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    Suplemento de A Voz de Ermesinde N. 913 - 31 de Janeiro de 2014 - Coordenao: Miguel Barros

    ermesinde

    desportivoANUNCIE

    AQUI

    Entrevista com a

    Federao Portuguesade Matraquilhos

    Ermesinde 1936 perdeliderana do campeonato

    mas continua frmena luta pela subida

    Paulinho, o melhor marcadordas provas distritais

    promete continuara dar alegriasaos ermesindistas

    CPN tri campeo distritalde juniores femininos

    Futebol Futebol Basquetebol

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    A Voz de Ermesinde-31 de janeiro de 20142

    CPN tricampeo distrital de

    juniores femininos

    Ermesinde 1936 perdeliderana mas...nada que assuste

    FUTEBOL

    basquetebol

    Dois jogos menos conseguidosna ltima quinzena de janeiroafastaram o Ermesinde 1936 daliderana da Srie 1 do Campeo-nato Distrital da 2 Diviso. O lti-mo desses resultados menos posi-tivos significou mesmo a segundaderrota da temporada para os pu-pilos de Jorge Lopes, averbada nopassado domingo (26 de janeiro)no reduto do Marechal Gomes daCosta (MGC), por 3-2, em partida

    (na imagem) alusiva 16 rondada competio, a primeira da se-gunda volta. Uma semana antesos ermesindistas tinham escorre-gado em casa do Medense, na se-quncia de uma igualdade a zerobolas. Perante isto a turma de So-nhos perdeu o primeiro posto daclassificao para o Lea do Balio,somando 37 pontos, menos um doque o novo lder, mas ainda comquatro pontos de vantagem sobreo terceiro colocado (MocidadeSangemil), por isso no h moti-vos para alarme entre as hostesverde-e-brancas.

    Em seguida passamos em re-vista o desempenho do Ermesin-de 1936 no primeiro ms de 2014,

    comeando pela derrota ante oMGC. MB

    converso de grandes penalidades. No Campodo Medense, em Gondomar, o Ermesinde 1936alinhou com: Teixeira; Fbio Davide, Folgosa(Lea, 46), Pedro Castro, e Faria (Andrezinho,46); Marco, Faj, Serginho, e David (Amaro,86); Paulinho, e Pinto (Pedro Assuno, 86).Treinador: Jorge Lopes.

    Entretanto, no dia 23 foram conhecidosos jogos dos quartos-de-nal da Taa Brali daAFP. A sorte ou azar, isso o que iremos ver ditou que o Ermesinde 1936 vai receber o Lea,equipa esta que milita no escalo mximo daAssociao de Futebol do Porto, o mesmo di-zer a Diviso de Elite. O jogo ser nos Sonhos,no dia 4 de maro (tera-feira de Carnaval).

    Incio de ano novo vitorioso

    O incio de 2014 trouxe duas vitrias paraa equipa principal do Ermesinde 1936. Nos So-nhos, a 12 de janeiro a equipa de Jorge Lopesvencia por 4-1 o Inter de Milheirs, em partidaalusiva 14 jornada. O Ermesinde 1936 cum-

    priu o que lhe competia, ou seja, vencer, masos visitantes, que at foram a primeira equipaa marcar, dicultaram ao mximo a vitria docombinado da casa, que s na etapa nal con-seguiu avolumar o resultado, e em jogadas decontra-ataque!

    Os ermesindistas at podiam ter chegadoprimeiro ao golo, logo no segundo minuto dapartida, quando Lus ao atrasar o esfrico parao seu guarda-redes, Tiago fez um passe com talfora que este teve de se esforar para conse-guir defender.

    O clube da casa esmoreceu e o Inter de Mi-lheirs ia tentando a sua sorte. Aos 15 minu-tos o tcnico do Ermesinde 1936 foi obrigadoa fazer a primeira substituio, fazendo entrarPinto para o lugar de Diogo Loureiro que saiulesionado.

    Aos 28 minutos surge o primeiro golo epara a equipa visitante. Numa das primeiras ve-zes que o clube de Milheirs conseguiu chegar baliza adversria houve uma ameaa de rema-te que fez cair o guardio Teixeira, sendo quena sequncia deste lance Thiago aproveitaria afalta de eccia da defesa da casa para colocara bola no fundo das redes, fazendo assim o pri-meiro golo do jogo.

    Os homens vestidos de verde e branco em-

    pertigaram-se e o golo da igualdade no tardou.Foi marcado por Faj, ao minuto 40, dando omelhor seguimento a um livre cobrado do ladoesquerdo do seu ataque, cabeceando para golosem dar qualquer hiptese de defesa ao guarda--redes adversrio.

    No recomeo da partida o Ermesinde 1936vinha motivado para virar por completo o rumodo marcador e aos 50 minutos, o goleador Pau-linho teve uma falha incrvel j em plena pe-quena rea. Cinco minutos depois foi a vez deBerto fazer bater a bola, com grande estrondo,na barra da baliza de Teixeira. Mas, depois des-se lance, quase todas as oportunidades de goloforam do clube antrio que, apesar de tudo,s logrou concretizar mais para o nal da par-

    No primeiro encontro do ano o Ermes1936 deslocou-se ao Complexo Desportivo

    Campanh para a defrontar os portuensesSporting de S. Vtor, em jogo referente ronda. Partida que seria concluda com triunfo ermesindista por 2-0, com golos deria (46 minutos) e Paulo (aos 73). Neste jogErmesinde 1936 jogou com: Teixeira, FolgFbio, Marco, e Pedro Assuno; Faj (An45), Morangos (Pedro Castro, 45), SerginhFaria (Pinto, 65); Diogo Loureiro (Lea, 77Paulinho (Pedrinho, 77).

    tida. O golo da vitria do Ermesinde 1936 foimarcado por Lea aos 83 minutos. Paulinho e

    Pinto ampliariam a vantagem aos 89 e aos 92minutos, respetivamente, em jogadas de con-tra-ataque, aproveitando a tentativa de respostados adversrios que entretanto davam j sinaisde desgaste.

    Neste encontro o emblema da nossa fregue-sia alinhou com: Teixeira; Folgosa, Fbio (Mo-rangos, 73), Pedro Castro e Pedro Assuno(Davide, 73); Marco, Faj (Lea, 60) e Sergi-nho; Faria (Andr, 60), Diogo Loureiro (Pinto,15) e Paulinho.

    m golo de Rui Alexandre emcima do apito nal (aos 90 mi-nutos) ofereceu os trs pontosaos portuenses do MGC, que emcasa emprestada ComplexoDesportivo do Bougadense, na

    Trofa aplicaram a segunda derrota da tempo-rada ao Ermesinde 1936. Faj, aos 37 minutos,e Paulinho, ao minuto 53, foram os marcadoresdos golos ermesindistas, num encontro onde aturma da nossa freguesia alinhou com: Teixeira;

    Fbio Davide, Folgosa, Pedro Castro, e Faria(Lea, 56); Marco, Faj (Diogo Loureiro, 56),David, e Andrezinho; Paulinho, e Pinto. Treina-dor: Jorge Lopes.

    Primeiro empate da poca

    Uma semana antes (dia 19) a equipa danossa freguesia cedeu o primeiro empate datemporada no campeonato. Facto ocorrido noreduto do Medense, em jogo referente 15 jor-nada o qual terminou ento com um empate aduas bolas. O inevitvel goleador Paulinho foio heri da turma de Sonhos, sendo dele os doistentos da equipa, aos 63 e 80 minutos, ambos na

    luis

    Trs dias de competio, trs vitrias

    alcanadas, e como consequncia o terceiro

    ttulo de campeo distrital de juniores femi-

    ninos alcanado pelo CPN. Facto ocorrido

    no passado m-de-semana (24, 25, e 26 de

    janeiro) na Maia, onde decorreu a fase nal

    do Campeonato Distrital, que para alm da

    equipa da nossa cidade contou ainda com o

    Acadmico do Porto, o Coimbres, e o N-

    cleo Cultural e Recreativo de Valongo. E foi

    precisamente esta ltima equipa a primeira

    vtima das cepeenistas, j que no primeiro

    dia de competio seriam derrotadas por

    91-52.

    No segundo dia o CPN somou mais

    um inquestionvel triunfo, desta feita ante

    o Coimbres, que na vspera

    havia sido derrotado pelo

    Acadmico, e como tal

    precisava de vencer as

    ermesindenses obri-

    gatoriamente, caso contrrio dizia adeus ao

    ttulo. Assim sendo, este foi um encontro di

    fcil para as ermesindenses, que pela frente

    encontraram um duro adversrio, conforme

    traduz a curta vitria por 65-61. No outro

    encontro do dia as academistas derrotavam

    a equipa de Valongo por 53-44, e como ta

    o jogo CPN-Acadmico ganhava contorno

    de nal. Foi uma partida emotiva, como

    se esperava, com o CPN a ter uma entrada

    brilhante, tendo equilibrado as academista

    nos minutos seguintes. O ltimo perodo

    teve emoes ao rubro. O CPN abanou, mas

    no caiu, acabando por vencer por 51-47, e

    conquistando assim pela terceira vez conse

    cutiva o ttulo distrital de juniores, e o con

    sequente apuramento para o Campeonato

    Nacional da categoria.

    MB

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    31 de janeiro de 2014 -A Voz de Ermesinde 3

    Paulinho, o goleadordo futebol distrital promete

    continuar a dar alegriasaos ermesindistas

    Janeiro trouxe as primeirasderrotas da poca

    entrevista

    Paulo Jorge Correia Martins,ou simplesmente Paulinho, comogosta de ser chamado nos camposde futebol, por esta altura umdos nomes em foco do futebol dis-trital. Para gudio dos ermesin-distas ele tem exibido a sua veiagoleadora ao servio do clube dasua terra, o Ermesinde 1936, oemblema do seu corao e ondese sente bem. Numa curta conver-sa com o nosso jornal o nmero 9de Sonhos explica a frmula, porassim dizer, do seu momento deforma, ao mesmo tempo que as-

    segura que ir continuar a darmuitas alegrias aos scios e adep-tos do novo Ermesinde. Sem maisdemoras passemos a bola a Pau-linho.

    A Voz de Ermesinde (AVE): No plano

    individual o Paulinho est a realizar uma

    temporada soberba, sendo por esta altura o

    melhor marcador das provas distritais (cam-

    peonatos + Taa Brali) com 19 golos aponta-

    dos (15 para o campeonato e 4 para a taa).

    Como que descreve este momento?

    Paulinho (P): No incio da poca pensamos

    sempre fazer melhor que na poca anterior, e

    de facto este ano as coisas esto a correr bem,

    tanto a nvel pessoal como a nvel coletivo. Em

    termos de vivncia no novo Ermesinde 1936

    julgo que as coisas esto a correr muito melhorque em anos anteriores. O apoio dos ermesin-

    denses e dos ermesindistas faz-se de novo sentir

    nas bancadas em cada jogo, e julgo que mesmo

    os elementos da Direo do Ermesinde 1936

    tudo procuram fazer para nos proporcionar as

    melhores condies em face de todas as dicul-dades que vivem.

    AVE: No incio da temporada esperava

    atingir este nvel em termos pessoais?

    P: Como j referi esperamos sempre fazer

    mais e melhor, e a ambio era grande neste

    arranque de temporada. Queria ajudar o Erme-

    sinde 1936 a fazer o melhor neste incio de vida

    do clube.

    AVE: Podemos considerar esta a melhor

    poca do Paulinho?

    P: Esta poca est realmente a correr bem,como j disse. No sei se ser a melhor ou no,

    julgo que em temporadas passadas j tive bons

    desempenhos. Uma coisa certa, o Paulinho

    vai continuar a dar alegrias aos adeptos do Er-

    mesinde 1936.

    AVE: Qual o segredo para que a pontaria

    (s balizas) esteja por esta altura to anada,por assim dizer?

    P: Procuro treinar sempre bem, com quali-

    dade e concentrao. Mas o grande segredo dos

    resultados individuais sem dvida nenhuma

    a fora do coletivo. Tenho que agradecer aos

    meus colegas de equipa todos os passes, todos

    os cruzamentos, no fundo todas as jogadas que

    tornam mais fcil o golo.

    AVE: um lho da terra, nasceu e cres -

    ceu na nossa cidade, e deu os primeirospontaps na bola no antigo Ermesinde SC.

    2013 foi um ano negro para o histrico Er-

    mesinde, com toda a situao j mais do que

    conhecida por todos. Entretanto, surgiu um

    novo clube, o Ermesinde SC 1936, e o Pau-

    linho aceitou integrar esse projeto. O que o

    fez aceitar?

    P: Sim, levo j 20 anos a vestir as cores de

    Ermesinde. verdade que 2013 marcou o m

    de um projeto desportivo e o incio de outro.

    O projeto desportivo (Ermesinde 1936) que me

    foi apresentado aquando da preparao da atual

    poca desportiva mostrou ser mais do que um

    simples projeto de futebol snior, a Direo

    quer dotar a cidade de um clube que para alm

    de possuir uma equipa de futebol snior, tenha

    uma boa formao e uma academia de exceln-

    cia. No fundo um projeto virado para o futuro,

    que desde o primeiro momento me agradou

    pelo prossionalismo e dedicao dos seus ele-mentos. No podia virar as costas a este desao.

    AVE: Fez a sua formao no Ermesinde

    SC, o que signica o Ermesinde, ou agora oErmesinde SC 1936, (a mstica a mesma, no

    fundo) para si?

    P:No vou mentir. Apesar de o clube ser

    diferente, para mim o amor o mesmo. Jogo

    cada m-de-semana com a mesma dedicao ea sentir o mesmo peso (da camisola) que sentia

    nas pocas anteriores. Para mim o Ermesinde

    vai ser sempre o Ermesinde.

    AVE: Tem 27 anos, e ainda muito para

    dar ao futebol. O seu futuro passa por carno clube da nossa cidade, ou ainda tem a am-

    bio de dar um salto na carreira? At onde

    pode chegar o Paulinho?

    P:Sim, ainda tenho muito futebol nas per-nas. Neste momento estou concentrado no Er-

    mesinde 1936, sinto-me bem aqui.

    AVE: Como j foi dito anteriormente, em

    termos coletivos esta poca de estreia do Er-

    mesinde 1936 est correr muito bem. Com o

    campeonato a meio, quais so os objetivos da

    equipa at ao nal da temporada, os sciospodem esperar a subida?

    P: Sim, at agora as coisas tm corrido

    bem, mas no nos desviamos do nosso cami-

    nho nem da nossa forma de trabalhar. Pens

    mos jogo aps jogo, assim que tencionamo

    fazer at ao m da poca. Quanto aos scios adeptos do Ermesinde 1936 o que lhes poss

    prometer que a cada jogo tudo faremos par

    lhes dedicar as vitrias.AVE: A terminar, quer deixar alguma pa

    lavra aos adeptos e scios do clube?

    P: Que continuem a acreditar em ns,

    apoiar esta equipa em cada jogo como s ele

    sabem fazer. Da nossa parte podem esperar tr

    balho e dedicao ao Ermesinde 1936 em cad

    treino e em cada jogo. No posso deixar d

    agradecer em particular a duas pessoas mui

    especiais em todo este percurso: a minha espo

    sa e a minha lha. Efetivamente so muitas ahoras que passamos sem elas.

    Hquei em Patins

    A fazer uma temporada a todos os nveis

    extraordinria tanto no plano interno como ex-

    terno, eis que neste incio de ano a Associao

    Desportiva de Valongo (na imagem) provou

    pela primeira vez o amargo sabor da derrota.

    Mas nada que assuste, h que diz-lo. A lti-

    ma dessas derrotas aconteceu no passado 25 de

    janeiro, dia em que o Valongo se deslocou ao

    rinque da Oliveirense para ai disputar um en-

    contro alusivo 13 jornada do Campeonato

    Nacional da 1 Diviso de hquei em patins.

    9-3 foi o resultado a favor da turma de Oliveira

    de Azemis, num encontro onde os valonguen-

    ses at inauguraram o marcador passagem do

    12 minuto por intermdio de Nuno Arajo. S

    que uma exibio inspirada de Gonalo Alvesfez com que o Valongo casse pela primeira vez

    no campeonato, tendo o jogador oliveirense

    apontado sete dos nove golos da sua equipa.

    Nuno Arajo, uma vez mais, e Nuno Rodrigues

    apontaram os restantes tentos dos valonguenses

    que mesmo assim continuam a liderar o esca-

    lo mximo do hquei patinado nacional, com

    36 pontos, agora apenas mais trs que o duo de

    segundos classicados, composto por FC Portoe Oliveirense.

    Derrota tambm na Europa

    Antes, a 18 de janeiro, a turma do nosso

    concelho foi at Corunha defrontar o Liceo

    na 4 jornada do Grupo A da Liga Europeia d

    hquei em patins. Aos quatro minutos os portu

    gueses ainda silenciaram os fervorosos adepto

    galegos quando Miguel Viterbo fez na con

    verso de uma grande penalidade o primeir

    golo do encontro. Em desvantagem no marca

    dor o Liceo da Corunha partiu com tudo pa

    cima do Valongo e cinco minutos volvidos re

    tabelece a igualdade por intermdio de Luca

    Ordoez.

    Na reta nal da primeira parte o cincogalego foi verdadeiramente demolidor, ao con

    seguir apontar trs golos no espao de quatr

    minutos, sendo que ao intervalo o marcador e

    de 4-1 a favor dos locais.

    Reagiu bem o Valongo, e nos minutos inciais do reatamento encurtou distncias, graa

    a duas sticadas plenas de xito de Hugo Azev

    do, aos 6 minutos, e de Nuno Arajo, aos 11.

    jogo voltou ento a animar, mas tal como no

    instantes nais do primeiro tempo os galegovoltaram a carregar no acelerador, e encostand

    o Valongo s cordas conseguiram bater o gua

    dio luso Andr Giro em mais quatro ocasie

    selando o resultado em 8-3 a seu favor.

    Com esta derrota, a primeira da tempora

    da, os valonguenses cederam o primeiro luga

    precisamente ao Liceo da Corunha, sendo qu

    agora as duas equipas esto separadas por ap

    nas um ponto (Liceo soma oito, contra os set

    do Valongo).

    MIGUEL BARROS

    ermesinde

    desportivo

    Suplemento de AVoz de Ermesinde (este suplemento nao pode ser comercializado separadamente) .Coordenao: Miguel Barros; Fotografia: ManuelValdrez.Colaboradores: Agostinho Pinto e Luis Dias.

    Design: Joel Mata e Marcos Ribeiro (colaborao com o Curso de Tcnico de Design Grfico da Escola Secundria de Ermesinde)

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    A Voz de Ermesinde-31 de janeiro de 20144

    Destaque

    De Valongo para o Mundo,eis a Federao Portuguesa

    de Matraquilhos

    partida o facto de Valongo aco-

    lher a sede de um organismo

    desportivo nacional mere-

    cedor de alguma admirao e

    curiosidade, que subir de tom

    se acrescentarmos que esse dito

    organismo tutela uma modali-

    dade que tem dado muitas ale-

    grias o mesmo ser dizer ttulos, medalhas,

    entre outras distines ao nosso pas. Como

    todas as histrias tambm esta tem um incio, e

    aqui que entra o nosso interlocutor, Vtor Bes-

    sa, um valonguense de gema, que se notabili-

    zou nos bilhares nacionais e internacionais. As

    suas tacadas alcanaram ttulos europeus paraPortugal, e por vrias vezes esteve s portas de

    conquistar o ttulo de campeo do Mundo. E foi

    precisamente num Campeonato do Mundo de

    Bilhar, decorrido por volta de 2002 em Las Ve-

    gas, que Vtor Bessa tomou conhecimento dos

    matraquilhos enquanto modalidade de compe-

    tio. No local onde decorreu o Campeonato

    do Mundo havia uma mesa de matraquilhos

    encostada a um canto para quem quisesse jogar.

    Soube posteriormente que dali a pouco tempo

    iria decorrer um campeonato de matraquilhos,

    e, porque no criar algo do gnero em Por-

    tugal? Sim. Amadureci a ideia durante uns

    anos, inteirei-me sobre a modalidade, foram

    criados os regulamentos, as regras. Digamos

    que no quis entrar s cegas neste projeto, ou

    seja, queria inici-lo com bases slidas, assente

    no desenvolvimento de uma organizao com-

    petente, e foi o que foi feito, e o que tem sidofeito, e bem, em meu entender, at aqui.

    A 7 de fevereiro de 2007 nasce pois ocial-

    mente em Valongo a FPM, pela mo de Vtor

    Bessa e de um punhado de outros amantes de

    uma modalidade muito querida no nosso pas.

    E de l para c o que se tem assistido um cres-

    cimento notvel da modalidade sob a batuta de

    uma federao que at nem requereu, por assim

    dizer, o estatuto de utilidade pblica, como a

    maior parte das suas congneres. Ser utilidade

    pblica tem fatores positivos, mas tem outros

    que penso serem negativos. Desde logo obriga

    a que FPM tenha de cobrar taxas altas de lia -

    o, alm de que obriga igualmente a que os

    cafs, que onde se encontram a maior parte

    dos jogadores, tenham de se tornar clubes des-

    portivos, o que implica um acrescento nancei-

    ro na ordem dos 500 euros, e convenhamos que

    nem todos os cafs estaro disponveis nan-ceiramente para investir na criao de clubes.

    Por isso, preferimos mantermo-nos assim, sem

    estatuto de utilidade pblica, e sem os conse-

    quentes apoios estatais.

    Mas, e verdade seja dita, a ausncia dos

    subsdios estatais est longe de ser um entrave

    na ascenso meterica rumo ao sucesso, tanto

    ao nvel organizativo como desportivo, que a

    FPM tem tido. No primeiro aspeto a federao

    conta com j com 14 membros distritais espa-

    lhados pelo continente e pelos arquiplagos da

    Madeira e dos Aores. Cada associao agrega

    j cerca de 20 clubes, e em nmeros redondos

    os jogadores federados so por esta altura cer-

    ca de 600. Em 7 anos de existncia penso que

    este foi um crescimento muito bom, mas est

    ainda longe de ser totalmente satisfatrio, at

    porque temos conscincia de que h muito mais

    praticantes em Portugal. Nesse ponto as asso-

    ciaes tm de fazer o seu trabalho de capta-

    o, e isso algo que ainda est um pouco no

    incio. Vtor Bessa sublinha que esta mesmo

    uma das metas imediatas da federao, ou seja,

    ajudar a atrair no s mais atletas mas tambm

    mais patrocnios, porque de resto a FPM tem

    tudo. Temos uma logstica impressionante,

    temos uma boa imagem j implantada, temos

    tido muita comunicao social interessada em

    conhecer o nosso trabalho. O que falta ento

    para atingir o patamar mximo do sucesso? A

    resposta simples: Talvez termos uma Sport

    tv a fazer a cobertura de uma competio nossa,e posso dizer que esse o tal passo que quere-

    mos dar a seguir, j que vamos apresentar uma

    proposta Sport tv para acompanhar os cam-

    peonatos nacionais de 2014. Com a presena

    desta estao de televiso julgo que podemos

    no s captar a ateno de potenciais novos

    atletas como tambm novos patrocinadores, at

    porque neste momento contamos quase s com

    o apoio monetrio da Scorpion Sport, o nosso

    principal sponcor.

    Portugal j uma potncia mundial

    No plano desportivo o xito tem sido um

    sinnimo deveras repetitivo quando se fala na

    FPM. Portugal mesmo tido no plano interna-

    cional como uma potncia da modalidade, e a

    provar este facto esto as brilhantes prestaes

    que as diversas selees nacionais tm tido noscampeonatos do Mundo. Portugal que, diga-se,

    uma presena habitual no evento mais impor-

    tante tutelado pela International Table Soccer

    Federation (ITSF) desde 2009, ano em que se

    liou no organismo mximo da modalidade a

    nvel planetrio. Desempenho que tem sido,

    como j foi referido, brilhante, a julgar pelos

    muitos ttulos mundiais j obtidos desde ento,

    medalhas de prata, de bronze, distines honro-

    sas, etc.. Os feitos mais recentes foram alcan-

    ados no Campeonato do Mundo de 2013, em

    Nantes (Frana), onde Portugal foi campeo

    mundial de doubles (duplas) na categoria de

    juniores, por intermdio de Filipe Barreira, e

    Leandro Pires, e vice-campeo por equipas

    tambm no escalo jnior. Alis, os lusos tm

    sido nos ltimos anos um dos pases que maior

    nmero de atletas tm levado aos Campeona-

    tos do Mundo (em diversos escales), residindo

    aqui uma prova do sucesso que a modalidade

    tem tido em solo lusitano.

    A elite dos matr aquilh osno nosso pas

    Com a evidente visibilidade de Portugal no

    universo dos matraquilhos impiedoso colocar

    a seguinte questo: para quando a realizao de

    um grande evento mundial no nosso pas? Um

    desejo difcil mas no impossvel de cumprir,

    segundo o presidente da FPM. Difcil porque

    em termos nanceiros fazer um Mundial em

    Portugal teria um custo na ordem dos 100 000

    euros, e sem apoios nanceiros este um n-

    mero que assusta. No entanto, e volto a repetir,

    tendo a visibilidade da Sport tv num evento na-

    cional prximo, penso que podermos angariar

    mais patrocinadores, e dessa forma construir as

    bases para que no futuro tenhamos aqui o Cam-

    peonato do Mundo, aponta como meta o lder

    da federao. No entanto, e apesar de para j

    o evento mximo da modalidade ser um sonhodifcil de concretizar, o nosso pas vai ser este

    ano palco de alguns acontecimentos internacio-

    nais de grande relevo. Um deles o congresso

    internacional que a ITSF vai realizar em Lisboa

    entre os prximos dias 3 e 6 de abril, em que

    estaro reunidos os membros ociais das prin-

    cipais federaes mundiais para debater aspetos

    relacionados com o desenvolvimento da moda-

    lidade. O outro o Pro-Tour ITSF, o primeiro

    evento de cariz internacional a ser realizado em

    terras lusas, que trar a trs distritos nacionais

    (Setbal, Lisboa, e Porto) alguns dos melhores

    jogadores mundiais da modalidade. No Porto a

    prova vai mesmo ser realizada em Valongo, na

    Academia Scorpion Sport, a 8 de maro.

    Mgoa com a Cmara de Valongo

    E por falar em Valongo a nossa conversa

    pde deixar de saber o ponto da situao da

    dalidade no seio do nosso concelho, at porq

    aqui que se situa, como j vimos, a sede de to

    estrutura da modalidade em Portugal. No que

    cerne ao plano desportivo Vtor Bessa desve

    que Valongo um concelho com grande po

    cial, apontando a existncia de cerca de 30 atl

    com grande valor, entre eles Ricardo Dias.

    entanto, o concelho, ou neste caso quem o g

    merecedor de uma certa mgoa por parte

    presidente da FPM. Como j foi dito, Vtor B

    um valonguense de gema, arrecadou ttulo

    gabarito internacional enquanto jogador de bi

    edicou a FPM que tem catapultado a modalid

    e o pas no plano internacional, e at hoje n

    ca tive uma palavra de reconhecimento por p

    da Cmara Municipal de Valongo (CMV). N

    reconhecimento nem apoios, quer como jog

    de bilhar, quer agora como dirigente federa

    Ao contrrio da Junta de Freguesia de Valo

    que sempre me apoiou (nanceiramente) qua

    ia aos campeonatos da Europa ou do Mund

    continua a apoiar mesmo agora na FPM, a Cra nunca me deu nada. Ainda agora (dezem

    quando a Seleo Nacional chegou de Frana

    viamos um e-mail Cmara a dar conhecim

    da nossa prestao no Campeonato do Mun

    sendo que at hoje nem um elogio tivemos da

    te deles! Custa muito.

    Apoio camarrio que fundamental

    que provas de mbito nacional e internaci

    tenham lugar no nosso concelho. Alis, neste

    peto a FPM tem em vista organizar a Liga

    Campees (prova de cariz nacional) em Va

    go, tendo j contactado a Cmara no sentido

    obter da parte desta alguma ajuda, mas at ag

    nenhum feedback chegou da parte da autarqu

    E se Valongo no apoia nem recon

    o trabalho que a Federao tem feito ao lo

    destes 7 anos de vida outras autarquias nacio

    fazem-no, como o caso da Maia. Posso dque j fomos contactados por parte da Cmar

    Maia para sairmos daqui. Eles oferecem-nos

    s apoios logsticos (instalaes) mas tam

    algum apoio nanceiro. Vamos ver.

    Maia que alis j mostrou tambm inter

    em apoiar um dos prximos projetos da FP

    agendado para 2015, e que passa pela edi

    o de um Campeonato Nacional de Esco

    projeto que visa fomentar a formao no

    da modalidade a nvel nacional.

    Uma coisa certa, com ou sem apoios

    marrios, a FPM tem levado a gua ao

    moinho, e com elogios internacionais, o

    para Valongo um orgulho, mesmo a Cm

    local fazendo ouvidos de mercador!

    Longe vo os tempos em que os matraquilhos no passavam deum mero passatempo popular praticado por grupos de amigos queao im do dia se juntavam num qualquer caf para usufruir de umashoras de convvio. Hoje, os matraquilhos so muito mais do que isso,sobressaindo cada vez mais no panorama do desporto portuguscomo uma modalidade bem estruturada (sob diversos aspetos) quetem trilhado os caminhos do sucesso desportivo tanto a nvel nacionalcomo internacional. Estatuto alcanado sob a gide da Federao Por-tuguesa de Matraquilhos (FPM), mas a esta altura perguntar-se-oos nossos leitores que ter a haver esta histria com a nossa realidadelocal? A resposta curta e simples: tudo. Pois esta uma histria quefoi iniciada h precisamente 7 anos em Valongo. E foi para conhec --la de perto que o nosso jornal se deslocou sede do nosso concelhoonde se encontra localizada a casa da FPM.

    MIGUEL BARROS