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Autor: Leandro Zaine

Autor: Leandro Zaine - vetup.com.br · do vestibular. Após 1 ano de cursinho, tive a alegria de ingressar na Unesp ... E esse é o segredo aqui no primeiro ponto: quanto mais você

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Autor: Leandro Zaine

Introdução

Olá amigo(a)! É uma alegria para mim que você tenha em mãos esse material que preparei com um carinho bem especial.

No momento que escrevo esse agradecimento, celebro 10 anos de formado como médico veterinário. E nesses anos pude aprender bastante, em contato com diversos profissionais de várias partes do Brasil (e também de outros países).

O que me levou a pensar: “o que eu gostaria de saber no começo da minha trajetória ou, até mesmo, antes de eu me formar?”.

E a resposta a essa pergunta é o conteúdo desse ebook.

Acredito que se eu tivesse contato mais cedo com esses conceitos, certamente teria crescido bem mais rápido.

Então, espero que você aproveite essa oportunidade para acelerar o seu crescimento. Esse pequeno manual não tem a pretensão de ser um guia absoluto que, se for seguido literalmente, garantirá que você tenha sucesso.

No entanto, a reflexão sobre cada ponto que eu selecionei, te ajudará a adotar novos comportamentos e a fazer boas escolhas!

E deixo a sugestão que mais importante do que a leitura, são as atitudes. Se em vez de decorar os 10 pontos, você praticar exaustivamente apenas 1, com certeza isso te ajudará muito mais!

Note que eles não estão em ordem de importância, mas são complementares.

Certamente, podem existir outros pontos importantes a serem desenvolvidos, mas acredito que esses 10 são um ótimo início!

Boa leitura!

Leandro Zaine

Apresentação pessoal

Muito melhor que aquela descrição chata de currículo, é eu poder te contar um pouco da minha história (pode conhecer mais no episódio 16 e 20 do nosso podcast). Não fui aquela criança que falava desde pequeno que queria ser veterinário. Meu interesse pela carreira surgiu já mais perto do vestibular. Após 1 ano de cursinho, tive a alegria de ingressar na Unesp em Araçatuba. Durante a faculdade não fui o aluno mais interessado da turma, mas não tive nenhuma reprovação. Sempre busquei uma formação complementar, fazendo estágios, participando de eventos, me envolvendo na organização da nossa semana acadêmica, sendo representante discente no conselho de curso de graduação.

Nos estágios curriculares, optei pela área de nutrição, na qual logo ingressei no mestrado. Segui o caminho natural e avancei para o doutorado, continuando minha linha de pesquisa. Minha carreira andava para seguir os passos de meus pais e me tornar também professor universitário. E isso não aconteceu por muito pouco. No segundo ano de doutorado, prestei um concurso para professor em uma Universidade Federal. Eu fui bem na prova, tinha o melhor currículo, mas, na prova didática (uma aula sobre um tema sorteado na véspera), eu simplesmente “esqueci” de abordar metade do assunto. Isso jogou minha nota para baixo e fez com que eu ficasse em segundo lugar (felizmente!).

Esse “incidente” me deixou bem perdido sobre o que fazer. Então, eu tive o chamado de um amigo para ir a São Paulo fazer o suporte nutricional de um cão internado. Isso me animou muito, pois vi como meu trabalho poderia fazer a diferença na vida de pacientes. Além disso, vislumbrei uma grande oportunidade de mercado, pois em uma cidade imensa como São Paulo, praticamente não haviam profissionais atuando na área. Foi então que decidi que após terminar meu doutorado, iria “cair no mundo” e seguir uma carreira alternativa, optando por trabalhar com nutrição clínica, em hospitais e clínicas particulares.

E essa tem sido minha carreira desde então. No entanto, isso não poderia ser de forma tão linear assim. A nova mudança ocorreu quando fui convidado por um amigo professor a dar uma palestra em uma universidade. Logo antes

da palestra, ele me pediu para que falasse para os alunos como estava o mercado de trabalho, como era a remuneração média do veterinário e outros fatos para trazer um pouco dessa realidade para eles. Esse foi o momento do “click”. Senti que tudo que precisei aprender para me estabelecer, eu poderia levar a quem ainda não se formou.

Passei então a estudar (e aplicar) cada vez mais o empreendedorismo. E tomei como missão ajudar os veterinários e graduandos a se desenvolverem, para que tenham mais sucesso em suas carreiras e coloquem todo seu potencial em prática. E, por isso, você está lendo isso nesse momento.

O seu sucesso, de 01 a 10

O objetivo desse ebook é ser um manual rápido, então vamos à apresentação dos pontos:

1) Viver a verdadeira vocação Esse primeiro ponto pode parece algo “espiritual”, “místico”, mas não necessariamente é isso. Pare e observe: como pessoas que vivem em ambientes semelhantes, as vezes até dentro da mesma casa, tem gostos tão diferentes? Isso quer dizer que cada um é único e o que te motiva pode funcionar bem para você, mas não para um irmão ou amigo.

E esse é o segredo aqui no primeiro ponto: quanto mais você viver próximo a fazer o que gosta, mais realizado você será! Por favor não confunda com “ter uma vida que eu SÓ faço o que gosto”. Para se ter sucesso é necessária disciplina e persistência, muitas vezes para fazer algo que não gostamos tanto no momento, mas que teremos uma

recompensa maior a longo prazo (isso é assunto para o Ponto 04).

Isso pode parecer óbvio, mas a maioria das pessoas acaba se afastando dessa vocação. Muitas das nossas escolhas são influenciadas pela conformidade social: a opinião das outras pessoas conta muito ao optarmos por algo. A busca por uma carreira que “dá dinheiro” também é algo que vemos. Quem nunca ouviu: “me falaram para fazer medicina, pois veterinária não dá dinheiro...”? O retorno financeiro e admiração pelas outras pessoas pode até acontecer, mas a satisfação pessoal e a alegria podem nunca vir.

A maior parte do tempo da sua vida quando acordado, será gasto no trabalho, então se este não for algo prazeroso, como será sua qualidade de vida? O seu trabalho deve estar ligado a essa vocação. Todas as pessoas têm um talento natural, mas infelizmente a grande maioria acaba não descobrindo isso. Espero que você não faça parte da triste estatística dos que passaram pela vida sem saber no que eram realmente bons.

Uma pergunta importante que você pode se responder é: “se eu tivesse ganhado na mega-sena e tivesse dinheiro para passar o resto da minha vida, mesmo assim eu seria veterinário?”.

Em uma palestra recente que fiz para um grupo de estudantes, a maioria respondeu: “eu nunca mais trabalharia!”. Isso, para mim, foi bastante preocupante, pois pode indicar uma falta de vocação naquilo que estão seguindo.

Se o dinheiro for a primeira busca, quando você obtiver sucesso financeiro, o que te motivará a continuar trabalhando?

indicar uma falta de vocação naquilo que estão seguindo. Se o dinheiro for a primeira busca, quando você obtiver sucesso financeiro, o que te motivará a continuar trabalhando?

2) Gostar de animais De certa forma, é bem óbvio esse ponto, já que optamos por trabalhar com animais. Mas, na prática, muitas vezes não é isso que é percebido. Temos uma profissão bastante ampla e a sua relação com os animais para cada área é bem distinta, mas alguns pontos comuns valem a reflexão.

Por exemplo, um veterinário que trabalha em uma clínica particular e não suporta um cão latindo. Ou tem alergia e não gosta do comportamento de um gato. No dia-a-dia vejo que o veterinário se aprofunda cada vez mais na parte técnica, mas deixa de lado o animal e seus tutores. Costumo falar que muitas vezes o veterinário parece um mecânico consertando um carro.

Procura saber qual é a peça defeituosa e se há conserto. Se não houver, se

declara friamente que foi perda total e não há nada a ser feito (eutanásia). É importante lembrar que o nosso trabalho só existe pois há pessoas que gostam e criam animais, seja como companhia ou como fontes de alimentos. No entanto, o “gostar de animais” vai ficando um pouco de lado na rotina e passamos a trabalhar de uma forma cada vez mais mecânica. O problema disso é que vamos nos desconectando do nosso propósito (Ponto 01) e a vida profissional passa a ser menos empolgante.

Te dou um exemplo pessoal. Quando eu coloco minhas metas do número de pacientes que gostaria de atender por mês, não gosto de colocar uma meta financeira, mas gosto de colocar o número de “vidas salvas”. Isso tem um grande poder de me reconectar com meu propósito de ajudar animais. Ao fechar o balanço ao final do mês, eu não me restrinjo ao número de casos atendidos ou X reais recebidos, mas faço um acompanhamento da meta de quantas vidas eu ajudei a salvar. Você pode ter certeza que isso tem um poder indescritível na minha motivação!

Não falo que você precise fazer exatamente dessa forma, é só uma ideia de como colocar o “gostar de animais” a seu favor, para te ajudar a ter mais resultados. Tente evitar essa armadilha de cair na rotina e no final das contas se ver trabalhando apenas pelo dinheiro.

3) Criatividade Na estatística, quando montamos um gráfico com vários pontos, cada um representando uma medida, obtemos uma curva. Quando alguns pontos saem dessa curva, são chamados “outliers”. Para eliminar esses “esquisitões” realizamos alguns testes estatísticos e temos resultados mais padronizados.

Será que não é o mesmo que acontece na sociedade como um todo? Você já sentiu que não se encaixava naquela estrutura e se questionou por que todo mundo agia daquela forma? Se sim, provavelmente essa postura sua foi desencorajada e você foi criticado. E pode ser que com o tempo você deixou de contestar. Não só na estatística, a sociedade também tenta eliminar os pontos fora da curva e deixar todo mundo padronizado.

Vamos assumir então que essa padronização seja boa e importante para a organização da sociedade. Mas olhe ao seu redor. Você está vendo pessoas altamente felizes, realizadas, equilibradas, saudáveis, sem vícios? Para mim, essa padronização está matando muitos talentos e produzindo muita frustração. E o que vejo é que por aí “não está tudo bem”. Infelizmente a sociedade está cada vez mais egoísta e infeliz.

Uma solução para isso é a criatividade. É acreditar que você é alguém único e a partir de você podem nascer ideias incríveis! Mas só conseguiremos fazer isso se mantivermos a nossa individualidade; em ter a coragem de sermos “outliers” e sermos aqueles que farão a diferença.

Já que o nosso ensino formal não nos ensina a ser criativos, quero deixar para você algumas dicas de como praticar isso. Primeiro, você deve ter a disposição para sempre aprender, em qualquer situação. Uma forma de se fazer isso é questionar como as coisas são feitas: por que o veterinário está sempre com um jaleco branco e um estetoscópio pendurado no pescoço? Por que precisamos estudar um monte de matéria para a prova sendo que depois esqueceremos da maior parte? Ser “inconformado” te ajuda a ser criativo, pois na resposta a essas perguntas podem surgir inovações.

E essa é a segunda dica: buscar soluções para problemas. Esse é um exercício poderoso de criatividade. Em nosso curso, fizemos isso em uma das aulas. Propusemos um problema e pedimos para os alunos trazerem várias soluções. O interessante que a resposta mais relevante que tivemos foi uma ideia bem simples, que mostrou o envolvimento do aluno na resolução do problema. Então fica a sugestão, bole novas

soluções para problemas antigos e pratique ser mais criativo!

4) Planejar-se Pense em uma viagem de férias importante que você fez. Qual foi seu primeiro passo para isso? Entrar no carro ou pegar um avião?

Certamente não, existem muitas etapas antes disso. Essa viagem começou no momento da concepção da ideia por

você ou alguém de sua família. Depois disso, você pode ter pesquisado um pouco mais sobre o seu destino: quais os comentários de quem já

foi, o que tem para fazer, como você chega lá, quanto deve gastar, etc. Então, definirá detalhes mais práticos como a data da viagem, quantos

dias irá ficar, o orçamento total, etc. A partir daí, seguirá uma sequência de tarefas para que você desfrute dessas sonhadas férias!

Se eu te falo que praticamente ninguém sai para uma viagem de férias simplesmente entrando no carro e dirigindo sem saber para onde ir, você provavelmente deve concordar comigo. Uma mulher perguntaria: mas que roupa eu preciso levar? Vai estar frio? Quantos dias ficaremos?

O planejamento da sua carreira pode ser encarado de uma forma semelhante. Do mesmo jeito que você pode sair para uma viagem sem rumo, iniciar uma carreira sem rumo pode levar a um desgaste desnecessário. No entanto, é isso que acontece com a maioria de nós (talvez seja o que aconteceu comigo no começo).

Sabe quem será um bom guia de viagem para você? Um habitante nativo do local que você quer visitar! Ele saberá detalhes preciosos que vão te ajudar a aproveitar muito mais sua viagem. Podemos traduzir isso em: o início do seu planejamento de carreira pode incluir um bate-papo com um profissional experiente da área que você se interessa em atuar.

Confirmando seu interesse na viagem, aí você terá que ver alguns detalhes: dinheiro para levar (investimento na compra de equipamentos), aprender o idioma do local (cursos que você precisa fazer para estar capacitado naquela área de atuação), entender as condições climáticas (relação dos profissionais dessa área com o mercado, colegas e clientes), onde se hospedar (ponto ideal para montar seu negócio).

Imagine também que você tem um grande sonho de fazer uma viagem internacional, para a Europa! Para a maioria das pessoas, não é algo que se pode decidir “do dia para a noite”. É necessário um bom planejamento e economias para que esse

grande feito aconteça. Pode exigir, por exemplo, que você deixe de jantar naquele restaurante favorito durante 1 ano e opte por cozinhar em casa para economizar. No momento inicial parecerá uma grande renúncia, mas só você saberá a alegria quando sua viagem se concretizar e você sentir que seu planejamento deu certo! O problema disso é que a maioria de nós opta pela recompensa imediata (jantar no restaurante favorito) e acaba nunca tendo uma grande realização.

Essa é uma forma prática que montei para te ajudar a enxergar o planejamento. Em resumo, é necessário se prever aonde quer chegar e definir um plano de ações com as etapas passo a passo para que isso se concretize.

5) Administrar o tempo A maioria das pessoas que vemos por aí está extremamente ocupada, “na maior correria”. Trabalham, correm de um lado para o outro e alegam que não têm tempo para cuidar da sua saúde, família, lazer.

Por mais que alcancem um crescimento profissional (e até financeiro), ainda se sentem frustradas com essa falta de equilíbrio na vida, a rotina passa a ficar mais monótona. Se analisarmos a agenda dessas pessoas, vemos que na verdade não falta tempo, mas falta saber usar melhor o tempo que elas têm. Uma pergunta importante que eu aprendi com um professor é: “você está ocupado ou está produzindo?”. Ou seja, das horas de trabalho (ou estudo) do seu dia, em quantas, de fato, você está produzindo algo que realmente traz resultado?

Ao aprendermos a usar melhor nosso tempo, conseguimos produzir mais em menos horas. Afinal, essa rotina de trabalho de

se ter hora para entrar e hora para sair não faz muito sentido (exceto para cargos em que se faça um atendimento direto ao público em horários estabelecidos). Se você consegue produzir o resultado esperado em um tempo melhor, não é justo que você tenha mais tempo para praticar um hobby que você curte?

Para te ajudar nesse gerenciamento do tempo, recomendo o livro “A Tríade do Tempo” (Editora Sextante) de um excelente profissional e uma pessoa que admiro muito, o Christian Barbosa. O autor também produz excelentes materiais para as redes sociais, vale a pena acompanhar!

6) Gostar de pessoas É uma grande ilusão acharmos que cursamos medicina veterinária só para lidar com animais. Afinal, nosso código de ética diz que temos como dever: “aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício dos animais e do homem” (Capítulo II, Art. 6º). Então, lidar com pessoas faz parte do negócio e ponto!

Teremos que lidar com clientes, chefes, funcionários. E essas pessoas serão fundamentais para o nosso crescimento, pois ninguém vai muito longe sozinho. Por isso, quanto melhores forem nossos relacionamentos, mais cresceremos.

O interessante é que isso não é um dom, mas algo que pode ser aprendido e desenvolvido. Não é algo apenas para as pessoas naturalmente comunicativas e extrovertidas, mas está ao alcance de qualquer um que tenha força de vontade.

O manual clássico para praticarmos isso (e é uma leitura obrigatória para grandes líderes) é a obra de Dale Carnegie: “Como fazer amigos e influenciar pessoas”. No livro aprendemos muitas técnicas que facilitarão muito as nossas relações. Eu poderia resumir esses

conceitos em algo bem simples: aprender que não somos o centro do universo e existem outras pessoas com sentimentos e necessidades. Se conseguirmos praticar isso e desenvolver a empatia (capacidade de se colocar no lugar da outra pessoa) as nossas relações serão fortalecidas e o nosso crescimento vai realmente acontecer. Se ficarmos muito focados em nós mesmos e sempre desconfiados em relação às outras pessoas, corremos o risco de ter próximos a nós somente quem se interessa pelo dinheiro.

7) Administrar o dinheiro Recordo que durante meu doutorado eu era bolsista da FAPESP e recebia aproximadamente R$ 2.100,00 no primeiro ano de bolsa. Isso me garantia uma vida confortável em Jaboticabal, morando sozinho e tendo alguns confortos. Para melhorar, eu recebi dois aumentos consecutivos, o primeiro foi um reajuste anual da entidade e o segundo foi devido eu ter passado para o segundo ano de bolsa.

O que aconteceu foi quem em 2 meses, eu estava recebendo R$ 2.800,00, um aumento de mais de 30%! Sabe o que eu fiz com esse dinheiro? Se você souber me explica, pois eu não sei até hoje. Eu passei a receber mais e gastar mais e nada sobrou. Isso por um despreparo meu para lidar com as finanças. E aprender a lidar melhor com isso é vital para o nosso crescimento.

Numa sociedade de consumo, cada vez mais temos estímulos para gastar, no entanto esse gasto imediato pode estar comprometendo nosso ganho futuro. Educação financeira também é algo que se aprende! Eu não tenho a intenção de te ensinar isso nessas poucas linhas, mas alerto que não somos preparados para isso, e esse fator estrangula bastante o nosso crescimento.

Calma não se desespere!

Acredito que um conselho básico é: não gaste tudo que você ganha! Existem técnicas por trás disso, mas se você puder sempre poupar, terá dinheiro para o seu futuro e realizar seus sonhos.

Sinceramente, esse é um tópico que ainda preciso me aprimorar. Por isso, no momento que escrevo esse texto, estou fazendo um curso online de planejamento financeiro que com certeza irá me ajudar muito!

8) Estar atento às novas tecnologias Você usa um pendrive? Se eu te perguntasse isso 5 anos atrás você diria que tem vários, para armazenar seus arquivos e levar de um computador a outro. Mas há 15 anos, quando eu estava na graduação, era algo ainda incomum. Lembro que nessa época eu fazia backup dos meus arquivos em CD, que eu gravava para não correr risco de perder os dados.

Hoje em dia até a tecnologia do pendrive está se tornando obsoleta, com a grande parte dos arquivos sendo armazenados em nuvem. Isso permitiu que em nossos primeiros cursos de empreendedorismo, eu fizesse as gravações na minha casa e compartilhasse para que o Cristian pudesse editar os arquivos na casa dele, em outra cidade.

Com essa mudança muito rápida trazida pela tecnologia, é preciso estar atento para não ficar para trás. Pode parecer meio futurista, mas carros que se locomovem sem um motorista já são uma realidade em algumas cidades dos Estados Unidos. E tenho falado que essa mudança também deve atingir a nossa área. Muitas atividades que hoje fazemos não existirão daqui um tempo e muitas novas surgirão. Todas as profissões que puderem ser substituídas por uma máquina, estão sob risco de desaparecer.

As dicas para você se manter atualizado são acompanhar as novidades e tendências. Pode ser lendo sites de notícias, participando de feiras de tecnologia, conhecendo pessoas que trabalham na área, lendo livros, etc. Certamente se ficarmos fechados no mundinho da Medicina Veterinária, logo seremos engolidos pelas tecnologias.

9) Conviver com mentores Um pouco sobre isso, já foi falado no Ponto 04, mas, de fato, as pessoas com quem você convive têm grande influência nos resultados que você obtém. O palestrante motivacional americano Jim Rohn costumava falar: “Você é a média das 5 pessoas com quem mais convive”. Essa frase é muito repetida no meio empresarial e nas minhas palestras eu sempre pergunto: como está a sua média?

Posso falar que eu elevei bastante a minha média nos últimos anos, convivendo menos com pessoas que não me levavam a avançar (falo mais sobre isso no episódio 07 do nosso podcast). E incluí na minha vida pessoas que de fato fazem acontecer e vão me levar para cima

junto. Essas pessoas são os chamados “mentores”. São aqueles que já trilharam um caminho e sabem seus atalhos e vão poder te apontar se você está indo na direção certa ou não.

Como incluir essas pessoas na sua vida? Muitas vezes só pedindo, fazendo um estágio, marcando um bate-papo. Várias pessoas que estão em um ponto mais avançado da trajetória sentem um grande prazer em auxiliar quem está começando, sem cobrar nada por isso!

Além disso, você pode eleger mentores “sem que eles saibam” e hoje em dia com as redes sociais, isso é bem mais fácil. Um deles para

você acompanhar é o Flavio Augusto, do Geração de Valor; ele produz excelente conteúdo sobre empreendedorismo que vai te influenciando de uma forma muito positiva.

Podcasts são uma ótima opção, pois você ouve o áudio no momento que está ocupado com outra atividade. Por isso, criamos o nosso podcast e tenho feito entrevistas com grandes profissionais da nossa área. Para inspirar você e mostrar alguns atalhos para o seu caminho.

10) Qualidade técnica Chegamos ao último ponto! Você pode notar que até então falei de aspectos mais gerenciais e comportamentais, sem abordar assuntos técnicos. Frisei os aspectos anteriores, pois são os que não aprendemos na faculdade. No entanto o preparo técnico sempre será importante e não pode ser deixado de lado!

O nível técnico geral de nossa profissão no Brasil ainda deixa a desejar e para ser um profissional diferenciado é fundamental que você invista no seu aprimoramento constante. Como os conhecimentos se renovam rapidamente, é importante que você se mantenha atualizado, participando de congressos, fazendo estágios, lendo novos artigos científicos, produzindo pesquisas. Tudo isso irá garantir que você esteja ligado ao que tem de mais atual e te permitirá praticar uma Medicina Veterinária de excelência.

Talvez chegue um momento que com o seu crescimento você deixe de atuar diretamente na área técnica e passe a ser mais um gestor. Nesse momento então, a sua função será de zelar pela qualidade técnica e aperfeiçoamento constante da sua equipe.

Conclusão Agradeço por você ter concluído essa leitura! Em um mundo de tantos estímulos, sei como foi valiosa a sua atenção por todo esse texto.

Sei que ainda tenho muito a aprender (e estou me dispondo a isso diariamente), mas acredito que o que já vivi nessa trajetória possa te levar a pensar em pontos importantes para o seu crescimento. Eu não tenho a pretensão de ser um exemplo a ser seguido, mas, se terminando essa leitura, você puder refletir um pouco sobre a sua vida, me dou por satisfeito.

Se você quiser saber mais como desenvolver essas 10 competências (e muitas outras), nossos cursos têm o

objetivo de te preparar para isso. Neles abordaremos de uma forma muito prática e direcionada para você, como poderá se desenvolver. Além disso, estar em um grupo de pessoas (mentores e colegas) te ajudará muito no seu aprimoramento!

Sucesso! Eles esperam por você.

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