Aula_26_-_Pacote_MPOG_-_Direito_Administrativo

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    Bom dia, pessoal. Como esto?

    Agora a reta final. Momento daquele gs que foi guardado para ofinal. hora de nos concentrarmos, fazermos a reviso final e exercernosso poder mental de que a vitria est perto.

    Bem, essa a nossa ltima aula. sempre motivo de elogios o esforoque vocs tm empregado para alcanar esse objetivo de ingressar noservio pblico. Saibam que a Administrao Pblica contar comexcelentes servidores.

    A propsito, em que pese o curto tempo, praticamente trs semanas,sempre que estou finalizando uma etapa comeo a sentir saudades,mas fico muito contente por saber que existem pessoas que se dedicama um sonho com afinco e que merecem realiz-lo. Fico feliz porquepenso que contribui, ainda que s um pouquinho, para que cada umpossa obter o exito pretendido.

    E digo a vocs que esse negcio de concurso pblico, muito embora

    seja extremamente cansativo, viciante, visto ser um desafio intensolevar um pouco de tranqilidade a vocs, sobretudo porque s vezesno temos ainda todo o conhecimento que gostaramos de ter paraajud-los (apresentar exatamente os temas que sero cobrados -risos).

    S que uma coisa importante. Voc tem que acreditar em si mesmo.No pode se deixar levar por influncias negativas.

    Acredite! Voc tem capacidade para ser um excelente servidor. Voctem capacidade para ser aprovado no concurso. Voc tem a preparaonecessria para tudo isso.

    Siga em frente, no desista, seja persistente e dedicado. Voc vaialcanar seu sonho.

    Ento, sinto dizer que esta nossa ltima aula e nela veremos:

    AULA 04

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    Agentes pblicos: espcies e classificao; poderes, deveres e

    prerrogativas; cargo, emprego e funo pblicos; regime jurdico nico:provimento, vacncia, remoo, redistribuio e substituio; direitos evantagens; regime disciplinar; responsabilidade civil, criminal eadministrativa. Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, publicada noD.O.U. de 12 de dezembro de 1990 e posteriores atualizaes (regimeJurdico dos Servidores Pblicos Civis da Unio). Lei n 8.429, de 2 dejunho de 1992, publicada no D.O.U. de 3 de junho de 1992 (dispesobre as sanes aplicveis aos agentes pblicos nos casos deenriquecimento ilcito no exerccio de mandato, cargo, emprego oufuno da administrao pblica direta, indireta ou fundacional e doutras providncias).

    Reforo, afinal, que a FUNRIO tem certa predileo sobre o RegimeJurdico nico, por isso, ateno, pois certamente deveremos encontrar,na prova, questes sobre sua aplicabilidade, tome como exemplo aprova anulada do MJ em que praticamente s caiu o RJU.

    Desse modo, antes de darmos incio a resoluo das questes, deixe mefazer algumas consideraes importantes acerca de agentes pblicos.

    Ento, tomando por emprstimo a definio de Hely Lopes Meirelles,podemos definir agentes pblicos como todas as pessoas fsicasincumbidas, definitivamente ou transitoriamente, do exercciode alguma funo estatal.

    A Lei n 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa) trouxe umadefinio melhor e mais abrangente de agente pblico, assim dispondo:

    Art. 2 Reputa-se agente pblico, para os efeitos desta lei,todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ousem remunerao, por eleio, nomeao, designao,contratao ou qualquer outra forma de investidura ouvnculo, mandato, cargo, emprego ou funo nasentidades mencionadas no artigo anterior

    Assim, devemos lembrar que servidor pblico uma das espcies do

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    gnero agente pblico, de modo que farei uma sinttica ilustrao da

    classificao de agente pblico, para nos situarmos no tempo e espao.

    Assim, consoante lio de Celso Antnio Bandeira de Mello, os agentespblicos so quaisquer pessoas que atuem exercendo uma atribuioestatal, de modo que tenha um vnculo efetivo, integrando o aparelhoestatal, ou no tenham vnculo direto, no integrando quaisquer dasestruturas pertencentes ao Estado.

    Para o citado mestre teramos trs espcies de agentes pblicos, sendoos seguintes: a) agentes polticos; b) os servidores estatais, e; c)

    os agentes em colaborao.

    Esse classificao seria excelente, pois restringiria bastante nossoobjeto de estudo. Contudo, no a adotada pelas Bancas, sobretudopelo CESPE.

    Porm, com base na classificao clssica de Hely Lopes Meirelles,teremos:

    a) Agentes polticos;b) Agentes administrativos;c) Agentes honorficos;d) Agentes delegados, e;e) Agentes credenciados.

    H, outras classificaes, por exemplo daqueles que colocam dentre taisagentes os militares. Assim, conforme bem explicita Maria SylviaZanella , os militares, antes da EC 18/98, enquadravam-se na categoriade servidores pblicos, porm aps a emenda retirou-se a expresso,

    por isso no so considerados como servidores, figurando-se como maisuma categoria de agente pblico.

    Agentes polticos so aqueles que ocupam cargos que compe osrgos constitucionais independentes, ou seja, dotados deindependncia funcional, prerrogativas do cargo e sujeitos a regimeespecial, cujas funes advm diretamente da Constituio, investidos,normalmente, por meio de eleio, nomeao ou designao.

    Assim, estariam compreendidos nessa definio os magistrados, os

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    membros do Ministrio Pblico, dos Tribunais de Contas, alm dos

    representantes do Poder Executivo (Presidente, Ministros, Governador,Prefeito, Secretrios) e do Poder Legislativo (Deputados, Senadores).

    Por outro lado, h forte corrente que defende serem os agentes polticosto-somente aqueles que erigidos aos cargos eletivos, tal como oPresidente, Governador, Senador, Deputado, Vereador etc.

    Nesse sentido, vale salientar, voc precisa ficar atento a isto, que oSupremo Tribunal Federal tem entendimento no sentido de que osagentes polticos so todos aqueles que exercem atribuies

    decorrentes diretamente da Constituio, no sendo, pois, apenasos detentores de cargos eletivos, de modo que englobam tambmoutros agentes pblicos.

    Informativo 263 (RE-228977)Dano Moral e Atos Judiciais (Transcries) RE 228.977-SP* (v. Informativo 259) Relator: Min. Nri da SilveiraEMENTA: - Recurso extraordinrio. Responsabilidadeobjetiva. Ao reparatria de dano por ato ilcito.Ilegitimidade de parte passiva. 2. Responsabilidadeexclusiva do Estado. A autoridade judiciria no temresponsabilidade civil pelos atos jurisdicionais praticados.Os magistrados enquadram-se na espcie agentepoltico, investidos para o exerccio de atribuiesconstitucionais, sendo dotados de plena liberdadefuncional no desempenho de suas funes, comprerrogativas prprias e legislao especfica.(...)(...) os magistrados se enquadram na espcie agente

    poltico. Estes, so investidos para o exerccio deatribuies constitucionais, sendo dotados de plenaliberdade funcional no desempenho de suas funes, comprerrogativas prprias e legislao especfica, requisitos,alis, indispensveis ao exerccio de suas funesdecisrias.

    (...) o que elucida o saudoso HELY LOPES MEIRELLES,em sua obra "Direito Administrativo Brasileiro" (18 ed.,pg. 72): "Os agentes polticos exercem funes

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    governamentais, judiciais e quase-judiciais, elaborando

    normas legais, conduzindo os negcios pblicos,decidindo e atuando com independncia nos assuntos desua competncia. So as autoridades pblicas supremasdo Governo e da Administrao na rea de sua atuao,pois no esto hierarquizadas, sujeitando-se apenas aosgraus e limites constitucionais e legais de jurisdio. Emdoutrina, os agentes polticos tm plena liberdadefuncional, equiparvel independncia dos juizes nosseus julgamentos, e, para tanto, ficam a salvo deresponsabilidade civil por seus eventuais erros de

    atuao, a menos que tenham agido com culpa grosseira,m-f ou abuso de poder. Nesta categoria encontram-se os Chefes de Executivo (Presidente da Repblica,Governadores e Prefeitos) e seus auxiliaresimediatos (Ministros e Secretrios de Estado e deMunicpio); os membros das CorporaesLegislativas (Senadores, Deputados e Vereadores);os membros do Poder Judicirio (Magistrados emgeral); os membros do Ministrio Pblico

    (Procuradores da Repblica e da Justia,Promotores e Curadores Pblicos)..."

    Agentes administrativos so todos aqueles agentes que estosubmetidos hierarquia funcional, no sendo membro de poder, noexercendo funes polticas ou governamentais, estando sujeitos aoregime jurdico da entidade a que servem.

    Nesse conceito esto todos os que tm com os entes Polticos(Administrao Direta) e entidades administrativas (Administrao

    Indireta) vnculo funcional ou relao laboral, de natureza profissional ecarter no eventual, sob vnculo de dependncia.

    Por isso, dividem-se em servidores pblicos, empregados pblicos,e servidores temporrios.

    Servidores pblicos so todas as pessoas fsicas que ocupam um cargopblico mantendo vnculo de subordinao com o Estado ou com suasentidades mediante retribuio pecuniria.

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    Vale lembrar que cargo pblico o conjunto de atribuies e

    responsabilidades previstas em uma estrutura organizacional,que devem ser cometidas a um servidor (art. 3, Lei n8.112/90)

    So criados por lei e com denominao prpria e vencimentopago pelos cofres pblicos, cujo provimento poder ser em carterefetivo ou em comisso.

    Assim, teremos servidores pblicos de cargos efetivos (concursados) eservidores pblicos de cargos comissionados.

    Empregados pblicos so pessoas fsicas que ocupam emprego pblico,ou seja, so os contratados sob o regime da legislao trabalhista(celetistas).

    Como sabido, as pessoas jurdicas de direito privado integrante daAdministrao Pblica, especialmente as empresas pblicas e associedades de economia mista, nos termos do art. 173, 1, inc. II,CF/88, se sujeitam em relao s obrigaes trabalhistas dentre outras

    ao regime jurdico prprio das empresas privadas.Assim, dentre de suas estruturas funcionais, para desempenhas de suasatividades, mantero vnculo contratual com seus agentes, de modoque contemplam empregos pblicos regidos pelas normas daConsolidao das Leis do Trabalho e outras legislaes trabalhistasesparsas.

    preciso ressaltar que muito embora os empregos pblicos estivessemintimamente ligados s chamadas estatais, a EC 19/98 abriu espao

    para que as pessoas jurdicas de direito pblico tambm pudesse criarem suas estruturas organizacionais os empregos pblicos.

    Dessa forma, foi editada a Lei n 9.962, de 22/2/2000 que disciplina acontratao de empregados para a Administrao Direta, Autrquica eFundacional, observando-se o regime celetista, assim como a Lei n9.986, de 18/7/2000 que estabeleceu o regime de emprego para asAgncias Reguladoras.

    preciso destacar que a doutrina administrativista, capitaneada

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    inclusive por Celso Antnio Bandeira de Mello, j tecia severas crticasno sentido de que no se pode preencher por meio de emprego pblico

    atividades tpicas do Estado tal como o exerccio da atividade defiscalizao e regulao, de modo que essas funes deveriam serexercidas sempre por regime de direito pblico (estatutrio) e nocontratual, a fim de que o agente pblico no ficasse sujeito a eventuaispresses que possam existir sob o regime de emprego, tal comodispensa sem justa causa.

    Nesse sentido, o STF encampou o posicionamento asseverando no serpossvel a criao de emprego pblico para o exerccio de qualquerfuno na Administrao, mas apenas as de carter subalterno, as queno demandem a relativa independncia assegurada pelo regimeestatutrio, tendo em vista a natureza da atividade exercida (ADIn2.310-1-DF, Min. Marco Aurlio).

    Com efeito, no tocante ao regime de emprego firmado pela Lei n9.986/00 para as Agncias Reguladoras, o STF declarou a normaparcialmente inconstitucional para afastar a aplicao de referidoregime s atribuies de natureza finalstica, de modo que somenteseria possvel adotar o regime de emprego para os cargos subalternos,

    tal como telefonista, vigilantes, digitadores.

    Todavia, recentemente, em Medida Cautelar, o STF entendeu que a EC19/98, no que tratou da possibilidade de a Administrao Pblica Direta,Autrquica e Fundacional adotarem no apenas uma Regime Jurdiconico, foi tida por inconstitucional, por vcio formal. Assim, resta dizerque se restabeleceu o RJU (regime jurdico nico).

    Portanto, a Administrao Direta, Autrquica e Fundacional somentepodem ter cargos pblicos, submetidos ao regime estatutrio.

    servidores ou funcionrios temporrios so agentes contratados deforma temporria, por excepcional interesse pblico, para exercerfuno por tempo determinado.

    A Constituio Federal em seu art. 37, inciso IX, estabeleceu apossibilidade de contratao de servidor visando atender necessidadetemporria em razo de excepcional interesse pblico.

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    A Lei n 8.745, de 1993, regulamentou na esfera federal a contratao

    de pessoal para o exerccio de atividade temporria, dispondo que aspessoas jurdicas de direito pblico poderiam contratar pessoalobservando as condies e os requisitos legais.

    preciso esclarecer que tais servidores tm vnculo contratual e que, adepender de qual caso de necessidade excepcional, o prazo mximo docontrato temporrio ser de 2 (dois) anos, admitindo-se umaprorrogao, desde que no exceda o prazo mximo de 4 (quatro)anos.

    Agentes delegados so particulares que, por fora de contrato em quese delega a realizao de uma obra ou servio pblico, executam sobsua conta e risco, sob fiscalizao do Estado. (Ex. Concessionrios,permissionrios de servios pblicos Tabelio, leiloeiros etc).

    Esses agentes no mantm vnculo contratual ou estatutrio com oEstado. A relao , por vezes, de civismo, ou, decorrente de umarelao contratual de prestao de servio para empresa interposta.

    Agentes honorficos so particulares que, em razo de sua condiocvica, honrada, exercem funo para o Estado. (Ex. Mesrio, juradoetc).

    H, ainda, os chamados agentes credenciados, ou seja, aqueles queo Estado d a incumbncia de represent-lo para certa e especficaatividade, mediante remunerao.

    Tomem cuidado, h pessoas que ainda utilizam a expressofuncionrio pblico, trata-se de uma expresso j bastante

    ultrapassada, prevista no Cdigo Penal Brasileiro no art. 327, que serefere a qualquer agente pblico.

    O termo mais usual e inclusive com previso legal (Lei n 8.429/92) ode agente pblico.

    Art. 2 Reputa-se agente pblico, para os efeitos desta lei,todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ousem remunerao, por eleio, nomeao, designao,contratao ou qualquer outra forma de investidura ou

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    vnculo, mandato, cargo, emprego ou funo nasentidades mencionadas no artigo anterior.

    Ento, vamos aos trabalhos.

    AULA 04

    QUESTES COMENTADAS

    PARTE 1 SERVIDORES PBLICOS e LEI n 8.112/90

    1. (AGENTE PENITENCIRIO FEDERAL DEPEN FUNRIO/2009)A administrao pblica direta e indireta de qualquer dosPoderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicpios obedecer aos princpios de legalidade,impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm,ao que segue:

    A) o prazo de validade do concurso pblico ser de at dois anos,prorrogvel duas vezes, por igual perodo.B) as funes de confiana, que alternativamente, a critrio daadministrao, sero exercidas por servidores ocupantes de cargoefetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidoresde carreira nos casos, condies e percentuais mnimos previstos emlei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia eassessoramento.C) a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao

    prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordocom a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na formaprevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comissodeclarado em lei de livre nomeao e exonerao.D) os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Executivono podero ser superiores aos pagos pelo Poder Judicirio.E) permitida a vinculao ou equiparao de quaisquer espciesremuneratrias para o efeito de remunerao de pessoal do serviopblico.

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    Gabarito: Alternativa C.

    Comentrio:

    Essa questo uma sntese das disposies constitucionais acerca daAdministrao Pblica e dos servidores pblicos, conforme previsto noart. 37, que estabelece os princpios constitucionais orientadores daAdministrao Pblica, sendo: LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE,MORALIDADE, PUBLICIDADE E EFICINCIA (LIMPE), dentreoutros, quer dizer, os outros incisos do referido artigo.

    Ento, veja:

    Alternativa a errada. O prazo de validade do concurso pblico serde AT dois anos, prorrogvel UMA NICA VEZ, por igual perodo,conforme art. 37, inc. III, CF/88.

    III - o prazo de validade do concurso pblico ser

    de at dois anos, prorrogvel uma vez, por igual

    perodo;

    Alternativa b errada. As funes de confiana sero SEMPREexercidas por servidores ocupantes de cargos efetivos, j que aConstituio estabelece que devam ser exercidas EXCLUSIVAMENTEpor servidores ocupantes de cargo efetivo. (art. 37, inc. V)

    V - as funes de confiana, exercidas

    exclusivamente por servidores ocupantes de

    cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem

    preenchidos por servidores de carreira nos casos,

    condies e percentuais mnimos previstos em

    lei, destinam-se apenas s atribuies de direo,

    chefia e assessoramento; (Redao dadapela Emenda Constitucional n 19,de 1998)

    Alternativa c certa. Conforme o art. 37, inc. II, da ConstituioFederal a investidura em cargo ou emprego pblico depende da

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    aprovao em concurso de provas ou provas e ttulos, de acordo com anatureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em

    lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso.

    II - a investidura em cargo ou emprego pblico

    depende de aprovao prvia em concurso

    pblico de provas ou de provas e ttulos, de

    acordo com a natureza e a complexidade do

    cargo ou emprego, na forma prevista em lei,

    ressalvadas as nomeaes para cargo em

    comisso declarado em lei de livre nomeao e

    exonerao; (Redao dada pelaEmenda Constitucional n 19, de1998)

    Observe, assim, que temos o princpio da obrigatoriedade de concursopara acesso a cargo pblico efetivo ou emprego pblico, que dependede aprovao em provas (objetiva, subjetiva etc) ou provas e ttulos(ttulos so mritos, especializaes ou pontuaes que se d aocandidato por ter outras qualificaes e predicativos).

    Alternativa D errada. Temos a aplicao de uma regra moralizadora,ou seja, que estabelece a isonomia de vencimentos entre os Poderes,tendo como limite os vencimentos pagos pelo Executivo. Assim, osvencimentos dos cargos dos Poderes LEGISLATIVO E JUDICIRIOno podero ser superiores aos pagos pelo PODER EXECUTIVO.

    XII - os vencimentos dos cargos do Poder

    Legislativo e do Poder Judicirio no podero ser

    superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

    Alternativa E errada. NO PERMITIDA ( VEDADA) avinculao ou equiparao de quaisquer espcies remuneratrias para oefeito de remunerao de pessoal do servio pblico.

    XIII - vedada a vinculao ou equiparao de

    quaisquer espcies remuneratrias para o efeito

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    de remunerao de pessoal do servio pblico;

    (Redao dada pela Emenda

    Constitucional n 19, de 1998)

    O que significa isso? Quer dizer que no se pode atrelar umaremunerao de uma categoria com a de outra, de modo que se umaaumentar ou outro tambm aumente, automaticamente.

    Exemplifico: imagine que voc passe para Analista ou Tcnico do MPOG.Existe tambm cargo de analista e tcnico no Legislativo. Ento, uma leiestabelece que a remunerao do servidor do MPOG ser a mesma do

    servidor do Legislativo. Assim, se o Legislativo concede aumento,automaticamente no Ministrio tambm ter aumento.

    Percebeu? Essa lei seria inconstitucional por violar a referida vedao(vinculao remuneratria).

    Outro exemplo seria a vinculao da remunerao a tantos salriosmnimos, de modo que um servidor que ingresse na Administraorecebendo 5 salrios mnimos, toda vez que tivesse aumento do salrio

    mnimo, automaticamente ficaria reajustada sua remunerao.

    Essa situao tambm se insere na referida vedao.

    Por fim, transcrevo para que voc leia atentamente os dispositivosconstitucionais do art. 37, que orientam a Administrao Pblica.Segue:

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta

    de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados,do Distrito Federal e dos Municpios obedecer

    aos princpios de legalidade, impessoalidade,

    moralidade, publicidade e eficincia e, tambm,

    ao seguinte: (Redao dada pelaE m e n d a Constitucional n 19, de1998)

    I - os cargos, empregos e funes pblicas so

    acessveis aos brasileiros que preencham os

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    requisitos estabelecidos em lei, assim como aos

    estrangeiros, na forma da lei; (Redao

    dada pela Emenda Constitucional n19, de 1998)

    II - a investidura em cargo ou emprego pblico

    depende de aprovao prvia em concurso

    pblico de provas ou de provas e ttulos, de

    acordo com a natureza e a complexidade do

    cargo ou emprego, na forma prevista em lei,

    ressalvadas as nomeaes para cargo em

    comisso declarado em lei de livre nomeao e

    exonerao; (Redao dada pelaEmenda Constitucional n 19, de1998)

    III - o prazo de validade do concurso pblico ser

    de at dois anos, prorrogvel uma vez, por igual

    perodo;

    IV - durante o prazo improrrogvel previsto no

    edital de convocao, aquele aprovado em

    concurso pblico de provas ou de provas e ttulos

    ser convocado com prioridade sobre novos

    concursados para assumir cargo ou emprego, na

    carreira;

    V - as funes de confiana, exercidas

    exclusivamente por servidores ocupantes de

    cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem

    preenchidos por servidores de carreira nos casos,

    condies e percentuais mnimos previstos em

    lei, destinam-se apenas s atribuies de direo,

    chefia e assessoramento; (Redao dadapela Emenda Constitucional n 19,de 1998)

    VI - garantido ao servidor pblico civil o direito

    livre associao sindical;

    VII - o direito de greve ser exercido nos termos

    e nos limites definidos em lei especfica;

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    (Redao dada pela Emenda

    Constitucional n 19, de 1998)VIII - a lei reservar percentual dos cargos e

    empregos pblicos para as pessoas portadoras de

    deficincia e definir os critrios de sua

    admisso;

    IX - a lei estabelecer os casos de contratao

    por tempo determinado para atender a

    necessidade temporria de excepcional interesse

    pblico;

    X - a remunerao dos servidores pblicos e o

    subsdio de que trata o 4 do art. 39 somente

    podero ser fixados ou alterados por lei

    especfica, observada a iniciativa privativa em

    cada caso, assegurada reviso geral anual,

    sempre na mesma data e sem distino de

    ndices; (Redao dada pela EmendaConstitucional n 19, de 1998)

    (Regulamento)XI - a remunerao e o subsdio dos ocupantes

    de cargos, funes e empregos pblicos da

    administrao direta, autrquica e fundacional,

    dos membros de qualquer dos Poderes da Unio,

    dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios,

    dos detentores de mandato eletivo e dos demais

    agentes polticos e os proventos, penses ou

    outra espcie remuneratria, percebidos

    cumulativamente ou no, includas as vantagens

    pessoais ou de qualquer outra natureza, no

    podero exceder o subsdio mensal, em espcie,

    dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,

    aplicando-se como limite, nos Municpios, o

    subsdio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito

    Federal, o subsdio mensal do Governador no

    mbito do Poder Executivo, o subsdio dos

    Deputados Estaduais e Distritais no mbito do

    Poder Legislativo e o subsdio dos

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    Desembargadores do Tribunal de Justia, limitado

    a noventa inteiros e vinte e cinco centsimos por

    cento do subsdio mensal, em espcie, dosMinistros do Supremo Tribunal Federal, no mbito

    do Poder Judicirio, aplicvel este limite aos

    membros do Ministrio Pblico, aos Procuradores

    e aos Defensores Pblicos; (Redao dadapela Emenda Constitucional n 41,19.12.2003)

    XII - os vencimentos dos cargos do Poder

    Legislativo e do Poder Judicirio no podero ser

    superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

    XIII - vedada a vinculao ou equiparao de

    quaisquer espcies remuneratrias para o efeito

    de remunerao de pessoal do servio pblico;

    (Redao dada pela EmendaConstitucional n 19, de 1998)

    XIV - os acrscimos pecunirios percebidos por

    servidor pblico no sero computados nem

    acumulados para fins de concesso de

    acrscimos ulteriores; (Redao dada pelaEmenda Constitucional n 19, de1998)

    XV - o subsdio e os vencimentos dos ocupantes

    de cargos e empregos pblicos so irredutveis,

    ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste

    artigo e nos arts. 39, 4, 150, II, 153, III, e

    153, 2, I; (Redao dada pelaEmenda Constitucional n 19, de1998)

    XVI - vedada a acumulao remunerada de

    cargos pblicos, exceto, quando houver

    compatibilidade de horrios, observado em

    qualquer caso o disposto no inciso XI.

    (Redao dada pela EmendaConstitucional n 19, de 1998)

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    a) a de dois cargos de professor; (Includa

    pela Emenda Constitucional n 19,de 1998)

    b) a de um cargo de professor com outro tcnico

    ou cientfico; (Includa pela EmendaConstitucional n 19, de 1998)

    c) a de dois cargos ou empregos privativos de

    profissionais de sade, com profisses

    regulamentadas; (Redao dada pela

    Emenda Constitucional n 34, de2001)

    XVII - a proibio de acumular estende-se a

    empregos e funes e abrange autarquias,

    fundaes, empresas pblicas, sociedades de

    economia mista, suas subsidirias, e sociedades

    controladas, direta ou indiretamente, pelo poder

    pblico; (Redao dada pela EmendaConstitucional n 19, de 1998)

    XVIII - a administrao fazendria e seus

    servidores fiscais tero, dentro de suas reas de

    competncia e jurisdio, precedncia sobre os

    demais setores administrativos, na forma da lei;

    XIX - somente por lei especfica poder ser criada

    autarquia e autorizada a instituio de empresa

    pblica, de sociedade de economia mista e de

    fundao, cabendo lei complementar, neste

    ltimo caso, definir as reas de sua atuao;(Redao dada pela EmendaConstitucional n 19, de 1998)

    XX - depende de autorizao legislativa, em cada

    caso, a criao de subsidirias das entidades

    mencionadas no inciso anterior, assim como a

    participao de qualquer delas em empresa

    privada;

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    XXI - ressalvados os casos especificados na

    legislao, as obras, servios, compras ealienaes sero contratados mediante processo

    de licitao pblica que assegure igualdade de

    condies a todos os concorrentes, com clusulas

    que estabeleam obrigaes de pagamento,

    mantidas as condies efetivas da proposta, nos

    termos da lei, o qual somente permitir as

    exigncias de qualificao tcnica e econmica

    indispensveis garantia do cumprimento das

    obrigaes. (Regulamento)

    XXII - as administraes tributrias da Unio, dos

    Estados, do Distrito Federal e dos Municpios,

    atividades essenciais ao funcionamento do

    Estado, exercidas por servidores de carreiras

    especficas, tero recursos prioritrios para a

    realizao de suas atividades e atuaro de forma

    integrada, inclusive com o compartilhamento de

    cadastros e de informaes fiscais, na forma da

    lei ou convnio. (Includo pela EmendaConstitucional n 42, de 19.12.2003)

    2. (ANALISTA ADMINISTRATIVO INSS - FUNRIO/2009)Constitui necessidade temporria de excepcional interessepblico, para fins de contratao temporria pela AdministraoPblica Federal,A) a realizao de recenseamentos excetuadas as pesquisas de

    natureza estatstica efetuadas pela Fundao Instituto Brasileiro deGeografia e Estatstica IBGE.B) as atividades especiais nas organizaes do Exrcito para atender area rural ou a encargos temporrios de obras e servios de engenhariacivil e mecnica.C) a admisso de pesquisador estrangeiro para projeto de pesquisa, emautarquia integrante da Carreira de Cincia e Tecnologia e do InstitutoNacional da Propriedade Industrial.D) a admisso de professor e pesquisador visitante estrangeiro.

    E) o combate a emergncias ambientais, independentemente de

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    declarao, pelo Ministro de Estado do Meio Ambiente, da existncia de

    emergncia ambiental na regio especfica.

    Gabarito: Alternativa D.

    Comentrio:

    Conforme o art. 37, inc. IX, da CF/88 poder haver a contratao emcarter temporrio (tempo determinado) para excepcional interessepblico.

    IX - a lei estabelecer os casos de contratao

    por tempo determinado para atender a

    necessidade temporria de excepcional interesse

    pblico;

    Com efeito, a Lei n 8.745/93 regulamentou o dispositivo constitucionalestabelecendo as situaes em que se permite a contratao por prazodeterminado e os termos dessa contratao.

    Dessa forma, de acordo com o art. 2, da referida lei, temos asatividades que so consideradas de necessidade temporria deexcepcional interesse pblico, sendo:

    Art. 2 Considera-se necessidade temporria de

    excepcional interesse pblico:

    I - assistncia a situaes de calamidade pblica;

    II - combate a surtos endmicos;

    III - realizao de recenseamentos e outras

    pesquisas de natureza estatstica efetuadas pela

    Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e

    Estatstica - IBGE; (Redao dada pela Lei n

    9.849, de 1999).

    IV - admisso de professor substituto e professor

    visitante;

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    V - admisso de professor e pesquisador visitante

    estrangeiro;

    VI - atividades: (Redao dada pela Lei n 9.849,

    de 1999).

    a) especiais nas organizaes das Foras

    Armadas para atender rea industrial ou a

    encargos temporrios de obras e servios de

    engenharia; (Includo pela Lei n 9.849, de

    1999). (Vide Medida Provisria n 341, de 2006).

    b) de identificao e demarcao territorial;

    (Redao dada pela Lei n 11.784, de 2008)

    c) revogado. Lei n 10.667/2003

    d) finalsticas do Hospital das Foras Armadas;

    (Includo pela Lei n 9.849, de 1999).

    e) de pesquisa e desenvolvimento de produtos

    destinados segurana de sistemas de

    informaes, sob responsabilidade do Centro dePesquisa e Desenvolvimento para a Segurana

    das Comunicaes - CEPESC; (Includo pela Lei

    n 9.849, de 1999).

    f) de vigilncia e inspeo, relacionadas defesa

    agropecuria, no mbito do Ministrio da

    Agricultura e do Abastecimento, para

    atendimento de situaes emergenciais ligadas

    ao comrcio internacional de produtos de origem

    animal ou vegetal ou de iminente risco sade

    animal, vegetal ou humana; (Includo pela Lei n

    9.849, de 1999). (Vide Medida Provisria n

    341, de 2006).

    g) desenvolvidas no mbito dos projetos do

    Sistema de Vigilncia da Amaznia - SIVAM e do

    Sistema de Proteo da Amaznia - SIPAM.

    (Includo pela Lei n 9.849, de 1999).

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    h) tcnicas especializadas, no mbito de projetos

    de cooperao com prazo determinado,implementados mediante acordos internacionais,

    desde que haja, em seu desempenho,

    subordinao do contratado ao rgo ou entidade

    pblica.(Includo pela Lei n 10.667,de 2003) (Vide Medida Provisria n 341, de2006).

    i) tcnicas especializadas necessrias

    implantao de rgos ou entidades ou de novas

    atribuies definidas para organizaesexistentes ou as decorrentes de aumento

    transitrio no volume de trabalho que no

    possam ser atendidas mediante a aplicao doo

    art. 74 da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de

    1990; (Includo pela Lei n 11.784, de 2008)

    j) tcnicas especializadas de tecnologia da

    informao, de comunicao e de reviso de

    processos de trabalho, no alcanadas pela alnea i

    e que no se caracterizem como atividades

    permanentes do rgo ou entidade; (Includo pela

    Lei n 11.784, de 2008)

    l) didtico-pedaggicas em escolas de governo; e

    (Includo pela Lei n 11.784, de 2008)

    m) de assistncia sade para comunidades

    indgenas; e (Includo pela Lei n 11.784, de 2008)

    VII - admisso de professor, pesquisador etecnlogo substitutos para suprir a falta de

    professor, pesquisador ou tecnlogo ocupante de

    cargo efetivo, decorrente de licena para exercer

    atividade empresarial relativa inovao.

    (Includo pela Lei n 10.973, de 2004)

    VIII - admisso de pesquisador, nacional ou

    estrangeiro, para projeto de pesquisa com prazo

    determinado, em instituio destinada

    pesquisa; e (Includo pela Lei n 11.784, de 2008)

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    IX - combate a emergncias ambientais, na

    hiptese de declarao, pelo Ministro de Estadodo Meio Ambiente, da existncia de emergncia

    ambiental na regio especfica. (Includo pela Lei

    n 11.784, de 2008)

    Por isso:

    A alternativa A errada. que a realizao de recenseamentos eOUTRAS pesquisas de natureza estatstica efetuadas pela Fundao

    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE, considerada denecessidade excepcional de interesse pblico, conforme art. 2, inc.IIII, da Lei de contratao temporria.

    III - realizao de recenseamentos e outras

    pesquisas de natureza estatstica efetuadas pela

    Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e

    Estatstica - IBGE; (Redao dada pela Lei n

    9.849, de 1999).

    A alternativa B errada, pois so consideradas como tais asatividades especiais das FORAS ARMADAS para atender reaINDUSTRIAL ou a encargos temporrios de obras e servios deengenharia, conforme art. 2, inc. VI, alnea a da referida Lei:

    VI - atividades: (Redao dada pela Lei n 9.849,

    de 1999).

    a) especiais nas organizaes das Foras Armadaspara atender rea industrial ou a encargos

    temporrios de obras e servios de engenharia;

    (Includo pela Lei n 9.849, de 1999). (Vide Medida

    Provisria n 341, de 2006).

    verdade que o Exrcito integra as Foras Armadas e s por isso aquesto no estaria errada. O erro est no fato de que se trata deatender rea INDUSTRIAL e no RURAL.

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    A alternativa C est errada. que a admisso de pesquisador

    estrangeiro para projeto de pesquisa no se restringe autarquiaintegrante da Carreira de Cincia e Tecnologia ou do Instituto Nacionalda Propriedade Industrial.

    VIII - admisso de pesquisador, nacional ou

    estrangeiro, para projeto de pesquisa com prazo

    determinado, em instituio destinada

    pesquisa; e (Includo pela Lei n 11.784, de 2008)

    Alternativa E errada. considerada atividade de necessidadeexcepcional de interesse pblico, o combate a emergncias ambientais,NA HIPTESE DE DECLARAO, pelo Ministro de Estado do MeioAmbiente, da existncia de emergncia ambiental na regio especfica,conforme art. 2, inc. IX, acrescentado pela Lei n 11.784/2008.

    IX - combate a emergncias ambientais, na

    hiptese de declarao, pelo Ministro de Estado do

    Meio Ambiente, da existncia de emergncia

    ambiental na regio especfica. (Includo pela Lei n

    11.784, de 2008)

    Alternativa D correta, pois se admite a contratao de professore pesquisador visitante estrangeiro, como hiptese de contrataoexcepcional, por prazo determinado, conforme art. 2, inc. V, Lei n8.745/93.

    V - admisso de professor e pesquisador visitanteestrangeiro;

    3. (TCNICO INF. EDUC. INEP CESGRANRIO/2008) A Lei no8.112/90 institui o Regime Jurdico dos Servidores PblicosCivis da Unio, que obrigatoriamente aplicvel s(aos)(A) autarquias e fundaes pblicas federais.(B) concessionrias de servio pblico federal em geral.

    (C) sociedades da iniciativa privada com sede no Distrito Federal.

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    (D) prestadores de servio administrao direta da Unio.

    (E) rgos da administrao direta da Unio, dos Estados e dosMunicpios.

    Gabarito: Alternativa A.

    Comentrio;

    Essa questo simples, mas importante percebermos sua aplicao eprofundidade.

    Devemos lembrar que a Constituio Federal de 1988 estabeleceu anecessidade de os servidores pblicos serem regidos por regime jurdiconico, conforme art. 39, caput, assim expresso:

    Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os

    Municpios instituiro, no mbito de sua

    competncia, regime jurdico nico e planos de

    carreira para os servidores da administrao pblica

    direta, das autarquias e das fundaes pblicas.

    Significa dizer que cada ente (Unio, Estados, DF e Municpios) deveminstituir regime jurdico nico para seus servidores da AdministraoPblica direta, autarquias e fundaes pblicas.

    Nesse sentido, no mbito Federal, foi editada a Lei n 8.112/90, quecriou o regime jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, dasautarquias e das fundaes pblicas federais, o denominado Regime

    Jurdico nico (RJU).

    A Lei n 8.112/90 delimita os critrios, direitos, deveres e demaisaspectos acerca dos servidores pblicos, sejam ocupantes de cargosefetivos ou de cargos comissionados.

    Todavia, a Emenda Constitucional n 19/98 (reforma do Estado) retiroua obrigatoriedade de se adotar um nico regime jurdico para disporsobre os servidores pblicos, de maneira que se abriu possibilidade de aAdministrao Pblica direta, autrquica e fundacional adotar outrosregimes, tal como o celetista, para provimento de emprego no seus

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    DIREITO ADMINISTRATIVOPROFESSOR: EDSON MARQUES

    quadros, por exemplo.

    No entanto, recentemente, em controle de constitucionalidade, nojulgamento da ADI 2135-4 o Supremo Tribunal Federal (STF) deferiumedida cautelar para suspender a redao do caput do artigo 39 daConstituio Federal dada pela EC 19/98, por vcio deinconstitucionalidade formal, voltando a vigorar a redao anterior EC19/98, ou seja, a redao original da Constituio.

    de se esclarecer, portanto, que temos novamente o RJU e que adeciso tem efeito ex-nunc, ou seja, no retroativa (ainda). Com isso,toda a legislao editada durante a vigncia do artigo 39, caput, com a

    redao da EC n 19/98, continua vlida a regular o perodo de 1998at a deciso do STF, ressaltando que, dessa forma, ficam resguardasas situaes consolidadas, at que o mrito da ADI 2135-4 seja julgadoem definitivo.

    Pois bem. Em resposta questo, fica fcil agora dizer:

    O REGIME JURDICO NICO APLICA-SE AOS

    SERVIDORES PBLICOS DA ADMINISTRAO

    DIRETA, AUTRQUICA OU DAS FUNDAES

    PBLICAS.

    Ento, a Lei n 8.112/90 o regime jurdico nico aplicvel aosservidores pblicos civis da Administrao Pblica direta, autarquias efundaes pblicas federais (da Unio).

    4. (ESPECIALISTA EM REGULAO ANP CESGRANRIO/2008)

    Em relao legislao que rege o vnculo dos servidoresfederais tem-se que:(A) a Lei n 8.745, de 09 de dezembro de 1993, com suas modificaesposteriores, se aplica aos servidores temporrios, com ressalva de quealguns direitos e deveres previstos na Lei n 8.112, de 11 de dezembrode 1990, com suas modificaes posteriores, lhes so aplicveis, porequivalncia legal.(B) a Lei n 8.745, de 09 de dezembro de 1993, com suas modificaesposteriores, se aplica tanto aos servidores temporrios, como aos

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    servidores efetivos.

    (C) a Lei n 8.745, de 09 de dezembro de 1993, com suas modificaesposteriores, se aplica tanto aos servidores temporrios, como aopessoal estranho ao quadro, mas nomeado para exerccio de cargo emcomisso.(D) a Lei n 9.662, de 22 de fevereiro de 2000, se aplica a todos osservidores federais, efetivos e temporrios, que ingressaram no quadroaps sua promulgao.(E) a Lei n 9.662, de 22 de fevereiro de 2000, se aplica aos servidoresfederais temporrios, bem como aos empregados das empresaspblicas federais, que ingressavam no quadro aps sua promulgao.

    Gabarito: Alternativa A.

    Comentrio:

    Precisamos aqui saber o que cada uma dessas leis regulamenta, paraento podemos dizer qual sua aplicabilidade.

    A Lei n 8.745/93, alterada pelas Leis n 9.849/99, n 10.667/03,

    10.973/04, 11.204/05 e 11.784/08, regula a contratao por prazodeterminado para atender a necessidade temporria de excepcionalinteresse pblico dos rgos da Administrao Pblica direta, autarquiase fundaes pblicas, conforme art. 1 que assim dispe:

    Art. 1 Para atender a necessidade temporria de

    excepcional interesse pblico, os rgos da

    Administrao Federal direta, as autarquias e as

    fundaes pblicas podero efetuar contratao de

    pessoal por tempo determinado, nas condies e

    prazos previstos nesta Lei.

    Deve-se perceber que essa Lei se refere contratao temporria paraa Administrao Pblica direta, autarquias e fundaes pblicasFederais e que o pessoal contratado no pode ser consideradoestatutrio, na medida em que se submetem a regime trabalhista,contratual, por no exercerem cargo pblico, mas funo pblicaremunerada.

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    Ressalto, ainda, que a contratao por prazo determinado no feitapor concurso pblico, e sim por seleo pblica simplificada, permitindo,

    em alguns casos, que a seleo seja feita somente por anlise curricular(por exemplo, professor visitante estrangeiro).

    No tocante a outra lei, primeiro ateno, pois foi grafada errada, demodo que a Banca deveria ter anulado a questo. Pois a Lei n 9.662 de 1998 e trata de crdito oramentrio. A Lei n 9.962, de22/02/2000, disciplina o regime de emprego pblico do pessoal daAdministrao federal direta, autrquica e fundacional, conformepermitia o art. 39, caput, da CF/88, com a redao dada pela EC 19/98.

    Referida Lei alm de regulamentar a aplicao do dispositivoconstitucional, criou o regime de emprego no mbito da AdministraoPblica Federal direta, autrquica e fundacional, conforme dispe o art.1:

    oArt. 1 O pessoal admitido para emprego pblico na

    Administrao federal direta, autrquica e

    fundacional ter sua relao de trabalho regida pela

    Consolidao das Leis do Trabalho, aprovada peloo o

    Decreto-Lei n 5.452, de 1 de maio de 1943, e

    legislao trabalhista correlata, naquilo que a lei

    no dispuser em contrrio.

    o 1 Leis especficas disporo sobre a criao dos

    empregos de que trata esta Lei no mbito da

    Administrao direta, autrquica e fundacional do

    Poder Executivo, bem como sobre a transformao

    dos atuais cargos em empregos.o

    2 vedado:

    I submeter ao regime de que trata esta Lei:

    a) vetado.

    b) cargos pblicos de provimento em comisso;

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    oII alcanar, nas leis a que se refere o 1 ,

    servidores regidos pela Lei n 8.112, de 11de dezembro de 1990, s datas dasrespectivas publicaes.

    o o 3 Estende-se o disposto no 2 criao de

    empregos ou transformao de cargos emo

    empregos no abrangidas pelo 1 .

    Portanto, a alternativa correta a A e esto erradas as demais,

    conforme se segue:

    A alternativa A correta, pois apesar de a Lei n 8.745, de 09 dedezembro de 1993, com suas modificaes posteriores, se aplicar aosservidores temporrios, deve-se observar que alguns direitos e deveresprevistos na Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, com suasmodificaes posteriores, lhes so aplicveis, por equivalncia legal(responsabilidades, deveres, por exemplo).

    A alternativa B errada, pois a Lei n 8.745/93 no se aplica aosservidores efetivos, que esto submetidos Lei n 8.112/90.

    A alternativa C errada. A Lei n 8.745/93 no se aplica, comoacabamos de ver, aos servidores pblicos, seja ocupante de cargoefetivo, seja comissionado, pois estes esto submetidos ao regimeestatutrio (Lei n 8.112/90).

    A alternativa D errada, pois a Lei n 9.662 no se aplica aosservidores temporrios, tampouco aos servidores ocupantes de cargosefetivos no momento de sua promulgao, j que eventual aplicaodessa lei dever ser objeto de outra lei que crie emprego ou transformecargos em empregos e desde que estes cargos no estejam providos nomomento de publicao dessa nova lei.

    A alternativa E errada, porque referida Lei no se aplica aostemporrios, tampouco aos empregados das empresas pblicasfederais, porque j se submetiam a regime contratual (celetista),conforme previso constitucional.

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    5. (TCNICO JUDICIRIO - TRF - 1 REGIO - FCC/2007) Asinstituies de pesquisa cientfica e tecnolgica federais poderoprover seus cargos coma) tcnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas eprocedimentos legais.b) tcnicos e cientistas, desde que brasileiros e quites com asobrigaes militares.c) professores brasileiros e estrangeiros, estando, ou no, no gozo dosdireitos polticos.d) professores, desde que brasileiros natos ou naturalizados, excluda aquitao das obrigaes militares.e) professores, tcnicos e cientistas, brasileiros ou estrangeiros,dispensado o gozo dos direitos polticos.

    Gabarito: Alternativa A.

    Comentrio:

    Conforme dispe a Constituio Federal em seu art. 37, inciso I, os

    cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros quepreencham os requisitos legais, bem como aos estrangeiros, na formada lei.

    Ou seja: permitiu-se a acessibilidade aos cargos, empregos ou funespblicas no s aos brasileiros, mas tambm aos estrangeiros,reservando-se a lei para regulamentar tal acesso.

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de

    qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do

    Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos

    princpios de legalidade, impessoalidade,

    moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao

    seguinte: (Redao dada pela EmendaConstitucional n 19, de 1998)

    I - os cargos, empregos e funes pblicas so

    acessveis aos brasileiros que preencham os

    requisitos estabelecidos em lei, assim como aos

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    estrangeiros, na forma da lei;(Redao dada pela

    Emenda Constitucional n 19, de 1998)

    Nesse sentido, a Lei n 8.112/90, alterada pela Lei n 9.515/97,estabeleceu a possibilidade de ingresso de estrangeiros em cargos deprofessores, tcnicos ou cientistas em universidades e instituies depesquisa cientfica e tecnolgica federais, observados os requisitos eprocedimentos estabelecidos pelo RJU, conforme art. 5, 3, queassim expressa:

    o3 As universidades e instituies de pesquisa

    cientfica e tecnolgica federais podero prover seus

    cargos com professores, tcnicos e cientistas

    estrangeiros, de acordo com as normas e os

    procedimentos desta Lei. (Includo pela Lei n

    9.515, de 20.11.97)

    Portanto, a alternativa A a correta.

    6. (ADMINISTRADOR FUNASA CESGRANRIO/2008) Umcandidato a um concurso buscou informaes a respeito doprovimento de cargos pblicos. Ao consultar a Lei Federal no8.112/90, que dispe sobre o Regime Jurdico dos ServidoresPblicos Federais, verificou que(A) os cargos pblicos so acessveis a todos os brasileiros e somentepodem ser criados por lei complementar, com denominao prpria evencimento pago pelo Tesouro.

    (B) o provimento de cargos comissionados depende de prvioprocedimento pblico seletivo, e a exonerao deciso discricionriada autoridade nomeante.(C) o concurso pblico ter validade de at trs anos, podendo serprorrogado uma nica vez, por igual perodo.(D) vedada a abertura de novo concurso pblico enquanto houvercandidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade noexpirado.(E) livre a nomeao para cargos em comisso, e a exonerao

    depende de processo administrativo em que seja assegurada ao

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    servidor ampla defesa.

    Gabarito: Alternativa D.

    Comentrio:

    Observe que geralmente as questes que envolvem a Lei n 8.112/90so questes simples, que repetem o dispositivo legal. Ento, bastauma boa lida na Lei, que tambm auto-explicativa, para nodeixarmos nenhuma questo em aberto.

    Ento, vamos por eliminao. Eu indico, alis, que se faa a provaassim, ou seja, encontre os erros e v eliminando, de modo que ficarbem mais fcil encontrar a resposta.

    A alternativa A errada. bem verdade que os cargos pblicos soacessveis aos brasileiros (natos ou naturalizados) que preenchem osrequisitos previstos em lei, e sua criao somente se d por meio de LEI(no necessria Lei Complementar), com denominao prpria evencimento pago pelo Tesouro.

    Art. 3 Cargo pblico o conjunto de atribuies e

    responsabilidades previstas na estrutura

    organizacional que devem ser cometidas a um

    servidor.

    Pargrafo nico. Os cargos pblicos, acessveis a

    todos os brasileiros, so criados por lei, com

    denominao prpria e vencimento pago pelos

    cofres pblicos, para provimento em carter efetivoou em comisso.

    Alternativa B errada. Conforme estabelece a Constituio Federalem seu art. 37, inc. X, os cargos comissionados so de livre nomeaoe exonerao, de modo que seu provimento no depende de qualquerprocedimento seletivo.

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    II - a investidura em cargo ou emprego pblico

    depende de aprovao prvia em concurso pblicode provas ou de provas e ttulos, de acordo com a

    natureza e a complexidade do cargo ou emprego,

    na forma prevista em lei, ressalvadas as

    nomeaes para cargo em comisso

    declarado em le i de livre nomeao e

    exonerao; (Redao dada pelaEmenda Constitucional n 19, de1998)

    Alternativa C errada. O concurso pblico ter validade de at DOISanos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo,conforme art. 12, da Lei n 8.112/90:

    Art. 12. O concurso pblico ter validade de at 2

    (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma nica

    vez, por igual perodo.

    Alternativa Eerrada. Como observamos, os cargos comissionados sode livre nomeao e exonerao. Ou seja, no h necessidade deabertura de processo administrativo para que se exonere servidorocupante de cargo comissionado.

    Alternativa Dcorreta.

    De fato, a Lei n 8.112/90 veda a abertura de novo concurso pblico

    enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazode validade no expirado, nos termos do art. 12, 2 do RJU, que assimdetermina:

    2 No se abrir novo concurso enquanto houver

    candidato aprovado em concurso anterior com

    prazo de validade no expirado.

    A regra constitucional, no entanto, no estabelece vedao a abertura

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    de novo concurso pblico. Porm, determina a prioridade de

    convocao, ou seja, os novos concursados no podem ser convocadosantes dos candidatos aprovados do certame anterior, com prazo devalidade ainda vigente, conforme o art. 37, inc. IV, CF/88:

    IV durante o prazo improrrogvel previsto no

    edital de convocao, aquele aprovado em concurso

    pblico de provas ou de provas e ttulos ser

    convocado com prioridade sobre novos concursados

    para assumir cargo ou emprego, na carreira.

    Em sntese, a Constituio no vedou a realizao de novo concurso,apenas determina que se observe a prioridade de convocao doscandidatos do concurso anterior com prazo de validade no expirado.Porm, a Lei n 8.112/90 veda a realizao de novo concurso, seremanescer candidato aprovado, dentro do prazo de validade.

    7. (ADVOGADO - CORONEL FABRICIANO/MG FUNRIO/2008 -

    24) - No que concerne ao servidor pblico correto afirmar.I. Carreira o conjunto de quadros e funes pblicas isoladasintegrantes de uma mesma pessoa federativa.II. Cargo pblico o lugar dentro da organizao funcional daAdministrao Pblica ocupado por servidor pblico.III. Cargo efetivo aquele que se reveste de carter de permanncia,constituindo a maioria absoluta dos integrantes da AdministraoPblica.IV. Cargos em comisso so os de ocupao transitria, cuja

    investidura depende de prvia aprovao em concurso pblico.V. Emprego pblico aquele utilizado para identificar o vnculo, combase na Lei n 8112/90, dos trabalhadores de Empresas PblicasFederais.A) as alternativas I e IV esto corretasB) as alternativas II e V esto corretasC) as alternativas II e III esto corretasD) as alternativas I e III esto corretasE) as alternativas IV e V esto corretas

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    Gabarito: Alternativa C.

    Comentrio:

    Essa questo bem simples, tratando de algumas definies que soutilizadas pelo Regime Jurdico nico. Assim, temos:

    Servidor pblico, em sentido estrito, a pessoa fsica legalmenteinvestida em cargo pblico.

    Art. 2 Para os efeitos desta Lei, servidor a

    pessoa legalmente investida em cargo pblico.

    Assim, de acordo com o art. 3 da Lei n 8.112/90, cargo pblico oconjunto de atribuies e responsabilidades previstas em uma estruturaorganizacional, que devem ser cometidas a um servidor.

    Pode, ademais, ser o cargo pertencente a uma carreira ou ser isolado,de provimento efetivo ou em comisso.

    O que se deve lembrar que para os cargos de provimento efetivo, ainvestidura depende de prvia aprovao em concurso pblico deprovas ou provas e ttulos.

    Por isso, somente os cargos de provimento efetivo que poderoalcanar a permanncia (estabilidade), com trs anos de efetivoexerccio (art. 41, caput, CF/88 e art. 21, RJU) e avaliao especial dedesempenho por comisso constituda para essa finalidade.

    Os cargos comissionados so de livre nomeao e exonerao. Por issono dependem de aprovao em concurso pblico, o que, de outro lado,os caracteriza como provisrios.

    Dessa forma:

    Item I errado, pois carreira o agrupamento de classes da mesmaprofisso ou atividade, escalonadas segundo a hierarquia do servio,para acesso privativo dos titulares dos cargos que a integram, mediante

    provimento originrio.

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    E, quadro o conjunto de carreiras, cargos isolados e funesgratificadas de um mesmo servio, rgo ou Poder.

    Item II est correto. Cargo pblico o lugar, dentro de umaorganizao ou estrutura funcional da Administrao Pblica, quedever ser ocupado por um servidor.

    Item III est correto. Cargo efetivo o ocupado por agente que tenhasido aprovado em concurso pblico, por isso, seu carter permanncia.Sendo a regra no mbito da Administrao Pblica.

    Item IV est errado. Os cargos comissionados (D.A.S = direo eassessoramente superior) so de livre nomeao e exonerao, nodepende de concurso pblico para seu provimento e, por isso, suacaracterstica de temporariedade, transitoriedade.

    Item V est errado. Emprego pblico o vnculo trabalhista, contratual,formalizado entre uma pessoa fsica e as empresas pblicas ousociedades de economia mista. Portanto, o empregado pblico no

    regido pela Lei n 8.112/90. Como vimos, o RJU regula a relaoestatutria entre o servidor pblico (ocupante de cargo pblico) e aAdministrao Pblica direta, autrquica e fundacional.

    8. (TCNICO EM CONTABILIDADE SUFRAMA FUNRIO/2008 -Questo 24) A investidura em cargo pblico ocorre com aA) aprovao em concurso pblico.B) declarao da vacncia do cargo.

    C) posse.D) nomeao.E) aprovao no estgio probatrio.Gabarito: alternativa C.Comentrio:

    Como temos repetido. Em regra, as questes da FUNRIO a repetiodo prprio texto da Lei.

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    Assim, observe o art. 7 da Lei n 8.112/90 o qual estabelece que ainvestidura em cargo pblico ocorrer com a POSSE.

    Art. 7 A investidura em cargo pblico ocorrer

    com a posse.

    Acerca desse tema, aproveito para mencionar ainda que a possesomente ocorrer nos casos de provimento originrio, ou seja, noscasos de provimento por nomeao.

    E, nesse caso, ou seja, para tomar posse o nomeado ter 30 (trinta)dias e poder faz-lo por meio de procurao especfica. Se no tomarposse no prazo fixado, o ato ser tornado sem efeito.

    Lembre-se, ademais, que aps a posse o servidor ter que entrar emexerccio, que o efetivo desempenho das atribuies do cargo. Paratanto, ter o prazo de 15 (quinze) dias. Caso no entre em exerccio,que no poder ocorrer por procurao, j que ato personalssimo,

    ser exonerado.

    9. (TCNICO JUDICIRIO - TRF - 4 REGIO - FCC/2007) "X",servidor pblico federal, foi nomeado para o cargo de tcnicojudicirio, sendo que, na data da publicao do ato deprovimento, estava afastado de suas funes por estar a serviodo tribunal do jri de sua comarca. Nesse caso, o prazo para asua posse ser contado:

    a) da data de entrada em exerccio.b) a critrio da administrao.c) a partir do pedido do servidor.d) a partir do trmino do impedimento.e) a partir do dcimo dia aps a realizao do jri.

    Gabarito: Alternativa D.

    Comentrio:

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    Essa uma boa questo, pois apresenta justamente as excees regra que acabei de citar, ou seja, que o nomeado tem o prazo de trinta

    dias para tomar posse.

    Todavia, o RJU, em seu art. 13, pargrafo, permite que o servidor delicena ou afastado, tome posse aps o trmino da licena ouafastamento, conforme assim expresso:

    Art. 13. A posse dar-se- pela assinatura do

    respectivo termo, no qual devero constar as

    atribuies, os deveres, as responsabilidades e os

    direitos inerentes ao cargo ocupado, que no

    podero ser alterados unilateralmente, por qualquer

    das partes, ressalvados os atos de ofcio previstos

    em lei.

    1o A posse ocorrer no prazo de trinta dias

    contados da publicao do ato de provimento.

    (Redao dada pela Lei n 9.527, de10.12.97)

    2o Em se tratando de servidor, que esteja na

    data de publicao do ato de provimento, em

    licena prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou

    afastado nas hipteses dos incisos I, IV, VI, VIII,

    alneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o

    prazo ser contado do trmino do impedimento.

    (Redao dada pela Lei n 9.527, de10.12.97)

    Veja os casos:

    Licena: Por motivo de doena em pessoa da famlia (art. 81, inc. I) Para o servio militar (art. 81, inc. III) Para capacitao (art. 81, inc. V)

    Afastamentos em virtude de: Frias (art. 102, inc. I)

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    Participao em programa de treinamento regularmente institudoou em programa de ps-graduao stricto sensu no Pas,conforme dispuser regulamento. (art. 102, inc. IV)

    Jri e outros servios obrigatrios por lei (art. 102, inc. VI)

    Licena gestante, adotante e paternidade (art. 102, inc.VIII, alnea a).

    Licena para tratamento da prpria sade, at o limite de vinte equatro meses, cumulativo ao longo do tempo de servio pblicoprestado Unio, em cargo de provimento efetivo (art. 102, inc.VIII, al. b)

    Licena por motivo de acidente em servio ou doena profissional(art. 102, inc. VIII, al. d)

    Licena para capacitao, conforme dispuser o regulamento (art.102, inc. VIII, al. e)

    Licena por convocao para o servio militar (art. 102, inc. VIII,al. f)

    Deslocamento para a nova sede por remoo, redistribuio,requisio e afins (art. 102, inc. IX);

    Participao em competio desportiva nacional ou convocaopara integrar representao desportiva nacional, no Pas ou no

    exterior, conforme disposto em lei especfica (art. 102, inc. X);

    Com efeito, em tais situaes, o prazo de trinta dias ser contado apartir do trmino da licena ou afastamento.

    10. (TCNICO JUDICIRIO - TRF - 1 REGIO - FCC/2007)Orfeu, aprovado no concurso pblico para provimento do cargode tcnico judicirio - rea administrativa, est tomando

    providncias para tomar posse. Dentre elas, e com o que dispe

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    expressamente a Lei n 8.112/90, dever, no ato da posse,

    apresentar as declaraes:a) da ausncia de processos administrativos, e de valores queconstituem seu patrimnio, observando que a posse de naturezapersonalssima e sem procurao.b) do estado civil, e dos bens que constituem o patrimnio conjunto, secasado, ou isolado, se solteiro, sendo que a posse poder ocorrermediante qualquer procurao por instrumento pblico.c) da ausncia de antecedentes criminais, e quanto ao exerccio ou node outro cargo ou funo pblica, sendo vedada a posse por qualquermodalidade de procurao.d) de bens e valores que constituem seu patrimnio, e quanto aoexerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica,observando que a posse poder dar-se mediante procurao especfica.e) de que no responde a quaisquer aes judiciais, e quanto aoexerccio de outro cargo pblico efetivo ou em comisso, sendo que aposse poder ocorrer por procurao ad juditia ou geral.

    Gabarito: Alternativa D.

    Comentrio:

    Como j pudemos observar, a investidura em cargo pblico ocorre coma posse, podendo ocorrer por meio de procurao especfica.

    A posse se dar pela assinatura do termo de posse, onde constaro asatribuies, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes aocargo, em conformidade com o regime jurdico dos servidores.

    Assim, no ato da posse, alm de demonstrar os requisitos legais parainvestidura no cargo (nacionalidade brasileira, gozo dos direitospolticos, quitao com as obrigaes militares e eleitorais, nvel deescolaridade exigido para o exerccio do cargo, idade mnima de dezoitoanos e aptido fsica e mental), dever o servidor apresentar:

    Declarao de bens e valores Declarao de acumulao ou no de cargos, emprego ou funo

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    Art. 13. 5 No ato da posse, o servidor

    apresentar declarao de bens e valores queconstituem seu patrimnio e declarao quanto ao

    exerccio ou no de outro cargo, emprego ou

    funo pblica.

    Assim, a alternativa correta a d, tendo em vista que o servidor noato da posse dever apresentar declarao de bens e valores queconstituem seu patrimnio, e quanto ao exerccio ou no de outrocargo, emprego ou funo pblica, observando que a posse poder dar-

    se mediante procurao especfica.

    O erro nas demais alternativas est em:

    A no precisa demonstrar a ausncia de processos administrativos.E, ademais, lembremos que a posse pode se d por procuraoespecfica. O exerccio que ato personalssimo, e no pode ocorrerpor procurao.

    B no necessrio apresentar declarao de estado civil. E adeclarao de bens independe desse estado. Ademais, a procuraodeve ser especfica. Significa dizer que somente para o ato de posse,no podendo ser uma procurao dada para quaisquer atos.

    C no exige a lei demonstrao de ausncia de antecedentescriminais, como regra. Conforme observamos os requisitos so:nacionalidade brasileira, gozo dos direitos polticos, quitao com asobrigaes militares e eleitorais, nvel de escolaridade exigido para oexerccio do cargo, idade mnima de dezoito anos e aptido fsica e

    mental.

    No entanto, perceba que poder a lei estabelecer outros requisitos.Assim, imagine um concurso para preenchimento de vaga na PolciaFederal. Obviamente que o exame de vida pregressa avaliar acircunstncias da vida do candidato, exigindo-se as certides militares,criminais estadual, federal, civis, a fim de verificar a existncia deantecedentes ou outras hipteses que desabone a conduta docandidato, tendo em vista a natureza do cargo a ser ocupado.

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    E, por fim, vale o mesmo ressaltado anteriormente, a procurao temque se especfica, ou seja, para fins de posse no cargo tal em nome do

    servidor fulano de tal.

    E como destacado, em regra, no se exige a demonstrao de queno responde a quaisquer aes judiciais. A procurao deve serespecfica, no sendo o caso de procurao ad juditia (poderes paraagir, atuar em juzo) ou geral (para todos os atos civis). Repito, temque ser procurao especfica.

    11. (TCNICO JUDICIRIO - TRF 1 REGIAO - FCC/2007). Noque diz respeito ao regime jurdico do servidor pblico federal, legal e tecnicamente correto afirmar que:a) o exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo pblicoou da funo de confiana.b) o salrio a retribuio pecuniria pelo exerccio de cargo pblico,com valor fixado em lei.c) o funcionrio pblico a pessoa que ocupa cargo pblico criado pordecreto do Poder Executivo.

    d) a remunerao o valor-base do cargo em exerccio, no acrescidodas vantagens pecunirias.e) as vantagens consistem em indenizaes e gratificaes, e sempre seincorporam ao vencimento.

    Gabarito: Alternativa A.

    Comentrio:

    Nos termos do art. 15 da Lei n 8.112/90, o exerccio o efetivo

    desempenho das atribuies do cargo ou da funo confiana. Trocandoem midos o efetivo dia em que o servidor comea a exercer suasatribuies.

    Art. 15. Exerccio o efetivo desempenho das

    atribuies do cargo pblico ou da funo de

    confiana

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    Ento se imagine na seguinte situao. Voc est estudando bastante e

    obtm a sonhada aprovao no concurso do MJ. nomeado, tomaposse. E se apresenta ao seu setor para exercer as atribuies do seucargo, ou seja, entra em exerccio. (ser um dia especial, no ?)

    Esse momento especial que d incio contagem do tempo de serviopara todos os efeitos, tal como: frias, eventuais promoes, licenacapacitao etc.

    Outra coisa, a Lei diz que voc tem 30 dias para tomar posse, e mais 15para entrar em exerccio.

    Meus amigos, pra que esperar isso tudo!(risos) Voc foi nomeado! Vao DRH, tome posse e entre em exerccio no mesmo dia, no d sopa!Quanto antes voc entrar, melhor!

    No caso de funo de confiana, o exerccio coincidir com a data depublicao do ato de designao, salvo afastamentos ou impedimentoslegais, quando recair no primeiro dia til aps o trmino doimpedimento, que no poder exceder a trinta dias da publicao. (art.

    15, 4)

    Ento, observamos que:

    A correta, conforme art. 15 do RJU, o exerccio o efetivodesempenho das atribuies do cargo pblico ou da funo deconfiana.

    B errada. Salrio contraprestao pecuniria paga ao empregado.

    A retribuio pecuniria pelo exerccio de cargo pblico, com valorfixado em lei, denominada vencimento, conforme art. 40 do RJU.

    C errada. A expresso funcionrio pblico no mais usual.Subsiste ainda no Cdigo Penal (art. 327). Porm, no se utiliza maisno mbito administrativo. O termo mais adequado agente pblico, porenglobar todas as categorias de agentes (polticos, administrativos,honorficos, delegados, credenciados, por colaborao).

    Outrossim, ateno para o fato de que os cargos pblicos so sempre

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    criados por lei, e como regra, tambm a extino tem que se d por lei.Ressalvados os cargos vagos que podem ser extintos por decreto do

    Presidente (art. 86, inc. VI, CF/88)

    D errada. A remunerao a soma do vencimento bsico e dasvantagens pecunirias permanentes estabelecidas em lei, conformeprev o art. 41 do RJU.

    E errada. As vantagens consistem em: indenizaes, gratificaes eadicionais. E, no caos das indenizaes no se incorporam aovencimento ou provento para qualquer efeito.

    Art. 49. Alm do vencimento, podero ser pagas

    ao servidor as seguintes vantagens:

    I - indenizaes;

    II - gratificaes;

    III - adicionais.

    1 As indenizaes no se incorporam ao

    vencimento ou provento para qualquer efeito.

    12. (TCNICO JUDICIRIO - TRF 1 REGIAO - FCC/2007).Afrodite, tendo tomado posse e entrado em exerccio no cargode tcnico judicirio - rea administrativa, no satisfez ascondies do estgio probatrio, enquanto Zeus, tomou posse,mas no entrou em exerccio no prazo estabelecido. Diantedessas situaes, ocorrer:a) a demisso e a exonerao a pedido, respectivamenteb) a exonerao de ofcio, em ambos os casos.c) a readaptao especial e a demisso, respectivamente.d) a demisso de ofcio, em ambos os casos.e) o aproveitamento e a disponibilidade, respectivamente.

    Gabarito: Alternativa B.

    Comentrio:

    Temos duas formas de vacncia de cargos pblicos, sendo em um caso

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    o servidor que fora inabilitado em estgio probatrio e noutro caso,

    servidor nomeado que no entrou em exerccio.

    Em relao a essa ltima situao pudemos constatar que o servidorser exonerado, ou seja, o servidor nomeado para ocupar cargo pblicoque no entra em exerccio no prazo legal, ser exonerado.

    No tocante a inabilitao em estgio probatrio, tambm ocorrer aexonerao do servidor. Salvo no caso do servidor estvel no serviopblico, que ser reconduzido para o cargo que anteriormente ocupava.

    Ento, ocorrer a exonerao de ofcio em ambos os casos.

    13. (AGENTE PENITENCIRIO FEDERAL DEPEN FUNRIO/2009) Com relao ao provimento de cargo pblico correto afirmar:A) A ascenso de nvel mdio para superior dar-se- preferencialmentepor processo seletivo interno.B) A investidura em cargo pblico depender de prvia aprovao em

    concurso pblico de prova ou ttulos.C) A posse para os cargos de livre nomeao e exonerao dependerde aprovao em procedimento simplificado pblico.D) O concurso pblico, para investidura em cargo pblico, ter validadede at 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igualperodo.E) A investidura de servidores pblicos autrquicos no se sujeita aaprovao por concurso pblico.

    Gabarito: Alternativa D.

    Comentrio:

    H duas formas de provimento em cargo pblico. O provimentodenominado originrio, ou seja, quando o agente no tem vnculoanterior com o cargo a ser ocupado, e o provimento derivado, quandoh um vnculo anterior.

    O derivado poder ser vertical (elevao funcional) ou horizontal

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    (mudana de cargo do mesmo nvel).

    So formas de provimento: a) nomeao; b) promoo; c)readaptao; d) reverso; e) aproveitamento; f) reintegrao; e, g)reconduo.

    A nomeao a nica forma de provimento originrio, todas as demaisso provimentos derivados.

    Nomeao a indicao de uma pessoa para ocupar um cargo pblico,podendo ser de provimento efetivo, que se dar em virtude deaprovao em concurso pblico de provas ou provas e ttulos, ou,comissionado, que de livre nomeao e exonerao.

    As demais formas so derivadas. A vertical a promoo, a horizontal a readaptao, as outras so por reingresso.

    Readaptao a investidura de servidor, ocupante de cargo efetivo,em cargo de atribuies e responsabilidades compatveis com alimitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental.

    Aqui se aplica ao servidor estvel ou no, e sempre precedida deinspeo mdica, pois se o servidor for julgado incapaz seraposentado.

    A readaptao dever observar o seguinte: atribuies condizentes comsua limitao; habilitao exigida para o cargo; mesmo nvel deescolaridade e equivalncia de vencimentos.

    Reintegrao o retorno, ou investidura, do servidor estvel ao cargoanteriormente ocupado em razo de ter sido invalidada, por decisoadministrativa ou judicial, sua demisso.

    O servidor reintegrado ter direito ao ressarcimento de todas asvantagens durante o perodo de seu afastamento.

    Se o cargo que ocupava tiver sido transformado em outro, voltar parao cargo objeto da transformao. Se extinto, ficar em disponibilidade.

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    Reconduo o retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente

    ocupado em decorrncia de inabilitao em estgio probatrio ou porreintegrao do anterior ocupante.

    Aproveitamento o retorno do servidor posto em disponibilidade e,por isso, estvel, a cargo de atribuies e vencimentos compatveis como anteriormente ocupado.

    Reverso o retorno atividade do servidor aposentado. Ocorre noscasos de aposentadoria por invalidez quando Junta Mdica declararinsubsistentes os motivos da aposentadoria, ou por aposentadoriavoluntria, no interesse da administrativa, e desde que no tenhaocorrido h mais de cinco anos, sendo o servidor estvel quando emestava na ativa, havendo cargo vago, e ter ocorrido a solicitao deretorno.

    Promoo a elevao funcional do servidor dentro de uma carreira,ou seja, a passagem de um servidor de uma categoria/classe paraoutra.

    Assim, por exemplo, Delegado de Polcia de terceira categoria, sendopromovido, por antiguidade ou merecimento, para Delegado de Polciade segunda categoria, depois, primeira e, por fim, para a categoriaespecial.

    importante destacar que a Lei n 8.112/90 trazia a previso daascenso e da transferncia.

    A ascenso era a modalidade de provimento por transposio ou

    verticalidade, de modo que o indivduo tinha acesso a outro cargo, denvel superior ao que ocupava, sem concurso pblico. Referidamodalidade foi revogada pela Lei n 9.527/97, pois estava suspensapelo STF que certamente a declararia inconstitucional.

    Na transferncia o servidor passava de um cargo para outro emrgos ou entidades distintas. Por tambm ser inconstitucional, foiobjeto de revogao pela Lei 9.527/97.

    Diante disso:

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    A errada. No h a forma de provimento por ascenso. Tambm noh previso de realizao de processo seletivo interno.

    B errada, pois a investidura em cargo pblico depende de prviaaprovao em concurso pblico de PROVAS ou PROVAS E TTULOS.

    C errada. Os cargos comissionados no dependem de prviaaprovao em concurso pblico, so cargos de livre nomeao eexonerao.

    E errada. A investidura de quaisquer servidores pblicos ocupantesde cargos efetivos sujeita a aprovao por concurso pblico.

    Correta a alternativa D. De fato, o concurso pblico, parainvestidura em cargo pblico, ter validade de at 2 (dois ) anos,podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo.

    14. (ANALISTA ADMINISTRATIVO INSS - FUNRIO/2009) O

    Instituto Nacional de Meio Ambiente Florestal, autarquia federalvinculada ao Ministrio do Meio Ambiente, em obedincia Portaria Ministerial, realiza concurso interno (ascensofuncional), restrito aos seus servidores de nvel mdio, comvista ao preenchimento de vagas de nvel superior de seuquadro funcional. O concurso interno constar de provas e doexame de ttulos, sendo a banca examinadora constituda porservidores do Ministrio da Fazenda, de forma a garantir aimpessoalidade do certame. O edital do concurso interno foi

    publicado no Boletim Interno da Autarquia, sendo aberto umprazo de 15 (quinze) dias para as inscries, mediante acomprovao do trmino de graduao de nvel superior,recolhimento de taxa, fixada em R$ 150,00 (cento e cinqentareais) e a assinatura de termo de compromisso de que ocandidato, caso logre xito, ir tomar posse no novo cargo. Comrelao ao procedimento em questo, correto afirmar queA) o concurso a ser realizado irregular, somente pelo fato de no terhavido a publicao do edital no Dirio Oficial da Unio e pelo fato de o

    prazo de inscrio ser inferior a 30 (trinta) dias.

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    B) o concurso a ser realizado regular, uma vez que autorizado pelaAutoridade Ministerial, sendo dispensvel, em face de sua natureza, a

    publicao no Dirio Oficial.C) o concurso a ser realizado irregular, uma vez que o SupremoTribunal Federal, em Ao Direta de Inconstitucionalidade, considerouinconstitucional a ascenso funcional, atravs de concurso interno.D) o concurso a ser realizado somente ser regular, se o ato daAutoridade Ministerial for homologado pela Presidncia da Repblica,por se tratar de ato administrativo complexo.E) o concurso irregular, uma vez que em certames dessa natureza,no tem cabimento a realizao da verificao de ttulos.

    Gabarito: Alternativa C.

    Comentrio:

    Veja que se trata de um servidor nvel mdio que pretende alar aocargo de nvel superior (analista). Todavia, pretende-se faz-lo semconcurso pblico, mas por meio de concurso interno.

    Duas coisas importantes. Primeiro no permitido a realizao deconcurso interno para preenchimento de cargos pblicos. Segundo, aascenso funcional violava o princpio da isonomia, da acessibilidade porconcurso pblico e, por isso, foi suspensa inicialmente pelo STF emmedida cautelar em ADI e, posteriormente, foi revogada pela Lei9.527/97.

    Ento, a alternativa Aest errada porque no irregular SOMENTEpelo fato de no ter publicado e pelo prazo ser inferior a 30 dias, masespecialmente pelo fato de que no h