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FACULDADE TECSOMA Curso de Fisioterapia AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO MOTOR EM CRIANÇAS NA FAIXA ETÁRIA DE 06 E 07 ANOS EM ESCOLA DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE UNAÍ-MG Paracatu MG 2016

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FACULDADE TECSOMA Curso de Fisioterapia

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO MOTOR EM CRIANÇAS NA FAIXA ETÁRIA DE

06 E 07 ANOS EM ESCOLA DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE UNAÍ-MG

Paracatu – MG 2016

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Pricilla Rodrigues

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO MOTOR EM CRIANÇAS NA FAIXA ETÁRIA DE

06 E 07 ANOS EM ESCOLA DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE UNAÍ-MG

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade Tecsoma, Paracatu, MG Orientadoras: Profª M Sc. Michelle Faria Lima Profª M Sc. Cecília Dias Nascimento

Paracatu - MG 2016

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PRICILLA RODRIGUES

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO MOTOR EM CRIANÇAS NA FAIXA ETÁRIA DE

06 E 07 ANOS EM ESCOLA DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE UNAÍ-MG

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade Tecsoma, Paracatu, MG. Orientadoras: Profª M Sc. Michelle Faria Lima Profª M Sc. Cecília Dias Nascimento

Paracatu, 15 junho de 2016

Banca Examinadora

_________________________________________________

Profª M Sc. Michelle Faria Lima – Orientadora temática

Faculdade Tecsoma

_________________________________________________

Profª M Sc. Cecília Maria Dias Nascimento – Orientadora metodológica

Faculdade Tecsoma

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Dedico este trabalho ao meu marido Diego e ao meu filho João Gabriel.

A minha querida Mãe, Gilda Aparecida Rodrigues da Silva (in memória), que

mesmo não estando ao meu lado deixou um exemplo de força e dedicação ao qual

me espelho todos os dias.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me conceder mais essa conquista em minha vida e por

me dar força em todos os momentos de dificuldades.

Ao meu esposo Diego e filho João Gabriel por serem meu porto seguro nas

horas de angústias e desânimos.

A minha família em especial a minha avó Maria, minha madrinha Gilza, ao

meu padrasto Fábio, aos meus irmãos Vinicius e Vitor, ao meu sogro Joel e a minha

sogra Marlene, a minhas cunhadas Lorena e Viviane pelo incentivo e por estarem

comigo em cada passo desta caminhada.

A todos aqueles que contribuíram de alguma forma, desde os funcionários da

escola na qual houve a coleta dos dados, até mesmo aos meus colegas acadêmicos

da 8ª turma de Fisioterapia que com as suas presenças fez destes cinco anos de

estudo serem mais divertidos e em especial aos meus colegas Larissa, Thainy e

Fábio.

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“Não há vitória sem luta”

Vovó Maria

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RESUMO

O desenvolvimento motor se caracteriza por uma sequencia de transformações no nível de desempenho do ser humano, a fim de adquirir uma maior competência em exercer movimentos mais complexos ao longo do tempo. Assim, o objetivo principal deste trabalho foi determinar a relação entre as idades motora e cronológica em crianças entre 6 e 7 anos de uma escola pública do município Unaí – MG. A amostra foi composta por 23 escolares entre 6 e 7 anos (10 meninos e 13 meninas), estes passaram por uma avaliação motora para análise das tarefas motoras relacionadas à motricidade fina, motricidade global, equilíbrio, esquema corporal, organização temporal e organização espacial. Os resultados para os testes motores constantes na Escala de Desenvolvimento Motor – EDM apontaram Quociente Motor Geral “Normal Médio”, este resultado foi obtido através da média da idade cronológica em meses (83,30) e a média da idade motora geral em meses (86,21), que indicou uma idade positiva de 2,9 meses, apontando uma idade compatível com sua idade cronológica. Sendo que somente no quesito ligado a organização temporal, obteve-se classificação motora “Inferior”. Deste modo, conclui-se que o assunto desenvolvimento motor é muito amplo, pois visa analisar o ser humano como um todo, sendo que nos alunos avaliados o processo de evolução motor encontra-se equivalente ao padrão cronológico. Palavras chave: Desenvolvimento Motor; Escala de Desenvolvimento Motor; Crianças.

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ABSTRACT

Motor development characterizes itself as a sequence of transformations in the level of performance of the human being in order to gain greater competence to exercise more complex movements over time. So, the main objective of this is study was to determine the relationship between the motor and chronological age in children between 6 and 7 years in a public school in the city of Unaí, Minas Gerais. The sample consisted of 23 students (10 boys and 13 girls), they have undergone a motor assessment for analysis of motor tasks related to fine motor skills, overall motor skills, balance, body schema, temporal organization and spatial organization. The results for the constant motor tests in the Motor Development Scale - MDS pointed Quotient Motor General "Normal Average", this result was obtained from the average chronological age, in months, (83.30) and the average of the general motor age, also in months, (86.21), which indicated a positive age 2.9 months, indicating an age consistent with their chronological age. And only in the question on the temporal organization, was obtained motor rating "Inferior". Thus, it is concluded that the subject motor development is very broad, it aims to analyze the human being as a whole, and that the students evaluated the engine evolution process is equivalent to the chronological pattern.

Keywords: Motor Development ; Development Motor Scale ; Children.

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LISTA DE TABELA

Tabela 1: Classificação Geral do DM .......................................... 34

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: As fases do desenvolvimento motor ............................ 18 Figura 2: Mapa de localização da cidade de Unaí – MG ............ 26 Figura 3: Perfil motor geral.......................................................... 29

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LISTA DE SIGLAS

DM – Desenvolvimento Motor

EDM – Escala de Desenvolvimento Motor

MG – Minas Gerais

QM1 – Quociente Motor 1 (Motricidade Fina)

QM2 – Quociente Motor 2 (Motricidade Global)

QM3 – Quociente Motor 3 (Equilíbrio)

QM4 – Quociente Motor 4 (Esquema Corporal)

QM5 – Quociente Motor 5 (Organização Espacial)

QM6 – Quociente Motor 6 (Organização Temporal)

QMG – Quociente Motor Geral

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SUMÁRIO

1.Introdução............................................................................................. 14

2. Objetivos. ............................................................................................ 16

2.1 Objetivo Geral.................................................................................... 16

2.2 Objetivos Específicos....................................................................... 16

3. Justificativa......................................................................................... 17

4. Referencial Teórico............................................................................ 18

4.1 Desenvolvimento Motor na Infância................................................. 18

4.2. Avaliação Motora ............................................................................. 20

4.3. Escala de Desenvolvimento Motor .................................................. 21

4.4. Fisioterapia na escola....................................................................... 23

4.5 Atuação da Fisioterapia no DM......................................................... 24

5. Metodologia........................................................................................ 26

5.1 Área de Estudo.................................................................................. 26

5.2. Materiais e Métodos......................................................................... 27

6. Resultados e Discussão...................................................................... 29

7.Conclusão.............................................................................................. 36

8. Referências .......................................................................................... 37

Anexos ..................................................................................................... 44

Apêndice................................................................................................... 63

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1. INTRODUÇÃO

O DM na infância se caracteriza por uma sequencia de alterações lineares

que são obtidas através de aquisições das habilidades motoras básicas, que são

essenciais para o cotidiano das crianças (KISHIMOTO et al., 2014; SILVEIRA;

CARDOSO; SOUZA 2014).

O desenvolvimento psicossocial do indivíduo é influenciado pelo seu DM e

por sua educação motora ao longo da vida (GALLAHUE; OZMUN, 2005).

Rosa Neto (et al., 2010, p.23) ressalta que dentre as razões que têm levado ao interesse crescente pelos conhecimentos acerca do desenvolvimento motor, destacam-se os paralelos existentes entre o desenvolvimento motor e o desenvolvimento cognitivo. Há uma estreita relação entre o que a criança é capaz de aprender (cognitivo) com o que é capaz de realizar (motor).

O DM representa uma sequência desenvolvimentista total que está ligada às

áreas cognitivas e afetivas do desenvolvimento humano, sendo motivado por

elementos biológicos, empíricos e físicos (VEGA; SANTOS; VIEIRA, 2013).

O desenvolvimento motor na infância caracteriza-se pela aquisição de um amplo espectro de habilidades motoras, que possibilita a criança um amplo domínio do seu corpo em diferentes posturas (estáticas e dinâmicas), locomover-se pelo meio ambiente de variadas formas (andar, correr, saltar, etc.) e manipular objetos e instrumentos diversos (receber uma bola, arremessar uma pedra, chutar, escrever, etc.). (SANTOS; DANTAS; OLIVEIRA 2004, p.1)

O desenvolvimento de uma criança é o resultado da interação de seu corpo

com os objetos de seu meio, com as pessoas com quem convive e com o mundo em

que estabelece ligações afetivas e emocionais (LOPES, 2010 apud OLIVEIRA,

2013).

Para o desenvolvimento das habilidades motoras é preciso oferecer

possibilidades às crianças para desempenhá-las, pois é através da execução dos

movimentos que as crianças relacionam-se com o meio ambiente, aprendem sobre

si, quanto a seus limites, competências e capacidades de solucionar problemas

(PEREIRA, 2008).

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É importante destacar a avaliação do DM, pois através desta é possível

monitorar alterações de desenvolvimento, identificar déficits psicomotores, que se

apresentam em forma de atrasos motores, cognitivos e sociais (GALLAHUE;

OZMUN, 2005; SABBAG et al.,2008).

Santos (2012), evidencia que a avaliação motora deve acontecer com

frequência, pois possibilita uma análise mais aprofundada do desenvolvimento das

crianças e das relações que estas estabelecem com o mundo ao seu redor.

Existem diversas formas de avaliar o DM da criança. Para isso sugere-se a

Escala de Desenvolvimento Motor – EDM, onde são aplicados testes que avaliam as

habilidades motoras fundamentais em crianças na faixa etária de 2 a 11 anos. Entre

os aspectos avaliados estão esquema corporal, lateralidade, motricidade global e

fina, equilíbrio, organização temporal e espacial (ROSA NETO, 2002).

Sendo assim o presente trabalho tem como principal objetivo determinar a

relação entre as idades motora e cronológica de crianças entre 6 e 7 anos de escola

pública de Unaí – Mg e ainda destacar a relevância da atuação fisioterapêutica nas

escolas.

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2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Determinar a relação entre as idades motora e cronológica em crianças entre 6 e

7 anos de uma escola pública do município Unaí – Mg.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Investigar o desempenho motor através da Escala de Desenvolvimento Motor

de Francisco Rosa Neto.

Verificar o desempenho motor das crianças em relação às tarefas de

motricidade fina e global.

Avaliar o desenvolvimento motor em associação ao esquema corporal.

Associar as tarefas de equilíbrio ao desempenho motor.

Comparar o estado motor geral em relação às tarefas de organização

espacial e temporal.

Correlacionar o desempenho motor às habilidades que envolvam lateralidade.

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3. JUSTIFICATIVA

O DM se caracteriza por uma série de transformações lineares que

acontecem durante todas as fases da vida. É algo a ser avaliado devido a sua

interligação com os déficits psicomotores, estes por sua vez se apresentam em

forma de atrasos motores, cognitivos e sociais.

Para a determinação do nível de DM de uma criança é necessário realizar

avaliações integradas que irão abordar habilidades motoras que são essenciais para

o seu processo evolutivo.

Desta forma, o presente trabalho justifica-se devido à importância de

diagnosticar precocemente atrasos no DM, pois quanto mais cedo houver uma

intervenção, melhor será o prognóstico. Ressaltando-se, também, a importância da

presença dos Fisioterapeutas nas escolas, pois através das avaliações

especializadas, podem diagnosticar prováveis variações, que de certa forma

interferirão negativamente no desempenho escolar.

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4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1. Desenvolvimento Motor na Infância

Segundo Arruda e Silva (2010) e Batistella (2001) o DM acontece de forma

particular, cada criança possui suas próprias percepções através de uma relação

com a imagem do corpo, sendo muito associada com o desenvolvimento das

percepções do mundo em que vivem, relacionado com o indivíduo, ambiente e

tarefa.

O DM como uma área de estudo, teve origem no século XVIII, era baseado

na biologia e psicologia do desenvolvimento, mas a partir de 1928, se desenvolveu

de forma rápida tornando-se independente com o interesse de vários em explorá-la

(MACIEL et al., 2010).

O campo denominado DM, tem a finalidade de estudar as mudanças que

ocorrem nos movimentos do ser humano durante sua vida. Nos últimos anos, tem-se

visto como um processo que envolve emergência, aperfeiçoamento e aquisição de

suas funções e habilidades envolvendo as experiências que o indivíduo adquire no

decorrer dos anos (SOUZA et al., 2015).

As fases e estágios do DM podem ser melhor visualizadas através de um

modelo teórico em forma de uma ampulheta heurística, como mostra a figura 1.

Figura 1 – As fases do desenvolvimento motor

FONTE: GALLAHUE e OZMUN, 2005

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O DM é um processo demorado e contínuo, pois o organismo necessita de 20

anos para tornar-se maduro, sendo que os primeiros anos são cruciais, pois as

experiências adquiridas pelo indivíduo durante o período infantil determinarão em

grande extensão o tipo de adulto que se tornará (HOTTINGER, 1980, apud TANI, et

al, 1988).

A importância do estudo do desenvolvimento motor, justifica-se através das: a) implicações para o diagnóstico do crescimento e desenvolvimento da criança; b) implicações para a educação da criança bem como para reabilitação de indivíduos com atrasos ou desvios de desenvolvimento; c) adequação e estruturação de ambientes e tarefas motoras aos estágios de desenvolvimento, de forma a facilitar e estimular esse processo (CAETANO; SILVEIRA; GOBBI 2005, p.2)

Segundo Gallahue e Ozmun (2005), diversos estudiosos e profissionais que

ampliam instrumentos de avaliação têm tentado dividir os movimentos fundamentais

em estágios sequenciais identificáveis, tais como:

Estágio inicial: O estágio inicial é uma fase dos movimentos fundamentais que

mostram as primeiras vezes que as crianças executam orientadas para o objetivo de

desempenhar uma habilidade fundamental. O movimento caracteriza-se através de

informações que faltam ou por elementos impróprios, sendo de sequenciais e

restritivas, por uso excessivo do corpo e por caminho rítmico e coordenações

deficientes. Caracteristicamente, os movimentos locomotores, manipulativos e

estabilizadores da criança de 2 e 3 anos de idade estão no nível inicial.

Determinadas crianças podem situar além desse grau no desempenho de alguns

padrões de movimento, no entanto, a maior parte está no estágio inicial.

Estágio elementar: O estágio elementar requer maior domínio e melhor

organização rítmica dos movimentos fundamentais. Melhora-se a realização dos

elementos temporais e espaciais do movimento, porém, os padrões de movimento

nesse estágio são ainda geralmente restritos ou exagerados, embora mais

coordenados. Crianças com a inteligência e funcionamento físico naturais tendem a

se adiantar para o estágio elementar, principalmente, ao decorrer do processo de

maturação. As crianças de 4 ou 5 anos de idade observadas revelam numerosos

movimentos fundamentais no estágio elementar. Várias pessoas, tanto adultos

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quanto crianças, não passam do estágio elementar em muitos padrões de

movimento.

Estágio maduro: O estágio maduro na fase de movimentações fundamentais é

qualificado pelos papéis mecanicamente bons e ordenados. A maior parte dos dados

encontrados a respeito da obtenção de habilidades motoras fundamentais

aconselham que crianças podem e têm obrigação de chegar ao estágio maduro aos

6 ou 7 anos de idade. Não havendo ocasiões propícias de estímulo, é

potencialmente impossível um indivíduo atingir o estágio maduro de certa habilidade

nesta fase, assim inibindo o aproveitamento e a ampliação dessa habilidade em

períodos posteriores.

Para Willrich, Azevedo e Fernandes (2008) e Pereira (2008), o DM é visto

como uma ação contínua correspondente à idade cronológica, por onde o ser

humano adquire uma grande quantidade de habilidades motoras, que desenvolvem

através de movimentos simples e desorganizados para depois chegar até as

habilidades motoras bem elaboradas e complexas.

4.2. Avaliação Motora

De acordo com Tritschler (2003) citado por Silveira (2010), a avaliação

compreende um processo contínuo de investigação que tem como objetivo

interpretar os conhecimentos, habilidades, atitudes e necessidades de indivíduos,

atribuindo valores ou conceitos, tendo em vista mudanças esperadas no seu

desempenho e comportamento.

Segundo Rosa Neto (2002) citado por Almeida (2007), as formas de avaliar o

DM de uma criança são várias; no entanto, nenhuma é perfeita e engloba

holisticamente todas as perspectivas do desenvolvimento.

Para Gallahue e Ozmun (2005) e Dias, Sousa e Rezende (2014), o processo

de avaliação motora é importante na monitoração de alterações de desenvolvimento,

na identificação de retardos no desenvolvimento e no fornecimento de uma visão

esclarecedora sobre estratégias instrutivas. Dessa forma através da avaliação é

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possível caracterizar o perfil motor da criança, fornecendo uma estratégia adequada

para cada indivíduo (AMARO et al., 2009; ROCHA; NETO, 2012).

4.3. Escala de Desenvolvimento Motor (EDM)

A bateria Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) foi criada por Francisco

Rosa Neto (2002) na Universidade de Zaragoza, Espanha, durante sua tese de

doutorado, como o objetivo de avaliar o nível de DM, frente à idade cronológica,

idade motora e quociente motor (SILVEIRA, 2010; ARRUDA; SILVA, 2010).

A avaliação aborda sete áreas que são divididas em: motricidade fina,

motricidade global, equilíbrio, esquema corporal, organização espacial e temporal,

além da lateralidade (ROSA NETO et al., 2010).

Rosa Neto (2002) citado por Caetano, Silveira e Gobbi (2005, p.2), destacam

os seguintes componentes que se utilizam como base para os testes motores que

formam a EDM, são eles:

1 Motricidade fina refere-se à atividade manual, guiada por meio da visão, ou seja, coordenação visuomanual, com emprego de força mínima, a fim de atingir uma resposta precisa à tarefa; 2) Motricidade global refere-se aos movimentos dinâmicos corporais, envolve um conjunto de movimentos coordenados de grandes grupos musculares; 3) Equilíbrio é a capacidade do organismo de manter posturas, posições e atitudes, compensando e anulando todas as forças que agem sobre o corpo; 4) Esquema corporal refere-se à capacidade de discriminar com exatidão as partes corporais e a habilidade de organizar as partes do corpo na execução de uma tarefa; 5) Organização espacial, envolve tanto a noção do espaço do corpo como o espaço que o rodeia, referindo-se à habilidade de avaliar com precisão a relação entre o indivíduo e o ambiente; 6) Organização temporal refere-se à percepção do tempo, envolvendo o conhecimento da ordem e duração dos

acontecimentos. 7) Lateralidade refere-se à noção de distinguir os

hemisférios direito e esquerdo.

Meur e Stales (1991) e Fonseca (1995), também definem os principais aspectos

ligados ao DM como os seguintes componentes da EDM, sendo eles:

A motricidade fina: desenvolvem-se por um processo de ação que exige a

associação entre o ato motor e a estimulação motora. É o mais exigido, por

estar presente nos membros superiores, onde se usam as mãos para pegar,

lançar e transportar objetos. Deste modo, é fato afirmar que através das mãos

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as crianças passam a conhecer tudo que está estimulando sua curiosidade,

notado pelo seu olhar.

Motricidade Global: é a competência que a criança tem em realizar seus

gestos, suas atitudes, seus deslocamentos e saber de que forma irá fazer

suas obrigações de cada dia, utilizando grandes grupos musculares.

Equilíbrio: reúne um conjunto de habilidades estáticas sem movimento, e

dinâmicas com movimento, envolvendo o domínio postural e o

desenvolvimento da locomoção.

Lateralidade: é desenvolvida no decorrer da vida e contribui para as crianças

distinguirem seu corpo, conhecendo o porquê de ter seus membros

distribuídos no formato bi-lateral, que o braço direito está localizado do

mesmo lado da perna direita, ou até mesmo que seu braço esquerdo é o

braço em que se coloca o relógio. A criança irá fazer comparação e quando

solicitada irá executar de maneira correta e eficaz, sabendo para que lado irá

andar e seguir seu desenvolvimento.

Esquema corporal: é desenvolvido em uma etapa em que as crianças

realizarão várias atividades motoras mostradas em forma de jogo. Após a

descoberta total do corpo a criança já é capaz de ter consciência dos

segmentos corporais.

Organização espacial: é a percepção ou mesmo capacidade que a criança

deve possuir para se orientar em um determinado espaço, tendo como

referência seu próprio corpo.

Organização temporal: é ter consciência de como está o corpo frente ao meio

ambiente, associando-o ao espaço e tempo, sabendo classificar imagens em

ordem cronológica tais como, antes e depois, agora. A criança deve perceber

o que passa depressa, devagar e a diferença entre uma hora e um dia.

Cada componente apresenta várias tarefas motoras, específicas à idade

cronológica, desta forma, com o avanço da idade aumenta o grau de dificuldade das

tarefas propostas. Assim sendo, a EDM completa avalia crianças de 2 aos 11 anos

de idade abordando todas as áreas do DM (ROSA et al., 2008; FONSECA;

BELTRAME; TKAC, 2008).

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4.4. Fisioterapia na escola

A fisioterapia tem no ambiente escolar uma das suas áreas de trabalho,

compreendendo a promoção e a prevenção de saúde das crianças e dos

adolescentes, através de políticas de saúde direcionadas no DM e no crescimento

físico (SANTOS et al., 2016).

A intervenção fisioterapêutica como forma de contribuição à equipe escolar

pode ser verdadeiramente benéfica, em razão de suas diversas capacidades de

colaboração no meio educacional, levando em conta a sua cooperação nos

momentos que se faz necessário uma ajuda especializada (SANTOS, 2015;

SAMPAIO et al,. 2013).

Os fisioterapeutas são profissionais capacitados para trabalhar a promoção, a prevenção e a recuperação corporal, de forma integrada com outros profissionais da saúde. Nas escolas, têm papel fundamental para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento corporal de crianças e adolescentes (BADARÓ; BASSO 2012, p.6).

A Fisioterapia aumentou significativamente seu campo de atuação, em sua

forma preventiva é ressaltada por todos os profissionais da área, sendo o ambiente

escolar um novo local para a inserção da atuação fisioterapêutica. Fato este

desconhecido pela maioria dos gestores públicos (FERREIRA et al,. 2015).

Nos dias de hoje há uma necessidade de maiores investimentos pelo sistema

de saúde do nosso país, onde se perde a oportunidade de usufruir de profissionais

que estariam possibilitando diversos benefícios aos escolares e ainda estariam

impedindo altos gastos em saúde futuramente (NETO E PIMENTA 2013).

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4.5 Atuação da Fisioterapia no DM

Para Vitta, Sanchez e Peres (2000), citado por Oliveira, Almeida e Valentini

(2012), o fisioterapeuta trabalha com a motricidade, e não apenas podendo, mas

devendo intervir prevenindo doenças, promovendo o desenvolvimento infantil e a

saúde; podendo atuar no ambiente onde a criança se insere, proporcionando assim,

para o seu desenvolvimento global, boas condições.

No âmbito preventivo, é necessário que a fisioterapia identifique quais os

problemas, suas consequências e causas, elaborando assim, formas de intervenção

para cada causa sempre verificando sua eficácia e intervindo (SIMÕES et al,. 2016;

REBELLATO, 1987 apud BALK et al., 2016;).

Oliveira, Almeida e Valentini (2012) citado por Balk e colaboradores (2016),

pontuam que a os programas de fisioterapia formulados para bebês pode colaborar

para o seu desenvolvimento motor. A fisioterapia, dentro do desenvolvimento motor

infantil deve compreender e avaliar, de forma precisa, qualquer desenvolvimento

anormal dentro daquilo tido como normal para cada faixa etária (BRENNEMAN,

2002 apud CRUZ et al., 2013).

De acordo com Santos e colaboradores (2013) citado por Balk e

colaboradores (2016), uma das funções do fisioterapeuta na Pediatria é a de

acompanhamento do desenvolvimento motor da criança, sendo as instituições

infantis um local para as ações fisioterapêuticas de estimulação do desenvolvimento

motor infantil, vigilância e diagnóstico. Através de seus conhecimentos sobre o

desenvolvimento neuropsicomotor normal e anormal e mediante suas ações globais,

intensificar alguns conceitos e habilidades fundamentais precedentes ao processo

de alfabetização; orientando, mediando e trocando experiências com alunos e

professores.

Prado e Vale (2012) Lopes e Farjalla (2009), afirmam que o tratamento

engloba uma avaliação do sistema motor com exposição quantitativa e qualitativa

das habilidades motoras grossas e finas, além do programa de intervenção. Ainda

acrescentam que esse tratamento deve se basear também em brincadeiras para que

a criança coopere com a conduta, além de se estimular a realização da atividade

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proposta. Os brinquedos são organizados e selecionados de forma estratégica para

incentivar sua participação. O ganho de habilidades deficientes verificadas durante a

avaliação é através de exercícios específicos para tal.

A família deve também estar envolvida durante esse processo, já que o

resultado final do tratamento também depende em parte do comprometimento dos

pais (PRADO; VALE, 2012; OLIVEIRA, 2013).

Uma das modalidades de tratamento fisioterapêutico usadas no tratamento de

atraso do desenvolvimento psicomotor é a psicomotricidade, no qual o

desenvolvimento do ponto de vista social, emocional, lúdico e motor da

personalidade e a destreza dos movimentos do corpo sendo experimentados por

intermédio de atividades motoras sequenciais e organizadas, desenvolvidas em

grupo ou individualmente (CASTILHO-WEINERT; SANTOS; BUENO, 2011

LORENZETTI; BONADIMAN, 2008).

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5. METODOLOGIA

5.1. Área de Estudo

Esta pesquisa foi realizada com estudantes de uma Escola Estadual,

localizada no município de Unaí – MG, este com população estimada 82.887

pessoas, segundo o censo em 2010, tendo como divisas e confrontações as cidades

de Paracatu, Buritis e Brasília, com área territorial de 8. 447,107 km² (IBGE, 2015).

Figura 2 – Mapa de localização da cidade de Unaí – MG

FONTE: IBGE, 2016.

Para o estudo foram selecionadas 23 crianças sendo 10 do sexo masculino

(destes 5 estão na faixa etária dos 7 anos e 5 de 6 anos) e ainda 13 do sexo

feminino (sendo 8 com 7 anos e 5 com 6 anos), ou seja, todos nascidos nos anos de

2008 e 2009, sendo que a avalição foi realizada entre os dias 14 a 18 de Dezembro

do ano de 2015. Utilizou-se, como critério de inclusão, ter a idade entre 6 e 7 anos e

está devidamente matriculado na escola onde será realizada a avaliação. A

autorização para a realização deste estudo foi obtida junto à diretora da escola, que

assinou um Termo (Apêndice A) que esclarece e solicita a coleta de dados.

Empregou-se como medidas de exclusão as crianças que possuíssem deficiências

físicas e que não estiverem presentes na data da avaliação.

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5.2. Materiais e Métodos

Este projeto se classifica como Quantitativo-Descritivo, que segundo Marconi

e Lakatos (2011, p. 70),

Consiste em investigações de pesquisa empírica cuja principal finalidade é o delineamento ou análise das características de fato ou fenômeno, a avaliação de programas, ou o isolamento de variáveis principais ou chave. Qualquer um desses estudos pode utilizar métodos formais, que se aproximam dos projetos experimentais, caracterizados pela precisão e controle estatísticos, com a finalidade de fornecer dados para a verificação de hipóteses. Todos eles empregam artifícios quantitativos tendo por objetivo a coleta sistemática de dados sobre populações, programas, ou amostras de populações e programas. Utilizam varias técnicas como entrevistas, formulários etc, e empregam procedimentos de amostragem.

E na subdivisão de Quantitativo-Descritivo pode ser descrito como estudo de

avaliação de programa, que Marconi e Lakatos (2011, p. 70) trazem que,

Consiste nos estudos quantitativo-descritivos que dizem respeito à procura dos efeitos e resultados de todo um programa ou método específico de atividades de serviços ou auxílio, que podem dizer respeito à grande variedade de objetivos, relativos à educação, saúde e outros. As hipóteses podem ou não estar explicitamente declaradas e com frequência derivam dos objetivos do programa ou método que está sendo avaliado e não da teoria. Empregam larga gama de procedimentos que podem aproximar-se do projeto experimental.

Para determinar a relação das idades cronológica e motora das crianças

utilizou-se a Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) criada por Rosa Neto (2002),

a qual se baseia na aplicação de tarefas características para cada faixa etária (2 a

11 anos) que evolvem o equilíbrio, lateralidade, motricidade fina e global, esquema

corporal, organização espacial e temporal. As crianças foram avaliadas a partir da

sua idade cronológica e a avaliação chega ao fim quando a tarefa proposta não é

realizada de forma correta.

O protocolo de aplicação da EDM é obtido através da idade motora (pontos alcançados nos testes) e o quociente motor (obtido pela divisão entre a idade cronológica multiplicada por 100). Com exceção dos testes de lateralidade, as outras baterias consistem em 10 tarefas motoras cada, distribuídas entre 2 e 11 anos, organizadas progressivamente em grau de complexidade, sendo atribuído para cada tarefa, em caso de êxito, um valor correspondente à idade motora (IM), expressa em meses. Ao final da aplicação, dependendo do desempenho individual em cada bateria, é atribuída à criança uma determinada IM, em cada uma das áreas referidas anteriormente (IM1, IM2, IM3, IM4, IM5, IM6), sendo, após, calculada a idade motora geral (IMG) e o quociente motor geral (QMG) da criança,

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sendo assim possível verificar se há atraso ou avanço motor (ROSA NETO 2002 apud SANTOS, WEISS E ALMEIDA 2010, p.4).

A avaliação foi realizada em uma sala denominada de espaço lúdico da

escola, onde se era permitido o manuseio adequado dos materiais utilizados. O

tempo de cada avaliação durou aproximadamente 30 minutos, no período

vespertino.

O material auxiliar utilizado para realizar a avaliação foi selecionado de

acordo com os critérios indicados no Manual de Avaliação Motora de Rosa Neto

(2002, p.37) (Anexo A), sendo estes:

Motricidade fina: 6 cubos de 2,5 cm; linha nº 60; agulha de costura (1cm x 1mm); um cordão de sapatos de 45 cm, cronômetro sexagesimal; papel de seda; bola de borracha ou bola de tênis de campo; cartolina branca; lápis nº 2; borracha e folhas de papel em branco.

Motricidade global: banco de 15 cm de altura; corda de 2m; elástico; suporte para saltar, uma caixa de fósforos e uma de cadeira de 45 cm de altura.

Equilíbrio: banco de 15 cm e cronômetro sexagesimal.

Esquema corporal: lápis nº 2 e cronômetro sexagesimal.

Organização espacial: palitos de 5 a 6 cm de comprimento, 1 retângulo e 2 triângulos de cores diferentes e figuras de boneco esquematizado.

Organização temporal: cronômetro sexagesimal e lápis nº 2.

Lateralidade: bola, tesoura, cartão de 15 cm x 15 cm com um furo no centro e tudo de cartão.

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6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A coleta dos dados foi realizada entre 14 a 18 de dezembro de 2015 em uma

Escola Estadual, localizada no município de Unaí – MG. O grupo de estudo avaliado

foi constituído por 23 crianças entre 6 e 7 anos, sendo 56,52% do sexo feminino e

43,48% do sexo masculino.

Após a análise dos dados, verificou-se que o desenvolvimento motor dos

escolares atingiu a classificação motora Normal Médio (QMG de 103,49) como

apontado na figura 3. Este resultado foi obtido através da média da idade

cronológica em meses (83,30) e a média da idade motora geral em meses (86,21),

as quais indicaram uma idade positiva de 2,9 meses, apontando uma idade

compatível com sua idade cronológica.

Figura 3 – Perfil Motor Geral FONTE: O autor

NOTA: As idades são expressas em meses

Analisando cada quesito do desenvolvimento motor, separadamente, a

Motricidade Fina apresentou nível motor de “Normal Médio”, esse dado se

assemelha ao estudo realizado por Bastitella (2001), ao avaliar o DM de crianças da

Normal médio 94,23

Normal médio 92,38

Normal médio

93, 22 Normal baixo

84,23

Normal médio 91,16

Inferior 73,22

Normal médio 103,49

QM1 QM2 QM3 QM4 QM5 QM6 QMG

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1ª a 4ª série na cidade de Cruz Alta – RS encontrou quociente de desenvolvimento

“Normal Médio”. Esses dados corroboram os achados de Brêtas e colaboradores

(2005), que obtiveram boa performance na motricidade fina em escolares de 6 a 10

anos, no momento em que foram submetidos aos testes equivalentes à função

motora fina. Em outro estudo realizado por Fonseca, Beltrame e Tkac (2008), o qual

objetivou analisar o DM de crianças com idades entre 6 e 9 anos, o nível motor

relacionado à Motricidade Fina apontou quociente de desenvolvimento “Normal

Médio”. Neste sentido, a Motricidade Fina é considerada um dos fatores importantes

no processo de aprendizagem, devido ao envolvimento das mãos com o meio

através de gestos minuciosos e habilidades de concentração e atenção (FONSECA,

1995).

Em pesquisa realizada por Dias, Sousa e Rezende (2014), com amostra

constituída por 97 alunos, com idade entre 10 e 11 anos, de ambos os gêneros,

apontou como nível motor “Normal Médio” para a Motricidade Fina. Do mesmo modo

em estudo feito por Oliveira (2013), com 30 escolares na faixa etária entre 5 e 8

anos revelou quociente de desenvolvimento “Normal Médio” para a Motricidade Fina,

esta por sua vez se caracteriza como uma das atividades motoras mais realizadas

pelo ser humano, já que são exercidas funções que envolvem um conjunto de

movimentos do corpo (PEREIRA, 2008).

A Motricidade global, outra habilidade motora avaliada, apresentou quociente

de desenvolvimento de “Normal Médio”, resultado que pode ser comparado ao

estudo realizado por Maciel e outros (2010), ao avaliar 162 escolares, na faixa etária

de 7 e 8 anos, das escolas da rede particular de ensino da cidade de Macapá,

apresentou quociente motor de “Normal Médio” para a Motricidade Global. Assim

como em pesquisa realizada por Souza e colaboradores (2015), os quais

evidenciaram classificação “Normal Médio” para a amostra composta por 50

escolares de ambos os gêneros e faixa etária de 8 anos. Desta forma, o movimento

global, seja ele o mais simples, apresenta-se em forma de movimento sinestésico,

tátil, visual e espacial, que pratica papel importante no processo dos comandos

nervosos e no afinamento das sensações e percepções e do processo de

aprendizagem (ROSA NETO, 2002).

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Deste modo, em estudo realizado por Santos e colaboradores (2016), com

crianças entre 8 e 9 anos de idade, os resultados apresentaram nível motor

classificado em “Normal Médio” no quesito Motricidade Global. Em outra pesquisa

efetuada por Santos (2015), com 16 escolares do 1º e 4º ano do ensino

fundamental, apontou para a Motricidade Global o quociente motor “Normal Médio”.

Esse resultado assemelha-se a estudo realizado por Silva (2013), com população

composta por 73 escolares de ambos os sexos, com faixa etária entre 8 e 9 anos,

sendo evidenciado nível motor “Normal Médio” para as atividades motoras

relacionadas à Motricidade Global.

O Equilíbrio assim definido por Rosa Neto (2002), é o estado de um corpo

quando forças distintas que atuam sobre ele se compensam e anulam-se

mutuamente. Isto posto apresentou nível de classificação para o quociente motor

“Normal Médio” assemelhando-se com pesquisa realizada por Rosa Neto e outros

(2010) que, ao analisar o perfil motor de 101 escolares, com faixa etária de 6 a 10

anos, sem queixas de dificuldades na aprendizagem, evidenciaram o quociente

motor “Normal Médio” para as tarefas motoras relacionadas ao Equilíbrio. Em outro

estudo realizado por Caetano, Silveira e Gobbi (2005), com 35 crianças entre 3 e 7

anos de idade distribuídas por faixa etária em 4 grupos, o grupo etário de 6 e 7 anos

apresentaram quociente motor “Normal Médio” para o quesito Equilíbrio.

Corroborando a esses resultados, uma pesquisa efetuada por Lorenzetti e

Bonadiman (2008), com 19 escolares entre 10 e 11 anos de idade, apontou como

classificação para as tarefas motoras equivalentes ao Equilíbrio o nível motor

“Normal Médio”. Sabbag e colaboradores (2008), ao analisarem o quesito Equilíbrio

em 207 crianças de ambos os sexos, obtiveram quociente motor classificado como

“Normal Médio”.

A imagem do corpo representa uma forma de equilíbrio que, como núcleo

central da personalidade, organiza-se em um contexto de relações mútuas do

organismo e do meio, assim definido por Rosa Neto (2002), o Esquema Corporal

apresentou nível motor “Normal Baixo”. Corroborando ao estudo realizado por

Fonseca, Beltrame e Tkac (2008), ao analisar o nível motor de crianças entre 6 e 9

anos, apresentou quociente motor “Normal Baixo” para as atividades direcionadas

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ao Esquema Corporal. Em pesquisa feita por Lopes e Farjalla (2009), com amostra

composta por 20 escolares entre 5 e 6 anos, evidenciou nível motor “Normal Baixo”

para o quesito Esquema Corporal. Em semelhança a esse resultado, Rocha e Neto

(2012), obtiveram a classificação motora “Normal Baixo” para o Esquema Corporal

com amostra composta por 10 crianças com 6 anos de idade. Já em estudo

realizado por Amaro e colaboradores (2010), apresentou o quociente motor “Inferior”

para o Esquema Corporal, resultado este correlacionado à amostra que apresentava

dificuldades na aprendizagem escolar.

A Organização Espacial, outra habilidade motora avaliada, apresentou

quociente motor “Normal Médio”, destacando que esta depende ao mesmo tempo,

da estrutura de nosso próprio corpo (estrutura anatômica, biomecânica, fisiológica),

da natureza do meio que nos rodeia e de suas características (ROSA NETO, 2002).

Esse resultado se equivale à pesquisa realizada por Vega, Santos e Vieira (2013),

com escolares de 6 e 7 anos (N= 58) que não possuíam nenhuma limitação física e

que estivessem devidamente matriculados no 1º ano do ensino fundamental,

apresentaram nível motor equivalente para a Organização Espacial “Normal Médio”.

Assim como em estudo realizado por Silveira, Cardoso e Souza (2014), cujo objetivo

foi avaliar o desempenho das habilidades motoras de crianças com 9 e 10 (N = 172)

anos de idade, apontou quociente motor “Normal Médio” para as atividades

destinadas a Organização Espacial. Corroborando a esse resultado Santos, Neto e

Pimenta (2013), em pesquisa realizada com 136 crianças de 8 e 9 anos de idade, de

ambos os gêneros, apresentaram classificação motora “Normal Médio” para o item

Organização Espacial. Em semelhança a esses resultados Santos (2012), ao avaliar

11 crianças com faixa etária entre 7 e 8 anos, apontou nível motor “Normal Médio”

para o quesito Organização Espacial.

Em relação à Organização Temporal é definida por Rosa Neto (2002), como a

consciência do tempo sobre as mudanças ocorridas, estando vinculada à memória e

à codificação da informação contida nos acontecimentos. O exposto estudo obteve

quociente motor equivalente a “Inferior”, fato este preocupante devido a Organização

Temporal estar intrinsicamente ligada a tarefas do cotidiano e por questões ligadas

ao processo de aprendizagem. Assim como em estudo realizado por Martins,

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Bastistella e Panda (2015), que tiveram como propósito avaliar o perfil motor de

escolares com faixa etária entre 6 e 8 anos (N=70) de ambos sexos, apresentou

nível motor proporcional a “Inferior” no quesito Organização Temporal. Em pesquisa

realizada por Sampaio e colaboradores (2013), com 70 crianças entre 6 e 11 anos

de idade, de ambos os gêneros, com diagnóstico de Síndrome de Down, apontou

quociente motor “Inferior” para as tarefas motoras relacionadas à Organização

Temporal. Em semelhança a esses resultados, Arruda e Silva (2010), ao avaliar 21

escolares de 4 a 6 anos de idade, obtiveram classificação motora “Inferior” para o

item Organização Temporal.

Contrariando o resultado obtido nesta pesquisa, o estudo realizado por Rosa

Neto e colaboradores (2010), apresentaram quociente motor “Normal Médio” para a

amostra constituída por 101 escolares entre 6 a 10 anos. O resultado obtido nessa

pesquisa relacionado à Organização Temporal necessita de uma atenção especial,

porém os aspectos advindos à percepção do tempo evoluem e amadurecem com a

idade (ROSA NETO, 2002).

De maneira geral no quesito Lateralidade, evidenciou-se que 98% dos

escolares avaliados apresentaram lateralidade definida, destes, 70% apresentaram

preferência lateral direita, definida como destro completo (olhos, mãos e pés) e 8%

apontaram preferência lateral esquerda e 20% apresentaram lateralidade cruzada. A

Lateralidade indefinida foi encontrada somente em 2% das crianças. Em estudo

realizado por Souza e colaboradores (2015), apresentou 96% da amostra com

lateralidade definida, destes 64% (N=32) são destros completos, 4% sinistro

completo e 28% (N=14) apresentam lateralidade cruzada. E apenas 4%

apresentaram lateralidade indefinida. Em estudo realizado por Oliveira (2013), em

relação à Lateralidade 60%(N=18) da amostra apontou lateralidade destro completo,

36,6% (N=11) com lateralidade indefinida e apenas 3,3% (N=1) sinistro completo.

Em resumo, a tabela 1, exibe a classificação motora geral dos escolares

avaliados, onde se nota inferioridade de 13,04% (N= 3) e evidencia a superioridade

de 60,86% (N= 14) das crianças que atingiram o DM compatível com sua idade

cronológica “Normal Médio”. Esse resultado se assemelha ao estudo realizado por

Souza e Silva (2010), que ao analisarem 29 crianças que desenvolviam atividades

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recreativas duas vezes por semana, dessas 79,31% (N= 23) obtiveram a

classificação como “Normal Médio”. Esses resultados já se eram previstos devido às

duas amostras não possuírem crianças com déficits físicos ou intelectuais. Assim

como em estudo realizado por Souza e outros (2015), que apresentou como índice

motor geral “Normal Médio” de 76% (N=38) dos 50 escolares avaliados.

Tabela 2: Classificação Geral do DM

Classificação Geral Frequência %

Muito Superior

(≥130 meses)

0 0%

Superior

(120 – 129 meses)

0 0%

Normal Alto

(110 – 119 meses)

0 0%

Normal Médio

(90 – 109 meses)

14 60,86%

Normal Baixo

(80 – 89 meses)

6 26,08%

Inferior

(70 – 79 meses)

3 13,04%

Muito Inferior

(69 ou menos)

0 0%

Total 23 100%

FONTE: O autor

Pereira, Manzatto e Marco (2010), utilizaram a Escala de Desenvolvimento

Motor para avaliar 60 escolares de ambos os sexos, com faixa etária de 6 a 11 anos

e que não apresentavam déficits motores ou cognitivos. A amostra apresentou

classificação para o perfil motor como “Normal Médio”. Em outra pesquisa realizada

por Rosa Neto (et al, 2010), com a população constituída de ambos os sexos, por

101 escolares de 6 a 10 anos. Na classificação geral dos escolares 96% (N=97)

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apresentaram desenvolvimento motor normal (normal alto, médio e baixo). Esses

achados se assemelham a outras pesquisas que associam o DM ao rendimento

escolar os quais revelam correlação com o que a criança é capaz de aprender

(cognitivo) e o que é capaz de executar (motor) (BASTISTELLA, 2001). O que se

pode comprovar pelo estudo realizado por Amaro e outros (2010), com escolares

que apresentavam dificuldades na aprendizagem, sendo avaliadas 38 crianças com

idade entre 6 e 10, obtiveram, de acordo com a EDM, a classificação de 76,3% o

índice de desenvolvimento “inferior” e “muito inferior”.

Simões e colaboradores (2016), avaliaram 21 crianças entre 8 e 9 anos,

estudantes do ensino fundamental, as quais apresentaram, de acordo com a EDM o

perfil motor classificado como “Normal Médio” para 31,8% dos escolares avaliados.

Assim como em estudo realizado por Ferreira e outros (2015), com 52 escolares

entre 7 e 9, obtiveram classificação motora geral “Normal Médio”, contradizendo as

queixas de dificuldades na aprendizagem. Corroborando a esses resultados Silva e

colaboradores (2009) ao analisarem 60 crianças de ambos os gêneros com idades

entre 6 e 7 anos, praticantes de atividades físicas sistematizadas em um programa

de clube esportivo, apontaram nível motor classificado como “Normal Médio”.

Desta forma, a partir dos resultados obtidos, pôde-se notar que a amostra

estudada apresenta desenvolvimento motor equivalente a sua idade cronológica,

sendo que atividades que estimulem a idade motora devem sempre estar presentes

no cotidiano e no âmbito escolar, a fim de estimularem o desenvolvimento de forma

global.

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7. CONCLUSÃO

Conclui-se que os desenvolvimentos motores da motricidade fina, motricidade

global, equilíbrio, esquema corporal e lateralidade dos escolares avaliados estão

dentro dos padrões da normalidade (“normal médio”; “normal baixo”), sendo que

somente o quesito organização espacial apresentou classificação motora “inferior”.

De modo geral, os escolares avaliados encontram-se em idade cronológica e idade

motora compatíveis, evidenciando um desenvolvimento motor satisfatório.

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8. REFERÊNCIAS

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motor-em-escolares.htm> Acesso em 08 abr. 2016. ALMEIDA, G. M. F. Deficiência mental: avaliação e classificação do desenvolvimento motor. Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC. 2007. Disponível em: < http://www.tede.udesc.br/tde_arquivos/TDE-TZ-/GecielyMFAlmeida.pdf >. Acesso em 21 set. 2015. ARRUDA, K. M. F; SILVA, E. A. A. Desenvolvimento motor na educação infantil através da ludicidade. ConnectOnline. p. 1 – 14. 2010 Disponível em: <http://www.periodicos.univag.com.br/index.php/CONNECTIONLINE/article/download/131/363 > Acesso em 18 set. 2015. BADARÓ, A. F. V; BASSO, D. B. A. A saúde do escolar por um olhar da fisioterapia. Convibra Saúde – Congresso Virtual Brasileiro de Educação, gestão e promoção da saúde. Disponível em: < http://www.convibra.com.br/upload/paper/2012/74/2012_74_4123.pdf > Acesso em 24 out. 2015.

BALK, R. S. et al. Eficácia da estimulação sensório-motora em bebês de 4 a 12 meses de uma escola infantil. Saúde (Santa Maria), Santa Maria, v. 42, n. 01, jan./jun. 2016. Disponível em: < http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/revistasaude/article/view/17627 >. Acesso em: 30 abr. 2016.

BATISTELLA PA. Estudo de parâmetros motores em escolares com idade de 6 a 10 anos na cidade de Cruz Alta - RS. Universidade do Estado de Santa Catarina, 2001. Disponível em<https://www.periodicos.com.br/search?q=Estudo+de+par%C3%A2metros+motores+em+escolares+com+idade+de+6+a+10+anos+na+cidade+de+Cruz+Alta+-+RS.&oq> Acesso em 08 abr. 2016. BRÊTAS, J. R. S. et al,. Avaliação de funções psicomotoras de crianças entre 6 e 10 anos de idade. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 18, p. 403-412, 2005. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ape/v18n4/a09v18n4.pdf> Acesso em 08 abr. 2016.

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ANEXO A – Manual de Avaliação Motora de Rosa Neto (2002)

MOTRICIDADE FINA

6 ANOS - LABIRINTO

Criança sentada numa mesa escolar diante de um lápis e uma folha

contendo os labirintos. Traçar com um lápis uma linha contínua desde a entrada

até a saída do primeiro labirinto e imediatamente iniciar o segundo. Após 30

segundos de repouso, começar o mesmo exercício com a mão esquerda, figura nº

1.

Figura nº 1

Erros: A linha ultrapassa o labirinto mais de duas vezes com a mão

dominante, e mais de três vezes com a mão não dominante; tempo limite

ultrapassado; levantar mais que uma vez o lápis do papel. Duração: 1 minuto e

20 segundos para a mão dominante (direita ou esquerda) e 1 minuto e 25

segundos para a mão não dominante (direita ou esquerda). Nº de tentativas: duas

p/ cada mão.

7 ANOS - BOLINHAS DE PAPEL

Fazer uma bolinha compacta com um pedaço de papel de seda (5cm X

5cm) com uma só mão, palma para baixo e sem ajuda da outra mão. Após 15

segundos de repouso, o mesmo exercício com a outra mão. Erros: tempo limite

ultrapassado; bolinha pouco compacta. Duração: 15 segundos para a mão

dominante e 20 segundos para a mão não dominante. Tentativas: duas para cada

mão. Observar se há sincinesias (movimentos involuntários).

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8 ANOS - PONTA DO POLEGAR

Com a ponta do polegar, tocar com a máxima velocidade possível os

dedos da mão, um após o outro, sem repetir a sequência. Inicia-se do dedo

menor para o polegar, retornando para o menor, figura nº 2.

5 4 3 2 1 2 3 4 5

Figura nº 2

O mesmo exercício com a outra mão. Erros: Tocar várias vezes o mesmo

dedo; tocar dois dedos ao mesmo tempo; esquecer-se de um dedo; tempo

ultrapassado. Duração: cinco segundos. Tentativas: duas para cada mão.

9 ANOS - LANÇAMENTO COM UMA BOLA

Arremessar uma bola (seis cm de diâmetro), num alvo de 25 X 25, situado

na altura do peito, 1,50m de distância (lançamento a partir do braço flexionado,

mão próxima do ombro, pés juntos). Erros: deslocamento exagerado do braço;

cotovelo não ficou fixo ao corpo durante o arremesso; acertar menos de duas

vezes sobre três com a mão dominante e uma sobre três com a mão não

dominante. Tentativas: três para cada mão, figura nº 3.

Figura nº 3

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10 ANOS - CÍRCULO COM O POLEGAR

A ponta do polegar esquerdo sobre a ponta do índice direito e vice-versa. O

índice direito deixa a ponta do polegar esquerdo e desenhando uma circunferência

ao redor do índice esquerdo e vai buscar a ponta do polegar esquerdo, entretanto

permanece o contato do índice esquerdo com o polegar direito. A continuação do

índice esquerdo que se faz à manobra, e assim sucessivamente, com a maior

velocidade possível. Em torno de 10 segundos a criança fecha os olhos e continua

assim por espaço de outros 10 segundos. Erros: movimento mal executado; menos

de 10 círculos, não execução com os olhos fechados, figura nº 4. Tentativas: três

Figura nº 4

11 ANOS - AGARRAR UMA BOLA

Agarrar com uma mão uma bola (6cm de diâmetro), lançada desde 3

metros de distância. A criança deve manter o braço relaxado ao longo do corpo

até que se diga "agarre". Após 30 segundos de repouso, o mesmo exercício com

a outra mão. Erros: agarrar menos de três vezes sobre cinco, com a mão

dominante; menos de duas vezes sobre cinco com a mão não dominante.

Tentativas: cinco para cada mão, figura nº 5.

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MOTRICIDADE GLOBAL

6 ANOS - CAMINHAR EM LINHA RETA

Com os olhos abertos, percorrer 2 metros em linha reta, posicionando

alternadamente o calcanhar de um pé contra a ponta do outro, figura nº 6. Erros:

afastar-se da linha; balanceios; afastar um pé do outro; execução ruim.

Tentativas: três.

Figura nº 6

7 ANOS – PÉ MANCO

Com os olhos abertos, saltar ao longo de uma distância de 5 metros com a

perna esquerda, a direita flexionada em ângulo reto com o joelho, os braços

relaxados ao longo do corpo, figura nº 7. Após um descanso de 30 segundos, o

mesmo exercício com a outra perna. Erros: distanciar-se mais de 50 cm da linha;

tocar no chão com a outra perna; balançar os braços. Tentativas: duas para cada

perna. Tempo indeterminado.

Figura nº 7

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8 ANOS - SALTAR UMA ALTURA DE 40 CM

Com os pés juntos: saltar sem impulso uma altura de 40 cm, figura nº 8.

Material: dois suportes com uma fita elástica fixada nas extremidades dos

mesmos, altura: 40 cm. Erros: tocar no elástico; cair (apesar de não ter tocado no

elástico); tocar no chão com as mãos. Tentativas: três no total, sendo que duas

deverão ser positivas.

Figura nº 8 9 ANOS - SALTAR SOBRE O AR

Salto no ar, flexionar os joelhos para tocar os calcanhares com as mãos,

figura nº 18. Erros: não tocar nos calcanhares. Tentativas: três. Figura n° 9.

10 ANOS – PÉ MANCO COM UMA CAIXA DE FÓSFOROS

Joelho flexionado em ângulo reto, braços relaxados ao longo do corpo. A

25cm do pé que repousa no solo se coloca uma caixa de fósforos. A criança deve

levá-la impulsionando-a com o pé até o ponto situado a 5 metros, figura nº 10.

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Erros: tocar no chão (ainda que uma só vez) com o outro pé; movimentos

exagerados com os braços, a caixa ultrapassar em mais de 50cm do ponto fixado;

falhar no deslocamento da caixa. Tentativas: três.

Figura nº 10

11 ANOS - SALTAR SOBRE UMA CADEIRA

Saltar sobre uma cadeira de 45cm a 50cm com uma distância de 50cm da

mesma. O encosto será sustentado pelo examinador, figura nº 11. Erros: perder o

equilíbrio e cair, agarrar-se no encosto da cadeira. Tentativas: três.

Figura nº 11

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EQUILÍBRIO

6 ANOS – PÉ MANCO ESTÁTICO

Com os olhos abertos, manter-se sobre a perna direita, a outra

permanecerá flexionada em ângulo reto, coxa paralela à direita e ligeiramente em

abdução, braços ao longo do corpo, figura nº 12. Fazer um descanso de 30

segundos, o mesmo exercício com a outra perna. Erros: baixar mais de três vezes

a perna levantada; tocar com o outro pé no chão; saltar; elevar-se sobre a ponta do

pé; balanceios. Duração: 10 segundos. Tentativas: três

Figura nº 12

7 ANOS - FAZER UM QUATRO

Manter-se sobre o pé esquerdo, a planta do pé direito apoiada na face

interna do joelho esquerdo, mãos fixadas nas coxas, olhos abertos, figura nº 13.

Após um descanso de 30 segundos, executar o mesmo movimento com a outra

perna. Erros: deixar cair uma perna; perder o equilíbrio; elevar-se sobre a ponta

dos pés. Duração: 15 segundos. Tentativas: duas para cada perna.

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8 ANOS - EQUILÍBRIO DE CÓCORAS

De cócoras, braços estendidos lateralmente, olhos fechados, calcanhares e

pés juntos, figura nº 14. Erros: cair; sentar-se sobre os calcanhares; tocar no chão

com as mãos; deslizar-se; baixar os braços três vezes. Duração: 10 segundos.

Tentativas: três.

Figura nº 14

9 ANOS - EQUILÍBRIO COM O TRONCO FLEXIONADO

Com os olhos abertos, mãos nas costas, elevar-se sobre as pontas dos pés

e flexionar o tronco em ângulo reto (pernas retas), figura nº 15. Erros: flexionar as

pernas mais de duas vezes; mover-se do lugar; tocar o chão com os calcanhares.

Duração: 10 segundos. Tentativas: duas.

Figura nº 15

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10 ANOS - EQUILÍBRIO NA PONTA DOS PÉS - OLHOS FECHADOS

Manter-se sobre a ponta dos pés, olhos fechados, braços ao longo do

corpo, pés e pernas juntas, figura nº 16. Erros: mover-se do lugar; tocar o chão

com os calcanhares; balançar o corpo (permite-se ligeira oscilação). Duração: 15

segundos. Tentativas: três.

Figura nº 16

11 ANOS – PÉ MANCO ESTÁTICO - OLHOS FECHADOS

Com os olhos fechados, manter-se sobre a perna direita, o joelho esquerdo

flexionado em ângulo reto, coxa esquerda paralela à direita e em ligeira abdução,

braços ao longo do corpo, figura nº 17. Após 30 segundos de descanso, repetir o

mesmo exercício com a outra perna. Erros: baixar mais de três vezes a perna;

tocar o chão com a perna levantada; mover-se do lugar; saltar. Duração: 10

segundos. Tentativas: duas para cada perna.

Figura nº 17

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ESQUEMA CORPORAL

PROVA DE RAPIDEZ (6 a 11 ANOS)

Material: folha de papel quadriculado com 25 X 18 quadrados (quadro de

1cm de lado), lápis preto nº 2 e cronômetro, figura nº 18. A folha quadriculada se

apresenta em sentido longitudinal. "Pegue o lápis. Vê estes quadrados? Vai fazer

um risco em cada um, o mais rápido que puder. Faça os riscos como desejar,

porém apenas um risco em cada quadrado. Preste muita atenção e não salte

nenhum quadrado, porque não poderá voltar atrás”. A criança toma o lápis com a

mão que preferir (mão dominante).

Figura nº 18 - Prova de rapidez

Iniciar o mais rápido que puder até completar o tempo da prova. Estimular

várias vezes: "Mais rápido". Tempo: 1 minuto.

Critérios da prova:

Caso os traços forem lentos e precisos ou em forma de desenhos

geométricos, repetir uma vez mais a prova, mostrando claramente os

critérios;

Observar durante a prova se o examinando apresenta dificuldades na

coordenação motora, instabilidade, ansiedade, e sincinesias.

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PONTUAÇÃO

ORGANIZAÇÃO ESPACIAL 6 ANOS - DIREITA / ESQUERDA - CONHECIMENTO SOBRE SI

Identificar em si mesmo a noção de direita e esquerda, figura nº 19.

1. Levantar a mão direita

2. Levantar a mão esquerda

3. Indicar o olho direito

Figura nº

19

IDADE

6 anos

7 anos

8 anos

9 anos

10 anos

11 anos

NÚMERO DE TRAÇOS

57 – 73

74 – 90

91 – 99

100 – 106

107 – 114

115 ou mais

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O examinador não executará nenhum movimento, apenas o examinando. Total de

três perguntas e todas deverão ser respondidas corretamente. Ex.: “Mostre-me sua

mão direita...”. Êxito: Três acertos - 3/3.

7 ANOS - EXECUÇÃO DE MOVIMENTOS EXECUÇÃO DE MOVIMENTOS NA ORDEM

O examinador solicitará ao examinando que realize movimentos, de acordo

com a sequência abaixo. Ex.: “Agora você irá colocar a mão direita na orelha

esquerda...”. Êxito: Cinco acertos - 5/6.

1. Mão direita na orelha

esquerda

2. Mão esquerda no olho direito

3. Mão direita no olho esquerdo

4. Mão esquerda na

orelha direita

5. Mão direita no olho direito

6. Mão esquerda na orelha esquerda

8 ANOS - DIREITA / ESQUERDA - RECONHECIMENTO SOBRE OUTRO

O examinador se colocará de frente ao examinando e perguntará: “agora

você irá identificar minha mão direita...”.

1. Toca-me a mão direita

2. Toca-me a mão esquerda

3. Em que mão tem a bola?

Figura nº 20

O observador tem uma bola na mão direita. Êxito: Três acertos - 3/3

8 ANOS - REPRODUÇÃO DE MOVIMENTOS – REPRESENTAÇÃO HUMANA

Frente a frente, o examinador irá executar alguns movimentos e o

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examinando irá prestar muita atenção nos movimentos das mãos, figura nº 21.

"Eu vou fazer certos movimentos que consistem em levar uma mão (direita ou

esquerda) até um olho ou uma orelha (direita ou esquerda), desta maneira"

(demonstração rápida). "Você fixará no que estou fazendo e irá fazer o mesmo,

não poderá realizar movimentos de espelho". Se a criança entendeu o teste,

através dos primeiros movimentos, se pode prosseguir, caso contrário, oferece

uma segunda explicação. Êxitos: Seis acertos - 6/8.

1. Mão esquerda

no olho

direito

2. Mão direita na orelha direita

3. Mão direita no olho esquerdo

4. Mão

esquerda na

orelha

esquerda

5. Mão direita no olho direito

6. Mão esquerda na orelha direita

7. Mão direita na orelha esquerda

8. Mão esquerda no olho esquerdo

Figura nº

21

9 ANOS - REPRODUÇÃO DE MOVIMENTOS – FIGURA HUMANA

Frente a frente, o examinador irá mostrar algumas figuras esquematizadas

e o examinando irá prestar muita atenção nos desenhos e irá reproduzi-los, figura

nº 22. Os mesmos movimentos executados anteriormente (prova de 9 anos).

"Você fará os mesmos gestos e com a mesma mão do boneco esquematizado".

Êxitos: Seis acertos - 6/8.

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BONECO - figura esquematizada desenhada em cartão de 18cm X 10cm

1. Mão esquerda

no olho

direito

2. Mão direita na orelha direita

3. Mão direita no olho esquerdo

4. Mão

esquerda

na orelha

esquerda

5. Mão direita no olho direito

6. Mão esquerda na orelha direita

7. Mão direita na orelha esquerda

8. Mão esquerda no olho esquerdo

Figura nº 22

10 ANOS - RECONHECIMENTO DA POSIÇÃO RELATIVA DE TRÊS OBJETOS

Sentados, frente a frente, examinador fará algumas perguntas para o

examinando que permanecerá com os braços cruzados. MATERIAL: três cubos

ligeiramente separados (15cm) colocados da esquerda para a direita sobre a

mesa, como segue: AZUL, AMARELO, VERMELHO. “Você vê os três objetos

(cubos) que estão aqui na sua frente. Você irá responder rapidamente as

perguntas que irei fazer". O examinando terá como orientação espacial (ponto de

referência) o examinador. Êxitos: Cinco acertos - 5/6

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a. O CUBO AZUL ESTÁ À DIREITA OU À ESQUERDA DO VERMELHO? b. O CUBO AZUL ESTÁ À DIREITA OU À ESQUERDA DO AMARELO? c. O CUBO AMARELO ESTÁ À DIREITA OU À ESQUERDA DO AZUL? d. O CUBO AMARELO ESTÁ À DIREITA OU À ESQUERDA DO VERMELHO? e. O CUBO VERMELHO ESTÁ À DIREITA OU À ESQUERDA DO AMARELO? f. O CUBO VERMELHO ESTÁ À DIREITA OU À ESQUERDA DO AZUL?

PONTUAÇÃO - ORGANIZAÇÃO ESPACIAL

Anotar positivo (+), nas provas com bom resultados.

Anotar negativo (-), nas provas mal sucedidas.

AVALIAÇÃO – ORGANIZAÇÃO ESPACIAL

Progredir, quando os resultados forem positivos, de acordo com o teste.

Parar, quando os resultados forem negativos, de acordo com o teste.

ORGANIZAÇÃO TEMPORAL

6 a 11 ANOS – ESTRUTURAS TEMPORAIS / RITMO ESTRUTURA ESPAÇO-TEMPORAL (REPRODUÇÃO DE SOM)

Nesta etapa a criança irá reproduzir por meio de golpes 20 estruturas

temporais, de acordo com o quadro abaixo. Material: carteira escolar, cartões com

as estruturas temporais e dois lápis.

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ENSAIO 1 00 ENSAIO 2 0 0

CARTÃO N°.1

000 CARTÃO N°.11

0 0000

CARTÃO N°.2

00 00 CARTÃO N°.12

00000

CARTÃO N°.3

0 00 CARTÃO N°.13

00 0 00

CARTÃO N°.4

0 0 0 CARTÃO N°.14

0000 00

CARTÃO N°.5

0000 CARTÃO N°.15

0 0 0 00

CARTÃO N°.6

0 000 CARTÃO N°.16

00 000 0

CARTÃO N°.7

00 0 0 CARTÃO N°.17

0 0000 00

CARTÃO N°.8

00 00 00 CARTÃO N°.18

00 0 0 00

CARTÃO N°.9

00 000 CARTÃO N°.19

000 0 00 0

CARTÃO N°.10

0 0 0 0 CARTÃO N°.20

0 0 000 00

Examinador e criança sentados frente a frente, com um lápis na mão cada

um na posição vertical. "Você irá escutar diferentes sons, e com o lápis irá repeti-

los. Escute com atenção".

Tempo curto: em torno de 1/4 de segundo (00), dado com o lápis sobre a mesa.

Tempo longo: em torno de 1 segundo (0 0 0), dado com o lápis sobre a mesa.

Ensaio: O examinador dará golpes (batidas sonoras com o lápis na mesa) da

primeira estrutura e a criança repetirá o som. Se a criança falha na estrutura

realiza-se uma nova demonstração. O examinador golpeia outra estrutura e a

criança continuará repetindo. Após o ensaio correto poderá iniciar os testes. Teste:

Os movimentos (golpes com um lápis) não poderão ser vistos pela criança. Parar

definitivamente quando a criança cometer três erros consecutivos. Estes períodos

de tempo são difíceis de apreciar; já que importa realmente é que a sucessão seja

correta.

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Tentativas: Parar quando a criança falhar três estruturas sucessivas.

Erros: O examinador repetir mais de uma vez as estruturas temporais e a criança

não diferenciar tempo curto de tempo longo.

PONTUAÇÃO

IDADE PONTOS

6 anos 6 – 13 acertos

7 anos 14 – 18 acertos

8 anos 19 – 23 acertos

9 anos 24 – 26 acertos

10 anos 27 – 31 acertos

11 anos 32 – 40 acertos

LATERALIDADE

LATERALIDADE DAS MÃOS

1. Lançar uma bola 2. Utilizar um objeto (tesoura, pente, escova de dente, etc).

3. Escrever, pintar, desenhar, etc.

A criança está na posição de pé, sem nenhum objeto ao alcance de sua mão.

“Você irá demonstrar como realiza tal movimento...”.

LATERALIDADE DOS OLHOS

✓ CARTÃO FURADO - cartão de 15 x 25 com um furo no centro de 0,5cm (de

diâmetro). “Fixa bem neste cartão, tem um furo e eu olho por ele”.

Demonstração: o cartão sustentado pelo braço estendido vai aproximando-

se lentamente do rosto. “Faça você o mesmo”.

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✓ TELESCÓPIO (tubo longo de cartão) – Você sabe para que serve um

telescópio? ”Serve para visualizar um objeto (demonstração). Toma, olha

você mesmo...” (indicar-lhe um objeto).

1. Cartão furado 2. Telescópio

LATERALIDADE DOS PÉS

✓ CHUTAR UMA BOLA - (bola de 6 cm de diâmetro) “Você irá segurar esta

bola com uma das mãos, depois soltará a mesma e dará um chute, sem

deixá-la tocar no chão”. Nº de tentativas: duas.

1. Chutar uma bola

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RESULTADOS

LATERALIDADeE

MÃOS

OLHOS

PÉS

D (direito) 3 provas com a direita

2 provas com o direito

2 chutes com o direito

E (esquerdo) 3 provas com a esquerda

2 provas com o esquerdo

2 chutes com o esquerdo

I (indefinido) 1 ou 2 provas com a direita ou esquerda

1 prova com o direito ou esquerdo

1 chute com o direito ou esquerdo

PONTUAÇÃO GERAL

DDD DESTRO COMPLETO

EEE SINISTRO COMPLETO

DED / EDE / DDE LATERALIDADE CRUZADA

DDI / EEI / EID LATERALIDADE INDEFINIDA

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APÊNDICE A – Autorização para a coleta de dados

Ofício

Paracatu, 03 de Novembro de 2015.

Assunto: solicitação para aplicação de uma avaliação motora nos alunos de 6 e 7

anos matriculados no 1º ano do ensino fundamental anos iniciais

Prezada Diretora,

A Faculdade TECSOMA, vem apresentar a aluna Pricilla Rodrigues, acadêmica do

8° período do Curso de Fisioterapia da Instituição Faculdade Tecsoma - Paracatu -

MG, e por meio deste solicitar a Sra. Diretora da Escola Estadual Tancredo de

Almeida Neves autorização para realização do Projeto de pesquisa de Conclusão de

Curso com fins científicos, cujo tema “Avaliação do desempenho motor em crianças

na faixa etária de 06 e 07 anos em Escola da Rede Estadual de Ensino de Unaí-Mg”.

Sendo que o estudo se realizará no mês de Dezembro de 2015.

Desde já agradecemos pela atenção e contamos com a sua colaboração.

Colocamo-nos totalmente à disposição para demais esclarecimentos.

Atenciosamente,

_________________________________________

Coordenadora

A excelentíssima Sra. Diretora

__________________________________

Valéria Masumi Yukawa Yoshinaga