade em cada bairro.Equipe multidisciplinar neste posto.Suporte aos familiares e aos pacientes confinados no domiclio.Leitos hospitalares para os idosos.

    Kalache citado por Chaimowcz:

    Cabe ao profissional da sade no apenas prover cuidados mas atuar como mediadores, facilitadores, defensores, disseminadores e treinadores dos processos relacionados sade dos idosos.