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MAPEAMENTO DO PROCESSO DE ATENDIMENTO A LICENÇA A MATERNIDADE
EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
Auxiliadora Alves Vasconcelos
MBA em Tecnologia da Informação e Internet - Universidade Paulista (UNIP)
Conjunto B - SGAS Quadra 913, s/nº - Asa Sul, Brasília - DF, 70390-130- Brasília/ DF -
Brasil.
ABSTRACT: This paper presents the study of the Process Management on service
license motherhood, turning to the Workflow technology, in order to better manage
organizational processes, either organizing or creating flow and automating offering
plasticity as the services provided to customers.
Key-words: Process Mapping, Bizagi, Workflow.
RESUMO: Este artigo apresenta o estudo sobre o Gerenciamento de Processos sobre
atendimento a licença a maternidade, voltando se para a tecnologia Workflow, no
intuito de melhor gerenciar os processos organizacionais, seja organizando ou criando
o fluxo e automatizando oferecendo a plasticidade quanto aos serviços prestados aos
clientes.
Palavras Chaves: Mapeamento de Processos, Bizagi, Workflow.
1. INTRODUÇÃO
Em tempos de acirramento da concorrência, verifica-se uma maior necessidade
de conhecer os processos pertinentes à empresa de forma clara, e desta forma saber
como implantar as mudanças que irão permitir o melhor resultado.
Desta maneira o aludido trabalho, remete ao uso do BPM, Business Process
Management, que em português significa: Gerenciamento de Processos de Negócio,
que será realizado em uma organização privada de ensino superior.
De acordo com SOLIMAN (1998), nota-se que o mais importante e fundamental
elemento na reengenharia de processos de um negócio consiste no entendimento dos
processos, ou seja, no mapeamento de tais processos. Por meio deste entendimento é
facilitado onde e quando existe a possibilidade de melhorar os processos. Neste
contexto, o mapeamento de processos é uma ferramenta que pode ser utilizada para
facilitar o gerenciamento e a identificação de pontos de melhoria em processos.
O BPM é uma técnica de gerenciamento de processos adaptável, tem por
finalidade sistematizar e facilitar processos organizacionais. O BPM permite que a
organização, em sua tomada de decisão, seja mais coerente tendo uma visão do
negocio como um todo.
Assim sendo, verifica-se que só pode melhorar aquilo que se pode gerenciar,
todavia, só pode gerenciar aquilo que se pode medir e, só pode medir aquilo que
realmente conhece como é executado.
Observa-se que as empresas que conhecem seus processos de forma clara,
estão à frente de muitas outras para gerenciá-las e até mesmo implantar melhorias
constantes.
2. PROCESSOS DE NEGÓCIO E MAPEAMENTO
A partir das disciplinas ministradas no curso de MBA em Tecnologia da
Informação e Internet, desperta- se o questionamento de como aprimorar o processo
de atendimento a Licença a Maternidade. Desta maneira apresenta se como intuito,
definir como deve ser o processo de atendimento a licença a maternidade, conhecendo
na íntegra o processo que ocorre na universidade, e utilizando o já como base para
aprimorar pontos do fluxo que necessite de aperfeiçoamento e posteriormente
automatizá-lo.
Contudo foi necessário o conhecimento da Instituição prestadora do serviço, de
como é realizado o processo e das pessoas envolvidas no mesmo. A técnica aplicada
foi o BPM, juntamente com o conhecimento teórico acerca das metodologias e
ferramentas empregadas no alcance da solução do problema proposto.
2.1 Processos
Para os professores MANGANELLI e KLEIN (1994): “Um processo é uma
série de atividades Inter relacionadas que convertem negócios de entrada em
negócios de saída”.
Segundo o professor HRONEC (1994): “Processo é uma série de
atividades que consomem recursos e produzem um bem ou serviço”.
A ISO 9000, conhecida como norma da qualidade, tem como pressuposto
básico a necessidade de a empresa organizar-se, por meio do conhecimento e
da documentação dos processos produtivos, para que cada atividade seja
realizada sempre da mesma forma, segundo as especificações que foram
testadas e documentadas no manual da qualidade.
Segundo MULLER (2003), o sucesso da empresa não provém da
melhoria de indicadores específicos, sejam de um ativo intangível ou da
qualidade de um processo. Verifica-se que é preciso que exista conexão destes
com os objetivos organizacionais estratégicos. A discussão da integração é
pertinente no sentido de contribuir para a melhoria de resultados dos planos
estratégicos desenvolvidos nas empresas, oferecendo prioridade aos processos
operacionais das mesmas.
Verifica-se que o fluxo de trabalho é somente um dos tipos de processo
empresarial, talvez o processo em que as atividades são mais interdependentes
e executadas em uma sequência específica. Todavia esta definição deixa de
fora processos que não têm início e fim explícitos ou cujo fluxo não é bem
definido. Assim, alguns desses processos têm um maior impacto que os outros
na própria viabilidade da empresa, como os processos ligados à sucessão na
empresa, ao desenvolvimento dos gerentes e à avaliação do desempenho do
pessoal (GONÇALVES, 2000a).
2.2 Mapeamento de Processos
Para O’BRIEN et al, (1994) o Mapeamento de Processo é uma técnica
utilizada para a compreensão da forma como um trabalho flui dentro da
organização. Esta técnica utiliza-se de diagramas de fluxo do processo que
fornece detalhes sequenciais de como uma tarefa é executada. Ele cria um
vocabulário que permite um estudo de como o atual processo funciona,
identificando problemas, limitações e oportunidades de melhoria através de
diagramas de fluxo de processo.
Observa-se que a visualização de processos possibilita um melhor
entendimento e uma melhor gestão do mesmo. Desta maneira, o mapeamento
de processos é uma ferramenta de auxílio visual para retratar relações de
processos de trabalho, ilustrando suas entradas, saídas e atividades. A
ferramenta consiste em identificar, documentar, analisar e viabilizar melhorias
em processos (ANJARD, 1996).
2.3 Modelagem de Processos
Fluxogramas;
Workflow;
UML – Linguagem de Modelagem Unificada;
Modelos de Relação entre Entidades;
Notação para Modelagem de Processos de Negócio – BPMN.
2.4 Business Process Management (BPM)
Para MULLER (2003), o gerenciamento de processos é elemento vital para a
consecução dos objetivos empresariais. Não se nega a necessidade da estrutura
funcional. Desta forma, entende-se que a estrutura deve existir para garantir o bom
funcionamento dos processos, subordinando-se a estes.
Segundo ENOKI (2006), verifica-se que as empresas estão buscando soluções
de integração dos processos fundamentadas em tecnologia da informação, de modo a
alcançar seus objetivos. O tema Gestão de Processos de Negócios ou Business
Process Management apresenta-se na literatura com foco principalmente na solução
tecnológica, ou seja, na abordagem dos fluxos de informação e integração dos
recursos organizacionais por meio de sistemas computadorizados mas, sem fornecer
maiores subsídios para a avaliação ou escolha do ponto de vista dos objetivos de
desempenho da organização.
MACEDO e SCHIMITZ (2001 p, 30), segundo estes autores o processo de
negócio pode ser definido como um conjunto de atividades estruturadas destinadas a
resultar num produto especificado para um determinado cliente ou mercado. Os
processos apresentam custo, prazos, qualidade de produção e satisfação do cliente.
Para melhorar o processo devemos reduzir os custos e junto a isso, aumentar a
satisfação do cliente.
2.5 Notação para Modelagem de Processos de Negócio – BPMN
BPMN é uma sigla para Business Process Modeling Notation (nome dado para
sua versão 1.1) ou Business Model and Notation (nome dado para sua versão 2.0 –
novo nome, mas a mesma notação).
O Dicionário Aurélio define Notação como um “Sistema de representação ou
designação convencional” ou o “Conjunto de sinais com que se faz essa representação
ou designação”. Enfim, notação pode ser definida como uma escrita simplificada ou
abreviada por meio de um conjunto de sinais convencionados.
Observa-se que no mapeamento de processos utiliza-se uma notação gráfica que
busca registrar a lógica das atividades, as mensagens entre os diferentes participantes e
toda a informação necessária para que um processo seja analisado, melhorado e
executado.
Segundo Almeida (2013), o BPMN foi desenvolvido visando atingir os seguintes
objetivos: •prover uma notação gráfica padronizada para a modelagem de processos de
negócio; •ser de fácil entendimento; •permitir que uma única notação pudesse ser
compreendida por todos os envolvidos, dos analistas de negócio aos programadores da
TI.
2.5 A Ferramenta BizAgi (Process Modeler)
O Bizagi é uma suíte composta por 3 módulos, por assim dizer, e somente o
primeiro módulo (Bizagi Modeler) que é efetivamente gratuito, os outros dois são
versões pagas, ou seja, precisam de uma licença de uso que tem que ser adquirida. É
um software BPM, que permite automatizar os processos de negócio de forma ágil e
simples em um ambiente gráfico intuitivo.
Segundo CUNHA (2014), o bizagi é considerado muito eficaz no quesito que
corresponde à modelagem de processos, por apresentar capacidade de dar suporte ao
gerenciamento de processo de negócio de forma clara, no que se pretende atingir. O
Bizagi foi utilizado por apresentar pontos fortes como:
Licença sem restrição de uso comercial na utilização do software;
Facilidade de uso;
Execução na plataforma Windows, permitindo compartilhar o trabalho com
vários usuários;
Permissão para publicação em: PDF, Word, Web, Sharepoint, Wiki;
Permissão para exportar o desenho para imagens do tipo: ”BMP”; ”PNG” e
”JPEG”;
Permissão na automatização dos processos de forma ágil e simples.
Abaixo está um esquema quanto à utilização da ferramenta:
2.6 Workflow
Segundo CRUZ (2000, p 75), Workflow pode ser descrito como, ferramentas que
têm por finalidade automatizar processos, racionalizando-os e, consequentemente,
aumentando sua produtividade por meio de dois componentes implícitos: organização e
tecnologia.
Para CRUZ (2000, p 78), verifica-se que no modelo Workflow, a ênfase é dada ao
processo. A importância está no fato de ele ser o meio pelo qual a informação será
processada. Em Workflow, as regras orientam a execução de cada tarefa, descendo a
um nível de detalhamento e precisão difícil de encontrar em qualquer outro modelo.
Além disso, a construção das rotas de navegação da informação permite transformar um
processo passivo em ativo, no qual cada funcionário será instado a fazer sua parte,
automaticamente, em vez de permitir que cada um faça o que deve e precisa ser feito
apenas na hora que quiser fazer.
O termo workflow não é uma exclusividade do ambiente científico, pelo contrário
ele tem suas origens associada ao processo de automação de escritórios, segundo
Araújo e Borges (2001) o workflow originou-se por volta dos anos 1970. Observa-se que
o foco desta tecnologia era oferecer soluções voltadas para a geração, armazenamento,
compartilhamento e roteamento de documentos em uma organização, com o objetivo de
reduzir a manipulação (física) de documentos em papel. Com o passar do tempo
percebeu-se que esse foco deslocou-se para a gerência e automação de processos de
negócio2.
3. MAPEAMENTO DO PROCESSO DE ATENDIMENTO À LICENÇA A
MATERNIDADE EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
Não existe abono de faltas na legislação educacional brasileira. Desta maneira,
qualquer falta do aluno, independente do motivo, deve ser considerada e lançada no
diário. Para casos especiais, a Legislação prevê um Tratamento Especial, sendo que
nem esses casos caracterizam abono de faltas. Trata-se de inclusão de atividades
compensatórias, inclusive domiciliares. Licença Maternidade: A lei Nº 6.202/75 atribui à
estudante em estado de gestação o regime de exercícios domiciliares, instituído no
Decreto-lei Nº 1.044 e determina que a partir do 8º mês de gestação e durante três
meses a estudante ficará assistida pelo regime de exercícios domiciliares, o que será
comprovado por atestado médico apresentado à escola.
Cada Instituição de Ensino deve observar a lei Nº 6.202/75, adequando se de
acordo com a legislação, para que haja uma unificação quanto ao processo. E é neste
sentido que a organização apresenta seu fluxo, de acordo com o teor da lei citada
acima.
A figura a seguir apresenta o atual processo referente à Compensação de
Ausência em relação ao Atestado de Licença a Maternidade na Instituição em questão.
Desta maneira, segue passo a passo como se dá o processo de Compensação
de Ausências exemplificado acima.
1) Dar entrada com o atestado de Licença a Maternidade;
2) Solicitar compensação de ausência;
3) Deferimento dos trabalhos e definição dos mesmos;
4) Aluno deve retirar os trabalhos na secretaria;
5) Devolução dos trabalhos prontos na secretaria;
6) Secretaria encaminha os mesmos à coordenação;
7) Coordenação avalia os trabalhos, se satisfatório – compensar faltas, se
insatisfatório – não compensar faltas, realizará novos trabalhos. Caso não
realize novos trabalhos estará reprovado por faltas.
8) Aluno entre os 90 aos 97 dias do atestado solicita na secretaria a realização
das provas especiais;
9) Secretaria encaminha o requerimento de pedido das provas;
10) Coordenação defere a realização das provas especiais e encaminha
autorização para secretaria;
11) Secretaria lança ocorrência no sistema;
12) Aluno deve procurar a secretaria para saber se o pedido foi deferido
13) Se sim, procurar o coordenador para marcação de provas;
14) Se não for deferido, a aluna está reprovada.
15) Aluno deve renovar a matrícula e automaticamente ele já será tutelado.
16) Aluno realizará as provas nas datas estabelecidas, e o coordenador por
meio de mapa de nota passará á secretaria, no qual é responsável pelo
lançamento de notas no sistema.
3.1.1 Descrição dos Atores Envolvidos no Processo
Para a representação gráfica do processo aqui descrito foram utilizadas, de
acordo com o modelador BizAgi três pools ou piscinas, onde cada pool é representado
por um participante ou entidade de negócio que estão separados fisicamente. Os
atores como participantes do processo têm as seguintes funções:
a. Aluno: Pessoa amparada pela lei Nº 6.0202/75, (Lei da Licença a
Maternidade) para se ausentar da instituição de maneira formal, e não
prejudicial à vida acadêmica. Contando que cumpra durante o período de 90
dias o seu curso em regime domiciliar, realizando tarefas e provas especiais
para a avaliação do semestre.
b. Secretaria: Setor intermediário entre aluno e coordenação, responsável pela
parte acadêmica do aluno. Trata da questão de atendimento a licença a
maternidade, iniciando neste setor todo o trâmite do processo. É o setor que
apresenta maior contato com o aluno.
c. Coordenação: Responsável, pelos deferimentos e indeferimentos, em
relação ao pedido dos alunos que são realizados na secretaria e
encaminhado aos mesmos.
4. LEVANTAMENTO DA SITUAÇÃO ORGANIZACIONAL:
A organização analisada é uma Instituição Privada de Ensino Superior,
localizada em Brasília – DF, no qual comporta grande quantidade de alunos, tem seus
cursos todos reconhecidos pelo MEC e é referência no mercado de trabalho, no
Campus Brasília. Contudo a mesma vem aprimorando seus processos, de forma a
automatizar os mesmos, oferecendo aos alunos um ensino de qualidade e serviços
satisfatórios. Aqui serão descritos alguns problemas que supostamente atrasam a
organização no alcance de seu objetivo.
A concorrência de mercado vem instigando as organizações a oferecerem o
melhor de si, por meio de processos bem definidos, disponibilizando ao cliente o
melhor atendimento, conforto e comodidade, além da qualidade dos serviços
prestados. As organizações não querem apenas oferecer o serviço de melhor
qualidade, mas tornar o cliente fiel à ela, proporcionando desta maneira subsídios que
os torne clientes fiéis, no qual retorne ou indique outras pessoas a utilizar aquele
serviço ou até mesmo conhecer aquela organização. A satisfação do cliente é algo
fundamental e necessário para a evolução do negócio, pois o cliente bem acolhido e
satisfeito tende a divulgar o trabalho daquela organização e assim atrair novos clientes,
de forma indireta, e vice versa, cliente insatisfeito tende a divulgar e afastar possíveis
clientes.
Seguindo esta linha de raciocínio, de que as organizações precisam evoluir para
se manter no mercado é apresentado um dos problemas verificados na organização.
Existe na mesma uma grande controvérsia de informações e falta de determinação de
prazos a serem seguidas pela organização, as informações não são coerentes, são
desencontradas. Os funcionários desconhecem partes do fluxo, devido ao grande
detalhamento do processo. Fato este que pode ser solucionado, de maneira com que a
organização melhore, pois o serviço prestado é o mesmo que é oferecido por
organizações do ramo de ensino.
O foco deste estudo é o processo de Concessão de Licença a Maternidade aos
Alunos, desta forma, observa-se que este processo ainda não está bem definido, pois
são notadas falhas quanto ao conhecimento do processo, pelos alunos, pela secretaria
e pela coordenação, pois ainda não existem prazos determinados no qual eles podem
se basear e trabalhar. Este processo se baseia apenas no fato de que quando um setor
termina envia para o outro e estes continua o processo, mas não se sabe ao certo, em
que fase do processo se encontra, á quanto tempo já está acontecendo aquela
solicitação, ou seja, não existe acompanhamento. Devido a isto, o processo varia em
seu andamento, para uns alunos o processo pode ser mais rápido, já para outros pode
ser mais demorado, pois não existe padronização com prazos determinados para cada
etapa do processo, com início e termino do processo.
A lei 6.202/75 referente à Licença a maternidade estabelece as regulamentações
especificas quanto às prerrogativas que tanto as seguradoras da previdência social
quanto as estudantes tem direito, porém muitas desconhecem dos seus direitos.
Verifica-se que em muitos aspectos esta lei se assemelha a condição de
seguradora empregada onde, por exemplo, em seu artigo 1º: “Art. 1º A partir do oitavo
mês de gestação e durante três meses a estudante em estado de gravidez ficará
assistida pelo regime de exercícios domiciliares instituído pelo Decreto-lei número
1.044, 21 de outubro de 1969”.
A lei 6.202/75, também atesta que o inicio e o fim do período em que é permitido
o afastamento serão determinados por atestado médico a ser apresentado à direção da
escola. E que em qualquer caso, é assegurado às estudantes em estado de gravidez o
direito à prestação dos exames finais. Todavia, a lei não irá abonar as faltas da
estudante que estiver em uso da licença maternidade. O que acontecerá é que a
estudante deverá realizar atividades avaliativas complementares como critério para
suprir as faltas, sendo estas avaliações supervisionadas por profissionais da instituição
em que estuda.
Para a Licença a Maternidade, existe um fluxo, porém não está bem definido, e
existe certa insegurança quanto aos prazos. E quanto ao procedimento da solicitação.
Com a implantação do Mapeamento de Competência pretende se que, a
organização alcance de forma eficaz um atendimento de qualidade no processo de
concessão de licença a maternidade, de maneira que se torne um procedimento
sistematizado oferecendo as alunas uma maior confiabilidade e conforto quanto a este
direito?
Espera-se que, se for criado o processo de mapeamento de competência
reduziram os números de reclamações e aumentem os índices de satisfação, nas
pesquisas efetuadas.
5. SOLUCIONANDO PROBLEMA
Observa-se que em primeiro lugar deve-se reorganizar o processo, ou seja, deve-
se mapeá-lo, indicando passo a passo o que é realizado para que então se venha a
implementar workflow, e assim se alcance uma maior efetividade quanto a esta
tecnologia.
Sendo assim, a partir do fluxo Workflow, descrito pelo autor Tadeu Cruz, verifica-
se que a primeira etapa está relacionada a analise do fluxo atual, ou seja, para projetar
um novo modelo de informação é preciso partir de alguma realidade. Isto pode ser feito
analisando-se o modelo atual a fim de conseguir se os elementos necessários para
projetar o novo fluxo de trabalho. Na segunda etapa consiste em projetar o modelo de
informação do fluxo de trabalho que se quer automatizar. A terceira etapa diz respeito a
programar o modelo de informação, definindo e detalhando cada um dos elementos
contidos nele. A quarta etapa esta relacionado a Implantar o Workflow e a quinta etapa
Atualizar o modelo de informação implantado.
Segundo CRUZ (2000, p 156), a tecnologia Workflow foi desenvolvida para
automatizar e facilitar o fluxo de trabalho de um processo, a fim de permitir a uma
organização atingir seus objetivos. Observe o Ciclo de Workflow a seguir:
Ciclo de Workflow.
TRCR TECHNOLOGY – Educação & Treinamento
PROJETAR O
WORKFLOW
PROGAMAR
O
WORKFLOW
ATUALIZAR
O
WORKFLOW
IMPLANTAR
O
WORKFLOW
REVISÃO DO
WORKFLOW
ATUAL
Assim, segundo CRUZ (2000), o Ciclo Workflow tem cinco etapas:
1ª etapa: Análise do fluxo de trabalho (Workflow) atual.
2ª etapa: Projetar o modelo de informação do fluxo de trabalho que se quer
automatizar.
3ª etapa: Programar o modelo de informação, definindo e detalhando cada um
dos elementos contidos nele.
4ª etapa: Implantar o Workflow.
5ª Atualizar o modelo de informação implantado.
Em suma, deve ser reorganizado o fluxo que já existe referente ao processo de
licença à maternidade, no intuito de quando se automatizar, esta nova tecnologia
alcance sua eficácia plena. Logo o ciclo é bem lógico e necessário para que se obtenha
esta eficácia, e para que não se desperdice dinheiro e tenha pouco sucesso na
mudança.
Sendo assim foi reorganizado o processo já existente, incrementando os prazos
bem definidos e até mesmo o despache de e-mails para notificação do processo, aos
alunos para que os mesmo fiquem cientes do que está ocorrendo quanto ao processo
que deram entrada na instituição, como sendo uma rotina interna do próprio sistema.
A figura abaixo apresenta o processo com as melhorias estabelecidas na
Instituição de Ensino.
6. CONCLUSÃO:
A compreensão do que é um processo, praticamente já é um diferencial para a
organização, pois os processos são responsáveis diretos pela geração de valor de uma
organização. O conjunto de atividades que formam um processo podem apresentar
pontos de melhoria que contribuem para na otimização e no gerenciamento dos
mesmos. A necessidade de se gerenciar e melhorar processos teve maior importância
devido à difusão da filosofia da qualidade que se iniciou nos anos 70.
Segundo AHIRE E DREYFUS, (2000) verifica-se que a intenção de se gerir a
qualidade envolve essencialmente a identificação de componentes críticos de
processos. Busca-se identificar pontos de melhoria a fim de incrementar, além da
qualidade do produto, os custos econômicos e a competitividade empresarial.
Uma das técnicas que marcou a gestão de negócios durante a década de 90 foi a
Reengenharia de Processos, no qual convida a repensar de maneira realista nos
objetivos e os respectivos meios para alcança-los. Observa-se que o conceito de
redesenhar as atividades operativas e processos remete a uma das técnicas que
marcaram a gestão dos negócios durante a década de 90: a Reengenharia de
Processos. Esta técnica sugere o repensar fundamental de objetivos e os respectivos
meios para alcançá-los. Para tanto, há necessidade de redesenhar os processos
empresariais. Neste sentido, a reengenharia de processos almeja alcançar melhorias em
indicadores de desempenho empresarial, entre eles qualidade, custo, agilidade, serviço
ao cliente (HAMMER; CHAMPY, 1994).
Contudo observa-se a necessidade de se implantar uma tecnologia como a de
workflow no intuito de gerenciar e melhorar processos, frisando que antes de tudo se faz
necessário que se organize o processo, para que só então se implante a tecnologia
Workflow. Desta maneira o trabalho se referiu como se dá o processo de Licença a
Maternidade embasada na lei N 6.202/75 no qual estabelece algumas normas quanto as
estudantes no período de gestação. Foi apresentado tanto o processo atual, quanto o
processo com algumas melhorias, no qual visa oferecer uma maior comodidade e
ciência para os alunos e para todos os envolvidos no processo, para que assim todos
fiquem satisfeitos e saibam em que parte agir e quanto tempo tem para isso, tudo em
busca da eficiência e maior satisfação de todos.
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