AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DO ÓLEO-RESINA DE ...repositorio.unb.br/bitstream/10482/8654/1/2010_CamileGi...distribuídas aleatoriamente em 4 grupos de 25 fêmeas cada, e a partir do

CAMILE GIARETTA SACHETTI

AVALIACcedilAtildeO TOXICOLOacuteGICA DO OacuteLEO-RESINA DE COPAIacuteBA EM RATOS

ESTUDOS DE TOXICIDADE AGUDA NEUROTOXICIDADE E

EMBRIOFETOTOXICIDADE

Brasiacutelia-DF 2010

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

FACULDADE DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE





Dissertaccedilatildeo apresentada como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Tiacutetulo de Mestre em Ciecircncias da Sauacutede pelo Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias de

Sauacutede da Universidade de Brasiacutelia

Orientador Profordf Drordf Eloisa Dutra Caldas








Aprovado em 28 de janeiro de 2010

BANCA EXAMINADORA


Dra Laila Salmen Espiacutendola

Dr Albino Verccedilosa de Magalhatildees

Membro Interno do Programa de Mestrado em Ciecircncias da Sauacutede da

Universidade de Brasiacutelia

Dr Mauriacutecio Homem de Mello


AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo inicialmente agrave Deus por sua presenccedila constante nos momentos

difiacuteceis e alegres

Agrave Orientadora Eloisa Dutra Caldas principal responsaacutevel pela realizaccedilatildeo deste

projeto Agradeccedilo por ter confiado no meu trabalho desenvolvendo minha capacidade

cientiacutefica e acima de tudo por sua amizade

Agrave minha famiacutelia pelo apoio em meu crescimento profissional incentivo e amor

Ao Dr Francisco Joseacute Roma Paumgartten por me receber na Fundaccedilatildeo

Oswaldo Cruz e dedicar seu tempo para apoiar o presente trabalho

Agrave Rosacircngela Ribeiro de Carvalho por transmitir seu conhecimento com

dedicaccedilatildeo e exclusividade demonstrando sempre a importacircncia e seriedade do

estudo e o amor a pesquisa

Agrave colaboradora Maria Luiza Fascineli pelo auxiacutelio teacutecnico durante a realizaccedilatildeo

do projeto

Agrave estagiaacuteria Juliana Alves Sampaio que natildeo mediu esforccedilos em contribuir para

a efetiva realizaccedilatildeo deste trabalho

Aos colegas do Laboratoacuterio de Toxicologia Andreacuteia Nunes Oliveira Jardim

Denise Carvalho de Mello e Juciecirc Roniery Costa Vasconcelos Silva pelo apoio teacutecnico

no Laboratoacuterio de Toxicologia da UnB

Aos colegas Eacuterica Lilian Juliana Bruno Maacutercia Maristela e Willian do

Laboratoacuterio de Toxicologia pela amizade e apoio

Agrave profa Fabiana Pirani Carneiro do Laboratoacuterio de Patologia da UnB pelas

anaacutelises histoloacutegicas

Aos meacutedicos veterinaacuterios da Cirurgia Experimental da UnB Helenira Melo de

Moura Rafael Andrade Rocha Gabriela Mariacircngela Farias de Oliveira e aos amigos

Joseacute Tavares e Maria Fernanda da Conceiccedilatildeo que nunca mediram esforccedilos em me

auxiliar nos procedimentos com os animais

Agrave profa Vacircnia Maria Morais Ferreira e agrave Greice Lucena que me auxiliaram em

algumas teacutecnicas no teste piloto com os animais

Ao prof Antocircnio Sebben do Laboratoacuterio de Toxinologia da UnB por conceder

temporariamente a lupa necessaacuteria para as anaacutelises

Ao Dr Osmar Alves Lameira da Embrapa Amazocircnia Oriental por conceder as

amostras de copaiacuteba

Aos amigos Andreacuteia Pedro e Liane Jardim minha famiacutelia em Brasiacutelia por me

receberem em sua casa e me apoiarem em todos os momentos alegres e difiacuteceis

Aos queridos amigos Bianca Frederico Leandro Rodrigues e pelas irmatildes

Carolina Bohorquez Herrera e Luciana Braga pela sincera amizade e

companheirismo

Agrave induacutestria de medicamentos Prati Donaduzzi amp Cia Ltda por ter me

proporcionado a oportunidade de estar em Brasiacutelia

Agrave UnB pela oportunidade acadecircmica na realizaccedilatildeo do mestrado bem como o

apoio financeiro

Aos animais experimentais deste projeto os ratos que deram as suas vidas

para realizaccedilatildeo deste trabalho

Enfim a todos que de uma maneira ou outra foram importantes para a

realizaccedilatildeo deste projeto meus sinceros agradecimentos

Valeu a pena Tudo vale a pena

Se a alma natildeo eacute pequena

Quem querer passar aleacutem do Bojador

Tem que passar aleacutem da dor

Deus ao mar o perigo e o abismo deu

Mas nele eacute que espelhou o ceacuteu

Fernando Pessoa

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO __________________________________________________ 12

Oacuteleo-resina de copaiacuteba ___________________________________________ 15

Propriedades farmacoloacutegicas do oacuteleo-resina de copaiacuteba __________________ 17

Estudos da toxicidade do oacuteleo-resina de copaiba _______________________ 21

Avaliaccedilatildeo da toxicidade reprodutiva de xenobioacuteticos _____________________ 23

REFEREcircNCIAS _________________________________________________ 27

OBJETIVOS ____________________________________________________ 33

CAPIacuteTULO I AVALIACcedilAtildeO DA TOXICIDADE AGUDA E POTENCIAL NEUROTOacuteXICO

DA COPAIacuteBA ___________________________________________________ 34

CAPIacuteTULO II AVALIACcedilAtildeO HISTOPATOLOacuteGICA DE OacuteRGAtildeOS MATERNOS DE

RATOS EXPOSTOS Agrave COPAIacuteBA ___________________________________ 52

CAPIacuteTULO III EMBRIOFETOTOXICIDADE DO OacuteLEO-RESINA DE COPAIacuteBA EM

RATOS ________________________________________________________ 63

CONCLUSOtildeES FINAIS ___________________________________________ 91

RESUMO

Conhecida popularmente como copaiacuteba o gecircnero Copaifera L Fabaceae eacute uma das

plantas com uso medicinal mais conhecido e utilizado no Brasil Embora haja vaacuterios

estudos mostrando algumas das atividades farmacoloacutegicas desse oacuteleo-resina

existem poucos trabalhos relacionados agrave sua toxicidade No presente estudo ratas

Wistar foram expostas a diferentes doses do oacuteleo-resina de Copaifera reticulata via

gavagem dissolvida em Tween 80 2 para se avaliar sua toxicidade aguda e

neurotoacutexica seu potencial toacutexico durante o periacuteodo gestacional e sua toxicidade

embriofetal O estudo de toxicidade oral aguda foi realizado com 15 ratas nuliacuteparas

distribuiacutedas em grupos de doses uacutenicas de 300 e 2000 mgkg pc conforme o Guia

OECD-4232001 Uma hora apoacutes a administraccedilatildeo os animais foram avaliados quanto

agrave funccedilatildeo comportamental motora e sensorial em Campo Aberto e em Labirinto em

Cruz Elevado A dose letal aguda foi estimada como maior que 2000 mgkg pc e natildeo

houve sinais cliacutenicos de toxicidade ou neurotoxicidade indicando uma baixa

toxicidade aguda A toxicidade do oacuteleo-resina no desenvolvimento embriofetal em

ratos foi avaliada de acordo com o Guia OECD- 4142001 Ratos prenhes foram

distribuiacutedas aleatoriamente em 4 grupos de 25 fecircmeas cada e a partir do 6deg dia de

gestaccedilatildeo (DG) iniciou-se a administraccedilatildeo do oacuteleo resina nas doses de 500 1000 e

1250 mgkg e grupo controle No 20ordm DG as fecircmeas foram sacrificadas por inalaccedilatildeo

de CO2 Os seguintes paracircmetros foram avaliados peso materno corpoacutereo consumo

de raccedilatildeo peso do fiacutegado rins ceacuterebro e uacutetero nuacutemero de reabsorccedilotildees nuacutemero de

corpos luacuteteos nuacutemero de fetos vivos e mortos peso dos fetos e suas respectivas

placentas peso dos rins baccedilo fiacutegado timo coraccedilatildeo e pulmatildeo dos fetos avaliaccedilatildeo

externa visceral e esqueleacutetica da prole e exame macro e microscoacutepico do fiacutegado rim

direito e esquerdo e ceacuterebro das fecircmeas adultas Todos os animais sobreviveram

nesse estudo e nenhuma alteraccedilatildeo comportamental foi evidenciada bem como natildeo

foi encontrada qualquer alteraccedilatildeo histopatoloacutegica significativa nos oacutergatildeos das fecircmeas

O oacuteleo-resina de copaiacuteba foi toacutexico para o organismo materno nas doses de 1000 e

1250 mgkg evidenciado pela reduccedilatildeo no ganho de peso corpoacutereo e pela diminuiccedilatildeo

no consumo de raccedilatildeo Nas maiores doses o oacuteleo-resina tambeacutem afetou o

desenvolvimento embriofetal causando retardo no crescimento fetal evidenciado pela

diminuiccedilatildeo do peso da prole Uma ingestatildeo oral segura de 5 mgkg pcdia para

mulheres gestantes foi estimada baseada no NOAEL de 500 mgkg pcdia Natildeo houve

aumento da frequumlecircncia de malformaccedilotildees viscerais eou esqueleacuteticas grosseiras nos

fetos indicando que o produto natildeo eacute teratogecircnico em ratos

Palavras-chaves Copaifera reticulata toxicidade aguda toxicidade reprodutiva ratos

ABSTRACT

Popularly known as copaiba the genus Copaifera L Fabaceae is one of the

medicinal plants most known and used in Brazil Although there are several studies

showing some of the pharmacological activities of this oil there are few studies related

to its toxicity In this study female Wistar rats were exposed orally to different doses of

Copaifera reticulata oilresin dissolved in Tween 80 2 to evaluate its acute toxicity

and neurotoxicity its potential toxicity during pregnancy and embryofetal toxicity The

study was performed with 15 nulliparous female rats distributed in groups with single

doses of 300 e 2000 mgkg bw according to Guide OECD-4232001 One hour after

administration the animals were evaluated for functional behavioral motor and

sensory function in open-field test and elevate plus-maze test The acute lethal dose

was estimated as greater than 2000 mgkg bw and there were no clinical signs of

toxicity or neurotoxicity indicating a low acute toxicity The toxicity of the oilresin on

fetal development was evaluated according to OECD Guide 4142001 Pregnat rats

were randomly distributed in 4 groups of 25 females each and the administration of

the oleoresin began from 6th day of gestation (DG) in doses of 500 1000 and 1250

mgkg plus the control group In the 20th DG the females were sacrificed by CO2

inhalation The following parameters were evaluated maternal body weight food

intake weight of liver kidney brain and uterus number of resorptions number of

corpora lutea live and dead fetuses weight of fetuses and their placentas weight of

fetus kidneys liver spleen thymus heart and lung external visceral and skeletal

evaluation of the offsprings The liver kidney and brain were examined visually and

microscopically All animals survived the study No abnormal behaviour was observed

and no significant pathological changes in the female organs were found The copaiba

oilresin was toxic to the female at doses of 1000 and 1250mgkg as evidenced by

decrease in body weight and decreased feed intake At the higher doses the oil-resin

also affected the developing embryo causing fetal growth retardation evidenced by

decreased in body weight of the offsprings A safe oral dose of 5 mgkg bwday for

pregnant human was estimated from a NOAEL of 500 mgkg bwday There was no

increased in the frequency of visceral andor skeletal gross fetus malformations

indicating that the product is not teratogenic in rats

Key-words Copaifera reticulata acute toxicity reproductive toxicity rats

INTRODUCcedilAtildeO

A fitoterapia praacutetica da medicina tradicional ou popular usada como forma

alternativa de cuidados com a sauacutede aumentou consideravelmente nos uacuteltimos anos

entre todos os grupos socioeconocircmicos da populaccedilatildeo sendo atualmente um

importante setor econocircmico no Brasil O setor movimenta globalmente US$ 217

bilhotildees por ano e no Brasil estima-se que esse mercado gira em torno de US$ 160

milhotildees por ano (Carvalho et al 2008) Grande parte da comercializaccedilatildeo de plantas

medicinais eacute feita em farmaacutecias e lojas de produtos naturais onde preparaccedilotildees

vegetais satildeo comercializadas com rotulaccedilatildeo industrializada Em geral essas

preparaccedilotildees natildeo possuem certificado de qualidade e satildeo produzidas a partir de

plantas cultivadas o que descaracteriza a medicina tradicional que utiliza quase

sempre plantas da flora nativa (Veiga Jr et al 2005) Em muitos casos essas plantas

satildeo consumidas com pouca ou nenhuma comprovaccedilatildeo de suas propriedades

farmacoloacutegicas propagadas por usuaacuterios ou comerciantes Muitas vezes satildeo

inclusive empregadas para fins medicinais diferentes daqueles utilizados pelos

silviacutecolas

Numa pesquisa realizada nos Estados Unidos Eisenberg et al (1998)

demonstraram que 42 da populaccedilatildeo havia feito em 1996 o uso de plantas

medicinais pelo menos uma vez ao ano em tratamentos meacutedicos alternativos Esse

percentual eacute cerca de 338 maior em relaccedilatildeo ao ano de 1990 quando a mesma

pesquisa foi realizada Muitos paiacuteses da Europa utilizam plantas medicinais de forma

ampla como a Alemanha e a Franccedila que deteacutem 39 e 29 do total de vendas de toda

a Uniatildeo Europeacuteia respectivamente No caso do oacuteleo-resina de copaiacuteba ela vem

sendo exportada do Brasil principalmente para Franccedila Alemanha Inglaterra e

Estados Unidos (Veiga Jr e Pinto 2002) Na Alemanha plantas medicinais satildeo

utilizadas pela populaccedilatildeo para tratar resfriados (66) gripe (38) doenccedilas do trato

digestivo ou intestinal (25) dores de cabeccedila (25) insocircnia (25) uacutelcera estomacal

(36) nervosismo (21) bronquite (15) doenccedilas de pele (15) fadiga e exaustatildeo

(12) (Calixto 2000)

O Brasil possui uma das maiores diversidades vegetais do mundo aleacutem de

inuacutemeras experiecircncias vinculadas ao conhecimento tradicional das plantas medicinais

e tecnologia para correlacionar o saber tradicional e cientiacutefico (Albuquerque amp

Hanazaki 2006) Num estudo realizado no municiacutepio de Campina Grande mdash Paraiacuteba

782 famiacutelias foram visitadas para entrevista e coleta de plantas (Amorin 1999) Em

829 delas havia uma pessoa que era considerada especialista usando as

plantas para sua famiacutelia e para ela 872 haviam aprendido sobre seu uso com a

famiacutelia As plantas eram utilizadas para vaacuterios problemas incluindo gastrointestinais

(211) garganta nariz e pulmotildees (182) febres e gripes (133)

psiconeuroloacutegicos (83) cardiacuteacos e circulatoacuterios (65) O chaacute foi citado como a

forma mais frequumlente de uso das plantas (634)

Pesquisas realizadas nas universidades brasileiras jaacute identificaram mais de 350

mil espeacutecies vegetais o que permite uma ampla variedade aos possiacuteveis usos

medicinais Entre tantas espeacutecies apenas dez mil tecircm algum uso medicinal

conhecido Segundo de Mesquita et al (2005) as populaccedilotildees das zonas rurais

dependem da medicina tradicional para o tratamento de muitas doenccedilas infecciosas

Entretanto poucos estudos tecircm focalizado os fitoteraacutepicos no acircmbito dos estudos

farmacoepidemioloacutegicos (Brandatildeo et al 2006 Ribeiro et al 2005) O

desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento das chamadas doenccedilas

negligenciadas tais como tuberculose malaacuteria mal de Chagas esquistossomose e

leishmaniose pouco interessa agrave induacutestria farmacecircutica Estas doenccedilas afetam

sobretudo populaccedilotildees de paiacuteses em desenvolvimento que reuacutenem 80 da

populaccedilatildeo mundial mas correspondem a apenas 20 das vendas globais de

medicamentos (Funari e Ferro 2005)

Em 2006 foi aprovada a Poliacutetica Nacional de Plantas Medicinais e Fitoteraacutepicos

(Brasil 2006) onde ficou estipulada a inserccedilatildeo de terapias alternativas e praacuteticas

populares (entre elas a fitoterapia) no Sistema Uacutenico de Sauacutede (SUS) Sendo assim a

necessidade de estudos toxicoloacutegicos e a implantaccedilatildeo de poliacuteticas de

fitofarmacovigilacircncia devem ser tomadas como prioridade para a sauacutede puacuteblica

As pesquisas realizadas para avaliaccedilatildeo do uso seguro de plantas medicinais e

fitoteraacutepicos no Brasil poreacutem ainda satildeo incipientes assim como o controle da

comercializaccedilatildeo pelos oacutergatildeos oficiais em feiras livres mercados puacuteblicos ou lojas de

produtos naturais (Veiga Jr et al 2005) A normatizaccedilatildeo do registro de fitoteraacutepicos eacute

responsabilidade da Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) A Resoluccedilatildeo

da Diretoria Colegiada (RDC) no 48 de 16 de marccedilo de 2004 determina entre outros

a necessidade de controle de qualidade do produto acabado com meacutetodos analiacuteticos

que incluam perfis cromatograacuteficos e resultados de prospecccedilatildeo fitoquiacutemica aleacutem de

comprovaccedilatildeo de seguranccedila de uso incluindo estudos de toxicidade preacute-cliacutenica

Outras resoluccedilotildees sobre o tema incluem a RE nordm 90 de 2004 (DOU Poder Executivo

290404) com o lsquoGuia para realizaccedilatildeo de estudos de toxicidade preacute-cliacutenica de

fitoteraacutepicoslsquolsquo que tem como objetivo indicar meacutetodos padronizados para os estudos

de toxicologia preacute-cliacutenica a RE nordm 88 de 2004 (DOU Poder Executivo 18032004) que

determina a publicaccedilatildeo da Lista de referecircncias bibliograacuteficas para avaliaccedilatildeo de

seguranccedila e eficaacutecia de fitoteraacutepicos a RE ndeg 89 de 2004 que foi revogada pela

Instruccedilatildeo Normativa nordm 5 de 11 de dezembro de 2008 que determina a publicaccedilatildeo da

Lista de registro simplificado de fitoteraacutepicos e a RE ndeg 91 (DOU Poder Executivo

160304) que determina a publicaccedilatildeo do Guia para realizaccedilatildeo de alteraccedilotildees

inclusotildees notificaccedilotildees e cancelamentos poacutes registro de fitoteraacutepicos

O uso milenar de plantas medicinais mostrou ao longo dos anos que

determinadas plantas apresentam substacircncias potencialmente toacutexicas e devem ser

utilizadas com cuidado respeitando seus riscos toxicoloacutegicos Os efeitos adversos

dos fitoteraacutepicos possiacuteveis adulteraccedilotildees e toxicidade bem como a accedilatildeo sineacutergica

(interaccedilatildeo com outras drogas) ocorrem comumente O aumento no nuacutemero de

reaccedilotildees adversas eacute possivelmente justificado pelo aumento do uso dessas plantas

(Gallo et al 2000) Mais de 5000 suspeitas de reaccedilotildees adversas relacionadas ao uso

de ervas foram informadas a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (OMS) ateacute 1996 Entre

janeiro de 1993 e outubro de 1998 2621 eventos adversos incluindo 101 mortes

associadas com suplementos dieteacuteticos foram informadas ao FDA poreacutem esses

eventos adversos natildeo foram bem reportados Fatores que contribuem para natildeo

notificaccedilatildeo desses eventos incluem o desconhecimento dos meacutedicos associados ao

uso de fitoteraacutepicos e ao fato que os pacientes nem sempre informam o uso desses

medicamentos durante a consulta (Adusumilli et al 2002)

O intenso apelo comercial advindo do forte movimento cultural dos naturalistas

aqueceu em todo o mundo o consumo de plantas medicinais Entretanto em muitos

casos natildeo haacute respeito aos limites de uso dos fitoteraacutepicos e natildeo se fornecem

informaccedilotildees sobre efeitos colaterais Estudos multidisciplinares associando

fitoquiacutemicos e farmacoacutelogos tornam-se cada vez mais importantes para a definiccedilatildeo

dos potenciais terapecircuticos e toacutexicos de extratos vegetais (Maciel et al 2002)

Oacuteleo-resina de copaiacuteba

O oacuteleo-resina de copaiacuteba tambeacutem descrito como copaiacuteba copaiacuteva ou pau-de-

oacuteleo eacute amplamente conhecido no Brasil por sua atividade terapecircutica baseada no uso

popular O oacuteleo-resina eacute extraiacutedo do tronco das aacutervores do gecircnero Copaifera L

pertencente agrave famiacutelia Fabaceae Lindl sub famiacutelia Caesalpinioideae Kunth

encontradas facilmente nas regiotildees Amazocircnica e Centro-oeste do Brasil (Veiga Jr e

Pinto 2002) Em 1996 o Index Kewensis apresentou 72 espeacutecies do genecircro

Copaifera sendo 16 somente no Brasil A designaccedilatildeo correta para o oacuteleo da copaiacuteba

eacute a de oacuteleo-resina por ser um exudato constituiacutedo por aacutecidos resinosos e compostos

volaacuteteis (Bruneton 1987 apud Veiga Jr e Pinto 2002)

As espeacutecies do gecircnero Copaifera em geral satildeo aacutervores com altura de 15 a 40

metros (Figura 1) casca aromaacutetica folhagem densa flores pequenas frutos secos

do tipo vagem monospeacutermica e deiscente As sementes satildeo de cor preta ovoacuteides

com um arilo amarelo rico em lipiacutedeos (Rigamonte-Azevedo 2004) Segundo alguns

autores o oacuteleo-resina essencial funciona como defesa da planta contra animais

fungos e bacteacuterias Em todas as espeacutecies os canais secretores acham-se na regiatildeo

cortical dos caules poreacutem dispostos de modo que se prolonguem ateacute o lenho onde

existem em notaacutevel abundacircncia formando bolsas (Correcirca 1984)

Figura 1 Copaifera sp (Foto Ibama)

A Figura 2 mostra um exemplo do processo de coleta do oacuteleo-resina descrita

em Oliveira et al (2006) As aacutervores satildeo perfuradas com um trado tradicional de 2 cm

de diacircmetro e 45 cm de comprimento (Figura 2A) fazendo-se dois orifiacutecios na altura

de 1m e 150 m respectivamente (Figura 2B) O orifiacutecio da aacutervore apoacutes o completo

escoamento do oacuteleo-resina eacute vedado com cano do tipo PVC com frac34 de diacircmetro e 10

cm de comprimento contendo uma tampa de plaacutestico visando facilitar as outras

coletas e evitar resiacuteduos de madeira (Figura 2C) As espeacutecies mais frequumlentemente

utilizadas na produccedilatildeo do oacuteleo-resina satildeo C reticulata (70) C guianensis (10) C

multijuga (5) e C officinalis (5) (apud Veiga Jr e Pinto 2002)

Figura 2 Processo utilizado na extraccedilatildeo do oacuteleo-resina de copaiacuteba Trado tradicional (A) Orifiacutecios (B)

e Cano PVC (C) Embrapa Amazocircnia Oriental 2003 Fonte Oliveira et al (2006)

Estudos fitoquiacutemicos realizados com o oacuteleo-resina da Copaifera revelaram a

presenccedila de cerca de 72 sesquiterpenos e 20 diterpenos mas uma diferenccedila

significativa na composiccedilatildeo quiacutemica ocorreu entre as espeacutecies (Cascon e Gilbert

2000 Pontes et al 2003) A presenccedila de substacircncias quiacutemicas em uma determinada

espeacutecie vegetal pode estar atrelada a sua sazonalidade variando conforme o

ambiente e fatores climaacuteticos (Moraes e Bastos 1972) Nas espeacutecies de Copaifera a

concentraccedilatildeo das substacircncias pode variar em funccedilatildeo da temperatura radiaccedilatildeo solar

e precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica dentre outros fatores (Oliveira et al 2006)

Propriedades farmacoloacutegicas do oacuteleo-resina de copaiacuteba

As propriedades farmacoloacutegicas do oacuteleo-resina de copaiacuteba tecircm sido bastante

estudadas e incluem sua accedilatildeo antiinflamatoacuteria (Carvalho et al 2005 Veiga Jr et al

2007) antitumoral (Lima et al 2003) antimicrobiana (Tincusi et al 2002)

antinociceptiva (Gomes et al 2007) antioxidante (de Lima Silva et al 2009) e

antiparasitaacuteria principalmente contra o parasita Leishmania (Santos et al 2008b)

Fernandes et al (1992) avaliaram o efeito antiiflamatoacuterio e analgeacutesico do oacuteleo-

resina da Copaifera cearensis comparando-a com a indometacina e com outros

derivados isolados do oacuteleo-resina como o aacutecido copaacutelico o eacuteter metiacutelico do agravecido

solidago e bisabolol Os resultados demonstraram que o oacuteleo-resina de copaiacuteba

possui atividade antiinflamatoacuteria e analgeacutesica maiores que aquelas dos trecircs

compostos estudados isoladamente poreacutem menor que a indometacina Basile et al

(1988) estudaram a atividade antiinflamatoacuteria do oacuteleo-resina em ratos utilizando

diversos modelos como inibiccedilatildeo de edema induzido por carragenina inibiccedilatildeo de

formaccedilatildeo de granuloma ―Cotton-pellet e aumento de permeabilidade vascular O

estudo foi realizado com oacuteleo-resina comercial sem identificaccedilatildeo botacircnica da espeacutecie

Os resultados indicam que o oacuteleo-resina possui atividade antiinflamatoacuteria e baixa

toxicidade (DL50 3790 mLkg pc) Efeitos adversos como irritaccedilatildeo gastro-intestinal

diarreacuteia sialorreacuteia e depressatildeo do sistema nervoso central foram observadas nas

doses mais altas

Vieira et al (2008) avaliaram o efeito do tratamento toacutepico com C langsdorffii

no processo de reparo quando um corpo estranho eacute o indutor da inflamaccedilatildeo Para

isso 60 camundongos da linhagem BALBc foram submetidos agrave incisatildeo ciruacutergica

linear de 1 cm no dorso para realizar o implante de uma lamiacutenula de vidro com 12 mm

de diacircmetro no tecido subcutacircneo Quatro tratamentos para a ferida foram

estabelecidos controle (C) tratado com soluccedilatildeo salina esteacuteril controle veiacuteculo (CV)

tratado com oacuteleo mineral esteacuteril tratamento 1 (T1) tratado com diluiccedilatildeo (vv) de oacuteleo

mineral esteacuteril e oacuteleo-resina de C langsdorffii tratamento 2 (T2) tratado com oacuteleo-

resina de C langsdorffii puro As avaliaccedilotildees foram realizadas em periacuteodos de 1 a 14

dias Foram verificadas caracteriacutesticas da fase proliferativa como a reepitelizaccedilatildeo a

presenccedila de fibroblastos e a neovascularizaccedilatildeo poreacutem os grupos tratados com o oacuteleo

(T1 e T2) natildeo apresentavam reepitelizaccedilatildeo aos trecircs dias Esses grupos aos 5 e 7 dias

apresentavam no exame macroscoacutepico maior intensidade de edema hiperemia e

permanecircncia de crostas Na microscopia a reepitelizaccedilatildeo ainda natildeo estava completa

e a crosta era serocelular Nos grupos C e CV apesar de discreta era predominante

a presenccedila de mononucleares enquanto nos grupos T1 e T2 o infiltrado inflamatoacuterio

era misto e com maior intensidade que nos outros grupos Quatorze dias depois da

incisatildeo ciruacutergica os aspectos macroscoacutepicos dos grupos C e CV eram semelhantes e

os grupos T1 e T2 apesar de a ferida estar completamente fechada e sem crostas a

pele desses animais estava espessada e na derme do grupo T2 parecia ter fibrose

mais acentuada do que nos outros grupos Neste estudo os resultados demonstraram

que o tratamento toacutepico com oacuteleo-resina de C langsdorffii prejudicou o processo de

reparaccedilatildeo normal de ferida na presenccedila de corpo estranho

Estevatildeo et al (2009) avaliaram morfometricamente a neoangiogecircnese de

retalhos cutacircneos subdeacutermicos em ratos tratados com oacuteleo-resina de copaiacuteba

(Copaifera langsdorffii) em pomada a 10 Trinta ratos Wistar foram submetidos agrave

elevaccedilatildeo do retalho cutacircneo dorsal subdeacutermico e distribuiacutedos em trecircs grupos grupo

controle absoluto no qual os animais natildeo receberam nenhum tratamento grupo

controle no qual os animais receberam tratamento toacutepico diaacuterio com pomada com

apenas veiacuteculo (glicerina e vaselina) e grupo tratado no qual os animais foram

tratados diariamente com oacuteleo-resina de copaiacuteba em pomada a 10 Os ratos foram

tratados e observados por oito dias apoacutes o ato operatoacuterio No oitavo dia de poacutes-

operatoacuterio realizou-se a anaacutelise macroscoacutepica do retalho e foram coletados

fragmentos das porccedilotildees cranial meacutedia e caudal do retalho cutacircneo para anaacutelise

histopatoloacutegica A anaacutelise morfomeacutetrica mostrou diferenccedila significativa para o nuacutemero

de novos vasos sanguiacuteneos nas partes meacutedia e caudal do retalho cutacircneo no grupo

tratado Neste caso oacuteleo-resina de copaiacuteba mostra-se eficiente no aumento da

neoangiogecircnese em retalhos cutacircneos subdeacutermicos de ratos

Brito et al (2005) demonstraram a proteccedilatildeo da Copaifera multijuga Hayne na

funccedilatildeo renal de ratos submetidos a isquemia e reperfusatildeo apresentando diminuiccedilatildeo

nos niacuteveis de creatinina e ureacuteia apoacutes 48 horas de exposiccedilatildeo A atividade

gastroprotetora do oacuteleo-resina (Copaifera langsdorffii) foi verificada em estudo

conduzido em ratos por Paiva et al (1998) A administraccedilatildeo oral do oacuteleo-resina nas

doses de 200 e 400mgkg promoveu uma proteccedilatildeo dose dependente contra as lesotildees

gaacutestricas provocadas por etanol e nas doses de 400mgkg tambeacutem preveniu a

ulceraccedilatildeo gaacutestrica induzida por indometacina Essa atividade gastroprotetora se deve

agrave diminuiccedilatildeo de acidez gaacutestrica provavelmente atraveacutes da promoccedilatildeo da secreccedilatildeo de

muco gaacutestrico e bicarbonato

A Copaifera multijuga Hayne foi avaliada quanto a sua atividade antimicrobiana

em cepas de Escherichia coli ATCC 25922 Staphylococcus aureus ATCC 25923 e

Pseudomonas aeruginosa ATCC 9027 As placas foram incubadas em estufas por 24

h em temperatura de 35 ordmC Como padrotildees foram utilizados os antibioacuteticos amoxicilina

(AMO-10 mgdisco) cloranfenicol (CLO-30 mgdisco) e tetraciclina (TET-30 mgdisco)

Os resultados mostraram que o oacuteleo-resina de copaiacuteba possui capacidade de inibir o

crescimento das trecircs bacteacuterias avaliadas apresentando uma concentraccedilatildeo inibitoacuteria

miacutenima de 156 312 e 125 para E coli S aureus e P aeruginosa

respectivamente (Mendonccedila e Onofre 2009)

Vasconcelos et al (2008) formularam um cimento odontoloacutegico obtido da

associaccedilatildeo do ZnO Ca(OH)2 e oacuteleo-resina de Copaifera multijuga Hayne para avaliar

a atividade antibacteriana atraveacutes do teste de diluiccedilatildeo em meio liacutequido frente agraves cepas

padratildeo de Streptococcus mutans (ATCC 25175) e S sanguinis (ATCC 15300) Nesse

ensaio utilizaram-se os seguintes grupos experimentais o cimento contendo ZnO

Ca(OH)2 e oacuteleo-resina de copaiacuteba (G1) ZnO (G2) Ca(OH)2 (G3) e oacuteleo-resina de

copaiacuteba (G4) Todos os grupos analisados demonstraram atividade antibacteriana o

G4 apresentou os melhores resultados e o G1 mostrou-se um cimento promissor a

ser utilizado em odontologia

A atividade antimicrobiana do oacuteleo-resina de copaiacuteba tambeacutem foi testada contra

as bacteacuterias Gram-positivas e Gram-negativas leveduras e dermatoacutefitos Os oacuteleos

obtidos da Copaifera martii Copaifera officinalis e Copaifera reticulata foram ativos

contra as espeacutecies Gram-positivas (Staphylococcus aureus meticilina resistente S

aureus Staphylococcus epidermidis Bacillus subtilis e Enterococcus faecalis) com

concentraccedilatildeo miacutemina inibitoacuteria na faixa de 313-625 microgmL Os oacuteleos amostraram

atividade bactericida diminuindo a viabilidade das bacteacuterias Gram-positivas em 3

horas Atividade moderada foi observada contra os fungos dermatoacutefitos Trichophyton

rubrum e Microsporum canis A microscopia eletrocircnica das colocircnias de S aureus

tratados com o oacuteleo-resina obtido do C martii revelou lise das bacteacuterias causando

aglomerados celulares Microscopia de transmissatildeo eletrocircnica revelou lesatildeo na

parede celular resultando na liberaccedilatildeo de compostos citoplasmaacuteticos alteraccedilotildees na

morfologia e uma diminuiccedilatildeo no volume da ceacutelula indicando que o oacuteleo-resina de

copaiacuteba pode afetar a parede celular (Santos et al 2008a)

A atividade larvicida de diterpenos isolados do oacuteleo-resina de Copaifera

reticulata sobre Aedes aegypti principal vetor de dengue e febre amarela urbana

tambeacutem foi avaliada por Geris et al (2008) Quatro diterpenoacuteides foram obtidos a

partir da extraccedilatildeo do oacuteleo-resina com solventes orgacircnicos e subsequumlentes

procedimentos cromatograacuteficos e espectroscoacutepicos permitiram o isolamento e a

identificaccedilatildeo desses compostos como aacutecido 3-β-acetoxylabdan-8(17)-13-dien-15-oacuteico

(1) aacutecido alepteroacutelico (2) aacutecido 3-β-hidroxylabdan-8(17)-en-15-oacuteico (3) e aacutecido ent-

agaacutetico (4) Cada um desses compostos foi previamente solubilizado em

dimetilsulfoacutexido acrescentando-se aacutegua ateacute se obterem as concentraccedilotildees desejadas

Em cada bioensaio foram utilizadas 20 larvas de 3deg estaacutedio de Ae aegypti colocadas

em 25 mL da soluccedilatildeo-teste Foram feitas cinco repeticcedilotildees e a mortalidade avaliada

48 h apoacutes a exposiccedilatildeo indicada pela ausecircncia de movimentos e escurecimento da

caacutepsula cefaacutelica Os dados obtidos da mortalidade x concentraccedilatildeo (ppm) foram

analisados em graacutefico de Probit para avaliar as concentraccedilotildees letais (CL50 e CL90)

Este estudo revelou que os diterpenoacuteides 1 e 2 mostraram atividade larvicida com

CL50 de 08 e 873 ppm respectivamente sendo o diterpeno 1 o composto mais

promissor a ser usado como larvicida para o controle de Aedes aegypti

Silva et al (2007) avaliaram a atividade larvicida das fraccedilotildees do oacuteleo-resina de

Copaifera reticulata Ducke (Leguminosae-Caesalpinoideae) em larvas de 3ordm estaacutedio

de Aedes aegypti na busca de alternativas para o controle desse mosquito As

fraccedilotildees bioativas foram monitoradas quimicamente atraveacutes de cromatografia de

camada delgada analisada por ressonacircncia magneacutetica nuclear (1H e 13C) e

espectrometria de massa As fraccedilotildees mais ativas foram CRM1-4 (sesquiterpenos) e

CRM5-7 (diterpeno labdano) que mostraram os valores de CL50 de 02 e 08 ppm

respectivamente

Gomes et al (2007) realizaram um estudo para verificar a atividade

antinociceptiva do oacuteleo-resina (C multijuga Hayne) O estudo foi conduzido com

camundongos machos Swiss administrando-se via oral de 1 a 150 mgkg de copaiacuteba

Os resultados demonstraram que o oacuteleo-resina de copaiacuteba apresentou atividade

antinociceptiva perifeacuterica e central provavelmente atraveacutes de receptores opioacuteides

Entretanto natildeo foram observados durante os 5 dias apoacutes a dosagem nenhuma

alteraccedilatildeo comportamental perda dos reflexos da luz aumento ou diminuiccedilatildeo da

respiraccedilatildeo e ingestatildeo de aacutegua e comida e lesotildees ou hemorragias no estocircmago

Estudos da toxicidade do oacuteleo-resina de copaiba

Poucos estudos para avaliar o potencial toacutexico do oacuteleo-resina de copaiacuteba tecircm

sido conduzidos e nenhum avaliou sua toxicidade durante o desenvolvimento

embriofetal de maneira a garantir a utilizaccedilatildeo segura por gestantes

Souza Jr et al (2002) analisaram o efeito intra-cavitaacuterio da copaiacuteba (C

multijuga Hayne) em ratos infundido na cavidade peritoneal dos animais 05mLkg pc

do oacuteleo-resina Os resultados demonstraram fiacutegado estocircmago baccedilo e ceco aderidos

em 80 dos animais possivelmente explicadas pela accedilatildeo caacuteustica irritativa do oacuteleo

Aleacutem disso 80 dos animais apresentaram abcessos de ateacute 2 mm de diacircmetro

principalmente no intestino fiacutegado e parede abdominal o qual se deveu segundo os

autores pela dificuldade de absorccedilatildeo do oacuteleo-resina de copaiacuteba

O oacuteleo-resina da Copaifera duckei natildeo produziu efeitos mutagecircnicos nas

ceacutelulas da medula oacutessea ou em reticuloacutecitos perifeacutericos mas mostrou atividade

citotoacutexica em doses elevadas (Maistro et al 2005) Para avaliar a mutagenicidade

ratos foram tratados com doses de 10 25 e 50 da dose da DL50 (7467 mgkg pc)

do oacuteleo-resina por 3 dias consecutivos e coletado sangue perifeacuterico em 0 24 48 e 72

h para anaacutelise dos micronuacutecleos Nas trecircs concentraccedilotildees e nos trecircs intervalos de

tempo testados natildeo foram encontradas diferenccedilas estatisticamente significativas na

meacutedia do nuacutemero de reticuloacutecitos micronucleados e no nuacutemero de aberraccedilotildees

cromossomais comparados com o controle negativo No entanto em 25 e 50 da

dose de DL50 do oacuteleo-resina apresentou uma diminuiccedilatildeo significativa no iacutendice

mitoacutetico quando comparado com o controle A caracterizaccedilatildeo quiacutemica do oacuteleo-resina

revelou a presenccedila de sesquiterpenos hidrocarbonados e um diterpeno aacutecido natildeo

identificado

Basile et al (1988) num estudo para demonstrar a accedilatildeo antiinflamatoacuteria de

oacuteleos comerciais de copaiacuteba estimaram sua DL50 em 38 mLkg pc Estudos

conduzidos com vaacuterias espeacutecies de copaiacuteba realizados em camundongos tambeacutem

reportam uma baixa toxicidade aguda desta planta Num estudo conduzido por

Fernandes et al (1992) com Copaifera cearensis camundongos foram expostos a

doses de 1250 2500 3700 e 5000 mgkg pc de oacuteleo-resina (10 animais de ambos

os sexosgrupo) e a DL50 estimada em 3090 mgkg pc Gomes et al (2007)

estimaram a DL50 de Copaifera reticulata e Copaifera multijuga em camundongos em

3900 mgkg pc e 4300 mgkg pc respectivamente

Ateacute o momento da conclusatildeo desta dissertaccedilatildeo natildeo existiam na literatura

estudos disponiacuteveis sobre o potencial embriofetotoacutexico da copaiacuteba em ratos Costa-

Lotufo et al (2002) verificaram o potencial embriotoacutexico e citotoacutexico do agravecido

caurenoacuteico um diterpeno encontrado abundantemente nas espeacutecies de Copaifera A

exposiccedilatildeo contiacutenua (30 horas) de agravecido caurenoacuteico no desenvolvimento embrionaacuterio

de ouriccedilos do mar iniciando apoacutes a fertilizaccedilatildeo inibiu a primeira clivagem (IC50 842

μM) e progressivamente induziu destruiccedilatildeo embrionaacuteria (IC50 447 μM e lt10 μM para

blaacutestula e estaacutegio de larva respectivamente) Por outro lado o aacutecido caurenoacuteico inibiu

o crescimento de ceacutelulas leucecircmicas (CEM) ceacutelulas do cacircncer de mama (MCF-7) e

ceacutelulas do cacircncer de coacutelon (HCT-8)

Cunha et al (2003) isolaram o diterpeno aacutecido caurenoacuteico da Copaifera

langsdorffii e analisaram sua accedilatildeo no muacutesculo uterino de ratos reportando

propriedades de relaxamento uterino causados principalmente atraveacutes do bloqueio do

transporte de caacutelcio e em parte pela abertura dos canais de potaacutessio ATP-sensiacuteveis

Brito et al (2000) estudaram os aspectos morfoloacutegicos e morfomeacutetricos do colo

uterino de ratas ooforectomizadas apoacutes a aplicaccedilatildeo do oacuteleo-resina de copaiacuteba

administradas via vaginal na dose de 03 mL diariamente uma vez ao dia ateacute os dias

determinados para o sacrifiacutecio (7deg 14deg e 21deg dia do estudo) O colo uterino dos

animais dos grupos controles (aacutegua e oacuteleo de milho) mostraram epiteacutelio atroacutefico de 1

ou 2 fileiras de ceacutelulas em todos os dias analisados (7ordm 14ordm 21ordm dia do estudo)

Foram observadas no colo uterino de fecircmeas tratadas um epiteacutelio exuberante

pavimentoso estratificado e queratinizado nos mesmos dias analisados Segundo os

autores este epiteacutelio exuberante natildeo devia estar presente pois as ratas natildeo estavam

sob accedilatildeo de estrogecircnio para induzir tal epitelizaccedilatildeo sugerindo que o oacuteleo-resina de

copaiacuteba pode ter agido por um efeito pseudo-hormonal por accedilatildeo sistecircmica ou por

irritaccedilatildeo toacutepica Os autores sugerem que outros modelos experimentais satildeo

necessaacuterios para comprovar estes efeitos assim como conhecer melhor as

propriedades do oacuteleo-resina

Avaliaccedilatildeo da toxicidade reprodutiva de xenobioacuteticos

A gestaccedilatildeo eacute uma condiccedilatildeo fisioloacutegica na qual o metabolismo materno pode

ser influenciado por agentes toacutexicos que poderatildeo afetar o sucesso da implantaccedilatildeo

desenvolvimento e crescimento do feto (Daruich et al 2001) Nesse periacuteodo os

mecanismos metaboacutelicos de alguns oacutergatildeos os tornam mais susceptiacuteveis a lesotildees

aleacutem da funccedilatildeo materna normal ser indispensaacutevel para o desenvolvimento adequado

dos fetos e para a sauacutede da prole A resposta fetal pode ser diferente da resposta

materna podendo ocorrer toxicidade embriofetal A exposiccedilatildeo preacute-natal em testes

com animais prenhes pode incluir avaliaccedilatildeo dos efeitos maternos bem como a morte

anormalidades estruturais ou alteraccedilatildeo no crescimento dos fetos (OECD Guideline

for the Testing of Chemicals- TG 414 2001)

A toxicidade reprodutiva se refere a algum tipo de interferecircncia na capacidade

reprodutiva de machos eou fecircmeas (incluindo o desenvolvimento preacute-natal)

provocada por um agente toxicante Alteraccedilotildees especiacuteficas como anomalias

congecircnitas podem ocorrer espontaneamente (mutaccedilotildees causadas por fatores

endoacutegenos) ou pela influecircncia de substacircncias toacutexicas (efeitos teratogecircnicos)

Entretanto a incidecircncia de anomalias espontacircneas eacute prevista dentro das espeacutecies de

animais modelo como tambeacutem para a espeacutecie humana (EPA 1996)

Agecircncias regulatoacuterias e induacutestrias farmacecircuticas e quiacutemicas despendem um

grande esforccedilo e recursos para avaliar os efeitos dos medicamentos e produtos

quiacutemicos no desenvolvimento humano Para prevenir trageacutedias como a da talidomida

estudos de toxicidade do desenvolvimento preacute-natal satildeo conduzidos em animais de

laboratoacuterio como parte da avaliaccedilatildeo toxicoloacutegica de medicamentos pesticidas e

produtos quiacutemicos industriais Estes estudos satildeo destinados a identificar os produtos

quiacutemicos que satildeo potencialmente perigosos para o concepto em desenvolvimento e

fornecem dados adequados para a extrapolaccedilatildeo das informaccedilotildees obtidas a partir de

estudos em animais de laboratoacuterio para o perigo a sauacutede humana e avaliaccedilatildeo de risco

(Daston and Seed 2007)

Os estudos preacute-cliacutenicos de toxicidade reprodutiva de faacutermacos consistem em

ensaios realizados em animais a fim de verificar o potencial de uma substacircncia

quiacutemica nova em provocar efeitos adversos sobre o processo reprodutivo incluindo a

fertilidade o acasalamento o desenvolvimento embriofetal o parto e o

desenvolvimento poacutes-natal dos descendentes ateacute a maturidade reprodutiva Eacute uma

das aacutereas mais complexas da Toxicologia Preditiva porque o ciclo reprodutivo

prolonga-se por grande parte da vida do indiviacuteduo iniciando-se com a produccedilatildeo dos

gametas nos pais (ainda no periacuteodo preacute-natal) seguindo pela fertilizaccedilatildeo e

desenvolvimento embriofetal nascimento e desenvolvimento poacutes-natal ateacute a

maturidade sexual quando os descendentes jaacute adultos tornam-se capazes de

procriar As diretrizes metodoloacutegicas embora natildeo possuam forccedila de lei traduzem as

expectativas das agecircncias regulatoacuterias e por isto satildeo seguidas agrave risca pelas

induacutestrias As diretrizes da Agecircncia Americana de Controle de Medicamentos FDA

(US Food and Drug Administration 2001) e da Uniatildeo Europeacuteia EEC (European

Economic Community) recomendam a realizaccedilatildeo de abrangentes estudos de

toxicidade reprodutiva em trecircs segmentos (Figura 3) como segue

a) segmento I ndash de toxicidade crocircnica avalia os efeitos sobre a fertilidade de

machos e fecircmeas sendo os machos tratados antes e durante o acasalamento e as

fecircmeas durante gestaccedilatildeo e lactaccedilatildeo

b) segmento II ndash de teratogenicidade avalia as possiacuteveis alteraccedilotildees no

desenvolvimento da progecircnie exposta durante a fase de organogecircnese

c) segmento III ndash de toxicidade peri e poacutes-natal avalia os efeitos sobre o

desenvolvimento preacute e poacutes-natal de progecircnies expostas durante as fases de

desenvolvimento fetal e lactaccedilatildeo

Figura 3 Esquema geral dos estudos de Toxicidade Reprodutiva denominados Segmentos I II e III

Simultaneamente a criaccedilatildeo das diretrizes harmonizadas observou-se por parte

da comunidade cientiacutefica e oacutergatildeos regulatoacuterios uma maior preocupaccedilatildeo com

possiacuteveis sequelas funcionais induzidas in utero Neste contexto a avaliaccedilatildeo de

toxicidade funcional que em geral inclui a avaliaccedilatildeo de possiacuteveis efeitos sobre o

desenvolvimento neurocomportamental e da funccedilatildeo reprodutiva Tais avaliaccedilotildees

incluem atividade locomotora teste de memoacuteria desenvolvimento de reflexos

maturaccedilatildeo do tempo sexual acasalamento e fertilidade (―Reviewer Guidance - FDA

2001) O Brasil natildeo participa ativamente deste Foacuterum podendo ser considerado

apenas como paiacutes observador que procura seguir as recomendaccedilotildees contidas nas

diretrizes ICH (International Conference on Harmonisation of Technical Requirements

for Registration of Pharmaceuticals for Human Use) sobretudo nos casos em que natildeo

possui regulamentaccedilatildeo proacutepria

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OBJETIVOS

O objetivo principal deste trabalho foi avaliar o efeito de oacuteleo-resina de copaiacuteba

(Copaifera reticulata) durante o periacuteodo gestacional em ratos apoacutes administraccedilatildeo oral

Os objetivos especiacuteficos foram

Determinar a toxicidade oral aguda (DL50) do oacuteleo-resina de copaiacuteba em

ratos fecircmeas Wistar

Conduzir uma avaliaccedilatildeo preliminar do potencial neurotoacutexico do oacuteleo-

resina apoacutes exposiccedilatildeo aguda oral

Avaliar os efeitos histopatoloacutegicos do oacuteleo-resina nos oacutergatildeos fiacutegado rins

e ceacuterebro de ratos durante o periacuteodo gestacional

Investigar o potencial efeito toacutexico do oacuteleo-resina de copaiacuteba no

desenvolvimento embriofetal em ratos

Os resultados do presente estudo estatildeo apresentados na forma de trecircs

trabalhos cientiacuteficos que foram preparados para publicaccedilatildeo em revistas indexadas

1 Avaliaccedilatildeo da toxicidade aguda e potencial neurotoacutexico do oacuteleo-resina de

copaiacuteba (C reticulata)

Aceito para publicaccedilatildeo na ―Revista Brasileira de Farmacognosiarsquorsquo em 28 de

setembro de 2009 ISSN 0102-695X

2 Avaliaccedilatildeo histopatoloacutegica de oacutergatildeos maternos de ratos expostos ao oacuteleo-

resina de copaiacuteba (C reticulata)

A ser submetido no lsquoJornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratoriallsquolsquo

ISSN 1676-2444

3 Embriofetotoxicidade do oacuteleo-resina (C reticulata) de copaiacuteba em ratos

A ser submetido ao Jornal rsquoReproductive Toxicologyrsquorsquo ISSN 0890-6238

CAPIacuteTULO I

AVALIACcedilAtildeO DA TOXICIDADE AGUDA E POTENCIAL NEUROTOacuteXICO DO OacuteLEO-RESINA DE COPAIacuteBA (C RETICULATA)

Camile Giaretta Sachetti1 Maria Luiza Fascineli2 Juliana Alves Sampaio1 Osmar

Alves Lameira3 Eloisa Dutra Caldas1

1 Laboratoacuterio de Toxicologia Curso de Ciecircncias Farmacecircuticas Universidade de

Brasiacutelia (UnB) CEP 70910-900 Brasiacutelia DF Brasil

2 Departamento de Geneacutetica e Morfologia Universidade de Brasiacutelia CEP 70919-970

Brasilia DF

3 Laboratoacuterio de Biotecnologia Embrapa Amazocircnia Oriental CEP 66095-100 Beleacutem

PA

E-mail eloisaunbbr Tel 61- 3307 3671

Resumo O oacuteleo-resina de copaiacuteba obtido da Copaifera L Fabaceae eacute largamente

utilizado na medicina popular como antiinflamatoacuterio antimicrobiano e antitumoral

Poreacutem informaccedilotildees sobre seu potencial toacutexico satildeo escassos na literatura O objetivo

deste estudo foi estabelecer a toxicidade oral aguda e os possiacuteveis efeitos

neurotoacutexicos relacionados agrave ingestatildeo do oacuteleo-resina de Copaifera reticulata Ducke

Fabaceae em ratas Wistar O estudo foi conduzido com 15 ratas nuliacuteparas

distribuiacutedas nos grupos de doses 300 e 2000 mgkg pc de oacuteleo-resina administrado

por gavagem Os resultados obtidos mostraram que nestas doses natildeo houve sinais

cliacutenicos de toxicidade ou neurotoxicidade alteraccedilatildeo no consumo de raccedilatildeo ou

alteraccedilatildeo no peso corpoacutereo A dose letal aguda foi estimada como maior que 2000

mgkg pc e classificada como categoria 5 segundo o Guia OECD 423 Estes

resultados indicam que existe uma relativa margem de seguranccedila para o uso do oacuteleo-

resina de copaiacuteba como agente terapecircutico embora estudos toxicoloacutegicos adicionais

sejam ainda necessaacuterios principalmente com a administraccedilatildeo repetida de baixas

doses

Unitermos copaiacuteba ratos toxicidade aguda neurotoxicidade

Abstract ldquoAssessment of the neurotoxic potential and acute toxicity of

copaibardquo Copaiba oil-resin obtained from Copaifera L genus Fabaceae is largely

used in popular medicine as antinflammatory antimicrobial and antitumoral

Information concerning the potential toxicity of this oil is limited in the literature The

goal of this study was to investigate the acute toxicity and the possible neurotoxic

effects related to the ingestion of Copaifera reticulata Ducke Fabaceae oil-resin using

female Wistar rats Fifteen nulliparous rats were used and distributed in the

experimental groups orally exposed to doses of 300 e 2000 mgkg bw of oil-resin

(gavage) No overt clinical signs of toxicity or neurotoxicity alteration of food

consumption or body weight were observed in the animals at the tested doses The

lethal oral toxicity was estimated to be higher than 2000 mgkg bw classified as

category 5 according to OECD Guide 423 These results indicate that there is a certain

safety margin associated with the use of copaiba as therapeutic agent although

additional toxicological studies are still necessary mainly using repeated low doses

Keywords copaiba rats acute toxicity neurotoxicity

Introduccedilatildeo

Procedimentos cliacutenicos com plantas medicinais tecircm sido largamente utilizados

desde os primoacuterdios da histoacuteria humana muitas vezes sem restriccedilotildees e de forma

indiscriminada A Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (2002) reconhece que ateacute 80 da

populaccedilatildeo de alguns paiacuteses em desenvolvimento utilizam preparaccedilotildees de plantas

medicinais para os cuidados baacutesicos da sauacutede Eacute fundamental poreacutem o

estabelecimento da seguranccedila eficaacutecia e garantia da qualidade destas preparaccedilotildees

pois seu uso inadequado sem o conhecimento toxicoloacutegico necessaacuterio pode originar

efeitos adversos retardados eou assintomaacuteticos (Vendruscolo et al 2005)

A copaiacuteba eacute uma das plantas com uso medicinal mais utilizada e conhecida no

Brasil (apud Veiga Jr et al 2002) Satildeo aacutervores nativas da regiatildeo tropical da Ameacuterica

Latina e Aacutefrica Ocidental popularmente conhecida como copaibeira ou pau dlsquooacuteleo-

resina No Brasil satildeo encontradas facilmente nas regiotildees Amazocircnica e Centro-oeste

O gecircnero Copaifera L pertence agrave famiacutelia Fabaceae Lindl sub famiacutelia

Caesalpinioideae Kunth (Veiga Jr e Pinto 2002) O oacuteleo-resina utilizado nas

preparaccedilotildees medicinais eacute um exsudado do tronco destas aacutervores apresentando-se

como um liacutequido transparente cuja coloraccedilatildeo varia do amarelo ao marrom e

constituiacutedo principalmente por misturas de sesquiterpenos e de diterpenos (Veiga Jr

e Pinto 2002)

O oacuteleo-resina de copaiacuteba pode ser encontrado nas farmaacutecias de todo o paiacutes

em diversas apresentaccedilotildees O seu uso tem sido indicado entre outros pela sua accedilatildeo

antiinflamatoacuteria (Carvalho et al 2005 Veiga Juacutenior et al 2007) antitumoral (Lima et

al 2003) antimicrobiana (Santos et al 2008 Tincusi et al 2002) e atividade

antinociceptiva (Gomes et al 2007) Apesar da existecircncia de estudos da accedilatildeo

terapecircutica do oacuteleo-resina de copaiacuteba os estudos de toxicidade deste produto satildeo

escassos na literatura cientiacutefica alguns destes estudos obtiveram resultados

contraditoacuterios Segundo Tisserand amp Balancs (1995) apud Cavalini et al (2005) natildeo

haacute relatos de toxicidade oral cutacircnea ou fotossensibilidade devido agrave administraccedilatildeo do

oacuteleo-resina de copaiacuteba A administraccedilatildeo de 500 mgkg peso corpoacutereo do oacuteleo-resina

(Copaifera multijuga Hayne e Copaifera reticulata Ducke Fabaceae) em

camundongos por via oral natildeo foi relacionada a alteraccedilotildees comportamentais perda

dos reflexos a luz aumento ou diminuiccedilatildeo da ingestatildeo de aacutegua e raccedilatildeo e lesotildees ou

hemorragias no estocircmago (Gomes et al 2007) Por outro lado Souza et al (2000)

observaram que a administraccedilatildeo de 04 mL do oacuteleo-resina pela via transdiafragmaacutetica

ocasionou diarreacuteia piloereccedilatildeo e hemorragia nos animais tratados Basile et al (1988)

realizaram estudos com a copaiacuteba avaliando a atividade antiinflamatoacuteria em ratos e

observaram alguns efeitos adversos como irritaccedilatildeo gastrintestinal diarreacuteia sialorreacuteia

e depressatildeo do sistema nervoso central (SNC) Embora esse estudo sugira accedilatildeo da

copaiacuteba sobre o SNC natildeo foi encontrado ateacute o presente momento estudos que

avaliem a neurotoxicidade desta planta

O objetivo do presente estudo foi estimar a toxicidade aguda (DL50) do oacuteleo-

resina de copaiacuteba (Copaifera reticulata) em ratos apoacutes administraccedilatildeo oral

Adicionalmente se conduziu uma avaliaccedilatildeo preliminar do potencial neurotoacutexico do

oacuteleo-resina nesses animais

Material e Meacutetodos

O experimento foi realizado com 15 ratas Wistar saudaacuteveis com idade entre 90

e 120 dias e com variaccedilatildeo maacutexima de peso de 15 (270 plusmn 41g) provenientes do

Bioteacuterio Central da Universidade de Brasiacutelia (UnB) Antes do iniacutecio do estudo os

animais foram aclimatados no bioteacuterio na Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede da UnB

por um periacuteodo de 15 dias Os animais foram alocados individualmente em caixas de

polipropileno em condiccedilotildees controladas de luminosidade (12h12h claroescuro)

temperatura (23 plusmn 2degC) e umidade relativa (70) e receberam aacutegua potaacutevel e raccedilatildeo

comercial Purinareg ad libitum O manejo e cuidado com os animais seguiram os

princiacutepios eacuteticos da experimentaccedilatildeo animal segundo criteacuterios estabelecidos pelo

Comitecirc de Eacutetica no Uso Animal (CEUA) do Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas da UNB

cujo protocolo experimental adotado foi previamente aprovado pelo CEUA (protocolo

aprovado ndeg773332007)

O oacuteleo-resina de copaiacuteba (Copaifera reticulata Ducke Fabaceae) foi fornecido

pela Embrapa Amazocircnia Oriental sendo um pool de amostras extraiacutedas de plantas do

Campo Experimental do Mojuacute PA entre setembro de 2003 a agosto de 2004 O

Campo se situa no km 30 da rodovia PA-150 entre as coordenadas geograacuteficas de

2o 08 14 agrave 2o 12 26 de latitude sul e 48o 47 34 agrave 48o 14 de longitude a oeste de

Greenwich e altitude de 16 m possuindo uma aacuterea total aproximada de 1095 ha

(Costa et al 1998) As plantas possuiacuteam cerca de 20m de altura 260 cm de DAP

(Diacircmetro na Altura do Peito) e mais de 20 anos de idade As concentraccedilotildees de β

cariofileno e β bisaboleno (Figura 1) foram de 454 e 123 respectivamente

(Oliveira et al 2006) A responsaacutevel pela identificaccedilatildeo da espeacutecie foi a Dra Regina

Celia Viana Martins da Silva da Embrapa Amazocircnia Oriental

Figura 1 Substacircncias presentes na C reticulata

O oacuteleo-resina de copaiacuteba foi diluiacutedo em soluccedilatildeo Tween 80 2 e o volume final

administrado foi fixado em 10 mLkg peso corpoacutereo Aos animais do grupo controle

foram administrados 10 mLkg de Tween 80 2 Em todos os casos a administraccedilatildeo

foi por gavagem (Figura 2)

Figura 2 Administraccedilatildeo oral via gavagem do oacuteleo-resina de copaiacuteba

A toxicidade oral aguda foi realizada conforme o Guia OECD-4232001

―Toxicidade Aguda de Classe (OECD 2001) que determina as doses a serem

utilizadas no estudo (5 mgkg 50 mgkg 300 mgkg ou 2000 mgkg) e o nuacutemero de

animais por dose (3 ratas) (Figura 3) A dose inicial selecionada para o estudo foi de

300 mgkg pc definida a partir de dados de estudos preacutevios com outras espeacutecies

desta planta (Ribeiro et al 2007 Gomes et al 2007) A proacutexima dose testada foi

selecionada dependendo da mortalidade observada nas primeiras 24 horas de

exposiccedilatildeo Cada dose foi testada duas vezes e finalmente foi estimada a categoria

toxicoloacutegica segundo as especificaccedilotildees do Guia

Figura 3 Etapas para o procedimento da toxicidade aguda iniciando pela dose de 300mgkg pc e

usando 3 fecircmeas por etapa de acordo com o meacutetodo ―Toxicidade Aguda de Classe baseado no Guia

da OECD 423 2001a

Os animais ficaram em jejum por 10 horas anteriormente agrave administraccedilatildeo do

oacuteleo-resina com acesso livre apenas aacutegua e a raccedilatildeo foi permitida 3 horas apoacutes a

administraccedilatildeo O peso corporal dos animais foi verificado no dia da administraccedilatildeo da

copaiacuteba no 7deg e no 14deg dia poacutes-administraccedilatildeo Durante o periacuteodo experimental os

animais foram examinados diariamente quanto aos aspectos cliacutenicos incluindo a

postura convulsotildeestremores consistecircncia e aspecto das fezes fechamento da

paacutelpebra piloereccedilatildeo aspecto da pele e pecirclos estresse salivaccedilatildeo olhos e

comportamento

Uma hora apoacutes a administraccedilatildeo os animais foram avaliados quanto agrave funccedilatildeo

comportamental motora e sensorial para acessar os potenciais efeitos neurotoacutexicos

Os animais foram avaliados no Campo Aberto observando-se locomoccedilatildeo tempo de

parada tempo de limpeza frequumlecircncia de apoio passagem pelo quadrante central

bolos fecais (por 5 minutos) Pinccedilamento da Cauda Impressatildeo Plantar e

Endireitamento Postural (Moser et al 1997 abc) Adicionalmente foi realizada

observaccedilatildeo em Labirinto em Cruz Elevado para avaliar o potencial efeito ansioliacutetico

da copaiacuteba conduzido por 5 minutos segundo o aparato descrito por Handley e

Mithani (1984)

No 14deg dia os animais foram sacrificados em cacircmara de CO2 Durante a

necropsia os oacutergatildeos da cavidade corpoacuterea (pulmotildees traqueacuteia coraccedilatildeo estocircmago

fiacutegado baccedilo rins bexiga intestino e timo) viacutesceras glacircndulas vasos canais e

diafragma foram avaliados macroscopicamente quanto ao aspecto coloraccedilatildeo

tamanho e consistecircncia

Para detectar diferenccedilas estatiacutesticas entre os grupos experimentais foi

utilizado o teste ANOVA seguido pelo teste de Dunnett com um niacutevel de significacircncia

de 5 Os resultados obtidos foram analisados utilizando o programa GraphPad

Software InStatreg - version 30 (Motulsky 1998)

Resultados e Discussatildeo

Na menor dose testada (300 mgkg pc) nenhum dos 3 animais expostos

apresentou morbidade ou mortalidade nas primeiras 24 horas apoacutes a exposiccedilatildeo e

durante o periacuteodo do estudo Desta forma repetiu-se o teste nesta mesma dose com

outros 3 animais o que confirmou o resultado anterior O teste foi entatildeo realizado na

dose de 2000 mgkg pc onde natildeo foi verificado morbidade ou mortalidade em

nenhum dos 3 animais testados resultado confirmado na replicata realizada

utilizando-se a mesma dose Com os resultados obtidos observamos que a

toxicidade oral aguda do oacuteleo-resina de Copaifera reticulata Ducke Fabaceae eacute

maior que 2000 mgkg pc e classificado como categoria 5 segundo os criteacuterios do

protocolo experimental adotado

Os testes que avaliam a toxicidade aguda satildeo utilizados para classificar e

apropriadamente rotular substacircncias de acordo com o seu potencial de toxicidade ou

letalidade (Valadares 2006) Para que seus resultados sejam considerados pelas

agecircncias regulatoacuterias dos paiacuteses eacute essencial que estes testes sejam conduzidos

seguindo protocolos internacionalmente aceitos como aqueles publicados pela

Organizaccedilatildeo para Cooperaccedilatildeo e Desenvolvimento Econocircmico (Organization for

Economic Co-operation and Development - OECD) No presente estudo adotou-se o

Guia OECD 423 (OECD 2001) que apresenta boa reprodutibilidade usa poucos

animais e eacute capaz de classificar as substacircncias de acordo com sistemas

internacionalmente aceitos (Globally Harmonised System - GHS) O Guia 423

juntamente com os Guias 420 e 425 substituiu o de nuacutemero 401 introduzido haacute mais

de 50 anos e banido definitivamente pela OECD em 2001 Este uacuteltimo altamente

criticado pelas sociedades de proteccedilatildeo aos animais determina estatisticamente a

DL50 (dose que mata 50 da populaccedilatildeo em estudo) a partir de estudos com grupos

de animais (normalmente 20 animais de ambos sexos por grupo) expostos a doses

crescentes da substacircncia em estudo Os protocolos atualmente preconizados pela

OECD satildeo de grande aceitaccedilatildeo pelos oacutergatildeos reguladores na avaliaccedilatildeo da toxicidade

aguda para qualquer tipo de substacircncia e atende a requisitos da experimentaccedilatildeo

quanto aos princiacutepios do bem estar animal

O presente estudo foi o primeiro que avaliou a toxicidade letal aguda do oacuteleo-

resina de Copaifera reticulata em ratos Estudos publicados conduzidos com esta e

outras espeacutecies de copaiacuteba realizados em camundongos tambeacutem reportam uma baixa

toxicidade aguda desta planta Num estudo conduzido por Fernandes et al (1992)

com Copaifera cearensis camundongos foram expostos a doses de 1250 2500 3700

e 5000 mgkg pc de oacuteleo-resina (10 animais de ambos os sexosgrupo) e a DL50

estimada em 3090 mgkg pc Gomes et al (2007) estimaram a DL50 de Copaifera

reticulata e Copaifera multijuga em camundongos em 3900 mgkg pc e 4300 mgkg

pc respectivamente

No presente estudo natildeo foi observado sinais cliacutenicos de toxicidade nos animais

testados durante os 14 dias apoacutes a administraccedilatildeo do oacuteleo-resina Tambeacutem natildeo foram

observadas diferenccedilas significativas no peso corporal (Tabela 1) ou consumo de

raccedilatildeo entre os animais das doses testadas (dados natildeo mostrados)

Tabela 1 Meacutedia do peso corporal (gramasplusmn desvio padratildeo) de ratas Wistar oralmente expostos ao

oacuteleo-resina de copaiacuteba (Copaifera reticulata) nas doses de 300 e 2000 mgkg

Teste 1 Teste 2

Controle 300 mgkgpc 2000 mgkgpc 300 mgkgpc 2000 mgkgpc

Dia 0 2813plusmn15

(n=3)

2503plusmn15

(n=3)

2613plusmn64

(n=3)

2643plusmn81

(n=3)

2930plusmn89

(n=3)

Dia 7 293plusmn1

(n=3)

258plusmn85

(n=3)

2733plusmn212

(n=3)

2663plusmn117

(n=3)

3030plusmn50

(n=3)

Dia 14 293plusmn82

(n=3)

2573plusmn84

(n=3)

2790plusmn127

(n=3)

2676plusmn66

(n=3)

3050plusmn46

(n=3)

No intuito de averiguar a possiacutevel relaccedilatildeo entre a substacircncia testada e efeitos

neurotoacutexicos os animais foram avaliados quanto agrave funccedilatildeo motora sensorial e

comportamental apoacutes 1 hora da administraccedilatildeo do oacuteleo-resina de copaiacuteba Para tanto

os animais foram observados no Campo Aberto no Labirinto em Cruz Elevado assim

como foram avaliados nos testes de Pinccedilamento da Cauda de Endireitamento

Postural e de Impressatildeo Plantar O teste de campo aberto eacute um dos instrumentos

mais utilizados na avaliaccedilatildeo comportamental e da funccedilatildeo motora de animais Dados

como aumento do tempo despendido na parte central do campo aberto eacute indicaccedilatildeo de

ansioacutelise locomoccedilatildeo aumentada pode ser um indicativo de um efeito estimulante

enquanto diminuiccedilatildeo da locomoccedilatildeo e da frequumlecircncia com que o animal permanece

sobre as patas traseiras eacute relatada como sedaccedilatildeo (Prut e Belzung 2003) Aleacutem disso

a ausecircncia de movimento (tempo de parada) eacute um paracircmetro utilizado como indicativo

de alto niacutevel de estresse e a defecaccedilatildeo reflete o iacutendice de emoccedilatildeo sendo relacionada

agrave ativaccedilatildeo do sistema simpatomimeacutetico (Hall 1934)

Na Tabela 2 estatildeo sumarizados os resultados obtidos nos grupos

experimentais Natildeo foram observadas alteraccedilotildees significativas dos paracircmetros

analisados entre os animais dos grupos testados e o controle natildeo indicando

portanto alteraccedilotildees neurocomportamentais nos ratas Esses resultados corroboram

aqueles reportados por Ribeiro et al (2007) que natildeo verificaram quaisquer alteraccedilotildees

no padratildeo de comportamento de roedores expostos ao oacuteleo-resina e fraccedilatildeo volaacutetil de

copaiacuteba (espeacutecie natildeo informada) em doses crescentes de 50 a 800 mgkg pc

Entretanto Brito et al (1999) observaram que a administraccedilatildeo oral de 063 mLkg do

oacuteleo-resina de copaiacuteba durante quatorze dias foi capaz de promover irritabilidade

nos ratos testados a espeacutecie de copaiacuteba testada neste estudo natildeo foi indicada pelos

autores

Tabela 2 Paracircmetros de neurotoxicidade de ratas Wistar 1 hora apoacutes administraccedilatildeo oral

de oacuteleo-resina de copaiacuteba (Copaifera reticulata)

Controle

n=3

300 mgkg

n=6

2000 mgkg

n=6

Campo aberto

Locomoccedilatildeo nordm 413plusmn96 420plusmn82 287plusmn93

Tempo de Parada (seg) 185plusmn205 297plusmn281 189plusmn174

Tempo de Limpeza (seg) 174plusmn66 169plusmn131 150plusmn91

Apoio Patas Traseiras (nordm) 203plusmn38 218plusmn62 157plusmn63

Quadrante Central (nordm) 20plusmn10 08plusmn10 07plusmn08

Bolos fecais (nordm) 07plusmn06 13plusmn15 02plusmn04

Pinccedilamento da cauda (mseg) 547plusmn127 5335plusmn8239 283plusmn81

Impressatildeo Plantar

30 cm 1006plusmn109 859plusmn94 906plusmn207


Endireitamento Postural (mseg) 480plusmn17 388plusmn15 387plusmn37

Labirinto em cruz-elevada

Braccedilo Fechado (seg) 2750plusmn217 2815plusmn243 2775plusmn226

Braccedilo Aberto (seg) 00plusmn00 07plusmn12 42plusmn102

Braccedilo Fechado (nordm) 20plusmn10 25plusmn18 37plusmn30

Braccedilo Aberto (nordm) 00plusmn00 05plusmn08 03plusmn08

No 14ordm dia da administraccedilatildeo do oacuteleo-resina de copaiacuteba os animais foram

submetidos agrave necropsia e avaliados quanto a alteraccedilotildees macroscoacutepicas de diversos

oacutergatildeos Nenhuma alteraccedilatildeo foi encontrada nos animais testados no estudo Brito et al

(2001) reportou que a administraccedilatildeo de 063 mLkg pc em ratos por 14 dias

consecutivos estaacute relacionada a alteraccedilotildees gaacutestricas como diminuiccedilatildeo das pregas da

mucosa e diminuiccedilatildeo de vasos congestos

Conclusotildees

Os resultados de toxicidade aguda demonstraram que a administraccedilatildeo do oacuteleo-

resina de copaiacuteba (Copaifera reticulata Ducke Fabaceae) natildeo causou mortalidade

eou morbidade ateacute a dose testada de 2000 mgkg pc e foi categorizada como

―categoria 5 ou seja toxicidade letal aguda maior que 2000 mgkg pc O oacuteleo-resina

natildeo apresentou efeitos neurotoacutexicos nas doses testadas avaliada pela atividade

motora sensorial e comportamental Desta maneira o oacuteleo-resina de Copaifera

reticulata apresenta uma relativa margem de seguranccedila para a utilizaccedilatildeo como

agente terapecircutico embora outros estudos sejam necessaacuterios para o estabelecimento

da sua eficaacutecia terapecircutica sem o acometimento de efeitos colaterais principalmente

apoacutes a exposiccedilatildeo repetida a baixas doses

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WHO 2002 Traditional medicine strategy 2002-2005 World health organization

Disponiacutevel em lthttpwhqlibdocwhointhq2002WHO_EDM_TRM_20021pdfgt

Acessado em setembro de 2008

CAPIacuteTULO II

AVALIACcedilAtildeO HISTOPATOLOacuteGICA DE OacuteRGAtildeOS MATERNOS DE RATOS

EXPOSTOS AO OacuteLEO-RESINA DE COPAIacuteBA (C RETICULATA)


A utilizaccedilatildeo de plantas medicinais eacute uma terapecircutica milenar As observaccedilotildees

tradicionais sobre o uso e a eficaacutecia de plantas medicinais contribuem de forma

relevante para a divulgaccedilatildeo das suas virtudes terapecircuticas e pelos efeitos medicinais

que produzem apesar de muitas vezes natildeo terem seus constituintes quiacutemicos

conhecidos bem como a avaliaccedilatildeo da toxicidade


Brasil (Veiga Jr et al 2002) Satildeo aacutervores nativas da regiatildeo tropical da Ameacuterica Latina

e Aacutefrica Ocidental popularmente conhecida como copaibeiras ou pau dlsquooacuteleo-resina

No Brasil satildeo encontradas facilmente nas regiotildees Amazocircnica e Centro-oeste O

gecircnero Copaifera L pertence agrave famiacutelia Fabaceae Lindl sub famiacutelia Caesalpinioideae

Kunth (Veiga Jr e Pinto 2002) O oacuteleo-resina utilizado nas preparaccedilotildees medicinais eacute

um exsudado do tronco destas aacutervores e apresenta-se como um liacutequido transparente

cuja coloraccedilatildeo varia do amarelo ao marrom Satildeo constituiacutedos principalmente por

misturas de sesquiterpenos e de diterpenos (Veiga Jr e Pinto 2002)

O uso do oacuteleo-resina de copaiacuteba tem sido indicado entre outros pela sua accedilatildeo

antiinflamatoacuteria (Carvalho et al 2005 Veiga Jr et al 2007) antitumoral (Lima et al

2003) antimicrobiana (Santos et al 2008 Tincusi et al 2002) e atividade

antinociceptiva (Gomes et al 2007) Embora haja estudos mostrando algumas das

atividades terapecircuticas do oacuteleo-resina natildeo existem trabalhos que avaliem seu

potencial toacutexico nos oacutergatildeos maternos durante o periacuteodo gestacional Nesse periacuteodo

os mecanismos metaboacutelicos de alguns oacutergatildeos os tornam mais susceptiacuteveis a lesotildees

Desta forma o objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos histopatoloacutegicos da

toxicidade do oacuteleo-resina de copaiacuteba (Copaifera reticulata) no fiacutegado rins e ceacuterebro

de ratas Wistar durante o periacuteodo gestacional

Materiais e Meacutetodos

O experimento foi realizado com 40 fecircmeas Wistar com idade entre 90 e 120

dias e peso de 2511 plusmn 193 g (meacutediaplusmnDP) provenientes do Bioteacuterio Central da

Universidade de Brasiacutelia (UnB) estando aparentemente todos saudaacuteveis

Anteriormente agrave administraccedilatildeo do oacuteleo-resina de copaiacuteba os animais foram

aclimatados no bioteacuterio na Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede da UnB por um periacuteodo

de 15 dias Os animais foram alocados individualmente em caixas de polipropileno

em condiccedilotildees controladas de luminosidade (12h12h claroescuro) temperatura (23 plusmn

2degC) e umidade relativa (70) Os animais receberam aacutegua potaacutevel e raccedilatildeo comercial

Purinareg Grupo Evialis SP Brasil ad libitum O protocolo experimental foi

previamente aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica no Uso Animal da UnB (protocolo


Para o acasalamento trecircs ratas foram transferidas para a gaiola de um macho

durante as trecircs uacuteltimas horas do periacuteodo escuro (6 agraves 9 horas da manhatilde) O

cruzamento somente foi confirmado apoacutes verificaccedilatildeo da presenccedila de ceacutelulas

corneificadas e espermatozoacuteides no esfregaccedilo vaginal e esse foi considerado o dia

zero de gestaccedilatildeo

Apoacutes a confirmaccedilatildeo da prenhes as fecircmeas foram pesadas alojadas em caixas

individuais e distribuiacutedas aleatoriamente em 4 grupos de 10 animais cada Controle

500 mgkg 1000 mgkg e 1250 mgkg O oacuteleo-resina de copaiacuteba foi diluiacutedo em

soluccedilatildeo Tween 80 agrave 2 e o volume final administrado foi fixado em 10 mLkg peso

corpoacutereo Aos animais do grupo controle foi administrado 10 mLkg de Tween 80 2

O oacuteleo-resina de copaiacuteba foi administrado diariamente a partir do 6deg dia de gestaccedilatildeo

cobrindo o periacuteodo de implantaccedilatildeo do embriatildeo organogecircnese e o crescimento dos

oacutergatildeos fetais (19deg dia de gestaccedilatildeo)

O oacuteleo-resina de copaiacuteba (Copaifera reticulata) foi fornecido pela Embrapa

Amazocircnia Oriental sendo um pool de amostras extraiacutedas de plantas do Campo

Experimental do Mojuacute PA entre setembro de 2003 a agosto de 2004 O Campo se

situa no km 30 da rodovia PA-150 entre as coordenadas geograacuteficas de 2o 08 14 agrave

2o 12 26 de latitude sul e 48o 47 34 agrave 48o 14 de longitude a oeste de Greenwich e

altitude de 16 m possuindo uma aacuterea total aproximada de 1095 ha (Costa et al

1998) As plantas possuiacuteam cerca de 20 m de altura 260 cm de DAP (Diacircmetro na

Altura do Peito) e mais de 20 anos de idade As concentraccedilotildees de β cariofileno e β

bisaboleno foram de 454 e 123 respectivamente (Oliveira et al 2006)

Durante todo o tratamento as fecircmeas foram examinadas diariamente quanto

ao aparecimento de sinais de toxicidade incluindo mas natildeo se limitando a estresse

hipoatividade respiraccedilatildeo acelerada irritaccedilatildeo tremores musculares piloereccedilatildeo

cromodacriorreacuteia convulsotildees respiraccedilatildeo abdominal salivaccedilatildeo lacrimejamento

diarreacuteia perda de pecirclo e hemorragia vaginal O peso corporal e o consumo de raccedilatildeo

foram registrados a cada 3 dias

No 20ordm dia de gestaccedilatildeo as fecircmeas prenhes foram sacrificadas por inalaccedilatildeo de

CO2 As cavidades abdominais foram abertas por incisatildeo longitudinal e o fiacutegado rins

direito e esquerdo e ceacuterebro foram examinados macroscopicamente e posteriormente

pesados Fragmentos dos oacutergatildeos foram fixados em formol 10 tamponado

diafinizados e submetidos a inclusatildeo em parafina Cortes de 5 μm de espessura

obtidos em microacutetomo (marca Leica modelo RM2125 RT) foram corados pela

Hematoxicilina-Eosina (HE) e avaliados em microscopia de luz

Os dados de peso e raccedilatildeo foram analisados pelo teste de Kruskal-Wallis

seguido de Mann-Whitney com niacutevel de significacircncia plt005


A Tabela 1 mostra os sinais cliacutenicos de toxicidade observados nos animais

durante o periacuteodo do estudo tanto no grupo controle quanto nos grupos expostos Os

sinais cliacutenicos observados natildeo apresentaram relaccedilatildeo com a dose de copaiacuteba

administrada A piloereccedilatildeo diarreacuteia e cromodacriorreacuteia (Figura 1) foram

provavelmente resultado do stress imposto aos animais durante a manipulaccedilatildeo

Ribeiro et al (2007) tambeacutem natildeo observou nenhum sinal cliacutenico adverso em ratos

machos e fecircmeas expostos a dose uacutenica de oacuteleo-resina de copaiacuteba (espeacutecie natildeo

determinada) (ateacute 800 mgkg) Por outro lado a administraccedilatildeo uacutenica por meio de

enema de 05 mLkg do oacuteleo-resina de copaiacuteba apoacutes colite induzida por aacutecido

aceacutetico ocasionou diarreacuteia piloereccedilatildeo e hemorragia nos animais tratados (Souza et

al 2000)

Tabela 1 Sinais cliacutenicos de toxicidade observados durante o periacuteodo gestacional em ratos Wistar expostas agrave copaiacuteba

Sinais

Cliacutenicos

Grupo

Controle

Copaiacuteba (mgkg pc)

500 1000 1250

Diarreacuteia 310 (30) 210 (20) 410 (40) 410 (40)

Piloereccedilatildeo 010 (0) 010 (0) 210 (20) 010 (0)

Cromodacriorreacuteia 210 (20) 310 (30) 210 (20) 410 (40)

() percentual de animais apresentando determinado sinal cliacutenico de toxicidade

Figura 1 Rata apresentando cromodacriorreacuteia no olho direito verificado no 19deg dia de gestaccedilatildeo na dose de 500 mgkg

A evoluccedilatildeo do peso materno estaacute mostrada na Tabela 2 Diminuiccedilotildees

significativas no peso corpoacutereo materno foram observadas nos grupos 1000 mgkg e

1250 mgkg pc em relaccedilatildeo ao grupo controle ao longo do periacuteodo gestacional

(DG20-DG6 e DG20-DG0) Quando se considerou o peso corrigido materno

DPeso=[(Peso Final ndash Peso Inicial) ndash Peso do Uacutetero] tambeacutem foram observadas

diferenccedilas significativas entre as maiores doses do oacuteleo-resina de copaiacuteba Na dose

de 500 mgkg natildeo se verificou qualquer alteraccedilatildeo relacionada ao ganho de peso

Tabela 2 Dados de peso materno de ratas Wistar expostas ao oacuteleo-resina de copaiacuteba do 6ordm ao

19ordm dia de gestaccedilatildeo

Grupo

controle


Tratamento 500 1000 1250

DG 0 2505 plusmn 181 2558 plusmn 183 2600 plusmn 162 2381 plusmn 196


DG 6 ndash DG 0 187 plusmn 87 248 plusmn 107 212 plusmn 97 255 plusmn 647



DPeso 459 plusmn 109 385 plusmn 196 269 plusmn 259 290 plusmn 162

DG0 1deg dia de gestaccedilatildeo DG20 20deg dia de gestaccedilatildeo DG 6 6deg dia de gestaccedilatildeo DPeso=[(Peso Final ndash Peso Inicial) ndash Peso do Uacutetero] Todos os resultados foram expressos como meacutedia plusmn desvio padratildeo Diferenccedilas estatiacutesticas em relaccedilatildeo ao grupo controle foram encontradas utilizando o teste de Kruskal-Wallis seguido de Mann-Whitney (ple005)

Verificou-se uma diminuiccedilatildeo significativa no consumo de raccedilatildeo a partir do dia 9deg de gestaccedilatildeo no grupo de maior dosagem (Figura 2)

Figura 2 Mediana do consumo de raccedilatildeo de ratas Wistar expostas a copaiacuteba do 6ordm ao 19ordm dia de gestaccedilatildeo (DG) Diferenccedilas estatiacutesticas em relaccedilatildeo ao grupo controle foram encontradas utilizando o teste de Kruskal-Wallis seguido de Mann-Whitney (ple005)

Gomes et al (2007) natildeo encontraram qualquer alteraccedilatildeo no consumo de aacutegua

ou raccedilatildeo por camundongos durante cinco dias apoacutes a dosagem via oral uacutenica com

500 mgkg (Copaifera multijuga Hayne e Copaifera reticulata Ducke Fabaceae) Por

outro lado Souza et al (2002) verificaram nos dois primeiros dias um menor

consumo de raccedilatildeo bem como maior perda ponderal ateacute o 4ordm dia do experimento apoacutes

infusatildeo de 05 mLkg de C multijuga Hayne na cavidade peritoneal de ratos

esclarecendo ser possivelmente pela toxicidade do oacuteleo-resina de copaiacuteba absorvido

pela superfiacutecie peritoneal Um estudo em ratos com Elephantorrhiza elephantina

tambeacutem da famiacutelia Fabaceae foi realizado para determinar a toxicidade desta planta

Machos e fecircmeas foram divididos em quatro grupos consistindo de cinco ratos cada e

administrou-se doses de 200-1600mgkg pc 200-800mgkg pc e 50-400mgkg pc

para toxicidade aguda (1 dia) sub-aguda (14 dias) e crocircnica (35 dias)

respectivamente Natildeo foram observadas mortes nos grupos nem alteraccedilotildees no

consumo de aacutegua e raccedilatildeo (Maphosa et al 2010)

A meacutedia do peso relativo ( peso relativo dos oacutergatildeos = peso absoluto do

oacutergatildeo peso materno x 100) do fiacutegado rim e ceacuterebro satildeo apresentadas na Figura 3

Diferenccedilas significativas foram encontradas no peso do fiacutegado dos animais tratados

(500mgkg 1000mgkg e 1250mgkg) em relaccedilatildeo ao grupo controle Paumgartten et

al (1998) investigou os efeitos da administraccedilatildeo oral do monoterpeno β-myrcene nas

doses de 0 100 300 and 500 mgkg em ratos Metade das fecircmeas do estudo recebeu

o monoterpeno 21 dias anterior ao acasalamento durante o acasalamento e gestaccedilatildeo

e no 21deg foi realizada a cesaacuterea Natildeo foram observados sinais de toxicidade materna

durante o estudo entretanto um pequeno aumento no peso do fiacutegado e dos rins foi

verificado Essa alteraccedilatildeo foi explicada pelo fato do β-mirceno ser um provaacutevel indutor

da monooxigenase hepaacutetica e o aumento do fiacutegado ser um resultado da acentuada

hipertrofia do retiacuteculo endoplasmaacutetico devido a uma induccedilatildeo da siacutentese de enzimas

microssomais nos animais tratados

Figura 3 Meacutedia do peso relativo () dos oacutergatildeos fiacutegado rim e ceacuterebro de ratas

Wistar expostos ao oacuteleo-resina de copaiacuteba do 6ordm ao 19ordm dia de gestaccedilatildeo

Natildeo foram verificadas alteraccedilotildees macroscoacutepicas nos oacutergatildeos (fiacutegado rins e

ceacuterebro) das ratas Jaacute a anaacutelise histoloacutegica dos oacutergatildeos revelou alguns achados

microscoacutepicos no fiacutegado como demonstrados na Tabela 3 entretanto os resultados

natildeo foram estatisticamente diferentes entre o grupo controle e os grupos expostos a

copaiacuteba Essa anaacutelise eacute importante jaacute que vaacuterias doenccedilas hepaacuteticas podem ocorrer

durante a gravidez trazendo seacuterias consequumlecircncias para a matildee e o feto A alteraccedilatildeo

morfoloacutegica no fiacutegado encontrada em todos os grupos foi uma discreta degeneraccedilatildeo

hidroacutepica (Figura 4) caracterizada pelo acuacutemulo de aacutegua no citoplasma que se tornou

mais volumoso e paacutelido com nuacutecleos normalmente posicionados Esse achado natildeo eacute

evidecircncia de toxicidade para o fiacutegado visto que se a copaiacuteba fosse realmente toacutexica a

degeneraccedilatildeo seria mais intensa e aleacutem disso apoptose e necrose de hepatoacutecitos

seriam evidenciadas

Figura 4 Discreta degeneraccedilatildeo hidroacutepica (setas) no fiacutegado do rim de um animal exposto a

1000mgkg do oacuteleo-resina de copaiacuteba (HE 100X)

Nos grupos expostos a 1000 mgkg e 1250 mgkg verificou-se uma discreta

esteatose (Figura 5) em 1 e 2 animais respectivamente caracterizado por acuacutemulo

de lipiacutedios histologicamente visiacuteveis no citoplasma dos hepatoacutecitos Todas as

alteraccedilotildees histopatoloacutegicas verificadas nos oacutergatildeos foram muito discretas Brito et al

(2000) estudaram os efeitos microscoacutepicos do oacuteleo-resina de copaiacuteba no fiacutegado de

ratos machos Os animais expostos a copaiacuteba receberam doses de 063 mLkg pc

administradas via oral por 14 dias e os resultados obtidos natildeo demonstraram

alteraccedilotildees hepatocelulares poreacutem foi verificada congestatildeo vascular nas veias portais

e centrolobulares

Figura 5 Discreta esteatose (setas) no fiacutegado de rato exposto a 1250 mgkg de copaiacuteba (HE

100X)

No presente trabalho natildeo foram encontrados qualquer alteraccedilatildeo significativa no

rim dos animais expostos a copaiacuteba Brito et al (2005) avaliaram o efeito do oacuteleo-

resina de copaiacuteba (063 mLkg via oral de C multijuga Hayne) nos niacuteveis seacutericos de

ureacuteia e creatinina em ratas Wistar (n=18) submetidas agrave siacutendrome de isquemia e

reperfusatildeo renal Observou-se que o oacuteleo-resina de copaiacuteba diminuiu os niacuteveis

seacutericos de ureacuteia em 24 horas e 48 horas e os de creatinina nas 48 horas apoacutes o

procedimento de isquemia Tais achados demonstraram que a administraccedilatildeo preacutevia

por sete dias agrave isquemia e reperfusatildeo do oacuteleo-resina de copaiacuteba por gavagem

protegeu a funccedilatildeo renal dos animais nas 48 horas apoacutes a isquemia e reperfusatildeo

Tabela 3 Anaacutelise histopatoloacutegica dos oacutergatildeos fiacutegado e rins de ratas expostos a copaiacuteba do 6deg ao 19deg dia de gestaccedilatildeo Resultados expressos em de animais com alteraccedilatildeo (n=10)

Tratamento

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fiacutegado

Degeneraccedilatildeo Hidroacutepica 90 90 80 80

Esteatose 0 0 10 20

Rim

Infiltrado de mononucleares 10 20 0 0

Conclusatildeo

Poucos trabalhos estatildeo disponiacuteveis em relaccedilatildeo a toxicidade ao oacuteleo-resina de

copaiacuteba e nem todos trazem as informaccedilotildees necessaacuterias o que gera resultados

inconsistentes e controversos principalmente pela biodiversidade entre as espeacutecies

dessa planta O presente estudo visou contribuir com informaccedilotildees acerca do uso do

oacuteleo-resina da Copaifera reticulata durante o periacuteodo gestacional Os resultados

demonstram toxicidade materna em altas doses (1000 mgkg e 1250mgkg)

evidenciada pela diminuiccedilatildeo no ganho de peso corpoacutereo e diminuiccedilatildeo no consumo de

raccedilatildeo Entretanto natildeo foi encontrada qualquer alteraccedilatildeo histopatoloacutegica significativa

no fiacutegado rim e ceacuterebro dos animais expostos a copaiacuteba sugerindo uma seguranccedila

relativa do oacuteleo-resina quando utilizado durante a gestaccedilatildeo Estudos adicionais

devem ser realizados a fim de avaliar mais dados a respeito da ingestatildeo do oacuteleo-

resina visando tambeacutem a interaccedilatildeo materno-fetal

Agradecimentos

Os autores agradecem ao Dr Osmar Alves Lameira da Embrapa Oriental por fornecer

o oacuteleo-resina de copaiacuteba

Referecircncias

Brito MVH Oliveira RVB Silveira EL Reis JMC Noguchi A Epaminondas WA

Moraes MR 2000 Aspectos microscoacutepicos do fiacutegado de ratos apoacutes administraccedilatildeo

do oacuteleo de copaiacuteba Acta Cir Bras 15 2







Costa DH Ferreira CAP Silva JNM Lopes J do CA 1998 Potencial madeireiro de

floresta densa no municiacutepio de Mojuacute Estado do Paraacute Beleacutem Embrapa-CPATU

33p (Embrapa ndash CPATY Documentos 121)


Antinociceptive activity of Amazonian Copaiba oils J Ethnopharmacol 109 486-

492



fractions Phytother Res 171048-1053

Maphosa V Masika PJ Moyo B 2010 Toxicity evaluation of the aqueous extract of

the rhizome of Elephantorrhiza elephantina (Burch) Skeels (Fabaceae) in rats

Food Chem Toxicol (48)196-201


oacuteleo-resina de copaiacuteba (Copaifera spp) no municiacutepio de Moju PA Rev Bras Plant

Medic 8 14-23

Paumgartten FJ De-Carvalho RR Souza CA Madi K Chahoud I 1998 Study of the

effects of beta-myrcene on rat fertility and general reproductive performance Braz J

Med Biol Res 31 955-65


de Toxicidade Aguda do Oleoresina de copaiacuteba e fraccedilatildeo volaacutetil In 15deg da Simpoacutesio

Internacional de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica da USP Ribeiratildeo PretoSP Anais do 15deg

Simpoacutesio Internacional de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica da USP Satildeo Paulo [sn] p 1

(Resumo)




Souza Juacutenior OG Garcia L Damous SH 2000 Colite induzida por aacutecido aceacutetico e


131-135




Tincusi BM Jimeacutenez IA Bazzocchi IL Moujir LM Mamani ZA Barroso JP Ravelo AG

Hernaacutendez BV 2002 Antimicrobial terpenoids from the oleoresin of the Peruvian

Medicinal Plant Copaifera paupera Plant Med 68 808-812


Veiga Junior VF Rosas EC Carvalho MV Henriques MGMO Pinto AC 2007



Hayne-A comparative study J Ethnophar 112 248-254

CAPIacuteTULO III

EMBRIOFETOTOXICIDADE DO OacuteLEO-RESINA DE COPAIacuteBA (C RETICULATA) EM RATOS


Conhecida popularmente como copaiacuteba o gecircnero Copaifera L pertence agrave

famiacutelia Fabaceae Lindl sub famiacutelia Caesalpinioideae Kunth (Veiga Jr e Pinto 2002)

e eacute uma das plantas com uso medicinal mais utilizada e conhecida no Brasil O uso

tradicional levou a uma intensa comercializaccedilatildeo da copaiacuteba como oacuteleo-resina ou em

caacutepsulas do oacuteleo-resina in nature e vem sendo exportado do Brasil principalmente

para Franccedila Alemanha Inglaterra e Estados Unidos (Veiga Jr e Pinto 2002) O oacuteleo-

resina eacute constituiacutedo principalmente por misturas de sesquiterpenos e diterpenos

(Veiga Jr e Pinto 2002) e vaacuterias de suas propriedades terapecircuticas vecircm sendo

estudadas incluindo sua accedilatildeo antiinflamatoacuteria (Carvalho et al 2005 Veiga Juacutenior et

al 2007) antitumoral (Lima et al 2003) antimicrobiana (Tincusi et al 2002)


antiparasitaacuteria (Santos et al 2008)

Em mamiacuteferos a funccedilatildeo materna normal eacute indispensaacutevel para o

desenvolvimento adequado dos fetos e para a sauacutede da prole e a exposiccedilatildeo a

xenobioacuteticos durante a gestaccedilatildeo pode causar efeitos adversos no desenvolvimento

fetal (Chahoud 1999) Apesar da extensa utilizaccedilatildeo do oacuteleo-resina de copaiacuteba pelas

suas propriedades farmacoloacutegicas poucos estudos mostram o potencial toacutexico do

produto e natildeo haacute dados da toxicidade do desenvolvimento que comprovem a

seguranccedila da utilizaccedilatildeo desta planta por gestantes Cunha et al (2003) reportaram

propriedades de relaxamento uterino do diterpeno aacutecido caurenoacuteico da Copaifera

langsdorffii em ratos causados principalmente atraveacutes do bloqueio de caacutelcio e em

parte pela abertura dos canais de potaacutessio ATP-sensiacuteveis

O presente estudo foi realizado para investigar o potencial efeito toacutexico do oacuteleo-

resina de copaiacuteba no desenvolvimento embriofetal em ratos Wistar

Materias e Meacutetodos

O presente estudo foi desenvolvido de acordo com o OECDs Guideline for the

Testing of Chemicals ndash ndeg 414 ―Prenatal Developmental Toxicity Study (Adopted

22nd January 2001)

Animais

O experimento foi realizado com ratos machos e fecircmeas nuliacuteparas Wistar com

idade entre 90 e 120 dias provenientes do Bioteacuterio Central da Universidade de

Brasiacutelia (UnB) Anteriormente ao iniacutecio do experimento os animais foram aclimatados

no bioteacuterio na Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede da UnB por um periacuteodo de 15 dias

Os animais foram alocados individualmente em caixas de polipropileno e cama de

maravalha de pinho branco esterelizada em autoclave e em condiccedilotildees de ambiente

controladas (luminosidade de 12h12h claroescuro temperatura de 23 plusmn 2degC e

umidade relativa de 70) Os animais receberam ad libitum aacutegua potaacutevel e raccedilatildeo

comercial (Labina Proteiacutena bruta 23 Extrato eteacutereo 4 Mateacuteria fibrosa 5

Mateacuteria mineral 10 Caacutelcio 13 Foacutesforo 085) registrada no Ministeacuterio da

Agricultura SP-0311730758 e fornecida pela Purinareg Grupo Evialis

PauliniaSPBrasil O manejo e cuidados com os animais seguiram os princiacutepios eacuteticos

da experimentaccedilatildeo animal segundo criteacuterios estabelecidos pelo Comitecirc de Eacutetica no

Uso Animal (CEUA) do Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas da UnB (protocolo aprovado

ndeg773332007)

Para o acasalamento trecircs fecircmeas foram transferidas para a caixa de um

macho durante as trecircs uacuteltimas horas do periacuteodo escuro (6 agraves 9 horas da manhatilde) O

dia em que as fecircmeas apresentaram espermatozoacuteides e ceacutelulas corneificadas no

esfregaccedilo vaginal foi designado como dia 0 de gestaccedilatildeo

Tratamento







1998) As plantas possuiacuteam cerca de 20m de altura 260 cm de DAP (Diacircmetro na

Altura do Peito) e mais de 20 anos de idade As concentraccedilotildees de β-cariofileno e β-


O extrato-bruto do oacuteleo-resina de copaiacuteba foi diluiacutedo diariamente em Tween 80

2 e administrado por via oral (gavagem gaacutestrica) do 6ordm ao 19ordm dia de gestaccedilatildeo nas

seguintes concentraccedilotildees 500mgkg 1000mgkg e 1250mgkg (25 animais por grupo)

conforme definido no teste piloto descrito posteriormente O volume final administrado

foi 10 mLkg pc O grupo controle recebeu apenas o veiacuteculo (Tween 80 2)


ao aparecimento de sinais de toxicidade materna Qualquer variaccedilatildeo foi devidamente

registrada e o animal foi rigorosamente acompanhado O peso corporal e o consumo

de raccedilatildeo foram registrados a cada 3 dias

Cesaacuterea

No 20ordm dia de gestaccedilatildeo as fecircmeas foram sacrificadas por inalaccedilatildeo de CO2 As

cavidades abdominais foram abertas por uma ampla incisatildeo longitudinal o uacutetero foi

pesado com todo seu conteuacutedo e os oacutergatildeos foram examinados macroscopicamente

O nuacutemero de fetos vivos e mortos reabsorccedilotildees e os corpos luacuteteos foram registrados

O nuacutemero de siacutetios de implantaccedilatildeo foi determinado pelo meacutetodo de Salewski (1964)

que consiste na imersatildeo do uacutetero (sem os fetos) em soluccedilatildeo de sulfeto de amocircmio a

10 durante 10 minutos em seguida o uacutetero eacute lavado em aacutegua corrente e

mergulhado por 10 minutos em soluccedilatildeo formada por partes iguais de ferrocioneto de

potaacutessio a 20 e aacutecido cloriacutedrico a 1 Os siacutetios de implantaccedilatildeo que aparecem

escuros na parede uterina satildeo localizados e contados Todos os fetos vivos e suas

respectivas placentas foram imediatamente pesados e examinados quanto a

presenccedila de anomalias externamente visiacuteveis Metade de cada ninhada escolhidos

aleatoriamente foi fixada em soluccedilatildeo de Bodian (5 de aacutecido aceacutetico glacial 2 de

formaldeiacutedo 37 72 de etanol 95 21 de aacutegua destilada) e avaliado para

anomalias viscerais usando a teacutecnica de microdissecccedilatildeo descrita em Miranda et al

(2006) Os oacutergatildeos dos fetos coraccedilatildeo timo pulmatildeo baccedilo rins e pulmotildees tambeacutem

foram pesados A outra metade da ninhada foi fixada em 5 soluccedilatildeo formol

macerados em hidroacutexido de potaacutessio clarificados com soluccedilatildeo de

glicerinaetanolaacutelcool benziacutelico e corados com Alizarina Red S para avaliaccedilatildeo do

esqueleto (Dawson 1926)

Teste Piloto

Para definiccedilatildeo das dosagens do oacuteleo-resina de copaiacuteba utilizadas no presente

estudo realizou-se inicialmente um estudo de toxicidade aguda seguindo o OECDs

Guideline for the Testing of Chemicals ndash ndeg 423 ―Acute Oral Toxicity ndash Acute Toxic

Class Method (orientaccedilotildees atualizadas adotadas em 17 de dezembro de 2001) A

dose letal aguda foi estimada como maior que 2000 mgkg pc (Sachetti et al 2009)

Realizou-se um estudo piloto para determinar as dosagens para a realizaccedilatildeo

do estudo de toxicidade no desenvolvimento preacute-natal seguindo o ―Pilot Study for

Prenatal Developmental Toxicity in Rats (OECD 414) Para a realizaccedilatildeo do piloto

foram utilizados 4 grupos (N = 5 animaisgrupo) Controle (Tween 80 2) 500 1000

1500mgkg de peso corporal diluiacuteda em Tween 80 2 O volume administrado de 10

mLkg pc para todos os grupos

Anaacutelise estatiacutestica

Os dados reprodutivos bem como peso materno e consumo de raccedilatildeo foram

analisados pelo teste natildeo-parameacutetrico de KruskalndashWallis seguido de MannndashWhitney

As alteraccedilotildees esqueleacuteticas e viscerais foram analisadas pelo teste do Qui-quadrado

todos com niacutevel de significacircncia de plt005

Resultados

Teste piloto

Devido a inconsistecircncia de dados encontrados em estudos jaacute realizados no que

tange a dosagem da copaiacuteba aleacutem da diversidade entre espeacutecies bem como a

variabilidade das espeacutecies animais (roedores e natildeo roedores) foi necessaacuterio realizar

um teste piloto para estabelecer as doses a serem empregadas no experimento As

diretrizes preconizam que o limite superior do intervalo de doses seja suficientemente

alto para produzir alguma toxicidade materna (natildeo mais que 10 de mortalidade) ou

toxicidade para o embriatildeo e o limite inferior deste intervalo seja uma dose proacutexima da

dose terapecircutica e que natildeo cause efeitos embriotoacutexicos (OECD ndeg 414 2001) No

teste piloto 3 animais morreram no grupo que recebeu a dosagem de 1500mgkg pc

do oacuteleo-resina de copaiacuteba no 14deg 14deg e 18deg dia de gestaccedilatildeo sendo necessaacuterio

repetir o estudo com uma dosagem intermediaacuteria de 1250mgkg Nessa dose os

animais apresentaram alguma toxicidade mas natildeo mortalidade (dados natildeo

mostrados) Desta forma o grupo de maior dose foi definido em 1250mgkg

Toxicidade Materna

O percentual de fecircmeas prenhestratadas eacute apresentado na Tabela 1

apresentando semelhanccedila entre os grupos quanto ao nuacutemero de animais Todos os

animais sobreviveram tanto no grupo controle quanto no grupo exposto ao oacuteleo-

resina de copaiacuteba e nenhuma alteraccedilatildeo comportamental durante o estudo foi

evidenciada Os sinais cliacutenicos de toxicidade materna encontrados nos animais estatildeo

mostrados na Tabela 1 natildeo se observando qualquer diferenccedila entre o grupo controle

e expostos a copaiacuteba A avaliaccedilatildeo dos oacutergatildeos maternos durante a cesaacuterea natildeo

apresentou nenhuma alteraccedilatildeo patoloacutegica externamente visiacutevel nos animais controle

e expostos a copaiacuteba

Houve uma diminuiccedilatildeo significativa no consumo de raccedilatildeo pelos animais a partir

do 9deg dia de gestaccedilatildeo nos grupos 1000mgkg e 1250mgkg em relaccedilatildeo ao grupo

controle (Figura 1) Esta diminuiccedilatildeo induziu uma perda significativa no ganho de peso

corpoacutereo durante a gravidez (DG20 ndash DG0) e no periacuteodo de tratamento (DG20-DG6)

nas duas maiores doses Natildeo foram observadas diferenccedilas significativas no peso do

uacutetero graviacutedico entre os grupos Uma reduccedilatildeo estatisticamente significativa no ganho

de peso [(Peso Final menos Peso Inicial) menos Peso do Uacutetero] foi observada nas

doses de 1000mgkg e 1250mgkg

Verificou-se um aumento no peso relativo (peso do oacutergatildeo em relaccedilatildeo ao peso

corpoacutereo) do fiacutegado em todos os grupos expostos ao oacuteleo-resina de copaiacuteba (Tabela

1) Houve tambeacutem um aumento no peso relativo dos rins direito e esquerdo nas doses

de 500mgkg e 1000mgkg O ceacuterebro tambeacutem apresentou um aumento no peso

relativo nos grupos 1000mgkg e 1250mgkg

Tabela 1 Resultados das avaliaccedilotildees maternas do grupo controle e expostas a copaiacuteba do 6deg ao 19deg dia de gestaccedilatildeo

TRATAMENTO

Grupo Controle

Copaiacuteba (mkg pc)

500 1000 1250

Fecircmeas Tratadas 25 25 25 25

Fecircmeas Prenhes 22 23 22 24

Fecircmeas PrenhesTratadas

88 92 88 96

Sinais Cliacutenicos de Toxicidade

b

Cromodacriorreacuteia 3 5 3 7

Hemorragia Vaginal 0 0 1 0

Diarreacuteia 7 7 9 10

Piloereccedilatildeo 0 0 3 1

Peso Materno (g)

Dia 0 2507plusmn219 2579plusmn156 2547plusmn186 2378plusmn200


Ganho Peso Materno (g)

Dia 6 - Dia 0 209plusmn92 227plusmn84 226plusmn82 236plusmn62



Peso Uacutetero Graviacutedico (g) 671plusmn97 758plusmn118 605plusmn123 604plusmn126

D Pesoa

447plusmn134 407plusmn174 196plusmn249 287plusmn157

Peso Relativo dos oacutergatildeos (g)

Fiacutegado 403plusmn029 464plusmn033 521plusmn060 519plusmn045

Ceacuterebro 049plusmn003 047plusmn004 055plusmn006 054plusmn005

Rim Direito 027plusmn002 029plusmn005 030plusmn002 029plusmn003

Rim Esquerdo 025plusmn002 027plusmn003 029plusmn003 027plusmn002

aD Peso=[(Peso Final ndash Peso Inicial) ndash Peso do Uacutetero]

b Nuacutemero de fecircmeas apresentando algum sinal cliacutenico de toxicidade ao menos uma vez durante o

tratamento Os dados foram apresentados como Meacutedia plusmn Desvio Padratildeo O ganho de peso materno foi analisado pelo teste Kruskal-Wallis seguido de Mann- Whitney Utest Os outros paracircmetros foram analisados por ANOVA e Dunnett t (2-sided)

a

significativamente diferente em relaccedilatildeo ao Grupo Controle plt005 significativamente diferente em relaccedilatildeo ao Grupo Controle plt001

Figura 1 Mediana do consumo de raccedilatildeo das fecircmeas expostas ao oacuteleo-resina de copaiacuteba do 6deg ao 19deg dia de gestaccedilatildeo DG Dia de gestaccedilatildeo Os valores foram analisados pelo teste Kruskal-Wallis seguido de Mann- Whitney Utest significativamente diferente em relaccedilatildeo ao Grupo Controle plt005

Embriofetotoxicidade

A Tabela 2 mostra os paracircmetros de toxicidade reprodutiva e embriotoxicidade

avaliados no estudo A meacutedia do nuacutemero de corpos luacuteteos e os siacutetios de implantaccedilatildeo

por fecircmea para todos os grupos expostos a copaiacuteba natildeo apresentaram diferenccedila

significativa em relaccedilatildeo ao grupo controle Tambeacutem natildeo houve diferenccedila no nuacutemero

de reabsorccedilotildees entre grupo controle e expostos ao oacuteleo-resina Natildeo houve reduccedilatildeo

no nuacutemero de fetos vivos (Figura 2) das fecircmeas tratadas e a meacutedia do peso da

placenta por ninhada apresentou valores semelhantes entre todos os grupos

Entretanto a meacutedia do peso corpoacutereo fetal por ninhada foi reduzida nos grupos

tratados com 1000mgkg e 1250mgkg sugerindo-se um retardo no crescimento fetal

nas maiores doses A razatildeo entre o nuacutemero de fetos fecircmeas e machos (Tabela 2) dos

grupos tratados foi similar agravequela do grupo controle indicando que ambos os sexos

respondem com igual susceptibilidade agrave exposiccedilatildeo preacute-natal ao copaiacuteba

Figura 2 Fetos vivos apoacutes realizaccedilatildeo da cesaacuterea no 19deg dia de gestaccedilatildeo

Tabela 2 Embriofetotoxicidade das fecircmeas expostas oralmente ao oacuteleo-resina de copaiacuteba do 6deg ao 19deg

dia de gestaccedilatildeo


TRATAMENTO Grupo Controle 500 1000 1250

Corpos Luacuteteos (meacutediaplusmnSD) 1414plusmn125 1541plusmn174 1448plusmn169 1443plusmn183

Siacutetios de Implantaccedilatildeo

Total (N) 282 308 268 286

N por Ninhada (meacutediaplusmnSD) 1282plusmn153 1395plusmn170 1276plusmn234 1243plusmn306

Reabsorccedilotildees

Total (N) 16 7 16 20


Precoce (N) 16 7 15 19

Tardia (N) 0 0 1 1

Fetos Mortos (N) 0 1 0 0

Fetos Vivos

Total (N) 266 300 252 266


Peso Corpoacutereo Fetal (g)

Por Ninhada (meacutediaplusmnSD) 375plusmn025 378plusmn047 335plusmn05 348plusmn034

Peso Placenta (g)


FecircmeasMachos 136130 156144 134118 137129

Razatildeo 105 108 113 106

N (nuacutemero) foram comparados pelo teste Chi-Square Os dados apresentados como meacutedia plusmn Desvio Padratildeo foram analisado pelo teste ANOVA seguido do teste de Dunnett t (2-sided)

a ()

significativamente diferente em relaccedilatildeo ao Grupo Controle plt005 Reabsorccedilotildees foram classificadas como Precoce siacutetios de implantaccedilatildeo detectados aonde natildeo haacute nenhum feto ou fetoplacenta remanescente Tardia eacute possiacutevel a discriminaccedilatildeo entre os resiacuteduos do feto e placenta

Ao se considerar a meacutedia do peso relativo dos oacutergatildeos fetais por ninhada

(Tabela 3) natildeo se constatou qualquer alteraccedilatildeo estatisticamente significativa quando

comparados todos os grupos

Tabela 3 Meacutedia do peso relativo () dos oacutergatildeos dos fetos expostos in utero ao oacuteleo-resina de copaiacuteba

(500 1000 e 1250 mgkg) do 6deg ao 19deg dia de gestaccedilatildeo

TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250

Peso Fetal (g)


Rim Direito ()


Rim Esquerdo ()


Fiacutegado ()


Baccedilo ()


Timo ()


Coraccedilatildeo ()


Pulmatildeo () 23062plusmn02274 23724plusmn02098 24146plusmn02217 23378plusmn02641

Os valores satildeo meacutedia plusmn desvio padratildeo () Peso Relativo dos oacutergatildeos (peso absoluto do oacutergatildeo (x 100) peso fetal) Para a anaacutelise dos pesos relativos foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis seguido pelo teste U de Mann-Whitney A diferenccedila foi considerada como estatisticamente significativa quando plt005 Em toda a anaacutelise utilizou-se a ninhada como unidade de medida Natildeo foram observadas diferenccedilas significativas em nenhum dos oacutergatildeos quando considerado grupo controle em relaccedilatildeo aos expostos ao oacuteleo-resina de copaiacuteba

Natildeo foi encontrada diferenccedila significativa entre o grupo controle e os fetos

expostos a copaiacuteba quanto a frequecircncia de anormalidades externamente visiacuteveis

(Tabela 4) Entretanto as avaliaccedilotildees viscerais demonstraram diferenccedila significativa

mas natildeo dose dependente na dilataccedilatildeo do ureter direito e esquerdo nas doses de

500 e 1250mgkg (Figura 3 e 4) Uma significativa diferenccedila tambeacutem foi encontrada

no ureter direito que apresentou-se tortuoso na dose de 500mgkg do oacuteleo-resina de

copaiacuteba (Tabela 4)

Tabela 4 Ocorrecircncia de anormalidades externamente visiacuteveis e viscerais dos fetos expostos in utero

ao oacuteleo-resina de copaiacuteba durante a gestaccedilatildeo

TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250

Anormalidades externamente visiacuteveis

Fetos analisados (N) 266 300 252 266

Ninhadas analisadas (N) 22 22 21 23

Hematomas

Fetos () 075 0 040 075

Ninhadas () 909 0 476 869

Atresia anal

Fetos () 037 0 0 0

Ninhadas () 454 0 0 0

Cauda curta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Pata Traseira torta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Anomalias Viscerais



Rim Esquerdo (Posiccedilatildeo Irregular)

Fetos () 0 0 261 165

Ninhadas () 0 0 15 952

Ventriacuteculo cerebral (dilatado)

Fetos () 078 0 0 0

Ninhadas () 476 0 0 0

Fiacutegado (Loacutebulo Extra)

Fetos () 625 355 696 826

Ninhadas () 238 190 350 286

Testiacuteculo (Posiccedilatildeo Irregular)

Fetos () 156 213 348 248

Ninhadas () 952 143 150 143

Ureter Esquerdo (Dilatado)

Fetos () 0 284 087 330

Ninhadas () 0 1428 50 1428

Ureter Esquerdo (Tortuoso)

Fetos () 0 213 087 248

Ninhadas () 0 1428 50 952

TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250

Ureter Direito (Dilatado)

Fetos () 0 567 087 413

Ninhadas () 0 238 50 1904

Ureter Direito (Tortuoso)

Fetos () 0 496 087 165

Ninhadas () 0 1904 50 476

Nuacutemero (N) As proporccedilotildees foram analisadas pelo Teste Chi-Square Diferenccedilas significativas (plt005) em relaccedilatildeo ao grupo controle

Figura 3 a) Morfologia normal de rins e ureter b) Ureter direito e esquerdo dilatados proacuteximo a pelve renal (setas) de fetos expostos in utero a 500mgkg do oacuteleo-resina de copaiacuteba do 6deg ao 19deg dia de gestaccedilatildeo

A ocorrecircncia de anormalidades no esqueleto dos fetos expostos a copaiacuteba in

utero do 6deg ao 19deg dia de gestaccedilatildeo eacute demonstrado na Tabela 5 Avaliaccedilotildees no

esqueleto fetal revelaram que o oacuteleo-resina de copaiacuteba causou um aumento

significativo mas natildeo dose dependente no aumento da ocorrecircncia de ossos

incompletos (Figura 5) (osso frontal nas doses de 1000 e 1250mgkg e osso

supraocipital na dose de 500 mgkg) que eacute apresentado como uma reduccedilatildeo no

tamanho da aacuterea corada no cracircnio (Solecki et al 2001) Como verificado na Tabela 5

evidenciou-se nas maiores doses um aumento de ossos natildeo-ossificados em relaccedilatildeo

a b

ao grupo controle (ossos supraocipital hioacuteide metacarpo metarso e iacutesqueo) Poreacutem

com exceccedilatildeo do metarcapo todos os outros ossos natildeo-ossificados apresentaram-se

alterados em apenas 1 ou 2 ninhadas ou seja um nuacutemero limitado de fecircmeas

apresentando essa alteraccedilatildeo e que natildeo estavam distribuiacutedas homogeneamente entre

essas fecircmeas que receberam o oacuteleo-resina O produto tambeacutem causou aumento

significativo de fetos com o centro toraacutecico pobremente calcificado verificado em

todas as dosagens do oacuteleo-resina Entretanto houve uma diminuiccedilatildeo na ocorrecircncia

de ossos pobremente calcificados quando se tratou do arco sacral e das falanges nas

maiores dosagens (Tabela 5) Outro dado significativo foi que na maior dose testada

(1250mgkg) aumentou a incidecircncia da costela rudimentar extra (Figura 6) uma

anomalia que pode ser classificada como uma variaccedilatildeo (Solecki et al 2001) A

ocorrecircncia de buracos no osso escamoso (Figura 7) foi mais frequente nos fetos

expostos a maior dose do oacuteleo-resina de copaiacuteba do que nos fetos do grupo controle

Figura 5 Ossos parietal interparietal e supraocipital incompletos em feto exposto a 500mgkg pc do oacuteleo-resina de copaiacuteba

Figura 6 Costela rudimentar extra em feto exposto a 1250mgkg pc do oacuteleo-resina de copaiacuteba

Figura 7 Buracos no osso escamoso em feto exposto a 1000mgkg pc do oacuteleo-resina de copaiacuteba

Tabela 5 Ocorrecircncia de anormalidades no esqueleto dos fetos expostos in utero ao oacuteleo-resina de copaiacuteba durante a gestaccedilatildeo

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250



Cracircnio

Frontal (Incompleto)

Fetos () 0 1 94 43

Ninhadas () 0 59 143 143

Frontal (buraco)

Fetos () 0 0 0 09

Ninhadas () 0 0 0 48

Frontal (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 08 0


Hioacuteide (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 39 0


Interparietal (bipartido)

Fetos () 123 77 86 96

Ninhadas () 40 412 333 286

Interparietal (incompleto)

Fetos () 208 212 281 13

Ninhadas () 40 529 619 476

Interparietal (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 23 0


Palatino (fenda)

Fetos () 0 0 08 09

Ninhadas () 0 0 48 48

Parietal (incompleto)

Fetos () 66 58 125 61

Ninhadas () 200 294 238 238

Escamoso (incompleto)

Fetos () 0 0 23 0

Ninhadas () 0 0 143 0

Escamoso (forma irregular)

Fetos () 38 38 78 78

Ninhadas () 10 176 286 286

Escamoso (buraco)

Fetos () 17 144 242 287

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Ninhadas () 55 588 762 905

Escamoso (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 08 0


Supraocipital (bipartido)

Fetos () 0 0 16 26

Ninhadas () 0 0 95 95

Supraocipital (incompleto)

Fetos () 66 163 117 13

Ninhadas () 25 588 476 476

Supraocipital (forma irregular)

Fetos () 94 115 148 43

Ninhadas () 35 529 571 19

Supraocipital (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 47 09

Ninhadas () 0 0 95 48

Lacrimal (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 08 0


Maxilar (incompleto)

Fetos () 0 1 08 0

Ninhadas () 0 59 48 0

Nasal (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 08 0


Parietal (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 08 0


Timpacircnico (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 08 0


Timpacircnico (ossificaccedilatildeo incompleta)

Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48

Zigomaacutetico (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 08 0


Zigomaacutetico (incompleto)

Fetos () 0 0 08 0

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Patas Dianteiras

Metacarpo (pobremente calcificado)

Fetos () 113 87 156 157

Ninhadas () 25 412 619 429

Metacarpo (natildeo-ossificado)

Fetos () 94 269 336 609

Ninhadas () 35 765 714 762

Falange (pobremente calcificado)

Fetos () 151 183 148 209

Ninhadas () 45 588 476 476

Falange (natildeo-ossificada)

Fetos () 123 154 102 78

Ninhadas () 25 647 333 286

Tiacutebia (natildeo-ossificada)

Fetos () 0 0 08 0


Fiacutebula (natildeo-ossificada)

Fetos () 0 0 08 0


Claviacutecula (natildeo-ossificada)

Fetos () 0 0 08 0


Ulna (pobremente calcificada)

Fetos () 0 0 08 0


Raacutedio (pobremente calcificado)

Fetos () 0 0 08 0


Patas Traseiras

Falanges (pobremente calcificado)

Fetos () 292 346 234 174

Ninhadas () 65 824 714 667

Falanges (natildeo-ossificadas)

Fetos () 208 221 195 27

Ninhadas () 45 765 571 476

Metatarso (pobremente calcificado)

Fetos () 09 1 23 26

Ninhadas () 5 59 143 95

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Metatarso (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 63 35

Ninhadas () 0 0 95 143

Iacuteleo (pobremente calcificado)

Fetos () 0 0 08 0


Iacuteleo (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48

Iacutesqueo (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 47 26

Ninhadas () 0 0 48 95

Puacutebis (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 31 17

Ninhadas () 0 0 48 48

Fecircmur (pobremente calcificado)

Fetos () 0 0 08 0


Esterno

Esternebra (bipartida)

Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48

Esternebra (pobremente calcificada)

Fetos () 245 221 297 304

Ninhadas () 75 647 857 762

Esternebra (forma irregular)

Fetos () 47 51 35 43

Ninhadas () 19 15 14 19

Esternebra (natildeo-ossificada)

Fetos () 10 10 23 11


Costela

Lombar (extra rudimentar)

Fetos () 35 44 55 75

Ninhadas () 14 14 19 21

Coluna

Centro Sacral (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 08 0


Arco Sacral (natildeo-ossificado)

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fetos () 0 0 08 26

Ninhadas () 0 0 48 95

Arco Sacral (pobremente calcificado)

Fetos () 642 644 383 487

Ninhadas () 100 941 762 905

Centro Toraacutecico (DUnBbell)

Fetos () 28 1 16 17

Ninhadas () 10 59 95 48

Centro Toraacutecico (pobremente calcificado)

Fetos () 38 279 32 287

Ninhadas () 20 647 857 714

Centro Toraacutecico (bipartido)

Fetos () 0 0 0 26


Centro Toraacutecico (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 23 0


Arco Caudal (natildeo-ossificado)

Fetos () 113 67 164 139

Ninhadas () 45 176 429 476

Centro Caudal (natildeo-ossificado)

Fetos () 19 0 08 0


Arco Lombar (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 08 0


Centro Lombar (pobremente calcificado)

Fetos () 0 0 16 0


Veacutertebra Lombar (supernumeraacuteria)

Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48

Centro Lombar (natildeo-ossificado)

Fetos () 0 0 23 0



Discussatildeo e Conclusatildeo

Nesse estudo o oacuteleo-resina de copaiacuteba (C reticulata) foi administrado em

ratas prenhes durante o periacuteodo de implantaccedilatildeo embrionaacuteria ateacute o final da gestaccedilatildeo

segundo os procedimentos do Guia OECD-414 A implantaccedilatildeo eacute o processo pelo qual

o embriatildeo adquire uma posiccedilatildeo estaacutevel no endomeacutetrio de modo a tornar possiacutevel a

manutenccedilatildeo de um sistema de trocas metaboacutelicas entre o organismo materno e

embrionaacuterio Em ratos esse processo ocorre por volta do 6deg dia de gestaccedilatildeo

(Abrahamsohn 1993)

Como veiacuteculo do oacuteleo-resina de copaiacuteba utilizou-se o Tween um surfactante

natildeo-aniocircnico (Benson 1967) utilizado para solubilizar substacircncias pobremente

soluacuteveis Um estudo realizado por Ema et al (1988) demonstrou que o Tween 60 natildeo

apresenta efeitos no desenvolvimento preacute-natal de ratos Os ratas do trabalho citado

receberam Tween 60 nas doses de 0 01 1 e 10 na dieta do 7deg ao 14deg dia de

gestaccedilatildeo e os resultados natildeo relataram quaisquer evidecircncia de teratogecircnese

Sinais de toxicidade materna normalmente observados em estudos de

toxicidade do desenvolvimento satildeo diminuiccedilatildeo no ganho de peso diminuiccedilatildeo no

consumo de aacutegua e comida sinais cliacutenicos toxicidade para os oacutergatildeos e mortalidade

(Chahoud 1999) Os dados do presente estudo demonstraram que a administraccedilatildeo

oral preacute-natal do oacuteleo-resina de copaiacuteba causou toxicidade materna nas maiores

dosagens utilizadas (1000 e 1250 mgkg) evidenciada pela diminuiccedilatildeo do consumo

de raccedilatildeo apoacutes o 9deg dia de gestaccedilatildeo e perda do ganho de peso durante o periacuteodo de

tratamento Embora verificada toxicidade natildeo houve mortes ou alteraccedilotildees

comportamentais durante todo o tratamento A menor dose utilizada 500mgkg natildeo

causou qualquer alteraccedilatildeo toacutexica significativa corroborando com o estudo de Gomes

et al (2007) que administrou 500 mgkg do oacuteleo-resina da Copaifera multijuga Hayne

e Copaifera reticulata Ducke Fabaceae em camundongos por via oral natildeo

observando alteraccedilatildeo na ingestatildeo de raccedilatildeo durante cinco dias apoacutes a dosagem com

as duas espeacutecies testadas

O oacuteleo-resina de copaiacuteba eacute constituiacutedo por misturas de sesquiterpenos

predominantes na maioria deles e de diterpenos (Veiga Jr e Pinto 2002) Alguns

estudos tecircm sido conduzidos para avaliar a potencial embriotoxicidade de terpenos

em animais de laboratoacuterio Num estudo conduzido com citral (37-dimetil-26-

octadieno-1-al) encontrado em oacuteleos essenciais foi administrado oralmente em ratos

Wistar do 6deg ao 15deg de gestaccedilatildeo em doses de 60 125 250 500 e 1000 mgkg Os

resultados demonstraram uma diminuiccedilatildeo no ganho de peso do 6deg ao 11deg dia de

gestaccedilatildeo nas menores doses e uma reduccedilatildeo no [peso corpoacutereo menos o peso do

uacutetero] nas maiores doses indicando que o citral foi maternalmente toacutexico para todas

as dosagens testadas (Nogueira et al 1995) Araujo et al (1996) avaliaram o

potencial efeito embriofetotoacutexico do α-terpineno (1-isopropil-4-metil-13-

ciclohexadieno) um monoterpeno encontrado em oacuteleos essenciais apoacutes

administraccedilatildeo via oral (30 60 125 e 250 mgkg pc) em fecircmeas Wistar do 6deg ao 15deg

dia de gestaccedilatildeo Natildeo houve aumento na taxa de reabsorccedilotildeesimplantaccedilotildees nas doses

testadas mas foi verificada uma reduccedilatildeo no [peso corpoacutereo menos o peso do uacutetero]

nas duas maiores doses testadas evidenciando toxicidade materna Houve uma

diminuiccedilatildeo no peso corpoacutereo fetal na maior dose testada e alguns sinais de retardo na

ossificaccedilatildeo foram observados nas doses de 60 mgkg ou mais

Paumgartten et al (1998) investigaram os efeitos da administraccedilatildeo oral do

monoterpeno β-mirceno nas doses de 0 100 300 e 500 mgkg em ratos Metade das

fecircmeas do estudo receberam o monoterpeno pelo periacuteodo de 21 dias anterior ao

acasalamento durante o acasalamento e ateacute a cesaacuterea no 21deg dia de gestaccedilatildeo Natildeo

foram observados sinais de toxicidade materna durante o estudo entretanto um

pequeno aumento no peso do fiacutegado e dos rins foi verificado Essa alteraccedilatildeo foi

explicada pelo fato do β-mirceno ser um provaacutevel indutor da monooxigenase hepaacutetica

e o aumento do fiacutegado ser um resultado da acentuada hipertrofia do retiacuteculo

endoplasmaacutetico devido a uma induccedilatildeo da siacutentese de enzimas microssomais nos

animais tratados No presente estudo dados similares foram relatados ao se verificar

um acentuado aumento no peso relativo do fiacutegado e rins das fecircmeas tratadas com do

oacuteleo-resina de copaiacuteba Os resultados das avaliaccedilotildees poacutes-cesaacuterea indicaram que a

administraccedilatildeo do oacuteleo-resina natildeo ocasionou efeitos adversos significativos na perda

poacutes-implantaccedilatildeo reabsorccedilotildees tamanho da ninhada e razatildeo sexual (machos e

fecircmeas) Uma pequena mas significativa reduccedilatildeo na meacutedia do peso corpoacutereo fetal

nas maiores dosagens de copaiacuteba foi verificada Essa reduccedilatildeo no peso fetal coincidiu

com a as dosagens de copaiacuteba que se apresentaram toacutexicas para as matildees Nos

estudos de toxicidade no desenvolvimento uma reduccedilatildeo na meacutedia do peso corpoacutereo

fetal eacute normalmene considerado um resultado no retardo do crescimento preacute-natal

induzido por uma substacircncia (Chahoud 2005) Entretanto Khera (1985) demonstrou

que algumas substacircncias induzem efeitos no desenvolvimento em niacutevel de dose que

eacute tambeacutem maternalmente toacutexico desta forma diminui a significacircncia da toxicidade

fetal na presenccedila de sinais de toxicidade materna

A reduccedilatildeo no consumo de alimento ou malnutriccedilatildeo materna pode

comprometer o crescimento fetal e a ossificaccedilatildeo (Lederman e Rosso 1980) O extrato

de Ginkgo biloba planta composta por diferentes terpenos trilactonas foi testado em

ratos Wistar para avaliar a toxicidade reprodutiva As fecircmeas prenhes receberam 0

35 7 e 14 mgkg pc do extrato do 8deg ao 20deg dia de gestaccedilatildeo Natildeo foram observadas

evidecircncias de toxicidade materna entretanto os resultados indicaram um retardo no

crescimento intra-uterino demonstrado atraveacutes da diminuiccedilatildeo da meacutedia do peso fetal

(Pinto et al 2007) Delgado et al (1993) avaliaram o efeito do β-mirceno no

desenvolvimento peri- e poacutes-natal pela administraccedilatildeo de 025 05 10 e 15 gkg via

gavagem a fecircmeas Wistar desde o 15deg dia de gestaccedilatildeo e durante a lactaccedilatildeo (ateacute o

21deg poacutes-natal) Houve diminuiccedilatildeo no peso da prole das fecircmeas tratadas com a maior

dose do estudo

As anaacutelises de anormalidades externamente visiacuteveis dos fetos natildeo

demonstraram quaisquer alteraccedilotildees significativas Jaacute a avaliaccedilatildeo das anomalias

viscerais revelou uma discreta dilataccedilatildeo no ureter direito e esquerdo significativas

mas natildeo dose dependentes nos grupos 500 e 1250 mgKg do oacuteleo-resina de copaiacuteba

A classificaccedilatildeo harmonizada da terminologia e classificaccedilatildeo de viacutesceras e avaliaccedilotildees

externas dos fetos de ratos determina que a dilataccedilatildeo verificada no ureter dos fetos

satildeo transitoacuterias e podem ser consideradas como variaccedilotildees (Solecki et al 2003) De

acordo com as definiccedilotildees atuais as variaccedilotildees satildeo mudanccedilas estruturais que ocorrem

em uma populaccedilatildeo normal e natildeo satildeo susceptiacuteveis de afetar a sobrevivecircncia ou a

sauacutede enquanto que as malformaccedilotildees satildeo mudanccedilas permanentes que afetam

adversamente a sobrevivecircncia desenvolvimento ou funccedilatildeo (Chahoud et al 1999)

A exposiccedilatildeo preacute-natal do oacuteleo-resina de copaiacuteba aumentou principalmente a

frequecircncia de ossos natildeo-ossificados e incompletos da prole Em ratos ossos natildeo-

ossificados (Khera 1985) bem como ossificaccedilatildeo incompleta e ossos pobremente

ossificados (Solecki et al 2001) tem sido um indicador de retardo de ossificaccedilatildeo do

esqueleto fetal que eacute um termo que se refere a uma diminuiccedilatildeo na quantidade de

mineralizaccedilatildeo do osso em comparaccedilatildeo com o esperado para uma determinada idade

de desenvolvimento (Carney e Kimmel 2007) Segundo Solecki et al (2001)

normalmente natildeo se pode saber exatamente as consequecircncias poacutes-natais dos ossos

incompletos e estudos avaliando as consequecircncias poacutes-natais do retardo na

ossificaccedilatildeo tecircm indicado que elas natildeo persistem (Carney e Kimmel 2007) A maioria

dos pesquisadores classifica ossos natildeo-ossificados como variaccedilotildees (ausecircncia de

ossificaccedilatildeo) sendo uma forma extrema da ossificaccedilatildeo incompleta condiccedilatildeo

considerada transitoacuteria e que se resolve com o crescimento do indiviacuteduo alcanccedilando

um estaacutegio comparaacutevel ao do grupo controle Num dia particular da gestaccedilatildeo

algumas estruturas do cracircnio podem ser bem ossificadas algumas podem ser menos

ossificadas e outras podem natildeo ser ossificadas (Solecki et al 2001) De acordo com

Daston and Seed (2007) o retardo na ossificaccedilatildeo depende da idade na qual os

animais foram sacrificados assim alguns estudos demonstram que os fetos das

fecircmeas sacrificadas no dia 20deg de gestaccedilatildeo (DG) tem ossos muito menos ossificados

que os animais examinados no 21deg DG No presente estudo seguindo o Guia OECD-

414 as cesaacutereas foram realizadas no 20deg dia de gestaccedilatildeo

O retardo na ossificaccedilatildeo ocorre tipicamente em conjunto com outros efeitos

no crescimento fetal particularmente diminuiccedilatildeo do peso fetal como foi verificado no

presente estudo Normalmente o atraso na ossificaccedilatildeo eacute provavelmente indicativo do

mesmo problema que levou a uma diminuiccedilatildeo do peso fetal ou seja um efeito

generalizado sobre a maturaccedilatildeo fetal Isso pode ser um efeito adverso mas

provavelmente natildeo eacute um preditor de potencial teratogecircnico (Daston e Seed 2007)

Outro resultado do presente estudo foi o aumento de buracos no osso

escamoso signicativos nas doses de 1000 mgkg Pode-se classificar esses buracos

pequenos e pouco numerosos como uma variaccedilatildeo (Solecki et al 2001) Aleacutem disso

a incidecircncia do aparecimento da costela rudimentar extra aumentou com o incremento

da dose e foi significativo no grupo 1250 mgkg Mesmo no estudo de substacircncias

teratogecircnicas para ratos como eacute o caso da aspirina essa alteraccedilatildeo eacute transitoacuteria

Wickramaratne (1988) administrou aspirina em ratos prenhes resultando em

duplicaccedilatildeo da frequecircncia de costelas extras rudimentar na prole ao nascer No

entanto apoacutes 60 dias a ocorrecircncia das costelas extras na prole declinou a zero

Os resultados deste estudo indicam que o oacuteleo-resina de copaiacuteba foi toacutexico

para o organismo materno nas doses de 1000 mgkg e 1250 mgkg como pode ser

visto pela reduccedilatildeo no ganho de peso das matildees e pela diminuiccedilatildeo no consumo de

raccedilatildeo tambeacutem nas maiores doses durante o periacuteodo do tratamento Nesses niacuteveis de

dose o oacuteleo-resina tambeacutem afetou adversamente o desenvolvimento embriofetal de

ratos causando retardo no crescimento fetal evidenciada pela diminuiccedilatildeo do peso da

prole Nestas condiccedilotildees experimentais o niacutevel maacuteximo de dose em que natildeo satildeo

observados efeitos adversos (Non-Observed Adverse Level ndash NOAEL) foi de 500 mg

do oacuteleo-resina de copaiacutebakg de peso corporal ie NOAEL=500 mg do oacuteleo-resina de

copaiacutebakg pcdia

No presente estudo a administraccedilatildeo do oacuteleo-resina nos ratos ocorreu a partir

do sexto dia da gestaccedilatildeo que corresponde ao iniacutecio da implantaccedilatildeo embrionaacuteria Em

mulheres a implantaccedilatildeo ocorre no final da primeira semana de gestaccedilatildeo (Moore

2000) A partir do NOAEL estimado podemos calcular a ingestatildeo segura do oacuteleo-

resina de copaiba por mulhers graacutevidas aplicando-se o fator de seguranccedila de 100

segundo procedimentos internacionalmente aceitos (Speijers 1999 Jardim amp Caldas

2009) Este fator assume que o homem eacute 10 vezes mais sensiacutevel que o rato

(variabilidade inter-espeacutecies) e que na populaccedilatildeo humana existe uma sub-populaccedilatildeo

de indiviacuteduos que eacute 10 vezes mais sensiacutevel que a meacutedia da populaccedilatildeo (variabilidade

intra-espeacutecie) Desta maneira a ingestatildeo segura do oacuteleo-resina de copaiba durante o

periacuteodo gestacional eacute de 5 mgkg pcdia ou 5 mLkg pcdia considerando a relaccedilatildeo

pesovolume 11

Vaacuterios produtos do oacuteleo-resina de copaiba estatildeo disponiacuteveis comercialmente

no Brasil mas na grande maioria a posologia natildeo estaacute especificada no roacutetulo

Pesquisa junto agraves drogarias do DF e em sites que comercializam o produto na internet

indicam que o oacuteleo-resina deve ser usado de 3 a 5 gotas por vez ateacute 3 vezes ao dia

Considerando que 1 gota tem 005 mL a dose diaacuteria maacutexima recomendada eacute de 075

mLdia Assumindo um peso corpoacutereo meacutedio de 60 kg essa dose corresponde a

00125 mLkg pcdia isto eacute 400 vezes menor que a ingestatildeo segura estimada para

mulheres gestantes a partir do estudo com ratos Esses resultados indicam que o uso

de oacuteleo-resina de copaiba pode ser seguro para esta populaccedilatildeo o que natildeo suporta

cientificamente o alerta apresentado em vaacuterios produtos comerciais de que o oacuteleo-

resina ―natildeo deve ser usado por gestantes

Os dados aqui apresentados indicam ainda que o oacuteleo-resina de copaiacuteba natildeo

eacute teratogecircnica em ratos uma vez que natildeo houve aumento da frequumlecircncia de

malformaccedilotildees viscerais eou esqueleacuteticas grosseiras em consequumlecircncia da exposiccedilatildeo

in utero a este composto Algumas das referecircncias citadas no presente estudo

demonstraram que os terpenoacuteides estudados ateacute o momento natildeo foram

teratogecircnicos Eacute importante no entanto destacar que o estudo da toxicidade

reprodutiva de agentes quiacutemicos eacute uma das aacutereas mais complexas da toxicologia

preditiva (Pinto 2005) e que na presente investigaccedilatildeo somente um periacuteodo restrito

deste processo ie o desenvolvimento embriofetal foi avaliado

Referecircncias

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Wickramaratne GA 1988 The post-natal fate of supernumerary ribs in rat

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CONCLUSOtildeES FINAIS

Os resultados do estudo de toxicidade aguda demonstraram que a

administraccedilatildeo do oacuteleo-resina de copaiacuteba (Copaifera reticulata) em ratas Wistar natildeo

causou mortalidade eou morbidade ateacute a dose testada de 2000 mgkg pc e foi

classificada como ―categoria 5 ou seja toxicidade letal aguda maior que 2000 mgkg

pc O oacuteleo-resina natildeo apresentou efeitos neurotoacutexicos nas doses testadas avaliada

pela atividade motora sensorial e comportamental Natildeo foi encontrada qualquer

alteraccedilatildeo histopatoloacutegica significativa no fiacutegado rim e ceacuterebro das fecircmeas prenhes

expostas do oacuteleo-resina de copaiacuteba sugerindo uma seguranccedila relativo quando

utilizado durante a gestaccedilatildeo

Os dados do estudo de embriofetotoxicidade indicam que o oacuteleo-resina de

copaiacuteba natildeo eacute teratogecircnica em ratos uma vez que natildeo houve aumento da frequumlecircncia

de malformaccedilotildees viscerais eou esqueleacuteticas grosseiras em consequumlecircncia da

exposiccedilatildeo in utero a este composto O oacuteleo-resina foi toacutexico para o organismo

materno e causou retardo no crescimento fetal nas doses de 1000 mgkg pcdia e

1250 mgkg pcdia com NOAEL estimado de 500 mgkg pcdia A partir desse

NOAEL estimou-se que a ingestatildeo segura do oacuteleo-resina de copaiba durante o

periacuteodo gestacional na espeacutecie humana eacute de 5 mgkg pcdia ou 5 mLkg pcdia Essa

dose 400 vezes maior que a dose terapecircutica indicada nos produtos comerciais e

portanto a copaiacuteba eacute segura para ser usada por mulheres em idade feacutertil

Ateacute o presente momento natildeo existiam dados na literatura avaliando a

embriofetotoxicidade do oacuteleo-resina de copaiacuteba dado importante pela sua grande

utilizaccedilatildeo tradicional e popular A continuaccedilatildeo dessa avaliaccedilatildeo se faz necessaacuteria

devido agrave grande diferenccedila intra-espeacutecies das Copaiferas bem como a diferenccedila entre

espeacutecies animais A gestaccedilatildeo eacute uma condiccedilatildeo fisioloacutegica na qual o metabolismo

materno pode ser influenciado por agentes toacutexicos que podem afetar a implantaccedilatildeo

desenvolvimento e crescimento do feto Aleacutem disso satildeo necessaacuterios estudos da

cineacutetica desta planta ausentes na literatura atual e importante para entender diversos

mecanismos Compostos quiacutemicos do oacuteleo-resina de copaiacuteba tambeacutem deveratildeo ser

isolados com o intuito de investigar os mecanismos de accedilatildeo nas suas diversas accedilotildees

farmacoloacutegicas e toacutexicas

UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA

FACULDADE DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE
















BANCA EXAMINADORA








AGRADECIMENTOS













do projeto
























companheirismo




apoio financeiro











Fernando Pessoa

SUMAacuteRIO







OBJETIVOS ____________________________________________________ 33


DA COPAIacuteBA ___________________________________________________ 34




RATOS ________________________________________________________ 63


RESUMO




































ABSTRACT















































silviacutecolas













(12) (Calixto 2000)






























































































































doses mais altas









































































































respectivamente
































identificado







































































































REFEREcircNCIAS












3 501-512



























Toxicon 40(8) 1231-234












33(1)104-9












Bras 44(4)406-412
















492








459-475






19(2)577-581










Med 8(3)14-23
















































Quim Nova 28 (3) 51928








OBJETIVOS





















ISSN 1676-2444



CAPIacuteTULO I







Brasilia DF


PA
















doses



































e Pinto 2002)



































































da OECD 423 2001a








comportamento









Mithani (1984)
















































pc respectivamente







Teste 1 Teste 2


Dia 0 2813plusmn15

(n=3)

2503plusmn15

(n=3)

2613plusmn64

(n=3)

2643plusmn81

(n=3)

2930plusmn89

(n=3)

Dia 7 293plusmn1

(n=3)

258plusmn85

(n=3)

2733plusmn212

(n=3)

2663plusmn117

(n=3)

3030plusmn50

(n=3)

Dia 14 293plusmn82

(n=3)

2573plusmn84

(n=3)

2790plusmn127

(n=3)

2676plusmn66

(n=3)

3050plusmn46

(n=3)

























autores



Controle

n=3

300 mgkg

n=6

2000 mgkg

n=6

Campo aberto























Conclusotildees











Referecircncias







Endosc Dig 2078-82












































Med 814-23











131-135

















CAPIacuteTULO II
























































































al 2000)


Sinais

Cliacutenicos

Grupo

Controle


500 1000 1250

Diarreacuteia 310 (30) 210 (20) 410 (40) 410 (40)














Grupo

controle




















































seriam evidenciadas











e centrolobulares


100X)











Tratamento

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fiacutegado


Esteatose 0 0 10 20

Rim


Conclusatildeo













Agradecimentos



Referecircncias















492









Medic 8 14-23








(Resumo)






131-135












CAPIacuteTULO III






























22nd January 2001)

Animais















ndeg773332007)





Tratamento



















Cesaacuterea





















Teste Piloto

















Resultados

Teste piloto














Toxicidade Materna
























TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




88 92 88 96


b





Peso Materno (g)








D Pesoa










a























Total (N) 282 308 268 286



Total (N) 16 7 16 20


Precoce (N) 16 7 15 19

Tardia (N) 0 0 1 1


Fetos Vivos

Total (N) 266 300 252 266




Peso Placenta (g)



Razatildeo 105 108 113 106


a ()







TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250

Peso Fetal (g)


Rim Direito ()


Rim Esquerdo ()


Fiacutegado ()


Baccedilo ()


Timo ()















TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




Hematomas

Fetos () 075 0 040 075

Ninhadas () 909 0 476 869

Atresia anal

Fetos () 037 0 0 0

Ninhadas () 454 0 0 0

Cauda curta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Pata Traseira torta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Anomalias Viscerais




Fetos () 0 0 261 165

Ninhadas () 0 0 15 952


Fetos () 078 0 0 0

Ninhadas () 476 0 0 0


Fetos () 625 355 696 826

Ninhadas () 238 190 350 286


Fetos () 156 213 348 248

Ninhadas () 952 143 150 143


Fetos () 0 284 087 330

Ninhadas () 0 1428 50 1428


Fetos () 0 213 087 248

Ninhadas () 0 1428 50 952

TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 567 087 413

Ninhadas () 0 238 50 1904


Fetos () 0 496 087 165

Ninhadas () 0 1904 50 476











a b


















TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250



Cracircnio


Fetos () 0 1 94 43

Ninhadas () 0 59 143 143

Frontal (buraco)

Fetos () 0 0 0 09



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 39 0



Fetos () 123 77 86 96

Ninhadas () 40 412 333 286


Fetos () 208 212 281 13

Ninhadas () 40 529 619 476


Fetos () 0 0 23 0


Palatino (fenda)

Fetos () 0 0 08 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 66 58 125 61

Ninhadas () 200 294 238 238


Fetos () 0 0 23 0

Ninhadas () 0 0 143 0


Fetos () 38 38 78 78

Ninhadas () 10 176 286 286

Escamoso (buraco)

Fetos () 17 144 242 287

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Ninhadas () 55 588 762 905


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 26

Ninhadas () 0 0 95 95


Fetos () 66 163 117 13

Ninhadas () 25 588 476 476


Fetos () 94 115 148 43

Ninhadas () 35 529 571 19


Fetos () 0 0 47 09

Ninhadas () 0 0 95 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 1 08 0

Ninhadas () 0 59 48 0


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Patas Dianteiras


Fetos () 113 87 156 157

Ninhadas () 25 412 619 429


Fetos () 94 269 336 609

Ninhadas () 35 765 714 762


Fetos () 151 183 148 209

Ninhadas () 45 588 476 476


Fetos () 123 154 102 78

Ninhadas () 25 647 333 286


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0


Patas Traseiras


Fetos () 292 346 234 174

Ninhadas () 65 824 714 667


Fetos () 208 221 195 27

Ninhadas () 45 765 571 476


Fetos () 09 1 23 26

Ninhadas () 5 59 143 95

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 0 63 35

Ninhadas () 0 0 95 143


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 47 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 0 0 31 17

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0


Esterno


Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 245 221 297 304

Ninhadas () 75 647 857 762


Fetos () 47 51 35 43

Ninhadas () 19 15 14 19


Fetos () 10 10 23 11


Costela


Fetos () 35 44 55 75

Ninhadas () 14 14 19 21

Coluna


Fetos () 0 0 08 0



TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fetos () 0 0 08 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 642 644 383 487

Ninhadas () 100 941 762 905


Fetos () 28 1 16 17

Ninhadas () 10 59 95 48


Fetos () 38 279 32 287

Ninhadas () 20 647 857 714


Fetos () 0 0 0 26



Fetos () 0 0 23 0



Fetos () 113 67 164 139

Ninhadas () 45 176 429 476


Fetos () 19 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 0



Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 0 0 23 0










(Abrahamsohn 1993)









































































dose do estudo





































































pesovolume 11





















Referecircncias


Zool 266(6)603-28









York p247



80473ndash496






38(4)565-75






















33(1)104-9













1898-1909

















2001)



Medic 8 14-23






Arouca- RJ



23480ndash485































































BANCA EXAMINADORA








AGRADECIMENTOS













do projeto
























companheirismo




apoio financeiro











Fernando Pessoa

SUMAacuteRIO







OBJETIVOS ____________________________________________________ 33


DA COPAIacuteBA ___________________________________________________ 34




RATOS ________________________________________________________ 63


RESUMO




































ABSTRACT















































silviacutecolas













(12) (Calixto 2000)






























































































































doses mais altas









































































































respectivamente
































identificado







































































































REFEREcircNCIAS












3 501-512



























Toxicon 40(8) 1231-234












33(1)104-9












Bras 44(4)406-412
















492








459-475






19(2)577-581










Med 8(3)14-23
















































Quim Nova 28 (3) 51928








OBJETIVOS





















ISSN 1676-2444



CAPIacuteTULO I







Brasilia DF


PA
















doses



































e Pinto 2002)



































































da OECD 423 2001a








comportamento









Mithani (1984)
















































pc respectivamente







Teste 1 Teste 2


Dia 0 2813plusmn15

(n=3)

2503plusmn15

(n=3)

2613plusmn64

(n=3)

2643plusmn81

(n=3)

2930plusmn89

(n=3)

Dia 7 293plusmn1

(n=3)

258plusmn85

(n=3)

2733plusmn212

(n=3)

2663plusmn117

(n=3)

3030plusmn50

(n=3)

Dia 14 293plusmn82

(n=3)

2573plusmn84

(n=3)

2790plusmn127

(n=3)

2676plusmn66

(n=3)

3050plusmn46

(n=3)

























autores



Controle

n=3

300 mgkg

n=6

2000 mgkg

n=6

Campo aberto























Conclusotildees











Referecircncias







Endosc Dig 2078-82












































Med 814-23











131-135

















CAPIacuteTULO II
























































































al 2000)


Sinais

Cliacutenicos

Grupo

Controle


500 1000 1250

Diarreacuteia 310 (30) 210 (20) 410 (40) 410 (40)














Grupo

controle




















































seriam evidenciadas











e centrolobulares


100X)











Tratamento

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fiacutegado


Esteatose 0 0 10 20

Rim


Conclusatildeo













Agradecimentos



Referecircncias















492









Medic 8 14-23








(Resumo)






131-135












CAPIacuteTULO III






























22nd January 2001)

Animais















ndeg773332007)





Tratamento



















Cesaacuterea





















Teste Piloto

















Resultados

Teste piloto














Toxicidade Materna
























TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




88 92 88 96


b





Peso Materno (g)








D Pesoa










a























Total (N) 282 308 268 286



Total (N) 16 7 16 20


Precoce (N) 16 7 15 19

Tardia (N) 0 0 1 1


Fetos Vivos

Total (N) 266 300 252 266




Peso Placenta (g)



Razatildeo 105 108 113 106


a ()







TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250

Peso Fetal (g)


Rim Direito ()


Rim Esquerdo ()


Fiacutegado ()


Baccedilo ()


Timo ()















TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




Hematomas

Fetos () 075 0 040 075

Ninhadas () 909 0 476 869

Atresia anal

Fetos () 037 0 0 0

Ninhadas () 454 0 0 0

Cauda curta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Pata Traseira torta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Anomalias Viscerais




Fetos () 0 0 261 165

Ninhadas () 0 0 15 952


Fetos () 078 0 0 0

Ninhadas () 476 0 0 0


Fetos () 625 355 696 826

Ninhadas () 238 190 350 286


Fetos () 156 213 348 248

Ninhadas () 952 143 150 143


Fetos () 0 284 087 330

Ninhadas () 0 1428 50 1428


Fetos () 0 213 087 248

Ninhadas () 0 1428 50 952

TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 567 087 413

Ninhadas () 0 238 50 1904


Fetos () 0 496 087 165

Ninhadas () 0 1904 50 476











a b


















TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250



Cracircnio


Fetos () 0 1 94 43

Ninhadas () 0 59 143 143

Frontal (buraco)

Fetos () 0 0 0 09



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 39 0



Fetos () 123 77 86 96

Ninhadas () 40 412 333 286


Fetos () 208 212 281 13

Ninhadas () 40 529 619 476


Fetos () 0 0 23 0


Palatino (fenda)

Fetos () 0 0 08 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 66 58 125 61

Ninhadas () 200 294 238 238


Fetos () 0 0 23 0

Ninhadas () 0 0 143 0


Fetos () 38 38 78 78

Ninhadas () 10 176 286 286

Escamoso (buraco)

Fetos () 17 144 242 287

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Ninhadas () 55 588 762 905


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 26

Ninhadas () 0 0 95 95


Fetos () 66 163 117 13

Ninhadas () 25 588 476 476


Fetos () 94 115 148 43

Ninhadas () 35 529 571 19


Fetos () 0 0 47 09

Ninhadas () 0 0 95 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 1 08 0

Ninhadas () 0 59 48 0


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Patas Dianteiras


Fetos () 113 87 156 157

Ninhadas () 25 412 619 429


Fetos () 94 269 336 609

Ninhadas () 35 765 714 762


Fetos () 151 183 148 209

Ninhadas () 45 588 476 476


Fetos () 123 154 102 78

Ninhadas () 25 647 333 286


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0


Patas Traseiras


Fetos () 292 346 234 174

Ninhadas () 65 824 714 667


Fetos () 208 221 195 27

Ninhadas () 45 765 571 476


Fetos () 09 1 23 26

Ninhadas () 5 59 143 95

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 0 63 35

Ninhadas () 0 0 95 143


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 47 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 0 0 31 17

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0


Esterno


Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 245 221 297 304

Ninhadas () 75 647 857 762


Fetos () 47 51 35 43

Ninhadas () 19 15 14 19


Fetos () 10 10 23 11


Costela


Fetos () 35 44 55 75

Ninhadas () 14 14 19 21

Coluna


Fetos () 0 0 08 0



TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fetos () 0 0 08 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 642 644 383 487

Ninhadas () 100 941 762 905


Fetos () 28 1 16 17

Ninhadas () 10 59 95 48


Fetos () 38 279 32 287

Ninhadas () 20 647 857 714


Fetos () 0 0 0 26



Fetos () 0 0 23 0



Fetos () 113 67 164 139

Ninhadas () 45 176 429 476


Fetos () 19 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 0



Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 0 0 23 0










(Abrahamsohn 1993)









































































dose do estudo





































































pesovolume 11





















Referecircncias


Zool 266(6)603-28









York p247



80473ndash496






38(4)565-75






















33(1)104-9













1898-1909

















2001)



Medic 8 14-23






Arouca- RJ



23480ndash485
























































AGRADECIMENTOS













do projeto
























companheirismo




apoio financeiro











Fernando Pessoa

SUMAacuteRIO







OBJETIVOS ____________________________________________________ 33


DA COPAIacuteBA ___________________________________________________ 34




RATOS ________________________________________________________ 63


RESUMO




































ABSTRACT















































silviacutecolas













(12) (Calixto 2000)






























































































































doses mais altas









































































































respectivamente
































identificado







































































































REFEREcircNCIAS












3 501-512



























Toxicon 40(8) 1231-234












33(1)104-9












Bras 44(4)406-412
















492








459-475






19(2)577-581










Med 8(3)14-23
















































Quim Nova 28 (3) 51928








OBJETIVOS





















ISSN 1676-2444



CAPIacuteTULO I







Brasilia DF


PA
















doses



































e Pinto 2002)



































































da OECD 423 2001a








comportamento









Mithani (1984)
















































pc respectivamente







Teste 1 Teste 2


Dia 0 2813plusmn15

(n=3)

2503plusmn15

(n=3)

2613plusmn64

(n=3)

2643plusmn81

(n=3)

2930plusmn89

(n=3)

Dia 7 293plusmn1

(n=3)

258plusmn85

(n=3)

2733plusmn212

(n=3)

2663plusmn117

(n=3)

3030plusmn50

(n=3)

Dia 14 293plusmn82

(n=3)

2573plusmn84

(n=3)

2790plusmn127

(n=3)

2676plusmn66

(n=3)

3050plusmn46

(n=3)

























autores



Controle

n=3

300 mgkg

n=6

2000 mgkg

n=6

Campo aberto























Conclusotildees











Referecircncias







Endosc Dig 2078-82












































Med 814-23











131-135

















CAPIacuteTULO II
























































































al 2000)


Sinais

Cliacutenicos

Grupo

Controle


500 1000 1250

Diarreacuteia 310 (30) 210 (20) 410 (40) 410 (40)














Grupo

controle




















































seriam evidenciadas











e centrolobulares


100X)











Tratamento

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fiacutegado


Esteatose 0 0 10 20

Rim


Conclusatildeo













Agradecimentos



Referecircncias















492









Medic 8 14-23








(Resumo)






131-135












CAPIacuteTULO III






























22nd January 2001)

Animais















ndeg773332007)





Tratamento



















Cesaacuterea





















Teste Piloto

















Resultados

Teste piloto














Toxicidade Materna
























TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




88 92 88 96


b





Peso Materno (g)








D Pesoa










a























Total (N) 282 308 268 286



Total (N) 16 7 16 20


Precoce (N) 16 7 15 19

Tardia (N) 0 0 1 1


Fetos Vivos

Total (N) 266 300 252 266




Peso Placenta (g)



Razatildeo 105 108 113 106


a ()







TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250

Peso Fetal (g)


Rim Direito ()


Rim Esquerdo ()


Fiacutegado ()


Baccedilo ()


Timo ()















TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




Hematomas

Fetos () 075 0 040 075

Ninhadas () 909 0 476 869

Atresia anal

Fetos () 037 0 0 0

Ninhadas () 454 0 0 0

Cauda curta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Pata Traseira torta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Anomalias Viscerais




Fetos () 0 0 261 165

Ninhadas () 0 0 15 952


Fetos () 078 0 0 0

Ninhadas () 476 0 0 0


Fetos () 625 355 696 826

Ninhadas () 238 190 350 286


Fetos () 156 213 348 248

Ninhadas () 952 143 150 143


Fetos () 0 284 087 330

Ninhadas () 0 1428 50 1428


Fetos () 0 213 087 248

Ninhadas () 0 1428 50 952

TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 567 087 413

Ninhadas () 0 238 50 1904


Fetos () 0 496 087 165

Ninhadas () 0 1904 50 476











a b


















TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250



Cracircnio


Fetos () 0 1 94 43

Ninhadas () 0 59 143 143

Frontal (buraco)

Fetos () 0 0 0 09



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 39 0



Fetos () 123 77 86 96

Ninhadas () 40 412 333 286


Fetos () 208 212 281 13

Ninhadas () 40 529 619 476


Fetos () 0 0 23 0


Palatino (fenda)

Fetos () 0 0 08 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 66 58 125 61

Ninhadas () 200 294 238 238


Fetos () 0 0 23 0

Ninhadas () 0 0 143 0


Fetos () 38 38 78 78

Ninhadas () 10 176 286 286

Escamoso (buraco)

Fetos () 17 144 242 287

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Ninhadas () 55 588 762 905


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 26

Ninhadas () 0 0 95 95


Fetos () 66 163 117 13

Ninhadas () 25 588 476 476


Fetos () 94 115 148 43

Ninhadas () 35 529 571 19


Fetos () 0 0 47 09

Ninhadas () 0 0 95 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 1 08 0

Ninhadas () 0 59 48 0


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Patas Dianteiras


Fetos () 113 87 156 157

Ninhadas () 25 412 619 429


Fetos () 94 269 336 609

Ninhadas () 35 765 714 762


Fetos () 151 183 148 209

Ninhadas () 45 588 476 476


Fetos () 123 154 102 78

Ninhadas () 25 647 333 286


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0


Patas Traseiras


Fetos () 292 346 234 174

Ninhadas () 65 824 714 667


Fetos () 208 221 195 27

Ninhadas () 45 765 571 476


Fetos () 09 1 23 26

Ninhadas () 5 59 143 95

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 0 63 35

Ninhadas () 0 0 95 143


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 47 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 0 0 31 17

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0


Esterno


Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 245 221 297 304

Ninhadas () 75 647 857 762


Fetos () 47 51 35 43

Ninhadas () 19 15 14 19


Fetos () 10 10 23 11


Costela


Fetos () 35 44 55 75

Ninhadas () 14 14 19 21

Coluna


Fetos () 0 0 08 0



TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fetos () 0 0 08 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 642 644 383 487

Ninhadas () 100 941 762 905


Fetos () 28 1 16 17

Ninhadas () 10 59 95 48


Fetos () 38 279 32 287

Ninhadas () 20 647 857 714


Fetos () 0 0 0 26



Fetos () 0 0 23 0



Fetos () 113 67 164 139

Ninhadas () 45 176 429 476


Fetos () 19 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 0



Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 0 0 23 0










(Abrahamsohn 1993)









































































dose do estudo





































































pesovolume 11





















Referecircncias


Zool 266(6)603-28









York p247



80473ndash496






38(4)565-75






















33(1)104-9













1898-1909

















2001)



Medic 8 14-23






Arouca- RJ



23480ndash485





































































companheirismo




apoio financeiro











Fernando Pessoa

SUMAacuteRIO







OBJETIVOS ____________________________________________________ 33


DA COPAIacuteBA ___________________________________________________ 34




RATOS ________________________________________________________ 63


RESUMO




































ABSTRACT















































silviacutecolas













(12) (Calixto 2000)






























































































































doses mais altas









































































































respectivamente
































identificado







































































































REFEREcircNCIAS












3 501-512



























Toxicon 40(8) 1231-234












33(1)104-9












Bras 44(4)406-412
















492








459-475






19(2)577-581










Med 8(3)14-23
















































Quim Nova 28 (3) 51928








OBJETIVOS





















ISSN 1676-2444



CAPIacuteTULO I







Brasilia DF


PA
















doses



































e Pinto 2002)



































































da OECD 423 2001a








comportamento









Mithani (1984)
















































pc respectivamente







Teste 1 Teste 2


Dia 0 2813plusmn15

(n=3)

2503plusmn15

(n=3)

2613plusmn64

(n=3)

2643plusmn81

(n=3)

2930plusmn89

(n=3)

Dia 7 293plusmn1

(n=3)

258plusmn85

(n=3)

2733plusmn212

(n=3)

2663plusmn117

(n=3)

3030plusmn50

(n=3)

Dia 14 293plusmn82

(n=3)

2573plusmn84

(n=3)

2790plusmn127

(n=3)

2676plusmn66

(n=3)

3050plusmn46

(n=3)

























autores



Controle

n=3

300 mgkg

n=6

2000 mgkg

n=6

Campo aberto























Conclusotildees











Referecircncias







Endosc Dig 2078-82












































Med 814-23











131-135

















CAPIacuteTULO II
























































































al 2000)


Sinais

Cliacutenicos

Grupo

Controle


500 1000 1250

Diarreacuteia 310 (30) 210 (20) 410 (40) 410 (40)














Grupo

controle




















































seriam evidenciadas











e centrolobulares


100X)











Tratamento

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fiacutegado


Esteatose 0 0 10 20

Rim


Conclusatildeo













Agradecimentos



Referecircncias















492









Medic 8 14-23








(Resumo)






131-135












CAPIacuteTULO III






























22nd January 2001)

Animais















ndeg773332007)





Tratamento



















Cesaacuterea





















Teste Piloto

















Resultados

Teste piloto














Toxicidade Materna
























TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




88 92 88 96


b





Peso Materno (g)








D Pesoa










a























Total (N) 282 308 268 286



Total (N) 16 7 16 20


Precoce (N) 16 7 15 19

Tardia (N) 0 0 1 1


Fetos Vivos

Total (N) 266 300 252 266




Peso Placenta (g)



Razatildeo 105 108 113 106


a ()







TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250

Peso Fetal (g)


Rim Direito ()


Rim Esquerdo ()


Fiacutegado ()


Baccedilo ()


Timo ()















TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




Hematomas

Fetos () 075 0 040 075

Ninhadas () 909 0 476 869

Atresia anal

Fetos () 037 0 0 0

Ninhadas () 454 0 0 0

Cauda curta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Pata Traseira torta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Anomalias Viscerais




Fetos () 0 0 261 165

Ninhadas () 0 0 15 952


Fetos () 078 0 0 0

Ninhadas () 476 0 0 0


Fetos () 625 355 696 826

Ninhadas () 238 190 350 286


Fetos () 156 213 348 248

Ninhadas () 952 143 150 143


Fetos () 0 284 087 330

Ninhadas () 0 1428 50 1428


Fetos () 0 213 087 248

Ninhadas () 0 1428 50 952

TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 567 087 413

Ninhadas () 0 238 50 1904


Fetos () 0 496 087 165

Ninhadas () 0 1904 50 476











a b


















TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250



Cracircnio


Fetos () 0 1 94 43

Ninhadas () 0 59 143 143

Frontal (buraco)

Fetos () 0 0 0 09



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 39 0



Fetos () 123 77 86 96

Ninhadas () 40 412 333 286


Fetos () 208 212 281 13

Ninhadas () 40 529 619 476


Fetos () 0 0 23 0


Palatino (fenda)

Fetos () 0 0 08 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 66 58 125 61

Ninhadas () 200 294 238 238


Fetos () 0 0 23 0

Ninhadas () 0 0 143 0


Fetos () 38 38 78 78

Ninhadas () 10 176 286 286

Escamoso (buraco)

Fetos () 17 144 242 287

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Ninhadas () 55 588 762 905


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 26

Ninhadas () 0 0 95 95


Fetos () 66 163 117 13

Ninhadas () 25 588 476 476


Fetos () 94 115 148 43

Ninhadas () 35 529 571 19


Fetos () 0 0 47 09

Ninhadas () 0 0 95 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 1 08 0

Ninhadas () 0 59 48 0


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Patas Dianteiras


Fetos () 113 87 156 157

Ninhadas () 25 412 619 429


Fetos () 94 269 336 609

Ninhadas () 35 765 714 762


Fetos () 151 183 148 209

Ninhadas () 45 588 476 476


Fetos () 123 154 102 78

Ninhadas () 25 647 333 286


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0


Patas Traseiras


Fetos () 292 346 234 174

Ninhadas () 65 824 714 667


Fetos () 208 221 195 27

Ninhadas () 45 765 571 476


Fetos () 09 1 23 26

Ninhadas () 5 59 143 95

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 0 63 35

Ninhadas () 0 0 95 143


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 47 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 0 0 31 17

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0


Esterno


Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 245 221 297 304

Ninhadas () 75 647 857 762


Fetos () 47 51 35 43

Ninhadas () 19 15 14 19


Fetos () 10 10 23 11


Costela


Fetos () 35 44 55 75

Ninhadas () 14 14 19 21

Coluna


Fetos () 0 0 08 0



TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fetos () 0 0 08 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 642 644 383 487

Ninhadas () 100 941 762 905


Fetos () 28 1 16 17

Ninhadas () 10 59 95 48


Fetos () 38 279 32 287

Ninhadas () 20 647 857 714


Fetos () 0 0 0 26



Fetos () 0 0 23 0



Fetos () 113 67 164 139

Ninhadas () 45 176 429 476


Fetos () 19 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 0



Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 0 0 23 0










(Abrahamsohn 1993)









































































dose do estudo





































































pesovolume 11





















Referecircncias


Zool 266(6)603-28









York p247



80473ndash496






38(4)565-75






















33(1)104-9













1898-1909

















2001)



Medic 8 14-23






Arouca- RJ



23480ndash485






























































Fernando Pessoa

SUMAacuteRIO







OBJETIVOS ____________________________________________________ 33


DA COPAIacuteBA ___________________________________________________ 34




RATOS ________________________________________________________ 63


RESUMO




































ABSTRACT















































silviacutecolas













(12) (Calixto 2000)






























































































































doses mais altas









































































































respectivamente
































identificado







































































































REFEREcircNCIAS












3 501-512



























Toxicon 40(8) 1231-234












33(1)104-9












Bras 44(4)406-412
















492








459-475






19(2)577-581










Med 8(3)14-23
















































Quim Nova 28 (3) 51928








OBJETIVOS





















ISSN 1676-2444



CAPIacuteTULO I







Brasilia DF


PA
















doses



































e Pinto 2002)



































































da OECD 423 2001a








comportamento









Mithani (1984)
















































pc respectivamente







Teste 1 Teste 2


Dia 0 2813plusmn15

(n=3)

2503plusmn15

(n=3)

2613plusmn64

(n=3)

2643plusmn81

(n=3)

2930plusmn89

(n=3)

Dia 7 293plusmn1

(n=3)

258plusmn85

(n=3)

2733plusmn212

(n=3)

2663plusmn117

(n=3)

3030plusmn50

(n=3)

Dia 14 293plusmn82

(n=3)

2573plusmn84

(n=3)

2790plusmn127

(n=3)

2676plusmn66

(n=3)

3050plusmn46

(n=3)

























autores



Controle

n=3

300 mgkg

n=6

2000 mgkg

n=6

Campo aberto























Conclusotildees











Referecircncias







Endosc Dig 2078-82












































Med 814-23











131-135

















CAPIacuteTULO II
























































































al 2000)


Sinais

Cliacutenicos

Grupo

Controle


500 1000 1250

Diarreacuteia 310 (30) 210 (20) 410 (40) 410 (40)














Grupo

controle




















































seriam evidenciadas











e centrolobulares


100X)











Tratamento

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fiacutegado


Esteatose 0 0 10 20

Rim


Conclusatildeo













Agradecimentos



Referecircncias















492









Medic 8 14-23








(Resumo)






131-135












CAPIacuteTULO III






























22nd January 2001)

Animais















ndeg773332007)





Tratamento



















Cesaacuterea





















Teste Piloto

















Resultados

Teste piloto














Toxicidade Materna
























TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




88 92 88 96


b





Peso Materno (g)








D Pesoa










a























Total (N) 282 308 268 286



Total (N) 16 7 16 20


Precoce (N) 16 7 15 19

Tardia (N) 0 0 1 1


Fetos Vivos

Total (N) 266 300 252 266




Peso Placenta (g)



Razatildeo 105 108 113 106


a ()







TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250

Peso Fetal (g)


Rim Direito ()


Rim Esquerdo ()


Fiacutegado ()


Baccedilo ()


Timo ()















TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




Hematomas

Fetos () 075 0 040 075

Ninhadas () 909 0 476 869

Atresia anal

Fetos () 037 0 0 0

Ninhadas () 454 0 0 0

Cauda curta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Pata Traseira torta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Anomalias Viscerais




Fetos () 0 0 261 165

Ninhadas () 0 0 15 952


Fetos () 078 0 0 0

Ninhadas () 476 0 0 0


Fetos () 625 355 696 826

Ninhadas () 238 190 350 286


Fetos () 156 213 348 248

Ninhadas () 952 143 150 143


Fetos () 0 284 087 330

Ninhadas () 0 1428 50 1428


Fetos () 0 213 087 248

Ninhadas () 0 1428 50 952

TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 567 087 413

Ninhadas () 0 238 50 1904


Fetos () 0 496 087 165

Ninhadas () 0 1904 50 476











a b


















TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250



Cracircnio


Fetos () 0 1 94 43

Ninhadas () 0 59 143 143

Frontal (buraco)

Fetos () 0 0 0 09



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 39 0



Fetos () 123 77 86 96

Ninhadas () 40 412 333 286


Fetos () 208 212 281 13

Ninhadas () 40 529 619 476


Fetos () 0 0 23 0


Palatino (fenda)

Fetos () 0 0 08 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 66 58 125 61

Ninhadas () 200 294 238 238


Fetos () 0 0 23 0

Ninhadas () 0 0 143 0


Fetos () 38 38 78 78

Ninhadas () 10 176 286 286

Escamoso (buraco)

Fetos () 17 144 242 287

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Ninhadas () 55 588 762 905


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 26

Ninhadas () 0 0 95 95


Fetos () 66 163 117 13

Ninhadas () 25 588 476 476


Fetos () 94 115 148 43

Ninhadas () 35 529 571 19


Fetos () 0 0 47 09

Ninhadas () 0 0 95 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 1 08 0

Ninhadas () 0 59 48 0


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Patas Dianteiras


Fetos () 113 87 156 157

Ninhadas () 25 412 619 429


Fetos () 94 269 336 609

Ninhadas () 35 765 714 762


Fetos () 151 183 148 209

Ninhadas () 45 588 476 476


Fetos () 123 154 102 78

Ninhadas () 25 647 333 286


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0


Patas Traseiras


Fetos () 292 346 234 174

Ninhadas () 65 824 714 667


Fetos () 208 221 195 27

Ninhadas () 45 765 571 476


Fetos () 09 1 23 26

Ninhadas () 5 59 143 95

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 0 63 35

Ninhadas () 0 0 95 143


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 47 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 0 0 31 17

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0


Esterno


Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 245 221 297 304

Ninhadas () 75 647 857 762


Fetos () 47 51 35 43

Ninhadas () 19 15 14 19


Fetos () 10 10 23 11


Costela


Fetos () 35 44 55 75

Ninhadas () 14 14 19 21

Coluna


Fetos () 0 0 08 0



TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fetos () 0 0 08 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 642 644 383 487

Ninhadas () 100 941 762 905


Fetos () 28 1 16 17

Ninhadas () 10 59 95 48


Fetos () 38 279 32 287

Ninhadas () 20 647 857 714


Fetos () 0 0 0 26



Fetos () 0 0 23 0



Fetos () 113 67 164 139

Ninhadas () 45 176 429 476


Fetos () 19 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 0



Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 0 0 23 0










(Abrahamsohn 1993)









































































dose do estudo





































































pesovolume 11





















Referecircncias


Zool 266(6)603-28









York p247



80473ndash496






38(4)565-75






















33(1)104-9













1898-1909

















2001)



Medic 8 14-23






Arouca- RJ



23480ndash485
























































SUMAacuteRIO







OBJETIVOS ____________________________________________________ 33


DA COPAIacuteBA ___________________________________________________ 34




RATOS ________________________________________________________ 63


RESUMO




































ABSTRACT















































silviacutecolas













(12) (Calixto 2000)






























































































































doses mais altas









































































































respectivamente
































identificado







































































































REFEREcircNCIAS












3 501-512



























Toxicon 40(8) 1231-234












33(1)104-9












Bras 44(4)406-412
















492








459-475






19(2)577-581










Med 8(3)14-23
















































Quim Nova 28 (3) 51928








OBJETIVOS





















ISSN 1676-2444



CAPIacuteTULO I







Brasilia DF


PA
















doses



































e Pinto 2002)



































































da OECD 423 2001a








comportamento









Mithani (1984)
















































pc respectivamente







Teste 1 Teste 2


Dia 0 2813plusmn15

(n=3)

2503plusmn15

(n=3)

2613plusmn64

(n=3)

2643plusmn81

(n=3)

2930plusmn89

(n=3)

Dia 7 293plusmn1

(n=3)

258plusmn85

(n=3)

2733plusmn212

(n=3)

2663plusmn117

(n=3)

3030plusmn50

(n=3)

Dia 14 293plusmn82

(n=3)

2573plusmn84

(n=3)

2790plusmn127

(n=3)

2676plusmn66

(n=3)

3050plusmn46

(n=3)

























autores



Controle

n=3

300 mgkg

n=6

2000 mgkg

n=6

Campo aberto























Conclusotildees











Referecircncias







Endosc Dig 2078-82












































Med 814-23











131-135

















CAPIacuteTULO II
























































































al 2000)


Sinais

Cliacutenicos

Grupo

Controle


500 1000 1250

Diarreacuteia 310 (30) 210 (20) 410 (40) 410 (40)














Grupo

controle




















































seriam evidenciadas











e centrolobulares


100X)











Tratamento

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fiacutegado


Esteatose 0 0 10 20

Rim


Conclusatildeo













Agradecimentos



Referecircncias















492









Medic 8 14-23








(Resumo)






131-135












CAPIacuteTULO III






























22nd January 2001)

Animais















ndeg773332007)





Tratamento



















Cesaacuterea





















Teste Piloto

















Resultados

Teste piloto














Toxicidade Materna
























TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




88 92 88 96


b





Peso Materno (g)








D Pesoa










a























Total (N) 282 308 268 286



Total (N) 16 7 16 20


Precoce (N) 16 7 15 19

Tardia (N) 0 0 1 1


Fetos Vivos

Total (N) 266 300 252 266




Peso Placenta (g)



Razatildeo 105 108 113 106


a ()







TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250

Peso Fetal (g)


Rim Direito ()


Rim Esquerdo ()


Fiacutegado ()


Baccedilo ()


Timo ()















TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




Hematomas

Fetos () 075 0 040 075

Ninhadas () 909 0 476 869

Atresia anal

Fetos () 037 0 0 0

Ninhadas () 454 0 0 0

Cauda curta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Pata Traseira torta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Anomalias Viscerais




Fetos () 0 0 261 165

Ninhadas () 0 0 15 952


Fetos () 078 0 0 0

Ninhadas () 476 0 0 0


Fetos () 625 355 696 826

Ninhadas () 238 190 350 286


Fetos () 156 213 348 248

Ninhadas () 952 143 150 143


Fetos () 0 284 087 330

Ninhadas () 0 1428 50 1428


Fetos () 0 213 087 248

Ninhadas () 0 1428 50 952

TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 567 087 413

Ninhadas () 0 238 50 1904


Fetos () 0 496 087 165

Ninhadas () 0 1904 50 476











a b


















TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250



Cracircnio


Fetos () 0 1 94 43

Ninhadas () 0 59 143 143

Frontal (buraco)

Fetos () 0 0 0 09



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 39 0



Fetos () 123 77 86 96

Ninhadas () 40 412 333 286


Fetos () 208 212 281 13

Ninhadas () 40 529 619 476


Fetos () 0 0 23 0


Palatino (fenda)

Fetos () 0 0 08 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 66 58 125 61

Ninhadas () 200 294 238 238


Fetos () 0 0 23 0

Ninhadas () 0 0 143 0


Fetos () 38 38 78 78

Ninhadas () 10 176 286 286

Escamoso (buraco)

Fetos () 17 144 242 287

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Ninhadas () 55 588 762 905


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 26

Ninhadas () 0 0 95 95


Fetos () 66 163 117 13

Ninhadas () 25 588 476 476


Fetos () 94 115 148 43

Ninhadas () 35 529 571 19


Fetos () 0 0 47 09

Ninhadas () 0 0 95 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 1 08 0

Ninhadas () 0 59 48 0


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Patas Dianteiras


Fetos () 113 87 156 157

Ninhadas () 25 412 619 429


Fetos () 94 269 336 609

Ninhadas () 35 765 714 762


Fetos () 151 183 148 209

Ninhadas () 45 588 476 476


Fetos () 123 154 102 78

Ninhadas () 25 647 333 286


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0


Patas Traseiras


Fetos () 292 346 234 174

Ninhadas () 65 824 714 667


Fetos () 208 221 195 27

Ninhadas () 45 765 571 476


Fetos () 09 1 23 26

Ninhadas () 5 59 143 95

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 0 63 35

Ninhadas () 0 0 95 143


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 47 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 0 0 31 17

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0


Esterno


Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 245 221 297 304

Ninhadas () 75 647 857 762


Fetos () 47 51 35 43

Ninhadas () 19 15 14 19


Fetos () 10 10 23 11


Costela


Fetos () 35 44 55 75

Ninhadas () 14 14 19 21

Coluna


Fetos () 0 0 08 0



TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fetos () 0 0 08 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 642 644 383 487

Ninhadas () 100 941 762 905


Fetos () 28 1 16 17

Ninhadas () 10 59 95 48


Fetos () 38 279 32 287

Ninhadas () 20 647 857 714


Fetos () 0 0 0 26



Fetos () 0 0 23 0



Fetos () 113 67 164 139

Ninhadas () 45 176 429 476


Fetos () 19 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 0



Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 0 0 23 0










(Abrahamsohn 1993)









































































dose do estudo





































































pesovolume 11





















Referecircncias


Zool 266(6)603-28









York p247



80473ndash496






38(4)565-75






















33(1)104-9













1898-1909

















2001)



Medic 8 14-23






Arouca- RJ



23480ndash485
























































RESUMO




































ABSTRACT















































silviacutecolas













(12) (Calixto 2000)






























































































































doses mais altas









































































































respectivamente
































identificado







































































































REFEREcircNCIAS












3 501-512



























Toxicon 40(8) 1231-234












33(1)104-9












Bras 44(4)406-412
















492








459-475






19(2)577-581










Med 8(3)14-23
















































Quim Nova 28 (3) 51928








OBJETIVOS





















ISSN 1676-2444



CAPIacuteTULO I







Brasilia DF


PA
















doses



































e Pinto 2002)



































































da OECD 423 2001a








comportamento









Mithani (1984)
















































pc respectivamente







Teste 1 Teste 2


Dia 0 2813plusmn15

(n=3)

2503plusmn15

(n=3)

2613plusmn64

(n=3)

2643plusmn81

(n=3)

2930plusmn89

(n=3)

Dia 7 293plusmn1

(n=3)

258plusmn85

(n=3)

2733plusmn212

(n=3)

2663plusmn117

(n=3)

3030plusmn50

(n=3)

Dia 14 293plusmn82

(n=3)

2573plusmn84

(n=3)

2790plusmn127

(n=3)

2676plusmn66

(n=3)

3050plusmn46

(n=3)

























autores



Controle

n=3

300 mgkg

n=6

2000 mgkg

n=6

Campo aberto























Conclusotildees











Referecircncias







Endosc Dig 2078-82












































Med 814-23











131-135

















CAPIacuteTULO II
























































































al 2000)


Sinais

Cliacutenicos

Grupo

Controle


500 1000 1250

Diarreacuteia 310 (30) 210 (20) 410 (40) 410 (40)














Grupo

controle




















































seriam evidenciadas











e centrolobulares


100X)











Tratamento

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fiacutegado


Esteatose 0 0 10 20

Rim


Conclusatildeo













Agradecimentos



Referecircncias















492









Medic 8 14-23








(Resumo)






131-135












CAPIacuteTULO III






























22nd January 2001)

Animais















ndeg773332007)





Tratamento



















Cesaacuterea





















Teste Piloto

















Resultados

Teste piloto














Toxicidade Materna
























TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




88 92 88 96


b





Peso Materno (g)








D Pesoa










a























Total (N) 282 308 268 286



Total (N) 16 7 16 20


Precoce (N) 16 7 15 19

Tardia (N) 0 0 1 1


Fetos Vivos

Total (N) 266 300 252 266




Peso Placenta (g)



Razatildeo 105 108 113 106


a ()







TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250

Peso Fetal (g)


Rim Direito ()


Rim Esquerdo ()


Fiacutegado ()


Baccedilo ()


Timo ()















TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




Hematomas

Fetos () 075 0 040 075

Ninhadas () 909 0 476 869

Atresia anal

Fetos () 037 0 0 0

Ninhadas () 454 0 0 0

Cauda curta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Pata Traseira torta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Anomalias Viscerais




Fetos () 0 0 261 165

Ninhadas () 0 0 15 952


Fetos () 078 0 0 0

Ninhadas () 476 0 0 0


Fetos () 625 355 696 826

Ninhadas () 238 190 350 286


Fetos () 156 213 348 248

Ninhadas () 952 143 150 143


Fetos () 0 284 087 330

Ninhadas () 0 1428 50 1428


Fetos () 0 213 087 248

Ninhadas () 0 1428 50 952

TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 567 087 413

Ninhadas () 0 238 50 1904


Fetos () 0 496 087 165

Ninhadas () 0 1904 50 476











a b


















TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250



Cracircnio


Fetos () 0 1 94 43

Ninhadas () 0 59 143 143

Frontal (buraco)

Fetos () 0 0 0 09



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 39 0



Fetos () 123 77 86 96

Ninhadas () 40 412 333 286


Fetos () 208 212 281 13

Ninhadas () 40 529 619 476


Fetos () 0 0 23 0


Palatino (fenda)

Fetos () 0 0 08 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 66 58 125 61

Ninhadas () 200 294 238 238


Fetos () 0 0 23 0

Ninhadas () 0 0 143 0


Fetos () 38 38 78 78

Ninhadas () 10 176 286 286

Escamoso (buraco)

Fetos () 17 144 242 287

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Ninhadas () 55 588 762 905


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 26

Ninhadas () 0 0 95 95


Fetos () 66 163 117 13

Ninhadas () 25 588 476 476


Fetos () 94 115 148 43

Ninhadas () 35 529 571 19


Fetos () 0 0 47 09

Ninhadas () 0 0 95 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 1 08 0

Ninhadas () 0 59 48 0


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Patas Dianteiras


Fetos () 113 87 156 157

Ninhadas () 25 412 619 429


Fetos () 94 269 336 609

Ninhadas () 35 765 714 762


Fetos () 151 183 148 209

Ninhadas () 45 588 476 476


Fetos () 123 154 102 78

Ninhadas () 25 647 333 286


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0


Patas Traseiras


Fetos () 292 346 234 174

Ninhadas () 65 824 714 667


Fetos () 208 221 195 27

Ninhadas () 45 765 571 476


Fetos () 09 1 23 26

Ninhadas () 5 59 143 95

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 0 63 35

Ninhadas () 0 0 95 143


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 47 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 0 0 31 17

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0


Esterno


Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 245 221 297 304

Ninhadas () 75 647 857 762


Fetos () 47 51 35 43

Ninhadas () 19 15 14 19


Fetos () 10 10 23 11


Costela


Fetos () 35 44 55 75

Ninhadas () 14 14 19 21

Coluna


Fetos () 0 0 08 0



TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fetos () 0 0 08 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 642 644 383 487

Ninhadas () 100 941 762 905


Fetos () 28 1 16 17

Ninhadas () 10 59 95 48


Fetos () 38 279 32 287

Ninhadas () 20 647 857 714


Fetos () 0 0 0 26



Fetos () 0 0 23 0



Fetos () 113 67 164 139

Ninhadas () 45 176 429 476


Fetos () 19 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 0



Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 0 0 23 0










(Abrahamsohn 1993)









































































dose do estudo





































































pesovolume 11





















Referecircncias


Zool 266(6)603-28









York p247



80473ndash496






38(4)565-75






















33(1)104-9













1898-1909

















2001)



Medic 8 14-23






Arouca- RJ



23480ndash485




























































ABSTRACT















































silviacutecolas













(12) (Calixto 2000)






























































































































doses mais altas









































































































respectivamente
































identificado







































































































REFEREcircNCIAS












3 501-512



























Toxicon 40(8) 1231-234












33(1)104-9












Bras 44(4)406-412
















492








459-475






19(2)577-581










Med 8(3)14-23
















































Quim Nova 28 (3) 51928








OBJETIVOS





















ISSN 1676-2444



CAPIacuteTULO I







Brasilia DF


PA
















doses



































e Pinto 2002)



































































da OECD 423 2001a








comportamento









Mithani (1984)
















































pc respectivamente







Teste 1 Teste 2


Dia 0 2813plusmn15

(n=3)

2503plusmn15

(n=3)

2613plusmn64

(n=3)

2643plusmn81

(n=3)

2930plusmn89

(n=3)

Dia 7 293plusmn1

(n=3)

258plusmn85

(n=3)

2733plusmn212

(n=3)

2663plusmn117

(n=3)

3030plusmn50

(n=3)

Dia 14 293plusmn82

(n=3)

2573plusmn84

(n=3)

2790plusmn127

(n=3)

2676plusmn66

(n=3)

3050plusmn46

(n=3)

























autores



Controle

n=3

300 mgkg

n=6

2000 mgkg

n=6

Campo aberto























Conclusotildees











Referecircncias







Endosc Dig 2078-82












































Med 814-23











131-135

















CAPIacuteTULO II
























































































al 2000)


Sinais

Cliacutenicos

Grupo

Controle


500 1000 1250

Diarreacuteia 310 (30) 210 (20) 410 (40) 410 (40)














Grupo

controle




















































seriam evidenciadas











e centrolobulares


100X)











Tratamento

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fiacutegado


Esteatose 0 0 10 20

Rim


Conclusatildeo













Agradecimentos



Referecircncias















492









Medic 8 14-23








(Resumo)






131-135












CAPIacuteTULO III






























22nd January 2001)

Animais















ndeg773332007)





Tratamento



















Cesaacuterea





















Teste Piloto

















Resultados

Teste piloto














Toxicidade Materna
























TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




88 92 88 96


b





Peso Materno (g)








D Pesoa










a























Total (N) 282 308 268 286



Total (N) 16 7 16 20


Precoce (N) 16 7 15 19

Tardia (N) 0 0 1 1


Fetos Vivos

Total (N) 266 300 252 266




Peso Placenta (g)



Razatildeo 105 108 113 106


a ()







TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250

Peso Fetal (g)


Rim Direito ()


Rim Esquerdo ()


Fiacutegado ()


Baccedilo ()


Timo ()















TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




Hematomas

Fetos () 075 0 040 075

Ninhadas () 909 0 476 869

Atresia anal

Fetos () 037 0 0 0

Ninhadas () 454 0 0 0

Cauda curta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Pata Traseira torta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Anomalias Viscerais




Fetos () 0 0 261 165

Ninhadas () 0 0 15 952


Fetos () 078 0 0 0

Ninhadas () 476 0 0 0


Fetos () 625 355 696 826

Ninhadas () 238 190 350 286


Fetos () 156 213 348 248

Ninhadas () 952 143 150 143


Fetos () 0 284 087 330

Ninhadas () 0 1428 50 1428


Fetos () 0 213 087 248

Ninhadas () 0 1428 50 952

TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 567 087 413

Ninhadas () 0 238 50 1904


Fetos () 0 496 087 165

Ninhadas () 0 1904 50 476











a b


















TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250



Cracircnio


Fetos () 0 1 94 43

Ninhadas () 0 59 143 143

Frontal (buraco)

Fetos () 0 0 0 09



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 39 0



Fetos () 123 77 86 96

Ninhadas () 40 412 333 286


Fetos () 208 212 281 13

Ninhadas () 40 529 619 476


Fetos () 0 0 23 0


Palatino (fenda)

Fetos () 0 0 08 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 66 58 125 61

Ninhadas () 200 294 238 238


Fetos () 0 0 23 0

Ninhadas () 0 0 143 0


Fetos () 38 38 78 78

Ninhadas () 10 176 286 286

Escamoso (buraco)

Fetos () 17 144 242 287

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Ninhadas () 55 588 762 905


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 26

Ninhadas () 0 0 95 95


Fetos () 66 163 117 13

Ninhadas () 25 588 476 476


Fetos () 94 115 148 43

Ninhadas () 35 529 571 19


Fetos () 0 0 47 09

Ninhadas () 0 0 95 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 1 08 0

Ninhadas () 0 59 48 0


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Patas Dianteiras


Fetos () 113 87 156 157

Ninhadas () 25 412 619 429


Fetos () 94 269 336 609

Ninhadas () 35 765 714 762


Fetos () 151 183 148 209

Ninhadas () 45 588 476 476


Fetos () 123 154 102 78

Ninhadas () 25 647 333 286


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0


Patas Traseiras


Fetos () 292 346 234 174

Ninhadas () 65 824 714 667


Fetos () 208 221 195 27

Ninhadas () 45 765 571 476


Fetos () 09 1 23 26

Ninhadas () 5 59 143 95

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 0 63 35

Ninhadas () 0 0 95 143


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 47 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 0 0 31 17

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0


Esterno


Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 245 221 297 304

Ninhadas () 75 647 857 762


Fetos () 47 51 35 43

Ninhadas () 19 15 14 19


Fetos () 10 10 23 11


Costela


Fetos () 35 44 55 75

Ninhadas () 14 14 19 21

Coluna


Fetos () 0 0 08 0



TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fetos () 0 0 08 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 642 644 383 487

Ninhadas () 100 941 762 905


Fetos () 28 1 16 17

Ninhadas () 10 59 95 48


Fetos () 38 279 32 287

Ninhadas () 20 647 857 714


Fetos () 0 0 0 26



Fetos () 0 0 23 0



Fetos () 113 67 164 139

Ninhadas () 45 176 429 476


Fetos () 19 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 0



Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 0 0 23 0










(Abrahamsohn 1993)









































































dose do estudo





































































pesovolume 11





















Referecircncias


Zool 266(6)603-28









York p247



80473ndash496






38(4)565-75






















33(1)104-9













1898-1909

















2001)



Medic 8 14-23






Arouca- RJ



23480ndash485
























































ABSTRACT















































silviacutecolas













(12) (Calixto 2000)






























































































































doses mais altas









































































































respectivamente
































identificado







































































































REFEREcircNCIAS












3 501-512



























Toxicon 40(8) 1231-234












33(1)104-9












Bras 44(4)406-412
















492








459-475






19(2)577-581










Med 8(3)14-23
















































Quim Nova 28 (3) 51928








OBJETIVOS





















ISSN 1676-2444



CAPIacuteTULO I







Brasilia DF


PA
















doses



































e Pinto 2002)



































































da OECD 423 2001a








comportamento









Mithani (1984)
















































pc respectivamente







Teste 1 Teste 2


Dia 0 2813plusmn15

(n=3)

2503plusmn15

(n=3)

2613plusmn64

(n=3)

2643plusmn81

(n=3)

2930plusmn89

(n=3)

Dia 7 293plusmn1

(n=3)

258plusmn85

(n=3)

2733plusmn212

(n=3)

2663plusmn117

(n=3)

3030plusmn50

(n=3)

Dia 14 293plusmn82

(n=3)

2573plusmn84

(n=3)

2790plusmn127

(n=3)

2676plusmn66

(n=3)

3050plusmn46

(n=3)

























autores



Controle

n=3

300 mgkg

n=6

2000 mgkg

n=6

Campo aberto























Conclusotildees











Referecircncias







Endosc Dig 2078-82












































Med 814-23











131-135

















CAPIacuteTULO II
























































































al 2000)


Sinais

Cliacutenicos

Grupo

Controle


500 1000 1250

Diarreacuteia 310 (30) 210 (20) 410 (40) 410 (40)














Grupo

controle




















































seriam evidenciadas











e centrolobulares


100X)











Tratamento

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fiacutegado


Esteatose 0 0 10 20

Rim


Conclusatildeo













Agradecimentos



Referecircncias















492









Medic 8 14-23








(Resumo)






131-135












CAPIacuteTULO III






























22nd January 2001)

Animais















ndeg773332007)





Tratamento



















Cesaacuterea





















Teste Piloto

















Resultados

Teste piloto














Toxicidade Materna
























TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




88 92 88 96


b





Peso Materno (g)








D Pesoa










a























Total (N) 282 308 268 286



Total (N) 16 7 16 20


Precoce (N) 16 7 15 19

Tardia (N) 0 0 1 1


Fetos Vivos

Total (N) 266 300 252 266




Peso Placenta (g)



Razatildeo 105 108 113 106


a ()







TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250

Peso Fetal (g)


Rim Direito ()


Rim Esquerdo ()


Fiacutegado ()


Baccedilo ()


Timo ()















TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




Hematomas

Fetos () 075 0 040 075

Ninhadas () 909 0 476 869

Atresia anal

Fetos () 037 0 0 0

Ninhadas () 454 0 0 0

Cauda curta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Pata Traseira torta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Anomalias Viscerais




Fetos () 0 0 261 165

Ninhadas () 0 0 15 952


Fetos () 078 0 0 0

Ninhadas () 476 0 0 0


Fetos () 625 355 696 826

Ninhadas () 238 190 350 286


Fetos () 156 213 348 248

Ninhadas () 952 143 150 143


Fetos () 0 284 087 330

Ninhadas () 0 1428 50 1428


Fetos () 0 213 087 248

Ninhadas () 0 1428 50 952

TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 567 087 413

Ninhadas () 0 238 50 1904


Fetos () 0 496 087 165

Ninhadas () 0 1904 50 476











a b


















TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250



Cracircnio


Fetos () 0 1 94 43

Ninhadas () 0 59 143 143

Frontal (buraco)

Fetos () 0 0 0 09



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 39 0



Fetos () 123 77 86 96

Ninhadas () 40 412 333 286


Fetos () 208 212 281 13

Ninhadas () 40 529 619 476


Fetos () 0 0 23 0


Palatino (fenda)

Fetos () 0 0 08 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 66 58 125 61

Ninhadas () 200 294 238 238


Fetos () 0 0 23 0

Ninhadas () 0 0 143 0


Fetos () 38 38 78 78

Ninhadas () 10 176 286 286

Escamoso (buraco)

Fetos () 17 144 242 287

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Ninhadas () 55 588 762 905


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 26

Ninhadas () 0 0 95 95


Fetos () 66 163 117 13

Ninhadas () 25 588 476 476


Fetos () 94 115 148 43

Ninhadas () 35 529 571 19


Fetos () 0 0 47 09

Ninhadas () 0 0 95 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 1 08 0

Ninhadas () 0 59 48 0


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Patas Dianteiras


Fetos () 113 87 156 157

Ninhadas () 25 412 619 429


Fetos () 94 269 336 609

Ninhadas () 35 765 714 762


Fetos () 151 183 148 209

Ninhadas () 45 588 476 476


Fetos () 123 154 102 78

Ninhadas () 25 647 333 286


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0


Patas Traseiras


Fetos () 292 346 234 174

Ninhadas () 65 824 714 667


Fetos () 208 221 195 27

Ninhadas () 45 765 571 476


Fetos () 09 1 23 26

Ninhadas () 5 59 143 95

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 0 63 35

Ninhadas () 0 0 95 143


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 47 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 0 0 31 17

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0


Esterno


Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 245 221 297 304

Ninhadas () 75 647 857 762


Fetos () 47 51 35 43

Ninhadas () 19 15 14 19


Fetos () 10 10 23 11


Costela


Fetos () 35 44 55 75

Ninhadas () 14 14 19 21

Coluna


Fetos () 0 0 08 0



TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fetos () 0 0 08 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 642 644 383 487

Ninhadas () 100 941 762 905


Fetos () 28 1 16 17

Ninhadas () 10 59 95 48


Fetos () 38 279 32 287

Ninhadas () 20 647 857 714


Fetos () 0 0 0 26



Fetos () 0 0 23 0



Fetos () 113 67 164 139

Ninhadas () 45 176 429 476


Fetos () 19 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 0



Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 0 0 23 0










(Abrahamsohn 1993)









































































dose do estudo





































































pesovolume 11





















Referecircncias


Zool 266(6)603-28









York p247



80473ndash496






38(4)565-75






















33(1)104-9













1898-1909

















2001)



Medic 8 14-23






Arouca- RJ



23480ndash485








































































silviacutecolas













(12) (Calixto 2000)






























































































































doses mais altas









































































































respectivamente
































identificado







































































































REFEREcircNCIAS












3 501-512



























Toxicon 40(8) 1231-234












33(1)104-9












Bras 44(4)406-412
















492








459-475






19(2)577-581










Med 8(3)14-23
















































Quim Nova 28 (3) 51928








OBJETIVOS





















ISSN 1676-2444



CAPIacuteTULO I







Brasilia DF


PA
















doses



































e Pinto 2002)



































































da OECD 423 2001a








comportamento









Mithani (1984)
















































pc respectivamente







Teste 1 Teste 2


Dia 0 2813plusmn15

(n=3)

2503plusmn15

(n=3)

2613plusmn64

(n=3)

2643plusmn81

(n=3)

2930plusmn89

(n=3)

Dia 7 293plusmn1

(n=3)

258plusmn85

(n=3)

2733plusmn212

(n=3)

2663plusmn117

(n=3)

3030plusmn50

(n=3)

Dia 14 293plusmn82

(n=3)

2573plusmn84

(n=3)

2790plusmn127

(n=3)

2676plusmn66

(n=3)

3050plusmn46

(n=3)

























autores



Controle

n=3

300 mgkg

n=6

2000 mgkg

n=6

Campo aberto























Conclusotildees











Referecircncias







Endosc Dig 2078-82












































Med 814-23











131-135

















CAPIacuteTULO II
























































































al 2000)


Sinais

Cliacutenicos

Grupo

Controle


500 1000 1250

Diarreacuteia 310 (30) 210 (20) 410 (40) 410 (40)














Grupo

controle




















































seriam evidenciadas











e centrolobulares


100X)











Tratamento

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fiacutegado


Esteatose 0 0 10 20

Rim


Conclusatildeo













Agradecimentos



Referecircncias















492









Medic 8 14-23








(Resumo)






131-135












CAPIacuteTULO III






























22nd January 2001)

Animais















ndeg773332007)





Tratamento



















Cesaacuterea





















Teste Piloto

















Resultados

Teste piloto














Toxicidade Materna
























TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




88 92 88 96


b





Peso Materno (g)








D Pesoa










a























Total (N) 282 308 268 286



Total (N) 16 7 16 20


Precoce (N) 16 7 15 19

Tardia (N) 0 0 1 1


Fetos Vivos

Total (N) 266 300 252 266




Peso Placenta (g)



Razatildeo 105 108 113 106


a ()







TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250

Peso Fetal (g)


Rim Direito ()


Rim Esquerdo ()


Fiacutegado ()


Baccedilo ()


Timo ()















TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




Hematomas

Fetos () 075 0 040 075

Ninhadas () 909 0 476 869

Atresia anal

Fetos () 037 0 0 0

Ninhadas () 454 0 0 0

Cauda curta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Pata Traseira torta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Anomalias Viscerais




Fetos () 0 0 261 165

Ninhadas () 0 0 15 952


Fetos () 078 0 0 0

Ninhadas () 476 0 0 0


Fetos () 625 355 696 826

Ninhadas () 238 190 350 286


Fetos () 156 213 348 248

Ninhadas () 952 143 150 143


Fetos () 0 284 087 330

Ninhadas () 0 1428 50 1428


Fetos () 0 213 087 248

Ninhadas () 0 1428 50 952

TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 567 087 413

Ninhadas () 0 238 50 1904


Fetos () 0 496 087 165

Ninhadas () 0 1904 50 476











a b


















TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250



Cracircnio


Fetos () 0 1 94 43

Ninhadas () 0 59 143 143

Frontal (buraco)

Fetos () 0 0 0 09



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 39 0



Fetos () 123 77 86 96

Ninhadas () 40 412 333 286


Fetos () 208 212 281 13

Ninhadas () 40 529 619 476


Fetos () 0 0 23 0


Palatino (fenda)

Fetos () 0 0 08 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 66 58 125 61

Ninhadas () 200 294 238 238


Fetos () 0 0 23 0

Ninhadas () 0 0 143 0


Fetos () 38 38 78 78

Ninhadas () 10 176 286 286

Escamoso (buraco)

Fetos () 17 144 242 287

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Ninhadas () 55 588 762 905


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 26

Ninhadas () 0 0 95 95


Fetos () 66 163 117 13

Ninhadas () 25 588 476 476


Fetos () 94 115 148 43

Ninhadas () 35 529 571 19


Fetos () 0 0 47 09

Ninhadas () 0 0 95 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 1 08 0

Ninhadas () 0 59 48 0


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Patas Dianteiras


Fetos () 113 87 156 157

Ninhadas () 25 412 619 429


Fetos () 94 269 336 609

Ninhadas () 35 765 714 762


Fetos () 151 183 148 209

Ninhadas () 45 588 476 476


Fetos () 123 154 102 78

Ninhadas () 25 647 333 286


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0


Patas Traseiras


Fetos () 292 346 234 174

Ninhadas () 65 824 714 667


Fetos () 208 221 195 27

Ninhadas () 45 765 571 476


Fetos () 09 1 23 26

Ninhadas () 5 59 143 95

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 0 63 35

Ninhadas () 0 0 95 143


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 47 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 0 0 31 17

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0


Esterno


Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 245 221 297 304

Ninhadas () 75 647 857 762


Fetos () 47 51 35 43

Ninhadas () 19 15 14 19


Fetos () 10 10 23 11


Costela


Fetos () 35 44 55 75

Ninhadas () 14 14 19 21

Coluna


Fetos () 0 0 08 0



TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fetos () 0 0 08 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 642 644 383 487

Ninhadas () 100 941 762 905


Fetos () 28 1 16 17

Ninhadas () 10 59 95 48


Fetos () 38 279 32 287

Ninhadas () 20 647 857 714


Fetos () 0 0 0 26



Fetos () 0 0 23 0



Fetos () 113 67 164 139

Ninhadas () 45 176 429 476


Fetos () 19 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 0



Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 0 0 23 0










(Abrahamsohn 1993)









































































dose do estudo





































































pesovolume 11





















Referecircncias


Zool 266(6)603-28









York p247



80473ndash496






38(4)565-75






















33(1)104-9













1898-1909

















2001)



Medic 8 14-23






Arouca- RJ



23480ndash485







































































silviacutecolas













(12) (Calixto 2000)






























































































































doses mais altas









































































































respectivamente
































identificado







































































































REFEREcircNCIAS












3 501-512



























Toxicon 40(8) 1231-234












33(1)104-9












Bras 44(4)406-412
















492








459-475






19(2)577-581










Med 8(3)14-23
















































Quim Nova 28 (3) 51928








OBJETIVOS





















ISSN 1676-2444



CAPIacuteTULO I







Brasilia DF


PA
















doses



































e Pinto 2002)



































































da OECD 423 2001a








comportamento









Mithani (1984)
















































pc respectivamente







Teste 1 Teste 2


Dia 0 2813plusmn15

(n=3)

2503plusmn15

(n=3)

2613plusmn64

(n=3)

2643plusmn81

(n=3)

2930plusmn89

(n=3)

Dia 7 293plusmn1

(n=3)

258plusmn85

(n=3)

2733plusmn212

(n=3)

2663plusmn117

(n=3)

3030plusmn50

(n=3)

Dia 14 293plusmn82

(n=3)

2573plusmn84

(n=3)

2790plusmn127

(n=3)

2676plusmn66

(n=3)

3050plusmn46

(n=3)

























autores



Controle

n=3

300 mgkg

n=6

2000 mgkg

n=6

Campo aberto























Conclusotildees











Referecircncias







Endosc Dig 2078-82












































Med 814-23











131-135

















CAPIacuteTULO II
























































































al 2000)


Sinais

Cliacutenicos

Grupo

Controle


500 1000 1250

Diarreacuteia 310 (30) 210 (20) 410 (40) 410 (40)














Grupo

controle




















































seriam evidenciadas











e centrolobulares


100X)











Tratamento

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fiacutegado


Esteatose 0 0 10 20

Rim


Conclusatildeo













Agradecimentos



Referecircncias















492









Medic 8 14-23








(Resumo)






131-135












CAPIacuteTULO III






























22nd January 2001)

Animais















ndeg773332007)





Tratamento



















Cesaacuterea





















Teste Piloto

















Resultados

Teste piloto














Toxicidade Materna
























TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




88 92 88 96


b





Peso Materno (g)








D Pesoa










a























Total (N) 282 308 268 286



Total (N) 16 7 16 20


Precoce (N) 16 7 15 19

Tardia (N) 0 0 1 1


Fetos Vivos

Total (N) 266 300 252 266




Peso Placenta (g)



Razatildeo 105 108 113 106


a ()







TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250

Peso Fetal (g)


Rim Direito ()


Rim Esquerdo ()


Fiacutegado ()


Baccedilo ()


Timo ()















TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250




Hematomas

Fetos () 075 0 040 075

Ninhadas () 909 0 476 869

Atresia anal

Fetos () 037 0 0 0

Ninhadas () 454 0 0 0

Cauda curta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Pata Traseira torta

Fetos () 0 0 040 0

Ninhadas () 0 0 476 0

Anomalias Viscerais




Fetos () 0 0 261 165

Ninhadas () 0 0 15 952


Fetos () 078 0 0 0

Ninhadas () 476 0 0 0


Fetos () 625 355 696 826

Ninhadas () 238 190 350 286


Fetos () 156 213 348 248

Ninhadas () 952 143 150 143


Fetos () 0 284 087 330

Ninhadas () 0 1428 50 1428


Fetos () 0 213 087 248

Ninhadas () 0 1428 50 952

TRATAMENTO

Grupo Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 567 087 413

Ninhadas () 0 238 50 1904


Fetos () 0 496 087 165

Ninhadas () 0 1904 50 476











a b


















TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250



Cracircnio


Fetos () 0 1 94 43

Ninhadas () 0 59 143 143

Frontal (buraco)

Fetos () 0 0 0 09



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 39 0



Fetos () 123 77 86 96

Ninhadas () 40 412 333 286


Fetos () 208 212 281 13

Ninhadas () 40 529 619 476


Fetos () 0 0 23 0


Palatino (fenda)

Fetos () 0 0 08 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 66 58 125 61

Ninhadas () 200 294 238 238


Fetos () 0 0 23 0

Ninhadas () 0 0 143 0


Fetos () 38 38 78 78

Ninhadas () 10 176 286 286

Escamoso (buraco)

Fetos () 17 144 242 287

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Ninhadas () 55 588 762 905


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 26

Ninhadas () 0 0 95 95


Fetos () 66 163 117 13

Ninhadas () 25 588 476 476


Fetos () 94 115 148 43

Ninhadas () 35 529 571 19


Fetos () 0 0 47 09

Ninhadas () 0 0 95 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 1 08 0

Ninhadas () 0 59 48 0


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Patas Dianteiras


Fetos () 113 87 156 157

Ninhadas () 25 412 619 429


Fetos () 94 269 336 609

Ninhadas () 35 765 714 762


Fetos () 151 183 148 209

Ninhadas () 45 588 476 476


Fetos () 123 154 102 78

Ninhadas () 25 647 333 286


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0


Patas Traseiras


Fetos () 292 346 234 174

Ninhadas () 65 824 714 667


Fetos () 208 221 195 27

Ninhadas () 45 765 571 476


Fetos () 09 1 23 26

Ninhadas () 5 59 143 95

TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250


Fetos () 0 0 63 35

Ninhadas () 0 0 95 143


Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 09

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 47 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 0 0 31 17

Ninhadas () 0 0 48 48


Fetos () 0 0 08 0


Esterno


Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 245 221 297 304

Ninhadas () 75 647 857 762


Fetos () 47 51 35 43

Ninhadas () 19 15 14 19


Fetos () 10 10 23 11


Costela


Fetos () 35 44 55 75

Ninhadas () 14 14 19 21

Coluna


Fetos () 0 0 08 0



TRATAMENTO

Grupo

Controle


500 1000 1250

Fetos () 0 0 08 26

Ninhadas () 0 0 48 95


Fetos () 642 644 383 487

Ninhadas () 100 941 762 905


Fetos () 28 1 16 17

Ninhadas () 10 59 95 48


Fetos () 38 279 32 287

Ninhadas () 20 647 857 714


Fetos () 0 0 0 26



Fetos () 0 0 23 0



Fetos () 113 67 164 139

Ninhadas () 45 176 429 476


Fetos () 19 0 08 0



Fetos () 0 0 08 0



Fetos () 0 0 16 0



Fetos () 09 19 0 09

Ninhadas () 5 118 0 48


Fetos () 0 0 23 0










(Abrahamsohn 1993)









































































dose do estudo





































































pesovolume 11





















Referecircncias


Zool 266(6)603-28









York p247



80473ndash496






38(4)565-75






















33(1)104-9













1898-1909

















2001)



Medic 8 14-23






Arouca- RJ



23480ndash485
























































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AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DO ÓLEO-RESINA DE ...repositorio.unb.br/bitstream/10482/8654/1/2010_CamileGi...distribuídas aleatoriamente em 4 grupos de 25 fêmeas cada, e a partir do