13
1 Avaliação, Qualidade Educacional e Participação: a experiência autoavaliativa da Unifor Universidade de Fortaleza (UNIFOR) Eixo I - Criação de estratégias e metodologias para o trabalho das CPA Danielle Batista Coimbra (Universidade de Fortaleza) Grace Troccoli Vitorino (Universidade de Fortaleza) Nise Fraga Sanford (Universidade de Fortaleza) Resumo O presente trabalho versa sobre as interfaces entre autoavaliação, qualidade educacional e participação, a partir da experiência da CPA da Universidade de Fortaleza UNIFOR. O objetivo do projeto proposto consiste em apresentar um relato de experiência das ações desenvolvidas pelo Colegiado de Avaliação Institucional Interna (CPA) da referida instituição, mediado por considerações analítico-reflexivas, sobretudo no que tange aos seus objetivos, estratégias e metodologias de avaliação interna, voltadas para a consolidação de uma cultura avaliativa, cuja premissa está baseada na participação dos sujeitos implicados no processo de autoavaliação. A metodologia do estudo ora apresentado é de natureza qualitativa, mediante revisão da literatura e análise documental. Nestes termos, investigou-se o processo da avaliação interna, de uma instituição particular de ensino superior, cuja experiência avaliativa vem se desenvolvendo, de modo ininterrupto, desde a sua criação. O referencial teórico utilizado está ancorado, sobretudo, nas proposições de Andriola (2013); Sobrinho (2000) e Leite (2005). Os resultados indicam que para que a avaliação institucional, no contexto universitário, concorra para a qualidade educativa, é necessário potencializar o desenvolvimento da instituição, mediante processo permanente de avaliação, intentando aperfeiçoar a atuação qualificada na educação superior e identificar no âmbito do ensino, pesquisa e extensão, as aproximações e os distanciamentos institucionais do Projeto Pedagógico da universidade e suas interseções com o Plano de Desenvolvimento Institucional. As evidências coletadas identificaram que as ações de avaliação interna, desenvolvidas pelo COAVI/CPA na UNIFOR, balizam-se pela perspectiva diagnóstica, mediadora, formativa e contínua, cujos objetivos pautam-se por elaborar e propor ações acadêmico-educativas em consonância com as peculiaridades da instituição, tendo em vista a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão. No que se refere à perspectiva formativa, no trabalho da CPA em pauta, observou-se que foi tomada como prática a serviço da qualidade acadêmica; do planejamento; da elaboração de objetivos e critérios avaliativos, Ou seja: avalia-se, à luz de procedimentos atitudinais, sob uma perspectiva da avaliação como meio e não como fim, para gerar as mudanças necessárias. Aponta-se, a guisa de conclusão, que a experiência autoavaliativa ora apresentada prima pela efetiva participação dos sujeitos desse processo, objetivando a formulação de ações para a transformação e aperfeiçoamento da UNIFOR. Palavras-chave: Autoavaliação da UNIFOR, ações de avaliação interna, trabalho CPA

Avaliação, Qualidade Educacional e Participação: a ...download.inep.gov.br/educacao_superior/avaliacao_institucional/... · paralelamente, desenvolveu-se a revisão da literatura

Embed Size (px)

Citation preview

1

Avaliação, Qualidade Educacional e Participação: a experiência autoavaliativa da

Unifor

Universidade de Fortaleza (UNIFOR)

Eixo I - Criação de estratégias e metodologias para o trabalho das CPA

Danielle Batista Coimbra (Universidade de Fortaleza)

Grace Troccoli Vitorino (Universidade de Fortaleza)

Nise Fraga Sanford (Universidade de Fortaleza)

Resumo

O presente trabalho versa sobre as interfaces entre autoavaliação, qualidade educacional

e participação, a partir da experiência da CPA da Universidade de Fortaleza – UNIFOR.

O objetivo do projeto proposto consiste em apresentar um relato de experiência das

ações desenvolvidas pelo Colegiado de Avaliação Institucional Interna (CPA) da

referida instituição, mediado por considerações analítico-reflexivas, sobretudo no que

tange aos seus objetivos, estratégias e metodologias de avaliação interna, voltadas para a

consolidação de uma cultura avaliativa, cuja premissa está baseada na participação dos

sujeitos implicados no processo de autoavaliação. A metodologia do estudo ora

apresentado é de natureza qualitativa, mediante revisão da literatura e análise

documental. Nestes termos, investigou-se o processo da avaliação interna, de uma

instituição particular de ensino superior, cuja experiência avaliativa vem se

desenvolvendo, de modo ininterrupto, desde a sua criação. O referencial teórico

utilizado está ancorado, sobretudo, nas proposições de Andriola (2013); Sobrinho

(2000) e Leite (2005). Os resultados indicam que para que a avaliação institucional, no

contexto universitário, concorra para a qualidade educativa, é necessário potencializar o

desenvolvimento da instituição, mediante processo permanente de avaliação, intentando

aperfeiçoar a atuação qualificada na educação superior e identificar no âmbito do

ensino, pesquisa e extensão, as aproximações e os distanciamentos institucionais do

Projeto Pedagógico da universidade e suas interseções com o Plano de

Desenvolvimento Institucional. As evidências coletadas identificaram que as ações de

avaliação interna, desenvolvidas pelo COAVI/CPA na UNIFOR, balizam-se pela

perspectiva diagnóstica, mediadora, formativa e contínua, cujos objetivos pautam-se por

elaborar e propor ações acadêmico-educativas em consonância com as peculiaridades da

instituição, tendo em vista a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão. No que se

refere à perspectiva formativa, no trabalho da CPA em pauta, observou-se que foi

tomada como prática a serviço da qualidade acadêmica; do planejamento; da elaboração

de objetivos e critérios avaliativos, Ou seja: avalia-se, à luz de procedimentos

atitudinais, sob uma perspectiva da avaliação como meio e não como fim, para gerar as

mudanças necessárias. Aponta-se, a guisa de conclusão, que a experiência

autoavaliativa ora apresentada prima pela efetiva participação dos sujeitos desse

processo, objetivando a formulação de ações para a transformação e aperfeiçoamento da

UNIFOR.

Palavras-chave: Autoavaliação da UNIFOR, ações de avaliação interna, trabalho CPA

2

Introdução:

A avaliação institucional no contexto da educação superior, em termos gerais, pauta-se

por uma concepção de matizes fundamentalmente pedagógicos, posto que “não se trata

apenas de conhecer o estado da arte, mas também de construir [...], reconhecer as

formas e a qualidade das relações na instituição [...]” (DIAS SOBRINHO; BALZAN,

1995, p.56) e, para além das estruturas internas, estabelecer um vínculo com a

sociedade.

Nestes termos, cabe uma reflexão de modo mais detido, focalizando essa marca

educativo-pedagógica, acerca das práticas avaliativas no cenário das Instituições de

Ensino Superior (IES), no contexto brasileiro, pautadas, por seu turno, na Lei nº 10.861,

de 14 de abril de 2004, (BRASIL, 2004), que implantou o Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Superior (SINAES): [...] constituído por três grandes pilares: a Avaliação Institucional composta

pela autoavaliação e avaliação externa; a Avaliação da Graduação e a

Avaliação do Desempenho dos Estudantes da Educação Superior (ENADE).

Pela primeira vez foi instituído um sistema, ou seja, não foram ações

avaliativas soltas e sem interligações, mas sim, um sistema que tem como

objetivo "olhar" o todo através das suas partes (POLIDORI; FONSECA;

LARROSA, 2007, p.4).

E, seguindo esse veio, assinala-se, aqui, a experiência da Universidade de Fortaleza

(UNIFOR), mantida pela Fundação Edson Queiroz, foi criada em 1973, e desde o início

de sua história, constitui-se como uma instituição cujo objetivo é contribuir para o

desenvolvimento da região Nordeste. Ao tomar como referência o conjunto das

instituições de ensino superior brasileiras, a UNIFOR vem se destacando como uma das

poucas Universidades criadas como projeto único e integral ab initio, cujo

desenvolvimento, tem erigido, ao lado das instituições superiores públicas existentes no

estado do Ceará, um perfil balizado pela qualificação de recursos humanos. Desse

modo, cumpre sua função e responsabilidade social, posto que para além da formação

integral do nordestino e da sua qualificação profissional, contribui, sobremaneira, para a

transformação cultural e técnico-científica de todo um povo de uma região marcada por

adversidades naturais.

Mediante permanente integração com a sociedade em geral, a UNIFOR reelaborou, em

2010, com a participação da comunidade acadêmica, a sua missão, que passou a ser:

contribuir para realização de ideais e sonhos, formando profissionais de excelência,

mantendo compromisso com o desenvolvimento socioambiental, científico e cultural.

Além de estabelecer os valores institucionais, a saber: respeito ao homem e à sua

diversidade, aos princípios democráticos e aos direitos humanos; responsabilidade

social e ambiental; compreensão do ser humano como centro do processo educativo;

contribuição com as transformações científicas, econômicas, políticas, sociais, culturais

e tecnológicas; e, compromisso com a ética, a arte e a estética.

Atualmente a UNIFOR oferta 38 cursos de graduação (Bacharelado, Licenciatura e

Superior de Tecnologia) nas áreas jurídicas, da saúde, tecnológicas, da gestão e

comunicação; mais de 90 cursos de especialização e MBA; cinco cursos de mestrado

próprios e um Mestrado Interinstitucional em convênio com a Universidade Mackenzie

(MINTER); quatro cursos de doutorado próprios; um curso de doutorado em associação

ampla com a UFC e a UECE, além de um doutorado em parceria com a Rede Nordeste

de Tecnologia. A instituição já formou mais de 67 mil profissionais e possui cerca de 26

mil alunos, contando com um corpo docente formado por 1.070 professores, dos quais

23,8% são doutores, 57,8% são mestres e 18,4% são especialistas.

3

Os Centros de Ciências possuem Núcleos de Pesquisa. Assinalam-se, ainda, grupos e

linhas de pesquisa, registrados no Diretório de Grupos de Pesquisas do Brasil- CNPq,

com a oferta de bolsas de pesquisa de iniciação científica. A UNIFOR desenvolve

diversas atividades de extensão universitária que complementam o currículo acadêmico,

por meio dos cursos de educação continuada, projetos sociais, intercâmbio internacional

e estágio acadêmico. Cabe assinalar os projetos e as ações realizadas por alunos e

professores que promovem a responsabilidade social junto à comunidade, pela

integração entre a educação e áreas como saúde, arte, cultura, esporte, cidadania,

capacitação profissional e meio ambiente. Quanto aos programas acadêmicos da

universidade assinalam-se o Programa de Monitoria Institucional que objetiva a

formação de futuros docentes, oferecendo ao aluno a oportunidade de desenvolver

atividades de ensino-aprendizagem em disciplinas de seu curso; o Programa de Apoio

Psicopedagógico - PAP, destinado a mediar processos de orientação e de

acompanhamento aos alunos que se encontram em dificuldades emocionais, relacionais,

vocacionais, físicas ou outras que se caracterizem como necessidades educacionais de

aprendizagem; o Programa Tutorial Acadêmico, que tem como objetivos auxiliar o

aluno ingressante a se integrar à vida acadêmica e planejar ações que facilitem o seu

desempenho acadêmico; e o Programa de Desenvolvimento Profissional em Educação

da UNIFOR, destinado à qualificação pedagógica permanente dos professores, visando

à excelência das atividades de ensino, pesquisa e extensão. A Universidade dispõe do

Núcleo de Educação a Distância - NEAD, que tem como objetivo realizar pesquisas e

desenvolver produtos, projetando, implementando e gerenciando, por meio de

tecnologias da informação e da comunicação, ações e atividades em EAD que

possibilitam o desenvolvimento de projetos, treinamentos a distância e apoio

tecnológico, atuando nos níveis de extensão universitária, graduação, pós-graduação e

formação corporativa.

Nas quatro áreas estratégicas que fundamentam a identidade da Instituição – ensino,

pesquisa, extensão e gestão –, a UNIFOR desenvolve a Avaliação Institucional Interna,

cujo objetivo basilar é potencializar sua atuação qualificada na educação superior,

mediante processo permanente de avaliação do seu desempenho acadêmico-

administrativo. Pautada pela verificação criteriosa das ações implementadas em

consonância com sua missão, com os valores institucionais e com as diretrizes do

SINAES.

Partindo dessa contextualização da IES, o presente estudo justifica-se pelo fato de que

para a UNIFOR erigir a complexa tarefa de garantir a qualidade do ensino e relacionar

sua ação com as necessidades da região na qual se encontra inserida, quanto à

qualificação dos profissionais egressos, torna-se imprescindível lançar luzes sobre o seu

sistema de autoavaliação institucional, e nesse sentido, o presente trabalho procura

identificar as interfaces entre autoavaliação, qualidade educacional e participação, a

partir da experiência da CPA da Universidade de Fortaleza.

Os contornos do estudo: objetivos

Desse modo, o objetivo deste trabalho consiste em apresentar um relato de experiência

das ações desenvolvidas pelo Colegiado de Avaliação Institucional Interna (CPA) da

referida instituição, mediado por considerações analítico-reflexivas, no que tange aos

seus objetivos, estratégias e metodologias de autoavaliação, sobretudo a avaliação

docente nos cursos de graduação, voltadas para a consolidação de uma cultura

avaliativa, cuja premissa está baseada na participação dos sujeitos implicados no

processo. Para tanto, é fundamental desenvolver uma cultura de avaliação, com efetivo

envolvimento da comunidade acadêmica (LEITE, 2005).

4

Metodologia

A metodologia do estudo ora apresentado é de natureza qualitativa (LÜDKE; ANDRÉ,

1986). Nesse sentido, destaca-se que: O processo de trabalho científico em pesquisa qualitativa divide-se em três

etapas: (1) fase exploratória; (2) trabalho de campo; (3) análise e tratamento

do material empírico e documental.

Portanto, o ciclo da pesquisa não se fecha, pois toda pesquisa produz

conhecimento e gera indagações novas. Mas a ideia do ciclo se solidifica não

em etapas estanques, mas em planos que se complementam (MINAYO,

2010, p.15).

Este trabalho foi realizado em etapas variadas, a saber: num primeiro momento,

procedeu-se a um estudo exploratório acerca da autoavaliação no contexto da UNIFOR;

paralelamente, desenvolveu-se a revisão da literatura sobre avaliação institucional da

educação superior, cujas bases analíticas apoiam-se nas proposições teóricas de Andriola

(2013); Dias Sobrinho (2000) e Leite (2005), além da legislação do SINAES. E, por

fim, num terceiro momento, realizou-se, de modo mais detido, uma análise documental,

no sentido de identificar e analisar a avaliação dos docentes de graduação em uma

instituição particular de ensino superior, cuja experiência avaliativa vem se

desenvolvendo, de modo ininterrupto, desde a sua criação.

É importante assinalar que, neste percurso avaliativo da instituição em estudo, foi

tomada, como referencial para coleta e análise dos dados, a última versão da avaliação

docente elaborada, aprovada e operacionalizada pelo Colegiado de Avaliação

Institucional Interna – CPA da universidade em questão.

Resultados e Discussões

Os resultados apontam, em linhas gerais, de acordo com as fontes da pesquisa

documental, que a Universidade de Fortaleza, realiza a autoavaliação sob a coordenação

do Colegiado de Avaliação Institucional Interna- COAVI1, com o aporte do Programa

de Avaliação Institucional Interna – PROAVI.

É importante registrar que o COAVI é o órgão responsável pela definição das políticas

de avaliação interna, bem como pela sistematização, execução, condução e

acompanhamento dos processos dessa modalidade avaliativa, no âmbito da

Universidade de Fortaleza; vinculado à Reitoria com atuação autônoma em relação aos

conselhos e demais órgãos existentes na instituição, em matéria de avaliação

institucional interna. O referido Colegiado tem como instância executiva, e a este

subordinado, em matéria de autoavaliação, o PROAVI, que tem como atribuição

planejar, coordenar e operacionalizar referida avaliação.

Conforme se depreende dos dados, o objetivo do COAVI (CPA) consiste em

potencializar a atuação qualificada da universidade na educação superior, mediante

processo permanente de avaliação do seu desempenho acadêmico-administrativo, além

de promover a sensibilização da comunidade interna para a autoavaliação contínua; de

prover instrumentos de avaliação para subsidiar como referencial organizador

qualificado de planejamento e de gestão da UNIFOR; de subsidiar a otimização do

desempenho nas atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão da instituição e de

ensejar a elaboração de metas e objetivos que orientem os processos e ações relativas ao

desempenho global da universidade.

Observou-se, ainda, na experiência autoavaliativa supra referia, em conformidade com o

SINAES, que:

1 O COAVI manteve a sua nomenclatura original – não foi substituído por CPA –, em virtude de

possuir uma identidade consolidada no âmbito da UNIFOR, posto que sua criação e atuação

efetiva, desde 1999, bem anterior à obrigatoriedade da lei, em 2004.

5

o processo de autoavaliação possui alguns requisitos para funcionar, sendo

eles: a composição de uma equipe de coordenadores, a participação dos

integrantes da instituição, o compromisso explícito dos dirigentes da IES, a

validade e confiabilidade das informações e o uso efetivo dos resultados. Ela

divide-se em três etapas: preparação, desenvolvimento e consolidação

(ANDRIOLA; LIMA, 2013, p.3).

Ressalta-se, na presente pesquisa, que a autoavaliação em pauta à luz de uma

perspectiva de avaliação diagnóstica, mediadora, formativa e contínua, procura elaborar

e propor ações acadêmico-educativas em consonância com as peculiaridades da

instituição, tendo em vista a qualidade e a excelência no ensino, na pesquisa e na

extensão.

Cabe assinalar que a perspectiva diagnóstica e mediadora possibilita aos sujeitos do processo

avaliativo (discentes, docentes, gestores e funcionários) que expressem suas ideias; que

emitam opiniões; que discutam coletivamente a partir de situações-problema concretas; que

procurem entender os sentidos e os significados das atividades educativas desenvolvidas na

universidade; que auxiliem a localizar dificuldades e a descobrir soluções, bem como que

utilizem os relatórios de avaliação interna como instrumento referencial para potencializar

suas atuações no âmbito da instituição.

As evidências do estudo revelaram também que, no que tange à perspectiva formativa, é

tomada como prática a serviço da qualidade acadêmica; da autorregulação; do planejamento;

da elaboração coletiva de objetivos e critérios avaliativos, assegurando, por sua vez, a

continuidade e unidade do processo.

Para tanto, os princípios (BENFATTI, 2007) do COAVI e do PROAVI são: a ética; a

globalidade; a processualidade e a contextualização. Ou seja: avalia-se, à luz de

procedimentos atitudinais, considerando a totalidade das dimensões em pauta, sob uma

perspectiva da avaliação como meio e não como fim, para gerar as mudanças necessárias.

Registra-se que a Avaliação Institucional realiza-se em três modalidades: Diagnóstica –

início do processo –; Processual – análise do cotidiano –; Resultados – análise de dados finais,

objetivando a formulação de ações para a transformação e aperfeiçoamento da UNIFOR,

como instrumento para aprimoramento com vistas à melhoria de qualidade.

Parte-se do pressuposto de que a avaliação institucional: [...] não é instrumento de medida de atividades de indivíduos isolados, nem de

trabalhos descolados de seus meios de produção; não é mecanismo para exposição

pública de fragilidades ou ineficiência de profissionais individualizados. A avaliação

institucional deve ser promovida como um processo de caráter essencialmente

pedagógico. [...] A avaliação institucional deve ser uma ação sistemática e global,

que ultrapasse amplamente as avaliações pontuais (DIAS SOBRINHO; BALZAN,

1995, p. 61).

O presente estudo aponta, ainda, que para desenvolver a Avaliação Institucional Interna,

utilizam-se, na UNIFOR, para além dos macros princípios supracitados, quatro princípios

norteadores do exercício avaliativo: a adesão voluntária; a avaliação total e coletiva; o

respeito à peculiaridade da universidade e a unidade de linguagem, compreendida, aqui, como

entendimento comum dos conceitos, princípios e finalidades do Projeto.

Nesse sentido, que o Programa de autoavaliação da UNIFOR está sendo desenvolvido por

etapas, articuladas entre si. Num primeiro momento, foca-se no Ensino de Graduação, em

especial, na qualidade da docência, tomando como parâmetro a conjunção das ações de

ensino, de pesquisa e de extensão dos Projetos Pedagógicos dos Cursos. Para tanto,

realizaram-se grupos focais e/ou oficinas de trabalho como procedimentos de pesquisa

qualitativa, junto aos assessores pedagógicos, aos diretores de Centro, aos coordenadores, aos

estudantes (representantes estudantis) e aos professores dos Cursos de graduação, visando

estabelecer objetivos e metas, bem como elaborar macro estratégias para por em curso a

autoavaliação, com base em roteiro sugerido com múltiplos aspectos a serem considerados,

6

como por exemplo: eficiência e eficácia dos cursos; qualidade da formação dos graduandos;

conexão com o mercado de trabalho, entre outros. Objetivando identificar os aspectos

essenciais que devam ser observados junto aos sujeitos (docentes, discentes, técnicos-

administrativos e gestores) implicados no processo da autoavaliação. Acrescente-se que essa

consulta inicial indica os critérios basilares para a verificação das potencialidades e limites

dos cursos da instituição.

Os Cursos de pós-graduação stricto sensu são avaliados, anualmente, pela CAPES2; os

Cursos de pós-graduação lato sensu, que possuem instrumentos avaliativos específicos

elaborados pela Divisão de Pós-Graduação Lato Sensu desta Universidade, a posteriori, numa

segunda etapa, foram objeto de avaliação por parte deste Programa; a extensão, por sua vez, é

avaliada pelos cursos oferecidos, pelas condições de funcionamento e pelo desempenho dos

docentes desses cursos.

Paralelamente, e de modo orgânico, identificou-se na pesquisa ora apresentada, que nos

horizontes da avaliação (DEMO, 2004) procura-se ampliar e criar novos instrumentos para

coleta de dados relativos ao conjunto de funções tanto da gestão acadêmica quanto da gestão

administrativa da UNIFOR. Nesse sentido, o conjunto dessas atividades assinalam, de modo

panorâmico, as diretrizes norteadoras da avaliação institucional interna.

A implantação do Programa de autoavaliação da UNIFOR parte das experiências avaliativas

anteriores, que foram desenvolvidas, por sua vez, em cinco ciclos, ao longo da História da

instituição, conforme Proposta de Avaliação Interna da Universidade de Fortaleza, 2005.3 O

documento supra referido relata, o histórico resumido da avaliação Institucional interna, nos

seguintes moldes:

O primeiro ciclo, de 1973 a 1979, é caracterizado pelo ‘Projeto de Produtividade’, tendo por

base as avaliações semestrais dos programas de ensino pelos alunos; da avaliação da

Universidade pelos alunos e pelos professores, além da avaliação anual do desempenho do

pessoal técnico-administrativo, executado pela Unidade de Planejamento e Controle de

Avaliação de Programas.

O segundo ciclo, de 1982 a 1989, é o período de estudos avaliativos específicos executados

pela Divisão de Planejamento e Avaliação – DIPLAN, da Vice-Reitoria de Ensino e

Administração Acadêmica, discriminados a seguir:

· O Fenômeno da Mudança de Curso pelo Aluno da UNIFOR: Fatores Concorrentes e

Implicações Resultantes – 1982/83 (Convênio: INEP-UNIFOR);

· Programa de Avaliação da Reforma Universitária - PARU – 1984/85 (Convênio

MECUNIFOR);

· Avaliação dos Cursos de Enfermagem e Fisioterapia – 1986/87;

· Estudo Avaliativo da Reprovação e da Evasão nas Disciplinas Obrigatórias do Curso de

Engenharia Elétrica em 86.2 – 1987;

· Análise da Aplicação e Julgamento da Validade, junto aos Professores, da Resolução

R.015/76 que Normatiza a Avaliação do Rendimento Acadêmico da UNIFOR, em 88.1;

· Avaliação do Ensino de Graduação: Subprojeto 1 – Diagnóstico da Qualidade do Ensino de

Graduação na UNIFOR – 1989.

O terceiro ciclo compreende o período 1990-1999. A partir de 1990, a Vice-Reitoria de

Ensino e Administração Acadêmica iniciou nova etapa de avaliação, cuja base se projetava

para uma avaliação institucional, nas seguintes modalidades:

· Avaliação do Desempenho Docente (anual)

2 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

3 Proposta de Avaliação Interna da Universidade de Fortaleza. Recuperado em 20 de julho, 2013,

de http://www. unifor.br/notitia/file/52.pdf

7

· Avaliação dos Laboratórios (bienal)

· Avaliação do Rendimento Acadêmico (semestral)

· Avaliação dos Cursos pelos Concludentes (semestral)

· Avaliação dos Coordenadores de Curso (anual)

· Avaliação dos Diretores de Centro (anual)

O quarto ciclo tem início em 2000 com a constituição da Comissão de Avaliação

Institucional – COAVI, criada por meio da Portaria da Reitoria Nº 090/99, de 10/12/99, com

as atribuições de planejar, supervisionar e executar as atividades de avaliação na Universidade

de Fortaleza. Foram implantados os Núcleos de Avaliação nas Diretorias e nos Centros de

Ciências, com a finalidade de realizar de forma articulada a Avaliação Institucional da

Universidade, considerando os subsistemas ensino, pesquisa, extensão e gestão. Desde então,

os processos de avaliação interna ocorrem por meio de projetos específicos: projeto de

avaliação do ensino, da extensão, da pesquisa e da gestão, consolidados numa matriz de

avaliação, contendo as categorias a serem avaliadas em seus vários aspectos por meio de

variáveis e indicadores.

Quanto à operacionalização, observa-se que a Avaliação Interna em estudo, no quinto ciclo, a

partir de 2009, é composta por seis (06) processos, apresentados a seguir e, por seu turno, são

articulados entre si, ensejando uma permanente reflexão acerca da qualidade acadêmica:

P1- Análise Situacional.

P2- Visão de Futuro.

P3- Identificação das Potencialidades e dos Limites.

P4- Projeção de Soluções (Como superar ou reduzir as fragilidades identificadas).

P5- Plano de Ações (Articula-se com a Visão de Futuro; aonde se quer chegar).

P6- Execução e Acompanhamento do Plano de Ações / Divulgação dos Resultados.

Ao desenvolver a avaliação interna, na sua totalidade, os processos supracitados são

sistematizados em três macro etapas e desenvolvidos ao longo de três anos:

ETAPA I – Sensibilização da Comunidade Interna;

ETAPA II – Concepção e Sistematização dos instrumentais para levantamento dos dados e

informações, através de formulários, grupos de trabalho, grupos focais, seminários, oficinas e

composição de relatórios parciais;

ETAPA III – Análise crítica do processo avaliativo e de seus resultados com vistas à

melhoria da qualidade da Instituição, elaboração e divulgação do Relatório Final.

Tabela 1 – Procedimentos Metodológicos

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

ETAPA I ETAPA II ETAPA III

Sensibilização

Concepção e Sistematização dos

instrumentais de autoavaliação

(docente; discente; técnico-

administrativo; gestão).

Balanço crítico dos resultados

e proposição de metas e ações

que visem à qualidade do

processo educacional e de

gestão da Instituição.

Coleta de dados Sistematização e divulgação

do Relatório Final do processo

avaliativo. Divulgação dos resultados

parciais

Fonte: Dados da Pesquisa.

Foi detectado, também, que no decorrer do desenvolvimento do processo avaliativo em

estudo procura-se organizar as bases para o planejamento institucional, cujos indicadores

avaliativos da universidade consigam aferir a qualidade da instituição vinculada às suas

especificidades, comparando índices para subsidiar a apresentação de resultados de

8

desempenho. Para tanto se procede a uma análise da relação entre o Projeto Pedagógico

Institucional [PPI], o Plano de Desenvolvimento da UNIFOR [PDI] e os seus desdobramentos

práticos.

De acordo com essas premissas avaliam-se aspectos relativos à visão dos sujeitos do processo

educacional da instituição, a partir da adesão voluntária dos professores, dos estudantes, do

corpo técnico-administrativo, dos gestores e dos dirigentes. Assim, para a composição dos

indicadores avaliativos, identificam-se seus referenciais que, por seu turno, estão diretamente

relacionados à noção de educação superior, de avaliação e de processo formativo.

Para tanto, são utilizados mecanismos quantitativos e qualitativos de análise. No que diz

respeito à metodologia da pesquisa e aos instrumentos aplicados para coletar e analisar os

dados verificou-se como procedimentos da autoavaliação Institucional:

Elaboração do Programa de Avaliação Institucional Interna

Sistematização e análise dos dados quantitativos de gestão acadêmico-administrativa

Composição de grupos de trabalho, grupos focais, seminários, e oficinas objetivando

delinear a concepção, metas e ações da autoavaliação institucional para cada segmento

específico da comunidade interna (docente; discente; técnico-administrativo; gestão) 4

Apresentação da proposta do processo de avaliação interna da Instituição

Elaboração dos instrumentais de coleta de dados e formulários para registros das

informações reunidas

Aplicação do pré-teste dos instrumentais de pesquisa

Aplicação dos instrumentos de avaliação dos docentes, dos discentes, dos técnicos-

administrativos e dos gestores

Registro e catalogação os dados coletados

Análise dos dados e das informações catalogadas

Realização de reuniões para avaliação dos dados mediante um balanço crítico dos

resultados

Proposição de referenciais que subsidiem a elaboração de metas e ações que visam à

qualidade do processo educacional e de gestão da Instituição

Confecção dos relatórios (parcial e final)

Divulgação, para a comunidade interna e externa, dos relatórios da autoavaliação

institucional

No que tange à Graduação, objeto de estudo da presente pesquisa, foram consideradas para a

pesquisa de autoavaliação as habilidades e competências docentes; as habilidades e

competências discentes, a matriz curricular e a gestão acadêmico-pedagógica dos Cursos.

Quanto às Habilidades e Competências Docentes:

Procura-se identificar os aspectos didático-pedagógicos referenciais (para o Docente;

para o Discente; para o Curso; para a Instituição) do trabalho docente de qualidade.

Quanto às Habilidades e Competências Discentes:

Procura-se identificar os aspectos acadêmico-instrumentais referenciais (para o

Docente; para o Discente (estagiários e não-estagiários); para o Curso; para a

Instituição, para os egressos, para o empregador) do perfil discente de excelência.

Quanto à Matriz Curricular:

Busca-se precisar o conjunto de elementos que concorrem para integração curricular à

luz da interdisciplinaridade, tomada como ações integradas de disciplinas em

consonância com os objetivos dos Cursos. Identifica-se a relação entre as disciplinas e

4 A formação desses grupos foi realizada num primeiro momento junto aos discentes, aos docentes

e aos técnico-administrativos vinculados à graduação. A extensão e a pós-graduação são avaliadas

mediante seus instrumentais específicos.

9

seus respectivos projetos para alcançar as propostas do Projeto Pedagógico de cada

Curso.

Quanto à Gestão Acadêmico-Pedagógica:

Verificam-se os referenciais para o gerenciamento de qualidade dos processos

pedagógicos dos Cursos, intentando garantir um bom desenvolvimento dos seus

objetivos gerais. Procede-se a análise da infraestrutura física e da tecnologia da

informação para o funcionamento satisfatório das atividades relacionadas à graduação,

bem como a realização da meta avaliação.

O universo da autoavaliação institucional é composto pelos sujeitos acadêmicos dos cursos de

graduação e de pós-graduação, pelos programas e projetos Institucionais (de ensino, de

extensão e de pesquisa) e pelos setores técnico-administrativos.

Gráfico 2 – Representação gráfica do processo autoavaliativo da UNIFOR.

Fonte: Dados da pesquisa.

Tomam--se como base, para fins de operacionalização do processo avaliativo, as dimensões

estabelecidas pelo SINAES, a saber:

I - a missão e o plano de desenvolvimento institucional;

II - a política para o ensino, a pesquisa, a pós-graduação, a extensão e as respectivas formas

de operacionalização, incluídos os procedimentos para estímulo à produção acadêmica, as

bolsas de pesquisa, de monitoria e demais modalidades;

III - a responsabilidade social da instituição, considerada especialmente no que se refere à sua

contribuição em relação à inclusão social, ao desenvolvimento econômico e social, à defesa

do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural;

IV - a comunicação com a sociedade;

V - as políticas de pessoal, as carreiras do corpo docente e do corpo técnico-administrativo,

seu aperfeiçoamento, desenvolvimento profissional e suas condições de trabalho;

VI - organização e gestão da instituição, especialmente o funcionamento e representatividade

dos colegiados, sua independência e autonomia na relação com a mantenedora, e a

participação dos segmentos da comunidade universitária nos processos decisórios;

VII - infraestrutura física, especialmente a de ensino e de pesquisa, biblioteca, recursos de

informação e comunicação;

VIII - planejamento e avaliação, especialmente os processos, resultados e eficácia da

autoavaliação institucional;

IX - políticas de atendimento aos estudantes;

X - sustentabilidade financeira, tendo em vista o significado social da continuidade dos

compromissos na oferta da educação superior.

Cabe considerar que de acordo com o SINAES, os requisitos da Avaliação Interna de

Avaliação consistem em: existência de uma equipe de coordenação; participação dos

RESULTADO FORMULAÇÃO

SENSIBILIZAÇÃO EXECUÇÃO

AUTOAVALIAÇÃO

10

integrantes da instituição; compromisso explícito por parte dos dirigentes das IES;

informações válidas e confiáveis; uso efetivo dos resultados. A operacionalização do SINAES

subdivide-se, essencialmente, em três procedimentos: Avaliação institucional (interna e

externa); Avaliação dos Cursos de Graduação (ACG) e Exame Nacional de Avaliação do

Desempenho dos Estudantes (ENADE).

Os resultados revelaram, acerca da autoavaliação institucional dos cursos de graduação da

UNIFOR, no ciclo da pesquisa ora apresentada que a concepção e a sistematização dos

instrumentos constituíram-se a partir do seguinte percurso: a construção dos indicadores;

elaboração da primeira versão dos instrumentos; pré-teste dos questionários; reelaboração dos

instrumentos; apresentação e aprovação pelo COAVI.

No que se refere aos instrumentos de coleta e pesquisa de campo, registra-se, ainda, que os

instrumentos de avaliação, tomando como referência os pressupostos supracitados,

consistiram nos questionários de Avaliação dos Cursos de Graduação: Aspectos Gerais

(docentes e discentes); Docentes; Docentes de EAD; Autoavaliação Docente; Autoavaliação

do Professor Orientador de EAD e Autoavaliação do Professor Tutor de EAD.

Os grupos avaliadores, por seu turno, foram estruturados e compostos nos seguintes termos:

1- Grupo Avaliador Discente:

Aspectos Gerais

Docente

2- Grupo Avaliador Docente:

Aspectos gerais

Autoavaliação Docente

A avaliação dos cursos de graduação foi censitária em sua concepção e realizou-se no período

de 2012.2. A totalidade dos componentes de cada um dos respectivos grupos avaliadores

(docentes e discentes das disciplinas presenciais e a distância) mediante a adesão voluntária,

poderiam participar do processo avaliativo on line.

A coleta de dados foi realizada através de questionários, estruturados por questões relativas à

prática docente e aos aspectos gerais do curso de graduação, fechados seguindo a escala

numérica de 1 (um) a 10 (dez). A nota 10 corresponde ao maior conceito e 1 ao menor, além

da opção Sem Condições de Avaliar (SCA), cujo valor numérico é zero (nulo). Cabe assinalar

que cada um dos instrumentos avaliativos possuía um espaço disponível para manifestação da

opinião dos avaliadores acerca da dimensão avaliada. O universo da pesquisa era composto

por 22.310 alunos e 1038 professores.

Quanto à dimensão metodológica, os conceitos utilizados na pesquisa foram:

Amostra: Conjunto de elementos extraídos de um conjunto maior, chamado

população. Se a constituição da amostra obedecer a determinadas condições, a análise

das características da amostra pode servir para que se façam inferências sobre

elementos da população.

Distribuição de Frequências: Tabela que indica as frequências com que ocorrem os

casos correspondentes a cada intervalo de classe (ou valor individual da variável

quando esta não estiver agrupada em classes).

Erro Padrão: Desvio-padrão da distribuição dos diversos valores de uma estatística,

em consequência da flutuação das amostras. Se, de uma população, for tirado um

grande número de amostras e calculadas as respectivas médias, haverá uma diferença

entre cada média e a média da população.

Média: Em sua acepção mais ampla, qualquer promédio de uma distribuição de

frequência. Em sentido estrito, média aritmética, ou seja, soma de todos os valores

dividida pelo número de valores.

11

Moda: Valor mais frequente de uma distribuição. Numa representação gráfica, a moda

é o valor correspondente ao ponto mais alto da curva. Em outras palavras, é o valor

que está na moda.

Percentil: Valores que dividem uma distribuição de frequências em 100 intervalos de

iguais frequências. O percentil de ordem 50 corresponde a Mediana, ou seja, à medida

de tendência central, que através de seu valor, a distribuição de frequências é dividida

em duas partes de igual valor.

Assinala-se, no que tange ao delineamento da amostra:

População

Alunos regularmente matriculados na Universidade de Fortaleza – UNIFOR no período

2012.2 e os professores dos cursos de graduação.

A seguir, podem ser observadas as dimensões avaliadas quanto à prática docente pelo

discente; às questões gerais do curso avaliadas pelos docentes e pelos discentes, bem como a

formatação dos relatórios gerenciais para divulgação das referidas pesquisas avaliativas junto

ao conjunto da comunidade acadêmica.

Tabela 2 – Relatório gerencial da avaliação do docente pelo discente.

Fonte: Dados da pesquisa.

Tabela 3 – Relatório gerencial da avaliação do curso pelo docente.

12

Fonte: Dados da pesquisa

Tabela 4 – Relatório Gerencial da avaliação do curso pelo discente.

Fonte: Dados da pesquisa.

Considerações Finais

Nesse sentido, aponta-se, a título de considerações finais, que a experiência autoavaliativa ora

apresentada prima pela efetiva participação dos sujeitos desse processo, objetivando a

formulação de ações para a transformação e aperfeiçoamento da UNIFOR.

E daí pode-se inferir que as dimensões avaliativas propostas pela instituição em estudo são

contempladas no processo de autoavaliação e que a avaliação institucional realizada nas em

três modalidades supra referidas: Diagnóstica – início do processo –; Processual – análise do

cotidiano –e Resultados – análise de dados finais, objetiva a formulação de ações para a

transformação e aperfeiçoamento permanente da UNIFOR, como instrumento para

aprimoramento com vistas à melhoria de qualidade educacional.

Referências Bibliográficas

ANDRIOLA, Wagner Bandeira; LIMA, Cláudia Ibiapina. O papel dos coordenadores

das Comissões Próprias de Avaliação na Autoavaliação das Instituições de Ensino

Superior (IES). Meta: Avaliação, Rio de Janeiro, v.5,n.13,p.46-68, jan./abr.2013.

BENFATTI, Xênia Diógenes. A avaliação no cotidiano da sala de aula. In: A gestão

pedagógica e o desempenho escolar. Fortaleza: SEDUC, 2007.

BRASIL. Lei n. 10.861, de 14 de abril de 2004. Institui o Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Superior – SINAES e dá outras providências. Brasília, [Diário

Oficial da Republica Federativa do Brasil], Brasília, DF, 15 abr. 2004, Seção 1, p. 3 -CONSELHO DE ENSINO PESQUISA E EXTENSÃO. Aprova Regimento do Colegiado de

Avaliação Institucional da Universidade de Fortaleza. Resolução n. 12, de 9 de maio de 2011. DEMO, Pedro. Desafios modernos da educação. 13ª edição. Petrópolis, RJ. Vozes.

2004.

DIAS SOBRINHO, José; BALZAN, Newton C. Avaliação Institucional – Teoria e

experiências, São Paulo: Cortez, 1995.

13

DIAS SOBRINHO, José. Avaliação da Educação Superior. Petrópolis. RJ: Vozes,

2000.

LEITE, D. Reformas universitárias: avaliação institucional participativa. Petrópolis:

Vozes, 2005.

LÜDKE, Menga e ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens

qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa social: teoria, método e

criatividade. 29. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. (Coleção temas sociais).

POLIDORI, Marlis M; FONSECA, Denise G; LARROSA, Sara Fernanda Tarter.

Avaliação institucional participativa. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação

Superior, Sorocaba, v.12 n.2, p2-14, junho, 2007.