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A vida não concede-me folga no ar- dido das atribulações brutaliza- das. Mantém-me constante no adverso ao usual no acomodado. Re- maneja-me súbito nas obrigações difi- cultadas nos obstáculos pontuais nos transtornos do inesperado. Atravessa- me, às avessas, no revertério das derro- tas invertidas em vitórias. Traz-me no fel do contestado no contemporâneo o mel do reverenciado no póstero. Não vivo a vida. A vida vive-me. Machuca- me antes. Homenageia-me depois. Vou-me no mundo, de frente, para as provações que me levam a sofrimen- tos no destino de jornalista nessa minha existência, tão machucada no levante dos sonhos caídos. Nas dimensões da inspiração está o lugar no poema que saio da pessoa e entro na alma. Redijo os artigos ao ritmo natural da respira- ção. Haver parado de escrevê-los, de ou- tubro a março, foi-me como ter de viver sem fôlego àqueles seis meses. Quais ferrões da razão, as mensagens da Espiritualidade Superior giravam em minha cabeça como torpedos da verda- de que irá rasgando as consciências es- curas com o clarão das mudanças anun- ciadas, há dois mil anos para agora, por Jesus Cristo a João Evangelista. Nas mensagens, o Fábio Nasser aler- tava-me: “Querido pai, as reformas estão previstas para serem antecipadas. É a necessidade que impera”. Alfredo Nasser prevenia-me: “Meu amigo, notícias surgirão de um novo amanhecer.Esteja preparado para interpretá-las e antecipá-las”. A tensão moldurava o quadro das expectativas nos ânimos exaltados em exposição nas fisionomias enrubesci- das no indecoroso. Os melindres rever- beram as apreensões no recato das so- freguidões circunspectas no empanzi- namento do poder com a corrupção. O senso de prudência recomendava-me cautela na abordagem da questão com os questionados. Recorria-me aos diá- logos sutis nos contatos discretos. A despreocupação aparente na desfaçatez deles em seus apuros cons- trangia-me. No íntimo, as palavras do filho Fábio Nasser soavam-me como falas de ordens incisivas: “Sei de toda agonia que se expressa em seu coração. Porém, o senhor não compreendeu quando pedimos que seja firme e franco em suas atitudes. Opiniões precisam do crivo de sua pena e seus conselhos precisam ser acatados. Não silencie a voz da Olivetti. Ela é a sua expressão em ver o mundo, as pessoas e por ela é respeitado. É hora de mostrar o jornalista respeitado que sempre foi. Exija respeito às suas atitudes e ao seu conhecimento”. A goniava-me assistir o despercebi- mento de agonias deles na corrup- ção pelos próprios agonizantes na moral agoniada na honra. Se houvesse em mim o Calcanhar de Aquiles, a parte vulnerável às flechas dos inimigos no corpo do mitológico guerreiro grego, o Coração de Batista seria o ponto frágil por onde entra fácil a misericórdia nos sentimentos do jornalista destemido. Apiedo-me nas dores alheias das víti- mas inocentes e dos algozes culpados. Eis a questão da minha angústia ao não ser ouvido pelos incrédulos ensur- decidos pelo materialismo nas conver- sas em que lhos transmito os conse- lhos do amigo Alfredo Nasser, escutan- do a sua voz ecoar-se no âmago: “Muitos questionam o porquê de tantas missivas, mas pouquíssimos sabem de sua responsabilidade em levantar o véu das duas vidas. Não te incomode o descaso. A luz de Deus brilhará sobre ti. Mas você tem ‘olhos para ver’ e ‘ouvidos para ouvir’, porém, sofre terrivelmente o açoite invisível que lhe lacera a alma por vir de quem mais poderia ajudá-lo. Não se deixe intimidar. Siga firme. A vitória será sua. Estamos juntos. Que a sua voz seja a verdade aos líderes. Seria o último chamado à razão.” A ansiedade inquietava-me ante o ceticismo das inteligências burras de políticos que chegam ao sucesso por descuido do fracasso nas concorrên- cias de nulidades recorrentes ao merca- do eleitoral nas feiras livres da corrupção, à compra e à venda, nas bancadas das candidaturas. A descrença cambaleava- me na esperança, quando, não menos que surpreendente que de repente, o Fá- bio Nasser interrompe minha desolação: “O nosso irmão dr. Pedro precisava usar sua autoridade de quem tanto ama esse Estado”. Não demorou a espera. Pedro Ludo- vico Teixeira enviou a mensagem, ende- reçada para mim, mas destinada aos políticos goianos: “Goiás, esse Estado destinado a ser o celeiro de luz, força e sustentabilidade a um futuro de dificuldades renitentes. Que cada ser tenha consciência de que precisa melhorar a si mesmo, buscando os valores do Alto. Aos que almejam a vida pública, pedimos que auscultem suas consciências, esqueçam-se de si mesmos e trabalhem a favor de outrem. Os tempos surgem para novas etapas. Fiquem atentos a essas mudanças. Transformem-se. Comprometam-se com a verdade. O povo sofrido e trabalhador espera o lema da virtude, da honradez, da ética, do compromisso com o coletivo. Quem busca esconder ambições, terá a verdade mostrada sem rodeios. O tempo urge. Não há mais tempo para aguardar regenerações.” 21 dias após as eleições, Pedro Lu- dovico Teixeira mandou outra mensagem, aos meus cuidados, para o governador Marconi Perillo: “Meu irmão, que Deus possa abençoá-lo. Não poderíamos ficar omissos nesse momento tão importante de mudanças reais. Acompanhamos os passos daqueles que se consagram ao bem coletivo, e o Estado de Goiás será sempre especial aos nossos olhos. Novamente, meu irmão, foi confiada a ti a tarefa de acelerar os rumos de Goiás no contexto nacional. Fostes preparado para executar essa jornada. Selastes o compromisso de prosseguir firme o trabalho maior. E estamos juntos. Forças do Alto amparar-te-ão para que não tropeces mais no caminho. Ideias surgirão para a concretização de um ideal maior. Não te deixes seduzir pelo canto fantasioso das sereias. Sede firme. Conduza tua jornada com fé, otimismo, seriedade, honestidade e, acima de tudo, sede bondoso. Olhai o próximo com a responsabilidade de quem foi delegada a confiança. Governe para o Povo. Esse mesmo povo sofrido e trabalhador. Não te esqueças do compromisso firmado com a Espiritualidade Superior. Seguiremos juntos, acreditando ou não. Que Deus te conceda a bênção da sabedoria, isentando teu coração de velhas falhas do passado. No futuro, aguarda-te uma Nação esperançosa.” A O presenciar as mudanças se consuman- do no resultado das eleições, em vitórias não esperadas, ou em derrotas não aguardadas, decidi- me a não escrever ar- tigos em outubro, e fi- car equidistante na observação dos acon- tecimentos, embora publicasse as mensagens recebidas da Espiritualidade no período, exceto as orientando-me de como devo me conduzir para li- vrar o Diário da Manhã do poder de força dos que se agruparam para fe- char o jornal. Os trechos que reproduzo agora são tópicos esparsos de cartas publica- das na íntegra pelo DM. Vale aqui o alerta de que todas as mensagens diri- gidas a mim pela Espiritualidade, psi- cografadas pela médium Mary Alves e outros médiuns, foram divulgadas e tra- zem dois alertas comum em todas elas. O primeiro alerta é: “Aguenta firme”. Porque os Missio- nários da Espiritualidade sabem que a sobrecarga das pressões dos poderes hu- manos sobre mim são dantescas e, por isso, repetem: “Estamos juntos”. O segundo alerta é: “A sua intuição é certa e a sua razão está correta” . Porque os Mentores da Es- piritualidade sabem que os ouço nas pre- monições e, por isso, dei um tempo no enfrentamento das perseguições, para não incorrer em contratempos. Não silenciarei a voz de minha Olivet- ti, modelo Lexikon 80. Confio no “Esta- mos juntos” de Pedro Ludovico Teixeira, evocado pela Espiritualidade para co- mandar as mudanças em Goiás, ao lado de Alfredo Nasser e ajudados por Fábio Nasser, conforme um comunicado feito à médium Mary Alves. Eu não a conhecia pessoalmente. Ela me fora recomenda- da, há 35 anos, por Chico Xavier, para aproximar-me dela, pois eu iria “precisar muito de sua participação para realizar as tarefas da missão que vim cumprir no jornalismo” . O Diário da Ma- nhã enfrenta nesta semana o maior massacre econômico monta- do para fechá-lo desde aquele que fora tramado, há 35 anos, e o fechou por ordem do Palácio das Esmeraldas. Mas, ainda que o DM caia de novo, des- sa vez eu estarei de pé nos escombros e voltarei lutando, ainda que seja uma to- cha sozinha até ela virar muitos incên- dios na alma dos libertários. Acreditem, ou não, sei que os espíritos de Fábio Nasser e de Alfredo Nasser estão traba- lhando comigo no Diário da Manhã, e haveremos de quebrar as garras que se afiam nas lâminas dos endinheirados no ilícito dos ganhos. Não ignoro o risco de enfrentar no aberto as cafuas do perigo. Calejei-me nos cortes delas no extenso dos meus 80 anos. Sempre soube que seriam ir- reversíveis e continuamente assim, até o meu último dia na Terra. Humberto de Campos, autor do livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. Ele é o luminar que con- duz na Espirituali- dade as mudanças em nosso País. Sur- preendeu-me com uma mensagem es- tampada, em 10 de abril de 2012 no DM, em que con- scientizou-me so- bre as bênçãos nesses trechos dispersos: “Caro Batista Custódio, que Deus em toda a sua glória toque-o em sabedoria e serenidade. Nossos espíritos encontram afinidade pelo trabalho a fazer e aos que trabalham pela ordem e paz dessa grande Nação. E aqui tremula a bandeira do Evangelho. E a ti, meu irmão, foi confiada a parte de estabelecer a ponte entre dois mundos, em um momento tão decisivo para a Humanidade. O véu de Isis foi levantado, e as verdades chegam com a força de agora. O teu coração compreende a gravidade do momento e sofre a dor moral dos que ainda não creem. A tua parceria é benquista por todos nós que necessitamos aclamar os corações a confiarem no correto, no justo, na ética, na moralidade. O olhar de Deus pousa sobre o Planeta, sugerindo mudanças necessárias à evolução que se faz esperada. Hoje o teu espírito compreende o que seja oferecer ‘o miolo do cérebro’ para se adquirir ‘o miolo do pão’. Conquistastes um amigo. Sejas franco e não te turves nas dificuldades”. D ORAVANTE não mais ater-me-ei ao testemunho escrito da Espirituali- dade Superior para explicar minha diferença de outros no jornalismo e justi- ficar a razão de ser perseguido, e não per- seguir; de ser traído, e não trair; de ser zombado pelos chacoteiros da veracida- de dos meus contatos com os espíritos, e não zombar dos caçoadores. A minha história na imprensa expli- ca-me. O meu legado nos perdões justi- fica-me. Ou neguem-me ou aceitem- me. Estou o que sou no que fui ain- da menino, no que era já mo- ço, no que serei no velho e no que estarei até morrer plantando na Terra para colher no Céu. Os maus estão indo- se embora da Humani- dade nessa civilização. Nenhuma ruindade de cada pessoa ficará escondida em todos nós. Os redentores irão surgindo de on- de e quando menos se espera. Deus não é mais um mistério oculto no místico da fé. Está visível no que antes era inex- plicável pela Ciên- cia Clássica, como o prodígio da ubi- quidade de Santo Antônio está com- provado pela Ci- ência Quântica. Só os curtos no cérebro não percebem nas rea- ções dos fenôme- nos da Natureza que o mundo mudou na Terra, a partir do começo desse século. As riquezas estão caindo pobres. Os governos mostram-se quebrados pela corrupção geral nos cinco conti- nentes. As Nações estão unificadas nos mesmos problemas como se fos- sem uma pátria só. As multidões assu- miram a liderança dos líderes. O Santo Dom Bosco, criador da or- dem dos padres salesianos, faze- dores de colégios para construir o conhecimento na inteligência, pos- suía também o dom da ubiquidade e, presumivelmente, se deslocava no espaço dos tempos e previu as mu- danças que se cumpriram nas suas profecias. A maior delas, o vaticínio de que nasceria no centro do Brasil a ci- vilização que governará a Terra no ter- ceiro milênio, está se cumprindo no nascimento do Novo Brasil, desde o começo da construção de Brasília. As contrações no organismo social, as cólicas nos intestinos da corrupção, os gemidos nas vozes da economia, são próprios na gravidez das mudanças, co- mo na mãe as dores no parto do filho. Não adianta, portanto, tentarem fazer uma cesariana no ventre do poder para que o governo não sofra, porque as mu- danças já estão com a cabeça de fora. S EMPRE confidenciei ao jornalista Ulisses Aesse, com antecedência, os escândalos que iriam aconte- cer no crime organizado, na corrupção da política, nas ganâncias da econo- mia, nas crenças mutiladas das religi- ões, no empreguismo dos poderes pú- blicos, nas anomalias ecológicas e que gerariam convulsões sociais. Ao ver as manifestações populares em 19 de julho de 2013, enxerguei nelas a revolução que mudaria o Brasil. A parte rica da sociedade ficou assustada. O go- verno se encolheu das ruas por uns dias. Os chefes de sindicatos dos trabalhado- res e os das entidades patronais ficaram olhando uns para outros sem saber o que fariam. Precisavam assumir o controle do descontentamento espontâneo na população brasileira. Parecia uma procis- são correndo sem andor. Não era uma rebeldia civil isolada, senão a insurreição dos povos percorrendo o mundo inteiro contra a corrupção e o autoritarismo. No exterior, os títeres existentes em todas as escalas da sociedade, adota- ram o subterfúgio manjado de se utili- zar de baderneiros para promoverem quebra-quebras e tumultos nos movi- mentos reivindicadores de melhor qua- lidade de vida para todos; de um pouco de calor humano no frio dos abando- nos; de um mínimo de misericórdia no sofrimento das fomes em jejuns. E de menos ganho para os ricos e mais ren- da para os pobres nas riquezas naturais no Brasil. Lá e aqui, é isso que as pane- las vazias pedem nas praças cheias. E aqui como lá, o poder bate com duas mãos na população. Uma, com a viru- lência dos bandidos que aluga. Outra, com a violência da polícia que o povo paga os salários nos impostos. O povo faz com as ideias a revolução da paz. O poder faz com as balas a guerra do ódio. N O meado do ano em 2014, o jorna- lista Helvécio Cardoso e eu conver- sávamos em minha sala no Diário da Manhã . Da conversa sobre as misérias morais no Brasil, saiu o diálogo. — Helvécio, enxerguei naquelas manifestações de 19 de junho em 2013 uma revolução nascendo. Ela irá mudar o País. — Não a vi assim, Batista. As pancadarias das quebrações de ônibus estavam em moda nos transpor- tes coletivos contra o preço das passa- gens. Eu não contemplava nessas reinvin- dicações o clamor daquelas multidões. No dia 15 de março deste ano, ao assistir as transmissões da TV Record, mais de um milhão de pessoas pacífi- cas bradando, contemplei aquela legi- ão humana nessa multidão e, quanto mais olhava os que carregavam os car- tazes Fora Dilma, tanto mais eu vis- lumbrava um levante das almas contra a corrupção, não apenas dos atuais no poder, mas, sim, deles e de todos os ou- tros que estiveram nos muitos gover- nos, entre os quais, os que financiam e organizam o golpismo do impe- achment da presidente Dilma Rousseff. Sou a favor da deposição de dita- dores e contrário a impeachment de presidentes da República eleitos, por princípio republicano. Fui contra o impeachment do ex-pre- sidente Fernando Collor. Estou contra o impeachment da pre- sidente Dilma Rousseff, não tão-somen- te pelas convicções republicanas, mas por ética do digno. Pois dentre os que votariam favoráveis ao impeachment no Congresso Nacional, há parlamenta- res corruptos e que, sem os milionários caixas de campanha extorquidos das empreiteiras, não teriam comprado seus mandatos no eleitorado. O governador Marconi Perillo deu um passo de estadista em se rebe- lar no PSDB à orientação da cúpu- la nacional do partido engajada no ca- suísmo golpista da conspiração para derrubar a presidente Dilma Rousseff; logo ela, que derrotou os psdebistas até em Minas Gerais do Aécio Neves. Fatos são fatos. Marconi Perillo der- rotou Iris Rezende quatro vezes e se elegeu para o quar- to mandato de go- vernador do Estado de Goiás e, no caso do impeachment da presidente Dil- ma, o homem dos mutirões perdeu pela quinta vez para o moço da camisa azul, que pôs o pé na estrada para ser o pri- meiro presidente goiano do Brasil. Os amigos Dom Pedro II e Louis Ferdinand Cruls Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto Marconi demonstrou ser republicano por vocação. Goiás está predestinado a trazer o Brasil para o Centro Oeste. É o determinismo histórico rezado na profe- cia do santo salesiano. Adiaram três ve- zes. Dom Pedro II era um republicano. Amigo de Louis Ferdinand Cruls, teve a ideia de mudar a capital do litoral no Rio de Janeiro para o planalto goiano e esbo- çou a Missão Cruls para vir demarcar o local. Foi deposto pelo Marechal Deodo- ro na Proclamação da República e, dois anos depois, o general Floriano Peixoto concretizou o sonho de Pedro II, envian- do a Missão Cruls para escolher o local. O presidente Getúlio Vargas criou a Marcha para o Oeste. O ministro João Alberto Lins de Barros veio implantar, e levaram Vargas ao suicídio. Juscelino Kubitschek abriu a campanha de sua candidatura a presidente em Jataí, onde anunciou que construiria Brasília. Golpistas tentaram impedir sua posse. O general Lott pren- deu-os. Durante o governo de JK, arma- ram dois golpes, um baseado em Aragar- ças, outro aquartelado em Jacareacanga, para depô-lo e impedi-lo de concluir a construção de Brasília. João Alberto Lins de Barros e Getúlio Vargas O presidente Juscelino Ku- bitschek per- doou os conspira- dores dos três gol- pes de estado. Es- se, o exemplo re- publicano que fal- ta aos líderes polí- ticos de Goiás. Em uma das missas celebradas para o Fábio Nasser na sede do Diário da Manhã, um pulso es- tranho no sentimento fez-me improvi- sar um abraço, entrelaçando Marconi Perillo, Iris Rezende, Maguito Vilela e Alcides Rodrigues. Falta esse abraço, para Goiás sair do chão embaixo do Pa- lácio do Planalto e subir a rampa na Praça dos Três Poderes para o terceiro andar e governar o Brasil. Nem se quisessem, conseguiriam fa- zer esse ato de amor ao povo. Eles ainda não chegaram do passado. A julgar pela infernalização no ódio dos políticos em Goiás, acho que a vida fugiu do mundo. BATISTA CUSTÓDIO EDITORIAL Diário da Manhã GOIÂNIA, TERÇA-FEIRA, 24 DE MARÇO DE 2015 4 EDITORIAL Diário da Manhã GOIÂNIA, TERÇA-FEIRA, 24 DE MARÇO DE 2015 5 UMA ROSA NAS FERIDAS Fábio Nasser Pedro Ludovico Alfredo Nasser Humberto de Campos Iris Rezende Juscelino Kubitschek Marconi Perillo e Dilma Rousseff FOTOS: ARQUIVO DM / LAILSON DAMASIO / DANIELE REIS / DOMÍNIO PÚBLICO

Batista Custodio - UMA ROSA NAS FERIDAS

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Maior editorialista do País, Batista Custódio posiciona jornal em favor do republicanismo e faz levante pela moralização na política nacional

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A vida não concede-me folga no ar-dido das atribulações brutaliza-das. Mantém-me constante no

adverso ao usual no acomodado. Re-maneja-me súbito nas obrigações difi-cultadas nos obstáculos pontuais nostranstornos do inesperado. Atravessa-me, às avessas, no revertério das derro-tas invertidas em vitórias. Traz-me nofel do contestado no contemporâneo omel do reverenciado no póstero. Nãovivo a vida. A vida vive-me. Machuca-me antes. Homenageia-me depois.

Vou-me no mundo, de frente, paraas provações que me levam a sofrimen-tos no destino de jornalista nessa minhaexistência, tão machucada no levantedos sonhos caídos. Nas dimensões dainspiração está o lugar no poema quesaio da pessoa e entro na alma. Redijoos artigos ao ritmo natural da respira-ção. Haver parado de escrevê-los, de ou-tubro a março, foi-me como ter de viversem fôlego àqueles seis meses.

Quais ferrões da razão, as mensagensda Espiritualidade Superior giravam emminha cabeça como torpedos da verda-de que irá rasgando as consciências es-curas com o clarão das mudanças anun-ciadas, há dois mil anos para agora, porJesus Cristo a João Evangelista.

Nas mensagens, o Fábio Nasser aler-tava-me:

“Querido pai,as reformas estãoprevistas para serem antecipadas.É a necessidade que impera”.

Alfredo Nasser prevenia-me:“Meu amigo,notícias surgirão de

um novo amanhecer.Esteja preparadopara interpretá-las e antecipá-las”.

A tensão moldurava o quadro dasexpectativas nos ânimos exaltados emexposição nas fisionomias enrubesci-das no indecoroso. Os melindres rever-beram as apreensões no recato das so-freguidões circunspectas no empanzi-namento do poder com a corrupção. Osenso de prudência recomendava-mecautela na abordagem da questão comos questionados. Recorria-me aos diá-logos sutis nos contatos discretos.

A despreocupação aparente nadesfaçatez deles em seus apuros cons-trangia-me. No íntimo, as palavras dofilho Fábio Nasser soavam-me comofalas de ordens incisivas:

“Sei de toda agonia que se expressaem seu coração.

Porém,o senhor não compreendeuquando pedimos que seja firme efranco em suas atitudes.

Opiniões precisam do crivo de suapena e seus conselhos precisam seracatados.

Não silencie a voz da Olivetti.Ela é a sua expressão em ver o mundo,as pessoas e por ela é respeitado.

É hora de mostrar o jornalistarespeitado que sempre foi.

Exija respeito às suas atitudes e aoseu conhecimento”.

A goniava-me assistir o despercebi-mento de agonias deles na corrup-ção pelos próprios agonizantes na

moral agoniada na honra. Se houvesseem mim o Calcanhar de Aquiles, a partevulnerável às flechas dos inimigos nocorpo do mitológico guerreiro grego, oCoração de Batista seria o ponto frágilpor onde entra fácil a misericórdia nossentimentos do jornalista destemido.Apiedo-me nas dores alheias das víti-mas inocentes e dos algozes culpados.

Eis a questão da minha angústia aonão ser ouvido pelos incrédulos ensur-decidos pelo materialismo nas conver-sas em que lhos transmito os conse-lhos do amigo Alfredo Nasser, escutan-do a sua voz ecoar-se no âmago:

“Muitos questionam o porquê detantas missivas,mas pouquíssimossabem de sua responsabilidade emlevantar o véu das duas vidas.

Não te incomode o descaso.

A luz de Deus brilhará sobre ti.Mas você tem ‘olhos para ver’e

‘ouvidos para ouvir’,porém,sofreterrivelmente o açoite invisível que lhelacera a alma por vir de quem maispoderia ajudá-lo.

Não se deixe intimidar.Siga firme.A vitória será sua.Estamos juntos.Que a sua voz seja a verdade

aos líderes.Seria o último chamado à razão.”

A ansiedade inquietava-me ante oceticismo das inteligências burrasde políticos que chegam ao sucesso

por descuido do fracasso nas concorrên-cias de nulidades recorrentes ao merca-do eleitoral nas feiras livres da corrupção,à compra e à venda, nas bancadas dascandidaturas. A descrença cambaleava-me na esperança, quando, não menosque surpreendente que de repente, o Fá-bio Nasser interrompe minha desolação:

“O nosso irmão dr. Pedro precisavausar sua autoridade de quem tanto amaesse Estado”.

Não demorou aespera. Pedro Ludo-vico Teixeira envioua mensagem, ende-reçada para mim,mas destinada aospolíticos goianos:

“Goiás,esseEstado destinado a ser o celeiro de luz,força e sustentabilidade a um futuro dedificuldades renitentes.

Que cada ser tenha consciência deque precisa melhorar a si mesmo,buscando os valores do Alto.

Aos que almejam a vida pública,pedimos que auscultem suasconsciências,esqueçam-se de si mesmose trabalhem a favor de outrem.

Os tempos surgem para novasetapas.

Fiquem atentos a essas mudanças.Transformem-se.Comprometam-se com a verdade.O povo sofrido e trabalhador espera

o lema da virtude,da honradez,daética,do compromisso com o coletivo.

Quem busca esconder ambições,terá a verdade mostrada sem rodeios.

O tempo urge.Não há mais tempo para aguardar

regenerações.”

21dias após as eleições, Pedro Lu-dovico Teixeira mandou outramensagem, aos meus cuidados,

para o governador Marconi Perillo:

“Meu irmão,que Deus possaabençoá-lo.

Não poderíamos ficar omissos nessemomento tão importante de mudançasreais.

Acompanhamos os passos daquelesque se consagram ao bem coletivo,e oEstado de Goiás será sempre especialaos nossos olhos.

Novamente,meu irmão,foiconfiada a ti a tarefa de acelerar osrumos de Goiás no contexto nacional.

Fostes preparado para executar essajornada.

Selastes o compromisso deprosseguir firme o trabalho maior.

E estamos juntos.Forças do Alto amparar-te-ão para

que não tropeces mais no caminho.Ideias surgirão para a

concretização de um ideal maior.Não te deixes seduzir pelo canto

fantasioso das sereias.Sede firme.Conduza tua jornada com fé,

otimismo,seriedade,honestidade e,acima de tudo,sede bondoso.

Olhai o próximo com aresponsabilidade de quem foi delegadaa confiança.

Governe para o Povo.Esse mesmo povo sofrido

e trabalhador.Não te esqueças do

compromisso firmadocom a EspiritualidadeSuperior.

Seguiremos juntos,acreditando ou não.

Que Deus teconceda a bênção dasabedoria,isentandoteu coração de velhasfalhas do passado.

No futuro,aguarda-te umaNaçãoesperançosa.”

AO presenciaras mudançasse consuman-

do no resultado daseleições, em vitóriasnão esperadas, ouem derrotas nãoaguardadas, decidi-me a não escrever ar-tigos em outubro, e fi-car equidistante naobservação dos acon-tecimentos, emborapublicasse as mensagensrecebidas da Espiritualidadeno período, exceto as orientando-mede como devo me conduzir para li-vrar o Diário da Manhã do poder deforça dos que se agruparam para fe-char o jornal.

Os trechos que reproduzo agorasão tópicos esparsos de cartas publica-das na íntegra pelo DM. Vale aqui oalerta de que todas as mensagens diri-gidas a mim pela Espiritualidade, psi-cografadas pela médium Mary Alves eoutros médiuns, foram divulgadas e tra-zem dois alertas comum em todas elas.

O primeiro alerta é:“Aguenta firme”. Porque os Missio-

nários da Espiritualidade sabem que asobrecarga das pressões dos poderes hu-manos sobre mim são dantescas e, porisso, repetem: “Estamos juntos”.

O segundo alerta é:“A sua intuição é certa e a sua razão

está correta”. Porque os Mentores da Es-piritualidade sabem que os ouço nas pre-monições e, por isso, dei um tempo noenfrentamento das perseguições, paranão incorrer em contratempos.

Não silenciarei a voz de minha Olivet-ti, modelo Lexikon 80. Confio no “Esta-mos juntos” de Pedro Ludovico Teixeira,evocado pela Espiritualidade para co-mandar as mudanças em Goiás, ao ladode Alfredo Nasser e ajudados por FábioNasser, conforme um comunicado feitoà médium Mary Alves. Eu não a conheciapessoalmente. Ela me fora recomenda-da, há 35 anos, por Chico Xavier, paraaproximar-me dela, pois eu iria “precisarmuito de sua participação para realizaras tarefas da missão que vim cumprir nojornalismo”.

ODiário da Ma-nhã enfrentanesta semana

o maior massacreeconômico monta-do para fechá-lodesde aquele quefora tramado, há 35anos, e o fechoupor ordem do Palácio das Esmeraldas.Mas, ainda que o DM caia de novo, des-sa vez eu estarei de pé nos escombros e

voltarei lutando, ainda que seja uma to-cha sozinha até ela virar muitos incên-dios na alma dos libertários. Acreditem,ou não, sei que os espíritos de FábioNasser e de Alfredo Nasser estão traba-lhando comigo no Diário da Manhã, ehaveremos de quebrar as garras que seafiam nas lâminas dos endinheiradosno ilícito dos ganhos.

Não ignoro o risco de enfrentar noaberto as cafuas do perigo. Calejei-menos cortes delas no extenso dos meus80 anos. Sempre soube que seriam ir-reversíveis e continuamente assim,até o meu último dia na Terra.

Humberto deCampos, autor dolivro Brasil, Coraçãodo Mundo, Pátriado Evangelho. Ele éo luminar que con-duz na Espirituali-dade as mudançasem nosso País. Sur-preendeu-me comuma mensagem es-tampada, em 10 deabril de 2012 noDM, em que con-scientizou-me so-bre as bênçãos nesses trechos dispersos:

“Caro Batista Custódio,que Deusem toda a sua glória toque-o emsabedoria e serenidade.

Nossos espíritos encontramafinidade pelo trabalho a fazer e aosque trabalham pela ordem e paz dessagrande Nação.

E aqui tremula a bandeira doEvangelho.

E a ti,meu irmão,foi confiada aparte de estabelecer a ponte entre doismundos,em um momento tão decisivopara a Humanidade.

O véu de Isis foi levantado,e asverdades chegam com a força de agora.

O teu coração compreende agravidade do momento e sofre a dormoral dos que ainda não creem.

A tua parceria é benquista por todosnós que necessitamos aclamar oscorações a confiarem no correto,nojusto,na ética,na moralidade.

O olhar de Deus pousa sobre oPlaneta,sugerindo mudançasnecessárias à evolução que se fazesperada.

Hoje o teu espírito compreende oque seja oferecer ‘o miolo do cérebro’para se adquirir ‘o miolo do pão’.

Conquistastes um amigo.Sejas franco e não te turves nas

dificuldades”.

DORAVANTE não mais ater-me-ei aotestemunho escrito da Espirituali-dade Superior para explicar minha

diferença de outros no jornalismo e justi-ficar a razão de ser perseguido, e não per-seguir; de ser traído, e não trair; de serzombado pelos chacoteiros da veracida-de dos meus contatos com os espíritos, enão zombar dos caçoadores.

A minha história na imprensa expli-ca-me. O meu legado nos perdões justi-fica-me. Ou neguem-me ou aceitem-

me. Estou o que sou no que fui ain-da menino, no que era já mo-

ço, no que serei no velho eno que estarei até morrerplantando na Terra paracolher no Céu.

Os maus estão indo-se embora da Humani-dade nessa civilização.Nenhuma ruindadede cada pessoa ficaráescondida em todosnós. Os redentoresirão surgindo de on-de e quando menosse espera. Deus nãoé mais um mistériooculto no místicoda fé. Está visível noque antes era inex-plicável pela Ciên-cia Clássica, comoo prodígio da ubi-quidade de SantoAntônio está com-provado pela Ci-

ência Quântica.Só os curtos

no cérebro nãopercebem nas rea-

ções dos fenôme-nos da Natureza que

o mundo mudou naTerra, a partir do começo

desse século. As riquezas estãocaindo pobres. Os governosmostram-se quebrados pelacorrupção geral nos cinco conti-

nentes. As Nações estão unificadasnos mesmos problemas como se fos-

sem uma pátria só. As multidões assu-miram a liderança dos líderes.

O Santo Dom Bosco, criador da or-dem dos padres salesianos, faze-dores de colégios para construir

o conhecimento na inteligência, pos-suía também o dom da ubiquidade e,presumivelmente, se deslocava noespaço dos tempos e previu as mu-danças que se cumpriram nas suas

profecias. A maior delas, o vaticínio deque nasceria no centro do Brasil a ci-vilização que governará a Terra no ter-ceiro milênio, está se cumprindo nonascimento do Novo Brasil, desde ocomeço da construção de Brasília.

As contrações no organismo social, ascólicas nos intestinos da corrupção, osgemidos nas vozes da economia, sãopróprios na gravidez das mudanças, co-mo na mãe as dores no parto do filho.Não adianta, portanto, tentarem fazeruma cesariana no ventre do poder paraque o governo não sofra, porque as mu-danças já estão com a cabeça de fora.

SEMPRE confidenciei ao jornalistaUlisses Aesse, com antecedência,os escândalos que iriam aconte-

cer no crime organizado, na corrupçãoda política, nas ganâncias da econo-mia, nas crenças mutiladas das religi-ões, no empreguismo dos poderes pú-blicos, nas anomalias ecológicas e quegerariam convulsões sociais.

Ao ver as manifestações popularesem 19 de julho de 2013, enxerguei nelas arevolução que mudaria o Brasil. A parterica da sociedade ficou assustada. O go-verno se encolheu das ruas por uns dias.Os chefes de sindicatos dos trabalhado-res e os das entidades patronais ficaramolhando uns para outros sem saber o quefariam. Precisavam assumir o controle

do descontentamento espontâneo napopulação brasileira. Parecia uma procis-são correndo sem andor. Não era umarebeldia civil isolada, senão a insurreiçãodos povos percorrendo o mundo inteirocontra a corrupção e o autoritarismo.

No exterior, os títeres existentes emtodas as escalas da sociedade, adota-ram o subterfúgio manjado de se utili-zar de baderneiros para promoveremquebra-quebras e tumultos nos movi-mentos reivindicadores de melhor qua-lidade de vida para todos; de um poucode calor humano no frio dos abando-nos; de um mínimo de misericórdia nosofrimento das fomes em jejuns. E demenos ganho para os ricos e mais ren-da para os pobres nas riquezas naturaisno Brasil. Lá e aqui, é isso que as pane-las vazias pedem nas praças cheias. Eaqui como lá, o poder bate com duasmãos na população. Uma, com a viru-lência dos bandidos que aluga. Outra,com a violência da polícia que o povopaga os salários nos impostos. O povofaz com as ideias a revolução da paz. Opoder faz com as balas a guerra do ódio.

NO meado do ano em 2014, o jorna-lista Helvécio Cardoso e eu conver-sávamos em minha sala no Diário

da Manhã. Da conversa sobre as misériasmorais no Brasil, saiu o diálogo.

— Helvécio, enxerguei naquelasmanifestações de 19 de junho em2013 uma revolução nascendo. Ela irámudar o País.

— Não a vi assim,Batista.As pancadarias das quebrações de

ônibus estavam em moda nos transpor-tes coletivos contra o preço das passa-gens. Eu não contemplava nessas reinvin-dicações o clamor daquelas multidões.

No dia 15 de março deste ano, aoassistir as transmissões da TV Record,mais de um milhão de pessoas pacífi-cas bradando, contemplei aquela legi-ão humana nessa multidão e, quantomais olhava os que carregavam os car-tazes Fora Dilma, tanto mais eu vis-lumbrava um levante das almas contraa corrupção, não apenas dos atuais nopoder, mas, sim, deles e de todos os ou-tros que estiveram nos muitos gover-nos, entre os quais, os que financiam eorganizam o golpismo do impe-achment da presidente Dilma Rousseff.

Sou a favor da deposição de dita-dores e contrário a impeachment depresidentes da República eleitos, porprincípio republicano.

Fui contra o impeachment do ex-pre-sidente Fernando Collor.

Estou contra o impeachment da pre-sidente Dilma Rousseff, não tão-somen-te pelas convicções republicanas, maspor ética do digno. Pois dentre os quevotariam favoráveis ao impeachmentno Congresso Nacional, há parlamenta-res corruptos e que, sem os milionárioscaixas de campanha extorquidos dasempreiteiras, não teriam compradoseus mandatos no eleitorado.

O governador Marconi Perillo deuum passo de estadista em se rebe-lar no PSDB à orientação da cúpu-

la nacional do partido engajada no ca-suísmo golpista da conspiração paraderrubar a presidente Dilma Rousseff;logo ela, que derrotou os psdebistas atéem Minas Gerais do Aécio Neves.

Fatos são fatos.Marconi Perillo der-rotou Iris Rezendequatro vezes e seelegeu para o quar-to mandato de go-vernador do Estadode Goiás e, no casodo impeachmentda presidente Dil-ma, o homem dos mutirões perdeu pelaquinta vez para o moço da camisa azul,que pôs o pé na estrada para ser o pri-meiro presidente goiano do Brasil.

Os amigos Dom Pedro II e Louis Ferdinand Cruls

Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto

Marconi demonstrou ser republicanopor vocação. Goiás está predestinado atrazer o Brasil para o Centro Oeste. É odeterminismo histórico rezado na profe-cia do santo salesiano. Adiaram três ve-zes. Dom Pedro II era um republicano.Amigo de Louis Ferdinand Cruls, teve aideia de mudar a capital do litoral no Riode Janeiro para o planalto goiano e esbo-çou a Missão Cruls para vir demarcar olocal. Foi deposto pelo Marechal Deodo-ro na Proclamação da República e, doisanos depois, o general Floriano Peixotoconcretizou o sonho de Pedro II, envian-do a Missão Cruls para escolher o local. Opresidente Getúlio Vargas criou a Marchapara o Oeste. O ministro João AlbertoLins de Barros veio implantar, e levaramVargas ao suicídio. Juscelino Kubitschekabriu a campanha de sua candidatura apresidente em Jataí, onde anunciou queconstruiria Brasília. Golpistas tentaramimpedir sua posse. O general Lott pren-deu-os. Durante o governo de JK, arma-ram dois golpes, um baseado em Aragar-ças, outro aquartelado em Jacareacanga,para depô-lo e impedi-lo de concluir aconstrução de Brasília.

João Alberto Lins de Barros e Getúlio Vargas

O p r e s i d e n t eJuscelino Ku-bitschek per-

doou os conspira-dores dos três gol-pes de estado. Es-se, o exemplo re-publicano que fal-ta aos líderes polí-ticos de Goiás. Emuma das missascelebradas para oFábio Nasser nasede do Diário da Manhã, um pulso es-tranho no sentimento fez-me improvi-sar um abraço, entrelaçando MarconiPerillo, Iris Rezende, Maguito Vilela eAlcides Rodrigues. Falta esse abraço,para Goiás sair do chão embaixo do Pa-lácio do Planalto e subir a rampa naPraça dos Três Poderes para o terceiroandar e governar o Brasil.

Nem se quisessem, conseguiriam fa-zer esse ato de amor ao povo. Eles aindanão chegaram do passado. A julgar pelainfernalização no ódio dos políticos emGoiás, acho que a vida fugiu do mundo.

BATISTACUSTÓDIO

EDITORIAL Diário da ManhãGOIÂNIA, TERÇA-FEIRA, 24 DE MARÇO DE 20154 EDITORIALDiário da Manhã GOIÂNIA, TERÇA-FEIRA, 24 DE MARÇO DE 2015 5

UMA ROSA NAS FERIDASFábio Nasser

Pedro Ludovico

Alfredo Nasser

Humberto de Campos

Iris Rezende

Juscelino Kubitschek

Marconi Perilloe

Dilma Rousseff

FOTOS: ARQUIVO DM / LAILSON DAMASIO / DANIELE REIS / DOMÍNIO PÚBLICO