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Aula 4: Tipos e fatores de coerência Objetivos 1) Reconhecer os tipos de articulação semântica para a construção das mensagens; 2) Estabelecer relações entre segmentos do teto! identi"cando repeti ou substituições #ue contribuam para a continuidade do teto no proce de leitura$ %a aula anterior! vimos os tipos de ligação sint&tica e as relações d #ue podem ser estabelecidas por elas$ %esta aula! vamos dar continuid a esse estudo! tratando dos aspectos 'undamentais de constituição do teto( a coesão e a coer ncia$ *amos veri"car tamb+m #ue a coerência tem a ver com a harmonia das in'ormações! ou seja! #ue as in'ormações devem ser organi,adas de um modo #ue 'açam sentido para #uem l $ - coer ncia + a ligação de cada uma das partes do teto com o seu tod 'orma #ue não haja contradições ou erros #ue gerem incompreensão! mal entendido ou at+ mesmo 'alha na comunicação$ - coer ncia di, respeito / intenção comunicativa do emissor! interagi de maneira cooperativa! com o seu interlocutor$ 0odemos organi,ar! de acordo com ngedore och! a coer ncia em #uatr tipos( 1$ Coerência semântica: Re'ere.se / relação entre os signi"cados dos elementos das 'rases em se#u ncia$ - incoer ncia aparece #uando esses sentidos não combinam ou #uando são contradit3rios$ 4 estabelecida entre os signi"cados dos elementos do teto atrav+s uma relação logicamente poss5vel$ Incoerência semântica ( A casa que desejo comprar é bastante jovem. Essa 'rase + incoerente #uando levamos em consideração o signi"cado da palavra jovem$ Embora tenha o sentido de coisa nova! o voc&bulo jovem s3 + empregado para caracteri,ar seres humanos; e não seres inanimados! como + o caso de casa$ 0ara essa caracteri,ação! a palavra nova seria mais apropriada$ 2$ Coerência sintática: Re'ere.se aos meios sint&ticos usados para epressar a coer ncia semântica( conectivos! pronomes etc$ 6rata

Análise Textual - Aula 4

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Aula 4 Análise textual - Estácio

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Aula 4: Tipos e fatores de coerncia

Objetivos 1) Reconhecer os tipos de articulao semntica para a construo das mensagens;2) Estabelecer relaes entre segmentos do texto, identificando repeties ou substituies que contribuam para a continuidade do texto no processo de leitura.

Na aula anterior, vimos os tipos de ligao sinttica e as relaes de sentido que podem ser estabelecidas por elas. Nesta aula, vamos dar continuidade a esse estudo, tratando dos aspectos fundamentais de constituio do texto: a coeso e a coerncia. Vamos verificar tambm que a coerncia tem a ver com a harmonia das informaes, ou seja, que as informaes devem ser organizadas de um modo que faam sentido para quem l.

A coerncia a ligao de cada uma das partes do texto com o seu todo, de forma que no haja contradies ou erros que gerem incompreenso, mal-entendido ou at mesmo falha na comunicao. A coerncia diz respeito inteno comunicativa do emissor, interagindo, de maneira cooperativa, com o seu interlocutor.Podemos organizar, de acordo com Ingedore Koch, a coerncia em quatro tipos:1. Coerncia semntica: Refere-se relao entre os significados dos elementos das frases em sequncia. A incoerncia aparece quando esses sentidos no combinam ou quando so contraditrios. estabelecida entre os significados dos elementos do texto atravs de uma relao logicamente possvel. Incoerncia semntica: A casa que desejo comprar bastante jovem. Essa frase incoerente quando levamos em considerao o significado da palavra jovem. Embora tenha o sentido de coisa nova, o vocbulo jovem s empregado para caracterizar seres humanos; e no seres inanimados, como o caso de casa. Para essa caracterizao, a palavra nova seria mais apropriada.2. Coerncia sinttica: Refere-se aos meios sintticos usados para expressar a coerncia semntica: conectivos, pronomes etc. Trata da adequao entre os elementos que compem a frase, o que inclui tambm ateno s regras de concordncia e de regncia. Incoerncia sinttica: As pessoas que tm condies procuram o ensino particular, ondeh mtodos, equipamentos e at professores melhores. Apesar de haver comunicabilidade, j que possvel compreender a informao, a coerncia desse perodo est inadequada. Ela poderia ser restabelecida se fosse feita uma alterao: a troca do pronome relativo onde, especfico de lugar, para no qual ou em que (ensino particular, no qual/em que h mtodos).3. Coerncia estilstica: Vem da utilizao de linguagem adequada s possveis variaes do contexto. Na maioria das vezes, esse tipo de coerncia no chega a perturbar a interpretabilidade de um texto. uma noo relacionada mistura de registros lingusticos (formal x informal, por exemplo). desejvel que quem escreve ou l se mantenha em um estilo relativamente uniforme. Incoerncia estilstica: O ilustre advogado observou que sua petio no prosperaria, haja vista seu cliente ter enfiado o p na jaca. Imagine iniciar uma fala, em um contexto formal, com palavras mais sofisticadas e depois misturar com uma forma de linguagem bem popular, usando grias. Esta incoerncia poderia parecer inclusive uma brincadeira, modificando o sentido que o autor da frase desejava.4. Coerncia pragmtica: Podemos dizer que esse tipo de coerncia verificado atravs do conhecimento que possumos da realidade sociocultural, que inclui tambm um comportamento adequado s conversaes. Refere-se ao texto visto como uma sequncia de atos de fala. Para haver coerncia nesta sequncia, preciso que os atos de fala se realizem de forma apropriada, isto , cada interlocutor, na sua vez de falar, deve conjugar o seu discurso ao do seu ouvinte, de forma a manter a expectativa de contedo de acordo com a situao em que o texto usado. Incoerncia pragmtica: Veja esta conversa entre amigos: Maria, sabe dizer se o nibus para o Centro passa aqui? Eu entendo, Joo. Hoje faz um ano que minha av faleceu. Note que Maria, na verdade, no responde a pergunta feita por Joo, pois no estabeleceu uma sequncia na conversa. Ela props outro assunto, irrelevante para a pergunta feita. Assim, percebemos que na sequncia de falas deste exemplo no h coerncia.

Mas como distinguir cada tipo?Um texto pode ser incoerente em determinada situao se seu autor no consegue estabelecer um sentido ou uma ideia atravs da articulao de suas frases e pargrafos e por meio de recursos lingusticos (pontuao, vocabulrio etc.).Como vimos na ltima aula, pode-se concluir, por esse motivo, que um texto coerente aquele que capaz de estabelecer sentido. Por isso, a coerncia entendida como um princpio de interpretabilidade. Para resumirmos a questo do que estabelecido como texto, e que caracteriza a textualidade, vamos recorrer a uma explicao de Koch e Travaglia[footnoteRef:1], especialistas no assunto: [1: KOCH, Ingedore G. Viiiaa; TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto e coerncia. 9. ed. So Paulo: Cortez, 2003. p. 26-27.]

Ter textualidade ou textura o que faz de uma sequncia lingustica um texto e no uma sequncia ou um amontoado aleatrio de frases ou palavras. A sequncia percebida como texto quando aquele que a recebe capaz de perceb-la como uma unidade significativa global. Portanto, tendo em vista o conceito que se tem de coerncia, podemos dizer que

Mais exemplos:Na verdade, essa falta de leitura, de escrever, seja porque tudo j vem pronto, mastigado para uma boa compreenso, no precisando pensar. (i. Sinttica)No deu asas ao pensamento, obviamente com medo de aferir a opinio dos outros. (i. Semntica)No balco da companhia area, o viajante perguntou atendente:- A senhorita pode me dizer quanto tempo dura o voo do Rio a Lisboa?- Um momentinho disse a atendente.0 passageiro agradeceu e foi embora. (i. Pragmtica)AgCl (cloreto de prata) considerado insolvel porque o que fica um troo to irrisrio que a gente no considera (...) Entendeu qual a jogada? 0 que tem na soluo daqueles ons no vai atrapalhar ningum. Voc pode comer quilos desse troo que a prata no vai te perturbar. (i. Estilstica)

Agora, voc vai identificar os tipos de coerncia apresentados em exemplos de textos literrios.Preste muita ateno, pois justamente o contexto literrio que permitir que se estabelea a coerncia.

O MOSQUITO(Vincius de Moraes)

Parece mentiraDe to esquisito:Mas sobre o papelO feio mosquitoFez sombra de lira!

O articulador sinttico mas (3 verso) garante a coerncia sinttica, pois estabelece uma oposio entre duas imagens: um mosquito x uma lira.

FLORES (fragmento) nestas flores, em particular, que vejo desenhar-se uma linha que me leva de mim a ti, passando sobre um campo invisvel, onde j no se ouvem os pssaros, e onde o vento no faz cair as folhas.O articulador sinttico onde (4 verso) garante a coerncia sinttica, pois se refere ao lugar campo invisvel.

No fim da tarde, nossa me aparecia nos fundos do quintal:Meus filhos, o dia j envelheceu, entrem pra dentro.(Manoel de Barros)

Sem um contexto especfico, no seria adequado atribuir o adjetivo envelheceu ao substantivo dia. Porm, no poema, a expresso fim de tarde garante a .

Num ouvido, escrito: ENTRADA, noutro ouvido, escrito: SADA.(Paulo Leminski)

A oposio num x noutro permite que tambm se estabelea uma coerncia semntica por oposio de sentidos entre as palavras ENTRADA X SADA.

BALEZINHOS (fragmento) (Manuel Bandeira)Na feira do arrabaldezinhoUm homem loquaz apregoa balezinhos de cor: O melhor divertimento para as crianas!Em redor dele h um ajuntamento de menininhos pobres,fitando com olhos muito redondos os grandes balezinhos muito redondos.

A palavra balezinhos organiza-se em coerncia pragmtica com a fala do homem que oferece os bales, pois os menininhos pobres, que no texto so os receptores da mensagem, compreendem que se trata de um tipo de brinquedo destinado especialmente diverso das crianas.

MACUNAMA (fragmento)Vinha passando Capei, a Lua. Macunama gritou pra ela: Sua bno, dindinha Lua! Uhum... que ela secundou.

Os falantes do texto os personagens Macunama e Capei, a Lua conseguem estabelecer um dilogo coerente, pois ambos pertencem ao contexto da cultura popular. Portanto, trata-se de coerncia pragmtica.

ERRO DE PORTUGUS(Oswald de Andrade)

Quando o portugus chegouDebaixo de uma bruta chuvaVestiu o ndioQue pena! Fosse uma manh de solO ndio tinha despidoO portugus.

A coerncia estilstica garantida pela linguagem coloquial, marcada pela oralidade, que utilizada em todos os versos. Destacam-se bruta chuva e Que pena!

ROMEU E JULIETA (fragmento)ROMEU - Deixai, ento, santa! que esta boca mostre o caminho certo aos coraes.Em tua boca me limpo dos pecados.(E ele a beija)JULIETA - Que passaram, assim, para meus lbios.ROMEU - Pecados meus? Quero-os retornados. Devolva-me os.

O dilogo mantm uma coerncia estilstica, visto que os personagens utilizam o mesmo padro de linguagem para se comunicar.

Fios da coerncia textual

Agora que voc j reconhece a coerncia ou a falta dela e que o contexto literrio ultrapassa o uso comum das palavras, vamos nos dedicar um pouco aos fios que constroem a coerncia..

Voc sabia que a palavra texto provm do latim textum, que significa tecido, entrelaamento de fios? Assim, da mesma forma que um tecido no apenas um emaranhado de fios, o texto no um mero amontoado de frases:Segundo Melo, o texto (do latim textum: tecido) uma unidade bsica de organizao e transmisso de ideias, conceitos e informaes de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um smbolo, um sinal de trnsito, uma foto, um filme, uma novela de televiso tambm so formas textuais. (MELO, 2003)

Por isso, deve haver uma organizao, uma unidade de sentido para que o texto seja considerado texto e cumpra sua funo: estabelecer contato com seu interlocutor, a fim de informar, influenciar, questionar, sensibilizar, convencer, divertir, enganar, seduzir. disso que trata a coerncia textual.Se os fios embolam ou se rompem, quebra-se a coerncia, ou seja, o texto no faz sentido.Ento, vamos analisar a seguir os fatores que impedem que os fios do texto embaracem ou se rompam.

A coerncia se estabelece por uma srie de fatores que afetam os possveis sentidos de um texto. Portanto, ao considerarmos que a coerncia o princpio de interpretabilidade (Instrumento que tanto o emissor quanto o receptor usam para conseguir encaixar as "peas" do texto e dar um sentido completo a ele.), podemos observar os seguintes fatores:

1 - Conhecimento lingustico

O

Conhecimento lingustico consiste no domnio das regras que norteiam a lngua, isso vai possibilitar as vrias combinaes dos elementos lingusticos.

Veja como imediatamente estranhamos sentenas que no seguem as regras da lngua:

Jantar comeu um ontem gostoso.O portugus comumente considerado uma lngua acusativa, cuja ordem direta, no marcada, sujeito-verbo-objeto (SVO ou SV(O)) (cf. Andrade, 1987; Chaves, 1989).Levando em considerao essa concluso, podemos afirmar que a alterao da ordem dos elementos que compe a frase neste exemplo impediu a compreenso da mensagem.

Bateu-me com tanta fora, que, apesar disso, no pude deixar de cair.Nessa frase, o que gerou a falta de coerncia foi o uso inadequado do apesar disso. Quando o utilizamos, nosso interlocutor percebe que sua funo indicar uma contradio, mas, nesse caso, cair uma consequncia da pancada e no algo surpreendente.A mensagem coerente seria, ento, Bateu-me com tanta fora que no pude deixar de cair., quando o usamos o que como uma conjuno explicativa.

2 - Conhecimento de mundo

o conhecimento proveniente de nossas experincias com o mundo, resultante da interao sociocultural. Atravs dessa interao, armazenamos conhecimento, constituindo os modelos cognitivos.

uma espcie de arquivo que guardamos em nossa memria, como se fosse um dicionrio, relacionado ao mundo e cultura a que temos acesso.

Por exemplo, ao chegar a um funeral, sei o comportamento que devo ter, como cumprimentar as pessoas, qual traje usar etc. Em um funeral, portanto, aceitvel dizer com muito pesar que trago meus sentimentos, e no aceitvel dizer com muito prazer que trago meus sentimentos.

3 - Conhecimento partilhado

Conhecimento compartilhado entre as pessoas, entre quem estabelece uma interao. Essa interao se torna possvel graas experincia comum dos envolvidos.

Por exemplo, as regras comunicadas em reunies de condomnio passam a ser conhecidas por aquele grupo de condminos.

4 - Inferncia

So as reflexes que fazemos a partir de alguma ideia, a partir de determinado texto. Incluem as dedues, concluses que construmos juntamente com quem conta ou escreve uma histria, um fato etc.

Por exemplo, quando algum diz que foi ao mdico ver um problema nos olhos, podemos deduzir que est falando de um oftalmologista.

5 - Contextualizao

So os elementos que ancoram o texto em uma situao comunicativa determinada, como a data, o local, a assinatura, elementos grficos, timbre, ttulo, autor.

Em documentos, por exemplo, o carimbo, a data, a assinatura so muito importantes. J entre os fatores grficos, a disposio do contedo, as ilustraes e as fotos tambm contribuem para contextualizar o texto.

6 - Situacionalidade

Conhecimento de onde a histria se situa, com todos os elementos necessrios. Fator que atua nas duas direes, tanto da situao para o texto quanto do texto para a situao.

Um texto coerente em uma situao pode no ser em outra, como nos casos dos textos literrios que analisamos.

A situacionalidade se aplica, por exemplo, nos e-mails que apresentam siglas referentes a jarges empresariais (como PSC para seu conhecimento), em que o destinatrio do e-mail que no conhecer essa sigla no conseguir compreender a mensagem.

7 - Informatividade

o nvel de informao contida no texto, que depender da inteno do produtor de construir um texto mais ou menos hermtico (Neste caso, significa que o discurso poder ou no ser difcil de compreender; obscuro, enigmtico, dependendo da inteno do autor.).

Diz respeito ao grau de previsibilidade da informao que vem no texto, que ser menos informativo, se contiver apenas informao previsvel ou redundante.

J se contiver informao inesperada ou imprevisvel, o texto ter um grau mximo de informatividade[footnoteRef:2], podendo, primeira vista, parecer at incoerente por exigir do receptor um grande esforo de decodificao. [2: O grau mximo de informatividade comum na literatura e na linguagem metafrica em geral. Mas tambm so frequentes tanto em texto poticos como em textos publicitrios ou manchetes jornalsticas.]

Site recomendado: Pedagogia o p da letrahttp://pedagogiaaopedaletra.com/dica-de-portugues-a-coerencia-textual/

8 - Focalizao

Constitui-se no prprio foco do texto, no assunto a ser tratado. Isso evita que um texto com tema da globalizao passe a falar mal dos pases globalizados.

O titulo do texto , em grande parte dos casos, responsvel pela focalizao.

Tambm pode ser analisado como a concentrao dos usurios (produtor e receptor) em apenas uma parte de seu conhecimento.

Uma reportagem sobre um crime ser lida de maneiras diferentes por um advogado, um psiclogo, um socilogo e um policial, por exemplo. Assim, como o mesmo crime seria descrito de maneiras diferentes por esses profissionais.

9 - Intertextualidade

uma interao entre textos[footnoteRef:3], sendo um mecanismo importante para o entendimento de determinadas mensagens. [3: Essa relao pode ser explcita quando apresenta a fonte do texto original ou implcita quando necessrio que o receptor tenha conhecimento suficiente do assunto para recuperar o texto original.]

Ocorre quando um texto faz aluso a outros textos, exigindo do leitor uma busca de informaes fora do universo do texto em questo.

Isso comum tanto para a fala coloquial, em que se retomam conversas anteriores, quanto para os noticirios dos jornais, por exemplo, que exigem o conhecimento de notcias j divulgadas como ponto de partida.

Na prtica corporativa, imprescindvel o conhecimento de seu produto, de sua empresa, concorda?

Sendo assim, importante a leitura de textos como leis, estatutos, manuais etc., que possam levar a uma completa compreenso de um texto especfico, posteriormente.

Fora isso, ainda temos que estar sempre informados e atualizados em um sentido geral, possuindo um conhecimento de mundo razovel para compreender satisfatoriamente vrios contextos dentro da empresa.

10 - Intencionalidade e aceitabilidade

O primeiro fator diz respeito inteno do emissor e o segundo refere-se atitude do receptor de aceitar a manifestao lingustica como um texto coeso e coerente.

Mais um exemplo (Atividade Proposta)

Aqui, nesta Conferncia, analisamos a sociedade brasileira nestes 500 anos de histria de sua construo sobre os nossos territrios. Confirmamos, mais do que nunca, que esta sociedade, fundada na invaso e no extermnio dos povos que aqui viviam, foi construda na escravido e na explorao dos negros e dos setores populares. uma histria infame, uma histria indigna.

(Documento final da Conferncia dos Povos e Organizaes Indgenas do Brasil. Coroa Vermelha, Bahia, 21 de abril de 2000)

Afirmao em destaque, pode ser considerada uma concluso coerente, um fechamento coerente? Por qu?

Podemos afirmar que o propsito de quem se prope a ler uma mensagem entend-la, parece que todos concordam com essa afirmao, por isso importante que possamos refletir sobre a maneira de construo de alguns textos e, tambm, sobre o fechamento deles, porque, quando terminamos de l-los, formamos um pensamento completo sobre o que foi proposto se entendermos a mensagem. Como queremos entender o que lemos, a proposta , a partir do fechamento, fazermos as conexes necessrias para o entendimento, da, no caso em questo, deduzirmos se a afirmao do autor de histria infame e histria indigna ser aceitvel, estar correta. Como leitores, vamos precisar refletir sobre as informaes do texto e as que no esto no texto, mas que so relevantes para o entendimento do assunto. S assim poderemos considerar a coerncia ou no do texto.

necessrio que o receptor da mensagem analise o contexto com a ajuda da imagem da arca cheia de animais e da inundao para perceber que a ideia era justificar extino dos dinossauros, por eles no terem embarcado na Arca de No.

O Conhecimento partilhado, pois apenas os que fazem parte desse grupo sabem quais so as normas do condomnio.

Aqui, ocorre o dilogo entre dois textos, por isso identifica-se a intertextualidade, j que o amor primeira vista est ligado ao texto das compras parceladas.

Ao ler a mensagem, imediatamente deduzimos que a palavra tempestades representa problemas, conflitos, ou seja, est em sentido conotativo.

Assim, conclumos que o emissor da mensagem garante que no vai mais se importar com pequenas dificuldades da vida, ideia representada pela palavra chuvisco.

Apesar do texto ser formado por apenas duas palavras, o leitor aciona o seu conhecimento de mundo para garantir a textualidade e a coerncia da mensagem. Os sentimentos amor e orgulho so considerados, pela experincia humana, incompatveis.

Trata-se de uma focalizao, pois o ttulo da matria j indica ao leitor qual ser o foco do texto.