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AMO XV BIO PE JMtlBO, QUiUTA-FEIRA, 10 BE WEMBM DE 1920«. 701 i REDACÇAiOe ADMINISTRAÇÃO RU/, Do OUVIDOR!s£X- .-> -*V-...,IS Wfí-Xm*^ ^ NUMERO AUULSO.300R? NUMERO ATRAZ/IDO, 500 R * I AVENTURAS DE ÇHlQUINIiQ O pobre Macaco, que estava com fome, tinha eng-ulido o relo- rio, pensando que'era uma cebola. Um dia Macaco appareceu em/ l J. ) hyj)t^fi%?i^"^"—**"* **"^, _yJ ' \. V-^jJJ «asa do Chiquinho, gritando desespe-V >f^^JyC/,y\y>*^'^Ns^*"? __^— / -3$____! _/í,^^——^~' ,.(IV ^jy/ ^i^vT*+.Por |SB° colheu para a casa.de penhores onde Macaco V Vs.« ^<r^s-ZNícontinuava ir, e trouxe de Ia o Jacob, Assim que o Jacob se approxlmou do Macaco, quê pa- recla morto, .este começou a Bentlr um grande mllivlo. O Pnenomeno explicava-se. O relógio que cahira no estwnasr'1 "o 26 Macaco... ..* estava tio habituado a Ir pura as mãos do Jacob, e tinha-lhe tomado tanta amizade, que, naturalmente, sahiu de onde estava para ir para as maoB do prestamlsta Jacob. E. assim curou-se Macaco,

AVENTURAS DE ÇHlQUINIiQmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1920_00788.pdf · da sob o signo Libra será de gênio alegre e mui variável, mas honrada, modesta e amiga de trabalhar

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AMO XV BIO PE JMtlBO, QUiUTA-FEIRA, 10 BE WEMBM DE 1920 «. 701i

REDACÇAiOe ADMINISTRAÇÃORU/, Do OUVIDOR!s£X- .-> -*V-...,IS

Wfí-Xm* ^^

NUMERO AUULSO.300R?NUMERO ATRAZ/IDO, 500 R * I

AVENTURAS DE ÇHlQUINIiQ

O pobre Zê Macaco,que estava com fome,tinha eng-ulido o relo-rio, pensando que'erauma cebola.

Um dia Zé Macaco appareceu em / l J. ) hyj)t^fi% i^"^"—**"* **"^, _y J ' \. V-^jJJ«asa do Chiquinho, gritando desespe- V >f^^JyC/,y\y>*^'^ Ns^*"? __^— / -3$____! _/í,^^——^~'

,.( V ^jy/ ^i^vT* .Por |SB° colheu para a casa.de penhores onde Zé MacacoV Vs. « ^<r ^s-ZNí continuava ir, e trouxe de Ia o Jacob,

Assim que o Jacob se approxlmou do Zé Macaco, quê pa-recla morto, .este começou a Bentlr um grande mllivlo. OPnenomeno explicava-se. O relógio que cahira no estwnasr'1"o 26 Macaco...

..* estava tio habituado a Ir pura as mãos do Jacob,e tinha-lhe tomado tanta amizade, que, naturalmente, sahiude onde estava para ir para as maoB do prestamlsta Jacob.E. assim curou-se Zé Macaco,

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O TICO-TICO «SEU» ZICO

Seu Zico era um desobediente. Vivia na of ficina de seupae, o velho Elesbão, fazendo travessuras. Elesbão fazia econcertava gramophones.,

Uma vez Elesbão, ao sahir, para attender a wn íreguez,recommcndou ao filho que não bulissç naquelles piorta-vozesgrandes que ali estavam para serem concertados...

—sw—

... porque aquelles objectos eram de frèguezes; mas,ainda o velho não estava na rua e já o seu Zico tinha ides-obedçcido,"tirando o gtíuide porta-voz...;

...e collocando no seu gramophone, pondo-se a ouvir obarulhão que fazia o grande porta-vo$, O castigo, entre-tanto, não se fez esperar.

O porta-voz grande tinha no seu bojo uma casa de, ma-ribondos, que com o barulhão da musica saWrtam furiosos...

....e aggrediram seu Zico, deixando-o em petição d«smiséria. Quasi morreu, mas... não se emendou.

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o*o-K>;K>*<>^<>r"C>-;-c>-i-oi-o-j-o-i-v.• <^-;-o.oi-cko-s-o.0*0-kh-oí-o+o-i-Op' o TICO-TICO -J-o-s-c^i-o^

'6I.aurn Rosa (Ribeirão Preto)

E' dlffictl e sobretudo perigosoInterceptar as exsudações do orga-nismo. Só um tratamento demora-do do qual devem fazer parte osbanhos de mar. Para obviar o inconveniente apontado use

qualquer talco, desinfectante e perfumado.Oot. Motta (Rio) —- O mais usado é o Creme Pollah.Mas o Hanlieline é talvez melhor para isso.

Quanto ao sabonete, o de benjoim, de Orlando Rangel,ê excellente para o caso.Curiosa (Soledade) —'- O poeta que animou a coragem

dos Espartanos na segunda guerra de Messenia, chamava-se Tyrteu. Mas... para que precisará a amiguinha donome de um poeta do século Vil, antes de Christo?!...Perpetua (Encantado) — E' uma vaidosa e professamuito o egoísmo. Sua natureza tem mais de positivo quede sonhador. Todavia alimenta algum idealismo e é muito

vibrante em certos casos passionaes. Tem grandeza d'al-ma e uma convicção profunda de que vencerá na vida.O seu coração não pende muito para a bondade.— A mulher nascida sob o signo "Asies" terá gênioaltivo, será teimosa e pouco esperta em seus negócios.Casará e ficará viuva. Se.'á um tanto exaggerada e atémesmo mentirosa. Gosarã de muitas sympathias, indo atéidade avançada.

AiulBulnha Cr,-ete (São Paulo) — Vae por sua contae ordem o modesto qualificativo da sua am__ade... Vãopor minha conta as respostas:

1» — Orgulho e ambição de dinheiro. Perspicácia edecisão de espirito. Modos envolventes para conquistar eimpôr-se. Coração inconstante e falto de bondade. 2* — Amulher será muito amiga da sua conveniência e de con-servar a sua opinião. Estará arriscada a perder tudo quan-to houver angariado. Correrá perigo na água salgada. Ca-sara cedo se persistir um pouco em os meios empregados

para isso. Viverá muito. 3" — Pedra talisman "..aspeéanguineo", em annel, no annuliar esquerdo.

Regina Áurea (?) — Opino pelo uso diário do sulfatode sódio, ás colheres de chá, em meio copo d'agua comassucar. O Elixir não é mau e pôde ser usado conjuncta-mente com o sal amargo. Veja indicações repetidas que te-nho dado nesta secção.

Anna drt Silva (Vietoria) A basílica da igreja deSão Pedro de Roma data do primeiro século da é-ra christã.E" o maior e o mais rico dos templos. Está situatlo na

, margem direita do Tibre, próximo ao Vaticano.Elza Costa (Cordeiro)—1» Provavelmente, foi mes-

mo effeito da água oxygenada. Pôde conseguir alguma cousausando agora a Quina Panamá, de Silva Araújo, p o Óleo •¦de Camelia, japonez. O primeiro vende-se na pharmacla e dro- ,garia que- tem aquelle nome. O segundo na rua GonçalvesDias 55. 2» — A receita ê simples. Faça o chá como se fossepara tomar. Guarde-o numa _'arrafa o u?e-o quando estivertrio, uma vez por dia, friccionando bem o cabello.

Haydée (S. Paulo) — 1° ¦— Devia ter dito á idade. Toda- J,via, faça uso da Iodosalina, de Vettor Pizani. 2° — Pronun- Xcia-se — Mapen. 3" — Sua letra demonstra um espirito vo- Xliiv.l, muito idealista e sonhador. E' delicada no trato, mastem "repentes" coléricos <m, pelo menos, de grande impa-ciência. Pende muito para o egoísmo moral o physico. isto ê,tom muito amor próprio e não tem generosidade. Sua von-tade é mais caprichosa do que tenaz e forte. E' grande a suapaciência com bastante gosto esthetico 3o—A mulher nasci-da sob o signo Libra será de gênio alegre e mui variável,mas honrada, modesta e amiga de trabalhar. Terá sempre um{.'rancle numero de adoradores. O mais tardar até os 23 turnosestará casada. Sahirá da terra em que nasceu, mas voltarácm breve. Será elegante e arranjada no s-.u' trajar. Terá boa 'côr e bonitos olhos. Viverá até avançada, idade.

Francisco Welt_ (Bello Horizonte) —. A resposta é umtanto difficíl. Entretanto, póde-se di_e>- que a Inglaterranão consente na independência da Irlanda, porque seriamesmo que consentir pa amputação de um braço, de umaperna ou de mais algUfna cousa. E essas cousas não se fa-zem por gosto... Ao pas3o que pugnai- pela liberdade dosoutros povos é uma "fita" muito agradável pelos elogios eoutras cousas úteis que acarreta...

Zelia (Ribeirão Preto) — Arago foi um sábio francezdo século XIX. Devem-se-lhe preciosas descobertas em pby-sica e astronomia. Representou importante papel políticoe foi ministro da Guerra e da Marinha.

Nasceu em 1786 e morreu em 1853.

DR. SABETUDO

^ \\

Queridas amiguirihas!Lei/am com attenção o que lhe. vou explicar: Uma moça deve ter a cutis macia e avelludada; sua tez

assetinada idará, naturalmente, a transparência de sua juventude. E como conseguir tudo isto ? Sim-plesme-ite :

0 CREME DE BELLEZA ORIENTALnão sendo gorduroso e pelas suas qualidades emolien.es e refrigerantes, é o único sem rival para mantera epiderme em perfeito estado de hygieae e belleza.

MODO DE USAR — Após a lavagem matinal do rosto e pescoço, enxuga-se e applica-se o Cremecom as mãos, fazendo ligeira massagem, afim de ficar bem _*aen<iido; passa-se em seguida o Pó de Bel-leza Oriental, imprimindo alguma força ao arminho, afim do pó adherir e tornar-se invisível. Se qui-

zer applique, depois do Creme enxuto pelo pó, o Rouge "Oriental Illusão". — Chiquinho.Modelo grande. . . . 5$_oo pelo correio . . . 7$ooo

Preços " médio. . . . 3$ooo "... 3$.oo" pequeno . . . i$5oo " ... 2?2_oNão nos rcsponsabilisamos pelo produeto vetvdido por menos dos preços acima.

J PERFliPRIA IiOPES Matriz: RUA URUGUAYANA 44Filiai: PRAÇA TIRA DENTES 3S-R_o

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£0*0+0. 0 TICO-TICO +0+0*0+0*KO+0*0"S-0" Creança curada com o "EltlXlH DE JOGUEl-tA-"

i OI-O-Í-O+O-I-O vOvO-!-0*0+0--0*0+OI-0-:-<>*0-K>*I

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IAmélia de Carv.-,'lio Branco — 2 annos de idade — Baliia

...venho por meio desta agradecer a cura que o ELIXIR__ NOGUEIRA do Phco. Chco. João da Silva Silveira ope-rou em minha filha AMÉLIA, de 2 annos de idade, a .qualsoffria de um padocimenlo de c _eira* c tumores por iodoo corpiulio,

(A) Amélia de Carvalho BrancoBahia — Rua do Pilar n. 77

Os documentos, narrando minuciosamente todas as eu-ras obtidas com o ELIXIR DE NOGUEIRA do PharmaceuticoJoão da Silva Silveira, estão em poder dos únicos labri-cantes — VIUVA SILVEIRA & FILHO, rua da Gloria n. 62.com as firmas devidamente reconhecidas.

CLINICA MEDICA DO§-»«<_ «TICO-TICO" *»«%

^_

» «= ___?CONSULTAS DA SEMANA

A. M. (Campos) Use : iodurelo de slroncio 2 gr.,tintura de colchico 2 gr., hydrolato de louro cereja 30 gr,xarope diacodio 90 gr., duas colheres por dia. Pela ma-nhã e á noite use um comprimido do "Lacto-Purga".

Risa (Juiz de Fora) — Experimente o "Maleitosau", —tres drageas por dia e depois escreva communicando o re-sultado.

Sylvio A. (Tlierezopolis) — Internamente empregue a"Blastoinvertina, depois de cada refeição principal. Exter-namente, use em lavagens ; enxofre precipitado 10 gr., ai-cool camphorado 20 gr., glycerina 10 gr., hydrolato de ro-sas 35 gr., água fervida 35 gr., agitando o vidro, no mo-mento do emprego.

I. II. (Paracamby) _ Dê á creança a ."Anltilostomina",dois comprimidos por di.i.

(i. H. I*. (Rio) — Lave a bocea. empregando o "Cliloro-g-eno" uma colherlnha para um copo d'agua. Pincele asaphtas com o tópico: borax 2 gr., mcllite de rosas 20 gr.

I.lvin (S. Paulo) — Faça a creança dar todos os dias Umlongo passeio ao sol. Depois do almoço tomará uma.Colberi-nha do -.Xarope de proto ioduretd de Ferro Blancard, Depoisdo jantar, tomará, um comprimido tliyroidiano do "lnsli-luto Medicamenta".

V. M (Nictheroy) — Empregue internamente a "Siaphy-sia iodurada Doyen", — duas colheres por dia e pincele aregião com o glyceroleo de amido tartarisado.

H. P. E. (Rio) — Se os vômitos reapparecerem, dê ácreança: água chloroformada saturada 100 gr., hydrolato decanella 30 gr., hydrolato de flores de laranjeira 20 gr., liu-tura de badiana 4 ?;r.. menthol 5 centigr., — uma COlherí-nha de 15 em 15 minutos, espaçando as doses, quando fõrevidente a melhora.

Mlin (Rio) — Sua. extensa carta será respondida, parcial-mente, em números suecessivos deste jornal. Primeiramentedeve cuidar do «stomago. Use: magnesia fluida 1 vidro, ei-trato de sódio 10 gr., tini ura de condurango 4 gr., tinturade geiiciana 3 gr., tintura dí mu vomlca 1 gr., xarope deaniz 30 gr., — meio cálice de 4 em 4 horas. Meia hora de-pois de cada refeição principal, tome um comprimido do "Car-vão Naphtolado PontOU-4", 1'ara as aphtas, encontrará aci-ma, na consulta de G. M. !'., o respectivo tratamento.

1,. JM. II. (S. Paulo) No ea |U« se refere daiia ocillcnle resultado a tUggeetãO directa, produzida por meioda hypnose. Aconselhe ã sua amiga «|ue procure Um espe-clallsta era psyçhoi hers pia .

O. ii. (lüo) — Empregue Internamente a "Uraseptlne",— tres colherlnhas por dia, As Injecções devem ser feitaspela nuwii-â «¦ a iiimIi ci,in ;, Kcnuiiiic uiciiicaQÃo! sozoiodalatode zinco 2 gr., água dlstlllada 10 gr., laudano de Syde-nham i gr.

H. s. (Ponte Nova) — Deseja retardar ¦> apparição davelhice? Emquanto nío se ríallsa o sonho dos alchlmlc a therapeutlca não formula o elixir de longa vida, siga ovalioso conselho de Metchnlkoff e peça á coalhada a con:-.-vaçio da niociii.ide.

DR, DURVAL DE BRITO,

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Nos primeiros dias ellasentiu melhoras, fi-c a n d o radicalmentecurada.Ne começo da moléstia de minha filha, mo-

.inha de 15 annos, demos o Óleo de Figado deBacalhau, por soffrér muito dos pulnwes. Coinonão fizesse bem, recorremos ás emulsões, e final-mente, pebrando dia a dia o seu estado, e já bas-tanle fraca, recorremos, por conselho do illustremedico Dr. José Alexandre Gomes, ao remédio"ÍODübP DE ORH"e abaixo de Deus, fui erte bom preparado que sal-vou nossa filha. Não só nos primeiros dias ellaprincipiou a alimentar-se bastante, como augmeii-íou o peso de 3 kilos nas 4 primeiras semanas; ed'ahi a cura foi completa, podendo hoje passar opresente attestado, o mais reconhecido possivel afavor do ''"lodolino de Orh", que reputo remédiosuperior e fácil de tomar.

Dr. Antônio CarvalhoProprietário

Reconhecida pelo tabelliào Francisco Martins.

EM TODAS AS PHARMACIAS E UltOGAIlIASAgentes : SILVA GOMliS & C. — Rio de Janeiro

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|_H__k_ 3- __________ ^ lL':; JT_________

O seu bébé, no Natal, quer ver o ALMANAÇI! l)'ü TICO-TICO.•o-.OvOvOvo+ô-:_~.<_.-o-.o.-o.-<c>.-o<<>*0'j-<>-<X'0_^ í

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»Sr ~*»-»H^ ___*¦"*' J~""tí»-~* -s-Sss?^ -»»"

SEMANÁRIO DAS CRIANÇASPropriedade da "Soe. Anonyma O MALHO" Publica-se As Quartas-Feiras

di-cctor-gcrcntc: A. Sérgio da Silva JúniorTELEPHONEÍ,

Gr»r»eiA._ Non-rt 6402HCDACÇÂO •• 6062ANNUNClOa •• 6810

ASSIGNATURASAnno

6 Mezes

16$000

e$ooo

NUMCRO AVULSO 900 RS" •¦ NO INTERIOR DOS CSTkDOS 400 RS.

ATRAZADO 500 RS.164, RUI CO OUVIDOR - RIO DE I.IEIRO

As assignaturas começam sempre no dia 1." do mez em que forem tomadas, e só serão acceitas annual ou semestralmente

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\í í rnSti\ li ffilff

eVOVôA MORTE DE GON-

ÇALVES DIAS

Meus netinhos:No dia 3 do cor-

rente o paiz comme-morou o 56° anni-versario da morte deGonçalves Dias.

Evidentemente eun&o irei dizer aosmeus netinhos Quemfoi Gonçalves Dias.Não ha uma só cre-

f V ^"\»w JçM anca no Brasil queV=r ___ não saiba que elle

foi o maior poetaque o nosso paiz tem tido.

A vida de Gonçalves Dias toda a genteconhece. Nasceu o grande poeta no Ma-ranlião,, na cidade de Caxias. Era pau-perrlmo, filho de uma pobre mulher hu-milde e de nin portugueu.

A Intelligencia e sempre impressionan-te. Desde meninote que Gonçalves Diasmostrou sempre um talento emocionante.Toda gente em Caxias tinha pena q»eelle não tivesse meios para estudar. Afi-nal conseguiu impressionar alguém queo mandou aprender rias escolas de .SãoLuiz.

Em S. Luiz, nos bancos escolares, ojoven caxiense revelou-se de um talentofulgurante. Já naquelle tempo mostravaser o grande poeta que foi depois, para ahonra e para o brilho do Brasil.

Era pena que uma intelligencia da-quella tivesse epie vcgetar na vida, semo grande cultivo dr que era merecedora.

]_ os amigos de Gonçalves Dias coti-saram-se e o enviaram a Coimbra paraestudar.

Ao voltar d.- Portugal, o joven mara-nhense já não era um desconhecido noBrasil.

Como estudante se tinha revelado emCoimbra um grande vulto literário, defuturo excepcional.

No começo a vida não lhe foi de todo(adi. .Mais tarde, quando o seu nome depoeta se espalhou em todo o Brasil, teveelle a protecção de D. Pedro II, qu<\teve defeitos, teve sempre a maravilhosaVirtude >l.- ser amigo dos homens de ta-lento, D. Pedro deu ao poeta maranhen-se varias commissões, ora no paiz, ora noestrangeiro.

Mais de uma vez, Gonçalves Dias, emcommissáo ao governa imperial, viajou aEuropa.

.Mas. .. noa não estamos a falar da vidado maior poela brasileiro. O titulo destaPalestra é a morte de Gonçalves Dias."Não nos distraiamos.

Na sua ultima viagem á Europa, Gon-

çalves Dias embarcou doente. Sentindo-fie peiorar, quiz morrer no solo pátrio.

Não permitta Deus que eu morraSem que volte cara lá.Sem que aviste as palmeirasOnde. canta o sabiá.

dit-ia elle naquella celebre poesia, cheiade saudade e de uneção patriótica, que oBrasil inteiro conhece e canta.

No dia 14 de Setembro de 1864 tomoupassagem no Havre, na barca "Ville deBoulogne", com destino ao Maranhão.

Embarcou mal. Naquelle tempo as via-gens eram incommodas e penosas. A tra-

iiw&ixJt^jljja*e^%mBf

Gonçalves Dias.

durou nada menos de quarenta enova dias.

O poeta peorou. Durante quasi toda aviagem não se levantou do leito de en-fermo.

Sem que aviste as palmeirasOnde canta o sabiá.

]<: fui justamente á vista do Maranhão,das suas palmeiras queridas, que o poetamorreu. A sorte deu-lhe o consolo deavistar as palmeiras da terra natal.

Na madrugada de :! de Novembro, a"Ville de Boulogni " <¦ ava nas proximi-dades dos baixfos de Atins, na costa ma-ranhense. Havia tempestade.

A barca foi de encontro aos baixios eBtjísobrou. A bordo, ao que dizem, houve

se lembrasse do pobre poeta, queno s, i beliche fechado. Foi o pi-

1- to. Contou o piloto que, ao ver o na-ameaçado de sossotarar, correu ao ca-

íni.rmi <!,: Gonçalves Dias, mas o encon-trou morto. Outros affirmam que o poetapereci u porque, estando fechado no seub ei iene, não se pôde levantar para cui-

dar da sua salvação, da qual ninguémcuidou.

A tripulação da "Ville de Boulogne"foi salva por um barco que chegou dascostas de Guimarães. Só o poeta morreu.

O seu cadáver nunca foi encontrado.Tudo se fez para o restituir A terra na-tal. A sorte talhara-o para ler como se-pultura o fundo do mar.

O governo elo Maranhão offereceu pre-mios a quem encontrasse o corpo dogrande lyrlco. Os amigos deste crearamoutros prêmios. Mas tudo e tudo foi bai-tlado. Nunca se pôde ver o cadáver docantor maravilhoso dos Tjmbirns.

Parece que Gonçalves Dias tinha o pre-sentimento de que ia morrer e de queas ondas seriam a sua sepultura.

Esta carta por elle escripta a um dosseus melhores amigos é bem elocpiente:"Persuadido de que uma longa viagempor mar me ha de ser de algum- provei-to, resolvi-me a seguir para o Maranhãopelo Havre. Dizem-me eiue ha um navioa seguir no dia 10 do corrente; se ha vounelle. Em princípios ele Outubro devo láestar, ue ml o ficar no iii:yr.

No caso de alguma catastrophe, "quodabsit", os retratos ficam para a biblio-theca. Os M. S. (cópias) mande-os parao Instituto."

E não é só nessa carta que o poeta re-vela o presentimento de morrer no mar.

Conhecem os meus netinhos aquella ce-lebre poesia ele Gonçalves Dia:.; intitulada"Adeus aos meus amigos do Maranhão"?

Ahi está o presentimento:Tal parte desterrado: um dia as vagasHão de seus restos rejeitar na praia,Donde tão novo se pari ira e ondeProcura a cinza fria achar jazigo.

A morte de Gonçalves Dias em 1864abalou profundamente o paiz. O Mara-nhão ergueu-lhe uma estatua de marmo-re, na praça dos Remédios, hoje com onome do poeta. A estatua representa umlongo tronco de palmeira e. na extremi-dade superior, a figura do grande lyrico,que está voltada para o mar que tragou¦o seu corpo.

No ltio de Janeiro, a Câmara Munici-pai, em sessão de Fevereiro de 1S65, pro-poz que unia das principaes ruas tivesseo nome do poeta. Foi escolhida a rua quetinha a denominação de rua dos Latoei-ros e que hoje toda a ;-..-nie conhece pelonome do cantor dos "Tymblras". No In-stituto Histórico inaugurou-se o seubusto.

Mais tarde um outro busto de Gonçal-ves Dias foi Inaugurado no Passeio Pu-blico. O maior poeta do passado foi sau-dado pelo maior poeta do presente — foiOlavo Bilac quem fez o discurso de inau-guração do busto.

Um nota curiosa: em 1862 espalhou-seno Rio a noticia ele e;ue Gonçalves Diashavia morrido. Os ni crologios, as mani-festações de pezar foram enormes.

Gonçalves Dias em vida pôde ver quan-to era querido e admirado no seu paiz.

VOVÔ.

0 tiu-Hior "cadeau de Noel" ALMANACH DO TICO-TICO.;-o*o*o*o-:<>-rO-:-o4<>-r<>-^-^

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• o*o*o* o TICO-TICO 4<>+04<4<>4<H<>-K>*0-K>*<^

©Tico-Tico mundanS

ANNIVERSARW8

Aracy, encantadora filhinha do Dr. Da-rio Prata, completa hoje o seu 4" anni-versarlo natalicio.

Faz annos hoje o dedicado amigui-nho d'este jornal Joaquim Salleira Júnior.

Fassbu hontem a -data anniversariada estudiosa menina Regina da Silva l*e-reira. .

Viu passar a 26 do mez findo a datado seu natalicio o int»lligerUe menino

X^^y iâ_f_____^^^

Eduardo Vieira, o competente -dlrectorartístico do S. Pedro, já está ensaiandoos aiumnos para o desempenho da JurUy.

NA BERLINDA. ..Estão na berlinda os seguintes leitores

d'0 Tico-Tico residentes no bairro SantaGenoveva, S. Paulo:

José Calmo-n, por ser o mais brincalhão;Maria Helena, por ser a mais nervosa;Octavio Gama, por ser o mais correcto;IHilce Medeiros, por ser a mais cala-da;Carlos Martins, por ser o mais moreno;Sylvia Calmon, por ser a mais graciosa;Renato Silva, por ser o mais elegante;Yolanda, por ser a mais chie; Nelson C.Branco, por ser o mais bonito; Laura Me-delros, por ser a mais g'3ntil; Mauro VillaNova, por andar bem de patins; Luiz Ma-chado, por andar sempre alegre; Anna C.de Souza (Tlta), por s:r oitita; CelsoMachado-, por ser o rr.ats gordo; Or/.cMaClodinho, por ser esp.-r «nçosa ; José Bo-telho, por ser o mais risonho ; Eey'la C.Branoo, por ser a mais zangada; Arlin-do Gonçalves, por ser o mais forte e eupor ser o mais reparador e mexeriquelro.—PAULO DE OLIVEIRA SILVA.

—- Estão recolhidas no xadrez da ber-linda do bairro de Santa Thereza as se-guintes senhoritas:

Augusta, por ser a mais "mignon"; Bê-bê, por ser a mais slzuda; Bella, por sera mais creança; Celeste, por ser a maiselegante; Diva, por ser a mais amiguinha ;Dedéa, por ser a mais qutetlftha; Dora,por ser a mais bonita; Dá-di, por ser amais gorducha; Emlla, por ser a mais mi-mosa; Judith, por ser a mais alegre; Ly-dia, por ser a mais faceira; Lncla, porser a mais risonha; lourdes, por ser amais caseira; Ma-riazinha. por ser a maisengraçada-, Maurllia, por ser a mais amo-i-owi; Niza, por ser a mais espevitada;Olga, por ser a mais despachada; Ruth,por ser a mais gulosa; Satyra, por ser a.Tais risonha; Sylvia por ser a mais co-rada; Tlta, por ser a mais convencida;

ser a mais boazlnha.na berlinda os seyjintes alu-anno da Escola Affo-nso Pen-

Manoel Figueiredo, por ser o mais gala-to; Waldemiro, por ser o mais joven; Ali-ce, por ser a mais alegre; Deolinda, por ,ser a mais sympathica ; Áurea Chaves, por .j.ser a mais boazinba; Isabel Elias, por ser,a mais alta; Gloria Botin, por ser a mais ,loura; Josué, por ser o mais olhador; Al-tair, por ser a mais magra; Guaréa Gui-marães, por ser a mais risonha; DevanaBarbosa, por ser a mais morena; 0<la!éa,por ser a mais comportada; Aida Ferra-ro, por ser a mais captivante, e eu porser a mais — OliNIOSA.

— Estão na berlinda os seguintes alu-mnos do 3«> anno da Escola D^odoro:

Romulo G., por parecer com Tom- (JMix; Sylvia B., por parecer com Jua- •i-nita Hansen; Ernesto C, por parecer com AWilliam Hart; Caricia M., por parecer com .J.Grace Cunard; Escpo O, por parecer comEmílio Ghione; Maria P., por parecer com

Filha.Vivas.

X.3v"-'"*•-

• „- '

O menino Francisco.

Francisco, o Chiquinho, como o chamam emcasa, filho i)o Sr. Hermes da Silva Me-delia.

— Estará amanhã em festas o lar doSr. capitão Maurício Bastos por motivo dapassagem do natalicio de seu estudioso fi-lho Paulo.uAPiisAüoa

Na igreja de N. S. da Penha foi ba-ptlsada no domingo penúltimo a meninaVera, filhinha d» Sr. Antônio Cruz e deD. Deolinda Maria da Cruz.

Serviram de padrinhos o Sr. ArthurMendes e sua esposa D. Margarida Meu-df-s.NASCIMENTOS

O professor Ernani Braga, do InstitutoNacional de Musica, e sua esposa. D, Epo-nina Braga, estão com o seu lar em Ws-ta por motivo do nascimento do sua fl-lhinha Vera.THBATRÓ

Em beneficio da Caixa Escolar do 2»Distrlcto e lob oi auspícios da Exma, se-nhofs !>. Esther Pedreira de Mello, In-spectora escolar, realtaur-se-A <-m dias «i"mez próximo, no theatro 8, Pedro, umattrahente festival,

(i rii,'i da bella testa será a represen-da juritu, ii mimosa operata do tea-

tejudo escriptor theatral e nosso tnul pre-aa_o collega de reüacçao Vlrlato Corrêa,

alumnas do i et n I lo dlstrlcto » oo«lar.

porporserserdos

trabalhadeira ;saber escrever;séria : Isaurageira; Hildabrinnalliomi, e

1-iUcta-JOHI'-I-Iri 11 -

Ac-mais

porlin-

serusar

Isaura Vllel-eu por ger a

GALERIA ESCOLAR

Violeta, por— Estãomnos -do 4«"na :

Maria Eugenia Ache Tlllarser a mais conversada; Iracyser muito alegre; Scylla Lefévre, pora mais querida; Isabel Cabral, pora mais amável ; Coseta Burlamaquiõantos. por ser a maiB appllcada; IvonneAlexandre, por ser muito sympathica : Ma-rietta Vianna de Souza, por ser muitíssimobella; Alice Figueiredo, por ser travessa:.Arminda Galhardii. por ser a mais sim-pies: Paulina Brandão, por ser a mais

Salustlana Faria, por nãoElza Jucá, por ser muito

Saraiva Pinto, por ser li-Tavares Iracema, por sereu por gostar de todas —

GEOGRAPIUCA.— Estão na berlinda as seguintes alu-

ninas do 5» anno da Escola Modelo Ben-jamln Constant:

Alice Dantas por ser a mais alta; AldaBedér, por ser a mais engraçada ; LiceniaMarques, por ter lindo perfil; Maria Vir-ginla Colucci, por ser a mais bopita; Hu-tu ETagOSO, por desenhar melhor;no Bc-dér. por ser o mais travesso;pbina l'lnlo, por ser a mais nervosa;Ha PeiTOta, por ser a mais tagarellaclndlno Pereira Trindade, por serestudioso, Yeddlna Choulo Pinheiro.ser a menor; Angelina Blaso, por terdos cachos; Maria de l-ourdcs Peixoto, porser a mais yorda; Julleta liuldint. por sera mais risonha; Zulelka Vieira, pora rnals applicada; Victoria Jorge, porpenteado de rainha; Ondina Andrada, porser a que mal* brinca; Elvira Salguelri-nho. por ser a melhor da classe; Ary Imos, por ser o mais levado;ia, por ter lindos dantes,rnals — BONLTINIIA.

B8ts0 ria berlinda 03 seguintes alu-mnos d.i !¦ turma <lo 2° anno da EscolaTlradsnt* i ¦"

Lygia coelho, por ser a mal i bonita :i-, , Martins, por Her a mais agradável;II,-l.iii (iniinaraos, por Ber a mais ei an-te: Jsrecê Bastos, por sor

fjãH^Õ

/ J

i^\7?40 _i

Manoel J. Madruga e Emyadio A.nossos estudiosos leitores.

Comes,

mais risonha ;

Maria Walcamp; Moacyr. por parecer comCarlito: Guiomar. por parecer com LilaLee; José Guasi, por parecer com WilliamFamuni; Maria L.. por parecer com EdithRobert; Maurício, por parecer com ChicoBoia; Áurea, por parecer com Ilarry S.Laren; Arthur, por parecer com ilarry S.Hilliard; Olivla. por parecer com MyriamCooper: Carlos, por parecer com Wl.llamRussell; Helena, por parecer com CléoMadson: Antônio, por parecer com líarryCarey; Cecilia, por parecer com PearlWithe; Sylvio, por parecer com Douglas1'airbanks; E!v!ra, por parecer com Mar-feMerith Clark; Marto Santos, por parecercom FreJ Jones; Eva, por parecer comMary Osborne; José A., por parecer comTúlio Carminai!, e Ottilia Gonsales, porparecer com Arlina Treth.

— Estão ha berlinda as gentis senhori-nhas resldmles em Jacarepagua :

Helvira Hanios, por ser a mais effpirl-tuosa; Isaura Almeida Cardoso, per ser amais bonita: Cynira Melnvl-s. por s<-i- amala aympaUiica ; BelUnha, por ser amais gentil; Maria Telles, por ser a maisgraciosa: Adelaide Telk\s, por ser a maiaretrahlda; Emma Soai-es, por ser a maiselegante; llala, por ser a mais attrahente;Luiza Dias, por ser a que gosta mais deconversar: Ermelinda, por ser/querida! Esther Almeida Cardoso,a mais alta; Olga Lima, por «erbella; Camilla Montes, -por serciumenta; Lin Parreira, por serr-/i/< ,- Elida Cunha, por ser a maiso «a; .Marina Portlnho, por isincera; Nair rinio, por ser a mais i>c-quenlnai Yolanda Portlnho, por ser a mais¦ -ii ia ; Beatriz, por ser a mais gorda;Lisa Lima, por ser a mais pasaeadslra;Chlqultã, por ser a «anis 1h-íu,i. e eu porter d* todas essas a mais — CRITICA.

V

i maispor B6Ía mais *fa mais <

maisgra-mais

a

Peçam ao papá, no Natal, o ALMANACH D'0 TICO-TICO. í

t^+<>.i.<>.i.<r>^;<>l<>:<>*^

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;<>"-<>:-o*o*o*<>vO*<c>-:-OvO-:-o-:-o* O TI C O - TIC O *0*0*0

| fã 1 a" yarinhaengantada \m IY >B »¦ -¦¦ -tiii mw — . , mM,—, mm•j- i. zz __ ¦¦ ¦¦•¦ •¦ ,—s«— —¦¦

Era uma vez — assim pe d In nos con-tos de fada, o este é um «l'clles — erauma vez um eamponio (Jue ia levandoo seu burrinho ao mercado.

O burro ora já velho c estava muitomagro; seu pello, maltratado, estavacinzento «le poeira «• <> pobre animalmancava de uma pala «leanteira.

Bra um triste burro.Apezar das pancadas que o camponez

lhe dava sem dó, nem piedade, carai-nhava dlfficilmcnte c de vagar.

Tor sua vez o camponio estava quasinas mesmas eondiçSes que o burro.

Era também .iá velho, magro e seceo,com os eabeilís maltratados e tinha umtodo mau.

De repente o Camponez parou, viu nomeio da estrada, deante «lYIle, um sacp.11-nho que parecia cheio, de moedas, inoc-das de ouro, talvez.

Que bello achado! O burro, não susten-do ' mais no lombo as pancadas do seudono, parára lambem.

<J camponez abaixou-se; não havia pes-soa alguma por ali, ninguém o- observa-va... apanhou o sacco, abriu-o... B a su-iPhyaionomia, já radiante tornou-se logoem expressão de raiva. O saquinho estavacheio de... pedra.

O camponez ficou ali parado muitoaborrecido, quando viu um mendigo-, «íuese approximava dirigindo-se a elle.

Elle tinha mau coração, não gostava Oedar esmolas, por isso olhou ironicamentenara o mendigo, que era um velho «le«íiandes barba.?. Chegando perlo, o mendigodisse . ,— Meu bom senhor, ainda nao comi ho-ie. Pôde me fazer a esmoia de um pe-daço de pão ?

o ca.íii.oueí tinha no sacco um paoteíro,«liiiz

€Q

íamponei ;mroi<. Tinha

visto lio ríteio </«« cstraiíumn saquinho,

curva do

In-mas não

dar. •Pensou em

responder malr correr o in-feliz a cacete,mas depoisleve a idéa depregar-lhe umlogro para serir do seu en-gano.

Então disse :— 1'ão não

tenho, mas\«m t«; fazern m presenteesplendido. Es-tás vendo es-le sacco? El-l á cheio debiscoutos mui-«o saborosos,'lar-tc-ei, mascom uma con-d 1 ç ã o : s flabriras para.

c o m e 1 - o s lábem l'« n g e .depois de te-

caniinlio.saquinho ao mendigo, «pie lhe

CCS passadoE deu o

íisse então~ Muito obrigado, meu bom senhor;'¦ejo que Cens o coração generoso e «i n'- ¦'

'«- recompensar. Que é que imsso fazerpara iin* eer agradável? Diga o quo de-...! .- eu me apressarei em servil-q.Ora, adeus ! — exclamou o campo-jtsa rindo — Que é que um desgraçadopomo voei poderá fazer por mim ?

Não ria, meu senhor — observou o•tendlgò — eu não sou o «pie pareço. Ape-*ar do meu aspecto miserável, tenho um

ninguém imagina.Ulga o que quer, o o seu desejo será

atli fello.¦— T'ois ent&o — disse o camponez, «lu-

yjdando ainda — si tens tanto poder co-".«• «liz.-s, fase i-..m que meu burro ande.Elle esta velho, doente, capenga e nem a.': o eon« Igo fazel-o andar.—Nada mais facíl — respondeualgo — Toma esta varinha, que 6 encan-tada.

Basta «iuo batas ligeiramente no burro,

com esta varinha e seja f;ual fôr a ordemque lhe der elle obedecera.

Depois «le dizer isso, o mendigo entre-?.wu a varinha ao camponez c afastou-se,levando o saquinho de pedras.

O camponez ficou um instante a rir,julgando que o mendigo era maluco. Musfieára com a varinha na mão o quandocontinuou o- caminho, bateu com "ella ma-chiiutlmente, dizendo:-— Vamos, anda !

Immediatamente o burro começou a an-dar muito diretunho, alegre e lampeiro.

Ora essa ! — exclamou o camponez.muito admirado. Querem ver que aquellemendigo £¦ mesmo feiticeiro ? Ora, vamosa vêr ! O burro está agora andando do-pressa, mas eontinfia a mancar. Eu querovêr si a varinha tem o poder de curai-o.

Bateu-lhe com a varinha c disse:Não quero «jue manques mais.

O burro ficou Immediatamente com aperna perfeita. Andava que era um gostoveNo.

O camponez poz-se a pulai- de contente.Não ha duvida — exclamou elle, ga-nhei uma varinha mágica e já que comella eu posso fazer do meu burro o «íueeu «inizer, não o quero assim tão velho !

Bateu no burra e disse :Fica. novo e bonito !Bateu no lombo -do burro com a varinha

e logo o animal, que era velho e feio.transformou-se em um burro novo, forte c .bonito.

o camponez ficou cm- alegria indescri-ptivel.Que felicidade ! Eu ia vender o bur-ro. Naturalmente, não encontraria qjuemme desse grande cousa por elle, tão- velhocomo estava. Mas, apresentando Um burronovo e bello ctmn> cst«\ vou ganhar muitodinheiro, poderei comprar varias cousas deque preciso. ..

Ora, vamos a ver, continuou elle refle-ctindo, que ê que eu hei de comprar ?

I>enibrou-so de comprar um porco, galli-nhas, carneiros para venSér a lã o fazercreação. De repente teve uma idéa aindamelhor.

—Um bezerro, exclamou <l!e, compro, umbezerro, orlo-o multo bem. elle cresce, ficaum boi e eu poderei vendei-» até por tre-zentoa mil rcis.N Não ha duvida '. Queroum bezerro, concluiu elle.

Mas, assim dizendo, bateu -distrahida-mente na cauda do .burro e calculem qualnão foi a sua surpresa quando viu o ani-mal se transformar immediatamente embello o yordo bezerro.

E' verdade, murmurou o camponez.eu não precisava ipr o trabalho do ven-«lei- o burro para comprar o bezerro, bas-luva bater-lhe cem a varinha encantadaque faz tudo. Preciosa varinha !

Mas, eu fui muito tolo — disse d'ahia pouco o camponez — em vez de pedirum bezerro, que ainda me vae dar muitotrabalho para creal-o, devia ter pedidouma vacca; assim, teria sempre leite emcasa, e poderia íer não so um como mui-tos bezerros. E' verdade ! Tolo sou euagora; mas pouco imporia que eu tenha.pedido um bezerro: posso pedir agora avacca, pois, a varinha faz tudo quanto eude ejo.

Bateu no bezerro e este se transformouem uma vacca magnífica, pesada e for-te, com grandes tetas cheias «ie leite,

Agora si-.n. estava o camponez satisfei-to. Uma vacca é o animal mais precioso«íue p6«le haver no campe-. Com ella tem-se leite e. portanto, queijos, manteiga,...Morta a vacca, tudo se aproveita d'ella.a carne para comer, a pelle pura fazer«•ouro, os chifres para fazer botOes, oscascos liara fazer colla...

O camponez resolveu não ir mais aomercado. Para «íue ? Elle já não precisavavender o burro nem comprar a vacca; játinha ali a sua linda Vacca, forte e va-lente,

E já Imaginava a inveja de todos os ou-d- s, «pie o julgavam pobre, quando o vis-sem entrar na villa com um animal d'a-quelles, tão K«>ido e tão sadio.

Ia elle assim muito satisfeito e fazeu-do mil planos. Calculava já «pre com opoder «1'aquelia varinha e o burro, qua

se transformava em tudo quanto elleqitizesse, poderia até fazer fortuna, apre-sentando-se nos circos como mágico. Mas,de repente, ouviu uma voz gritar atrazd'elle :

Arreda do caminho !Voltou-so e mal teve tempo de se afãs-

tar. Passou um cava liei ro a galope, . le-vantamlo uma grande nuvem de poeira.¦—. Iria ! Que bruto ! — gritou o cam-ponez. Depois, pensando um pouco-, disse :

Mas, deixem Ia, é uma bonita cousaandar a cavallo. Assim a gente faz bonitafigura o. vae depressa. Eu, cru vez <le umavacca, devia ter pedido um cavallo. Masainda está em tempo. Afinal, esta vaccanão ê ntais do que o «fncu burro, que setransformou pelo poder da varinha. Euposso transf« i-mal-o quantas vezes quizerporque, desde «pie eu lhe bala com a va-linha encantada, o buVro obedece a todasas minhas ord«-iis, sejam cilas quaes fo-rem. Eu posso transformal-0 agora em cu-vallo e «piando chegar á minha casa tor-no a transformal-o em vacca. Está «lilo.

Bateu na vacca e esta se transformouem um' soberbj cavallo, já arreiado eprompto.

Que figurão vou cu fazer entrando navilla ! — «disse o campon-z radiante.

Montou e o cavallo. que era de excel-lente raça, eonu-çou logo a galopar, «)camponez não «ra hábil com» cavalleiro.por isso prendeu as rédeas do cavallo, como que elle diminuiu a marcha e começoua marchar mais vrgaroso, mas com muitaelegância.

0 burro começou a andar alegremente.

Assim foi. Pela estrada todos os outros 'camponeses se tinham- admirado de vêr 'corno o nosso homem ia orgulhoso no alto «.le seu cavado. Nem cumprimentava os «amigo;-. Parecia um fidalgo. ,

Mas et.tav.-i já quasi cheg-ando á villa, .a estrada eslava cheia de genle, «punido o icavallo de súbito parou, levantou as ore- ,lhas, olhou para um obj«icto «me estavacabido ie: chão c, espantando-se, começoua saltar.

i) camponi :'. agarrou-se ás crinas com asduas mãos e põz-se a gritar para que ocavallo se acalmasse. Mas isso ainda o 'excitou mais. «

Tor fim o camponez conseguiu 5oltar 'uma das mãos e, furioso, bateu com a va- 'rinlia no cavallo, gritando:— Vae-te para o inferno !

O cavallo immediatamente SesappO camponez se viu em um instante calii-do no meio da estrada; e de cavallo, nemsombra !

Então lembrou-se de ir vêr que objecto.-¦ria esse que cahira na estrada e tinhaassustado o cavallo causando-lhe a ^vandodesgraça de fiar privado «1'aquelle animalmaravilhoso.

Sabem «pie objeoto era esse ?Era o saquinho de pedras que o mendi-

go deixara ali para castigo do camponez.

Todo o bebê terá, no Natal, o ALMANACH D'0 TICO-TICO.

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* okho* o TICO-TICO •i*o*o*o*<>:-<>*o*o*o*o*<>^*!<>*<^ .*.0

f-r' >W-W-I*>-H"í"I"i-í"i ¦H-frM--M.-H-jfcI I.I t.'tl,Il »j|| ÍI ! ! f'H'HI r***.H-K** creados. Si chega qualquer visita u vi- í« ^ «r w» YTT ITT A **""* V z'nuanva. 'a vae o "osso curioso esguci-

"

/V **W j\/| I I l\/| II z\ ^W

*!• Os egypcios, os melhores em- "f* rando-se pelo corredor, para ver quembalsamadore5 do mundo

A- 1a -H~HH--l-H"H~c~H--H***M^^

Os esypcios foram os melhores em-balgamadores do mundo. O cadáver, noEgypto, não era enterrado como entre do da

vadas no "British Musetim" de Londres,na esperança de surprehendcr o segre-sua maravilhosa

são as pessoas e de que vão tratar.Se apitam, quando lia qualquer barulho ò

11a rua, é sempre César quem apparece ¦*primeiro.

Os homens, que já o conhecem, ces-sam a conversação, quando elle vem che-^s/hwi ""v rm ciH^nauti «.-uniu cuuc uo ua, sua ma ra vi I iios<i consf^vi^ãf) - « , /nós. Era embalsamado, metthlo em cai- através tantos milienios. Elle chega á ê'aml0' com as maosziflhas nos bolsos,

conclusão de que esse resultado" ê de" lno <il!em não quer nada.vido ao emprego, em vez de colla ou Emfira, é um bisbilhoteiro, que andaf^nlda* da^eZnte^^cScruío^ f qual

^^ ° Mrií ««' "5° é dialnado-CURIOSlDAOi; CASTIGADA

Uma vez, aconteceu a César uma pas-

deu o nome de "tragaso".Entre as ataduras encontram-se mui-to3 escarabens; alguns — os mais pre-ciosos — de pedra cravada com «vm.

bolos e legenda,; outros de simples vi- Sagem de <*Ue eIle nunca se «a de «que-dro. cer.

O mais interessante é que as múmias Etais estrangeiros alugaram o arma7emsao agora t«nb,„ b«W»^M*^™«« que anda sempre fechado, vizinho á suaindustria

turalmcnte. vendem-se secretamente,aos ricaços, especialmente norte-amerl- A' noite, depois da chegada do tremcanos, que gostam de ter nos seus pala- expresso, parou ás portas do armazémcios, entre outras cousas. um suhterra- „,,.„ „.„„Y„ „„; „ „„' ,neo deestylo egypcio com as eorrespon- Un.,a 8randc caixa com rBdas.

nos seus caixões, tal César logo abeirou-.-:; do caixão, masdo Museu não poude bispar o que estava lá dentro.

Os hbmens rccolheram-n'o para o inte-

seussubterrâneo

dontes murai aacomo viram node Nápoles.

Entro todos, o mais rico de múmias,salvo engano, ê o Brittsh Aluseum.

Os inglezes, entrando em Alexandria,pela persuasão das bombas, começarama proteger o Egypto, saneando na ver-dado muitos logares, mas estragando acidade, deturpando-a, tirando-lhe o ca-racter local, transformando Alexandria, nada, tudo escuro !que foi uma maravilhosa cidade grega, M^ j:„ ~„„„;„c„ ,rival de Roma, mima cidade moderna, ^9 l'!a scKulnte acordou mais cedo esrém cunho característico — e zombar.- continuou na sua ronda .do do muitas antigüidades preciosas. Quando os homens foram almoçar

rior da casa, e quando elle quiz entrarlambem, deram-lhe com a poria «a cara.

— Não faz mal, disse César, hei dedesvendar este mysterio. Deu volta ácasa, espiou pelo buraco da fechadura,

Além disso, os Inglezês fizeram do

1—Múmia de uma sacerdotisa de Thebat.2—Múmia na caia-n.

voas do madeira e guardado em sareo-phago.

Os egypcios não só embalsamavam assuas creatma-s humanas como também osseus animaes queridos.

E porque este uso tão arraigado de«mbalsajnar cadáveres ? Ha quem affir-me que esse uso se espalhou pela ne-ceasidade que o HWpto teve de impedirepidemias que se desenvolveram pelomáo enterramento dos '.cadáveres.

M*s essa não parece ser a razão fun-damental. A razão fundamenta] é esta :os egypcios acredita vam que a alma dohomem, depois da dissolução do corpi,passava a novos corpos, fcissem de homensou do animaes. E para conservar a ai-ma presa ao próprio corpo inventaramum melo da não dissolução do corpo —o ombalsan.amenlo.

Como acima dissemos os egypcios fo-ram os melhores embalgatnadores domundo. Ha cadáveres de mais de '.', ou4 mil séculos perfeitamente conserva-dos.

Os cadáveres cmbalsamados pelos 1—Tampa deegypcios chamam-se múmias.

Ah minutas são envoltas em tiras deUnho, sobre aa quaes estão quasi sem-pre eacrlptos os seus elogios c a suavi.Ia.

O chimico(tamente a conenvolvem as múmias egypclas consc-r-

um (Uijíc.icom inucrivcõta (SOO uniW-íantes de. Chri-ito). ü—Mi-«lia exoiilyida e»i Haicarn,

César pulou a cerca do seu quintal, e eu-contrando a parta do fundo, do armazém *Y*aberta, por ella entrou cautelosamente. O

Dentro estava escuro, coufo breu, maspalpando aqui, tropeçando ali, chegouao cobiçado caixão.

— Serão ladrões ? Serão fabricantes demotas falsas? menotogava César.

Com muito geito tirou una taboa, masoh ! horror!1

César viu dous olhos, que pareciam fa-chos, e mm rugido medonho fel-o estre-mecer e racuar, mas não a tempo de evi-tar um tapa de terrível leão, ferindo-sebastante em um dos braços.

Nesse instante, entravam os dois es-trangeiros, que andavam expondo unileão, mediante paga.

Levaram César j;iara sra casa, onde,depois de curado, proníètteu a sua mãènão se importar mais com o que nãofosse da sua conta.

Ici.r.mco Gomus

As folhas de tabaco, postas em macera-ção numa sokiçâo de tannino, perdem porcompleto as qualidades perniciosas da ni- •}•cotina.

-0*0Egypto uma repartição publica, para os «l)l)l)riWai>Wí«lvl»{lO<(!>«ai)<1 íinglez Castle estudou lon- fceus empregados. Com effeito Iodos o* $ uiniAiiHC i\n

^-'-->*^^vvvv- iimpotiçae dos estofos que empregos com vencimentos de 500 fran- * ai hlilUlu Ah Dh g j.

PEA1RL. WHITEcos por neét estão nas suas mãos.

1'AUA AH CREANÇAS)i>oxs curtioso.s I .1-111 l»l

- no — Papa Todos...Todos os dias adquire novos conheci-

mentos. Quando não acha explicaçãopara qualquer tacto, pergunta a seu pae,

César e Zuliraro «ãó tJLoi» meninos da que é um guarda-livros «Ilustrado, oti a QQüQOQQQQQWWüQüüüúaaaaúúúúmewna edade, mas que têm um caracter seu professor, . .>diífcrente, \inln-, s&Q muito Curiosos, A curiosidade de Cc-ar, porém, é dií-

Ztítmiro tem um espirito observador, [crente.^ dão olha paru a- cousas como boi paia NSo e importa de saber, como Zulmi-

palacii-; examina, persetuta, quer saber a ro, a maneira eomo se Eórma a c1iuva,nern "razão de tudo, para Slhatrir o seu espi- de onde vem o sal de cozinha, nem a ra- Bismai-ck poísuia 48.' grã-cruzes e con-"'' ,.,',,. .

' í&0 por que não deve comer fruetas ver- decorações; para usal-as todas ao mesmotu .ui idade, ja sabe alguma^ cou$as des. tempo precisaria ter um peito de cercaCusta sim, de escutar o que dizem os de 13 metros quadrados de superfície

Os pombos-correios voam íi« razão detrês kilometros por minuto.

2

l O presente d<* Panae NoeV — o ALMANACH l)'(» TIÇO-TICOi*o*KM-o*o*o:*o*:o-r<>+o:*OvO*:o*^^^^^ I

J

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o-;-<>*<>><>-ro-*-o-.-OvOvOv<>:^ O rl j (; o - T1 (' O *o*o*o4ty*-H-w^"H"'-'~'"*^^ *

O PRÍNCIPE do limo verde+ .jF Yyv. de VIRIATO CORREIA Y VT «Vv. t Xf.*^ "¦•¦••:• 4-;/* ^Ss*-/

• í

íEra uma vez uma moça pobre, por quem As outras duas moças riram com des- —' Ingrata ! Amo-te tanto e feríste-me Jum principe encantado se apaixonou. preao. Seria possível ? sem piedade. Adeus ! Nunca mais meNa atdeia. onde ninguém tinha riqueza. Pois se ellas, que tinham olhos á farta. rãs. As feridas que me fizeste serãotoda a gente teve desconfiança da moça nada puderam ver, como é que aquella minha morte. Adeus ! Vou partir para o i,

Ver- Vque dia a dia andava mais carregada de outra, que tinha somente um, e assim meu reino. Sou o principe do Limobrilhantes. Começou a intriga. Diziam mesmo torto, queria descobrir o segredo? de, o principe encantado que morria pelos íA moça. porém não se deu por acha- teus clhos. Agora, se me qulzerès ver vae òda. Ao cahir da noite vestiu-se e foi para -a casa da moça dos brilhantes. Chegou epoz-se a conversa r.—¦ Vamos dormir, vizinha ? — convidoua namorada do principe.—¦ Vamos.

— Beba o café primeiro.

que a rapariga era de uma quadrilha deladrojes que- morajvam numa furna nofundo da floresta e que de noite sabiampara arrancar a bolsa dos viajantes.

Perto da casa da moça havia uma ve-lha que vivia de intrigas e que tinha tresfilhas.

Das filhas da velha uma tinha um sóolho. a- outra dois e a outra tres.

ao meu reino, ao meu palácio. Mas é prciso que mandes fazer uma roupa de bron- Âze e andes com ella até que fila se gas- Xte. Adeus. aSacudiu as pennas, abriu as azas e lá Yse foi a voar. gottejando sangue.. YA moça não teve forças para dizer uma VEm frente n chieara de café a moça de palavra. Apenas deu um grito e rolou d - .

A'riqueza da inoça, -dia a dia'mais bri- l,m ülho só leve um clarão de desconfi- maiada. ao ver o namorado voar pelo si- õhante, punha-as cheias de inveja e de :m'fu

n,u„ ]vMin „ m„, lencio da noite estreMada. J,Xo outro dia vendeu os brilhantes e as òfi-.iiiis e mandou fazei- unia roupa de .{

do V

curiosidade* rA velha- andava t>ela aldeia como doida,

indagando- -do um, indagando de outro, ecom os dois olhos agudos vinha de noite es-l>iar a fechadura da casa da apaixonada

tio príncipe.Nada de, descobrir. Aquillo cada vez

mais a desesperava,Pois se ella sabia a vida do toda a ai-

doía. se rão havia por aquellas casas umsegredo qu<> não desvendasse, como ago-ra estava- ha mais de um mez sem per-ceber d> onde vinham aquellé3 diamantesclaros e aquellas pérolas tão quentes paraa moça sua visinha?!

1'1 um* noite chamou a filha que tinhatres olhos:

Vat» me descobrir esta cousa, que eumorro de- curiosidade. Tens tres ollios eBodes ver tudo.

A moça, foi. Ao che.t.ur á casa da na-morada do; principe encantado se fez todamel :

Eu. estava a morrer de saudades,vizinha ! Vim vel-a e passar a noite.A casa é sua !

.Quando, chegou a <hora <Te dormir, amoça rica ¦despejou dormldeira no café danioça dos tres ollios.

A moça; dos tres olhos dormiu, dormiu enada poudí- ver.

Para. a velha aquillo foi ura desconsolo.Pois seria; possível que ella não viesse

Beba, beba o café !Por que aquella Insistência ?Começou a conversar, a conversar muito,

e. fingindo que bebia.. derramou a chi-cara pelo seio. No quarto havia duas ca-¦mas. A moça de um só olho poz-se aroncar, fingindo que dormia. A namoradado principe encantado roncava l.n.iie :,-,.também fingindo..

A noite foi passando. O sino *cla igre-jinha da aldeia deu as doze badaladasda meia noite.

peibronze.— Hei de um dia encontrar o reinoLimo Vcnle. X

E partiu por estradas desconhecidas, se- yguindo a tõa, á chuva e ao sol, ás es- Tcuridões e ás tempestades, Ninguém sabia Çonde era o reino do principe seu namo- Vrado. ÃAnnos passaram, muitos annos. Jâ ella 3.

rumor de azas fom^gastarluS.38 """'^ ° °S *e"Ud°" ^'9

Uma noite, depois de muito andar por Âcima Oe umas serras, avistou, lá muito ao Vlonge no alto de um monte, um palácio Xilluniinado. Andou, andou e bateu á porta. VUma velha appareceu-lhe. Era ali o pa- 4hteio do Sol. A velha era a mãe do astro. <)A nv.ça contou a sua vida, a historia.'.do seu amor. a noite em que o namorado Áfugiu a gottejar sangue pelo silencio da .noite estreitada... Y

agitadasA dona tra casa er^Mi-u-se. O rumor, ca-da \<--v. mais se accentuava. Ettà correu

ã janella e a abriu. Um papagaio, enorme,com umas lindas azas verdes e côr deouro entrou, brilhando. Entrou e foi di-zendo :- I iae-me sangue, ou dae-me leite oudae-me agita !

A moça namorada apresentou-lhe umabaeta Cheia ld'agua. O papagaio entrou nabacia o poz-se a agitar as pennas numbanho demorado.

Pelo chão as suas azas salpicavam águae, de cada gotta que cabia, um diamanteou uma pérola sabia rolando a faiscar.

A moça de um só olho ouvia e via tu-do. roncando.

Afinal, o papagaio parou. O quarto fn-cheu-se do uma- luz doirada como a dasmanhas. Tudo em roda se illuminou e danunca a saber aquelle niysterio? Havia bacia d'agua sahiu um príncipe moço. bo-nito oemo uma pintura, cabellos de ouroe olhos verdes. E cahiu nos liraços da moçanamorada.

No outro dia a filha da velha, fingindofoi contar tudo

de inveja por toda

ainda um remédio: chamou a filha dos doisolhos e lhe reoomrneinl u :—i Vô 13, não durmas como esta tola.

E 14 se foi a moça.Jâ era. bem tarde quainl i a namorada

do principe a convidou para se deitar.—. Beba primeiro o café..O café tinha dormid, ira e a filha davelha ferrou no somno até ao nascer da

madrugada.Dessa, voz a velha desanimou. Para

quem vive- de mexericos, não saber ondeestá oi segredo de uma cousa que enchede curiosidade uma aldeia inteira õ umamassada- dos diabos. A velha andava co- da moça namorada do príncipemo se tivesse perdido um thesouro. Mas b quando o sino deu as dose badaladasum dia.,, a sua filha mais velha, a que fla mela noite, o papagaio, num longo vôotinha um olho só. a espantou, dizendo : de (piem de longe vinha, fi entrando pela— Quem vae descobrir o mystorio sou .ianella. As navalhas cortaram-lhe lodo.6n- Elle voltou os Olhos maguados para aA velha dou uma gargalhada. moça namorada:

que não tinha vistoglima, se despediu (mãe.

A Velha era cheiaa gente feliz.— Ah ! E« assim?! E' o papagaio quemlhe flã os brilhantes e as pérolas?! l'oisvou matar o papagaio.

E, á noite, veiu sorrateiramente e collo-con uma porção de navalhas na janella

Minha filha, disse a velha — O tal ..filho SoL-é muito zangado. Se le encon- Atrai- arrui é capaz de acabar com a tua yvida em menos de um segundo. YEnsina-me então o palácio do Limo ôVerde, que c-u irei embora. •!•

Impossível. Não sei. O Sol deve sa- Vber. Elle anda por toda parte, illumina ò "fmundo inteiro. Só elle é quem pôde sa- <*)ber. Olha, vae amanhecer e meu filho vem Z.ahi.. Vou te esconder porque elle quando !chega vem queimando tudo.

E levou a moça para um quarto ifundos do palácio. Os morros, o céo (arvores foram ficando côr de rosa. Veiu 1*^0

ouvido cousa ai- a frescura • l>< vento da manhã.O céo tingiu-se do ouro. toda a terra fi- *

cou dourada. O Sol appareceu lá em baixo A• > ! BjTlzonte. 10 foi entrando pelo palácio. Xchlapando como uma bola de ferro embraza, a gritar num desespero:Aqui me tV(> a sangue real ! Aquimo fede a sanjfue real !

A velhinha veiu aealmal-o.ir envano ten, meu filho.Aqui me fede a sangue real !Foi uma galllnha que matei para o Aalmoço. y

O Boi chegou. Mudou -de roupa e cor- Areu ao banheiro. \

(Concilie no próximo numero) \

Ov-r9

<^<^>-

, AS DEFESAS DO JOÃO %

¦'--IJoão é Utn bom menino, que se diverte

rioraj e horas no quintal com seus l>rin-queda». Tônico c Zezé, vistnhos de João,são doii ipcraltas cjuc quasi diariamenteprocuram se apossar dos brinquedos det-xa-dos, por esqueci incuto, no quintal.

João, percebendo a má condueta dosdois peraltas, resolveu |ircgar-lhes uma li-,ção. No estrado de um earncirii;iio col-Iodou Totâ, cãn policial, que se compro-metteui com o amo a provar aos perajtasque não se deve praticar o mal.

E provoii. Quando Tônico e Zezé vi-nham se apoderar dos brinquedos deJoão. Totó sahiu-lhe ao encalço, obrigan-do-os a uma carreira c a um susto navo-roso.

\s viageas tio Gulliver no ALMANACH 1)(» TICO-TICO

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ioto*o+o* o TICO-TICO *<>^o*o*o-x>-:<>*<>:<>*o*o-><>^ •

0 Sahara foi mar e poderá voltar a ser?O grando projecto «Io eng-enlieiro francez

Edmundo Ktcliegoj-cM.

O immenso, o estupendo des/srto de A população das ilhas britannieas nãoSahara, ardente, horrível nas suas tem- teria o clima de hoje, mas sim urapestades abraziuloras, horrível no seu clima terrivel como o clima da Croen-calor insupportavel, ao que dizem os sa- landia. Os ursos polares deixariatn asbios, já foi mar em épocas remotas. zonas dos gelos eternos, ao norte do

planeta e procurariam as geleiras quese formariam em Farte ou em Londers.

Os Estadoa Unidos tambem fizeramft'uerra accesa ao projecto do engenheiro

f\ Edmundo Etchegoyen, Os americanosreceiam que essa grande mudança demares possa deslocar o eixo da terra ccausar a destruição da vida do nosso

à£4 globo.Todos são de opinião quo se beneficie

o Sahara, que o grande deserto seja re-freseado e irrigado, mas nunca cobri..-do-o todo d'agua, como elle foi em tem-pos remotíssimos.

Mas ninguém poderá dizor que o pro-jecto do engenheiro francez não sejagrandioso e audaz.

V

!

Se se transformar o Sahara em mar, o ca-X nieílo — o navio de hoje — strá substituído

pelos verdadeiros navios.

Toda aquella região africana onde soestende o maior deserto do mundo este-ve durante muitas e muitas geraçOes(.'obnría. de raxtttènsa massa íTagii&«

E como seccou ? Dizem os sábios quepor effeito de deslocamento das cama-das terrestres. A explicação disto écomplicada, o não interessa ao assumptoque vamos' tratar.

Que o Sahara foi mar em épocas re-motas parece não haver actualmenteduvida nenhuma. Toda a areia. dogrande deserto ainda hoje se conservasalgada e a formidável extensão do ter-ra africana em que está comprehendidoo Sahara está abaixo do nivel normaldos oceanos.

Ao quo se diz o immenso deserto sec-cou antes de haver o ser humano nonosso planeta.

E seria possivel transformar o Saha-ra novamente em mar V

Os antigos pensaram em unir o Medi-terraneo ao Mar Vermelho, por meio* denm canal que desviasse as águas doNilo.

.Mais tarde, já nos tempos modernos,como todo o mundo sabe, esse sonho an-Uso foi realisado. Não se 'desviaram^ aságuas do Nilo, mas Dessesps uniu' aságuas do Mar Vermelho ao Mediterra-neo, cortando o isthmo de Suez e o tratas-formando num canal.

Mas isso ao lado da obra de innundaro Sahara é cousa sem importância.

Voltemos á pergunta : ¦— seria possl-vei por o grande deserto debaixod'agua ?

D.ii o professor Edmundo Etchegoyenque sim e imaginou um plano de enge-nharia para realizar a estupenda obra.O professor Etchegoyen, parecendo seramericano pela audácia do projecto, éfrancez.

E como conseguiria elle realisar ainnundação do Sahara ? Pelo corte doum canal de cincoenta milhas, que nãoMediterrâneo atravessaria uma partedas colônias francesas até entrar no de-serto. O Sahara constituu de taoto unial»a parto das possessOes da França, a.qual poderia fazer Invadir o desertopelo Atlântico i' não pelo Mediterrâneo,por melo de um grande canal que parti*ií;i da costa Occidental da África,

13 como foi recebido o projecto doengenheiro (ranceis 7 Mal, multo mal.

A Inglaterra combateu-o, dizendo <jueso so iiniiiniiai' o Sahara o dima do to-da a Europa ficará profundamente mu-dado. k baiela ae uns oplnlfiea doa ns-tronompa Flammarlon e Brucknez, Aoque afíltmam da Inglçzea a deflooaç&o<t>- uma tfto oonfideravel tnaseii d'a_vu&ique tomaria o caminho do polo sul, pro-vocarla evldentea transformações noplaneta, o Canadá, frio, gelado o *,tornar-ie-la temperado; a Inglaterra, ilBélgica, a Dinamarca doariam abaolu-tamento Inhabltavela o uma parte daAiiiinaniia o da França seriam regiOe«iili-arlícaH.

' -^^j^zhi __ «\\ ^"Sfc^jríjjjí

Be a Súhnra fosse transformado cm mar, oclima da Europa et modificaria profunda.-mente, a torre Wlffel fitaria coberta ie gelo

v as suas vlsinhanças hatitadete pelo»ursos polares.

O Sahara transformado cm mar! On-de hoje pisam os cainellos, chamadosos navloa do deserto, Ouotuftrhua osgrandes transatlânticos I

Uma publicação

que se impõe, quer pelo valorde seu texto como pela finura desua composição, é sem duvida ai-eu m a a

lllustração Brazileira

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/ío a/ío e fiw &m'.ro, c:?:cto âa procissão e da tomada da sagrada hóstia na matriz de Villa Isabel. Ao centro, o meni-nü José Delaroli, a sa..'torinha Ambrozina Leite dos Santos, uma das commungantes da bcllissima festa religiosa, e o "ca-

pilão" Romualdo Ferreira Martins.

Çç>*o*o*o*o*oo*o*o*o*o*o*o*o*o*o*o*^

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CHIQUINHO DA' A VOLTA AO MUNDO MONTADO EMJAGUNÇO

NOTA: — Devem preferir, para a applicação dos pontos mar-cados com a lettra "B", a linha 'Rococó" n. 14 ou outra com amesma resistência. ?

Todos os furos marcados com a lettra A deverão ter um bar-bante grosso, servindo de eixo, arrematado por um só, nas ex-tremidades. Nos furos marcados cora a lettra B deverão seramarrados os fios de linha "Rococó" (Macramé), com a disposi-ção indicada pelo "schema".

No ponto ou furo — lettra C — se passará o barbante parapendurar o brinquedo.

__^r*HÍ£fT '^^ _B____ _ár ^~'--V*à^~- ,__<__?&i__iÍI' ________*-______.*'£? ..íS' ' —_íj_______.^^

______B ^.ÍS^. -__¦^^¦i^¦*^^^^ ^^fc».'**' th __F Àa* __-<___' •*j£jmmwt^^ -^^^mWÜlGfK&i^ekSlmmmmmmmmmmmmmmam-.

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/VO PRÓXIMO NUMERO.: O AEROPLANO DG_ Cii7!3t7/Arr-p^ _____________________________.______^^HB_______B_-HCk_____M--HH-_--M------H---B-^^ ^^l***^^ •**>******^*1^*********^****'*'************'i***1*^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^ ^^^^^^^^^_^^_^^^^__^——

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0*0*0* o TICO-TICO *o*o*o*o*o*o*o*o*o*o*o*o-?o*o*o*o*o*o*o*o*o*o*o*o%<>*

TELAS ESCOLAS i¦v

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1í|O

¦ r>x>wwwvOTOvO-:<>-:-<>:-<>:-<>v<>!-<>:-<>!<>-^ O t IC O - T1C O *o*o-J

MEMÓRIAS DE UMA BONECAO-;..

0.

Envolta entre palhas e pedaços de papel de seda amar-rotado, íiz a \ iagem da Europa ao Brasil mettida numa cai-"X xa de papelão, sobre a qual mãos cuidadosas escreveram a pa-

* lavra "frágil";A travessia do oceano foi horrível para mim, que pa-

recia morrer a cada instante. Vinte longos dias encerradanuma escuridão absoluta, ouvia apenas o ruido das ma-chinas que impulsionavam a helice do grande navio. Feliz-mente, minha saúde não se alterou com isso e, quando oconferente da Alfândega abriu a caixa de papelão, minhas fa-ces estavam coloridas como as pétalas de uma rosa. Ouvi

«) então um murmúrio de admiração que me envaideceu e pen-T sei que devia ser muito linda.£ — Aonde me levarão agora ? {a Fecharam a caixa de novo eX- fui levada para um grande cami-ò nhão, cheio de caixotes e fardos,T que immediatamente começou a ro-

bilidades em abrir e fechar os olhos, em dizer papae e ma-mãe, em dansar movendo os braços... A senhora olhou-mecom desdém, achou-me vulgar e escolheu o palhaço, sem dis-cutir o preço, que era excessivo para semelhante futilidade.Reptueram-me de novo na vitrina, oiylé me pareceu ouviruma risadinha implicante do polichinelfo. Se o meu orgulho --não o impedisse, jntro que nessa oceasião teria ,chorado como Çqualquer bébé quando quer balas

I

Vdar pelas ruas da cidade.

9

Collocaram-me na vitrina numlogar de destaque. Dia e noite ve-jo rostos extasiados que coíitem-piam minha carinha de porcellanadelicada, meus lábios carminados,hku vestido de seda côr «Je rosa,meus sapatinhos de setim. Como

õ estou contente ! Com certeza sereiT vendida breve! Sou tão linda...

O dono da loja de brinquedosX leu-me por companheiros um ridi-* culo polichinello, que não cessa de me fitar, e um palhaço

Íde rosto pintado e grotesco, que se diverte, me fazendo ca-

. retas horríveis. Orgulhosa, altaneira, finjo não me oecuparcom tão ridículos personagens. Neste mundo ha tantos atre-

a vidos !... ¦

Y. Acabo de ter um desgosto horrível. Que humilhação !ÒQue vergonha ! Entrou na loja uma senhora para comprar*s* brinquedos para os filhos. Longe de se agradar de mim, a

luda boneca, escolheu, imaginem quem? — o palhaço gro-A tesco ! Em vão o dono do bazar mostrou-lhe minhas ha-

o<^

Ainda assim aqui estou, sempre sorrindo á gente que Vpassa. Venderam o polichinello. O desavergonhado teve a au- «£

dacia de fazer-me uma careta •}•quando o levavam. Estou qua- ysi acreditando que as bonecas tam- •£

bem são infelizes. Ninguém quer vcomprar-me; meti vesti«5o já está Àdesbotado, meus sapatinhos amarro-4.tados. Outro dia, o dono da lojaÃagarrou-me ma! humorado e disse: *jr

Esta boneca tem azar. Está 9Se estragando e ninguém a compra. XVou mandal-a, no Natal, para o £Hospital das Creanças. Q

Para um hospital ? !! — Eü ? vQue triste sina", que ealix de amar- vgura- 5

No grande salão ha varias ca- .]-minhas de ferro laqueado. Numa Qdellas deitou-me a irmã de carida- *

de, que carregava muitos brinquedos.— Que grito de alegria deu a menina enferma, ao ver-

me ! Cobriu-me de beijos e caricias, estreitou-me de encon-íl tro ao peito... Que doce calor ! Alguém, por fim, me es-

\ tima e esse alguém é uma pobre menina, pallida, doente..." Mas, que importa 1 Meu coração descansa, tranquillo, meusolhos marejam-se de lagrimas (sim, porque as bonecas como ,eu também sabem chorar) e bemdigo a humilde sala do Âhospital, onde encontrei a felicidade, que é o amor e o con- Xsolo, a caricia e a dedicação de um peito amigo 1

Paisy•> rc>^>"-

2

HISTORIA COMPLICADA(MONÓLOGO)

Contaram-me, ha poucos dias,Uma historia complicada,Na qual inda estou pensando.Sem entender a embrulhada.tirn questões de parentesco,Confesso que não sou forte,Confundo tios com primosE com o marido a consorte.O caso é este: um sujeitoCasou-se com a tia... (delle,>,10 casamento foi esseQue não parecia aquelle...Mas essa tia já tinhaSido casada uma vezCom um tio do seu maridoQue, por signal, era Inglez,-10 do matrimônio houveraUns cinco filhos ou mais,Que do marido eram primou,Quero dizer: do rapaz.10, m ndo assim, do padrastoEram primos os enteados.

VI os laços do parentescoFicaram mais complicadosQuando nasceu um meninoQue era príminho dos manos,Filho e primo do papaeK da mae... quantos enganos!...lira filho o era sobrinho!...Cresce o menino e se casaCOM uma filha da avó torta!Que omplicaçáo em «vasa!Beu filho. — bisneto torto, —Cat-ou com uma concunliada.10 augmentou com o easamentA medonha trapalhada;Porque o avó quo era primo.Dos netos da sua esposa.Passou a sor... bisavó...

(Mmcndando-se) :!Oh! Perdão... E' outra cousa...

O APÓSTOLOO exilo sensacional obtido pela j

publicação do livro de Hall Caine S

Quero dizer que o. sobrinhoDa sogra da concunliada,Ficou madrasta da irmãNao! Nâo é Isto... Qual nada'.Confundi-me. A .historia é outra tA sobrinha «io marido10' que ficou sendo o sogro...

fc^DeuIT oSTEtoS- dizendov "O filbo pródigo", levou a emQue terrível confusão!...O sogro é que era a sobrinha...Quero dizer... sim... Perdão!Desculpem se nfto terminoNem desembrulho a embrulhada;Mas confessem que realmenteE' uma historia complicada!

«. WANDERLEY(Recife—X—1920)

O PEIXE DE VARASUm pae do muitos filhos querendo con-

Vencel-OS que era uma necessidade vive-rpm sempre unidos, chamou-os um1 dia,upresentando-lhes um feixe de varas.

— Vocês vão ipjebrar, juntos, este feixede varas. ,

Todos os filhos apossaram-se ao mesmotempo do feixe do varas e depois de variastentativas tiveram de confessar a inuti-lldade de seus esforços.

Desatou, então o pae o feixe e deu umavara a cada filho, ordenando que a que-brasse; o que todos fizeram com extraor-diluiria facilidade.—Com isto quiz provar-vos, meus filhos,que a união entre aquelles que possuemvínculos estreitos e communs é uma forçainvencível que transforma os seres débeis«'tu robustos e fortes, ao passo que a des-união debilita e destróe os mais fortes evalorosos.

preza editora de PARA TO-DOS... a publicar desde já, emvista de estar aquelle esplendidoromance em via de terminação,um outro do mesmo autor — OAPÓSTOLO. E' um novo gênero 2.do grande novellista inglez, que Xserá recebido com o mesmo agra- <£do. O APÓSTOLO começará a serpublicado proximamente no PA-HA TODOS...

* * yOs chinezes sentem particular venera-'

ção pelos autographos de seus antepassa- 'dos. Os templos estão completamente for-rados com os eseriptos de personagens ce-lebres. Este respeito conta aUi muitos se-culos de existência.

A palavra do calutrr.iia/lor é como o car- '

vão: quando não queima, suja.

O regalo de todas as creanças — ALMANACH D'0 TICO-TICO.

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4-O-I-O-IO* o TICO-TICO *I<>*<>*<>*K>*<>^<>X>*<>-X>*:-^y1*;: ;; _:::-»"• para instruir .?^xk —;; ;;

A origom (los animaes domésticosX Gostam voeis dos animaes domésticos ?õ Com car'6eza hão de iku responder affir-

inativamente e, sendo assim, -desejam co-nhecer a sua origem.

As numerosas raças de cães" que co-•J* nhecemos não procedem, como até agora

se julgava, dos lobos ou dos chacaes in-X rjigenas. O exame dos craneos das raças.j. quaternárias tem demonstrado a falta deò analogia entre uns c «litros animaes; osv seus caracteres são idênticos aos do ca-y nh pallipes, espécie de lobo indio.A .Segundo Trottessart. a distribuição geo-•T* graphica íd'essa espécie é extremamenteyrestricta: vive ro lndostão, porém nãoT sae de Bengala pelo oriente/ao passo que,3j. pelo oceidente, se encontra ro Sind, noA Katch, e provavelmente no Afghanistam¦í e no Behtchistan, regiões estas cuja fau-y i'-a não está ainda bem conhecida. Não liaaT exemplares delia na Indochina nem naX â!Mrss&, Birmânia,

e o menosfero/ de to-dos os lobos,o que cxpli-ca a s r adomesticação.

E'. elle.portanto, o avô dos cães domésticos

]£da Kuropa, da Ásia c da America (paraonde chinezes e japonezes o impor-taram): os povos do Norte cruzaram-o

-{• com o lobo, c d'essc cruzamento nasce-O ram o cão esquimal, o dinamarquez, o

Ulm dogtic c o lebreit. já conhecidos naidade de bronze e que ainda conservam

a os caracteres typicos da espécie.*!• Na África, o cão .não lem a mesma ori-ygem. Segundo Max I lilzheimer. Gaíl-

lard c I.ortet, os cães do antigo Egyptodescendem de diversas espécies de cha-

A cães, que actualmcnle se encontram no+ nordeste africano.

Por esse motivo os cães da rua, doA Cairo têm caracteres diversos dos dasX espécies curopcas.ò O galo doméstico nãoT alguns crêem, de galo sily vo, indígena, ani-À mal indomável,X que abunda emò certas florestas.T O aeu anlcccs-y sor é outro gatoX bravo, o felis4 oercata^ que viveò oi" quasi toda aT África c Syria, ey qüe duranle s

época quaternáriase espalhou por alguma-, regiões oociden-lacs dá líuropa.

Os carneiros procedem de uma raçalliibctana, tine se tem mojdificado com adomesticação; e o mesmo podemos diierdas cabra-, embora icslas conservem osseus caracteres ancestrais 'mais defini-dos, cousa que se pôde comprovar exa-minando as que habitam a As,ia Mc oi-,

o Caucaso e as ilhas do Archipelago hei-lenico.

(>s bois têm a sua origem no bos pri-miycnius. citado por Juüo César com onome de urvs e que vivia, ainda, no es-tado selvagem, em plena Idaés Média.Esses.bois primitivos viveram, também,na Ásia Menor e no norte da África;houve multas raças que se rfiffsrènçavampor evidentes caracteres externos, e so-bretudo pela fôrma dos cornos.

Cs cavallos procedem de uma das r.u-merosas espécies indígenas, cujas os-a-das se o.nhecem já no periedo quater-rario, -época em que os homens cotozça'-ram a domcstical-os, para se nutriremda sua carne e para os utilisarem comomeio de transporte.

Em algumas regiões continuaram a vi-ver; apezar d'isso, em estado selvagem;lal é o caso dos cavallos de Prjewalski,que ainda se encontram errantes no de-serto de Zungaria e que conservam incú-lumes os seus caracteares primitivos.-

O eocame dos desenhos gravados cmosso [iclos homens quaternários indttz

ítis palHpes a ncnsa'' clLlc. naqnella época, existiamraças diversas de cavallos: uns tinham oscaracteres dos normandos de boji;-, e ou-tros os dos cavallos árabes. Estes ulti-mos não são de origem africana, massim europea ou ástatícá!

A África -nos h-gou o burro; e a Ásia,um dos animaes mais úteis: o porco. tLz-rivação de um j a vali da índia.

lia. comtuflo, porcos qiie provêm doj a vali do Norte e do da Sardenha:(Pestes nasceu o porco sardo, muitodistineto do nosso, porque tem a crinacriçada e a cauda compridissima, e quevem a ser um animal mixto de javali ede parco.

epe-a jf.lga

Ias relações de•n u me ro s o sviajantes. o

procede, como¦ estre. gato bra-

OS LAGOS E OS CLIMAS

Um lag.» lerá alguma influencia no cli-ma? Juramos que ha leitores que nuncaouviram falar cm semelhante cousa. Nemnós. Só disso tivemos noticia lendo umarevista estrangeira.

Essa revista couta que um phyiico ítiís-so descobriu que os lagos têm uma po-derosa influencia no clima.

Esse phytico suisso diz que a quantida-de do calor accumulado no lagto Leman,durante um dos últimos atui os, foi eguaiao que diirtiii a combustão de 3' milhõesde tonelada* de carvã i, bu seja o carregamerato de um comboio de hulha de t8,oookijometros de extensto, quasi tio com-prido como o meridiano da Terra.

A maior parte deste calor é restituidoao ar do \ alio duranle a estação ífia, Oque stiavisa os outonos e os invernos.

PASSATEMPOSUMA PONTE DE FACAS

Para realizar este passatempo são pre-cisos três copos e três facas e se. collocainnobre urna mesa, na disposição represen-tada pela figura 1 .

Depois, convida-se qualquer pessoa pre-sente a construir uma ponte, de copo parucopo, por melo das facas, porém sem ap-

OOOOr><íO*0<íl5ÜOO<ií3WÇMCl<!<lO»C>i>

| MEMÓRIAS DEPEAtRLr WHITE§

li^íô- Papa Todos...!

9òI9ò?y*

!O9yO4-Oj,

íI!

pioximar mais os c:po.-i uns dos outros. YMuitos hão de fazer, euceessivamente, ten- Vtattvas frustradas, com gáudio dos espe- yctadores. Por tim quando estiverem fartos «r•de expi-riirii-iiiii.-. gem i conseguirem, o prp- Qponente d., passatempo reaUsa a grande •!¦«maravilha pela fôrma representada na fi- Agura 'i. É todos ficam considerando emeo- Xmo lhes nSo occcrrvu solução tão natural Xe ihs-íi. y

O PAPELIXRO MACIÇO õ. 4*Pegue-se numa mortalha de cigarro, dn- A

bre-se ao meio, e depois em quarto. Em Y.seguida, desdobré-sè. Ficam assim d Is Ávincos, em ângulos rectos, um com o ou- vtro. Tome-se nm alfinete, e se o espete inuma mesa : d. poV-, BtlStenha-sé a mortalha yde papi-] sobro a cabeça do alfinete, no pou- •(ío de cruzamento dos dois vincos. O

c-l

resto 6 pi d- a alguém quepapel so revolva

sem lhe tocar nem

IO

iAgora,

fuga com aue osobre <> alfinetoPl-.M-,

O segredo deste mysterio mágico consls-CJte em murmurar i1 palavra cabillntlcti •;¦rh, arathibti', c collocar ;< mflo muito i»'i- Ato do papel. O calor desta (se n&o estiver Xfria, bem entendido*) ¦'¦ bastante pura. don- a.tro em pouso, eip. Cansar alegremente go- Ybre a cabeça do ulfinete. Experimentem.

lCalculof-i enr}ososiHa manias tremendas. Uma dellas é a <^

mania estatistíca. O maaiiaco estatístico •:•calcula tudo., f^gora um desses maníacos yacata de calcular que cm Ioda a [ngla-Xterra, i.-io é. no Reino Unido, se fumam x73 milhoia leparle. Ks-e total espaut' so representa cer-ca de -i cigarro! diários para cada indivi-duo do sexo masculino.

São kk) toneladas de tabaco consumidasdas Ilhas liiitaunicas cm 24 horas.

reto e. 110 Kemo uniüo, se lumam j.lbõcs de cigarros todos os <!:as. Tra- Àsó de cigarros; os charutos são ;i •;•

4- Vocês («dos lérlo o primoroso ALMANACH D'0 TICO-TICO.

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Tatuagens e deformaçõesfacUes entre os sei-

vagens

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IÍ3 :^_BELLEZAS SELVAGENS p

a.ne usam os pelles ver-

mclhas para embellezar assuas creanças

65\

$

Não ba nada unais variável rjo que abelleza. O que é bello para o homem edil-cado, não o é para áquelles que não tive-retn educação. Uma creatura rude nuncaperderia tim 4111111110 em admirar a Gio-conda ro museu do Loiivre.

Os povos selvagens comprehendem abelleza lá a seu modo. E esse modo decomprehertdel-a é completamente diffe-rente do modo por que a vêem povos ei-

4 vilisados.^ Para «nitilos povos selvagens, ou me-yr lhor para. todos elles a belleza está nasy tatuagens e nas deformações. Isso para oX homem civitisárdo c considerado horroroso..j. Ha povos que levam a tatuagem a ver-Á dadeiro ex-cesso. Entre as populações in-4 cultas dei Japão e em certas tribus da Ma-y lasta, por exemplo, a tatuagem chega aA ser o exagero. Os indivíduos cobrem todoY o corpo com figuras artísticas e extra va-

0

fE quanto mais importante é elle, mais gam ás vezes a tocar os hombros. Ni

deformado é o seu rosto. Certos desenhos ilhas ele Ruk (Polynesia), não só as mu-do rosto não têm por fim embellezar o ia- lheres, mas os homens, tratam suas ore- 4-

lhas segundo o mesmo .processei esthetico. yAs rmulhetres da tribu dos Botocttdos Â

(America meridional) apresentam também 4desmedidfe alargamento dos lobutos das yorelhas, e tapam os furos com discos ele Tmetal, não pendurando, porém, correntes Vde ossins e contas, como os outros. A índia Xbotocuda apresenta outro curioso orna- £mento,- que faz parte, em certas tribus sei-

1) Tatuagem de botõ-n em nm ncgro (j0 vagens, da esthetica do r.isto. Trata--e deCongo Inferior. 2) Crua tatuagem artística, um disco ou batoque collocadei num furo

feito, -iva infância, 110 lábio inferior, t|iie '

rouco a pouco é augmentado, graças a ba- »toques cada vez maiores. Essa espécie elo AOrnamento também é usada em outras tr:- 4i;tis ele raça difíerente; mas essas, em vez ydo lábio inferior, furam o superior. As mu- Y

jfpjj^y

1) Negro do centro da África.rapariga ei» Malásia (ilha dos

retas).

:) Jovi 1)Anacho-

e de.-.f:-

dividr.o e s'm crear-lhe um aspecto ter-rivcl e tenebroso, que inspire pavor aoinimtgo.

As tribus, á proporção (|uc se vão civili-saiveio, vão abandonando as deformaçõesdo rosto e conservando apenas a tatua-gem. que para ellas eonstitue traços im-pressionantes de belleza.

Mesmo as tribus aekar.tadas usaram atatuagem facial. Basta citar os Incas doPeru. Quando os hespanhóes chegaram aoPeru já os nattiracs daqwelle paiz eramum povo adiantado, mas eram tatuadose tatuados no rosto.

Os brincos da mulher européia são ni-nharias comparados áos que usam certastribus primitivas. 0 tobulo da orelha das•mulheres das ilhas Caroliivas é perfuradode modo que contenha discos de osso c!ecinco e seis centímetros de diâmetro.

Nas ilhas dos Anachoretas, as mulheresapresentam um alongamento extraordína-rio dos lobtilos das orelhas: desde peque-nas, quando' lhes furam as orelhas, tra-zem pedaços dc osso de cerca dc trmcentímetro de diâmetro; depois esses dis-cos são pouco a pouco augmentados de ta-

lheros do Xgangia. as elos Maliel'.. (Alto

AnT^Wf"

.i^SÊÈs 9._R_%! I

4 gantes, symboios, desenhos, etc.,Q gtiram abroanien.te o rosto.T Mais tU'3o isso elles fazem por amor...

á Iwjllez-a.À Desde os powos signaes com que se4 contenta um povo hyperboreal da Ásia,ò o Tongtnes, a sua giadação sobe á la-

tttagem de loiõcs de certas raças d»y Congo, ás deformações physionomicas dosX Negros da África central e, ainda m~h ao)r. sul, aos complicados arabescos dos Neo-<^ Xciattdezes e dos últimos Mauris da Tas-•í- mania. E' certo que a tatuagem facial dosy indigentes da Tasmania e da Nova Zelan-X dia ele qualquer 'maneira revela algum seu-y so artístico. Mas a primeira impressão é;A absolutamente desagradável. A tatuagem4 daquelles selvagens obedece a regras mui-y to rigorosas. Quanto mais alto socialmeu- manbo. ao passe) que se prendem pesos

te é o indivíduo, mais complexas e minu- ao bordo inferior deis lobulos, com o fimciosas >ão :<- 1'ríhas da sua tatuagem. ele alongal-os. Assim taes ornatos che-

y*l49.6

1) Tatuagem aeometrtea (África), 2) Ke-gro da África Central.

1 1 Muliier do alto Nilo com o batoque nobeiço. ¦!) Uma intua botocuda da America'

1I0 Sul.

Nilo), etc., não sahem elas suas choupanassem o petele 110 lábio, e só deixam deusal-o quando estão de luto.

Quasi todas as tribus furam os lábiosc o nariz, introduzindo ora batuques, ora 'contas e comes.

Entre os pelles vermelhas a cous.a é 4peor. A belleza exige-lhes sacrifícios me- ôdonh.os. Um delles : a creança pellc ver- amelha é collocada sobre lima taboinha : a Y.sua cabeça fraca e maleavel c submettída Aá pressão de uma faixa; também o ocei- 4put, que se ap ia na taboa, toma um des- yenvolvimento irregular. Quando o osso Ycraneano adquire solidez, tira-se a creança Ydessa horrível posição. A

Ahi a creança é bell-a. Tem o occipnt Ychato e a testa fugiu para traz. E, quan- Vto mais deformada ella está, mais bella c Aconsiderada pela sua gente.

A belleza faz cada uma ! ?

05 QAT05Quem nâo tem cachorro caça com gato,

diz o brocard».E póde-se caçar com gato ? Parece ejue

sim. Está hoje' verificado que os egypciosse seriam, cfj.s gatos para a caça e para apesca.

A respeito do gato entre os egypcios liamuita cousa <a dizer. Os egypcios são oprimeiro (t>vo onde se i contrata noticiasdo gato. A figura do gato é encontradonos tnomimentos mais antifpos do antigoligypto.

O gato era tim animal sagrado e vene-rad»> depois de morto. Herodoto conta

que todo o cgypciu tinha grande ancie-dade de salvar um gato de um incêndio.

N,i Bíblia não ha referencia alguma so-lire o gato. Os romanos conheceram ogalj c delle se aproveitaram para a eles-truição dos ratos. Os gregos, ao que. pa-rece, não tiveram o caprichoso animalnas suas cavas. Para matar os ratos ser-viam-se da marta branca.

Estrellas pouco luminosas1 'as estreitas visíveis qual a menos lu-

niinosa ? Uma que ti astrônomo amenca-no Ienes descobriu muito próximo da ce-lebre estreita Alpha, do Centauro.

Essa estrclla é vinte mil vezes menosbrilhante do epie esta. Ora como a Alpmelo Centauro é considerada como tendo o 'mesmo brilho que o «isso Sol, dahi re- Ysulta que a estrella menos luminosa da Jf.abobada celeste é vinte mil ve/.es menos 1brilhante do que o astro solar. E' tuna'cstreilla avermelhada, o que implica a idea '

de se encontrar em via de arrefecimento ,e que está quasi chegada ao limite de tem- •peratura em que um astro deixa de bri-'lhar por si mesmo tal qual coma o nosso \Sol, o qual, segundo os cálculos do astro-•r.omo Vesonnet, pouco mais poderá viver 1do que um milhão dc annos.

\s civèiiHas no \ratal querem ícr o ALMANACH D'0 TICO-TICO.'•O^OfCWOJ-O-l-OIOvO-l-O-^vO-l-O-l-O-lO-l-O-í-O

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-p OvOl-Ov O _ I C. O - T I C O -K********"**"******^^

I COMO SE FAZ UM NAVIO DE PAPEL

Querem os meninos um lindo diverti-mento ?

Eil-o :

__ invenção ® instrumento deno-minado piano teve

os seus predecesso-piano

I1

v\s

\4\

res, no monocordio,no cia vi cor «lio, no

lympanov, no cymhalo, na espineto, nocravo, etc. : e deveu a sua origem á idé;

Muram-se de foihas de papel brancoe lápis pretos (Se forem azues e encar-nados mais bonito ficará o trabalho).

figura i. Risca-se no pedaço dc papel umalinha ponteada ;m diagonal c dobra-sejustamente no logar da linha c tem-se as-sim a figura _.

Dobra-se a figura 2 ro logar das li- dc reunir, em um só instrumento, as vauuhas ponteadas <{iic nella se vêem c se tagens do tympanon c do clavicordio comobtem a figura 3. E como o papel agora 0 fim dc obter a gradação mo som, evi-

tando a resonancla da percussão, poruma acção apagadora.

O primeiro, que levou á pratica essaidéa foi Baldomcro Christofali, naturalde Parma, datando de 1711 uma Mcmo-ria, onde Christofali descreve o piano-forte.

Alguma cousa análoga fez, em 1721,José Gottlob Schroter, que apresentou

é duplo, abaixa-se um lado para a fronte <)iü's "wdclos parecidos, na còrtc de Drcs-c outro lado para baixo, até obter o cha- ú.cn'> suppomlo-se por certas imperfeições

_2_-<f)1 J

péo armado da gravura 11. 4.Abre-se o chapéo e si se o dobrar na

linha ponteada que está 11a figura 4 tem-

do mecanismo, que Gottlob não conhe-cia o invento dc Christofali.

Até i8_o, o piano recebeu iniíumerasse a figura 5. Toma-sc então entre o "inovações o seu mecanismo, sendo,

sem duvida, a mais importante a chamadarepetição, que se deve a Sebastião Elvrhardt.

Dc ha quarenta annos para cá adquiriutal perfeição já o seu mecanismo, quenão admittc senão innovações de ordemmuito secundaria.

Vamos fazer um ¦ navio. Toma-se umpedaço de papel quadrado de 18 a 28 cen-timetros de caria lado, tal qual se vê na

poiegar c o i-ndex de cada mão os angu-los que ca fig. 5 estão indicados por pc- íSfra-}-}t*iMS<>OWquenas ílexas e abre-se no sentido das g MR^jORTAS DF

0

_. - - . - -y

X /

Tem-se assim o barco du figura 6.E ahi está o navio prompto, apto para

viajar num lago ou num tanque.

\.*-f"*V ..' '¦'.;¦ „,,—_*_» . ,f í—r */¦- - '

_, __ \?iá:¦'+:+'' Jf- -V-V-' ¦¦¦ ¦ y ¦¦ ¦ ,,-- i..,__-''-r ; 11 iii_rr*^^ ^**—* —~_ x^^_itE^»^Qijj ¦ i_T .

0 MAIOR RELÓGIO DO MUNDOOs leitores nao precisam que se lhes

diga une o relógio maior do inundo existoem Nina York. Esta Installado no trigo-¦Imo andar da torra «íue adorna o "raspa-oéos" de uma companhia de seguros: a" Mel ropol i tana**.

Os números indicativos das horas me-dem. de comprimento, 1 metro e 22 cen-timetros, 8 os pontos «íue marcam os ml-Butos tir-in o diâmetro de 26 centímetros.Os ponteiros (com os seus correspondeu-tes contrapesos) são de 3 metros e 'JG een-timetros, e pesam, cada um, 317 kllos;isto no «jue se refere aos horários, por-«liiu o dos minutos mede 0 metros o 18, opesa (¦''3 uiios.

Kstj ponteiros funecionam electrloa-mente, por meio de um mecanismo Instai-lado no gabinete da direcção, e acclonaIgualmente os cem relógios distribuídospelo estabelecimento.

O próprio mecanismo p6e em funcç&oos timbres que batem ai horas, as meiashoras e os Quartos; para luso utllisamquatro enor a nino», collocados algunsandares mas acima <io mostrador, e porbaixo «ia ultima sacada do "quinquagesl-¦no andar", que a 2«hi metros «li- alturasobre 1 111 1 "rferece um maravilhoso poft-to do vlHla.

o» quatro sinos pesam 8.12B i«g o do"k!" bemol; 1.3C0 kg. o do "mi'' bemol;!in7 o do "fa", '¦ «'.no o do "sol".

IOhIíId iilojinlos entre as marmóreas co-lumnks «in campanário a repetem a can-ça<> «in relógio da musica de Westmlnster,a qunl 6 11 nu um «!«• do Ciiml.rigde, com-posta, segundo so diz, por llaendul.

E a 200 metros de altura, BÔam assim,de quarto' em quarto de hora, as notasplungentcs «In unia saudosa canção, queos Inglezes não podem ouvir sem um cer-to calafrio.

PEflfil. WHTTEg

íris™ Papa Todos... I<W*3ftO**i*5Ô<i«*«a<it»W

;

Como a terra se moveVocês ja sabem, nos mesmos temos

dito e o professor na escola o ensinou, quea ' Terra tem dois movimentos prlnçlpaes:um de rotação, que ella executa sobre umpróprio eixo e em virtude do qual ha osdias e as noites, e outro de traslação, aoredor do Rol executado em 36Ü dias e seishoras, Isto «? uni anno.

Vamos imitar, para que Vocês bem osConheçam, esses dois movimentos, comnula easea de ovo e úm prato raso.i> bordo exterior do prato ierft a eelip-ti"t. pois assim se chama o caminho quedescreve a Terra, representada na nossa

A PEDRAUm pobre foi pedir esmola cm casa de

.um rico. Este não lhe deu nada.Saia d'aqui ! dise-lhe.

Alas o pobre não se moveu.Entào o rico enfadou-sc e, pegando

nmíia pedra atiro'ti-lh'a.O pobre apanhou a pedra, apertou-a dc

encontro ao peito c disse :Vou guardal-a alé quando, por mi-

nha vez, te possa atiílar com ella.I', passou-se.O rico cominiettcti uma má acção, e,

despojado dc tudo quanto tinha, foi con-duzido ao cárcere. /

Votido-o neste estado, o pobre acercou-se delle puxou «Ia pedra, que sempre trou-xcra comsigo, jtmlo ao peito, e fez o gcitodc atirar-lh'a; ircas refletindo, deixou acahir DO Chio, c disse :

Foi inútil conservar durante 'tanto

tempo esta pedra. Quando cite era ricopoderoso, eu tcinia-o; agora compadeço-me delle. Uon Toi.styj»

experiência pela casca de ovo. O Sol de-¦enhemol-o no fundo «Jo prato com a própriagemma «lo ovo ; assim como seus ralos se-nio amarellos «íue <"i a côr de ouro.

Molhando um pouco o bordo «lo prato, aeohesão da água impedira que a oasea comqualquer movimento produzido caiu.

Colloquemoe, pois, a casca como infigura e Inclinando um pouco o prato im-primamos um pequena movimento com a.nulo e nessa OCcasl-0 veremos qui .1 .ms-ca do ovo começa a girar sobre si mesao mesmo (empo que escorrega ao lodo bordo do prato.

Vae sahir em Dezembro o ALMANACH D'0 TICO-TICO.•<>ioio*o*<>rO*o*o+o-*-o+^^

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*o*ovOvo*o*o*o-.-o*o-:o*o*o* o*o*o-k>*o* 0*0*0*0*0*0*0*0* o TICO-TICO *o*o*

Fóde-se atravessar o oceano em trem de ferro ? A invenção do engenheiroEugênio Fuller —- Da America á

Europa em onze heras

A imag:nação humana não tem limites.Quem affirmou isso? Não sabemos. Mas,c-omo é uma verdade, devemos attribuil-aa toda gente. A imaginação do homemnão encontra peias nem barreiras. As bar-reiras e peias apparecem no momento darcalisação.

Quantos homens já não imaginarammeios de ir á lua? Milhares. Nenhumconseguiu chegar ao bello astro que nos

oceano Atlântico. Será possivel? Diz elleque sim. O inventor já até calculou aclespeza que fará a construcção de tal viaférrea marítima: Quinhentos milhões dedollars.

Segundo o projecto do engenheiro Fui-ler a estrada de ferro sobre o Atlânticoserá semelhante a uma estrada de ferroaérea, pousada sobre gigantescos pon.tõessustentados* por immensos ca;xõcs no mar

Como seria a estrade de ferro do engenheiro Pulíer, se se realizasse.

illumina á noite. Surgem as difficulda-des, surgem os impossíveis. F.sse3 im-possíveis é que são as peias e as barreras.

Será possivel atravessar o Atlântico emestrada de ferro? Pelo metaos a imagi-nação de um homem affirma que sim.Esse homem é o engenhe:ro Eugênio Fui-ler.Eugênio Fuller imaginou enviar wa-gons de New York a Londres, sobre o

até a profundidade de cerca de 13 a 12metros, que é quainto mergulha um cau-raçado completamente armado.

Os wagons serão suspensos, mas toca-rão na água para diminuir o peso. Os pon-toes levarão as torres e estas ultimas asarmações de cordas e os postes de trans-missão. Os caixões e os po>at3es serãofechados por poderosas cordas de aço,amarradas aj fundo do mar, tuja pro-

fundidade, nos pontos que escolherem,será de 3 a 5 milhas. Os pontões serãodispostos sobre três liinhas — e os trensserão movidos a electncidade.

Segundo o engenheiro affirma, a dTs-tancia de 1650 milhas, que vae do caboRace, na Terra Nova, ao cabo Clear, naIrland'3, poderá ser vencido em onze ho-ras, com uma velocidade de 150 milhas porhora. Onze horas da America do Norteá Europa! E' andar! Póde-se fazer cir-cular doze trens diários, seis de ida e seisde \rOlta. Cada trem terá três carros, mas ,carros confortáveis, com sala de restau-rante, cabine de leitura, fumoir, gabine-tes particulares, apparelhos de radiogram-nus, pequenos canhões para signaes e de-fesa, observatório astronômico, etc, etc.Cada carro poderá canter cerca de oiten-ta passageiros e até o preço da passagemo engenheiro Fuller já calculou: — 25dMars ida e 40 dollars pela viagem de idae volta.

Conseguirá realisar-se o plano de Fui-ler? Não se sabe. O autor é o primeiroa reconhecer as enormes difficuldades pra-ticas para a realisação de sua descoberta,principalmente as tempestades e os gelosque fluetuam 'nas ondaò pelo inverno.Procura, porém, convencer o traindo queessas dificuldades podem ser vencida»*,pela grande hab'lidade mecânica e pela ri-gorosa vigilância. As tempestades pó-dem ser superadas pela immensa ve-locidade do trem que, ao vel-as estalar,poderá correr para as estações de salva-mento.

O que é cert> é que até hoje o enge-neiro Fuller não conseguiiu capitães para,a realisiação do seu invento. Os capitalis-tas americanos se têm mostrado receiosos.

Não podendo realisar a linha trans-atlântica, Fuller insiste pela construcçãode uma primeira linha directa entre os ,grandes lagos dos Estados Unidos. Essa.primeira lnha servirá de experiência.

Até hoje nem isso conseguiu.E' possível, porém, que amanhã tudo

isso se realise. Será realmente um obra,gigantesca.

O IMANNos templos pa_{Soi. Ealsiiuas

qrwe f uc£ua.m no espaço

O imiáii é conhecido desde os temposmais aintigos. Já na Geographia de Ptolo-meu sc fala no iman. Conta-se que os na-vios que se dirigiam ás ilhas Manéolaseram retidos por uma força mysteriosa, seem vez de pregos de madeira tinham sidonos barcos empregados pregos de ferro.Ptolomeu qt:asi que affirma q.ue a forçamysteriosa que prendia os navios eram asgrandes montanhas de iman situadas nasilhas.

Encontramos a noticia do iman emmuitos dos livros antigos. Plitvo fala deduas montanhas próximas do Indo. Umaattrahia o ferro e outra o repellia. Na queattrahia o ferro .ninguém poderia andarse levasse calçados guaniiecidos de pre-Kos, isto porque os sapatos ficavam sc-guros ao solo.

E' o mesmo Plinio. que nos cc-ftta umplar.o do antiquissimo architecto Dino-chares. Dinochares traçou para a rainhaArrinoe o plano de um templo cuja abo-bada devia ser de iman, afim de que aestatua de ferro dessa rainha ficasse sus-pensa no ar.

A estatua de Serapio vivia suspensa notemplo de Alexandria. Suspensas 110 arforam as estatuas do Sol, em Babylonia,os bezerrfjs sagrados de Jereboão, etc.Tudo isso por effeito do iman. O ppvoé que pensava que fosse milagre.

Cassiodbro conta de um Cupido de fer-ro suspenso sem nenhuma prisão appa-rente em um templo de Diana. Em Hie-ropolis na Syria, no templo de Juno liou-ve uma estatua de Apollo que andava li-vremente no espaço. Tudo por effeito doiman.

Santo Agostinho considerava o imanuma das maiores maravilhas do mundi.E o grande santo do catholicismo tempalavras de indignação contra os sacer-

e\ tes christãos que se serviram do iman >para fazer fluetuar as estatuas sagradas,ciando assim ao povo a impressão de mi-lagres.

As nossas pernas são tortas?Chegue-se qualquer dos nossos leitores

a um homem ou a uma mulher e pergun-te: — As suas pernas são direitas?

Passará por um grosseirão.Mas a gran-i!e verdade é que se tem direito a pergun-tar. Todo o homem e toda a mulher, osque iui> são netii se consideram aleijados,julgam que têm as pernas perfeitamente.talhadas. I.' um engano, um colossal en-gano. Todos nós temos as pernas tortas.As pernas masculinas têm tendência para

'formar 11111 O, as pernas femininas cos-tomam i> nnar um X.

Já htuve um medico que se deu á pa-chorra de fazer unia estatística nesse sen-ti 1 i o verificou que de cem pessoas ape-nas (|u:ii;:e têm as pernas perfeitamentedireitas.

Grandiosas paginas de armar no ÂLMANACH D'0 TICO-TICO.<^*0>*O-I-O*O*O*O*0-:*0*0*0-»*O*O* 0*0*0*01*0*^

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J.0+0--0 + o TICO-TICO -!<>--o^k>k>-k>-K>-.04<>^

FOI O SEGUINTE O RESULTADO >FINAL DO CONCURSO 3A _"# _ Jtl a rs». * X_2T?

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OS r_°SS^5 CI^BíMilSoô

Resultado do Concurso n. 1641s.»lii»i,iniM_H: — .Jorge M. Porto, Moa-

cr M. Porto, João Miranda, André Pau-Uno Ribeiro, Zulmira de Alencar, Geor-glna de Andrade, Democrito Manoel daCoucelcSo Dias, Rosa Aulicino Gomes,José Antônio Tortella, José Buchellerdos Santos, Sylvia Dias da Costa, Au-gusto dos Reis Santa Rosa, LucllioLeite, Octavio Saraiva de Mello, Sebas-tiâo de Souza, Glselia S. Ferro. Florade Azevedo e Mello, José Brasil Portodos Santos, Elvira Matheus, Ignacio Ra-mos, Hélio de Oliveira Santos, IracemaFonseca, Walfrirto Werkhaizer, I_auraFlllzola, Cecy Rezende, Francisco B.Monsarro, Felippe de Barros Junieir, Mi-guel Vidal, Hugo João Lamb, IzaltinaCésar, Romarina L. Corrêa, Ernesto LuizGreve, Maria de Lourdes Vieira Lima,Maria Luiza T. Valle, Albino Silva, Jor-ge Lassance, João Guimarães, Jorge Ri-beiro Macedo, Esther da Motta, MabelMonteiro de Carvalho, NelBon Cruz,Anesla A. ele Mello, Ednar Barbosa,Durval Vianna Ferrai., Maria José Mar-quês, Hercules de Vasconcellos. JoelBarros Moraes, Darcy Peixoto Martins,Y_tldyr de Souza Ferreira, Alice Ca-mello da Silva, Humberto Tavares, Gal-

ba de Almeida Mattos, Sabino de AI-meida, Alberto Godlnho Ferreira, Amau-ry Guimarães, Odette Squéf, Efza Ma-chado Couto, Diogo F. Garcez SantaCruz, Orl i 1 a ela Silva. Ruy F. Osório,Zilda Azevedo, Odilon Saraiva AlairAlbuquerque Antunes), Elaine Duarte,Antonietta Clement, Nelson de SouzaCarvalho, Rosita de B. de Barros, JoãoBaptista Ramos, Maria Helena ViannaLima, Benedicto ela Silva Serra, Luiz O.Magalhães, Henrique E. Greve, Fernan-do ele Almeida, Elisa Villaça, Ruth Ma-ria da Silva, Benedicto Motta ele Aguiar,Kurt Lauretzen, Lais M. de Azevedo,Francisco Marques de Souza, Maria Lu-cy Hollanda, Edy Mercer Guimarães, El-vira Marques Oliveira, Raymundo Ro-elrigues, <_larisse Carvalho de Azevedo,Ayrine G. Accioly Lobato, Nilton Valle-gaa da Silva, Carmen De Rossi, MarinoFrancisco de Carvalho, Eliza BonilhaRodrigues, Amélia Fernandes, MoacyrPeixoto, Palmyra Fernandes, João Jo-sé Ferreira Vianna, Waldyr de SouzaFerreira,. Francisco de Asais Qarne.ro,João Freire Ribeiro, Flora MagalhãesCarvalho de Oliveira, Valdemar Gonçal-ves, Clementino de Barros Wanderley,Adyr Ribas, Adherbal de Carvalho Ju-nior, Flora Deolinda Mendes de Hollan-da, Dario Galvâo Queiroz, Antônio Ne-ves Ayres, Milton Brederodes de Men-tlonça Vasconcellos, José Augusto daSilva, Nestor Antunes Coelho, Maria Lu-cas César, Alice Maria de Oliveira Roxo,Nlton dos Santos Vallegas, Oswaldo Por-to, Consuelo da Silva Mesquita, AntônioJayme Frões da Cruz, Nelson Ballariny,

l premio :ROSA ANLICINO GOMES

de 7 annos de idade, residente á rua BrazCubas n. 148, em Santo... Estado de SãoPaulo.

2o premio:BENEDICTO MOTTA DE AGUIAR

elia 8 annos de idade e morador á Ladeirade S. José de Baixo n. 5, na Bahia.

RESULTADO DO CONCURSO N. 1.548H( n{tosta* cer__.*¦

1* — Converter2" — Papo-I _ipa3« — Machado4a — Marmeilo-Mello5* Peru'.

s„!u,-t,,nlsi_s : — Edgard de OliveiraCampos, Jorge M. Porto. Moacyr M.Porto, Edgard Lamego dos Santos, Au-rora Lincoln Gustavo. Luiz Lins deV. Netto, Maria Trindade, Stella Olivei-ra, Don.etilia Odette do LivramentoFerreira, Maria da Gloria Silva, AnnitaBendia, Maria do Carmo Dias Leal, Ma-rio de Magalhães Padllha, Eduardo Cor-rêa da Silva Junior. José Romera, Al-bino de Lima Juracy Carneiro, RosetteCunha, Alberto C. ('amargo, Maria R.da Fonseca, Maria Thereza, Isabel Ri-beiro, Orestes Fr.an_.lln Xavier de Bri-tq, Celeste Gomes Morin, Hermlnlo dc S.Mattos, Joaquim Bezerra Ayres Wan-elerley, Jenny dc Araújo Silva, IracemaMonfAlverne, Durval Pinto dos Santos,Carmen Lassance, Jorge Lassance, Al-mir Marinho Albuquerque, Julla de Cam-pos Machado, Haydée de Queiroz, OlgaAbreu Oliveira, Ignacio de Souza Nar-

GRANDE EXPOSIÇÃO DE VERÃOabrange, em condições ciepreços vantcijosissimos, um I

::Immensosortíri.enfo de::

ARC1ÍQÜ5 PARA CRIAttÇAS 1vi5.te.j__ o

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i Para as festas de Anno Bom — ALMANACH D'0 TICO-TICO.

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*0*0*0*0*Ov<>rO*0*0-X>*0*<>*<>*^ O TICO-TICO •>o-i-0*0-í'

dy, Renato Cerchê Piccinini, Maria Mar-tinez, Waldyr de S. Sérgio Ferreira. Hay-dêe Almeida Barata, Muro Waddington,Achilles Greco José Carlos Martins, lidaRamos Haia, Maria da Conceição RosaPinto, Fritz Aüevedo Manso, AffonsoMartins, Cybele Pinto, llka Santos Bar-roso, Iracema Pereira Ivo Glil, Heitor deCarvalho, Manoel Dioria Pinheiro Gui-niarães, Adhemar J. Pires. José de Sou-za Machado, Francisco de Almeida, Ce-cilia Dias da Costa, Jorge Marques daSilva. José Augusto de Mello, Maria An-gelica de Almeida Barbosa, Amaro An-drade de Magalhães Gomes, Ruy T.Osório. Elza de Oliveira Santos, ElzaAraújo. Flavio Rodrigues Siqueira. Cy-belle Pinto, Jorge Amaral Waldemar Pa-

T lente, Yolanda Mattos, Anna Esther de¦ 0 Oliveira Lopes, Milburges Ribeiro Nu-T nes. Christiano França, Nidhaz Couti-0 nho, Jenny França e Leite, Oswaldo+ Ferreira Porto, Sylvio Menezes Almeida,(S J. O. Brandão, Dulce Corrêa Chagas,.1. Carlos Silva, Maria Apparecida Neiva,A Rubem França, Crystalina Julia, Sola-

nés, Anna Esther de Oliveira Lopes. Ju-X si] Carlberg de Plácido e Silva, Carme-

linda de Jesus, Octacilio de AvellarT Drummond, Termutes Soares. AlbertoQ Armando. Irene Amorim, Geraldo Gual-4" berto Alvim, Nelson Lopes Gonçalves,Q Ierecê de Moraes Lagden, Hugo João.;. Lamb, Carlos Iragão, José Alves de La-A ra, Odila da Silva, Galba de Almeida

Mattos, Hilda de Abreu, Emma AuroraX Calejo. Augusto Tover Goulart, Marinov Francisco de Carvalho, Irene Vidal de? Barros. Thomaz da Silva, Mau.ro Wad-O dington Olga Abreu de Oliveira, Gilson'h Lima Bezerra, Zelia de Barros, EldaA Woelbert, Henrique Bonilha Rodrigues,j. Judith Lobo Braga, Maria José de AbreuA e Lima. Nelson Balariny, Fag Conceição,

Nair Bergler da Motta, Brenno Oliveira,Cidalia dos Santos, Diva de Albuquer-que, Aldo Schsaunn, Nelson Duarte Sil-va, Luiz Duarte Silva, Beatrizinha Fa-1-cão, Ulysses Santos Jansen de Faria, Tha-les de Faria Mello de Carvalho, TiopiliA. Taraj, Walter de Souza Ramos. Mil-burges Ribeiro Nunes, Carlos M. da Sil-

<S va, Maria Astonia Campos, Mario de M°-X raes Simões, Djalma do Nascimento, Gio-A nira Leite Dias, Luzia de Carvalho Cas-

tio, Manoel Corrca de Albuquerque, JoséA D. Castilho. Celeste Lima, Eutalia Ri-

beiro. Álvaro Lara, Altamir Coelho, Ce-í lia Leães, Albino Silva, Hernani Vieirav Lima, Carlos M. da Silva, Lourdes Wer-•jj" neck. Maria Angelina de Almeida Bar-O bosa, Clotilde Pacheco de Magalhães.

§ FOI PREMIADO O CONCURRENTE :

l2O$vl

TIOPILI A. FARAJde li annos ide idade e morador ádas Laranjeiras n. 120, nesta capital.

CONCURSO N. 1.558PARA OS LEITORES D'ESTA CAPITAL E

ESTADOS PRÓXIMO»

?.«—Respondei, leitor gentilA' pergunta muito boa:— O que é grande no BrasilE é pequeno em Lisboa ?

Octavio Saraiva de Mello3» — Qual a fruta cujo nome é formado

por um tempo de verbo e a parte do cor-po humano?

(2 syllabas)José Pinto Duarte Almeida Cardoso

4"—Qual a mulher que se lhe tirarem asegunda letra evapora-se?

(2 syllabas)Olavo de Castro

5"—Sou mulher, mas se me trocarem apenúltima letra fico vermelha.

(2 syllabas)Olavo de Castro

Perguntas :1» — Qual

tr:m ?(2 syllabas)

o sobrenome que todas aves

Rosaria de Oliveira

Eis organisado o novo e fácil concur- Vso <fe perguntas, que não offerecerão dif- Oficuldades aos nossos leitores. As soluções 4",1evem ser enviadas a esta redacçâo, acom- òpanhadas da declaração de idade e re.-d- .;.dencia, assignatura do próprio punho e do Ávale que vae publicado a seguir e tem o Xnumero 1.556. À

este concurso, que será encerrado yNovembro, daremos como Ypor sorteio, uma maravilhosa sur- y

Parano dia 2premio,presa.

ium PARA-«. O ÇO/NÇUI750â

1556CONCURSO N. 1.657

LEITORES DESTA CAPITAL E D0B ESTADOSPARA OS

_____»_———— ^-L"~À~~~1~ '.iv>-|,.A~''l '<l

¦— - —- - —— '*

O nosso concurso de hoje vae attrahir, pela syllaba que vocês escreverem e pelosem duvida, o interesse de todos vocês, por- desenho da columna central,, será tambémque é dos mais fáceis. Para resolvel-o, têm graphada na 3» columna, adiante dos dese-vocês de escrever em cada rectangulo da1" columna vertical uma certa syllab.i que.com o nome de cada objecto desenhado for-me uma palavra. Esta palavra, formada

nhos. Vamos ver quem acerta.As soluções devem ser enviadas a esta re-

dacção, acompanhadas das declarações deidade e residência, assignatura do próprio

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ttem. Inteiramente grátis, a quem os so-pedidos de calçados podem vir junto come dirigidos á firma JÚLIO DE SOUZA, sue-

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.i.OvOvO* 0 TICO-TICO ^<>*<>2<>*<>-!<K<>*<>!<>-K>*<^<>%^

punho do concurrente e ainda o vale quevae publicado a seguir e que tem o n. 1.557.

Para este concurso, que será encerradono dia 13 de Dezembro, distribuiremos porsorte dois lindos prêmios.

AVISOPedimos r,os caros solueionlstas, pnrn

facilitar o nosso trabalho de «elecção decrrespondencin, escrever sempre porfora do enveloppe onde enviarem suaissoluções n palavra COXGXKSOS.-

MÊSS**à<y \^_//íí' /fâ/ü%o IS53

a o ¦v0 "O TICO-TICO" OFFF.RKCSl AOS SKirS

I.13ITORES ENTRADAS DE CINEMA

Os nossos innumeros leitores da zonasuburbana desta capital estão de para-bens. Por uma feliz combinação com oSr. Manoel Coelho Brandão, o esforçadoproprietário do "Cine Meyer" — primo-roso e confortável cinematographo daAvenida Amaro Cavalcanti n. 25, na es-taçâo do Meyer — esia redacção publicaabaixo um coupon que dará entrada auma creiança até 8 annos, na elefante"matinée" de domingo próximo 7 deNovembro. Na "matinée", que terá inicioás 14 horas e terminará ás 17 1|2, serãoexhibldas peças de enredo infantil e dainteressantes fitas nunca vistas nestacapital.

Eis o "coupon":

CINK MEYER 3eiiidu Amaro Cavalcanti 25-Meyer ?

S Ente "coupon" dá dlrc-lto n? dn de uma erennçn, nté 8 nnnt>*>

iMi,*im'e dc dominteo,

ntrn- ¦,>*, na J14 dr Novembro. N

No intuito de proporcionar aos seusleitores attractivos e momentos de ale-una, "O Tico-Tico", accedendo ao gentiloffcrcclmento do Sr. Manoel Gomes daCosta, proprietário do "Cinema Bou'.e-vard" nesta capital, torna hoje a publl-car um "coupon", que dará entrada anina creança atô 10 annos, nas sessOâflde hoje ou de depois de amanhã, sexta,feira, do "Cinema Doulevard".

O "Cinema Boulevard" exhibe hoje edepois de amanha esplendidos "filins".

Eis o "coupon":

\ ClNaMA BOULEVARDS ItOI l.EVAUD 2S DE SETEMBRO 103', Este "coupon" dii direito a entrndi*í dc um.i crcnncii «té II) ivino*. nn»j Kcnsõca de boje ou de deuoia de

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se deterá emquanto não chegar á bordado tanque.

Explicação: A gotta de azeite tende aespalhar-se pela superfície da água e não 'pôde fazel-o senão pelo canal A B. Por'um e-f feito |de j-eacção, o peixe se move, '

como um canhão retrocede quando o fa-zem disparar.

Os magros que queiram es-tar gordos podem ganharõ kilos ou mais de carnes

Constantemente ouvimos as pessoasmagras dizerem ! "Daria qualquer cousapara engordar e ganhar alguns kilos decarnes". E' um desejo facilimo de reali-zar, ainda que a muitos pareça talvcctriorivel. As pessoas magras são simples-mente victimas de nutrição defeituosa, oc-casionada pela falta de assimilação dosalimentos.

Em outras palavras, as partes ba-nhóRas" dos alimentos levados para o es-tomaíjo não ficam absorvidas e assimila-cla.i pelo sangue, como no caso das persoascorpulentas; ao contrario, essas substan-cias ficam nos intestinos e são finalmen-te expellidas do corpo em forma de des-perdidos. Para remediar este estado decousas, com o fim de obter gordura, tor-na-se imprescindível prestar ajuda artl-ficial aos órgãos de digestão e assimila-ção. Graças a ura especifico de invençãorecente, denominado COMPOSTO RIBOTT(phosphato ferruginoso-organico). pôde-de tamanho um pouco maior do que o se prestar essa ajuda numa fôrma simples,

que está representado na gravura junto, econômica e efficaz. O COMPOSTO RI-No centro façam uma abertura circular A POTT (phosphato ferruginoso-organico)

e um corte em fôrma de car.al A B dei- é uma combinação sclentlfica composta dexando a cauda partida em dois. Deitem, 8ete ingredientes dos melhores de quedepois, o peixe na agia, não o submer- dÍBp5e a Profíssa° mecl'ca Para Produzir.'. ' ' ii .. . , carnes e forças. Tomando-o com cada re-

gind-o, mas collocanclo-o a superfície, de feição, mistura-se com os alimentos no es-tomago e transir* -,am-se os elementos sae-

papel cnuroNO artigo que mais se presta.

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0 PEIXE NADADORRecortem em qualquer papel um peixe

charinos e fecu ojos que elles contêmem rica nutrição para o sangue e os teci-dos do corpo, com resultados Immediatose satisfatórios. Succede com freqüênciaque uma pessoa que se submette a uríitratamento do COMPOSTO RIBOTT (phos-phato ferruginoso-organico). augmentade 5 a 7 1|2 kilos de peso num sô mez. Asua acção é inteiramente natural e ab-solutamente inoffensiva; está recommen-dado por médicos e pharmaceutieos.

AVISO IMPORTANTE — Coir.quanto oCOMPOSTO RIBOTT (phosphato ferrugi-noso-organico) tenha, de certo, produzidoos mais satisfatórios resultados no tra-tamento da indlgestão nervosa e outros

modo que sómer.te a parte inferior seja ««arranjos do estômago, aquelies doen-.,,,-. • i- • „ • tes não desejosos de acerescentarem maismolhada. O peixe ficara immove no. si- 6 küos de carnes &s que ja pogsueln, nao

tio onde o deixarem; mas, se deitarem tj(,vem tomal-o.A' venda nas boas pharmacias e droga-

rias.

fti?i

Fr^Tirr iJ *l

uma gotta dc azeite no orifício A, imme-diatamente o peixe se movimentará e r.ão

Não bata em seus filhosA 1.icontinencia d \ "Urina" noct ma é•muito natttr..1, principalmente nas crean-çis; é entretanto, facilmente curada como emprego da

uHANDULA"ditizuí . SttúD.)—.

para qti Iqucr sexo e ida ie.A' venda em toda parte

To'a M5e que enviar NOME e ENDEREÇOpoucos dias antes ou depois do na&cimenlo deum Bebê á Cjmpanhia NESTLli-' — Serviçode Publicidade — Caixa do Corieio n. ',60 — Riotfs Janalro — ircebera nolic'as de grande interes- S

T se para seu filhinho.i^zs2s:aszszsasasas?jíszsa5253?s^K^sz5Z5zszsssasa5ui]

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cara os Cabellos•Guiíry-Rio

Na noite do Natal, dniln» do sapato - ALMANACH D'0 TICO-TICO.s

<>;-o*<^<>;<>-!<>*<>^^<>:-o:'C>-k^o*

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P" . —*SIMÃO o rico-Tico

Simão era um macaco de realejo e pertencia a um ita-tianoi que lhe fazia muitas festas e lhe dava saborosasbananas.

O macaco fazia varias piruetas e era um excellente ca-valia ro.

i n i i \\i.mnj , nm^mmrmmafmmmrmmmmr

Uma vez o macaco surprehendeu o patrão fazendo a bar-ba e, «nquai-to o homem foi lavar o...

... o rosto, o Simão passou a mão aa-navalha e foise barbear..»

SI :g|*|pÇv ' X ^J ^

*^É_, - ¦•'" :^>^m^-~. W_ ¦ •¦''¦;¦ •¦ ,,^^^t_4i_ÍwflP:i:---'v-^

, i!::ií:

O ícsúltado foi desastradci e.„ íoi um dia um Simão -

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./Sa^-tVC^A^VV^XV-^caeqLVMfao OMO>Ò^Pv «kni.r\LS í. «M»M»*yS»

;.'. A^-madrinha de Jujuba fez annos amte-hontem. ÇarrarAcho vestiu roupa nova e floi. cum-primfentar a comadre.

No caminho, porém, encontrou um soldado - esmurrando um -pobr-í, «bfí«.- Jujuijá tremia como uma vara verde»

Carrapicho ficou dàrmado ! Fez um berrelro flribtrne; chamou, o soldado de bruto e Orde-»nou que se considerasse preso.

O" soldado não discutiu. ViroU-se para Carrapichb, deu-lhe uma porção de murros, &¦' le-vtu-o preso aos cachações. Jujuba berrava como um bezerro e o ebrio deu o fora prudentemente.