Aula0 Obras Hidricas TCU 21775

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AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES Ol pessoal! Foi com grande alegria que recebi um novo convite para elaborar um curso online do Ponto. O objetivo agora contribuir para a aprovao dos alunos no concurso para o TCU/2011 por meio de um curso sobre Obras Hdricas. A metodologia utilizada nesse curso consiste em apresentar questes das principais bancas examinadoras sobre Obras Hdricas, com foco no CESPE, banca responsvel pelo concurso, e solucionar estas questes de forma direta, focando nos conceitos necessrios entender a lgica utilizada nas solues. Acredito que o sucesso nos concursos se baseie em trs pilares: preparao, provas e vontade. A preparao requer muita dedicao, esforo e privaes. Tambm no suficiente se preparar muito bem se o candidato no consegue ter tranquilidade e concentrao no momento da prova. Finalmente, sem acreditar que possa, ningum consegue a aprovao. Cada pessoa possui motivaes prprias e uma forma de se preparar que se adapte melhor, o mesmo se aplica ao momento da prova, por isso no gosto de me alongar muito nessas dicas para estudo e prova. Para que conheam um pouco melhor minha formao, sou graduado em Eng. Civil pela UnB, Especialista em Eng. de Software pela Unicamp e pela Universidade do Kansas e Mestre em Eng. Aeronutica pelo ITA. Aps 7 anos trabalhando na iniciativa privada, no final de 2007 decidi migrar para o funcionalismo pblico e comecei a estudar. Depois de muita dedicao, no final do ano de 2008 assumi o cargo de Analista de Finanas e Controle, na CGU, no incio de 2009 fui para o cargo de Especialista de Polticas Pblicas e Gesto Governamental, do MPOG, e no final do mesmo ano assumi o cargo de Auditor Federal de Controle Externo, no TCU, atualmente minha principal ocupao, alm de ser professor titular em faculdade privada de Braslia e consultor eventual na rea de Sistemas de Apoio a Deciso do PTARH (Programa de Ps-graduao em Tecnologia Ambiental e Recursos Hdricos), do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Braslia, inclusive havendo publicado alguns artigos na rea de Tratamento de guas Residurias. Alm dos concursos acima, tambm fui aprovado em alguns outros concursos cujos cargos no assumi, entre os quais vale citar o de Analista de Infraestrutura do MPOG de 2008, na rea de Civil e Aquavirios, e o de Analista Judicirio do TJDFT para a rea de Engenharia Civil de 2008.Prof. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 1

AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES Contedo e cronograma Nosso curso ser baseado no edital CESPE n 2 TCU AUFC, de 26 de agosto de 2011, cargo 2, para a rea de Obras Hdricas, apresentado a seguir, distribuiremos inicialmente o contedo do nosso curso em 9 (nove) aulas. Diferentemente de outras reas, Auditoria de Obras Hdricas no edital acima citado no trouxe muitas novidades em relao ao ltimo do concurso do TCU para obras pblicas, em 2009. O planejamento de aulas o seguinte: Aula 00 01 02 Data 30/Ago 06/Set 09/Set Contedo 4 - Obras de saneamento: tratamento de esgoto (ETEs, lagoas de estabilizao, fossas spticas); Conceitos bsicos de Hidrologia; Bacia Hidrogrfica; Ciclo Hidrolgico. 1 - Principais estruturas hidrulicas (barragens, soleiras, rgos extravasores, tomadas dgua, canais, condutos sob presso, tneis, bueiros): tipos; finalidade; sees tpicas; pr-dimensionamento; aspectos construtivos. 2 - Aproveitamento hidreltrico: avaliao de potencial hidrulico; estruturas componentes; turbinas (tipos e aplicao) e geradores; aspectos construtivos; vantagens e desvantagens em relao a outras formas de gerao de energia. 3 - Irrigao e drenagem: conceito, finalidade, aspectos construtivos; principais condicionantes de um projeto de irrigao; operao e manuteno de um permetro de irrigao. 4 - Obras de saneamento: coleta e transporte de esgoto. 4 - Obras de saneamento: abastecimento dgua captao, aduo, tratamento (ETAs), recalque, reservao, distribuio. 4 - Obras de saneamento: obras de defesa contra inundao e de macrodrenagem reservatrios de cheias, bacias de acumulao, alargamento de calhas fluviais, canalizao de cursos dgua, reflorestamento da bacia hidrogrfica;www.pontodosconcursos.com.br 2

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AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES aspectos construtivos; operao e manuteno. 11/Out 5 - Obras porturias: tipos de portos (genricos e especializados); obras de implantao e de manuteno; principais equipamentos de operao; estruturas de proteo e atracamento; canal de acesso; aspectos construtivos; operao e manuteno.

Esta uma aula demonstrativa, para que conheam a dinmica do curso e o formato como ele ser apresentado. Assim, abordaremos um assunto relativamente pequeno em relao a todo o contedo previsto para o curso. Agora vamos nossa aula demonstrativa! 4 - Obras de saneamento: tratamento de esgoto (ETEs, lagoas de estabilizao, fossas spticas) 1. (MP/2010) Decantadores primrios so unidades de tratamento preliminar de esgotos sanitrios, com a finalidade de remoo de slidos sedimentveis. Para responder esta questo, faamos inicialmente uma breve reviso sobre os nveis de tratamento de guas residurias. O grau de proteo dos poluentes no tratamento, de forma a adequar o lanamento a uma qualidade desejada ou ao padro de qualidade vigente est associado aos conceitos de nvel de tratamento (figura abaixo).

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Figura Nveis de tratamento

Os nveis de tratamento podem ser divididos em preliminar, primrio, secundrio e tercirio. 1 - No tratamento preliminar, so removidos slidos grosseiros, gorduras e areia; 2 - No tratamento primrio, h a sedimentao dos slidos sedimentveis e flotao dos slidos dissolvidos. Configura-se tambm na digesto e secagem do lodo. So representados por sistemas compactos (sedimentao e digesto, tanque Imhoff semelhante aos tanques spticos comuns, contendo uma cmara superior de sedimentao e outra inferior de digesto, com comunicao entre os dois compartimentos unicamente por uma fenda que d passagem aos lodos) e anaerbios (lagoa anaerbia, reator de fluxo ascendente). Nos dois primeiros nveis de tratamento (preliminar e primrio) predominam os mecanismos fsicos de remoo de poluentes. 3 No tratamento secundrio predominam os processos biolgicos, tais como filtrao biolgica, processos de lodos ativados, decantao intermediria ou final (lodo flocoso ou biomassa) e lagoas de estabilizao aerbias (facultativa ouProf. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 4

AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES aerada). O objetivo a remoo de matria orgnica e, eventualmente, de nutrientes (nitrognio e fsforo). 4 O tratamento tercirio raro no Brasil e destina-se remoo de poluentes especficos (usualmente txicos ou compostos no biodegradveis) ou a remoo complementar de poluentes no suficientemente removidos no tratamento secundrio. Tratamento preliminar destina-se remoo de slidos grosseiros, gordura e areia, utilizando mecanismos fsicos, como peneiramento e sedimentao.

Figura Tratamento preliminar Vejamos de forma mais detalhada como feita a remoo dos slidos nesta fase preliminar: 1 - Remoo de slidos grosseiros - Realizados por meio de gradeamento e peneiramento. As finalidades dessa etapa consistem na proteo dos dispositivos de transporte e tratamento de esgoto, proteo dos corpos receptores e pequena remoo da carga poluidora. 2 - Remoo de areia - Tem por finalidade abrandar os efeitos negativos ao funcionamento dos componentes das instalaes a jusante, bem como diminuir o assoreamento tanto da ETE quanto do corpo receptor. A remoo da areia realizada por meio de caixas de areia, por onde o esgoto passa, diminuindo sua velocidade e permitindo a decantao desses slidos mais pesados. 3 Remoo de materiais flutuantes (graxas e leos) Estes materiais ficam na superfcie e so removidos do tanque para posterior tratamento. Outra forma de remoo ocorre por meio da utilizao de caixas de gordura. Um esquema de uma caixa de gordura apresentado na figura seguinte.Prof. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 5

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Figura - Desenho esquemtico de tipos de caixas de gordura. Alm das unidades citadas, h tambm uma unidade de medio de vazo. Usualmente so utilizadas calhas Parshall, onde o nvel dgua pode ser relacionado com a vazo que passa por esta estrutura. Pode-se tambm adotar vertedouros (retangulares ou triangulares) para a mesma funo de medio de vazo, a qual calculada teoricamente (frmula matemtica), em funo da altura da lmina dgua sobre a soleira.

Figura Calha Parshall Passemos para a fase seguinte da nossa Estao de Tratamento de Esgotos.Prof. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 6

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O Tratamento primrio destina-se remoo de slidos em suspenso sedimentveis e slidos flutuantes. Aps passar pela fase preliminar, os esgotos contm ainda slidos no-grosseiros que podem ser removidos por sedimentao (parte desses slidos formada por matria orgnica). Os tanques de decantao podem ser circulares ou retangulares. Os esgotos fluem em baixa velocidade, propiciando tempo suficiente para que ocorra a sedimentao. Essa massa de slidos denominada lodo primrio bruto. Em ETEs ela retirada por meio de tubulao nica ou raspadores mecnicos e bombas em tanques maiores. As fossas spticas (tanques spticos) so tambm uma forma de tratamento em nvel primrio. Elas e suas variantes (como os tanques Imhoff) so basicamente decantadores, onde os slidos sedimentveis so removidos para o fundo, permanecendo nestes um tempo suficiente para sua estabilizao (que se dar em condies anaerbias). Voltando questo, o item confundiu as definies de tratamento primrio e preliminar. Resposta: E 2. (CGU/2008) O tratamento de esgotos visa remoo dos poluentes, de forma a adequar o efluente aos padres de qualidade do corpo receptor. Assinale a opo que define corretamente os nveis de um tratamento. a) O tratamento preliminar responsvel pela remoo de solos sedimentveis e, em decorrncia, parte da matria orgnica. b) No tratamento tercirio, no qual predominam mecanismos biolgicos, o objetivo principalmente a remoo de matria orgnica e eventualmente nutrientes (nitrognio e fsforo). c) O tratamento secundrio objetiva a remoo de poluentes especficos, usualmente txicos ou compostos no-biodegradveis.Prof. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 7

AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES d) Nos tratamentos preliminar e primrio predominam os mecanismos fsicos de remoo de poluentes. e) Nos pases em desenvolvimento, raro o tratamento secundrio. A seguir sero comentados os itens da questo, julgando cada um deles verdadeiro ou falso. a) O tratamento preliminar responsvel pela remoo de solos sedimentveis e, em decorrncia, parte da matria orgnica. Novamente o item confundiu as definies de tratamento primrio e preliminar. b) No tratamento tercirio, no qual predominam mecanismos biolgicos, o objetivo principalmente a remoo de matria orgnica e eventualmente nutrientes (nitrognio e fsforo). O tratamento secundrio geralmente consiste num processo biolgico, do tipo lodo ativado ou do tipo filtro biolgico, onde a matria orgnica (poluente) consumida por microorganismos nos chamados reatores biolgicos. Estes reatores so normalmente constitudos por tanques com grande quantidade de microorganismos aerbios, havendo por isso a necessidade de promover o seu arejamento. O esgoto sado do reator biolgico contem uma grande quantidade de microorganismos, sendo muito reduzida a matria orgnica remanescente. A eficincia de um tratamento secundrio pode chegar a 95% ou mais dependendo da operao da ETE. Os microorganismos sofrem posteriormente um processo de sedimentao nos designados sedimentadores (decantadores) secundrios. No fim do tratamento secundrio, as guas residuais tratadas apresentam um reduzido nvel de poluio por matria orgnica, podendo na maioria dos casos, serem despejadas no meio ambiente receptor. O tratamento tercirio normalmente acontece antes do lanamento final no corpo receptor, quando necessrio proceder desinfeco das guas residuais tratadas para a remoo dos organismos patognicos ou, em casos especiais, remoo de determinados nutrientes, como o nitrognio (azoto) e o fsforo, que podem potenciar, isoladamente e/ou em conjunto, a eutrofizao das guas receptoras.Prof. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 8

AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES O item tenta confundir o candidato entre os conceitos de tratamento secundrio e tercirio.

c) O tratamento secundrio objetiva a remoo de poluentes especficos, usualmente txicos ou compostos no-biodegradveis. Novamente o item confunde os conceitos de tratamento tercirio com o secundrio. d) Nos tratamentos preliminar e primrio predominam os mecanismos fsicos de remoo de poluentes. Como vimos acima, o item apresenta uma afirmativa verdadeira. e) Nos pases em desenvolvimento, raro o tratamento secundrio. Tratamentos at o nvel secundrio so comuns, mesmo em pases em desenvolvimento. Raras nestes pases so as estaes de tratamento com nvel tercirio. Resposta: D

3. (MPOG/2008) Sumidouro, vala de infiltrao e vala de filtrao so alternativas para a disposio dos slidos removidos periodicamente das fossas spticas. Para responder a esta questo, faamos uma breve reviso terica sobre mtodos de tratamento primrio. Tanques e fossas spticas Os tanques e fossas spticas so normalmente aplicveis no meio rural ou em conjuntos habitacionais. A figura abaixo traz um arranjo deste tipo de estrutura.

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Figura: Funcionamento tpico de um tanque sptico Como os nveis de eficincia na remoo de matria orgnica das fossas/tanques spticos so baixos, tais mecanismos so geralmente complementados com o uso de ps-tratamento (filtros anaerbios) ou por sistemas de infiltrao no solo (sumidouros, valas de infiltrao e valas de filtrao). O lodo deve ser recolhido num intervalo de alguns anos, j saindo estabilizado (no sujeito mais a "putrefao" e, conseqentemente, com reduzido potencial de produo de odores), mas contaminado por patognicos. Para o dimensionamento dessas estruturas de infiltrao deve ser previsto um teste de absoro do solo. Esse ensaio visa a avaliar o coeficiente de percolao atravs da camada estudada e fornece as caractersticas daquele solo para receber esgotos para infiltrao. Vamos apresentar alguns desses conceitos: - Filtro anaerbio - Unidade destinada ao tratamento de esgoto, mediante afogamento do meio biolgico filtrante. - Sumidouro ou poo absorvente - Poo seco (no impermeabilizado) escavado no cho, que se destina a orientar a infiltrao de gua residuria no solo.

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Figura: Poo absorvente ou sumidouro - Vala de infiltrao - Sistema de disposio do efluente do tanque sptico, que orienta sua infiltrao no solo, consistindo em um conjunto ordenado de caixa de distribuio, caixas de inspeo e tubulao perfurada assente sobre a camadasuporte de pedra britada.

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Figura 17: Vala de Infiltrao - Vala de filtrao Adotada quando a capacidade de infiltrao do solo ou a possibilidade de poluio do lenol no permitirem a adoo de sumidouro ou valas de infiltrao. Consiste em um conjunto ordenado de caixa de distribuio, caixas de inspeo, tubulaes perfuradas superiores, para distribuir o efluente sobre leito biolgico filtrante, e tubulaes perfuradas inferiores, para coletar o filtrado e encaminh-lo disposio final.

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AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES Figura: Vala de Filtrao Deve-se prezar pela proteo do lenol fretico, evitando sua contaminao pela infiltrao das guas decorrentes de fossas spticas. Os tanques spticos devem observar as seguintes distncias horizontais mnimas: a) 1,50 m de construes, limites de terreno, sumidouros, valas de infiltrao e ramal predial de gua; b) 3,0 m de rvores e de qualquer ponto de rede pblica de abastecimento de gua; c) 15,0 m de poos freticos e de corpos de gua de qualquer natureza. O funcionamento das fossas spticas d-se da seguinte forma: - Reteno do esgoto: O esgoto detido na fossa por um perodo prdeterminado, variando de 12 a 24 horas (tempo de deteno hidrulica). - Decantao do esgoto: Simultaneamente reteno do esgoto, comea o processo de decantao, onde 60% a 70% dos slidos em suspenso so sedimentados, formando um lodo de aspecto semilquido. Os slidos no sedimentados (leos, graxas, gorduras e materiais misturados com gases) emergem e so retidos na superfcie do lquido. Esse material recebe a denominao de escuma. - Digesto anaerbia do lodo: Tanto o lodo quanto a escuma so degradados pelas bactrias anaerbias, degradando o material voltil e organismos patognicos. Num intervalo de 1 a 5 anos, o lodo deve ser removido e disposto em ETE, aterro sanitrio, usina de compostagem ou mesmo em um campo agrcola (nesse ltimo caso, apenas se ele no for voltado ao cultivo de hortalias, frutas rasteiras e legumes consumidos crus). - Reduo do volume de lodo: Aps a digesto anaerbia, o lodo apresenta seu volume bastante reduzido, adquirindo caractersticas estveis permitindo uma disposio mais segura do efluente lquido.

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AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES O dimensionamento das fossas spticas se d a partir de dados como nmero de contribuintes, perodo de deteno do esgoto na fossa, perodo de armazenamento do lodo e contribuio de lodo e vazo de esgoto por pessoa. As fossas/tanques podem ser (i) de cmara nica, (ii) cmaras sobrepostas ou (iii) cmaras em srie. A fossa sptica de cmara nica apresenta apenas um compartimento, em cuja zona superior devem ocorrer processos de sedimentao e de flotao e digesto da escuma, prestando-se a zona inferior ao acmulo e digesto do lodo sedimentado (conforme figura 15). Dentre os tanques spticos de cmaras superpostas, os mais conhecidos so os tanques Imhoff e OMS, os quais destinam-se ao tratamento primrio do esgoto, semelhana dos tanques spticos comuns. Compem-se de uma cmara superior de sedimentao e outra inferior de digesto. A comunicao entre os dois compartimentos feita unicamente por uma fenda que d passagem aos lodos. A nica diferena entre a fossa OMS e o tanque Imhoff est no detalhe da construo da cmara de decantao. Na OMS, esta cmara vedada por cima, impedindo qualquer comunicao de gases entre os dois compartimentos. Os dispositivos de entrada e sada do esgoto no tanque Imhoff so semelhantes aos dos tanques comuns. O esgoto penetra na cmara de decantao onde esta se processa; a parte sedimentvel precipita-se na cmara de digesto atravs de uma abertura (fenda), com 15cm de largura e comprimento igual cmara de decantao. O tanque Imhoff apresenta as seguintes vantagens sobre o tanque sptico: - menor tempo de reteno, que poder ser reduzido at duas horas, tornando-o mais econmico; - melhor digesto, pois com a ausncia de correntes ascendentes e descendentes, o processo de digesto no perturbado, obtendo-se maior eficincia; - melhor efluente, uma vez que devido eficincia dos processos, de decantao e digesto, o lquido efluente praticamente livre de partculas slidas e tem a qualidade bacteriolgica bastante melhorada; - atendimento a populaes maiores, pois se aplicam economicamente para atender at cerca de 5.000 pessoas.Prof. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 14

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Figura: Tanque Imhoff Por fim, as fossas do tipo cmaras em srie apresentam unidades com dois ou mais compartimentos contnuos, dispostos seqencialmente no sentido do fluxo do lquido e interligados adequadamente, nos quais devem ocorrer, conjunta e decrescentemente, processos de flotao, sedimentao e digesto. Para as fossas operadas racionalmente, a eficincia na reduo dos slidos em suspenso pode alcanar at 60%. Para a DBO, a eficincia varia entre 30% e 65%. H tambm a soluo individual denominada fossa seca. Destina-se disposio direta e exclusiva de urina e fezes humanas, sem o uso de gua para transportlas. Podemos dizer que, sem gua, menor o alcance do poluente no trajeto de infiltrao no solo. A fossa seca consiste numa escavao no profunda no terreno, mas construda em plano mais baixo que o do poo fretico e no mnimo a 15 m de distancia deste. Dever ficar pelo menos 1,50 m acima do lenolProf. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 15

AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES fretico e estar protegida por abrigo que no permita a entrada de luz, evitando assim a proliferao de moscas no local.

Figura: Fossa seca A profundidade da fossa seca varia com as caractersticas do solo, o nvel de gua do lenol fretico etc., recomendando-se valores em torno de 2,50m. Como vantagens da fossa seca podemos listar: baixo custo; simples operao e manuteno; no consome gua; risco mnimo sade; recomendada p/ reas de baixa e mdia densidade aplicvel a tipos variados de terrenos; permite o uso de diversos materiais de construo (concreto armado, tijolos, madeiras etc.). Como desvantagem, o fato de: ser imprpria para reas de alta densidade; poder poluir o subsolo; requerer soluo para outras guas servidas. H ainda uma variante desse tipo de fossa, a fossa estanque. Pode ser adotada em situaes semelhantes s da fossa seca. Por ser impermeabilizada, utilizada quando o lenol encontra-se prximo superfcie, quando h risco de contaminao de poos e quando os terrenos so de difcil escavao ou desmoronveis. Voltando questo, conforme visto acima, esses processos so utilizados para a disposio do efluente lquido tratado pelas fossas spticas, no dos slidos. Resposta: EProf. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 16

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(TCU/2009) O tratamento dos esgotos usualmente classificado em preliminar, primrio, secundrio e tercirio. Em relao aos diversos sistemas de tratamento, julgue os itens que se seguem. 4. (TCU/2009) O reator anaerbio de manta de lodo um sistema de tratamento de esgoto de nvel tercirio, em que a DBO estabilizada anaerobicamente por bactrias dispersas no reator. Para responder a esta questo, faamos uma breve reviso terica sobre tratamento anaerbio de guas residurias, classificado como secundrio pela literatura. Tratamento realizado por bactrias que no necessitam de oxignio para sua respirao. Esses sistemas tm como vantagem no precisarem de grandes reas disponveis. Reator anaerbio com manta de lodo

Os reatores anaerbios de manta de lodo tambm so denominados de reatores anaerbios de fluxo ascendente (RAFA ou UASB, em ingls). Nesses reatores, a biomassa cresce dispersa no meio, sendo que sua concentrao bastante elevada, caracterizando uma manta de lodo. Em funo dessa concentrao, o volume requerido para os reatores bastante reduzido. O fluxo do esgoto afluente ascendente, passando em conjunto dos gases pela manta de lodo. No topo do reator, uma estrutura no permite que os slidos saiam junto do esgoto clarificado. Nesse sistema, a produo de lodo baixa, sendo que o mesmo j sai estabilizado (sem mais odor, sem putrefao), sendo necessrio somente sua desidratao em leitos de secagem. Os reatores UASB usualmente no produzem um efluente que se adeque maior parte dos padres de lanamento. Por este motivo, freqentemente necessria a incorporao de um ps-tratamento, que pode ser biolgico (aerbio ou anaerbio) ou fsico-qumico (com adio de coagulantes).Prof. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 17

AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES Filtro anaerbio

A DBO convertida anaerobiamente por bactrias aderidas a um meio suporte (usualmente pedras) no reator. O tanque trabalha submerso, e o fluxo ascendente. O sistema requer decantao primria (freqentemente fossas spticas). A produo de lodo baixa, e o lodo j sai estabilizado. O sistema requer decantao primria (frequentemente em fossas spticas).

Figura: Sistemas Anaerbios Na figura abaixo, temos um filtro anaerbio visto com maior detalhe.

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Figura: Filtro Anaerbio Voltando questo, realmente a DBO estabilizada anaerobicamente por bactrias dispersas no meio. Entretanto, esse tipo de tratamento (predominantemente biolgico) de nvel secundrio e no tercirio. Resposta: E

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AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES 5. (TCU/2009) Entre os sistemas de tratamento primrio est a infiltrao lenta, que consiste na disposio do esgoto no solo, de maneira controlada, de modo que os poluentes fiquem retidos no solo e a parte lquida recarregue o aqufero. Para responder a esta pergunta, faamos uma reviso sobre mtodos de disposio sobre o solo, classificados como sistemas de tratamento secundrio pela literatura. O local mais comum de disposio dos esgotos so os cursos de gua. No entanto, a disposio no solo tambm vivel. Assim, a disposio de esgotos no solo pode ser considerada uma forma de tratamento, de disposio final ou de ambos. No solo, ocorrem vrios mecanismos de remoo de poluentes, por exemplo: de ordem fsica (sedimentao, filtrao); de ordem qumica (reaes qumicas, precipitao); e de ordem biolgica (biodegradao). Os tipos mais comuns de aplicao no solo so: irrigao (infiltrao lenta); infiltrao rpida; infiltrao subsuperficial; e aplicao com escoamento superficial. Infiltrao lenta Os esgotos so aplicados ao solo, fornecendo gua e nutrientes necessrios para o crescimento das plantas. Parte do lquido evaporada, parte percola no solo, e a maior parte absorvida pelas plantas. As taxas de aplicao no terreno so bem baixas. O lquido pode ser aplicado segundo os mtodos da asperso, do alagamento, e da crista e vala. Este um processo de fertirrigao. Infiltrao rpida Os esgotos so dispostos em bacias rasas. O lquido passa pelo fundo poroso e percola pelo solo. A perda por evaporao menor, face s maiores taxas de aplicao. A aplicao intermitente, proporcionando um perodo de descanso para o solo. Os tipos mais comuns so: percolao para a gua subterrnea, recuperao por drenagem subsuperficial e recuperao por poos freticos. Infiltrao subsuperficial O esgoto pr-decantado aplicado abaixo do nvel do solo. Os locais de infiltrao so preenchidos com um meio poroso, no qual ocorre o tratamento. Os tipos mais comuns so as valas de infiltrao e os sumidouros.Prof. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 20

AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES Aplicao escoamento superficial Os esgotos so distribudos na parte superior de terrenos com uma certa declividade, atravs do qual escoam, at serem coletados por valas na parte inferior. A aplicao intermitente. Os tipos de aplicao so: (i) aspersores de alta presso, (ii) aspersores de baixa presso e (iii) tubulaes ou canais de distribuio com aberturas intervaladas.

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Figura: Disposio no soloProf. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 22

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Esse mtodo encaixa-se mais propriamente no tratamento secundrio. Apesar de que no solo ocorrem processos de ordem fsica (sedimentao, filtrao); de ordem qumica (reaes qumicas, precipitao); e de ordem biolgica (biodegradao). Mas para quem tivesse a dvida quanto classificao do mtodo nos nveis de tratamento acertaria a questo ao observar que um mtodo em que ocorresse apenas tratamento primrio no produziria um efluente que devesse recarregar o aqfero. Resposta: E

6. (TCU/2009) As lagoas de estabilizao facultativas fazem parte do tratamento secundrio, em que a DBO solvel e finamente particulada estabilizada aerobicamente por bactrias dispersas no meio lquido e a DBO suspensa tende a sedimentar-se. Para responder a esta questo, faamos uma reviso sobre alguns dos mais importantes mtodos de tratamento secundrio, as Lagoas de estabilizao. Consistem no sistema mais simples de tratamento de esgotos, construdas por meio de escavao no terreno natural cercados de taludes de terra. Os esgotos entram em uma extremidade e saem em outra. So classificadas praticamente em quatro tipos principais: (1) anaerbias, (2) facultativas, (3) de maturao e (4) aerbias ou de alta taxa. Deve-se ter em mente que a decomposio aerbia mais rpida que a anaerbia. Lagoas facultativas Funcionam por intermdio da ao de algas e bactrias sob a influncia da luz solar. A matria orgnica serve como fonte de energia para as bactrias e, quando em suspenso, sedimenta e decomposta por organismos anaerbicos. A matria orgnica dissolvida continua suspensa e sua decomposio realizada pelas bactrias facultativas (sobrevivem em superfcies aerbias e anaerbias). Em geral, na regio prxima superfcie da lagoa h oxignio, j que ocorre fotossntese. Na medida em que aprofunda, a penetrao de luz diminui, o que ocasiona a predominncia do consumo de oxignio (respirao) sobre a sua produo (fotossntese). As lagoas facultativas tm profundidade que varia de 1,00m a 1,50m e tempo de deteno hidrulica prximo a 20 dias.Prof. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 23

AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES Lagoas anaerbias Muitas vezes, as lagoas facultativas necessitam de grandes reas disponveis. A adoo de lagoas anaerbias antes das facultativas permite uma reduo na rea dessas ltimas, j que aproximadamente 50% da DBO podem ser removidos nas lagoas anaerbias. No dependem da ao fotossinttica das algas, sendo construdas com profundidades variando entre 2m a 5m, propiciando decomposio anaerbia da matria orgnica. Seu tempo de deteno hidrulica nunca inferior a trs dias. As algas e bactrias vivem harmonicamente, onde as primeiras produzem oxignio necessrio para a digesto aerbia promovida pelas bactrias aerbias. Lagoas aerada facultativa Os mecanismos de remoo da DBO so similares aos de uma lagoa facultativa. No entanto, o oxignio fornecido por aeradores mecnicos, ao invs de atravs da fotossntese. Com isso, o tempo de deteno necessrio diminui (para 5 a 10 dias) e o requisito de rea bem inferior. Como a lagoa tambm facultativa, uma grande parte dos slidos do esgoto e da biomassa sedimenta (a agitao mecnica no capaz de manter todos os slidos em suspenso), sendo decomposta anaerobiamente no fundo. Lagoa aerada de mistura completa lagoa de decantao A energia introduzida por unidade de volume da lagoa elevada, o que faz com que os slidos (principalmente a biomassa) permaneam dispersos no meio lquido, ou em mistura completa. A decorrente maior concentrao de bactrias no meio lquido aumenta a eficincia do sistema na remoo da DBO, o que permite que a lagoa tenha um volume inferior ao de uma lagoa aerada facultativa (tempo de deteno de 2 a 4 dias). No entanto, o efluente contm elevados teores de slidos (bactrias), que necessitam ser removidos antes do lanamento no corpo receptor. A lagoa de decantao a jusante proporciona condies para esta remoo (tempo de deteno de aproximadamente 2 dias). O lodo da lagoa de decantao deve ser removido em um perodo de alguns anos. A rea requerida por esse sistema a menor dos sistemas de lagoas, mas os aspectos relativos ao manuseio do lodo podem ser complicados. Lagoas de alta taxa As lagoas de alta taxa so concebidas para maximizar a produo de algas, em um ambiente totalmente aerbio. Para tanto, as lagoas possuem reduzidas profundidades (0,30m e 0,50m), garantindo a penetrao da energia luminosaProf. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 24

AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES em toda a massa lquida. Em decorrncia, a atividade fotossinttica elevada, proporcionando altas concentraes de oxignio dissolvido e a elevao do pH. Estes fatores contribuem para o aumento na taxa de mortandade de microrganismos patognicos e para a remoo de nutrientes. As lagoas de alta taxa recebem uma elevada carga orgnica por unidade de rea superficial. H usualmente a introduo de uma moderada agitao na lagoa, alcanada por meio de equipamento mecnico de baixa potncia. O esgoto afluente a esse tipo de lagoa j deve ter sido decantado anteriormente, por meio de uso de lagoas anaerbias ou at mesmo facultativas. A alta produo de algas lhe d a caracterstica de um poderoso mtodo de produo de protena, sendo de 100 a 1.000 vezes mais produtiva que a agricultura convencional. Lagoas de maturao O objetivo principal das lagoas de maturao a remoo de organismos patognicos, devido predominncia de condies ambientais adversas para estes microrganismos, como radiao ultravioleta, elevado pH, elevado OD, temperatura mais baixa que a do trato intestinal humano, falta de nutrientes e predao por outros organismos. As lagoas de maturao constituem um pstratamento de processos que objetivem a remoo da DBO, sendo usualmente projetadas como uma srie de lagoas, ou como lagoas com divises por chicanas. A eficincia na remoo de coliformes elevadssima. Sua profundidade praticamente a mesma da lagoa facultativa, com tempo de deteno hidrulica em sete dias.

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Figura: Lagoas de estabilizao Voltando questo, nesse tipo de tratamento, a matria orgnica estabilizada na presena de oxignio no meio lquido (condies aerbias) e parte se sedimenta sendo tratada no fundo na ausncia de oxignio (condies anaerbias). Realmente, no a forma "mais tcnica" de se falar: "DBO que sedimenta", DBO em suspenso ou "DBO solvel". Mas comum para quem trata de engenharia sanitria se referir dessa forma matria orgnica a ser estabilizada.

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AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES Resposta: C 7. (MPOG/2008) Nas lagoas aeradas de mistura completa, utilizadas para tratamento de esgotos sanitrios, os aeradores mecnicos servem tanto para garantir a oxigenao do meio quanto para manter a biomassa em suspenso. Como vimos acima, a assertiva traz caractersticas das lagoas aeradas de mistura completa. Resposta: C 8. (TCE-TO/2008) O tratamento por lodos ativados obtido a partir da passagem de uma corrente eltrica pelo esgoto. Lodo ativado o lodo resultante de um processo de tratamento de esgoto destinado destruio de poluentes orgnicos biodegradveis presentes em guas residurias, efluentes e esgotos. O processo se baseia na oxidao da matria orgnica, por bactrias aerbias, controlada pelo excesso de oxignio em tanques de aerao e posteriormente direcionado aos decantadores. O lodo decantado nos decantadores retorna ao tanque de aerao como forma de reativao da populao de bactrias no tanque de aerao. Este retorno se d na entrada do tanque onde o lodo em fase endgena se mistura ao efluente rico em poluente, aumentando assim a eficincia do processo. fundamental que a gua a ser tratada no possua outros componentes que prejudiquem a vida de tais bactrias. As condies adequadas para o tratamento, tais como a concentrao de oxignio dissolvido, pH e a velocidade da gua so essenciais ao perfeito funcionamento desse processo. Aqui cabe tambm uma rpida reviso sobre filtros biolgicos, sistema de tratamento onde a matria orgnica estabilizada por bactrias que crescem aderidas a um meio suporte (normalmente pedras, mas pode ser um meio sinttico). O esgoto aplicado na superfcie do tanque atravs de distribuidores rotativos. O lquido percola pelo tanque e sai no fundo, enquanto a matria orgnica fica retida entre as pedras pelas bactrias. necessria a decantao primria. Mas apresentam a vantagem de ocuparem menores reas do que as lagoas, vistas acima.Prof. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 27

AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES Resposta: E 9. (MPOG/2008) No tratamento de esgotos por processo biolgico, parte dos compostos orgnicos removidos convertida em biomassa, a qual dever ser retirada da unidade de tratamento. No tratamento de guas residurias utilizando processos biolgicos ocorre a gerao de biomassa. Essa biomassa (lodo) deve ser retirada com certa frequncia e ser disposta adequadamente. Resposta: C

10. (DESO/2004) A elutriao consiste na separao, em uma mistura, de partculas de tamanhos diferentes, em fraes mais ou menos homogneas, por meio da sedimentao produzida em corrente lquida. Esta a definio da elutriao. Resposta:C 11. (DESO/2004) A flutuao um processo fsico de tratamento de esgotos que consiste na reduo da gua contida no lodo do esgoto, com o objetivo de aumentar a proporo de slidos existentes e provocar a sua flutuao. A reduo da umidade do lodo obtida pelo processo de adensamento ou pelo de desidratao. Resposta: E 12. (TRE-MT/2005) O principal mecanismo de remoo de slidos grosseiros em caixas de areia a flotao. O mecanismo utilizado nas caixas de areia, que no o mecanismo mais utilizado para a remoo de slidos grosseiros, o de sedimentao ou decantao.

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AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES A flotao consta em separar misturas heterogneas slidas com densidades diferentes. Resposta: E 13. (CD/2003) O volume do tanque sptico determinado com base exclusivamente no nmero de usurios e na contribuio de despejos. Voltando ao assunto das fossas spticas, recorrente em concursos, o dimensionamento das fossas se d a partir de dados como nmero de contribuintes, perodo de deteno do esgoto na fossa, perodo de armazenamento do lodo e contribuio de lodo e vazo de esgoto por pessoa. As fossas podem ser de cmara nica, cmaras sobrepostas ou cmaras em srie. Resposta: E

14. (TCE-TO/2008) A decomposio anaerbia processa-se em tempo menor que a aerbia. A presena de oxignio faz com que a decomposio mais rpida. Resposta: E

15. (ANA/2006) Os sintomas da eutrofizao de um lago incluem o aumento das concentraes de fsforo e clorofila da gua, a reduo do oxignio dissolvido no fundo e a reduo da transparncia da gua. Chama-se eutrofizao ou eutroficao ao fenmeno causado pelo excesso de nutrientes (compostos qumicos ricos em fsforo ou nitrognio) numa massa de gua, provocando um aumento excessivo de algas. Estas, por sua vez, fomentam o desenvolvimento dos consumidores primrios e eventualmente de outros elementos da teia alimentar nesse ecossistema. Este aumento da biomassa pode levar a uma diminuio do oxignio dissolvido, provocando a morte e consequente decomposio de muitos organismos, diminuindo a qualidade da gua e eventualmente a alterao profunda do ecossistema. Resposta: CProf. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 29

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16. (AGE/2004) A adsoro um processo fsico de tratamento de esgotos que consiste na separao, em uma mistura, de partculas de tamanhos diferentes em fraes mais ou menos homogneas, por meio da sedimentao produzida em uma corrente lquida. A adsoro de contaminantes consiste na utilizao de substncias que provoquem interaes fsicas ou qumicas entre a substncia adsorvida e o adsorvente, em que a primeira se adere ao segundo. A adsoro em carvo ativado em p (CAP) ou carvo ativado granular (CAG) so atualmente as tcnicas mais utilizadas para reduzir a concentrao de compostos orgnicos. Entretanto, esse mecanismo no tem relao com a sedimentao. A questo referiu-se a elutriao. Resposta: E

17. (PRB/2007) A escolha do sistema de tratamento de esgoto funo das condies estabelecidas para a qualidade da gua dos corpos receptores. A anlise de custo x benefcio para a escolha do sistema de tratamento leva em considerao a qualidade da gua dos corpos receptores. Resposta: C 18. (TCE-TO/2008) Os tratamentos por mecanismos fsicos s so eficientes em esgotos industriais. Os mecanismos fsicos (preliminar e primrio) so importantes de serem previstos antes do nvel secundrio de tratamento em esgotos domsticos. Em efluentes industriais, muitas vezes, necessrio o nvel tercirio de tratamento, visando remoo de poluentes especficos. Resposta: E

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AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES 19. (DESO/2004) A floculao um processo de tratamento que inclui uma agitao adequada, aps terem sido adicionados ao esgoto determinados produtos qumicos, a fim de aumentar a oportunidade para o contato entre partculas. A funo da floculao a formao de flocos atravs de um maior contato entre as partculas. Essa formao de flocos otimizar os processos posterior de remoo desses contaminantes. Resposta: C

20. (PF/2002) A precipitao qumica consiste na adio de produtos qumicos aos esgotos, para melhorar a eficincia do tratamento por meio da remoo de componentes especficos contidos nos esgotos. Adiciona-se um produto qumico a fim de faz-lo reagir com o efluente e permitir a retirada de determinado componente. Resposta: C 21. (TCE-TO/2008) As lagoas de estabilizao so utilizadas somente para o tratamento de esgotos domsticos. As lagoas de estabilizao podem ser utilizadas tambm para tratamento de esgotos industriais. Resposta: E 22. (TCE-TO/2008) A disposio do esgoto no solo pode ser utilizada como uma forma de tratamento. Como vimos acima, esta pode ser considerada tanto uma forma de disposio final, quanto de tratamento. Resposta: C 23. (TCE-ES/2004) A fossa sptica consiste em um poo escavado diretamente no solo de forma a que os efluentes se infiltrem diretamenteProf. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 31

AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES no lenol fretico e sejam conduzidos com segurana para fora da zona de influncia da edificao. As fossas spticas devem ser impermeveis. A infiltrao no solo ocorre em uma fase posterior, em sumidouros ou valas de infiltrao. Resposta: E 24. (SAAE/2003) As valas de infiltrao so um processo recomendado para receber os efluentes de tanques spticos que tratam esgotos sanitrios. A utilizao de tratamento primrio em tanques spticos deve ser complementada com sistema de ps-tratamento (filtros anaerbios) ou por sistemas de infiltrao no solo. Nesse segundo caso, pode-se adotar a utilizao de valas de infiltrao. Resposta: C

25. (SAAE/2003) De modo geral, as privadas com fossa seca no so uma soluo tcnica adequada para o saneamento no nvel individual, pois contaminam o lenol fretico. As fossas secas, se bem projetadas, estaro distantes o suficiente do lenol evitando assim sua contaminao. Portanto, podero sim ser adotadas. Resposta: E 26. (CD/2003) Uma alternativa vivel tecnicamente para o tratamento complementar dos efluentes consiste na vala de filtrao. Por ser mais cara, essa alternativa adotada quando no possvel a vala de infiltrao ou o poo absorvente. Consiste em dois tubos (superior e inferior) divididos por um leito de areia entre eles. O tubo superior lana a gua no leito filtrante e o tubo inferior recolhe o efluente filtrado. Resposta: CProf. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 32

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27. (ANA/2006) Por serem uma das alternativas mais simples de tratamento de esgotos, as lagoas de estabilizao aerbicas independem da ao fotossinttica das algas, podendo, assim, ser construdas com profundidades maiores que as lagoas anaerbicas. As lagoas de estabilizao j foram apresentadas nesta aula. Conforme visto, algumas lagoas de estabilizao aerbicas dependem da ao fotossinttica das algas, e geralmente possuem profundidades menores que as lagoas anaerbicas. Resposta: E 28. (TCE-TO/2008) O lodo obtido ao final do tratamento biolgico de esgotos pode ser reutilizado como fertilizante em qualquer tipo de plantao. Para responder a esta questo, faamos uma breve reviso sobre tratamento e disposio do lodo. Essa etapa envolve o tratamento dos subprodutos slidos gerados no tratamento dos esgotos (geralmente em unidades de decantao). Assim, o lodo dos decantadores primrios constitudo pelos slidos em suspenso removidos do esgoto bruto. O lodo dos decantadores secundrios composto principalmente pelos microorganismos (biomassa) que se reproduziram s custas da matria orgnica dos esgotos. Essa fase denominada fase slida (apesar de o lodo ter 95% da sua constituio por gua). importante ainda saber o que fazer com o lodo aps a sua remoo dos sistemas de tratamento. O tratamento do lodo tem dois objetivos: reduo de seu volume (por meio da reduo da umidade) e reduo do teor de matria orgnica (por meio da estabilizao do lodo). Para se alcanar esses objetivos, o tratamento inclui uma ou mais das seguintes etapas: - adensamento: reduo de umidade (lodo ainda lquido); - estabilizao: reduo da matria orgnicaProf. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 33

AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES - desidratao: reduo adicional da umidade (lodo slido) Para a disposio final, o mais comum coloc-los em aterros sanitrios. Outra possibilidade, caso no contenha substncias txicas, sua utilizao na agricultura como fertilizante (nesse caso deve-se avaliar a possibilidade de transmisso de doenas). De qualquer forma, bastante indicado o uso como fertilizante em plantaes florestais, por exemplo, que no se destinam ao consumo humano e animal. Voltando questo, o erro dizer que pode ser utilizado em qualquer tipo de plantao. Na realidade, so muito indicados em plantaes florestais, que no se destinaro a consumo humano e animal. Resposta: E

(MMA/2010) As guas de esgoto, se devidamente tratadas, podem servir para o cultivo hidropnico de milho para alimentar o gado, com produtividade maior que a dos mtodos convencionais, como mostra estudo realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Os pesquisadores da UFRN utilizaram filtros anaerbios no tratamento dos esgotos. Cada tipo de cultura requer determinada tcnica de tratamento de esgoto. As doenas que atingem o gado so diferentes das que afetam os seres humanos; por isso, a qualidade da gua para bovinos pode ser mais baixa. O agricultor tambm precisa adequar os mtodos de irrigao e manejo.Internet: < http://cienciahoje.uol.com.br> (com adaptaes).

Considerando as informaes acima, julgue os itens que se seguem. 29. (MMA/2010) A presena de bactrias acumuladas nos filtros anaerbios essencial para a decomposio da matria orgnica presente no esgoto sanitrio. Como j vimos na questo 5, nos filtros anaerbios DBO convertida anaerobiamente por bactrias aderidas a um meio suporte (usualmente pedras) no reator. O tanque trabalha submerso, e o fluxo ascendente. O sistema requer decantao primria (freqentemente fossas spticas). A produo de lodo baixa, e o lodo j sai estabilizado. O sistema requer decantao primria (frequentemente em fossas spticas).Prof. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 34

AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES Assim, essencial a presena das bactrias nos filtros. Resposta: C 30. (MMA/2010) A tcnica de emprego de filtros anaerbios, de que trata o texto, corresponde ao nvel tercirio de tratamento dos efluentes sanitrios. Como j vimos anteriormente, os filtros anaerbios correspondem ao nvel secundrio de tratamento de efluentes sanitrios. Apenas para relembrar, o tratamento secundrio geralmente consiste num processo biolgico, do tipo lodo ativado ou do tipo filtro anaerbio, onde a matria orgnica (poluente) consumida por microorganismos nos chamados reatores biolgicos. Estes reatores so normalmente constitudos por tanques com grande quantidade de microorganismos aerbios, havendo por isso a necessidade de promover o seu arejamento. O esgoto sado do reator biolgico contem uma grande quantidade de microorganismos, sendo muito reduzida a matria orgnica remanescente. A eficincia de um tratamento secundrio pode chegar a 95% ou mais dependendo da operao da ETE. Os microorganismos sofrem posteriormente um processo de sedimentao nos designados sedimentadores (decantadores) secundrios. No fim do tratamento secundrio, as guas residuais tratadas apresentam um reduzido nvel de poluio por matria orgnica, podendo na maioria dos casos, serem despejadas no meio ambiente receptor. O tratamento tercirio normalmente acontece antes do lanamento final no corpo receptor, quando necessrio proceder desinfeco das guas residuais tratadas para a remoo dos organismos patognicos ou, em casos especiais, remoo de determinados nutrientes, como o nitrognio (azoto) e o fsforo, que podem potenciar, isoladamente e/ou em conjunto, a eutrofizao das guas receptoras. Resposta: E 31. (MP/2010) Lagoa anaerbica bem operada e com funcionamento adequado normalmente apresenta uma densa capa de escuma, contendo, por exemplo, leos, plsticos e uma srie de materiais flutuantes.Prof. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 35

AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES A assertiva traz caractersticas das lagoas anaerbicas. Resposta: C 32. (MP/2010) No processo de tratamento por lodos ativados, a relao entre alimento e microrganismos refere-se relao entre a massa de DBO5 fornecida por dia ao sistema e a massa de slidos em suspenso volteis, contida no tanque de aerao. Como j estudado acima, lodo ativado o lodo resultante de um processo de tratamento de esgoto destinado destruio de poluentes orgnicos biodegradveis presentes em guas residurias, efluentes e esgotos. O processo se baseia na oxidao da matria orgnica, por bactrias aerbias, controlada pelo excesso de oxignio em tanques de aerao e posteriormente direcionado aos decantadores. O lodo decantado nos decantadores retorna ao tanque de aerao como forma de reativao da populao de bactrias no tanque de aerao. Este retorno se d na entrada do tanque onde o lodo em fase endgena se mistura ao efluente rico em poluente, aumentando assim a eficincia do processo. fundamental que a gua a ser tratada no possua outros componentes que prejudiquem a vida de tais bactrias. As condies adequadas para o tratamento, tais como a concentrao de oxignio dissolvido, pH e a velocidade da gua so essenciais ao perfeito funcionamento desse processo. Aqui cabe tambm uma rpida reviso sobre filtros biolgicos, sistema de tratamento onde a matria orgnica estabilizada por bactrias que crescem aderidas a um meio suporte (normalmente pedras, mas pode ser um meio sinttico). O esgoto aplicado na superfcie do tanque atravs de distribuidores rotativos. O lquido percola pelo tanque e sai no fundo, enquanto a matria orgnica fica retida entre as pedras pelas bactrias. necessria a decantao primria. Mas apresentam a vantagem de ocuparem menores reas do que as lagoas, vistas acima. Resposta: C

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AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES QUESTES RESOLVIDAS NA AULA 1. (MP/2010) Decantadores primrios so unidades de tratamento preliminar de esgotos sanitrios, com a finalidade de remoo de slidos sedimentveis. 2. (CGU/2008) O tratamento de esgotos visa remoo dos poluentes, de forma a adequar o efluente aos padres de qualidade do corpo receptor. Assinale a opo que define corretamente os nveis de um tratamento. a) O tratamento preliminar responsvel pela remoo de solos sedimentveis e, em decorrncia, parte da matria orgnica. b) No tratamento tercirio, no qual predominam mecanismos biolgicos, o objetivo principalmente a remoo de matria orgnica e eventualmente nutrientes (nitrognio e fsforo). c) O tratamento secundrio objetiva a remoo de poluentes especficos, usualmente txicos ou compostos no-biodegradveis. d) Nos tratamentos preliminar e primrio predominam os mecanismos fsicos de remoo de poluentes. e) Nos pases em desenvolvimento, raro o tratamento secundrio. 3. (MPOG/2008) Sumidouro, vala de infiltrao e vala de filtrao so alternativas para a disposio dos slidos removidos periodicamente das fossas spticas. (TCU/2009) O tratamento dos esgotos usualmente classificado em preliminar, primrio, secundrio e tercirio. Em relao aos diversos sistemas de tratamento, julgue os itens que se seguem. 4. (TCU/2009) O reator anaerbio de manta de lodo um sistema de tratamento de esgoto de nvel tercirio, em que a DBO estabilizada anaerobicamente por bactrias dispersas no reator.

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AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES 5. (TCU/2009) Entre os sistemas de tratamento primrio est a infiltrao lenta, que consiste na disposio do esgoto no solo, de maneira controlada, de modo que os poluentes fiquem retidos no solo e a parte lquida recarregue o aqufero. 6. (TCU/2009) As lagoas de estabilizao facultativas fazem parte do tratamento secundrio, em que a DBO solvel e finamente particulada estabilizada aerobicamente por bactrias dispersas no meio lquido e a DBO suspensa tende a sedimentar-se. 7. (MPOG/2008) Nas lagoas aeradas de mistura completa, utilizadas para tratamento de esgotos sanitrios, os aeradores mecnicos servem tanto para garantir a oxigenao do meio quanto para manter a biomassa em suspenso. 8. (TCE-TO/2008) O tratamento por lodos ativados obtido a partir da passagem de uma corrente eltrica pelo esgoto. 9. (MPOG/2008) No tratamento de esgotos por processo biolgico, parte dos compostos orgnicos removidos convertida em biomassa, a qual dever ser retirada da unidade de tratamento. 10. (DESO/2004) A elutriao consiste na separao, em uma mistura, de partculas de tamanhos diferentes, em fraes mais ou menos homogneas, por meio da sedimentao produzida em corrente lquida. 11. (DESO/2004) A flutuao um processo fsico de tratamento de esgotos que consiste na reduo da gua contida no lodo do esgoto, com o objetivo de aumentar a proporo de slidos existentes e provocar a sua flutuao. 12. (TRE-MT/2005) O principal mecanismo de remoo de slidos grosseiros em caixas de areia a flotao. 13. (CD/2003) O volume do tanque sptico determinado com base exclusivamente no nmero de usurios e na contribuio de despejos. 14. (TCE-TO/2008) A decomposio anaerbia processa-se em tempo menor que a aerbia.Prof. Reynaldo Lopes www.pontodosconcursos.com.br 38

AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES 15. (ANA/2006) Os sintomas da eutrofizao de um lago incluem o aumento das concentraes de fsforo e clorofila da gua, a reduo do oxignio dissolvido no fundo e a reduo da transparncia da gua. 16. (AGE/2004) A adsoro um processo fsico de tratamento de esgotos que consiste na separao, em uma mistura, de partculas de tamanhos diferentes em fraes mais ou menos homogneas, por meio da sedimentao produzida em uma corrente lquida. 17. (PRB/2007) A escolha do sistema de tratamento de esgoto funo das condies estabelecidas para a qualidade da gua dos corpos receptores. 18. (TCE-TO/2008) Os tratamentos por mecanismos fsicos s so eficientes em esgotos industriais. 19. (DESO/2004) A floculao um processo de tratamento que inclui uma agitao adequada, aps terem sido adicionados ao esgoto determinados produtos qumicos, a fim de aumentar a oportunidade para o contato entre partculas. 20. (PF/2002) A precipitao qumica consiste na adio de produtos qumicos aos esgotos, para melhorar a eficincia do tratamento por meio da remoo de componentes especficos contidos nos esgotos. 21. (TCE-TO/2008) As lagoas de estabilizao so utilizadas somente para o tratamento de esgotos domsticos. 22. (TCE-TO/2008) A disposio do esgoto no solo pode ser utilizada como uma forma de tratamento. 23. (TCE-ES/2004) A fossa sptica consiste em um poo escavado diretamente no solo de forma a que os efluentes se infiltrem diretamente no lenol fretico e sejam conduzidos com segurana para fora da zona de influncia da edificao.

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AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES 24. (SAAE/2003) As valas de infiltrao so um processo recomendado para receber os efluentes de tanques spticos que tratam esgotos sanitrios. 25. (SAAE/2003) De modo geral, as privadas com fossa seca no so uma soluo tcnica adequada para o saneamento no nvel individual, pois contaminam o lenol fretico. 26. (CD/2003) Uma alternativa vivel tecnicamente para o tratamento complementar dos efluentes consiste na vala de filtrao. 27. (ANA/2006) Por serem uma das alternativas mais simples de tratamento de esgotos, as lagoas de estabilizao aerbicas independem da ao fotossinttica das algas, podendo, assim, ser construdas com profundidades maiores que as lagoas anaerbicas. 28. (TCE-TO/2008) O lodo obtido ao final do tratamento biolgico de esgotos pode ser reutilizado como fertilizante em qualquer tipo de plantao. (MMA/2010) As guas de esgoto, se devidamente tratadas, podem servir para o cultivo hidropnico de milho para alimentar o gado, com produtividade maior que a dos mtodos convencionais, como mostra estudo realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Os pesquisadores da UFRN utilizaram filtros anaerbios no tratamento dos esgotos. Cada tipo de cultura requer determinada tcnica de tratamento de esgoto. As doenas que atingem o gado so diferentes das que afetam os seres humanos; por isso, a qualidade da gua para bovinos pode ser mais baixa. O agricultor tambm precisa adequar os mtodos de irrigao e manejo. Internet: < http://cienciahoje.uol.com.br> (com adaptaes). Considerando as informaes acima, julgue os itens que se seguem. 29. (MMA/2010) A presena de bactrias acumuladas nos filtros anaerbios essencial para a decomposio da matria orgnica presente no esgoto sanitrio.

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AUDITORIA DE OBRAS HDRICAS EM EXERCCIOS TCU/2011 PROFESSOR: REYNALDO LOPES 30. (MMA/2010) A tcnica de emprego de filtros anaerbios, de que trata o texto, corresponde ao nvel tercirio de tratamento dos efluentes sanitrios. 31. (MP/2010) Lagoa anaerbica bem operada e com funcionamento adequado normalmente apresenta uma densa capa de escuma, contendo, por exemplo, leos, plsticos e uma srie de materiais flutuantes. 32. (MP/2010) No processo de tratamento por lodos ativados, a relao entre alimento e microrganismos refere-se relao entre a massa de DBO5 fornecida por dia ao sistema e a massa de slidos em suspenso volteis, contida no tanque de aerao. RESPOSTAS DAS QUESTES RESOLVIDAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. E D E E E C C E C C E E E E C E C E C C E C E Cwww.pontodosconcursos.com.br 41

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25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32.

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