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8/14/2019 barragens 2009 - aula04
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Balano hdrico e bacias hidrogrficasMedida da prec ip i ta o
A medida das precipitaes um processo
relativamente simples, consistindo no recolhimento daquantidade de gua precipitada sobre determinada
rea, e a sua quantificao pode ser feita por aparelhos
totalizadores (pluvimetros) ou registradores contnuos
(pluvigrafos).
De um modo geral, os pluvimetros so lidos em
intervalos de 24 horas, quase sempre s 9:00 horas damanh, indicados para quantificar chuvas dirias.
Os pluvigrafos fornecem um grfico,
conhecido como Pluviograma, onde so
registradas as alturas de chuva em funo do
tempo.
Em geral, o pluviograma pode corresponder a
um perodo de 1 dia, 1 semana ou 1 ms.
O pluvimetro constitui-se de um cilindro cujarea de captao deve ser conhecida, sendo o
mais utilizado o Ville de Paris, cuja rea de
400 cm2.
Balano hdrico e bacias hidrogrficasMedida da prec ip i ta o
Devem ser instalados a uma altura de 1,5 m da
superfcie do solo, com uma distncia mnima
de 10 m de construes e outros objetos degrande porte, tais como rvores.
A Figura 5 mostra um exe4mplo de pluvigrafo
utilizado em Estao Meteorolgica.
Na seqncia, um pluviograma hipottico,
mostrando o comportamento temporal da
precipitao.
Balano hdrico e bacias hidrogrficasMedida da prec ip i ta o
Nota-se que o aparelho possui capacidade
mxima de registro de 10 mm e toda vez que
se atinge este nvel, um sistema do tipobscula desgua o coletor, zerando a
precipitao.
Se a chuva continuar haver novo enchimento
do coletor e posterior eliminao e assim
sucessivamente.
Balano hdrico e bacias hidrogrficasMedida da prec ip i ta o
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Pode-se observar tambm que quanto mais
intensa for a precipitao, mais prximosestaro os picos.
Chuvas menos intensas promovem enchimento
lento do coletor, caracterizado pela parte final
do pluviograma da Figura 5.
A leitura mnima que se pode obter via
pluviograma 0,25 mm.
Balano hdrico e bacias hidrogrficasMedida da prec ip i ta o
Pluviometro
Balano hdrico e bacias hidrogrficasMedida da prec ip i ta o
pluviometro
Detalhes das partes de um Pluvigrafo e um Pluviograma.
Balano hdrico e bacias hidrogrficasMedida da prec ip i ta o
gua Subterrnea
Trataremos agora da frao de gua que sofre
infiltrao, acompanhando seu caminho pelosubsolo, onde a fora gravitacional e ascaractersticas dos materiais presentes irocontrolar o armazenamento e o movimento dasguas.
De maneira simplificada, toda gua que ocupa
vazios em formaes rochosas ou no regolito classificada como gua subterrnea.
gua no Subsolo
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Infiltrao
Infiltrao o processo mais importante de recarga da
gua no subsolo. A infiltrao:
Reduz as vazes mximas jusante;
aumenta a recarga do aqfero;
preserva a vegetao natural;
reduz a poluio transportada para os rios;
aumenta o nvel do lenol fretico,O volume e a velocidade de infiltrao dependem de vriosfatores a saber:
gua no Subsolo
Tipo e condio dos materiais terrestres
A infiltrao favorecida pela presena de materiaisporosos e permeveis, como solos e sedimentos arenosos.
Rochas expostas muito fraturadas ou porosas tambm
permitem a infiltrao de guas superficiais.
Por outro lado, materiais argilosos e rochas cristalinas
pouco fraturadas, por exemplo, corpos gneos plutnicos e
rochas metamrficas como granitos e gnaisses, so
desfavorveis infiltrao.
gua no SubsoloInfiltrao
Tipo e condio dos materiais terrestres
Espessas coberturas de solo (ou material inconsolidado)
exercem um importante papel no controle de infiltrao,
retendo temporariamente parte da gua de infiltrao que
posteriormente liberada lentamente para a rocha
subjacente.
gua no SubsoloInfiltrao
Tipo e condio dos materiais terrestres
A quantidade de gua transmitida pelo solo depende de
uma caracterstica importante, chamada de capacidadede campo, que corresponde ao volume de gua absorvidopelo solo, antes de atingir a saturao, e que no sofre
movimento para nveis inferiores.
Este parmetro influencia diretamente a infiltrao, pois
representa um volume de gua que participa do solo mas
que no contribui com a recarga da gua subterrnea,sendo aproveitada somente pela vegetao.
gua no SubsoloInfiltrao
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Cobertura Vegetal
Em reas vegetadas a infiltrao favorecida pelas razesque abrem caminho para a gua descendente no solo.
A cobertura florestal tambm exerce importante funo no
retardamento de parte da gua que atinge o solo, atravs
da interceptao, sendo o excesso lentamente liberado
para a superfcie do solo por gotejamento.
Por outro lado, nos ambientes densamente florestados,
cerca de 1/3 da precipitao interceptada sofre evaporao
antes de atingir o solo.
gua no SubsoloInfiltrao
Topografia
De modo geral declives acentuados favorecem o
escoamento superficial direto, diminuindo a infiltrao.
Superfcies suavemente onduladas permitem o
escoamento superficial menos veloz, aumentando a
possibilidade de infiltrao.
gua no SubsoloInfiltrao
Precipitao
O modo como o total da precipitao distribudo ao longo
do ano um fator decisivo no volume de recarga da gua
subterrnea, em qualquer tipo de terreno.
Chuvas regularmente distribudas ao longo do tempo
promovem uma infiltrao maior pois, desta maneira, a
velocidade de infiltrao acompanha o volume de
precipitao.
Ao contrario, chuvas torrenciais favorecem o escoamento
superficial direto, pois a taxa de infiltrao inferior ao
grande volume de gua precipitada em curto intervalo de
tempo.
gua no SubsoloInfiltrao
Ocupao do solo
O avano da urbanizao e a devastao da vegetao
influenciam significativamente a quantidade de guainfiltrada em adensamento populacionais e zonas de
intenso uso agropecurio.
Nas reas urbanas, as construes e pavimentao
impedem a infiltrao, causando efeitos catastrficos
devido ao aumento do escoamento superficial e reduo
na recarga da gua subterrnea.
gua no SubsoloInfiltrao
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Ocupao do solo
Nas reas rurais, a infiltrao sofre reduo pelodesmatamento em geral, pela exposio de vertentes
atravs de plantaes sem terraceamento, e pela
compactao dos solos causada pelo pisoteamento de
animais, como em extensivas reas de criao de gado.
Um fato curioso a situao em grandes centros urbanos,
como So Paulo, onde se detectou uma recargasignificativa da gua subterrnea por vazamentos da rede
de abastecimento.
gua no SubsoloInfiltrao
O conceito de superfcie fretica ou nvel dgua
Alm da fora gravitacional e das caractersticas dos solos,sedimentos e rochas, o movimento da gua no subsolo
controlado tambm pela fora de atrao molecular e
tenso superficial.
A atrao molecular age quando molculas de gua sopresas na superfcie de argilominerais por atrao de
cargas opostas, pois a molcula de gua polar.
Este fenmeno ocorre principalmente nos primeiros metros
de profundidade, no solo ou regolitos, rico em
argilominerais.
gua no SubsoloDistribuio e movimento da gua no subsolo
A tenso superficial tem efeito nos interstcios muitopequenos, onde a gua fica presa nas paredes dos poros,
podendo ter movimento ascendente, contra a gravidade,
por capilaridade.
A absoro de gua em argilominerais e nos capilares
dificulta seu movimento nas proximidades da superfcie,
reduzindo sua evaporao e infiltrao.
Assim, conforme o tamanho do poro, a gua pode ser
hidroscpica (absorvida) e praticamente imvel, capilar
quando sofre ao da tenso superficial movendo-se
lentamente ou gravitacional (livre) em poros maiores, que
permitem movimento mais rpido.
gua no SubsoloDistribuio e movimento da gua no subsolo
gua no SubsoloDistribuio e movimento da gua no subsolo
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gua no SubsoloDistribuio e movimento da gua no subsolo
Quando o nvel dgua intercepta a superfcie do
terreno, aflora, gerando nascentes, crregos ou rios.
A maioria dos leitos fluviais com gua so
afloramentos do NA.
O nvel fretico tem uma relao intima com os rios.
Os rios cuja vazo aumenta para jusante so
chamados de rios efluentes, e so alimentados pelagua subterrnea, situao tpica de regies midas.
gua no SubsoloDistribuio e movimento da gua no subsolo
Ao contrrio, nos rios influentes, a vazo diminui a
jusante, como conseqncia de recarga da gua
subterrnea pelo escoamento superficial.
Nestes casos a gua do rio infiltra-se para o nvel fretico
(Fig. 1.5) e o rio poder secar se o nvel for rebaixado,
abandonando o leito do rio, como comum em reas
semi-ridas ou ridas.
gua no SubsoloDistribuio e movimento da gua no subsolo
rios influentes