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Aula de portugues com exercicios
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Mais Educativo Rogério Souza
Coerência
textual
Coerência e coesão textuais
O texto: um todo organizado
Produzimos textos porque pretendemos informar, divertir, explicar, convencer, discordar, ordenar etc, ou seja, o texto é uma unidade de
significado criada sempre com uma determinada intenção.
Assim como a frase não é uma simples sucessão de palavras, o texto também não é uma simples sucessão de frases, mas um todo organizado
capaz de estabelecer contato com interlocutores, influindo sobre eles.
O sentido do texto decorre de um mecanismo de articulação. Ao pensar em articulação, devemos perceber o texto como uma estrutura em que
há diversos segmentos, todos relacionados uns com os outros. Essas relações se estabelecem em dois planos: o do conteúdo (ideias) e o da
amarração (relações linguísticas).
Neste artigo, trataremos do encadeamento das ideias num texto; num artigo futuro, das relações linguísticas que permitem a amarração dessas
ideias (coesão).
A coerência textual
O encadeamento de ideias pressupõe que não deve haver contradição entre os diversos segmentos textuais: cada um deles é pressuposto do
seguinte, que, por sua vez, será pressuposto para o(s) que o suceder(em), formando uma cadeia em que todos estejam harmonicamente
concatenados. Quando isso ocorre, dizemos que o texto é coerente. Se houver quebra nessa concatenação ou um segmento textual estiver em
contradição com um anterior, o texto perde a coerência.
A coerência é também resultante da adequação do que se diz ao contexto extraverbal, ou seja, àquilo a que o texto faz referência, que precisa
ser conhecido pelo interlocutor.
Como vimos em outros artigos aqui no {maiseducativo.com.br}, a coerência textual depende de vários fatores, dentre os quais podemos citar:
- o contexto situacional (ambiente externo aos participantes, em que se realiza o processo de comunicação), a intenção do falante (o que ele
pretende realmente com a mensagem) e quem é o interlocutor da mensagem;
- o conhecimento de mundo do interlocutor;
- o conhecimento linguístico.
Coerência e coesão
A coesão textual é um elemento facilitador para a compreensão do texto, mas é a coerência que lhe dá sentido. Pode haver textos desprovidos
de elementos de coesão, mas coerentes, assim como podem existir textos que apresentam mecanismos de coesão, mas que não são
coerentes. Exemplificando:
Corrupção, criminalidade, violência, fome, guerras.
O novo milênio começa mal!
Texto de abertura de um telejornal.
Cidadezinha qualquer
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Êta vida besta, meu Deus.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa & prosa. 3. ed. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967. p. 67.
Tanto o texto de abertura de telejornal como o poema de Carlos Drummond de Andrade são estruturados a partir de enumerações, o que
dispensa os elementos coesivos. No entanto, o sentido dos textos deve-se à coerência global, que decorre da situação de comunicação
(telejornal) e do gênero textual (poesia).
Já em:
O time não jogou bem, mas perdeu.
a conjunção mas funciona como importante elemento coesivo, estabelecendo um tipo de relação entre as duas
orações. No entanto, o texto é incoerente, pois não há relação de adversidade entre o fato de o time não ter
jogado bem e ter perdido; pelo contrário, seria possível estabelecer uma relação de adição (o time não jogou bem
e perdeu) ou de conclusão (o time não jogou bem; em vista disso, perdeu).
Enquanto a coesão se manifesta no plano linguístico, ou seja, nas relações semânticas e gramaticais entre as
partes do texto, a coerência se manifesta no plano das ideias, dos conceitos.
A coerência deve estar presente em todos os tipos de texto, sejam eles narrativos, descritivos ou dissertativos.
Coerência e tipos textuais
Coerência argumentativa Na dissertação apresentamos argumentos, dados, opiniões, exemplos, a fim de defender uma determinada ideia ou questionar determinado
assunto.
Se, numa dissertação, expusermos argumentos, dermos exemplos e dados contrários à privatização de empresas estatais, não será admissível
apresentar como conclusão que a Petrobras, por exemplo, deva ser imediatamente privatizada, pois tal conclusão estaria em contradição com
os pressupostos apresentados anteriormente, tornando o texto incoerente.
Nas dissertações, a coerência é decorrente não só da adequação da conclusão ao que foi anteriormente apresentado, mas da própria
concatenação das ideias apresentadas na argumentação.
Você pode até não concordar com as opiniões apresentadas por Darcy Ribeiro no texto "As guerras do Brasil" (aliás, muita gente não
concorda). Pode até considerar, como muitos consideram, o brasileiro um povo cordial. Mas não há o que discutir: Darcy Ribeiro produziu um
texto coerente. A partir da tese de que nossa história é marcada por conflitos de toda a ordem, ele nos apresenta argumentos que estão
adequados a esse pressuposto - os conflitos violentos no Pará (Cabanos), em Alagoas (Palmares) e na Bahia (Canudos) - para chegar a uma
conclusão que retoma a tese apresentada inicialmente.
Na produção de textos dissertativos, muitas vezes discutimos assuntos polêmicos sobre os quais não há consenso. Em dissertações em que se
discutem temas como a pena de morte, a legalização do aborto, a descriminalização do uso de drogas estão presentes convicções de natureza
ética e religiosa que variam de indivíduo para indivíduo. Portanto, qualquer que seja a tese que defendamos, sempre haverá pessoas que
discordarão dela. O que importa em um texto dissertativo não é a tese em si, pois, como vimos, as pessoas têm - felizmente - opiniões
diferentes sobre um mesmo tema, mas a coerência textual, ou seja, a argumentação deve estar em conformidade com a tese e a conclusão
deve ser uma decorrência lógica da argumentação.
Coerência narrativa Nas narrações atribuímos ações a personagens. Essas ações se sucedem temporalmente, isto é, uma ação posterior pressupõe uma ação
anterior com a qual não pode estar em contradição, sob pena de tornar a narração inverossímil.
Se, num primeiro momento, afirmamos que um determinado personagem, ao sair para fazer compras, deixou em casa o único talão de cheques
que possuía, não podemos, em seguida, dizer que ele pagou as compras com cheque. Ocorreria um caso de incoerência narrativa: quem não
tem cheque não pode pagar com cheque.
Nas narrações, as incoerências podem também ser decorrentes da caracterização do personagem com relação às ações atribuídas a ele. Se
um determinado personagem é, no início da narração, caracterizado como uma pessoa que não suporta animais, não é possível dizer, em
seguida, que ele criava em casa cachorros e passarinhos, sem apresentar uma justificativa convincente. A ação "criar cachorros e passarinhos"
está em contradição com o pressuposto apresentado de que "ele não suporta animais".
Certamente você já deve ter assistido a um julgamento (pelo menos em filmes). Nele, juízes, promotores e advogados tentam estabelecer a
verdade dos fatos, procurando descobrir incoerências no depoimento de acusados e testemunhas. Se uma testemunha afirmar, por exemplo,
que, na noite de um crime ocorrido numa rua escura da cidade, estava a duzentos metros de distância do fato e, em seguida, afirmar que viu
claramente que o assassino tinha olhos azuis e bigodes e que atirou com uma arma de cabo marrom, seu depoimento não deverá ser
considerado por falta de coerência narrativa, ou seja, naquelas circunstâncias ele não poderia ter visto o que disse que viu.
Obs.: Em textos ficcionais, a coerência deve ser entendida de maneira particular; nesses casos, é fundamental que o texto tenha coerência
interna.
Coerência descritiva Nas descrições apresentamos um retrato verbal de pessoas, objetos, paisagens ou ambientes, enfatizando elementosque os caracterizam. Se
se trata da descrição de um funeral, costuma-se recorrer a figuras como "roupas negras", "pessoas tristes", "coroas de flores", "orações" etc.
Nesse caso, as figuras utilizadas são coerentes com a cena que está sendo descrita.
Se descrevemos um dia ensolarado de verão, não podemos afirmar que as pessoas andam pelas ruas protegidas por pesados casacos, pois
essa descrição seria incoerente, já que a figura "pesados casacos" está em contradição com o pressuposto "dia ensolarado de verão".
Na produção de um filme (e também de novelas e minissé-ries para a televisão), certas cenas, por motivos técnicos, muitas vezes não são
feitas num mesmo dia. Para garantir que o filme não apresente incoerências, existe um profissional responsável pela continuidade das cenas.
Imagine que num dia começa-se a gravar uma cena em que um personagem vai ao banco pedir um empréstimo ao gerente e que a
continuidade da gravação dessa cena venha a ocorrer no dia seguinte. Se, na primeira gravação, o personagem entra no banco vestindo uma
camisa azul, no dia seguinte ele deverá estar vestindo a mesma camisa azul.
A função do continuísta é impedir que haja discrepâncias na sequência das cenas. Imagine a estranheza dos espectadores se, no início da
cena, o personagem estivesse usando uma camisa azul e, na continuação, vestisse uma camisa lilás!
Os exercícios abaixo abordam dois aspectos essenciais para todo texto: coerência e coesão. São parte do material que uso nas minhas aulas
de leitura e interpretação de textos no Ensino Médio. Espero que ajudem você, professor, a melhorar suas aulas com exercícios de reforço.
Você, aluno, pode usar estes exercícios para escrever melhores textos e também para produzir textos mais coerentes e coesos nos vestibulares
que fará e no Enem.
O texto: leitura e reflexão
As guerras do Brasil Às vezes se diz que nossa característica essencial é a cordialidade, que faria de nós um povo por excelência gentil e pacífico. Será assim? A
feia verdade é que conflitos de toda a ordem dilaceram a história brasileira, étnicos, sociais, económicos, religiosos, raciais etc. O mais
assinalável é que nunca são conflitos puros. Cada um se pinta com as cores dos outros.
O importante, aqui, é a predominância que marca e caracteriza cada conflito concreto. Assim, a luta dos Cabanos1, contendo, embora, tensões
inter-raciais (brancos versus caboclos) ou classistas (senhores versus serviçais), era, em essência, um conflito interétnico, porque ali uma etnia
disputava hegemonia, querendo dar sua imagem étnica à sociedade. O mesmo ocorre em Palmares2, tida frequentemente como uma luta
classista (escravos versus senhores), que se fez, no entanto, no enfrentamento racial, que por vezes se exibe como seu componente principal.
Também os quilombolas queriam criar uma nova forma de vida social, oposta àquela de que eles fugiam. Não chegaram a amadurecer como
uma alternativa viável ao poder e à regência da sociedade, mas suas lutas chegaram a ameaçá-las.
Um terceiro exemplo é Canudos3, que também mostra essas três ordens de tensão. A classista prevalece porque os sertanejos, sublevados
pelo Conselheiro, combatiam, de fato, a ordem fazendeira, que, condenando o povo a viver num mundo todo dividido em fazendas, os compelia
a servir a um fazendeiro ou a outro, sem jamais ter seu pé de chão. Em consequência, não tinham qualquer possibilidade de orientar seu
próprio trabalho para o atendimento de suas necessidades. Mas lá estavam pulsando os conflitos raciais e outros, inclusive o religioso.
O processo de formação do povo brasileiro, que se fez pelo entrechoque de seus contingentes índios, negros e brancos, foi, por conseguinte,
altamente conflitivo. Pode-se afirmar, mesmo, que vivemos praticamente em estado de guerra latente, que, por vezes, e com frequência, se tor-
na cruento, sangrento. RIBEIRO, Darcy. 0 povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 167-8.
1 Cabanos: referência à Cabanagem (1835-1840), insurreição popular que, em pleno período regencial, proclamou a República no território do atual estado do Pará; o nome do movimento deriva de cabanos,
população pobre que vivia em cabanas nas margens dos rios paraenses. 2 Palmares: o quilombo dos Palmares (1600-1695), liderado em sua fase final por Zumbi, transformou-se num verdadeiro Estado Livre, ocupando vasta área nos atuais estados de Alagoas e sul de Pernambuco.
³ Canudos: referência à Guerra de Canudos (1896-1897), ocorrida no sertão baiano; o arraial de Canudos era liderado pela figura messiânica de Antônio Conselheiro.
1. Como você classificaria o texto "As guerras do Brasil" quanto ao tipo de composição: descrição, dissertação ou narração? Justifique sua
resposta.
2. No primeiro parágrafo do texto, o autor insere uma pergunta ("Será assim?").
a) Qual a intenção do autor ao elaborar essa pergunta?
b) Que resposta o próprio autor dá a ela?
c) Sem alterar o sentido do texto, reescreva o primeiro parágrafo substituindo a interrogação "Será assim?" por uma afirmação.
3. Ainda com relação ao primeiro parágrafo do texto, pergunta-se:
a) Quem diz que a nossa característica essencial é a cordialidade?
b) Que outra forma do verbo dizer o autor poderia ter empregado, mantendo o sentido da frase exatamente o mesmo?
c) Quem diz que a nossa história é marcada por conflitos de toda a ordem?
4. De que tipo de argumentação o autor se vale para defender a tese de que o brasileiro não é um povo cordial, mas um povo que tem a sua
história marcada por conflitos de toda a ordem?
5. O autor fala em "tensões inter-raciais" e "conflito interétnico". Levando-se em conta o valor do prefixo inter-, o que significam essas
expressões? E o que seriam tensões intrarraciais e conflito intraétnico?
6. Ao referir-se à luta dos Cabanos, o autor afirma que nela podem-se observar três espécies de oposição.
a) Quais são elas?
b) Segundo o autor, qual delas realmente explica a luta? Que palavra do texto demonstra isso?
7. Ainda com relação à luta dos Cabanos, o autor refere-se a "tensões inter-raciais", a "tensões classistas" e a "conflito interétnico". Explique por
que, para marcar a oposição branco versus caboclos e senhores versus serviçais, o autor usa o substantivo tensões, mas, para marcar a
oposição entre uma etnia e outra, utiliza o substantivo conflito.
8. Qual a conclusão apresentada pelo autor?
Respostas dos exercícios sobre coerência textual
1. Trata-se de um texto dissertativo, com apresentação de ideias e a consequente defesa dessas ideias com exemplos e argumentos.
2. a) Ao indagar "Será assim?" o autor ressalta a contradição existente entre a opinião de que o brasileiro é um povo cordial e fatos que
revelam justamente o contrário ("[...] conflitos de toda a ordem dilaceram a história brasileira [...]"). Observar que essa interrogação tem a função
de tornar a afirmativa que se segue perfeitamente coerente.
b) A resposta que o autor dá a essa pergunta é a negação da primeira ideia: o brasileiro não é um povo cordial, pois a verdade é que nossa
história é marcada por conflitos de toda ordem. Notar o uso expressivo do adjetivo feia anteposto ao substantivo verdade; ao utilizá-lo, o autor
chama a atenção para o fato de que a verdade é outra e que essa verdade não é nada agradável; ao contrário, é indecorosa.
c) Resposta pessoal. Sugestão: "Às vezes se diz que nossa característica essencial é a cordialidade, que faria de nós um povo por excelência
gentil e pacífico. [Não é bem isso. (Não é verdade.) (É justamente o contrário.)] A feia verdade é que conflitos de toda a ordem dilaceram a
história brasileira, étnicos, sociais, económicos, religiosos, raciais etc. O mais assinalável é que nunca são conflitos puros. Cada um se pinta
com as cores dos outros."
3. a) Ao utilizar a construção passiva sintética (se diz...), o autor não identifica o agente da ação verbal (aquele que diz), tornando-o
indeterminado. Notar que nesse tipo de construção o agente da passiva normalmente é indeterminado. Sabe-se, contudo, que a expressão
"homem cordial" foi cunhada pelo escritor Ribeiro Couto, em 1931; Sérgio Buarque de Holanda, no livro Raízes do Brasil, retoma a expressão e
dá a ela "fundamento sociológico". O conceito de cordialidade está associado à costumeira quebra de formalidade do brasileiro nas relações
que estabelece, seja na área profissional, política, social etc.
b) O autor poderia ter utilizado o verbo dizer na terceira pessoa do plural sem referência a um sujeito expresso (Dizem que nossa característica
essencial é a cordialidade [...]). O efeito seria exatamente o mesmo, pois o agente de dizer continuaria indeterminado.
c) Embora redigida em terceira pessoa, trata-se de uma afirmação do próprio autor do texto: Eu (Darcy Ribeiro) digo que o que marca a nossa
história são conflitos de toda a ordem. Notar que, nas dissertações objetivas, deve-se evitar o uso da primeira pessoa. As ideias devem ser
transmitidas de forma impessoal, daí a opção do autor pela terceira pessoa.
4. O autor utiliza-se do processo argumentativo-exemplificativo, ou seja, para demonstrar a veracidade do que afirma, recorre a exemplos que
fazem parte da nossa História: a luta dos Cabanos, Palmares e Canudos.
5. Nesses casos, o prefixo latino inter- tem o sentido de "entre"; portanto, tensões inter-raciais são tensões entre raças; conflito interétnico é um
conflito entre etnias. Já o prefixo de origem latina intra- significa "posição interior", "dentro"; portanto, tensões intrarraciais são tensões
existentes dentro de uma mesma raça; conflito intraétnico é um conflito existente dentro de uma mesma etnia.
6. a) As três espécies de oposição presentes na luta dos Cabanos são:
1) tensões de ordem inter-racial (brancos versus caboclos); 2) tensões de ordem classista (senhores versus serviçais); 3) conflito interétnico,
isto é, uma etnia disputando a hegemonia com outra.
b) Para o autor, o conflito étnico é que explica a luta. Note o emprego da conjunção concessiva embora e da expressão "em essência": embora
a luta dos cabanos apresentasse tensões inter-raciais ou classistas, era, em essência, um conflito interétnico.
7. Como se verificou na resposta à questão anterior, o que explica a luta dos Cabanos, segundo o autor, é um conflito de natureza étnica,
embora ali se pudessem observar oposições raciais e classistas. Ao optar pelo substantivo conflito, em lugar de tensão, ele ressalta que o que
provocou a Cabanagem foi a luta entre uma etnia e outra. Notar que o substantivo conflito revela o embate, ao passo que o substantivo tensão
revela o estado emocional decorrente das oposições assinaladas, não revelando o embate, a luta. Grupos sociais podem viver em estado de
tensão, sem necessariamente entrar em situação de conflito.
8. A conclusão apresentada pelo autor é que o processo de formação do povo brasileiro se fez pelo conflito entre grupos étnicos distintos
(índios, brancos e negros). Observar que a conclusão apresentada, fundamentada numa argumentação bem concatenada, retoma a tese
colocada no primeiro parágrafo, conferindo, dessa forma, coerência ao texto.
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