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ContabilidadeAplicadaaoSetorPblicoDNITAnalistaAdministrativoreaContbil
Prof.GiovanniPacelliAula11
AULA 11: Normas Brasileiras de Contabilidade aplicada ao Setor Pblico (NBCT 16.8 a 16.11) e Sistema de Custos do Governo Federal. Provises, contingncias passivas, reservas, perdas, ajustes de exerccios anteriores (MCASP Parte II) [Gesto Patrimonial de bens mveis, imveis e intangveis (MCASP Parte II)].
SUMRIO PGINA 1.Apresentao 1 2.Controle Interno 2 3.Depreciao, amortizao e exausto (NBCT 16.9 e MCAS) 5
4.Avaliao e mensurao de ativos e passivos do setor pblico (NBCT 16.10 e MCASP) 14
5.Reavaliao e reduo ao valor recupervel (NBCT 16.10 e MCASP) 34
6. Proviso 41 7.Tabela-resumo da avaliao e mensurao de ativos e passivos do setor pblico: NBC T 16 44
8.Tabela-resumo de reavaliao, impairment e depreciao/amortizao e exausto: NBC T 16 48
9.Normas especficas de gesto patrimonial constantes no Manual SIAFI 49
10.Sistema de custos no governo federal 54 11.Sistema de informao de custos do setor pblico (SICSP) NBCT 16.11. 73
12.Questes comentadas 86 13.Lista das questes apresentadas 109 1
. APRESENTAO
Pessoal, na aula de hoje daremos sequncia ao estudo das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico. Apresentarei os aspectos sobre o controle interno (NBCT 16.8). Na sequncia tratarei os aspectos relacionados aos conceitos e mtodos de depreciao, amortizao e exausto (NBCT 16.9), e os aspectos relacionados avaliao de ativos e passivos (NBCT 16.10). Inclui ainda um tpico especfico do Manual SIAFI que a ESAF gosta de cobrar. Por fim, tratarei dos aspectos do sistema de custos no governo federal, e do subsistema de custos conforme a NBCT 16.11.
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2. CONTROLE INTERNO
2.1. Conceitos iniciais
O controle interno sob o enfoque contbil compreende o
conjunto de recursos, mtodos, procedimentos e processos
adotados pela entidade do setor pblico, com a finalidade de:
(a) salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos
componentes patrimoniais;
(b) dar conformidade ao registro contbil em relao ao ato
correspondente;
(c) propiciar a obteno de informao oportuna e adequada;
(d) estimular adeso s normas e s diretrizes fixadas;
(e) contribuir para a promoo da eficincia operacional da
entidade;
(f) auxiliar na preveno de prticas ineficientes e
antieconmicas, erros, fraudes, malversao, abusos, desvios e
outras inadequaes.
O controle interno deve ser exercido em todos os nveis da
entidade do setor pblico, compreendendo:
(a)a preservao do patrimnio pblico;
(b)o controle da execuo das aes que integram os programas;
(c)a observncia s leis, aos regulamentos e s diretrizes
estabelecidas.
2.2. Classificao
O controle interno classificado nas seguintes categorias dispostas
no Quadro 1.
Quadro 1: Categorias do controle interno Categoria de
controle interno Descrio
Operacional Relacionado s aes que propiciam o alcance dos objetivos da entidade.
Contbil Relacionado veracidade e fidedignidade dos registros e das demonstraes contbeis.
Normativo Relacionado observncia da regulamentao pertinente.
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2.3. Estrutura e Componentes
Estrutura de controle interno compreende ambiente de controle;
mapeamento e avaliao de riscos; procedimentos de controle;
informao e comunicao; e monitoramento.
O Quadro 2 contm as caractersticas de cada componente da
estrutura de controle interno.
Quadro 2: Estruturas do controle interno
Estrutura de
Controle Interno
Caracterstica
Ambiente de
controle
Deve demonstrar o grau de comprometimento em todos
os nveis da administrao com a qualidade do controle
interno em seu conjunto.
Mapeamento de
riscos
a identificao dos eventos ou das condies que podem
afetar a qualidade da informao contbil.
A avaliao da probabilidade de sua
ocorrncia.
A forma como sero gerenciados.
A definio das aes a serem
implementadas para prevenir a sua
ocorrncia ou minimizar seu
potencial. Avaliao de riscos
Corresponde
anlise da
relevncia dos
riscos
identificados,
incluindo:
A resposta ao risco, indicando a
deciso gerencial para mitigar os
riscos, a partir de uma abordagem
geral e estratgica, considerando as
hipteses de eliminao, reduo,
aceitao ou compartilhamento.
Procedimentos de
controle
Medidas e aes estabelecidas para prevenir ou detectar
os riscos inerentes ou potenciais tempestividade,
fidedignidade e preciso da informao contbil.
Monitoramento
Compreende o acompanhamento dos pressupostos do
controle interno, visando assegurar a sua adequao aos
objetivos, ao ambiente, aos recursos e aos riscos
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Sistema de
informao e
comunicao da
entidade do setor
pblico
Deve identificar, armazenar e comunicar toda informao
relevante, na forma e no perodo determinados, a fim de
permitir a realizao dos procedimentos estabelecidos e
outras responsabilidades, orientar a tomada de deciso,
permitir o monitoramento de aes e contribuir para a
realizao de todos os objetivos de controle interno.
A NBCT 16 considera riscos as ocorrncias, as circunstncias
ou os fatos imprevisveis que podem afetar a qualidade da
informao contbil.
Por fim, o Quadro 3 mostra a subdiviso dos procedimentos de
controle.
Quadro 3: Tipos de procedimentos de controle
Procedimentos de
controle
Caracterstica
Procedimentos de
preveno
Medidas que antecedem o processamento de um
ato ou um fato, para prevenir a ocorrncia de
omisses, inadequaes e intempestividade da
informao contbil.
Procedimentos de
deteco
Medidas que visem identificao, concomitante ou
a posteriori, de erros, omisses, inadequaes e
intempestividade da informao contbil.
Vamos fazer nossa primeira questo.
1. (Questo Simulada) Conforme as NBCT 16 so trs as categorias do
controle interno: normativo, operacional e econmico.
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COMENTRIOS QUESTO
1. (Questo Simulada) Conforme as NBCT 16 so trs as categorias do
controle interno: normativo, operacional e econmico.
ERRADO, as categorias de controle interno so: normativo, operacional e
contbil.
3. DEPRECIAO, AMORTIZAO E EXAUSTO
O Quadro 4 contm alguns conceitos importantes para esta seo.
Quadro 4: Conceitos inerentes sobre depreciao, amortizao e exausto
Conceito Descrio
Depreciao
A reduo do valor dos bens tangveis pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ao da natureza ou obsolescncia.
Amortizao
A reduo do valor aplicado na aquisio de direitos de propriedade e quaisquer outros, inclusive ativos intangveis, com existncia ou exerccio de durao limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilizao por prazo legal ou contratualmente limitado.
Exausto
A reduo do valor, decorrente da explorao,
dos recursos minerais, florestais e outros
recursos naturais esgotveis.
Valor bruto
contbil
O valor do bem registrado na contabilidade, em
uma determinada data, sem a deduo da
correspondente depreciao, amortizao ou
exausto acumulada.
Valor residual
O montante lquido que a entidade espera, com
razovel segurana, obter por um ativo no fim de
sua vida til econmica, deduzidos os gastos
esperados para sua alienao.
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Valor
deprecivel,
amortizvel e
exaurvel.
O valor original de um ativo deduzido do seu valor
residual.
Valor lquido
contbil
O valor do bem registrado na Contabilidade, em
determinada data, deduzido da correspondente
depreciao, amortizao ou exausto
acumulada.
Vida til
econmica
O perodo de tempo definido ou estimado
tecnicamente, durante o qual se espera obter fluxos
de benefcios futuros de um ativo.
Vamos aplicar por meio de questionamento prtico os conceitos o
Quadro 4. Suponha que uma unidade gestora adquiriu um veculo por
R$ 50 mil (este valor o valor bruto contbil a ser registrado na
contabilidade). Partindo-se da premissa que um carro se deprecia 10%
ao ano e que o valor final do veculo pelo qual pode ser vendido de R$
5 mil (Valor residual). Qual seria a depreciao mensal?
Incialmente deve-se identificar o valor deprecivel que seria a
diferena entre o valor bruto contbil e o valor residual. Assim, temos
que o valor deprecivel de 45 mil. Como a depreciao de 10% ao
ano temos que anualmente deve ser registrado como depreciao o
valor de R$ 4,5 mil (45 mil x 10%), valor que equivale a uma
depreciao mensal de R$ 375 (4,5 mil /12).
Dessa forma, conclumos que a vida til econmica de um
veculo de 10 anos (100%/10% ao ano).
Na sequncia vamos supor que a compra se efetuou em 1 de
janeiro de 2011 e que queremos saber o valor lquido contbil em 1
de janeiro de 2012. Para isso, basta subtrairmos o valor equivalente a
um ano (1 de janeiro de 2011 a 1 de janeiro de 2012) de depreciao.
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Dessa forma, conclumos que o valor lquido contbil em 1 de janeiro
de 2012 de R$ 45,5 mil.
Por fim, para os demais ativos o raciocnio o mesmo. Porm,
guarde que depreciao para bens tangveis (veculos, equipamentos e
imveis); amortizao para direitos e bens intangveis (licenas,
softwares); e exausto refere-se a recursos naturais esgotveis.
Prosseguindo na aula, para o registro da depreciao, amortizao
e exausto devem ser observados os seguintes aspectos expostos no
Quadro 5.
Quadro 5: Aspectos a considerar no registro depreciao, amortizao e exausto
Aspectos do registro
1 Obrigatoriedade do seu reconhecimento.
2
Valor da parcela que deve ser reconhecida no resultado como decrscimo
patrimonial, e, no balano patrimonial, representada em conta
redutora do respectivo ativo.
3 Circunstncias que podem influenciar seu registro.
A seguir gostaria de esclarecer dois aspectos que constam no
segundo item do Quadro 5.
O primeiro aspecto que na Contabilidade Pblica
DIFERENTEMENTE da Contabilidade Societria o registro da
depreciao no gera despesa oramentria, mas um decrscimo
patrimonial. Uma das provas disso, que voc nunca ouvir falar sobre
empenho, liquidao e pagamento de depreciao, uma vez que no
despesa.
O segundo aspecto que na Contabilidade Pblica ASSIM
COMO na Contabilidade Societria o lanamento da depreciao
acarreta uma conta redutora no Ativo. Em outras palavras logo abaixo
da conta do bem a ser depreciado constar a conta depreciao
acumulada.
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O valor depreciado, amortizado ou exaurido, apurado
MENSALMENTE, deve ser reconhecido nas contas de resultado do
exerccio.
O valor residual e a vida til econmica de um ativo devem
ser revisados, pelo menos, no final de cada exerccio. Quando as
expectativas diferirem das estimativas anteriores, as alteraes devem
ser efetuadas.
A depreciao, a amortizao e a exausto devem ser
reconhecidas at que o valor lquido contbil do ativo seja igual
ao valor residual.
A depreciao, a amortizao ou a exausto de um ativo comea
quando o item estiver em condies de uso.
A depreciao e a amortizao no cessam quando o ativo
torna-se obsoleto ou retirado temporariamente de operao.
Vamos exemplificar mais uma vez sobre o que acabamos de ler.
Suponha que aquele veculo do primeiro exemplo prtico sofra uma
avaria e fique sem ser utilizado nos 3 meses finais de 2011. A
depreciao deveria ou no ser registrada nesses meses? A
resposta que deve ser reconhecida a depreciao independente
do veculo ser retirado temporariamente de operao.
Outra situao: suponha que uma impressora adquirida em 1
de janeiro de 2012 e por falha do almoxarifado no distribuda em
2012, apenas em 1 de janeiro de 2013, apesar de estar em condies
de uso. A depreciao deve ou no ser registrada em 2012? A
resposta que deve ser reconhecida a depreciao quando o item
estiver em condies de uso.
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Os seguintes fatores que constam no Quadro 6 devem ser
considerados ao se estimar a vida til econmica de um ativo.
Quadro 6: Fatores a considerar para estimar a vida til de um Ativo
Fatores
A capacidade de gerao de benefcios futuros.
O desgaste fsico decorrente de fatores operacionais ou no.
A obsolescncia tecnolgica.
Os limites legais ou contratuais sobre o uso ou a explorao do ativo.
A vida til econmica deve ser definida com base em
parmetros e ndices admitidos em norma ou laudo tcnico
especfico.
Nos casos de bens reavaliados, a depreciao, a amortizao
ou a exausto devem ser calculadas e registradas sobre o novo
valor, considerada a vida til econmica indicada em laudo tcnico
especfico.
No esto sujeitos ao regime de depreciao os seguintes itens do
Ativo que constam no Quadro 7.
Quadro 7: No esto sujeitos ao regime de depreciao
Ativos
Bens mveis de natureza cultural, tais como obras de artes,
antigidades, documentos, bens com interesse histrico, bens
integrados em colees, entre outros.
Bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos
pblicos, considerados tecnicamente, de vida til
indeterminada.
Animais que se destinam exposio e preservao.
Terrenos rurais e urbanos.
Os mtodos de depreciao, amortizao e exausto devem
ser compatveis com a vida til econmica do ativo e aplicados
uniformemente.
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Sem prejuzo da utilizao de outros mtodos de clculo dos
encargos de depreciao, podem ser adotados:
a) o mtodo das quotas constantes;
b) o mtodo das somas dos dgitos;
c) o mtodo das unidades produzidas.
O mtodo das cotas constantes utiliza-se de taxa de depreciao
constante durante a vida til do ativo, caso o seu valor residual no se
altere.
Vamos exemplificar. Uma entidade pretende realizar a depreciao
de um bem utilizando o mtodo das cotas constantes. O valor bruto
contbil R$ 2.600,00; foi determinado o valor residual de R$ 600,00 e
valor deprecivel de R$ 2.000,00. A vida til do bem de cinco anos,
conforme a poltica da entidade, assim, a taxa de depreciao ao ano de
20%. Por questes didticas a depreciao ser calculada anualmente. A
Figura abaixo montra os clculos.
O mtodo da soma dos dgitos resulta em uma taxa decrescente
durante a vida til. Esse o mtodo mais adequado para itens do
imobilizado tais como veculos.
Vamos exemplificar. Uma entidade pretende realizar a depreciao
de um bem utilizando o mtodo da soma dos dgitos. O valor bruto
contbil R$ 2.600,00; foi determinado o valor residual de R$ 600,00 e
valor deprecivel de R$ 2.000,00. A vida til do bem de cinco anos,
conforme a poltica da entidade, assim, a taxa de depreciao no primeiro
ano ser de 5/15; no segundo ano de 4/15; no terceiro ano ser de 3/15;
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no quarto ano de 2/15; no quinto ano de 1/151. A Figura abaixo mostra
os clculos.
O mtodo das unidades produzidas resulta em uma taxa
baseada no uso ou produo esperados. A vida til do bem determinada
pela capacidade de produo.
Vamos exemplificar. Uma entidade pretende realizar a depreciao
de um bem utilizando o mtodo das unidades produzidas. O valor bruto
contbil R$ 2.600,00; foi determinado o valor residual de R$ 600,00 e
valor deprecivel de R$ 2.000,00. A vida til do bem determinada pela
capacidade de produo que igual a 5.000 unidades, sendo 500
unidades ao ano, conforme a poltica da entidade, assim, a taxa de
depreciao ao ano de 10%. Por questes didticas, a depreciao ser
calculada anualmente. A Figura abaixo mostra os clculos.
1Seaoinvsde5anosavidatildobemfossede6anos,abasedasomadosdgitosseria21(6+5+4+3+2+1)aoinvsde15.Nocasodeseisanos,noprimeiroanoataxadedepreciaoseria6/21.
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A depreciao de bens imveis deve ser calculada com base,
EXCLUSIVAMENTE, no custo de construo, deduzido o valor dos
terrenos.
Dessa forma, no caso dos imveis, somente a parcela
correspondente construo deve ser depreciada, no se
depreciando o terreno.
As demonstraes contbeis devem divulgar, para cada classe de
imobilizado, em nota explicativa as seguintes informaes do Quadro 8.
Quadro 8: Informaes a serem divulgadas nas notas explicativas referente a cada classe de imobilizado
Informaes constantes das notas explicativas
O mtodo utilizado, a vida til econmica e a taxa utilizada.
O valor contbil bruto e a depreciao, a amortizao e a
exausto acumuladas no incio e no fim do perodo.
As mudanas nas estimativas em relao a valores residuais, vida
til econmica, mtodo e taxa utilizados.
Vamos fazer mais uma questo.
2. (FCC/ TRT 23 Regio/ 2011/ Analista Judicirio) Segundo os dispositivos da NBC T 16-9, a) a depreciao de bens imveis deve ser calculada com base no valor dos terrenos onde esto localizados, somado ao custo de construo das edificaes.
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b) a amortizao corresponde reduo do valor decorrente da explorao dos recursos minerais, florestais e outros recursos naturais esgotveis. c) o valor residual e a vida til econmica de um ativo devem ser revisados, pelo menos, no final de cada exerccio. d) a depreciao e a amortizao cessam quando o ativo torna-se obsoleto ou retirado temporariamente de operao. e) esto sujeitos ao regime de depreciao os bens mveis de natureza cultural, tais como obras de arte, antiguidades, documentos, bens com interesse histrico e bens integrados em colees. COMENTRIO QUESTO 2. (FCC/ TRT 23 Regio/ 2011/ Analista Judicirio) Segundo os dispositivos da NBC T 16-9, a) a depreciao de bens imveis deve ser calculada com base no valor dos terrenos onde esto localizados, somado ao custo de construo das edificaes. ERRADO, A depreciao de bens imveis deve ser calculada com base, exclusivamente, no custo de construo, deduzido o valor dos terrenos. b) a amortizao corresponde reduo do valor decorrente da explorao dos recursos minerais, florestais e outros recursos naturais esgotveis. ERRADO, o nome desse mtodo exausto. c) o valor residual e a vida til econmica de um ativo devem ser revisados, pelo menos, no final de cada exerccio. CERTO. d) a depreciao e a amortizao cessam quando o ativo torna-se obsoleto ou retirado temporariamente de operao. ERRADO, ela no cessa. e) esto sujeitos ao regime de depreciao os bens mveis de natureza cultural, tais como obras de arte, antiguidades, documentos, bens com interesse histrico e bens integrados em colees. ERRADO, estes se constituem em um dos 4 casos de bens que no se depreciam.
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4. AVALIAO E MENSURAO DE ATIVOS E PASSIVOS DO SETOR
PBLICO
A mensurao o processo que consiste em determinar os
valores pelos quais os elementos das demonstraes contbeis
devem ser reconhecidos e apresentados nas demonstraes
contbeis.
O patrimnio das entidades do setor pblico, o oramento, a
execuo oramentria e financeira e os atos administrativos que
provoquem efeitos de carter econmico e financeiro no patrimnio da
entidade devem ser mensurados ou avaliados monetariamente e
registrados pela contabilidade.
De acordo com o princpio da Oportunidade, as transaes no
setor pblico devem ser reconhecidas e registradas integralmente
no momento em que ocorrerem.
Os registros da entidade, desde que estimveis tecnicamente,
devem ser efetuados, mesmo na hiptese de existir razovel certeza de
sua ocorrncia.
Os registros contbeis devem ser realizados e os seus efeitos
evidenciados nas demonstraes contbeis dos perodos com os quais se
relacionam, reconhecidos, portanto, pelos respectivos fatos
geradores, independentemente do momento da execuo
oramentria.
Os registros contbeis das transaes das entidades do setor
pblico devem ser efetuados, considerando as relaes jurdicas,
econmicas e patrimoniais, prevalecendo, nos conflitos entre elas, a
essncia sobre a forma.
A entidade do setor pblico deve aplicar mtodos de mensurao
ou avaliao dos ativos e dos passivos que possibilitem o reconhecimento
dos ganhos e das perdas patrimoniais.
O reconhecimento de ajustes decorrentes de omisses e
erros de registros ocorridos em anos anteriores ou de mudanas
de critrios contbeis deve ser realizado conta do patrimnio
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lquido e evidenciado em notas explicativas. Encerrando esta
primeira seo, apresento o Quadro 9 que contm os conceitos
importantes sobre a avaliao e mensurao.
Quadro 9: Conceitos inerentes sobre depreciao, amortizao e exausto
Conceito Descrio
Avaliao
patrimonial
A atribuio de valor monetrio a itens do ativo e
do passivo decorrentes de julgamento
fundamentado em consenso entre as partes e
que traduza, com razoabilidade, a evidenciao
dos atos e dos fatos administrativos.
Influncia
significativa
O poder de uma entidade do setor pblico
participar nas decises de polticas financeiras e
operacionais de outra entidade que dela receba
recursos financeiros a qualquer ttulo ou que
represente participao acionria, desde que no
signifique um controle compartilhado sobre essas
polticas.
Mensurao
A constatao de valor monetrio para itens do
ativo e do passivo decorrente da aplicao de
procedimentos tcnicos suportados em anlises
qualitativas e quantitativas.
Reavaliao
A adoo do valor de mercado ou de consenso
entre as partes para bens do ativo, quando esse
for superior ao valor lquido contbil.
Reduo ao valor
recupervel
(impairment)
O ajuste ao valor de mercado ou de consenso
entre as partes para bens do ativo, quando esse
for inferior ao valor lquido contbil.
Valor da reavaliao
ou valor da reduo
do ativo a valor
recupervel
A diferena entre o valor lquido contbil do bem
e o valor de mercado ou de consenso, com base
em laudo tcnico.
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Valor de aquisio
A soma do preo de compra de um bem com os
gastos suportados direta ou indiretamente para
coloc-lo em condio de uso.
Valor de mercado ou
valor justo
(fair value):
O valor pelo qual um ativo pode ser
intercambiado ou um passivo pode ser liquidado
entre partes interessadas que atuam em
condies independentes e isentas ou
conhecedoras do mercado.
Valor bruto contbil
O valor do bem registrado na contabilidade, em
uma determinada data, sem a deduo da
correspondente depreciao, amortizao ou
exausto acumulada.
Valor lquido contbil
O valor do bem registrado na contabilidade, em
determinada data, deduzido da correspondente
depreciao, amortizao ou exausto
acumulada.
Valor realizvel
lquido
A quantia que a entidade do setor pblico espera
obter com a alienao ou a utilizao de itens de
inventrio quando deduzidos os gastos estimados
para seu acabamento, alienao ou utilizao.
Valor recupervel
O valor de mercado de um ativo menos o custo
para a sua alienao, ou o valor que a entidade
do setor pblico espera recuperar pelo uso futuro
desse ativo nas suas operaes, o que for maior.
4.1. Avaliao e Mensurao das disponibilidades
As disponibilidades so mensuradas ou avaliadas pelo valor
original2, feita a converso, quando em moeda estrangeira, taxa de
cmbio vigente na data do Balano Patrimonial.
2Ovalororiginalvalornominalutilizadonoart.106dalei4320/1964.
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As aplicaes financeiras de liquidez imediata so mensuradas ou
avaliadas pelo valor original, atualizadas at a data do Balano
Patrimonial.
As atualizaes apuradas so contabilizadas em contas de
resultado, ou seja, so registradas na DVP.
4.2. Avaliao e Mensurao dos crditos e dvidas
Os direitos, os ttulos de crditos e as obrigaes so
mensurados ou avaliados pelo valor original3, feita a converso,
quando em moeda estrangeira, taxa de cmbio vigente na data do
Balano Patrimonial.
Os riscos de recebimento de dvidas so reconhecidos em conta de
ajuste, a qual ser reduzida ou anulada quando deixarem de existir os
motivos que a originaram.
Os direitos, os ttulos de crdito e as obrigaes prefixados
so ajustados a valor presente.
Os direitos, os ttulos de crdito e as obrigaes ps-fixadas
so ajustados considerando-se todos os encargos incorridos at a
data de encerramento do balano.
As provises so constitudas com base em estimativas pelos
provveis valores de realizao para os ativos e de reconhecimento para
os passivos.
As atualizaes e os ajustes apurados so contabilizados em
contas de resultado.
4.3. Avaliao e Mensurao dos estoques
Os estoques so ativos:
- Na forma de materiais ou suprimentos a serem usados no processo de
produo;
- Na forma de materiais ou suprimentos a serem usados ou distribudos
na prestao de servios; 3Ovalororiginalvalornominalutilizadonoart.106dalei4320/1964.
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- Mantidos para a venda ou distribuio no curso normal das operaes;
- Usados no curso normal das operaes.
Os estoques so mensurados ou avaliados com base no valor
de aquisio ou no valor de produo ou de construo. Se o valor
de aquisio, de produo ou de construo for superior ao valor de
mercado, deve ser adotado o valor de mercado.
Os gastos de distribuio, de administrao geral e
financeiros so considerados como despesas do perodo em que
ocorrerem.
Exemplos de despesas excludas do valor do estoque e
reconhecidos como variaes patrimoniais diminutivas do perodo
em que so obtidos:
-Quantias anormais de materiais desperdiados, mo de obra ou de
outros custos de produo;
-Custos de armazenamento, a menos que sejam necessrios no processo
de produo antes de uma nova fase de produo;
-Despesas gerais administrativas que no contribuam para colocar os
estoques no seu local e na sua condio atual;
- Custos de vendas.
Vamos fazer uma questo sobre isso.
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3. (ESAF/MDIC/2012/Analista de Comrcio Exterior) Assinale a opo
cujo custo no deve ser levado em conta na mensurao dos estoques
dos entes pblicos.
a) Mo de obra utilizada na produo.
b) Impostos no recuperveis.
c) Armazenagem de produto acabado.
d) Transportes referentes produo.
e) Material de propriedade do prprio ente.
COMENTRIO QUESTO Dos itens acima observa-se que os custos de armazenamento do produto
acabado no podem compor o custo, uma vez ser relacionam com fase
posterior ao processo de produo. Assim, a opo correta a
alternativa C.
O mtodo para mensurao e avaliao das sadas dos
estoques o custo mdio ponderado, conforme o inciso III, art. 106
da Lei 4.320/64. Pelo mtodo do custo mdio ponderado, o custo de cada
item determinado a partir da mdia ponderada do custo de itens
semelhantes no comeo de um perodo, e do custo de itens semelhantes
comprados ou produzidos durante o perodo. A mdia pode ser
determinada atravs de uma base peridica ou medida que cada
entrega adicional seja recebida, o que depende das circunstncias da
entidade
Quando houver deteriorao fsica parcial, obsolescncia, bem
como outros fatores anlogos, deve ser utilizado o valor de mercado.
Os resduos e os refugos devem ser mensurados, na falta de
critrio mais adequado, pelo valor realizvel lquido.
As diferenas de valor de estoques que forem consequncias das
situaes descritas acima devem ser refletidas em contas de resultado.
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Os estoques de animais e de produtos agrcolas e extrativos
so mensurados ou avaliados pelo valor de mercado, quando
atendidas as seguintes condies:
(a) que a atividade seja primria;
(b) que o custo de produo seja de difcil determinao ou que
acarrete gastos excessivos.
Quando os bens forem distribudos gratuitamente ou a taxas no de
mercado, os estoques sero valorados a custo ou valor de reposio, o
menor dos dois.
4.4. Avaliao e Mensurao dos investimentos permanentes
As participaes em empresas e em consrcios pblicos ou
pblico-privados sobre cuja administrao se tenha influncia
significativa devem ser mensuradas ou avaliadas pelo mtodo da
equivalncia patrimonial.
As demais participaes podem ser mensuradas ou avaliadas
de acordo com o custo de aquisio.
Os ajustes apurados so contabilizados em contas de resultado.
4.5. Avaliao e Mensurao do imobilizado
O ativo imobilizado, incluindo os gastos adicionais ou
complementares, mensurado ou avaliado com base no valor de
aquisio, produo ou construo.
Quando os elementos do ativo imobilizado tiverem vida til
econmica limitada, ficam sujeitos a depreciao, amortizao ou
exausto sistemtica durante esse perodo, sem prejuzo das excees
expressamente consignadas.
Quando se tratar de ativos do imobilizado obtidos a ttulo
gratuito deve ser considerado o valor resultante da avaliao obtida
com base em procedimento tcnico ou valor patrimonial definido
nos termos da doao.
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O critrio de avaliao dos ativos do imobilizado obtidos a
ttulo gratuito e a eventual impossibilidade de sua mensurao
devem ser evidenciados em notas explicativas.
Os gastos posteriores aquisio ou ao registro de elemento do
ativo imobilizado devem ser incorporados ao valor desse ativo quando
houver possibilidade de gerao de benefcios econmicos futuros ou
potenciais de servios. Qualquer outro gasto que no gere benefcios
futuros deve ser reconhecido como despesa do perodo em que seja
incorrido.
No caso de transferncias de ativos, o valor a atribuir deve
ser o valor contbil lquido constante nos registros da entidade de
origem. Em caso de divergncia deste critrio com o fixado no
instrumento de autorizao da transferncia, o mesmo deve ser
evidenciado em notas explicativas.
Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem
recursos pblicos, ou aqueles eventualmente recebidos em
doao, devem ser includos no ativo no circulante da entidade
responsvel pela sua administrao ou controle, estejam, ou no,
afetos a sua atividade operacional.
A mensurao dos bens de uso comum ser efetuada, sempre que
possvel, ao valor de aquisio ou ao valor de produo e construo.
Vamos fazer mais uma questo.
4. (Dom Cintra/2012/ISS-BH/Analista Fazendrio/Contador) Considere a
seguinte situao: Devidamente autorizado, o municpio ALFA transferiu,
para o municpio BETA, um bem imobilizado que no seria mais utilizado
na prestao de seus servios, e considerado de extrema necessidade
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para o municpio recebedor. Nesse caso de transferncia de ativo entre
os municpios, deve ter sido atribudo ao bem, pela legislao vigente, o
seguinte valor:
A) justo
B) de mercado
C) de aquisio
D) realizvel lquido
E) contbil lquido
COMENTRIO QUESTO No caso de transferncias de ativos, o valor a atribuir deve ser o valor
contbil lquido constante nos registros da entidade de origem.
Assim, a opo correta a alternativa E.
4.5.1. Tratamento Contbil para o imobilizado conforme o MCASP
A STN como rgo central de contabilidade pblica supriu lacunas
existentes na NBCT 16 e que podem vir a serem cobradas em prova.
Vamos apresentar as mais importantes.
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Quadro 10: Orientaes Especficas do MCASP - imobilizado Item Principais pontos
Princpio geral do reconhecimento
A entidade dever aplicar o princpio geral de reconhecimento para todos os ativos imobilizados no momento em que os custos so incorridos, incluindo os custos iniciais e os subseqentes. Antes de efetuar a avaliao ou mensurao de ativos, faz-se necessrio o reconhecimento do bem como ativo. O ativo imobilizado, incluindo os gastos adicionais ou complementares, reconhecido inicialmente com base no valor de aquisio, produo ou construo. O custo de um item do imobilizado deve ser reconhecido como ativo sempre que for provvel que benefcios econmicos futuros ou potencial de servios associados ao item fluiro para a entidade; e se o custo ou valor justo do item puder ser mensurado com segurana. Partindo dessa premissa, o item do imobilizado deve ter uma base monetria confivel. Partes sobressalentes principais e equipamentos em espera se qualificam como ativo imobilizado quando a entidade espera us-los durante mais de um perodo. Tambm so reconhecidos como ativo imobilizado as peas sobressalentes e equipamentos para manuteno usados somente em conexo com um item do imobilizado.
Critrio do valor conjunto
Ao aplicar o critrio do valor do conjunto, necessrio exercer julgamento em relao ao reconhecimento das circunstncias especficas da entidade. Aplicando o critrio do valor do conjunto, a entidade avalia todos os seus custos de ativos imobilizados no momento em que eles so incorridos. Esses custos incluem custos incorridos inicialmente para adquirir ou construir um item do ativo imobilizado e os custos incorridos posteriormente para renov-los e substituir suas partes.
Ativos imobilizados
obtidos a ttulo gratuito
Quando se tratar de ativos imobilizados obtidos a ttulo gratuito, estes devem ser registrados pelo valor justo na data de sua aquisio, sendo que dever ser considerado o valor resultante da avaliao obtida com base em procedimentos tcnicos ou valor patrimonial definido nos termos da doao.
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Os bens de uso comum do povo podem ser encontrados em duas classes de ativos: ativos
de infraestrutura e bens do patrimnio cultural.
ATIVOS DE INFRAESTRUTURA so ativos que normalmente podem ser conservados por um
nmero significativamente maior de anos do que a maioria dos bens de capital. Para serem
classificados como ativos de infraestrutura, os mesmos devero ser partes de um sistema ou de uma
rede, especializados por natureza e no possurem usos alternativos. Exemplos desses ativos
incluem redes rodovirias, sistemas de esgoto, sistemas de abastecimento de gua e
energia, rede de comunicao, pontes, caladas, calades, dentre outros.
O reconhecimento e a mensurao dos ativos de infraestrutura seguem a mesma base utilizada
para os demais ativos imobilizados.
Em relao depreciao dos ativos de infraestrutura, recomenda-se que cada componente de
um item com custo significativo em relao ao custo total do item seja depreciado
SEPARADAMENTE. Por exemplo, pode ser necessrio que se deprecie separadamente a
pavimentao, estruturas, meios-fios e canais, caladas, pontes e iluminao de um sistema de
rodovias. Deve-se analisar ainda se um componente considerado significativo tem a vida til e o
mtodo de depreciao que sejam os mesmos de outros componentes significativos do mesmo item,
pois nesse caso, esses componentes podem ser agrupados no clculo da depreciao.
Bens de Uso
Comum do Povo
ATIVOS DESCRITOS COMO BENS DO PATRIMNIO CULTURAL so assim chamados devido a sua
significncia histrica, cultural ou ambiental. Exemplos incluem monumentos e prdios
histricos, stios arqueolgicos, reas de conservao e reservas naturais. Estes ativos so
raramente mantidos para gerar entradas de caixa e pode haver obstculos legais ou sociais para us-
los em tais propsitos.
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Certas caractersticas so geralmente apresentadas por bens do patrimnio cultural
(apesar de no serem exclusivas de tais ativos):
(a) O seu valor cultural, ambiental, educacional e histrico provavelmente no refletido
totalmente no valor financeiro puramente baseado no preo de mercado;
(b) As obrigaes legais ou estatutrias podem impor proibies ou restries severas na
alienao por venda;
(c) So geralmente insubstituveis e seus valores podem aumentar atravs do tempo mesmo
se sua condio fsica se deteriorar;
(d) Pode ser difcil estimar sua vida til, a qual em alguns casos podem ser centenas de anos.
O reconhecimento e a mensurao desses ativos so facultativos e podem seguir bases outras
que no as utilizadas para os ativos imobilizados. Porm, caso sejam registrados pelo ente, devem ser
evidenciados conforme as normas da STN.
Custos
subsequentes
Por um lado a entidade no reconhece no valor contbil de um item do ativo imobilizado os custos da manuteno peridica do item (por exemplo: custos de mo-de-obra, produtos consumveis). A finalidade desses gastos reparo e manuteno de item do ativo imobilizado. Portanto, esses custos quando incorridos so reconhecidos no resultado do exerccio como variao patrimonial diminutiva. Por outro lado quando houver possibilidade de gerao de benefcios econmicos futuros ou potenciais de servios, os gastos posteriores aquisio ou ao registro de elemento do ativo imobilizado devem ser incorporados ao valor desse ativo. Nesse caso, para se realizar a depreciao do bem com o valor ajustado aps a ativao dos custos com melhorias e adies complementares, a entidade poder: (a)Depreciar a parte complementar do bem ora adquirida, separadamente; ou (b)Estabelecer novo critrio de depreciao do bem que recebeu a melhoria ou a adio complementar.
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4.6. Avaliao e Mensurao do intangvel
Os direitos que tenham por objeto bens incorpreos destinados
manuteno da atividade pblica ou exercidos com essa finalidade so
mensurados ou avaliados com base no valor de aquisio ou de
produo, deduzido do saldo da respectiva conta de amortizao
acumulada e do montante acumulado de quaisquer perdas do valor que
hajam sofrido ao longo de sua vida til por reduo ao valor recupervel
(impairment) 4.
O critrio de mensurao ou avaliao dos ativos intangveis
obtidos a ttulo gratuito e a eventual impossibilidade de sua valorao
devem ser evidenciados em notas explicativas.
Os gastos posteriores aquisio ou ao registro de elemento do
ativo intangvel devem ser incorporados ao valor desse ativo quando
houver possibilidade de gerao de benefcios econmicos futuros ou
potenciais de servios. Qualquer outro gasto deve ser reconhecido como
despesa do perodo em que seja incorrido.
O gio derivado da expectativa de rentabilidade futura
(goodwill) gerado internamente no deve ser reconhecido como ativo.
4.6.1. Tratamento Contbil para o intangvel conforme o MCASP
A STN como rgo central de contabilidade pblica supriu lacunas
existentes na NBCT 16 e que podem vir a serem cobradas em prova.
Vamos apresentar as mais importantes.
4Naseo5explicareimelhoroqueimpairment.
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Quadro 11: Orientaes Especficas do MCASP - intangvel Item Principais pontos
Aplicao dos procedimentos
Os procedimentos no devem ser aplicados para determinadas atividades ou transaes que so extremamente especializadas e do origem a questes contbeis que requerem tratamento diferenciado, tais como explorao ou o desenvolvimento e a extrao de petrleo, gs e depsito minerais de indstrias extrativas ou no caso de contratos de seguros. Os procedimentos descritos tambm no se aplicam a: a) Ativos financeiros; b) Reconhecimento e mensurao do direito de explorao e avaliao de ativos; c) Gastos com o desenvolvimento e a extrao de recursos minerais, petrleo, gs natural e outros recursos no-renovveis similares; d) Ativo intangvel adquirido em combinao de negcio; e) gio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill ou fundo de comercio) decorrente da combinao de negcio, que no deve ser reconhecido; f) Direitos e poderes conferidos pela legislao, constituio ou por meios equivalentes; g) Ativos fiscais diferidos; h) Custos de aquisio diferidos e ativos intangveis resultantes dos direitos contratuais de seguradora segundo contratos de seguro; e i) Patrimnio cultural intangvel.
Procedimentos para identificar
um ativo intangvel
Um ativo enquadra-se na condio de ativo intangvel quando pode ser identificvel, controlado e
gerador benefcios econmicos futuros ou servios potenciais.
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Critrio de Identificao
Um ativo intangvel satisfaz o critrio de identificao quando: a) For separvel, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da inteno de uso pela entidade; ou b) Resultar de compromissos obrigatrios (incluindo direitos contratuais ou outros direitos legais), independentemente de tais direitos serem transferveis ou separveis da entidade ou de outros direitos e obrigaes.
Critrio de Controle
Controlar um ativo significa dizer que a entidade detm o poder de obter benefcios econmicos futuros ou servios potenciais gerados pelo recurso subjacente e de restringir o acesso de terceiros a esses benefcios ou servios. A ausncia de direitos legais dificulta a comprovao do controle. No entanto, a imposio legal de um direito no uma condio imprescindvel para o controle, visto que a entidade pode controlar benefcios econmicos futuros ou servios potenciais de outra forma. O controle da entidade sobre os eventuais benefcios econmicos futuros ou servios potenciais gerados pelo pessoal especializado e pelo treinamento insuficiente para que se enquadrem na definio de ativo intangvel, a no ser que esteja protegido por direitos legais.
Reconhecimento do intangvel
O reconhecimento de um item como ativo intangvel exige que a entidade demonstre que ele atenda: a) A definio de ativo intangvel; e b) Os critrios de reconhecimento, ou seja, quando: - for provvel que os benefcios econmicos futuros esperados e servio potencial atribuveis ao ativo sero gerados em favor da entidade; e - o custo ou valor justo do ativo possa ser mensurado com segurana. O gio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente no deve ser reconhecido como ativo.
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Formas de
Reconhecimento
Inicial do
Intangvel
O reconhecimento inicial de um ativo intangvel pode ocorrer de trs formas: I) Aquisio separada;
II) Gerao interna; e
III) Aquisio por meio de transaes sem contraprestao.
Na aquisio separada se considera que o preo que a entidade paga para adquirir separadamente um ativo intangvel reflete sua expectativa sobre a probabilidade de os benefcios econmicos futuros
ou servios potenciais esperados, incorporados no ativo, flurem a seu favor.
O custo de ativo intangvel adquirido separadamente inclui: a) seu preo de compra, acrescido de impostos de importao e impostos no recuperveis sobre a compra, aps deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e b) qualquer custo diretamente atribuvel preparao do ativo para a finalidade proposta.
Aquisio
separada
O reconhecimento dos custos no valor contbil de ativo intangvel cessa quando esse ativo est nas condies operacionais pretendidas pela administrao. Portanto, os gastos incorridos no uso ou na transferncia ou reinstalao de ativo intangvel no so includos no seu valor contbil, como, por exemplo, os gastos incorridos durante o perodo em que um ativo capaz de operar nas condies operacionais pretendidas pela administrao no utilizado. Os gastos relativos a projeto de pesquisa ou desenvolvimento em andamento, adquiridos em separado e reconhecidos como ativo intangvel ou incorridos aps a aquisio desse projeto devem ser contabilizados de acordo com a fase de pesquisa ou de desenvolvimento. Pesquisa a investigao original e planejada realizada com a expectativa de adquirir novo conhecimento e entendimento cientfico ou tcnico.
Gerao interna
Desenvolvimento a aplicao dos resultados da pesquisa ou de outros conhecimentos em um plano ou projeto visando produo de materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou servios novos ou substancialmente aprimorados, antes do incio da sua produo comercial ou do seu uso.
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Caso a entidade no consiga diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento de projeto interno de criao de ativo intangvel, o gasto com o projeto deve ser tratado como incorrido apenas na fase de pesquisa.
Fase de pesquisa Nenhum ativo intangvel resultante de pesquisa deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa devem ser reconhecidos como variao patrimonial diminutiva quando incorridos.
Fase de
desenvolvimento
Um ativo intangvel resultante de desenvolvimento deve ser reconhecido somente se a entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir: a) Viabilidade tcnica para concluir o ativo intangvel de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda; b) Inteno de concluir o ativo intangvel e de us-lo ou vend-lo; c) Capacidade para usar ou vender o ativo intangvel; d) Forma como o ativo intangvel deve gerar benefcios econmicos futuros ou servios potenciais. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existncia de mercado para os produtos do ativo intangvel ou para o prprio ativo intangvel ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade; e) Disponibilidade de recursos tcnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangvel; e f) capacidade de mensurar com segurana os gastos atribuveis ao ativo intangvel durante seu desenvolvimento.
Custo de ativo
intangvel gerado
internamente
O custo de ativo intangvel gerado internamente que se qualifica para o reconhecimento contbil se restringe soma dos gastos incorridos a partir da data em que o ativo intangvel atende os critrios de reconhecimento. No permitida a reintegrao de gastos anteriormente reconhecidos como variao patrimonial diminutiva. Os gastos subsequentes de projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento, adquiridos separadamente e reconhecidos como ativo intangvel, devem ser reconhecidos da seguinte forma: a) Gastos de pesquisa como variao patrimonial diminutiva quando incorridos; b) Gastos de desenvolvimento que no atendem aos critrios de reconhecimento como ativo intangvel como variao patrimonial diminutiva quando incorridos; e c) Gastos de desenvolvimento em conformidade com referidos critrios de reconhecimento, adicionados ao valor contbil do projeto de pesquisa ou desenvolvimento em andamento adquirido.
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Aquisio por
meio de
transaes sem
contraprestao
Um ativo intangvel pode ser adquirido por meio de transaes sem contraprestao. Isso pode ocorrer
quando outra entidade do setor pblico transfere ativos intangveis a outra entidade em
uma transao sem contra prestao, como direito de aterrissagem em aeroporto, licenas
para operao de estaes de rdio ou de televiso, etc.
Os custos incorridos que sejam diretamente atribudos preparao do ativo para o uso
pretendido devem ser acrescidos ao valor de registro inicial.
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4.7. Avaliao e Mensurao do diferido
As despesas pr-operacionais e os gastos de reestruturao
que contribuiro, efetivamente, para a prestao de servios pblicos de
mais de um exerccio e que no configurem to-somente uma
reduo de custos ou acrscimo na eficincia operacional,
classificados como ativo diferido, so mensurados ou avaliados pelo
custo incorrido, deduzido do saldo da respectiva conta de amortizao
acumulada e do montante acumulado de quaisquer perdas do valor que
tenham sofrido ao longo de sua vida til por reduo ao valor
recupervel (impairment).
O Ativo Diferido existe apenas na Contabilidade Pblica. Tal ativo
no existe mais na Contabilidade Societria.
O MCASP nem cita o diferido.
Vamos fazer uma questo cobrada recentemente sobre a parte
especfica do MCASP.
5. (FEMPERJ/TCE-RJ/2012/Analista de Controle Externo/Contador) No
que tange aos conceitos de reconhecimento, mensurao e evidenciao
de ativos intangveis no mbito das entidades do setor pblico, analise as
afirmativas a seguir:
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I. Um ativo intangvel satisfaz o critrio de identificao quando for
separvel e passvel de negociao ou resultar de compromissos
obrigatrios, independentemente de tais direitos serem transferveis ou
separveis da entidade ou de outros direitos e obrigaes.
II. Controlar um ativo significa, entre outras coisas, dizer que a entidade
detm o poder de obter benefcios econmicos futuros ou servios
potenciais gerados pelo recurso, independentemente da propriedade
legal.
III. O reconhecimento inicial de um ativo intangvel pode ocorrer de trs
formas: aquisio separada, gerao interna e aquisio por meio de
transaes sem contraprestao. Porm o gio derivado da expectativa
de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente no deve ser
reconhecido como ativo.
IV. As fases de pesquisa e desenvolvimento de ativos intangveis
ensejam tratamentos contbeis diferenciados.
Esto corretas as afirmativas:
A) apenas I, II e III;
B) apenas I, III e IV;
C) apenas II, III e IV;
D) apenas III e IV;
E) I, II, III e IV.
COMENTRIO QUESTO Todos os itens esto certos. A questo seguiu a risca as orientaes
especficas para ativos intangveis no MCASP.
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5.REAVALIAO E REDUO AO VALOR RECUPERVEL
As reavaliaes devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou
o valor de mercado na data de encerramento do Balano Patrimonial,
pelo menos:
-Anualmente, para as contas ou grupo de contas cujos valores de
mercado variarem significativamente em relao aos valores
anteriormente registrados;
-A cada quatro anos, para as demais contas ou grupos de contas.
Na impossibilidade de se estabelecer o valor de mercado, o valor
do ativo pode ser definido com base em parmetros de referncia que
considerem caractersticas, circunstncias e localizaes assemelhadas.
Em caso de bens imveis especficos, o valor justo pode ser
estimado utilizando-se o valor de reposio do ativo devidamente
depreciado.
O valor de reposio de um ativo depreciado pode ser
estabelecido por referncia ao preo de compra ou construo de um
ativo semelhante com similar potencial de servio.
Os acrscimos ou os decrscimos do valor do ativo em
decorrncia, respectivamente, de reavaliao ou reduo ao valor
recupervel (impairment) devem ser registrados em contas de
resultado.
O instituto da reavaliao existe apenas na Contabilidade Pblica.
Tal instituto no existe mais na Contabilidade Societria. Porm,
tendncia internacional a de que a Reavaliao retorne.
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Qual a diferena entre depreciao e impairment?
A reduo ao valor recupervel no deve ser confundida com a
depreciao. Esta entendida como o declnio gradual do potencial de
gerao de servios por ativos de longa durao, ou seja, a perda do
potencial de benefcios de um ativo motivada pelo desgaste, uso, ao
da natureza ou obsolescncia. J o impairment a desvalorizao de um
ativo quando seu valor contbil excede seu valor recupervel.
A depreciao decorre o uso natural ou da obsolescncia do bem.
Enquanto que o impairment decorre de um evento que causa perda do
valor do ativo.
Vamos exemplificar. Suponha que existam dois veculos. Durante em
2012 tanto o veculo A quanto o veculo B sofrem a depreciao da
mesma forma. Porm, no final do exerccio de 2012 o veculo B sofre
uma coliso que no gera perda total, mas compromete o rendimento do
veculo. Assim, o veculo B precisa sofrer uma reduo do valor
recupervel, ou seja, um impairment.
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6.(Consulplan/TSE/2012/Analista Judicirio) Uma cadeia pblica de
determinado Estado foi construda no ano de 2011 a um custo de R$ 12
milhes, com vida til estimada de 50 anos. No ano de 2011, foi
desativada por deciso judicial. Devido natureza da instalao e de sua
localizao, o prdio foi convertido em depsito pblico, para o qual o
custo de reposio estimado para a capacidade do local de R$ 5,3
milhes. Considerando os critrios de avaliao e mensurao de ativos e
passivos integrantes de entidades do setor pblico, correto afirmar que
adeia pblica sofreu:
) reduo por depreciao.
o imvel onde funcionava a c
(A) aumento por fair value.
(B) ganho por reavaliao.
(C) perda por impairment.
(D
COMENTRIO QUESTO No caso em tela, houve uma perda por impairment.
5.1.Orientaes Especficas do MCASP para reavaliao
5.1.1.Reavaliao do ativo imobilizado
A entidade deve observar que, quando um item do ativo imobilizado
reavaliado, a depreciao acumulada na data da reavaliao
deve ser eliminada contra o valor contbil bruto do ativo,
atuali
da faz parte do aumento ou da diminuio no valor
cont
contas do ativo
imobi
zando-se o seu valor lquido pelo valor reavaliado.
O valor do ajuste decorrente da atualizao ou da eliminao da
depreciao acumula
bil registrado.
importante salientar que se um item do ativo imobilizado for
reavaliado, necessrio que todo o classe/grupo de
lizado qual pertence esse ativo seja reavaliado.
A reavaliao pode ser realizada atravs da elaborao de um
laudo tcnico por perito ou entidade especializada, ou ainda atravs de
relatrio de avaliao realizado por uma comisso de servidores. O
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laudo tcnico ou relatrio de avaliao conter ao menos, as
seguintes informaes:
a) documentao com a descrio detalhada referente a cada bem
que esteja sendo avaliado;
b) a identificao contbil do bem;
c) quais foram os critrios utilizados para avaliao do bem e sua
respectiva fundamentao;
d) vida til remanescente do bem, para que sejam estabelecidos os
critrios de depreciao, a amortizao ou a exausto;
e) data de avaliao; e
f) a identificao do responsvel pela reavaliao.
Exemplos de fontes de informaes para a avaliao do valor de um
bem podem ser o valor do metro quadrado do imvel em determinada
regio, ou a tabela FIPE no caso dos veculos.
Caso seja impossvel estabelecer o valor de mercado do ativo,
pode-se defini-lo com base em parmetros de referncia que considerem
bens com caractersticas, circunstncias e localizaes assemelhadas.
5.1.2. Reavaliao do ativo intangvel
Aps o seu reconhecimento inicial, um ativo intangvel pode ser
apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente ao seu valor justo
data da reavaliao menos qualquer amortizao acumulada. O valor
justo deve ser apurado em relao a um mercado ativo.
O mtodo de reavaliao no permite:
a) a reavaliao de ativos intangveis que no tenham sido previamente
reconhecidos como ativos;
b) o reconhecimento inicial de ativos intangveis a valores diferentes do
custo.
Se um ativo intangvel for reavaliado, a amortizao acumulada na
data da reavaliao deve ser eliminada contra o valor contbil bruto do
ativo, atualizando-se o valor lquido pelo seu valor reavaliado.
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Caso um ativo intangvel em uma classe de ativos
intangveis no possa ser reavaliado porque no existe mercado
ativo para ele, este somente pode ser mensurado pelo custo
menos a amortizao acumulada e a perda por irrecuperabilidade.
5.1.3. Registro contbil da reavaliao de ativos
Se o valor contbil de uma classe do ativo aumentar em virtude de
reavaliao, esse aumento deve:
(a) ser creditado diretamente conta de reserva de reavaliao.
No entanto, o aumento deve ser reconhecido no resultado do perodo
quando se tratar da reverso de decrscimo por reavaliao do mesmo
ativo anteriormente reconhecido no resultado, ou
(b) ser creditado diretamente conta de resultado do perodo.
Se, por outro lado, o valor contbil de uma classe do ativo diminuir
em virtude de reavaliao, essa diminuio deve ser reconhecida no
resultado do perodo. Porm, se houver saldo de reserva de reavaliao, a
diminuio do ativo deve ser debitada diretamente reserva de
reavaliao at o limite de qualquer saldo existente na reserva de
reavaliao referente quela classe de ativo.
Os entes que reconhecerem a reavaliao de seus ativos em
conta de reserva no patrimnio lquido devero baixar a reserva
de reavaliao:
(a) Pela baixa ou alienao do ativo.
(b) Pelo uso. Nesse caso, parte da reserva transferida enquanto o ativo
usado pela entidade. O valor da reserva de reavaliao a ser baixado
a diferena entre a depreciao baseada no valor contbil reavaliado do
ativo e a depreciao que teria sido reconhecida com base no custo
histrico original do ativo.
Nos casos em que o ente reconheceu o aumento relativo
reavaliao dos seus ativos diretamente em conta de resultado,
no haver registros posteriores.
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5.2.Orientaes Especficas do MCASP para o teste de imparidade
A entidade deve avaliar se h alguma indicao de que um ativo
imobilizado ou intangvel possa ter sofrido perda por irrecuperabilidade.
Caso o valor contbil de um ativo imobilizado ou intangvel apresente
valor acima da quantia que ser recuperada atravs do uso ou da venda
desse ativo, possvel afirmar que esse ativo est em imparidade
(impairment). Note que a execuo de um teste de imparidade deve
considerar primeiramente a utilidade do ativo, pois a maioria dos
ativos do setor pblico mantida continuamente para fornecer
servios ou bens pblicos, sendo o seu valor em uso
provavelmente maior do que seu valor justo menos os custos de
alienao.
Lembre-se que o valor recupervel o maior valor entre o valor
justo menos os custos de alienao de um ativo e o seu valor em
uso.
Vamos fazer uma questo prtica aplicando estes conceitos.
7.(FEMPERJ/TCE-RJ/2012/Analista de Controle Externo/Contador) A
prefeitura municipal de Novas Regras possui um veculo classificado no
ativo imobilizado, cujo valor contbil R$50.000 e j est 40%
depreciado. A diviso de contabilidade e patrimnio detectou que, apesar
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da depreciao reconhecida, h indcios de que o valor pode no ser
totalmente recupervel. O valor de venda do ativo foi estimado em R$
22.000 e os custos de venda em R$500,00. O valor presente dos fluxos
de caixa relacionados ao uso do ativo R$ 25.000. De acordo com essas
informaes, com os conceitos apresentados na NBC T 16.10 Avaliao
e Mensurao de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Pblico e no
Manual de Contabilidade aplicada ao Setor Pblico, deve-se:
A) contabilizar uma perda por reduo ao valor recupervel no valor de
R$ 5.000;
B) contabilizar uma perda por reduo ao valor recupervel no valor de
R$ 8.000;
C) contabilizar uma perda por reduo ao valor recupervel no valor de
R$ 8.500;
D) contabilizar uma perda por reduo ao valor recupervel no valor de
R$ 25.000;
E) no contabilizar nenhuma perda, pois o valor contbil do ativo
recupervel.
COMENTRIO QUESTO No caso em tela, devemos encontrar o valor contbil lquido e o valor
recupervel e compar-los.
O valor contbil lquido seria: VCL = Valor Contbil Bruto
Depreciao Acumulada VCL = 50.000 40%x50.000 = 30.000. O Valor de recupervel o maior dos valores entre: o valor justo
despesas com vendas e o valor de uso.
O valor justo despesas com vendas= 22.500 500 = 22.000.
O valor de uso = 25.000.
Assim, o valor recupervel de 25.000.
Logo, o valor contbil lquido est superior em 5.000 ao valor
recupervel. Assim, deve ser reconhecida uma perda por
impairment de 5.000.
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6. PROVISO
As provises so obrigaes existentes da entidade
provenientes de eventos passados, e que se espera que resulte em
uma sada de fluxo de recursos relacionados a benefcios econmicos ou
potencial de servios, com a caracterstica de terem algum grau de
incerteza quanto a valor e data prevista de pagamento.
Uma proviso s deve ser reconhecida se atender,
cumulativamente, aos seguintes requisitos no Quadro 12.
Quadro 12: Requisitos cumulativos da proviso
Requisito
1 A entidade tem uma obrigao legal ou no formalizada presente
como conseqncia de um evento passado.
2 provvel a sada de recursos para liquidar a obrigao.
3 Pode ser feita estimativa confivel do montante da obrigao.
Quando se fala em proviso, outro conceito distinto, mas que
merece destaque o referente aos PASSIVOS CONTINGENTES. O
Quadro 13 mostra as caractersticas dos passivos contingentes.
Quadro 13: Caractersticas no cumulativas de um passivo contingente
Caracterstica
1
Uma obrigao possvel que resulta de eventos passados e cuja
existncia ser confirmada apenas pela ocorrncia ou no de um ou
mais eventos futuros incertos no totalmente sob controle da
entidade; ou
No provvel que uma sada de
ecursos que incorporam benefcios
econmicos ou potencial de servios seja
exigida para liquidar a obrigao; ou
r
2
Uma obrigao presente
que resulta de eventos
passados, mas que no
reconhecida porque:
O valor da obrigao no pode ser
mensurado com suficiente
confiabilidade.
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Assim, h diferena entre provises e passivos contingentes, pois
as provises devem estar vinculadas ao conceito de passivo. Caso
no atendam aos critrios necessrios para o seu reconhecimento,
devem ser tratados como passivos contingentes.
Por fim, outro conceito relacionado ao tema o de ATIVO
CONTINGENTE que um ativo possvel que resulta de eventos passados
e cuja existncia ser confirmada apenas pela ocorrncia ou no
de um ou mais eventos futuros incertos que no esto totalmente
sob controle da entidade.
Por fim, a Figura 1 ilustra os procedimentos que devem ser
adotados conforme o tipo de obrigao.
Figura 1: procedimentos que devem ser adotados conforme o tipo de obrigao.
Dessa forma, observamos que a dica fundamental reside nas
palavras provvel a sada de recursos. Assim, neste caso ser
reconhecida a proviso. Se for possvel a obrigao, mas que
provavelmente no enseje a sada de recursos no ser
reconhecida a proviso, porm ser evidenciado um passivo contingente.
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Se for possvel a obrigao, mas que remotamente ensejar a
sada de recursos no ser reconhecida a proviso, nem ser
evidenciado um passivo contingente.
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7. TABELA-RESUMO DAS AVALIAES E MENSURAES DE ATIVOS E PASSIVOS: NBC T 16
Para melhor localizao dos elementos patrimoniais e leitura da Tabela-resumo utilize a Figura 1 como
instrumento comparativo.
Classificao no Balano
Patrimonial
Elementos Patrimoniais
Mtodo de Avaliao
Disponibilidades Valor original. Se em moeda estrangeira convertidas na data do BP.
Aplicaes financeiras de liquidez imediata Valor original. Atualizadas at a data do BP. Ativo
Circulante Direitos e Ttulos de crditos
Passivo Circulante
Obrigaes
Valor original. Se em moeda estrangeira convertidos na data do BP. Se forem Pr-Fixados: Ajuste a Valor Presente. Se forem Ps-Fixados: Ajuste at a data do BP.
Estoques: na entrada -Valor aquisio; ou -Valor de produo ou construo.
Ou valor de mercado. Das duas opes a menor.
Estoques: na sada Custo mdio ponderado. Estoques: caso de deteriorao Valor de mercado. Estoques: resduos e refugos Valor Realizvel Lquido.
Estoques: animais e produtos agrcolas (atividade primria, custo de produo de
difcil determinao).
Valor de mercado.
Ativo Circulante
Bens forem distribudos gratuitamente ou a taxas no de mercado.
Valorados a custo ou valor de reposio, o menor dos dois.
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Investimentos MEP (se possuir influncia significativa) ou Custo de Aquisio (caso no possua influncia significativa).
Imobilizado Valor de aquisio, custo de produo ou construo. Se possuir vida econmica limitada depreciado.
Imobilizado: Gastos posteriores. Geram benefcios futuros? -Sim. Incorporados ao ativo -No. Incorridos como despesa.
Imobilizado adquirido a ttulo gratuito
Foi possvel avali-lo ou mensur-lo no procedimento nos termos da doao? -Sim. Valor da avaliao no ANC. -No. Apenas registra em notas explicativas.
Imobilizado: Bens de uso comum -Valor aquisio; ou -Valor de produo ou construo.
Intangvel Valor de aquisio ou produo.
Intangvel: Gastos posteriores. Geram benefcios futuros? -Sim. Incorporados ao ativo -No. Incorridos como despesa.
Intangvel adquirido a ttulo gratuito
Foi possvel avali-lo ou mensur-lo no procedimento nos termos da doao? -Sim. Valor aquisio ou produo. -No. Apenas registra em notas explicativas.
Ativo no Circulante
Ativo Diferido -Custo Incorrido. So amortizados e podem sofrer impairment.
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8. (TCE-GO/FCC/2010/Auditor Conselheiro) Conforme a NBCT 16.10 -
Avaliao e Mensurao de Ativos e Passivos em Entidade do Setor
Pblico, correto afirmar que na avaliao dos estoques:
a) a mdia ponderada mvel ou o PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que
Sai) so os critrios de controle de estoques permitidos.
b)os gastos de administrao geral e financeiros referentes a material de
distribuio gratuita devem acrescer o valor dos estoques.
c)critrio de mensurao dos estoques o custo de aquisio ou custo de
reposio, dos dois o maior.
d) valor de liquidao deve ser utilizado quando houver deteriorao
fsica parcial, obsolescncia, bem como outros fatores anlogos.
e)os resduos e os refugos devem ser mensurados, na falta de critrio
mais adequado, pelo valor realizvel lquido.
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COMENTRIOS QUESTO
8. (TCE-GO/FCC/2010/Auditor Conselheiro) Conforme a NBCT 16.10 -
Avaliao e Mensurao de Ativos e Passivos em Entidade do Setor
Pblico, correto afirmar que na avaliao dos estoques:
a) a mdia ponderada mvel ou o PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro
que Sai) so os critrios de controle de estoques permitidos.
ERRADO, o critrio da assertiva o de sada. Assim, a resposta
correta seria apenas o custo mdio ponderado.
b)os gastos de administrao geral e financeiros referentes a material de
distribuio gratuita devem acrescer o valor dos estoques.
ERRADO, devem ser registrados os gastos de distribuio, de
administrao geral e financeiros so considerados como despesas
do perodo em que ocorrerem.
c)critrio de mensurao dos estoques o custo de aquisio ou custo de
reposio, dos dois o maior.
ERRADO, o critrio de mensurao dos estoques o valor
aquisio/produo/construo ou valor de mercado. Das duas
opes a menor.
d) valor de liquidao deve ser utilizado quando houver deteriorao
fsica parcial, obsolescncia, bem como outros fatores anlogos.
ERRADO, neste caso o valor de mercado.
e)os resduos e os refugos devem ser mensurados, na falta de critrio
mais adequado, pelo valor realizvel lquido.
CERTO.
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8. TABELA-RESUMO DE REAVALIO, IMPAIRMENT E
DEPRECIAO/AMORTIZAO E EXAUSTO: NBC T 16
Processo Perodo Observao
Depreciao,
Amortizao e
Exausto.
Mensal. -Existem bens que no
sofrem depreciao.
Impairment
(decrscimo)
Reavaliao
(acrscimo)
-Anual (contas que
sofrem variaes
significativas); ou
-A cada 4 anos (demais
contas).
Deve usar (na data do BP):
-Valor Justo (preo de
reposio: preo de compra
ou preo de construo);
ou
-Valor de Mercado.
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9.NORMAS ESPECFICAS DE GESTO PATRIMONIAL CONSTANTES
NO MANUAL SIAFI
Pessoal, existem alguns aspectos na gesto patrimonial que
constam apenas no Manual SIAFI e j foram cobrados pela ESAF em
provas anteriores (SUSEP, ANA e STN). Apenas apresentarei aqui o que
for adicional em relao ao j postado.
9.1. Bens Especiais (fonte: Manual SIAFI Assunto 021107 -
Imveis de Propriedade da Unio)
So considerados bens de uso especial da Unio os ativos tangveis
utilizados na produo ou para fins administrativos e se espera que sejam
utilizados por mais de um exerccio
Considera-se nessa condio, tambm o equipamento militar
especializado e os ativos de infra-estrutura.
Excetua-se desse conceito, para fins de aplicao dessa Norma, os
bosques e reservas naturais renovveis similares e direitos minerais a
Explorao para a extrao de minerais, Petrleo, Gs Natural e recursos
naturais no renovveis similares.
9.1.1. Contabilizao
Os rgos Pblicos Federais devero cadastrar no SPIUnet os
imveis de propriedade da Unio, de Fundaes e Autarquias, de
Empresas Estatais dependentes, nos termos da Lei Complementar n 101,
de 04 de maio de 2000.
Os registros feitos no SPIUnet utilizam um CIP - Cadastro
Imobilirio Patrimonial que possui os dados do imvel e utilizado apenas
pela SPU, e um ou vrios RIP - Registro Imobilirio Patrimonial. O RIP
possui os dados do imvel e da sua utilizao e so utilizados nos
processos da SPU e registrados no SIAFI.
A contabilizao dos imveis de uso especial [registrados no SIAFI
na conta 1.4.2.1.1.10.00 - Imveis de Uso Especial (no plano novo a
conta utilizada 1.2.3.2.1.01.00)] dever ocorrer unicamente atravs
do SPIUnet.
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Os terrenos e os edifcios so ativos distintos e so registrados de
forma separada para os fins contbeis, inclusive quando adquiridos
prontos. O terreno normalmente tem uma vida ilimitada e, portanto, no
se deprecia. Os edifcios tm uma vida limitada e, por isso, so ativos
depreciveis. Um incremento no valor do terreno sobre o qual est
construdo o edifcio no afeta a determinao da vida til do edifcio.
A transferncia de um imvel de uma UG para outra dever ser
feita somente pelo SPIUnet.
As benfeitorias, obras ou reformas que forem realizadas nos
imveis e os imveis a registrar que forem incorporados aos imveis de
uso especial devero ter os seus saldos baixados, no SIAFI, pelo evento
54.0.477 e aps a baixa devero ser atualizados/registrados pelo
SPIUnet.
9.2.Bens Dominiais (fonte: Manual SIAFI Assunto 021107 -
Imveis de Propriedade da Unio)
Os imveis Dominiais/Dominicais da Unio so cadastrados no
Sistema da SPU chamado SIAPA - Sistema Integrado de Administrao
Patrimonial. Todo final de ano os dados do SIAPA so registrados na
conta 1.4.2.1.1.12.00 Bens Dominiais/Dominicais (no plano novo a
conta utilizada 1.2.3.2.1.03.00), por meio da gerao automtica de
arquivo magntico.
No caso de Imveis Dominiais/Dominicais, as GRPUs (Gerncias
Regionais do Patrimnio da Unio) podem alterar valores/dados, no
SIAFI, devendo posteriormente, atualizar o sistema SIAPA.
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9.3. Bens de uso comum: infraestrutura (fonte: Manual SIAFI
Assunto 020334 - Bens de Infraestrutura)
Sob amparo do Cdigo Civil Brasileiro - Lei n 10.406, de janeiro de
2002, as rodovias e estradas federais, praas, redes de saneamento,
redes eltricas, as terras devolutas, lagos e rios conforme situaes
especficas, as florestas, o mar territorial, entre outros, so bens pblicos
de uso comum integrantes do domnio da Unio.
Conforme o item 30 da NBC T 16.10, aprovada pela Resoluo CFC
n 1.137/08, quando recursos pblicos so aplicados na construo ou
produo de bens de uso comum, estes bens devero ser objetos de
contabilizao.
Nesse sentido, podemos segmentar os bens pblicos de uso comum
em dois agrupamentos: os contabilizveis e os no contabilizveis.
Entre os bens no contabilizveis, encontram-se as florestas, os
rios e os mares, por exemplo.
Entre os bens contabilizveis, encontram-se as estradas, as ruas, as
praas, as redes de saneamento gua e esgoto - por exemplo. O
surgimento desses bens fruto do planejamento e da execuo das leis
de oramento pblico, ou seja, da aplicao de recursos pblicos.
Esses bens, integrantes de ativos no circulantes, no se submetem
aos procedimentos de depreciao, dado que no possuem vida til
econmica determinvel.
Sua mensurao inicial observar os seguintes aspectos:
(i) gastos com o planejamento da obra, como: pesquisas, estudos de
viabilidade, projeto urbanstico, projeto arquitetnico, trabalhos de
engenharia, licenas junto a rgos ou entidades de fiscalizao, alm de
outros que se faam necessrios.
(ii) gastos com a preparao do terreno, como: marcao, sondagem,
terraplanagem, alm de outros que se faam necessrios.
(iii) gastos com a mo-de-obra, como: salrios e benefcios, transporte e
alimentao de operrios, fretes, alm de outros que se faam
necessrios.
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(iv) gastos com materiais, como: areia, brita, cimento, concreto, ferro,
asfaltamento, aluguel de caminhes, alm de outros que se faam
necessrios.
(v) custos com testes para verificar se o ativo est em condies de uso;
(vi) honorrios dos prestadores de servios especializados, como:
arquitetos, engenheiros e advogados, por exemplo.
(vii) Enfim, devem-se considerar quaisquer custos diretamente atribuveis
para disponibilizar o ativo no local e em condies de utilizao, conforme
pretenses da Administrao.
Em termos prticos, conforme os mandamentos licitatrios Lei n 8.666,
de 21 de junho de 1993, tais obras se submetem aos procedimentos de
Concorrncia Pblica para a seleo da Empreiteira que apresente a
proposta mais vantajosa para a Administrao. Logo, o valor do contrato
pago a essa empresa compor o valor do ativo sob exame.
9.3.1.Contabilizao
Com o estabelecimento do Subsistema CPR Contas a Pagar e a
Receber foram disponibilizadas Situaes que permitem ao gestor
registrar a despesa oramentria de capital. No momento da
liquidao, haver a incorporao e a baixa imediata na conta de obras
em andamento. Posteriormente, o gestor realizar o lanamento via
relatrio mensal de bens de uso comum.
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9.4. Imveis em construo (fonte: Manual SIAFI Assunto
021107 - Imveis de Propriedade da Unio)
Os custos incorridos na construo de imveis so acumulados,
durante o perodo de execuo, na conta 1.4.2.1.1.91.00 - OBRAS EM
ANDAMENTO (no plano novo a conta utilizada 1.2.3.2.1.06.00),
de natureza transitria, que ter seu saldo transferido para a conta
especifica, aps concluda a construo mediante documentao que
formalize a entrega e aceitao da obra;
Os custos de endividamento diretamente atribudos s aquisio,
construo ou produo de um ativo pr-habilitvel devem ser
capitalizados.
Excetuando essa condio, aos demais custos de endividamento se
d o imediato tratamento de gasto.Exemplos de ativos pr-habilitveis
so os edifcios para as unidades administrativas, hospitais, ativos de
infra-estrutura tais como rodovias, pontes, instalaes para gerao de
energia e ativos que requerem um perodo de tempo substancial para ser
colocado em condies de uso ou venda.
A capitalizao dos custos de endividamento como parte do custo
de um ativo pr-habilitvel dever iniciar-se quando ocorrerem no uso
das atividades para preparar fase de construo o ativo para o uso ou a
venda.
A capitalizao dos custos de endividamento ser suspensa durante
os perodos prolongados em que seja interrompido o desenvolvimento das
atividades devendo tais custos receberem o tratamento de gasto.
A capitalizao dos custos de endividamento dever cessar quando,
substancialmente, todas as atividades necessrias preparao do ativo
pr-habilitvel para o uso ou venda a que ter destinado estejam
concludos.
Os contratos de construo celebrados pelos rgos/entidades
governamentais devem observar, no que couber, as condies
estabelecidas na Norma Internacional de Contabilidade para o Setor
Pblico - NICSP.
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10. SISTEMA DE CUSTOS NO GOVERNO FEDERAL 10.1.Contextualizao
As discusses acerca das crescentes necessidades de se concentrar
esforos na gesto de custos com vistas a uma mais eficiente alocao
dos recursos tm, ao longo das ltimas dcadas, conquistado espao na
literatura que aborda questes da gesto empresarial. Tais preocupaes,
inicialmente colocadas no mbito das organizaes direcionadas
obteno de lucro, ampliaram-se de forma generalizada para todos
os outros tipos de organizao, de natureza privada ou pblica.
Tendo como misso otimizar os benefcios propiciados sociedade,
os entes pblicos necessitam gerir com eficincia e eficcia os
recursos adquiridos e consumidos no cumprimento de suas
atribui