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Avaliação das enzimas hepáticas em equinos submetidos ao tratamento com Dipropionato de Imidocarb MARTINS, R. R.¹; RIBEIRO, M. G.¹; RIBEIRO, L. V. P.¹; SILVA, J. R. 2 ; MEIRELLES, G. P. 2 ; ZAVILENSKI, R. B. 2 ; GRAVINATTI, M. L. 2 ; SILVA. J. P. M. 2 1 Professores do departamento de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Maringá – UEM 2 Aluno do curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Maringá – UEM Concluiu-se com este trabalho que a utilização de 2 aplicações de Dipropionato de Imidocarb na dose 2,2 mg/dL com intervalo de 24 horas eleva o AST demonstrando uma leve lesão aos hepatócitos, porém essa toxicidade é temporária limitando-se ao período de metabolização e eliminação da droga. CONCLUSÕES INTRODUÇÃO A babesiose equina, é uma doença causada pelos protozoários Theileria equi e Babesia caballi que freqüentemente estão associadas. A transmissão se dá por carrapatos, fômites, picadas de moscas e mosquitos (KNOWLES, 1983). Por ser uma doença intra-eritrocitária dos eqüinos, causam problemas que acarretam em diminuição da “performance” em animais atletas, além de prejuízos decorrentes de gastos com tratamento, abortos e mortes devido a infecções agudas ou congênitas (FRIEDHOFF, 1990). É considerada hoje, no mundo inteiro, como o principal impedimento para o trânsito internacional de cavalos. A principal droga utilizada é o Dipropionato de Imidocarb. A dose recomendada pelo fabricante para infecções de Babesia caballi é de 2,2 mg/kg P.V., IM, e repetida após 24 horas. A metabolização de medicamentos ocorre no fígado, sendo assim algumas substâncias ingeridas ou administradas podem causar lesão hepática. A principal enzima associada a danos hepáticos em eqüinos é a AST, porém esta está presente também em células musculares, por isso deve ser acompanhada da dosagem do CK, enzima específica dos miócitos, para certificação de que não há um dano muscular associado. A GGT é considerada como marcador sérico primário para doenças do sistema hepatobiliar associadas com colestase intra ou extra-celular (TENNANT, 1997). OBJETIVOS Este trabalho teve por objetivo avaliar as possíveis lesões hepáticas e sua duração, causadas pelo tratamento com Imidocarb ,avaliadas pelas enzimas que demonstram agressão aos hepatócitos e colestase. MÉTODOS Foram utilizados 20 eqüinos, da raça quarto de milha, adultos, sendo 10 machos e 10 fêmeas, clinicamente saudáveis. A higidez foi avaliada pela anamnese, exame clínico, hemograma e temperatura retal. O tratamento foi realizado com uma aplicação de Imidocarb na dose de 2,2 mg/Kg I.M. e após 24 horas foi feita uma nova aplicação na mesma dosagem. As coletas foram feitas por venopunção da jugular em tubos de vidro sem anticoagulante. Após 30 minutos o soro foi separado por centrifugação a 2.500 rpm por e acondicionado em eppendorffs para congelamento a - 10°C até o momento do processamento. As provas bioquímicas foram efetuadas por método cinético, em analisador semi-automático Celm, com kits comerciais da Labtest das enzimas AST, CK e GGT. As amostras foram coletadas em 4 momentos: antes da aplicação do Dipropionato de Imidocarb, sendo este o momento zero (M0), para certificação da ausência de alterações hepáticas dos animais. Em seguida foram coletadas mais 3 amostras dos animais, sendo M1 - 24 horas após a primeira aplicação, M2 - 48 horas, M3 - 72 horas e M4 - 10 dias após a primeira aplicação. A estatística foi realizada através da análise de variância pelo Teste de Fischer a 5% de probabilidade. Para a enzima onde houve diferença estatística significativa foi aplicado o Teste de Tukey. Figura 3– Plasma utilizado para a realização dos exames bioquímicos. Figura 1 – Animal acometido pelo carrapato transmissor da Babesiose Equina UEM – Universidade Estadual de Maringá Figura 2– Carrapato Transmissor da Babesiose. RESULTADOS Tabela 1 - Médias e desvio padrão (x±s) da atividade enzimática REFERÊBCIAS BIBLIOGRÁFICAS KNOWLES, R.C.; UNISS-FLOYD, R. Equine Piroplasmosis (Babesiosis) of the Babesia caballi type. Equine Pratice,5(3): 18-22, 1983. FRIEDHOFF, K.T. Interaction between parasite and tick vector. International Journal for Parasitology, v.20, n.4, p.525-535, 1990. TENNANT, B.C. Hepatic function. In: KANEKO, J.J.; HARVEY, J.W.; BRUSS, M.L. Clinical Biochemistry of Domestic Animals.5th ed. London: Academic Press, p.327-352, 1997.

Avaliação das enzimas hepáticas em equinos submetidos ao tratamento com Dipropionato de Imidocarb MARTINS, R. R.¹; RIBEIRO, M. G.¹; RIBEIRO, L. V. P.¹;

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Avaliação das enzimas hepáticas em equinos submetidos ao tratamento com Dipropionato de Imidocarb

MARTINS, R. R.¹; RIBEIRO, M. G.¹; RIBEIRO, L. V. P.¹; SILVA, J. R.2; MEIRELLES, G. P.2; ZAVILENSKI, R. B.2; GRAVINATTI, M. L.2; SILVA. J. P. M. 2

1 Professores do departamento de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Maringá – UEM

2 Aluno do curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Maringá – UEM

Concluiu-se com este trabalho que a utilização de 2 aplicações de Dipropionato de Imidocarb na dose 2,2 mg/dL com intervalo de 24 horas eleva o AST demonstrando uma leve lesão aos hepatócitos, porém essa toxicidade é temporária limitando-se ao período de metabolização e eliminação da droga.

CONCLUSÕES

INTRODUÇÃO A babesiose equina, é uma doença causada pelos protozoários Theileria equi e Babesia caballi que freqüentemente estão associadas. A transmissão se dá por carrapatos, fômites, picadas de moscas e mosquitos (KNOWLES, 1983). Por ser uma doença intra-eritrocitária dos eqüinos, causam problemas que acarretam em diminuição da “performance” em animais atletas, além de prejuízos decorrentes de gastos com tratamento, abortos e mortes devido a infecções agudas ou congênitas (FRIEDHOFF, 1990). É considerada hoje, no mundo inteiro, como o principal impedimento para o trânsito internacional de cavalos. A principal droga utilizada é o Dipropionato de Imidocarb. A dose recomendada pelo fabricante para infecções de Babesia caballi é de 2,2 mg/kg P.V., IM, e repetida após 24 horas. A metabolização de medicamentos ocorre no fígado, sendo assim algumas substâncias ingeridas ou administradas podem causar lesão hepática. A principal enzima associada a danos hepáticos em eqüinos é a AST, porém esta está presente também em células musculares, por isso deve ser acompanhada da dosagem do CK, enzima específica dos miócitos, para certificação de que não há um dano muscular associado. A GGT é considerada como marcador sérico primário para doenças do sistema hepatobiliar associadas com colestase intra ou extra-celular (TENNANT, 1997).

OBJETIVOS

Este trabalho teve por objetivo avaliar as possíveis lesões hepáticas e sua duração, causadas pelo tratamento com Imidocarb ,avaliadas pelas enzimas que demonstram agressão aos hepatócitos e colestase.

MÉTODOS

Foram utilizados 20 eqüinos, da raça quarto de milha, adultos, sendo 10 machos e 10 fêmeas, clinicamente saudáveis. A higidez foi avaliada pela anamnese, exame clínico, hemograma e temperatura retal. O tratamento foi realizado com uma aplicação de Imidocarb na dose de 2,2 mg/Kg I.M. e após 24 horas foi feita uma nova aplicação na mesma dosagem. As coletas foram feitas por venopunção da jugular em tubos de vidro sem anticoagulante. Após 30 minutos o soro foi separado por centrifugação a 2.500 rpm por e acondicionado em eppendorffs para congelamento a -10°C até o momento do processamento. As provas bioquímicas foram efetuadas por método cinético, em analisador semi-automático Celm, com kits comerciais da Labtest das enzimas AST, CK e GGT. As amostras foram coletadas em 4 momentos: antes da aplicação do Dipropionato de Imidocarb, sendo este o momento zero (M0), para certificação da ausência de alterações hepáticas dos animais. Em seguida foram coletadas mais 3 amostras dos animais, sendo M1 - 24 horas após a primeira aplicação, M2 - 48 horas, M3 - 72 horas e M4 - 10 dias após a primeira aplicação. A estatística foi realizada através da análise de variância pelo Teste de Fischer a 5% de probabilidade. Para a enzima onde houve diferença estatística significativa foi aplicado o Teste de Tukey.

Figura 3– Plasma utilizado para a realização dos exames bioquímicos.

Figura 1 – Animal acometido pelo carrapato transmissor da Babesiose Equina

UEM – Universidade Estadual de Maringá

Figura 2– Carrapato Transmissor da Babesiose.

RESULTADOS

Tabela 1 - Médias e desvio padrão (x±s) da atividade enzimática

REFERÊBCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KNOWLES, R.C.; UNISS-FLOYD, R. Equine Piroplasmosis (Babesiosis) of the Babesia caballi type. Equine Pratice,5(3): 18-22, 1983.

FRIEDHOFF, K.T. Interaction between parasite and tick vector. International Journal for Parasitology, v.20, n.4, p.525-535, 1990.

TENNANT, B.C. Hepatic function. In: KANEKO, J.J.; HARVEY, J.W.; BRUSS, M.L. Clinical Biochemistry of Domestic Animals.5th ed. London: Academic Press, p.327-352, 1997.