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Contabilidade Aplicada ao Setor Público DNIT – Analista Administrativo – Área Contábil Prof. Giovanni Pacelli Aula 11 AULA 11: Normas Brasileiras de Contabilidade aplicada ao Setor Público (NBCT 16.8 a 16.11) e Sistema de Custos do Governo Federal. Provisões, contingências passivas, reservas, perdas, ajustes de exercícios anteriores (MCASP – Parte II) [Gestão Patrimonial de bens móveis, imóveis e intangíveis (MCASP – Parte II)]. SUMÁRIO PÁGINA 1.Apresentação 1 2.Controle Interno 2 3.Depreciação, amortização e exaustão (NBCT 16.9 e MCAS) 5 4.Avaliação e mensuração de ativos e passivos do setor público (NBCT 16.10 e MCASP) 14 5.Reavaliação e redução ao valor recuperável (NBCT 16.10 e MCASP) 34 6. Provisão 41 7.Tabela-resumo da avaliação e mensuração de ativos e passivos do setor público: NBC T 16 44 8.Tabela-resumo de reavaliação, impairment e depreciação/amortização e exaustão: NBC T 16 48 9.Normas específicas de gestão patrimonial constantes no Manual SIAFI 49 10.Sistema de custos no governo federal 54 11.Sistema de informação de custos do setor público (SICSP) – NBCT 16.11. 73 12.Questões comentadas 86 13.Lista das questões apresentadas 109 1. APRESENTAÇÃO Pessoal, na aula de hoje daremos sequência ao estudo das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Apresentarei os aspectos sobre o controle interno (NBCT 16.8). Na sequência tratarei os aspectos relacionados aos conceitos e métodos de depreciação, amortização e exaustão (NBCT 16.9), e os aspectos relacionados à avaliação de ativos e passivos (NBCT 16.10). Inclui ainda um tópico específico do Manual SIAFI que a ESAF gosta de cobrar. Por fim, tratarei dos aspectos do sistema de custos no governo federal, e do subsistema de custos conforme a NBCT 16.11. Prof. Giovanni Pacelli www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 111

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    AULA 11: Normas Brasileiras de Contabilidade aplicada ao Setor Pblico (NBCT 16.8 a 16.11) e Sistema de Custos do Governo Federal. Provises, contingncias passivas, reservas, perdas, ajustes de exerccios anteriores (MCASP Parte II) [Gesto Patrimonial de bens mveis, imveis e intangveis (MCASP Parte II)].

    SUMRIO PGINA 1.Apresentao 1 2.Controle Interno 2 3.Depreciao, amortizao e exausto (NBCT 16.9 e MCAS) 5

    4.Avaliao e mensurao de ativos e passivos do setor pblico (NBCT 16.10 e MCASP) 14

    5.Reavaliao e reduo ao valor recupervel (NBCT 16.10 e MCASP) 34

    6. Proviso 41 7.Tabela-resumo da avaliao e mensurao de ativos e passivos do setor pblico: NBC T 16 44

    8.Tabela-resumo de reavaliao, impairment e depreciao/amortizao e exausto: NBC T 16 48

    9.Normas especficas de gesto patrimonial constantes no Manual SIAFI 49

    10.Sistema de custos no governo federal 54 11.Sistema de informao de custos do setor pblico (SICSP) NBCT 16.11. 73

    12.Questes comentadas 86 13.Lista das questes apresentadas 109 1

    . APRESENTAO

    Pessoal, na aula de hoje daremos sequncia ao estudo das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico. Apresentarei os aspectos sobre o controle interno (NBCT 16.8). Na sequncia tratarei os aspectos relacionados aos conceitos e mtodos de depreciao, amortizao e exausto (NBCT 16.9), e os aspectos relacionados avaliao de ativos e passivos (NBCT 16.10). Inclui ainda um tpico especfico do Manual SIAFI que a ESAF gosta de cobrar. Por fim, tratarei dos aspectos do sistema de custos no governo federal, e do subsistema de custos conforme a NBCT 16.11.

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    2. CONTROLE INTERNO

    2.1. Conceitos iniciais

    O controle interno sob o enfoque contbil compreende o

    conjunto de recursos, mtodos, procedimentos e processos

    adotados pela entidade do setor pblico, com a finalidade de:

    (a) salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos

    componentes patrimoniais;

    (b) dar conformidade ao registro contbil em relao ao ato

    correspondente;

    (c) propiciar a obteno de informao oportuna e adequada;

    (d) estimular adeso s normas e s diretrizes fixadas;

    (e) contribuir para a promoo da eficincia operacional da

    entidade;

    (f) auxiliar na preveno de prticas ineficientes e

    antieconmicas, erros, fraudes, malversao, abusos, desvios e

    outras inadequaes.

    O controle interno deve ser exercido em todos os nveis da

    entidade do setor pblico, compreendendo:

    (a)a preservao do patrimnio pblico;

    (b)o controle da execuo das aes que integram os programas;

    (c)a observncia s leis, aos regulamentos e s diretrizes

    estabelecidas.

    2.2. Classificao

    O controle interno classificado nas seguintes categorias dispostas

    no Quadro 1.

    Quadro 1: Categorias do controle interno Categoria de

    controle interno Descrio

    Operacional Relacionado s aes que propiciam o alcance dos objetivos da entidade.

    Contbil Relacionado veracidade e fidedignidade dos registros e das demonstraes contbeis.

    Normativo Relacionado observncia da regulamentao pertinente.

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    2.3. Estrutura e Componentes

    Estrutura de controle interno compreende ambiente de controle;

    mapeamento e avaliao de riscos; procedimentos de controle;

    informao e comunicao; e monitoramento.

    O Quadro 2 contm as caractersticas de cada componente da

    estrutura de controle interno.

    Quadro 2: Estruturas do controle interno

    Estrutura de

    Controle Interno

    Caracterstica

    Ambiente de

    controle

    Deve demonstrar o grau de comprometimento em todos

    os nveis da administrao com a qualidade do controle

    interno em seu conjunto.

    Mapeamento de

    riscos

    a identificao dos eventos ou das condies que podem

    afetar a qualidade da informao contbil.

    A avaliao da probabilidade de sua

    ocorrncia.

    A forma como sero gerenciados.

    A definio das aes a serem

    implementadas para prevenir a sua

    ocorrncia ou minimizar seu

    potencial. Avaliao de riscos

    Corresponde

    anlise da

    relevncia dos

    riscos

    identificados,

    incluindo:

    A resposta ao risco, indicando a

    deciso gerencial para mitigar os

    riscos, a partir de uma abordagem

    geral e estratgica, considerando as

    hipteses de eliminao, reduo,

    aceitao ou compartilhamento.

    Procedimentos de

    controle

    Medidas e aes estabelecidas para prevenir ou detectar

    os riscos inerentes ou potenciais tempestividade,

    fidedignidade e preciso da informao contbil.

    Monitoramento

    Compreende o acompanhamento dos pressupostos do

    controle interno, visando assegurar a sua adequao aos

    objetivos, ao ambiente, aos recursos e aos riscos

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    Sistema de

    informao e

    comunicao da

    entidade do setor

    pblico

    Deve identificar, armazenar e comunicar toda informao

    relevante, na forma e no perodo determinados, a fim de

    permitir a realizao dos procedimentos estabelecidos e

    outras responsabilidades, orientar a tomada de deciso,

    permitir o monitoramento de aes e contribuir para a

    realizao de todos os objetivos de controle interno.

    A NBCT 16 considera riscos as ocorrncias, as circunstncias

    ou os fatos imprevisveis que podem afetar a qualidade da

    informao contbil.

    Por fim, o Quadro 3 mostra a subdiviso dos procedimentos de

    controle.

    Quadro 3: Tipos de procedimentos de controle

    Procedimentos de

    controle

    Caracterstica

    Procedimentos de

    preveno

    Medidas que antecedem o processamento de um

    ato ou um fato, para prevenir a ocorrncia de

    omisses, inadequaes e intempestividade da

    informao contbil.

    Procedimentos de

    deteco

    Medidas que visem identificao, concomitante ou

    a posteriori, de erros, omisses, inadequaes e

    intempestividade da informao contbil.

    Vamos fazer nossa primeira questo.

    1. (Questo Simulada) Conforme as NBCT 16 so trs as categorias do

    controle interno: normativo, operacional e econmico.

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    COMENTRIOS QUESTO

    1. (Questo Simulada) Conforme as NBCT 16 so trs as categorias do

    controle interno: normativo, operacional e econmico.

    ERRADO, as categorias de controle interno so: normativo, operacional e

    contbil.

    3. DEPRECIAO, AMORTIZAO E EXAUSTO

    O Quadro 4 contm alguns conceitos importantes para esta seo.

    Quadro 4: Conceitos inerentes sobre depreciao, amortizao e exausto

    Conceito Descrio

    Depreciao

    A reduo do valor dos bens tangveis pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ao da natureza ou obsolescncia.

    Amortizao

    A reduo do valor aplicado na aquisio de direitos de propriedade e quaisquer outros, inclusive ativos intangveis, com existncia ou exerccio de durao limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilizao por prazo legal ou contratualmente limitado.

    Exausto

    A reduo do valor, decorrente da explorao,

    dos recursos minerais, florestais e outros

    recursos naturais esgotveis.

    Valor bruto

    contbil

    O valor do bem registrado na contabilidade, em

    uma determinada data, sem a deduo da

    correspondente depreciao, amortizao ou

    exausto acumulada.

    Valor residual

    O montante lquido que a entidade espera, com

    razovel segurana, obter por um ativo no fim de

    sua vida til econmica, deduzidos os gastos

    esperados para sua alienao.

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    Valor

    deprecivel,

    amortizvel e

    exaurvel.

    O valor original de um ativo deduzido do seu valor

    residual.

    Valor lquido

    contbil

    O valor do bem registrado na Contabilidade, em

    determinada data, deduzido da correspondente

    depreciao, amortizao ou exausto

    acumulada.

    Vida til

    econmica

    O perodo de tempo definido ou estimado

    tecnicamente, durante o qual se espera obter fluxos

    de benefcios futuros de um ativo.

    Vamos aplicar por meio de questionamento prtico os conceitos o

    Quadro 4. Suponha que uma unidade gestora adquiriu um veculo por

    R$ 50 mil (este valor o valor bruto contbil a ser registrado na

    contabilidade). Partindo-se da premissa que um carro se deprecia 10%

    ao ano e que o valor final do veculo pelo qual pode ser vendido de R$

    5 mil (Valor residual). Qual seria a depreciao mensal?

    Incialmente deve-se identificar o valor deprecivel que seria a

    diferena entre o valor bruto contbil e o valor residual. Assim, temos

    que o valor deprecivel de 45 mil. Como a depreciao de 10% ao

    ano temos que anualmente deve ser registrado como depreciao o

    valor de R$ 4,5 mil (45 mil x 10%), valor que equivale a uma

    depreciao mensal de R$ 375 (4,5 mil /12).

    Dessa forma, conclumos que a vida til econmica de um

    veculo de 10 anos (100%/10% ao ano).

    Na sequncia vamos supor que a compra se efetuou em 1 de

    janeiro de 2011 e que queremos saber o valor lquido contbil em 1

    de janeiro de 2012. Para isso, basta subtrairmos o valor equivalente a

    um ano (1 de janeiro de 2011 a 1 de janeiro de 2012) de depreciao.

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    Dessa forma, conclumos que o valor lquido contbil em 1 de janeiro

    de 2012 de R$ 45,5 mil.

    Por fim, para os demais ativos o raciocnio o mesmo. Porm,

    guarde que depreciao para bens tangveis (veculos, equipamentos e

    imveis); amortizao para direitos e bens intangveis (licenas,

    softwares); e exausto refere-se a recursos naturais esgotveis.

    Prosseguindo na aula, para o registro da depreciao, amortizao

    e exausto devem ser observados os seguintes aspectos expostos no

    Quadro 5.

    Quadro 5: Aspectos a considerar no registro depreciao, amortizao e exausto

    Aspectos do registro

    1 Obrigatoriedade do seu reconhecimento.

    2

    Valor da parcela que deve ser reconhecida no resultado como decrscimo

    patrimonial, e, no balano patrimonial, representada em conta

    redutora do respectivo ativo.

    3 Circunstncias que podem influenciar seu registro.

    A seguir gostaria de esclarecer dois aspectos que constam no

    segundo item do Quadro 5.

    O primeiro aspecto que na Contabilidade Pblica

    DIFERENTEMENTE da Contabilidade Societria o registro da

    depreciao no gera despesa oramentria, mas um decrscimo

    patrimonial. Uma das provas disso, que voc nunca ouvir falar sobre

    empenho, liquidao e pagamento de depreciao, uma vez que no

    despesa.

    O segundo aspecto que na Contabilidade Pblica ASSIM

    COMO na Contabilidade Societria o lanamento da depreciao

    acarreta uma conta redutora no Ativo. Em outras palavras logo abaixo

    da conta do bem a ser depreciado constar a conta depreciao

    acumulada.

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    O valor depreciado, amortizado ou exaurido, apurado

    MENSALMENTE, deve ser reconhecido nas contas de resultado do

    exerccio.

    O valor residual e a vida til econmica de um ativo devem

    ser revisados, pelo menos, no final de cada exerccio. Quando as

    expectativas diferirem das estimativas anteriores, as alteraes devem

    ser efetuadas.

    A depreciao, a amortizao e a exausto devem ser

    reconhecidas at que o valor lquido contbil do ativo seja igual

    ao valor residual.

    A depreciao, a amortizao ou a exausto de um ativo comea

    quando o item estiver em condies de uso.

    A depreciao e a amortizao no cessam quando o ativo

    torna-se obsoleto ou retirado temporariamente de operao.

    Vamos exemplificar mais uma vez sobre o que acabamos de ler.

    Suponha que aquele veculo do primeiro exemplo prtico sofra uma

    avaria e fique sem ser utilizado nos 3 meses finais de 2011. A

    depreciao deveria ou no ser registrada nesses meses? A

    resposta que deve ser reconhecida a depreciao independente

    do veculo ser retirado temporariamente de operao.

    Outra situao: suponha que uma impressora adquirida em 1

    de janeiro de 2012 e por falha do almoxarifado no distribuda em

    2012, apenas em 1 de janeiro de 2013, apesar de estar em condies

    de uso. A depreciao deve ou no ser registrada em 2012? A

    resposta que deve ser reconhecida a depreciao quando o item

    estiver em condies de uso.

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    Os seguintes fatores que constam no Quadro 6 devem ser

    considerados ao se estimar a vida til econmica de um ativo.

    Quadro 6: Fatores a considerar para estimar a vida til de um Ativo

    Fatores

    A capacidade de gerao de benefcios futuros.

    O desgaste fsico decorrente de fatores operacionais ou no.

    A obsolescncia tecnolgica.

    Os limites legais ou contratuais sobre o uso ou a explorao do ativo.

    A vida til econmica deve ser definida com base em

    parmetros e ndices admitidos em norma ou laudo tcnico

    especfico.

    Nos casos de bens reavaliados, a depreciao, a amortizao

    ou a exausto devem ser calculadas e registradas sobre o novo

    valor, considerada a vida til econmica indicada em laudo tcnico

    especfico.

    No esto sujeitos ao regime de depreciao os seguintes itens do

    Ativo que constam no Quadro 7.

    Quadro 7: No esto sujeitos ao regime de depreciao

    Ativos

    Bens mveis de natureza cultural, tais como obras de artes,

    antigidades, documentos, bens com interesse histrico, bens

    integrados em colees, entre outros.

    Bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos

    pblicos, considerados tecnicamente, de vida til

    indeterminada.

    Animais que se destinam exposio e preservao.

    Terrenos rurais e urbanos.

    Os mtodos de depreciao, amortizao e exausto devem

    ser compatveis com a vida til econmica do ativo e aplicados

    uniformemente.

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    Sem prejuzo da utilizao de outros mtodos de clculo dos

    encargos de depreciao, podem ser adotados:

    a) o mtodo das quotas constantes;

    b) o mtodo das somas dos dgitos;

    c) o mtodo das unidades produzidas.

    O mtodo das cotas constantes utiliza-se de taxa de depreciao

    constante durante a vida til do ativo, caso o seu valor residual no se

    altere.

    Vamos exemplificar. Uma entidade pretende realizar a depreciao

    de um bem utilizando o mtodo das cotas constantes. O valor bruto

    contbil R$ 2.600,00; foi determinado o valor residual de R$ 600,00 e

    valor deprecivel de R$ 2.000,00. A vida til do bem de cinco anos,

    conforme a poltica da entidade, assim, a taxa de depreciao ao ano de

    20%. Por questes didticas a depreciao ser calculada anualmente. A

    Figura abaixo montra os clculos.

    O mtodo da soma dos dgitos resulta em uma taxa decrescente

    durante a vida til. Esse o mtodo mais adequado para itens do

    imobilizado tais como veculos.

    Vamos exemplificar. Uma entidade pretende realizar a depreciao

    de um bem utilizando o mtodo da soma dos dgitos. O valor bruto

    contbil R$ 2.600,00; foi determinado o valor residual de R$ 600,00 e

    valor deprecivel de R$ 2.000,00. A vida til do bem de cinco anos,

    conforme a poltica da entidade, assim, a taxa de depreciao no primeiro

    ano ser de 5/15; no segundo ano de 4/15; no terceiro ano ser de 3/15;

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    no quarto ano de 2/15; no quinto ano de 1/151. A Figura abaixo mostra

    os clculos.

    O mtodo das unidades produzidas resulta em uma taxa

    baseada no uso ou produo esperados. A vida til do bem determinada

    pela capacidade de produo.

    Vamos exemplificar. Uma entidade pretende realizar a depreciao

    de um bem utilizando o mtodo das unidades produzidas. O valor bruto

    contbil R$ 2.600,00; foi determinado o valor residual de R$ 600,00 e

    valor deprecivel de R$ 2.000,00. A vida til do bem determinada pela

    capacidade de produo que igual a 5.000 unidades, sendo 500

    unidades ao ano, conforme a poltica da entidade, assim, a taxa de

    depreciao ao ano de 10%. Por questes didticas, a depreciao ser

    calculada anualmente. A Figura abaixo mostra os clculos.

    1Seaoinvsde5anosavidatildobemfossede6anos,abasedasomadosdgitosseria21(6+5+4+3+2+1)aoinvsde15.Nocasodeseisanos,noprimeiroanoataxadedepreciaoseria6/21.

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    A depreciao de bens imveis deve ser calculada com base,

    EXCLUSIVAMENTE, no custo de construo, deduzido o valor dos

    terrenos.

    Dessa forma, no caso dos imveis, somente a parcela

    correspondente construo deve ser depreciada, no se

    depreciando o terreno.

    As demonstraes contbeis devem divulgar, para cada classe de

    imobilizado, em nota explicativa as seguintes informaes do Quadro 8.

    Quadro 8: Informaes a serem divulgadas nas notas explicativas referente a cada classe de imobilizado

    Informaes constantes das notas explicativas

    O mtodo utilizado, a vida til econmica e a taxa utilizada.

    O valor contbil bruto e a depreciao, a amortizao e a

    exausto acumuladas no incio e no fim do perodo.

    As mudanas nas estimativas em relao a valores residuais, vida

    til econmica, mtodo e taxa utilizados.

    Vamos fazer mais uma questo.

    2. (FCC/ TRT 23 Regio/ 2011/ Analista Judicirio) Segundo os dispositivos da NBC T 16-9, a) a depreciao de bens imveis deve ser calculada com base no valor dos terrenos onde esto localizados, somado ao custo de construo das edificaes.

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    b) a amortizao corresponde reduo do valor decorrente da explorao dos recursos minerais, florestais e outros recursos naturais esgotveis. c) o valor residual e a vida til econmica de um ativo devem ser revisados, pelo menos, no final de cada exerccio. d) a depreciao e a amortizao cessam quando o ativo torna-se obsoleto ou retirado temporariamente de operao. e) esto sujeitos ao regime de depreciao os bens mveis de natureza cultural, tais como obras de arte, antiguidades, documentos, bens com interesse histrico e bens integrados em colees. COMENTRIO QUESTO 2. (FCC/ TRT 23 Regio/ 2011/ Analista Judicirio) Segundo os dispositivos da NBC T 16-9, a) a depreciao de bens imveis deve ser calculada com base no valor dos terrenos onde esto localizados, somado ao custo de construo das edificaes. ERRADO, A depreciao de bens imveis deve ser calculada com base, exclusivamente, no custo de construo, deduzido o valor dos terrenos. b) a amortizao corresponde reduo do valor decorrente da explorao dos recursos minerais, florestais e outros recursos naturais esgotveis. ERRADO, o nome desse mtodo exausto. c) o valor residual e a vida til econmica de um ativo devem ser revisados, pelo menos, no final de cada exerccio. CERTO. d) a depreciao e a amortizao cessam quando o ativo torna-se obsoleto ou retirado temporariamente de operao. ERRADO, ela no cessa. e) esto sujeitos ao regime de depreciao os bens mveis de natureza cultural, tais como obras de arte, antiguidades, documentos, bens com interesse histrico e bens integrados em colees. ERRADO, estes se constituem em um dos 4 casos de bens que no se depreciam.

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    4. AVALIAO E MENSURAO DE ATIVOS E PASSIVOS DO SETOR

    PBLICO

    A mensurao o processo que consiste em determinar os

    valores pelos quais os elementos das demonstraes contbeis

    devem ser reconhecidos e apresentados nas demonstraes

    contbeis.

    O patrimnio das entidades do setor pblico, o oramento, a

    execuo oramentria e financeira e os atos administrativos que

    provoquem efeitos de carter econmico e financeiro no patrimnio da

    entidade devem ser mensurados ou avaliados monetariamente e

    registrados pela contabilidade.

    De acordo com o princpio da Oportunidade, as transaes no

    setor pblico devem ser reconhecidas e registradas integralmente

    no momento em que ocorrerem.

    Os registros da entidade, desde que estimveis tecnicamente,

    devem ser efetuados, mesmo na hiptese de existir razovel certeza de

    sua ocorrncia.

    Os registros contbeis devem ser realizados e os seus efeitos

    evidenciados nas demonstraes contbeis dos perodos com os quais se

    relacionam, reconhecidos, portanto, pelos respectivos fatos

    geradores, independentemente do momento da execuo

    oramentria.

    Os registros contbeis das transaes das entidades do setor

    pblico devem ser efetuados, considerando as relaes jurdicas,

    econmicas e patrimoniais, prevalecendo, nos conflitos entre elas, a

    essncia sobre a forma.

    A entidade do setor pblico deve aplicar mtodos de mensurao

    ou avaliao dos ativos e dos passivos que possibilitem o reconhecimento

    dos ganhos e das perdas patrimoniais.

    O reconhecimento de ajustes decorrentes de omisses e

    erros de registros ocorridos em anos anteriores ou de mudanas

    de critrios contbeis deve ser realizado conta do patrimnio

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    lquido e evidenciado em notas explicativas. Encerrando esta

    primeira seo, apresento o Quadro 9 que contm os conceitos

    importantes sobre a avaliao e mensurao.

    Quadro 9: Conceitos inerentes sobre depreciao, amortizao e exausto

    Conceito Descrio

    Avaliao

    patrimonial

    A atribuio de valor monetrio a itens do ativo e

    do passivo decorrentes de julgamento

    fundamentado em consenso entre as partes e

    que traduza, com razoabilidade, a evidenciao

    dos atos e dos fatos administrativos.

    Influncia

    significativa

    O poder de uma entidade do setor pblico

    participar nas decises de polticas financeiras e

    operacionais de outra entidade que dela receba

    recursos financeiros a qualquer ttulo ou que

    represente participao acionria, desde que no

    signifique um controle compartilhado sobre essas

    polticas.

    Mensurao

    A constatao de valor monetrio para itens do

    ativo e do passivo decorrente da aplicao de

    procedimentos tcnicos suportados em anlises

    qualitativas e quantitativas.

    Reavaliao

    A adoo do valor de mercado ou de consenso

    entre as partes para bens do ativo, quando esse

    for superior ao valor lquido contbil.

    Reduo ao valor

    recupervel

    (impairment)

    O ajuste ao valor de mercado ou de consenso

    entre as partes para bens do ativo, quando esse

    for inferior ao valor lquido contbil.

    Valor da reavaliao

    ou valor da reduo

    do ativo a valor

    recupervel

    A diferena entre o valor lquido contbil do bem

    e o valor de mercado ou de consenso, com base

    em laudo tcnico.

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    Valor de aquisio

    A soma do preo de compra de um bem com os

    gastos suportados direta ou indiretamente para

    coloc-lo em condio de uso.

    Valor de mercado ou

    valor justo

    (fair value):

    O valor pelo qual um ativo pode ser

    intercambiado ou um passivo pode ser liquidado

    entre partes interessadas que atuam em

    condies independentes e isentas ou

    conhecedoras do mercado.

    Valor bruto contbil

    O valor do bem registrado na contabilidade, em

    uma determinada data, sem a deduo da

    correspondente depreciao, amortizao ou

    exausto acumulada.

    Valor lquido contbil

    O valor do bem registrado na contabilidade, em

    determinada data, deduzido da correspondente

    depreciao, amortizao ou exausto

    acumulada.

    Valor realizvel

    lquido

    A quantia que a entidade do setor pblico espera

    obter com a alienao ou a utilizao de itens de

    inventrio quando deduzidos os gastos estimados

    para seu acabamento, alienao ou utilizao.

    Valor recupervel

    O valor de mercado de um ativo menos o custo

    para a sua alienao, ou o valor que a entidade

    do setor pblico espera recuperar pelo uso futuro

    desse ativo nas suas operaes, o que for maior.

    4.1. Avaliao e Mensurao das disponibilidades

    As disponibilidades so mensuradas ou avaliadas pelo valor

    original2, feita a converso, quando em moeda estrangeira, taxa de

    cmbio vigente na data do Balano Patrimonial.

    2Ovalororiginalvalornominalutilizadonoart.106dalei4320/1964.

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    As aplicaes financeiras de liquidez imediata so mensuradas ou

    avaliadas pelo valor original, atualizadas at a data do Balano

    Patrimonial.

    As atualizaes apuradas so contabilizadas em contas de

    resultado, ou seja, so registradas na DVP.

    4.2. Avaliao e Mensurao dos crditos e dvidas

    Os direitos, os ttulos de crditos e as obrigaes so

    mensurados ou avaliados pelo valor original3, feita a converso,

    quando em moeda estrangeira, taxa de cmbio vigente na data do

    Balano Patrimonial.

    Os riscos de recebimento de dvidas so reconhecidos em conta de

    ajuste, a qual ser reduzida ou anulada quando deixarem de existir os

    motivos que a originaram.

    Os direitos, os ttulos de crdito e as obrigaes prefixados

    so ajustados a valor presente.

    Os direitos, os ttulos de crdito e as obrigaes ps-fixadas

    so ajustados considerando-se todos os encargos incorridos at a

    data de encerramento do balano.

    As provises so constitudas com base em estimativas pelos

    provveis valores de realizao para os ativos e de reconhecimento para

    os passivos.

    As atualizaes e os ajustes apurados so contabilizados em

    contas de resultado.

    4.3. Avaliao e Mensurao dos estoques

    Os estoques so ativos:

    - Na forma de materiais ou suprimentos a serem usados no processo de

    produo;

    - Na forma de materiais ou suprimentos a serem usados ou distribudos

    na prestao de servios; 3Ovalororiginalvalornominalutilizadonoart.106dalei4320/1964.

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    - Mantidos para a venda ou distribuio no curso normal das operaes;

    - Usados no curso normal das operaes.

    Os estoques so mensurados ou avaliados com base no valor

    de aquisio ou no valor de produo ou de construo. Se o valor

    de aquisio, de produo ou de construo for superior ao valor de

    mercado, deve ser adotado o valor de mercado.

    Os gastos de distribuio, de administrao geral e

    financeiros so considerados como despesas do perodo em que

    ocorrerem.

    Exemplos de despesas excludas do valor do estoque e

    reconhecidos como variaes patrimoniais diminutivas do perodo

    em que so obtidos:

    -Quantias anormais de materiais desperdiados, mo de obra ou de

    outros custos de produo;

    -Custos de armazenamento, a menos que sejam necessrios no processo

    de produo antes de uma nova fase de produo;

    -Despesas gerais administrativas que no contribuam para colocar os

    estoques no seu local e na sua condio atual;

    - Custos de vendas.

    Vamos fazer uma questo sobre isso.

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    3. (ESAF/MDIC/2012/Analista de Comrcio Exterior) Assinale a opo

    cujo custo no deve ser levado em conta na mensurao dos estoques

    dos entes pblicos.

    a) Mo de obra utilizada na produo.

    b) Impostos no recuperveis.

    c) Armazenagem de produto acabado.

    d) Transportes referentes produo.

    e) Material de propriedade do prprio ente.

    COMENTRIO QUESTO Dos itens acima observa-se que os custos de armazenamento do produto

    acabado no podem compor o custo, uma vez ser relacionam com fase

    posterior ao processo de produo. Assim, a opo correta a

    alternativa C.

    O mtodo para mensurao e avaliao das sadas dos

    estoques o custo mdio ponderado, conforme o inciso III, art. 106

    da Lei 4.320/64. Pelo mtodo do custo mdio ponderado, o custo de cada

    item determinado a partir da mdia ponderada do custo de itens

    semelhantes no comeo de um perodo, e do custo de itens semelhantes

    comprados ou produzidos durante o perodo. A mdia pode ser

    determinada atravs de uma base peridica ou medida que cada

    entrega adicional seja recebida, o que depende das circunstncias da

    entidade

    Quando houver deteriorao fsica parcial, obsolescncia, bem

    como outros fatores anlogos, deve ser utilizado o valor de mercado.

    Os resduos e os refugos devem ser mensurados, na falta de

    critrio mais adequado, pelo valor realizvel lquido.

    As diferenas de valor de estoques que forem consequncias das

    situaes descritas acima devem ser refletidas em contas de resultado.

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    Os estoques de animais e de produtos agrcolas e extrativos

    so mensurados ou avaliados pelo valor de mercado, quando

    atendidas as seguintes condies:

    (a) que a atividade seja primria;

    (b) que o custo de produo seja de difcil determinao ou que

    acarrete gastos excessivos.

    Quando os bens forem distribudos gratuitamente ou a taxas no de

    mercado, os estoques sero valorados a custo ou valor de reposio, o

    menor dos dois.

    4.4. Avaliao e Mensurao dos investimentos permanentes

    As participaes em empresas e em consrcios pblicos ou

    pblico-privados sobre cuja administrao se tenha influncia

    significativa devem ser mensuradas ou avaliadas pelo mtodo da

    equivalncia patrimonial.

    As demais participaes podem ser mensuradas ou avaliadas

    de acordo com o custo de aquisio.

    Os ajustes apurados so contabilizados em contas de resultado.

    4.5. Avaliao e Mensurao do imobilizado

    O ativo imobilizado, incluindo os gastos adicionais ou

    complementares, mensurado ou avaliado com base no valor de

    aquisio, produo ou construo.

    Quando os elementos do ativo imobilizado tiverem vida til

    econmica limitada, ficam sujeitos a depreciao, amortizao ou

    exausto sistemtica durante esse perodo, sem prejuzo das excees

    expressamente consignadas.

    Quando se tratar de ativos do imobilizado obtidos a ttulo

    gratuito deve ser considerado o valor resultante da avaliao obtida

    com base em procedimento tcnico ou valor patrimonial definido

    nos termos da doao.

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    O critrio de avaliao dos ativos do imobilizado obtidos a

    ttulo gratuito e a eventual impossibilidade de sua mensurao

    devem ser evidenciados em notas explicativas.

    Os gastos posteriores aquisio ou ao registro de elemento do

    ativo imobilizado devem ser incorporados ao valor desse ativo quando

    houver possibilidade de gerao de benefcios econmicos futuros ou

    potenciais de servios. Qualquer outro gasto que no gere benefcios

    futuros deve ser reconhecido como despesa do perodo em que seja

    incorrido.

    No caso de transferncias de ativos, o valor a atribuir deve

    ser o valor contbil lquido constante nos registros da entidade de

    origem. Em caso de divergncia deste critrio com o fixado no

    instrumento de autorizao da transferncia, o mesmo deve ser

    evidenciado em notas explicativas.

    Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem

    recursos pblicos, ou aqueles eventualmente recebidos em

    doao, devem ser includos no ativo no circulante da entidade

    responsvel pela sua administrao ou controle, estejam, ou no,

    afetos a sua atividade operacional.

    A mensurao dos bens de uso comum ser efetuada, sempre que

    possvel, ao valor de aquisio ou ao valor de produo e construo.

    Vamos fazer mais uma questo.

    4. (Dom Cintra/2012/ISS-BH/Analista Fazendrio/Contador) Considere a

    seguinte situao: Devidamente autorizado, o municpio ALFA transferiu,

    para o municpio BETA, um bem imobilizado que no seria mais utilizado

    na prestao de seus servios, e considerado de extrema necessidade

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    para o municpio recebedor. Nesse caso de transferncia de ativo entre

    os municpios, deve ter sido atribudo ao bem, pela legislao vigente, o

    seguinte valor:

    A) justo

    B) de mercado

    C) de aquisio

    D) realizvel lquido

    E) contbil lquido

    COMENTRIO QUESTO No caso de transferncias de ativos, o valor a atribuir deve ser o valor

    contbil lquido constante nos registros da entidade de origem.

    Assim, a opo correta a alternativa E.

    4.5.1. Tratamento Contbil para o imobilizado conforme o MCASP

    A STN como rgo central de contabilidade pblica supriu lacunas

    existentes na NBCT 16 e que podem vir a serem cobradas em prova.

    Vamos apresentar as mais importantes.

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    Quadro 10: Orientaes Especficas do MCASP - imobilizado Item Principais pontos

    Princpio geral do reconhecimento

    A entidade dever aplicar o princpio geral de reconhecimento para todos os ativos imobilizados no momento em que os custos so incorridos, incluindo os custos iniciais e os subseqentes. Antes de efetuar a avaliao ou mensurao de ativos, faz-se necessrio o reconhecimento do bem como ativo. O ativo imobilizado, incluindo os gastos adicionais ou complementares, reconhecido inicialmente com base no valor de aquisio, produo ou construo. O custo de um item do imobilizado deve ser reconhecido como ativo sempre que for provvel que benefcios econmicos futuros ou potencial de servios associados ao item fluiro para a entidade; e se o custo ou valor justo do item puder ser mensurado com segurana. Partindo dessa premissa, o item do imobilizado deve ter uma base monetria confivel. Partes sobressalentes principais e equipamentos em espera se qualificam como ativo imobilizado quando a entidade espera us-los durante mais de um perodo. Tambm so reconhecidos como ativo imobilizado as peas sobressalentes e equipamentos para manuteno usados somente em conexo com um item do imobilizado.

    Critrio do valor conjunto

    Ao aplicar o critrio do valor do conjunto, necessrio exercer julgamento em relao ao reconhecimento das circunstncias especficas da entidade. Aplicando o critrio do valor do conjunto, a entidade avalia todos os seus custos de ativos imobilizados no momento em que eles so incorridos. Esses custos incluem custos incorridos inicialmente para adquirir ou construir um item do ativo imobilizado e os custos incorridos posteriormente para renov-los e substituir suas partes.

    Ativos imobilizados

    obtidos a ttulo gratuito

    Quando se tratar de ativos imobilizados obtidos a ttulo gratuito, estes devem ser registrados pelo valor justo na data de sua aquisio, sendo que dever ser considerado o valor resultante da avaliao obtida com base em procedimentos tcnicos ou valor patrimonial definido nos termos da doao.

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    Os bens de uso comum do povo podem ser encontrados em duas classes de ativos: ativos

    de infraestrutura e bens do patrimnio cultural.

    ATIVOS DE INFRAESTRUTURA so ativos que normalmente podem ser conservados por um

    nmero significativamente maior de anos do que a maioria dos bens de capital. Para serem

    classificados como ativos de infraestrutura, os mesmos devero ser partes de um sistema ou de uma

    rede, especializados por natureza e no possurem usos alternativos. Exemplos desses ativos

    incluem redes rodovirias, sistemas de esgoto, sistemas de abastecimento de gua e

    energia, rede de comunicao, pontes, caladas, calades, dentre outros.

    O reconhecimento e a mensurao dos ativos de infraestrutura seguem a mesma base utilizada

    para os demais ativos imobilizados.

    Em relao depreciao dos ativos de infraestrutura, recomenda-se que cada componente de

    um item com custo significativo em relao ao custo total do item seja depreciado

    SEPARADAMENTE. Por exemplo, pode ser necessrio que se deprecie separadamente a

    pavimentao, estruturas, meios-fios e canais, caladas, pontes e iluminao de um sistema de

    rodovias. Deve-se analisar ainda se um componente considerado significativo tem a vida til e o

    mtodo de depreciao que sejam os mesmos de outros componentes significativos do mesmo item,

    pois nesse caso, esses componentes podem ser agrupados no clculo da depreciao.

    Bens de Uso

    Comum do Povo

    ATIVOS DESCRITOS COMO BENS DO PATRIMNIO CULTURAL so assim chamados devido a sua

    significncia histrica, cultural ou ambiental. Exemplos incluem monumentos e prdios

    histricos, stios arqueolgicos, reas de conservao e reservas naturais. Estes ativos so

    raramente mantidos para gerar entradas de caixa e pode haver obstculos legais ou sociais para us-

    los em tais propsitos.

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    Certas caractersticas so geralmente apresentadas por bens do patrimnio cultural

    (apesar de no serem exclusivas de tais ativos):

    (a) O seu valor cultural, ambiental, educacional e histrico provavelmente no refletido

    totalmente no valor financeiro puramente baseado no preo de mercado;

    (b) As obrigaes legais ou estatutrias podem impor proibies ou restries severas na

    alienao por venda;

    (c) So geralmente insubstituveis e seus valores podem aumentar atravs do tempo mesmo

    se sua condio fsica se deteriorar;

    (d) Pode ser difcil estimar sua vida til, a qual em alguns casos podem ser centenas de anos.

    O reconhecimento e a mensurao desses ativos so facultativos e podem seguir bases outras

    que no as utilizadas para os ativos imobilizados. Porm, caso sejam registrados pelo ente, devem ser

    evidenciados conforme as normas da STN.

    Custos

    subsequentes

    Por um lado a entidade no reconhece no valor contbil de um item do ativo imobilizado os custos da manuteno peridica do item (por exemplo: custos de mo-de-obra, produtos consumveis). A finalidade desses gastos reparo e manuteno de item do ativo imobilizado. Portanto, esses custos quando incorridos so reconhecidos no resultado do exerccio como variao patrimonial diminutiva. Por outro lado quando houver possibilidade de gerao de benefcios econmicos futuros ou potenciais de servios, os gastos posteriores aquisio ou ao registro de elemento do ativo imobilizado devem ser incorporados ao valor desse ativo. Nesse caso, para se realizar a depreciao do bem com o valor ajustado aps a ativao dos custos com melhorias e adies complementares, a entidade poder: (a)Depreciar a parte complementar do bem ora adquirida, separadamente; ou (b)Estabelecer novo critrio de depreciao do bem que recebeu a melhoria ou a adio complementar.

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    4.6. Avaliao e Mensurao do intangvel

    Os direitos que tenham por objeto bens incorpreos destinados

    manuteno da atividade pblica ou exercidos com essa finalidade so

    mensurados ou avaliados com base no valor de aquisio ou de

    produo, deduzido do saldo da respectiva conta de amortizao

    acumulada e do montante acumulado de quaisquer perdas do valor que

    hajam sofrido ao longo de sua vida til por reduo ao valor recupervel

    (impairment) 4.

    O critrio de mensurao ou avaliao dos ativos intangveis

    obtidos a ttulo gratuito e a eventual impossibilidade de sua valorao

    devem ser evidenciados em notas explicativas.

    Os gastos posteriores aquisio ou ao registro de elemento do

    ativo intangvel devem ser incorporados ao valor desse ativo quando

    houver possibilidade de gerao de benefcios econmicos futuros ou

    potenciais de servios. Qualquer outro gasto deve ser reconhecido como

    despesa do perodo em que seja incorrido.

    O gio derivado da expectativa de rentabilidade futura

    (goodwill) gerado internamente no deve ser reconhecido como ativo.

    4.6.1. Tratamento Contbil para o intangvel conforme o MCASP

    A STN como rgo central de contabilidade pblica supriu lacunas

    existentes na NBCT 16 e que podem vir a serem cobradas em prova.

    Vamos apresentar as mais importantes.

    4Naseo5explicareimelhoroqueimpairment.

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    Quadro 11: Orientaes Especficas do MCASP - intangvel Item Principais pontos

    Aplicao dos procedimentos

    Os procedimentos no devem ser aplicados para determinadas atividades ou transaes que so extremamente especializadas e do origem a questes contbeis que requerem tratamento diferenciado, tais como explorao ou o desenvolvimento e a extrao de petrleo, gs e depsito minerais de indstrias extrativas ou no caso de contratos de seguros. Os procedimentos descritos tambm no se aplicam a: a) Ativos financeiros; b) Reconhecimento e mensurao do direito de explorao e avaliao de ativos; c) Gastos com o desenvolvimento e a extrao de recursos minerais, petrleo, gs natural e outros recursos no-renovveis similares; d) Ativo intangvel adquirido em combinao de negcio; e) gio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill ou fundo de comercio) decorrente da combinao de negcio, que no deve ser reconhecido; f) Direitos e poderes conferidos pela legislao, constituio ou por meios equivalentes; g) Ativos fiscais diferidos; h) Custos de aquisio diferidos e ativos intangveis resultantes dos direitos contratuais de seguradora segundo contratos de seguro; e i) Patrimnio cultural intangvel.

    Procedimentos para identificar

    um ativo intangvel

    Um ativo enquadra-se na condio de ativo intangvel quando pode ser identificvel, controlado e

    gerador benefcios econmicos futuros ou servios potenciais.

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    Critrio de Identificao

    Um ativo intangvel satisfaz o critrio de identificao quando: a) For separvel, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da inteno de uso pela entidade; ou b) Resultar de compromissos obrigatrios (incluindo direitos contratuais ou outros direitos legais), independentemente de tais direitos serem transferveis ou separveis da entidade ou de outros direitos e obrigaes.

    Critrio de Controle

    Controlar um ativo significa dizer que a entidade detm o poder de obter benefcios econmicos futuros ou servios potenciais gerados pelo recurso subjacente e de restringir o acesso de terceiros a esses benefcios ou servios. A ausncia de direitos legais dificulta a comprovao do controle. No entanto, a imposio legal de um direito no uma condio imprescindvel para o controle, visto que a entidade pode controlar benefcios econmicos futuros ou servios potenciais de outra forma. O controle da entidade sobre os eventuais benefcios econmicos futuros ou servios potenciais gerados pelo pessoal especializado e pelo treinamento insuficiente para que se enquadrem na definio de ativo intangvel, a no ser que esteja protegido por direitos legais.

    Reconhecimento do intangvel

    O reconhecimento de um item como ativo intangvel exige que a entidade demonstre que ele atenda: a) A definio de ativo intangvel; e b) Os critrios de reconhecimento, ou seja, quando: - for provvel que os benefcios econmicos futuros esperados e servio potencial atribuveis ao ativo sero gerados em favor da entidade; e - o custo ou valor justo do ativo possa ser mensurado com segurana. O gio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente no deve ser reconhecido como ativo.

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    Formas de

    Reconhecimento

    Inicial do

    Intangvel

    O reconhecimento inicial de um ativo intangvel pode ocorrer de trs formas: I) Aquisio separada;

    II) Gerao interna; e

    III) Aquisio por meio de transaes sem contraprestao.

    Na aquisio separada se considera que o preo que a entidade paga para adquirir separadamente um ativo intangvel reflete sua expectativa sobre a probabilidade de os benefcios econmicos futuros

    ou servios potenciais esperados, incorporados no ativo, flurem a seu favor.

    O custo de ativo intangvel adquirido separadamente inclui: a) seu preo de compra, acrescido de impostos de importao e impostos no recuperveis sobre a compra, aps deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; e b) qualquer custo diretamente atribuvel preparao do ativo para a finalidade proposta.

    Aquisio

    separada

    O reconhecimento dos custos no valor contbil de ativo intangvel cessa quando esse ativo est nas condies operacionais pretendidas pela administrao. Portanto, os gastos incorridos no uso ou na transferncia ou reinstalao de ativo intangvel no so includos no seu valor contbil, como, por exemplo, os gastos incorridos durante o perodo em que um ativo capaz de operar nas condies operacionais pretendidas pela administrao no utilizado. Os gastos relativos a projeto de pesquisa ou desenvolvimento em andamento, adquiridos em separado e reconhecidos como ativo intangvel ou incorridos aps a aquisio desse projeto devem ser contabilizados de acordo com a fase de pesquisa ou de desenvolvimento. Pesquisa a investigao original e planejada realizada com a expectativa de adquirir novo conhecimento e entendimento cientfico ou tcnico.

    Gerao interna

    Desenvolvimento a aplicao dos resultados da pesquisa ou de outros conhecimentos em um plano ou projeto visando produo de materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou servios novos ou substancialmente aprimorados, antes do incio da sua produo comercial ou do seu uso.

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    Caso a entidade no consiga diferenciar a fase de pesquisa da fase de desenvolvimento de projeto interno de criao de ativo intangvel, o gasto com o projeto deve ser tratado como incorrido apenas na fase de pesquisa.

    Fase de pesquisa Nenhum ativo intangvel resultante de pesquisa deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa devem ser reconhecidos como variao patrimonial diminutiva quando incorridos.

    Fase de

    desenvolvimento

    Um ativo intangvel resultante de desenvolvimento deve ser reconhecido somente se a entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir: a) Viabilidade tcnica para concluir o ativo intangvel de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda; b) Inteno de concluir o ativo intangvel e de us-lo ou vend-lo; c) Capacidade para usar ou vender o ativo intangvel; d) Forma como o ativo intangvel deve gerar benefcios econmicos futuros ou servios potenciais. Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existncia de mercado para os produtos do ativo intangvel ou para o prprio ativo intangvel ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade; e) Disponibilidade de recursos tcnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangvel; e f) capacidade de mensurar com segurana os gastos atribuveis ao ativo intangvel durante seu desenvolvimento.

    Custo de ativo

    intangvel gerado

    internamente

    O custo de ativo intangvel gerado internamente que se qualifica para o reconhecimento contbil se restringe soma dos gastos incorridos a partir da data em que o ativo intangvel atende os critrios de reconhecimento. No permitida a reintegrao de gastos anteriormente reconhecidos como variao patrimonial diminutiva. Os gastos subsequentes de projeto de pesquisa e desenvolvimento em andamento, adquiridos separadamente e reconhecidos como ativo intangvel, devem ser reconhecidos da seguinte forma: a) Gastos de pesquisa como variao patrimonial diminutiva quando incorridos; b) Gastos de desenvolvimento que no atendem aos critrios de reconhecimento como ativo intangvel como variao patrimonial diminutiva quando incorridos; e c) Gastos de desenvolvimento em conformidade com referidos critrios de reconhecimento, adicionados ao valor contbil do projeto de pesquisa ou desenvolvimento em andamento adquirido.

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    Aquisio por

    meio de

    transaes sem

    contraprestao

    Um ativo intangvel pode ser adquirido por meio de transaes sem contraprestao. Isso pode ocorrer

    quando outra entidade do setor pblico transfere ativos intangveis a outra entidade em

    uma transao sem contra prestao, como direito de aterrissagem em aeroporto, licenas

    para operao de estaes de rdio ou de televiso, etc.

    Os custos incorridos que sejam diretamente atribudos preparao do ativo para o uso

    pretendido devem ser acrescidos ao valor de registro inicial.

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    4.7. Avaliao e Mensurao do diferido

    As despesas pr-operacionais e os gastos de reestruturao

    que contribuiro, efetivamente, para a prestao de servios pblicos de

    mais de um exerccio e que no configurem to-somente uma

    reduo de custos ou acrscimo na eficincia operacional,

    classificados como ativo diferido, so mensurados ou avaliados pelo

    custo incorrido, deduzido do saldo da respectiva conta de amortizao

    acumulada e do montante acumulado de quaisquer perdas do valor que

    tenham sofrido ao longo de sua vida til por reduo ao valor

    recupervel (impairment).

    O Ativo Diferido existe apenas na Contabilidade Pblica. Tal ativo

    no existe mais na Contabilidade Societria.

    O MCASP nem cita o diferido.

    Vamos fazer uma questo cobrada recentemente sobre a parte

    especfica do MCASP.

    5. (FEMPERJ/TCE-RJ/2012/Analista de Controle Externo/Contador) No

    que tange aos conceitos de reconhecimento, mensurao e evidenciao

    de ativos intangveis no mbito das entidades do setor pblico, analise as

    afirmativas a seguir:

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    I. Um ativo intangvel satisfaz o critrio de identificao quando for

    separvel e passvel de negociao ou resultar de compromissos

    obrigatrios, independentemente de tais direitos serem transferveis ou

    separveis da entidade ou de outros direitos e obrigaes.

    II. Controlar um ativo significa, entre outras coisas, dizer que a entidade

    detm o poder de obter benefcios econmicos futuros ou servios

    potenciais gerados pelo recurso, independentemente da propriedade

    legal.

    III. O reconhecimento inicial de um ativo intangvel pode ocorrer de trs

    formas: aquisio separada, gerao interna e aquisio por meio de

    transaes sem contraprestao. Porm o gio derivado da expectativa

    de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente no deve ser

    reconhecido como ativo.

    IV. As fases de pesquisa e desenvolvimento de ativos intangveis

    ensejam tratamentos contbeis diferenciados.

    Esto corretas as afirmativas:

    A) apenas I, II e III;

    B) apenas I, III e IV;

    C) apenas II, III e IV;

    D) apenas III e IV;

    E) I, II, III e IV.

    COMENTRIO QUESTO Todos os itens esto certos. A questo seguiu a risca as orientaes

    especficas para ativos intangveis no MCASP.

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    5.REAVALIAO E REDUO AO VALOR RECUPERVEL

    As reavaliaes devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou

    o valor de mercado na data de encerramento do Balano Patrimonial,

    pelo menos:

    -Anualmente, para as contas ou grupo de contas cujos valores de

    mercado variarem significativamente em relao aos valores

    anteriormente registrados;

    -A cada quatro anos, para as demais contas ou grupos de contas.

    Na impossibilidade de se estabelecer o valor de mercado, o valor

    do ativo pode ser definido com base em parmetros de referncia que

    considerem caractersticas, circunstncias e localizaes assemelhadas.

    Em caso de bens imveis especficos, o valor justo pode ser

    estimado utilizando-se o valor de reposio do ativo devidamente

    depreciado.

    O valor de reposio de um ativo depreciado pode ser

    estabelecido por referncia ao preo de compra ou construo de um

    ativo semelhante com similar potencial de servio.

    Os acrscimos ou os decrscimos do valor do ativo em

    decorrncia, respectivamente, de reavaliao ou reduo ao valor

    recupervel (impairment) devem ser registrados em contas de

    resultado.

    O instituto da reavaliao existe apenas na Contabilidade Pblica.

    Tal instituto no existe mais na Contabilidade Societria. Porm,

    tendncia internacional a de que a Reavaliao retorne.

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    Qual a diferena entre depreciao e impairment?

    A reduo ao valor recupervel no deve ser confundida com a

    depreciao. Esta entendida como o declnio gradual do potencial de

    gerao de servios por ativos de longa durao, ou seja, a perda do

    potencial de benefcios de um ativo motivada pelo desgaste, uso, ao

    da natureza ou obsolescncia. J o impairment a desvalorizao de um

    ativo quando seu valor contbil excede seu valor recupervel.

    A depreciao decorre o uso natural ou da obsolescncia do bem.

    Enquanto que o impairment decorre de um evento que causa perda do

    valor do ativo.

    Vamos exemplificar. Suponha que existam dois veculos. Durante em

    2012 tanto o veculo A quanto o veculo B sofrem a depreciao da

    mesma forma. Porm, no final do exerccio de 2012 o veculo B sofre

    uma coliso que no gera perda total, mas compromete o rendimento do

    veculo. Assim, o veculo B precisa sofrer uma reduo do valor

    recupervel, ou seja, um impairment.

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    6.(Consulplan/TSE/2012/Analista Judicirio) Uma cadeia pblica de

    determinado Estado foi construda no ano de 2011 a um custo de R$ 12

    milhes, com vida til estimada de 50 anos. No ano de 2011, foi

    desativada por deciso judicial. Devido natureza da instalao e de sua

    localizao, o prdio foi convertido em depsito pblico, para o qual o

    custo de reposio estimado para a capacidade do local de R$ 5,3

    milhes. Considerando os critrios de avaliao e mensurao de ativos e

    passivos integrantes de entidades do setor pblico, correto afirmar que

    adeia pblica sofreu:

    ) reduo por depreciao.

    o imvel onde funcionava a c

    (A) aumento por fair value.

    (B) ganho por reavaliao.

    (C) perda por impairment.

    (D

    COMENTRIO QUESTO No caso em tela, houve uma perda por impairment.

    5.1.Orientaes Especficas do MCASP para reavaliao

    5.1.1.Reavaliao do ativo imobilizado

    A entidade deve observar que, quando um item do ativo imobilizado

    reavaliado, a depreciao acumulada na data da reavaliao

    deve ser eliminada contra o valor contbil bruto do ativo,

    atuali

    da faz parte do aumento ou da diminuio no valor

    cont

    contas do ativo

    imobi

    zando-se o seu valor lquido pelo valor reavaliado.

    O valor do ajuste decorrente da atualizao ou da eliminao da

    depreciao acumula

    bil registrado.

    importante salientar que se um item do ativo imobilizado for

    reavaliado, necessrio que todo o classe/grupo de

    lizado qual pertence esse ativo seja reavaliado.

    A reavaliao pode ser realizada atravs da elaborao de um

    laudo tcnico por perito ou entidade especializada, ou ainda atravs de

    relatrio de avaliao realizado por uma comisso de servidores. O

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    laudo tcnico ou relatrio de avaliao conter ao menos, as

    seguintes informaes:

    a) documentao com a descrio detalhada referente a cada bem

    que esteja sendo avaliado;

    b) a identificao contbil do bem;

    c) quais foram os critrios utilizados para avaliao do bem e sua

    respectiva fundamentao;

    d) vida til remanescente do bem, para que sejam estabelecidos os

    critrios de depreciao, a amortizao ou a exausto;

    e) data de avaliao; e

    f) a identificao do responsvel pela reavaliao.

    Exemplos de fontes de informaes para a avaliao do valor de um

    bem podem ser o valor do metro quadrado do imvel em determinada

    regio, ou a tabela FIPE no caso dos veculos.

    Caso seja impossvel estabelecer o valor de mercado do ativo,

    pode-se defini-lo com base em parmetros de referncia que considerem

    bens com caractersticas, circunstncias e localizaes assemelhadas.

    5.1.2. Reavaliao do ativo intangvel

    Aps o seu reconhecimento inicial, um ativo intangvel pode ser

    apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente ao seu valor justo

    data da reavaliao menos qualquer amortizao acumulada. O valor

    justo deve ser apurado em relao a um mercado ativo.

    O mtodo de reavaliao no permite:

    a) a reavaliao de ativos intangveis que no tenham sido previamente

    reconhecidos como ativos;

    b) o reconhecimento inicial de ativos intangveis a valores diferentes do

    custo.

    Se um ativo intangvel for reavaliado, a amortizao acumulada na

    data da reavaliao deve ser eliminada contra o valor contbil bruto do

    ativo, atualizando-se o valor lquido pelo seu valor reavaliado.

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    Caso um ativo intangvel em uma classe de ativos

    intangveis no possa ser reavaliado porque no existe mercado

    ativo para ele, este somente pode ser mensurado pelo custo

    menos a amortizao acumulada e a perda por irrecuperabilidade.

    5.1.3. Registro contbil da reavaliao de ativos

    Se o valor contbil de uma classe do ativo aumentar em virtude de

    reavaliao, esse aumento deve:

    (a) ser creditado diretamente conta de reserva de reavaliao.

    No entanto, o aumento deve ser reconhecido no resultado do perodo

    quando se tratar da reverso de decrscimo por reavaliao do mesmo

    ativo anteriormente reconhecido no resultado, ou

    (b) ser creditado diretamente conta de resultado do perodo.

    Se, por outro lado, o valor contbil de uma classe do ativo diminuir

    em virtude de reavaliao, essa diminuio deve ser reconhecida no

    resultado do perodo. Porm, se houver saldo de reserva de reavaliao, a

    diminuio do ativo deve ser debitada diretamente reserva de

    reavaliao at o limite de qualquer saldo existente na reserva de

    reavaliao referente quela classe de ativo.

    Os entes que reconhecerem a reavaliao de seus ativos em

    conta de reserva no patrimnio lquido devero baixar a reserva

    de reavaliao:

    (a) Pela baixa ou alienao do ativo.

    (b) Pelo uso. Nesse caso, parte da reserva transferida enquanto o ativo

    usado pela entidade. O valor da reserva de reavaliao a ser baixado

    a diferena entre a depreciao baseada no valor contbil reavaliado do

    ativo e a depreciao que teria sido reconhecida com base no custo

    histrico original do ativo.

    Nos casos em que o ente reconheceu o aumento relativo

    reavaliao dos seus ativos diretamente em conta de resultado,

    no haver registros posteriores.

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    5.2.Orientaes Especficas do MCASP para o teste de imparidade

    A entidade deve avaliar se h alguma indicao de que um ativo

    imobilizado ou intangvel possa ter sofrido perda por irrecuperabilidade.

    Caso o valor contbil de um ativo imobilizado ou intangvel apresente

    valor acima da quantia que ser recuperada atravs do uso ou da venda

    desse ativo, possvel afirmar que esse ativo est em imparidade

    (impairment). Note que a execuo de um teste de imparidade deve

    considerar primeiramente a utilidade do ativo, pois a maioria dos

    ativos do setor pblico mantida continuamente para fornecer

    servios ou bens pblicos, sendo o seu valor em uso

    provavelmente maior do que seu valor justo menos os custos de

    alienao.

    Lembre-se que o valor recupervel o maior valor entre o valor

    justo menos os custos de alienao de um ativo e o seu valor em

    uso.

    Vamos fazer uma questo prtica aplicando estes conceitos.

    7.(FEMPERJ/TCE-RJ/2012/Analista de Controle Externo/Contador) A

    prefeitura municipal de Novas Regras possui um veculo classificado no

    ativo imobilizado, cujo valor contbil R$50.000 e j est 40%

    depreciado. A diviso de contabilidade e patrimnio detectou que, apesar

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    da depreciao reconhecida, h indcios de que o valor pode no ser

    totalmente recupervel. O valor de venda do ativo foi estimado em R$

    22.000 e os custos de venda em R$500,00. O valor presente dos fluxos

    de caixa relacionados ao uso do ativo R$ 25.000. De acordo com essas

    informaes, com os conceitos apresentados na NBC T 16.10 Avaliao

    e Mensurao de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Pblico e no

    Manual de Contabilidade aplicada ao Setor Pblico, deve-se:

    A) contabilizar uma perda por reduo ao valor recupervel no valor de

    R$ 5.000;

    B) contabilizar uma perda por reduo ao valor recupervel no valor de

    R$ 8.000;

    C) contabilizar uma perda por reduo ao valor recupervel no valor de

    R$ 8.500;

    D) contabilizar uma perda por reduo ao valor recupervel no valor de

    R$ 25.000;

    E) no contabilizar nenhuma perda, pois o valor contbil do ativo

    recupervel.

    COMENTRIO QUESTO No caso em tela, devemos encontrar o valor contbil lquido e o valor

    recupervel e compar-los.

    O valor contbil lquido seria: VCL = Valor Contbil Bruto

    Depreciao Acumulada VCL = 50.000 40%x50.000 = 30.000. O Valor de recupervel o maior dos valores entre: o valor justo

    despesas com vendas e o valor de uso.

    O valor justo despesas com vendas= 22.500 500 = 22.000.

    O valor de uso = 25.000.

    Assim, o valor recupervel de 25.000.

    Logo, o valor contbil lquido est superior em 5.000 ao valor

    recupervel. Assim, deve ser reconhecida uma perda por

    impairment de 5.000.

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    6. PROVISO

    As provises so obrigaes existentes da entidade

    provenientes de eventos passados, e que se espera que resulte em

    uma sada de fluxo de recursos relacionados a benefcios econmicos ou

    potencial de servios, com a caracterstica de terem algum grau de

    incerteza quanto a valor e data prevista de pagamento.

    Uma proviso s deve ser reconhecida se atender,

    cumulativamente, aos seguintes requisitos no Quadro 12.

    Quadro 12: Requisitos cumulativos da proviso

    Requisito

    1 A entidade tem uma obrigao legal ou no formalizada presente

    como conseqncia de um evento passado.

    2 provvel a sada de recursos para liquidar a obrigao.

    3 Pode ser feita estimativa confivel do montante da obrigao.

    Quando se fala em proviso, outro conceito distinto, mas que

    merece destaque o referente aos PASSIVOS CONTINGENTES. O

    Quadro 13 mostra as caractersticas dos passivos contingentes.

    Quadro 13: Caractersticas no cumulativas de um passivo contingente

    Caracterstica

    1

    Uma obrigao possvel que resulta de eventos passados e cuja

    existncia ser confirmada apenas pela ocorrncia ou no de um ou

    mais eventos futuros incertos no totalmente sob controle da

    entidade; ou

    No provvel que uma sada de

    ecursos que incorporam benefcios

    econmicos ou potencial de servios seja

    exigida para liquidar a obrigao; ou

    r

    2

    Uma obrigao presente

    que resulta de eventos

    passados, mas que no

    reconhecida porque:

    O valor da obrigao no pode ser

    mensurado com suficiente

    confiabilidade.

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    Assim, h diferena entre provises e passivos contingentes, pois

    as provises devem estar vinculadas ao conceito de passivo. Caso

    no atendam aos critrios necessrios para o seu reconhecimento,

    devem ser tratados como passivos contingentes.

    Por fim, outro conceito relacionado ao tema o de ATIVO

    CONTINGENTE que um ativo possvel que resulta de eventos passados

    e cuja existncia ser confirmada apenas pela ocorrncia ou no

    de um ou mais eventos futuros incertos que no esto totalmente

    sob controle da entidade.

    Por fim, a Figura 1 ilustra os procedimentos que devem ser

    adotados conforme o tipo de obrigao.

    Figura 1: procedimentos que devem ser adotados conforme o tipo de obrigao.

    Dessa forma, observamos que a dica fundamental reside nas

    palavras provvel a sada de recursos. Assim, neste caso ser

    reconhecida a proviso. Se for possvel a obrigao, mas que

    provavelmente no enseje a sada de recursos no ser

    reconhecida a proviso, porm ser evidenciado um passivo contingente.

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    Se for possvel a obrigao, mas que remotamente ensejar a

    sada de recursos no ser reconhecida a proviso, nem ser

    evidenciado um passivo contingente.

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    7. TABELA-RESUMO DAS AVALIAES E MENSURAES DE ATIVOS E PASSIVOS: NBC T 16

    Para melhor localizao dos elementos patrimoniais e leitura da Tabela-resumo utilize a Figura 1 como

    instrumento comparativo.

    Classificao no Balano

    Patrimonial

    Elementos Patrimoniais

    Mtodo de Avaliao

    Disponibilidades Valor original. Se em moeda estrangeira convertidas na data do BP.

    Aplicaes financeiras de liquidez imediata Valor original. Atualizadas at a data do BP. Ativo

    Circulante Direitos e Ttulos de crditos

    Passivo Circulante

    Obrigaes

    Valor original. Se em moeda estrangeira convertidos na data do BP. Se forem Pr-Fixados: Ajuste a Valor Presente. Se forem Ps-Fixados: Ajuste at a data do BP.

    Estoques: na entrada -Valor aquisio; ou -Valor de produo ou construo.

    Ou valor de mercado. Das duas opes a menor.

    Estoques: na sada Custo mdio ponderado. Estoques: caso de deteriorao Valor de mercado. Estoques: resduos e refugos Valor Realizvel Lquido.

    Estoques: animais e produtos agrcolas (atividade primria, custo de produo de

    difcil determinao).

    Valor de mercado.

    Ativo Circulante

    Bens forem distribudos gratuitamente ou a taxas no de mercado.

    Valorados a custo ou valor de reposio, o menor dos dois.

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    Investimentos MEP (se possuir influncia significativa) ou Custo de Aquisio (caso no possua influncia significativa).

    Imobilizado Valor de aquisio, custo de produo ou construo. Se possuir vida econmica limitada depreciado.

    Imobilizado: Gastos posteriores. Geram benefcios futuros? -Sim. Incorporados ao ativo -No. Incorridos como despesa.

    Imobilizado adquirido a ttulo gratuito

    Foi possvel avali-lo ou mensur-lo no procedimento nos termos da doao? -Sim. Valor da avaliao no ANC. -No. Apenas registra em notas explicativas.

    Imobilizado: Bens de uso comum -Valor aquisio; ou -Valor de produo ou construo.

    Intangvel Valor de aquisio ou produo.

    Intangvel: Gastos posteriores. Geram benefcios futuros? -Sim. Incorporados ao ativo -No. Incorridos como despesa.

    Intangvel adquirido a ttulo gratuito

    Foi possvel avali-lo ou mensur-lo no procedimento nos termos da doao? -Sim. Valor aquisio ou produo. -No. Apenas registra em notas explicativas.

    Ativo no Circulante

    Ativo Diferido -Custo Incorrido. So amortizados e podem sofrer impairment.

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    8. (TCE-GO/FCC/2010/Auditor Conselheiro) Conforme a NBCT 16.10 -

    Avaliao e Mensurao de Ativos e Passivos em Entidade do Setor

    Pblico, correto afirmar que na avaliao dos estoques:

    a) a mdia ponderada mvel ou o PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que

    Sai) so os critrios de controle de estoques permitidos.

    b)os gastos de administrao geral e financeiros referentes a material de

    distribuio gratuita devem acrescer o valor dos estoques.

    c)critrio de mensurao dos estoques o custo de aquisio ou custo de

    reposio, dos dois o maior.

    d) valor de liquidao deve ser utilizado quando houver deteriorao

    fsica parcial, obsolescncia, bem como outros fatores anlogos.

    e)os resduos e os refugos devem ser mensurados, na falta de critrio

    mais adequado, pelo valor realizvel lquido.

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    COMENTRIOS QUESTO

    8. (TCE-GO/FCC/2010/Auditor Conselheiro) Conforme a NBCT 16.10 -

    Avaliao e Mensurao de Ativos e Passivos em Entidade do Setor

    Pblico, correto afirmar que na avaliao dos estoques:

    a) a mdia ponderada mvel ou o PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro

    que Sai) so os critrios de controle de estoques permitidos.

    ERRADO, o critrio da assertiva o de sada. Assim, a resposta

    correta seria apenas o custo mdio ponderado.

    b)os gastos de administrao geral e financeiros referentes a material de

    distribuio gratuita devem acrescer o valor dos estoques.

    ERRADO, devem ser registrados os gastos de distribuio, de

    administrao geral e financeiros so considerados como despesas

    do perodo em que ocorrerem.

    c)critrio de mensurao dos estoques o custo de aquisio ou custo de

    reposio, dos dois o maior.

    ERRADO, o critrio de mensurao dos estoques o valor

    aquisio/produo/construo ou valor de mercado. Das duas

    opes a menor.

    d) valor de liquidao deve ser utilizado quando houver deteriorao

    fsica parcial, obsolescncia, bem como outros fatores anlogos.

    ERRADO, neste caso o valor de mercado.

    e)os resduos e os refugos devem ser mensurados, na falta de critrio

    mais adequado, pelo valor realizvel lquido.

    CERTO.

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    8. TABELA-RESUMO DE REAVALIO, IMPAIRMENT E

    DEPRECIAO/AMORTIZAO E EXAUSTO: NBC T 16

    Processo Perodo Observao

    Depreciao,

    Amortizao e

    Exausto.

    Mensal. -Existem bens que no

    sofrem depreciao.

    Impairment

    (decrscimo)

    Reavaliao

    (acrscimo)

    -Anual (contas que

    sofrem variaes

    significativas); ou

    -A cada 4 anos (demais

    contas).

    Deve usar (na data do BP):

    -Valor Justo (preo de

    reposio: preo de compra

    ou preo de construo);

    ou

    -Valor de Mercado.

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    9.NORMAS ESPECFICAS DE GESTO PATRIMONIAL CONSTANTES

    NO MANUAL SIAFI

    Pessoal, existem alguns aspectos na gesto patrimonial que

    constam apenas no Manual SIAFI e j foram cobrados pela ESAF em

    provas anteriores (SUSEP, ANA e STN). Apenas apresentarei aqui o que

    for adicional em relao ao j postado.

    9.1. Bens Especiais (fonte: Manual SIAFI Assunto 021107 -

    Imveis de Propriedade da Unio)

    So considerados bens de uso especial da Unio os ativos tangveis

    utilizados na produo ou para fins administrativos e se espera que sejam

    utilizados por mais de um exerccio

    Considera-se nessa condio, tambm o equipamento militar

    especializado e os ativos de infra-estrutura.

    Excetua-se desse conceito, para fins de aplicao dessa Norma, os

    bosques e reservas naturais renovveis similares e direitos minerais a

    Explorao para a extrao de minerais, Petrleo, Gs Natural e recursos

    naturais no renovveis similares.

    9.1.1. Contabilizao

    Os rgos Pblicos Federais devero cadastrar no SPIUnet os

    imveis de propriedade da Unio, de Fundaes e Autarquias, de

    Empresas Estatais dependentes, nos termos da Lei Complementar n 101,

    de 04 de maio de 2000.

    Os registros feitos no SPIUnet utilizam um CIP - Cadastro

    Imobilirio Patrimonial que possui os dados do imvel e utilizado apenas

    pela SPU, e um ou vrios RIP - Registro Imobilirio Patrimonial. O RIP

    possui os dados do imvel e da sua utilizao e so utilizados nos

    processos da SPU e registrados no SIAFI.

    A contabilizao dos imveis de uso especial [registrados no SIAFI

    na conta 1.4.2.1.1.10.00 - Imveis de Uso Especial (no plano novo a

    conta utilizada 1.2.3.2.1.01.00)] dever ocorrer unicamente atravs

    do SPIUnet.

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    Os terrenos e os edifcios so ativos distintos e so registrados de

    forma separada para os fins contbeis, inclusive quando adquiridos

    prontos. O terreno normalmente tem uma vida ilimitada e, portanto, no

    se deprecia. Os edifcios tm uma vida limitada e, por isso, so ativos

    depreciveis. Um incremento no valor do terreno sobre o qual est

    construdo o edifcio no afeta a determinao da vida til do edifcio.

    A transferncia de um imvel de uma UG para outra dever ser

    feita somente pelo SPIUnet.

    As benfeitorias, obras ou reformas que forem realizadas nos

    imveis e os imveis a registrar que forem incorporados aos imveis de

    uso especial devero ter os seus saldos baixados, no SIAFI, pelo evento

    54.0.477 e aps a baixa devero ser atualizados/registrados pelo

    SPIUnet.

    9.2.Bens Dominiais (fonte: Manual SIAFI Assunto 021107 -

    Imveis de Propriedade da Unio)

    Os imveis Dominiais/Dominicais da Unio so cadastrados no

    Sistema da SPU chamado SIAPA - Sistema Integrado de Administrao

    Patrimonial. Todo final de ano os dados do SIAPA so registrados na

    conta 1.4.2.1.1.12.00 Bens Dominiais/Dominicais (no plano novo a

    conta utilizada 1.2.3.2.1.03.00), por meio da gerao automtica de

    arquivo magntico.

    No caso de Imveis Dominiais/Dominicais, as GRPUs (Gerncias

    Regionais do Patrimnio da Unio) podem alterar valores/dados, no

    SIAFI, devendo posteriormente, atualizar o sistema SIAPA.

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    9.3. Bens de uso comum: infraestrutura (fonte: Manual SIAFI

    Assunto 020334 - Bens de Infraestrutura)

    Sob amparo do Cdigo Civil Brasileiro - Lei n 10.406, de janeiro de

    2002, as rodovias e estradas federais, praas, redes de saneamento,

    redes eltricas, as terras devolutas, lagos e rios conforme situaes

    especficas, as florestas, o mar territorial, entre outros, so bens pblicos

    de uso comum integrantes do domnio da Unio.

    Conforme o item 30 da NBC T 16.10, aprovada pela Resoluo CFC

    n 1.137/08, quando recursos pblicos so aplicados na construo ou

    produo de bens de uso comum, estes bens devero ser objetos de

    contabilizao.

    Nesse sentido, podemos segmentar os bens pblicos de uso comum

    em dois agrupamentos: os contabilizveis e os no contabilizveis.

    Entre os bens no contabilizveis, encontram-se as florestas, os

    rios e os mares, por exemplo.

    Entre os bens contabilizveis, encontram-se as estradas, as ruas, as

    praas, as redes de saneamento gua e esgoto - por exemplo. O

    surgimento desses bens fruto do planejamento e da execuo das leis

    de oramento pblico, ou seja, da aplicao de recursos pblicos.

    Esses bens, integrantes de ativos no circulantes, no se submetem

    aos procedimentos de depreciao, dado que no possuem vida til

    econmica determinvel.

    Sua mensurao inicial observar os seguintes aspectos:

    (i) gastos com o planejamento da obra, como: pesquisas, estudos de

    viabilidade, projeto urbanstico, projeto arquitetnico, trabalhos de

    engenharia, licenas junto a rgos ou entidades de fiscalizao, alm de

    outros que se faam necessrios.

    (ii) gastos com a preparao do terreno, como: marcao, sondagem,

    terraplanagem, alm de outros que se faam necessrios.

    (iii) gastos com a mo-de-obra, como: salrios e benefcios, transporte e

    alimentao de operrios, fretes, alm de outros que se faam

    necessrios.

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    (iv) gastos com materiais, como: areia, brita, cimento, concreto, ferro,

    asfaltamento, aluguel de caminhes, alm de outros que se faam

    necessrios.

    (v) custos com testes para verificar se o ativo est em condies de uso;

    (vi) honorrios dos prestadores de servios especializados, como:

    arquitetos, engenheiros e advogados, por exemplo.

    (vii) Enfim, devem-se considerar quaisquer custos diretamente atribuveis

    para disponibilizar o ativo no local e em condies de utilizao, conforme

    pretenses da Administrao.

    Em termos prticos, conforme os mandamentos licitatrios Lei n 8.666,

    de 21 de junho de 1993, tais obras se submetem aos procedimentos de

    Concorrncia Pblica para a seleo da Empreiteira que apresente a

    proposta mais vantajosa para a Administrao. Logo, o valor do contrato

    pago a essa empresa compor o valor do ativo sob exame.

    9.3.1.Contabilizao

    Com o estabelecimento do Subsistema CPR Contas a Pagar e a

    Receber foram disponibilizadas Situaes que permitem ao gestor

    registrar a despesa oramentria de capital. No momento da

    liquidao, haver a incorporao e a baixa imediata na conta de obras

    em andamento. Posteriormente, o gestor realizar o lanamento via

    relatrio mensal de bens de uso comum.

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    9.4. Imveis em construo (fonte: Manual SIAFI Assunto

    021107 - Imveis de Propriedade da Unio)

    Os custos incorridos na construo de imveis so acumulados,

    durante o perodo de execuo, na conta 1.4.2.1.1.91.00 - OBRAS EM

    ANDAMENTO (no plano novo a conta utilizada 1.2.3.2.1.06.00),

    de natureza transitria, que ter seu saldo transferido para a conta

    especifica, aps concluda a construo mediante documentao que

    formalize a entrega e aceitao da obra;

    Os custos de endividamento diretamente atribudos s aquisio,

    construo ou produo de um ativo pr-habilitvel devem ser

    capitalizados.

    Excetuando essa condio, aos demais custos de endividamento se

    d o imediato tratamento de gasto.Exemplos de ativos pr-habilitveis

    so os edifcios para as unidades administrativas, hospitais, ativos de

    infra-estrutura tais como rodovias, pontes, instalaes para gerao de

    energia e ativos que requerem um perodo de tempo substancial para ser

    colocado em condies de uso ou venda.

    A capitalizao dos custos de endividamento como parte do custo

    de um ativo pr-habilitvel dever iniciar-se quando ocorrerem no uso

    das atividades para preparar fase de construo o ativo para o uso ou a

    venda.

    A capitalizao dos custos de endividamento ser suspensa durante

    os perodos prolongados em que seja interrompido o desenvolvimento das

    atividades devendo tais custos receberem o tratamento de gasto.

    A capitalizao dos custos de endividamento dever cessar quando,

    substancialmente, todas as atividades necessrias preparao do ativo

    pr-habilitvel para o uso ou venda a que ter destinado estejam

    concludos.

    Os contratos de construo celebrados pelos rgos/entidades

    governamentais devem observar, no que couber, as condies

    estabelecidas na Norma Internacional de Contabilidade para o Setor

    Pblico - NICSP.

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    10. SISTEMA DE CUSTOS NO GOVERNO FEDERAL 10.1.Contextualizao

    As discusses acerca das crescentes necessidades de se concentrar

    esforos na gesto de custos com vistas a uma mais eficiente alocao

    dos recursos tm, ao longo das ltimas dcadas, conquistado espao na

    literatura que aborda questes da gesto empresarial. Tais preocupaes,

    inicialmente colocadas no mbito das organizaes direcionadas

    obteno de lucro, ampliaram-se de forma generalizada para todos

    os outros tipos de organizao, de natureza privada ou pblica.

    Tendo como misso otimizar os benefcios propiciados sociedade,

    os entes pblicos necessitam gerir com eficincia e eficcia os

    recursos adquiridos e consumidos no cumprimento de suas

    atribui