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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIII Edição 38 Domingo, 22.09.2013 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 A Juventude Batista Brasileita está se preparando para dois importantes eventos. O projeto “Pés no Arado” que é destinado a jovens batistas a partir de 18 anos, e tem como objetivo a evangelização. Cada ano o projeto acontece em um lugar dife- rente, e em 2014 o lugar escolhido foi Santa Catarina. O outro é o Teen Brasil, um congresso destinado para adolescentes, com o intuito de proporcionar dias de amizade e comunhão (pág. 08). JBB com a mão na massa! A Associação das Igrejas Batistas da Grande Curitiba (BGC) realizou seu 1º Workshop de Música. Foram realizados no total 8 oficinas instrumentais, de sonorização e de vocal e ministração, visando o aperfeiçoamento dos ministros de louvor e membros das equipes de louvor das diversas Igrejas Batistas da Associação (pág. 13). Batistas da Grande Curitiba realizam um dos maiores workshops de música da sua história

Batistas da Grande Curitiba realizam um dos maiores ... · da Belterra. O Pastor estava à procura de um endereço ... no estudou, cresceu e hoje é assessor jurídico da Câmara

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1o jornal batista – domingo, 22/09/13?????ISSN 1679-0189

Ano CXIIIEdição 38 Domingo, 22.09.2013R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

A Juventude Batista Brasileita está se preparando para dois importantes eventos. O projeto “Pés no Arado” que é destinado a jovens batistas a partir de 18 anos, e tem como objetivo a evangelização. Cada ano o projeto acontece em um lugar dife-rente, e em 2014 o lugar escolhido foi Santa Catarina. O outro é o Teen Brasil, um congresso destinado para adolescentes, com o intuito de proporcionar dias de amizade e comunhão (pág. 08).

JBB com a mão na massa!

A Associação das Igrejas Batistas da Grande Curitiba (BGC) realizou seu 1º Workshop de Música. Foram realizados no total 8 oficinas instrumentais, de sonorização e de vocal e

ministração, visando o aperfeiçoamento dos ministros de louvor e membros das equipes de louvor das diversas Igrejas Bat is tas da Associação (pág. 13).

Batistas da Grande Curitiba realizam um dos maiores workshops

de música da sua história

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2 o jornal batista – domingo, 22/09/13 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Pastor presidente da igreja

• Gostaria de parabenizar o Pr. Ney Ladeia pela bela re-flexão e exposição do respec-tivo tema descrito na matéria do jornal no dia 01/09 em que ressalta a importância de mantermos nossa maneira de trabalhar no meio batista sem fazer uso de modismos tão comuns em nossos dias.

Sua opinião reflete o que a maioria das igrejas batistas pensam e seguem na práti-ca, demonstrando uma visão bíblica e teológica sem ferir nenhum dos princípios batis-tas denominacionais.

Creio que o pastor pode e deve continuar a ser o pre-sidente de uma organiza-ção até para evitar conflitos internos em sua liderança,

tão fácil de se acontecer no meio de muitos pensamentos variados em nossas igrejas. O que precisamos é estar juntos e nos preocuparmos com assuntos mais relevantes aproveitando tempo e espaço para discutirmos temas que irão levar as igrejas batistas a um crecimento dinâmico no que tange à pregação da Palvra de Deus.

Que Deus possa nos ajudar e nos iluminar nesta árdua tarefa de pregar, escrever e ensinar a todas as pessoas necessitadas a ouvirem a voz de Deus por intermédio da pregação bíblica.

Elias Gomes de OliveiraPr. PIB Missionária em

Parque das Missões, Duque de Caxias

Hoje fazer missões não é mais coisa apenas para lou-cos e para aque-

les com um chamado espe-cial para ir à outras regiões ou nações. Missões pode ser para todos, respondendo e entendendo o chamado de Deus no livro de Mateus 28.19: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as na-ções...”. Agora fazer missões também não tem idade, an-tes na infância só se apren-dia o que era evangelizar, e como era o trabalho do missionário, hoje as crianças já são pequenos, “grandes”,

missionários. Os idosos tam-bém estão contribuindo de forma significativa, não ape-nas com ofertas retiradas da venda dos doces e salgados na igreja, mas também indo.

Missões Nacionais tem investido cada vez mais em seus missionários, bem como em projetos de curto período, onde qualquer pes-soa pode aceitar o desafio de ir. São donas de casa, estudantes, profissionais, que aproveitam 10 a 15 dias de suas férias para falar da salvação em Jesus Cristo à pessoas de sua Nação. Cada vez mais igrejas também

tem investido no trabalho evangelístico não só no seu bairro, mas realizando pro-jetos missionários em outras regiões. São idosos, adultos, crianças, que aproveitam até um final de semana para espalhar o amor de Deus no Brasil.

Dessa forma o número de missionários existentes no Brasil é bem maior do que os 656 (diretamente ligados à JMN) informados por Mis-sões Nacionais. A conclusão é um contingente enorme de servos de Deus alcan-çando vidas, e por isso, uma Nação que se rende cada

vez mais ao Senhor. En-tendendo que o ide é para todos, o povo cristão tem se preparado cada vez mais para falar de Deus, cada um de sua maneira, tem alcançado tribos indígenas e urbanas, ricos e pobres, crianças e adultos. A leitura da Bíblia, combinada com oração e, assim a orientação do Espírito Santo, tem leva-do os servos do Pai Celeste a alcançarem voos cada vez mais altos na evangelização do Brasil.

Viva você também para a glória de Deus de forma completa e real. (AP)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 22/09/13reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIvEIRA SANCHES

No dia 22 de agosto, Deus concedeu--nos (a mim e es-posa) o privilégio

de assistir e participar das comemorações do centenário de nascimento do Pastor Sós-tenes Pereira de Barros, em Santarém, PA. Vida consagra-da ao evangelismo do baixo Amazonas. Cumpre-se na vida e obra do Pastor Sóstenes a expressão de Hebreus 11.4: “Por meio da sua fé (Pastor Sóstenes) mesmo depois de sua morte ainda fala”. Deus honra aos seus servos fiéis.

As celebrações ocorreram em três momentos solenes. Na parte da manhã a Câma-ra de Santarém, em sessão solene, prestou homenagem belíssima ao homem que deu boa parte de sua vida à Cida-de. A composição da mesa deu destaque às filhas, neto, ex-aluno da primeira turma do Colégio e outros amigos da família. Os discursos eivados de emoções trouxeram à me-mória o excelente ministério realizado pelo homenageado. A apresentação dos alunos do Colégio a todos emocio-nou. As marcas deixadas pelo Pastor Sóstenes e sua esposa Dalva, se revelam indeléveis na vida dos que tiveram o pri-vilégio de tê-lo como Pastor, amigo e conselheiro. Vidas foram marcadas pelo amor e influência desse pioneiro.

Um das histórias comoven-tes que ouvi relaciona-se com a visita que o Pastor Sóstenes fez a localidade denomina-da Belterra. O Pastor estava à procura de um endereço para suas costumeiras visitas pastorais. Encontrou um me-nino brincando sob a som-bra de frondosa mangueira. Perguntou pela pessoa e o menino prontamente se pro-pôs conduzi-lo ao local. Per-guntou ao garoto qual era o seu maior desejo. “Estudar”, respondeu o guri. Ouviu do Pastor que ele poderia estudar no Colégio Batista em Santa-rém. Feito os acertos com os pais, o sonhador foi levado ao internato do Colégio. O meni-no estudou, cresceu e hoje é assessor jurídico da Câmara em Santarém. A história reve-la a capacidade do Pastor em vislumbrar no olhar de uma criança descalça, sem camisa, sem Cristo, um líder futuro. Quantas pessoas passaram pelos internatos dos nossos Colégios! Receberam cari-nho, amor, ouviram de Cristo como Salvador e Senhor e hoje servem com gratidão em diferentes áreas da sociedade.

Graças a homens e mulheres que criam que o saber pode revelar pedras preciosas, es-pecialmente quando envolto com a mensagem do evange-lho de Cristo. Os resultados adentram a eternidade.

À tarde realizou-se reunião especial no Colégio. Tarde inesquecível onde foi possível notar a dedicação da atual direção. Vidas que ministram o saber com a beleza do amor de Cristo. Com o saber vem o conhecer Aquele que é fonte e razão da vida. A proprie-dade e localização estratégica do Colégio confirmam que o fundador pensava grande. O Colégio nasceu como res-posta à necessidade de se dar aos filhos dos salvos proteção contra a perseguição religiosa.

Intolerantes, alguns padres da Cidade não admitiam que os alunos evangélicos pudessem exercer a liberdade de não se inclinar, beijar e se ajoelhar diante dos seus ídolos. Os que se recusavam a fazê-lo eram descriminados. Preocupado com suas ovelhinhas, o Pastor fundou o Colégio há sessenta e cinco anos. O Colégio cres-ceu, conquistou pelo exem-plo, seriedade e dedicação dos seus abnegados professores, a admiração da Cidade.

Quando a crise que atingiu todos os Colégios Batistas no país, levando alguns a fechar suas portas, ela, a crise, tam-bém passou por Santarém. A reação positiva da liderança não permitiu que o Colégio fechasse as portas. A semente

plantada com lágrimas não poderia deixar de frutificar. As verdades do Salmo 126.6, continuam a se repetir ainda hoje.

A terceira homenagem foi realizada no lindo templo da Primeira Igreja Batista de Santarém. Culto simples, mas repleto de gratidão. A Igreja foi organizada no dia 24.01.1904. Completa no próximo ano 114 anos de frutífera existência. Fruto do trabalho missionário do após-tolo da Amazônia, Eurico Al-fredo Nelson. Impressionante como pequenas sementes tem o poder de germinar grandes árvores. Mais uma vez a re-alidade da parábola do grão de mostarda (Lc 13.18-19) contada por Jesus, torna-se

visível aos nossos olhos nos dias atuais. Há seis meses, após período sem liderança pastoral, Deus levou de São Paulo, um baiano para alavan-car a obra de evangelização no baixo Amazonas.

A Igreja revela alegria com o seu novo pastor e este en-tusiasmado com o desafio que tem pela frente. Não é fácil trocar o frio e a garoa de São Paulo pelo calor úmido de Santarém. Pastor Almir Manoel da Luz compreen-deu que esta é a vontade do Senhor para sua vida e de sua meiga esposa. Deixou os filhos, jovens, em São Paulo. Trocou a pizza por tambaqui, e passou a sonhar os sonhos de Deus para a região. Ora para que Deus supra a re-gião com mais pastores. Há templos fechados por falta de obreiros e uma extensa região a ser alcançada.

Persiste na mente de quem visita a região o desejo de cumprir o pedido de Jesus “Rogai, pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para sua seara” (Mt 9.36). Convicto de que ao atender ao pedido do Mestre, temos como resultado a convicção de Paulo: “Eu planei, Apolo regou, mas Deus deu o cres-cimento” (I Co 3.6). Eurico Nelson plantou, Sóstenes regou, Almir e muitos outros continuam semeando, regan-do, convictos que Deus con-tinua dando o crescimento. Igreja e Colégio cumprindo o projeto do Senhor.www.pastorjuliosanches.org

Colégio Batista em Santarém

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4 o jornal batista – domingo, 22/09/13

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Anjos, não: Somos filhos

reflexão

A Bíblia revela que o Senhor criou “legi-ões” de anjos. Cada anjo foi criado para

servir ao Senhor, desempe-nhando funções específicas na administração do univer-so criado. Quanto aos seres humanos, a Bíblia revela: “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da Sua vontade” (Efésios 1.5).

Apesar da fragilidade hu-mana, nós fomos criados com objetivos tão espiritu-almente altos e sofisticados que a estrutura de anjo não foi suficiente. Por isso, diz Paulo em Efésios, desde “an-tes da fundação do mundo” o Senhor Se propôs a adotar

como filhos todos aqueles que, pela fé, se submetes-sem a Ele. Anjo caído não pode ser reabilitado. Homem caído encontra restauração através do Filho Unigênito.

Ser filho adotivo de Deus, mais do que um privilégio, significa uma enorme mis-são: a de ser “o sal da terra e a luz do mundo”. Quando recebemos “o poder de nos tornarmos filhos adotivos”, passamos a ser parte ativa do longo processo da criação, até chegar ao “novo céu e à nova Terra”. Como filhos adotados pelo Senhor, co-operamos para a libertação cósmica que está à espera da “manifestação dos filhos de Deus”. Mais do que anjos, somos filhos!

Eusvaldo Gonçalves dos SantosMembro da IB Ebenézer de Americana

Estamos sendo iden-tificados como igre-jas mundanas, frias e apostatas, porem a

Palavra de Deus é viva e eficaz, pode operar milagres e fazer mudanças em muitas igrejas e inesperadamente sofreremos um reavivamento radical.

Há realmente um contraste com a Igreja do nosso tempo, a Igreja hoje se assemelha a um doente cujos membros recebem ordem do cérebro, mas tristemente despedaçada se comporta timidamente. Perdeu a muito a sua auto-ridade e vive dos lauréis do passado, desiludida face ao seu escasso impacto e impo-tência perante aos complexos problemas de um mundo desintegrado.

A comunidade que Jesus deixou na terra para con-tinuação da sua obra, tem tentado várias soluções, a miúde se afasta do mundo, dedicando a maior parte do seu tempo, gastando suas energias e recursos na defesa de seus próprios interesses e instituições.

Desorientada, a Igreja ora recorre aos novos métodos, ora lança uma procura de soluções externas, outras vezes é triunfalista, orgu-lhosa do seu ativismo e de seu crescimento numérico. Muitas vezes vive um gueto, ignorando as angústias do mundo e não percebe que falta a pertinência de sua mensagem que tem fechado

o coração de muitos para a verdade do evangelho.

A nível de igreja local, mui-tos líderes não se atreve a comunicar o seu desânimo, aos seus colegas ou superio-res na mesma denominação, e nem a outros de outros grupos com quem tem pou-ca comunhão, muito menos confessam a desilusão aos membros de suas próprias congregações locais.

Quando no meio desse ati-vismo um se detém a pensar e preocupado, procura inter-rogar se esta situação estática é normal, perguntando o por-que da discrepância tão evi-dente entre a Igreja dinâmica da Bíblia e a triste realidade que vivem as igrejas do sécu-lo XXI. Qual a razão de tanta apatia dos membros, princi-palmente dos departamentos masculinos de cada igreja, de cada Associação, quando os líderes são impelidos por programas denominacionais em cujos planejamentos não participam, nem os incitam a participarem dos trabalhos de evangelização.

Quanto aos pastores que falam de um novo progra-ma, ou método recém elabo-rados, importando-os com promessas de um êxito ga-rantido, que nenhum método ou programa desse tipo, até agora não trouxe uma mu-dança permanente em nossas igrejas.

Como membro dessa igreja sentimos que algo está erra-do, não podemos explicar, só sabemos que devemos con-tinuar comunicando a nossa fé, e muitos fazem com entu-siasmo e dedicação, entretan-to a maioria que sentem-se

insatisfeitos com a realidade, perguntam se sua vida cristã consiste apenas em assistir o comodismo, ou por costumes os cultos que as mensagens dos seus pastores nada os inspiram.

Outros perguntam se a úni-ca razão é pagar seus pro-ventos como taxa mensal de um club, ainda há aqueles que perguntam porque tanta insistência no dever de com-partilhar sua fé, acaso não é responsabilidade de quem é pago para fazer isso?

E que Deus tenha pieda-de do pastor que se levanta para cuidar da vida espiritual dos seus colegas, tentando sacudi-los dessa passividade ou alertar que o pecado é mortal, que vai envenenando lentamente.

Nossa juventude, entusi-ástica, visionária, procura desviar-se da Igreja e da san-tidade, adaptando-se as solu-ções materialistas, desiludida da austeridade dos adultos, vão cada dia mais perdendo a sensibilidade e aprofun-dando-se nos costumes do mundo, ou tomando a forma do mundo.

Entretanto nos centros ecle-siásticos geralmente aliados ao mundo como igreja local, planifica-se em programas atrás de programas, que ao ser comunicados às igrejas através de redes hierárquicas internacionais e nacionais, a miúde não dão a mínima por-que não parte da realidade local e não se motivam. En-tão a evangelização aparece como atividade esporádica e desligada da vida normal da igreja como também da realidade do mundo.

As vezes a evangelização aparece como mais uma das coisas boas que a igreja deve fazer, centraliza-se em alguém especialista, como apaixonado pelas almas e al-guns pastores e missionário. Estas igrejas se parecem com as nuvens a que se refere Tiago, tem volume mas não tem água.

As margens das estruturas da igreja aparece um peque-no grupo, chora em desespe-

ro diante da indiferença da igreja em face à angustiante situação do mundo dividido pelo pecado e por preconcei-tos religiosos. Estão conven-cidos que o mundo precisa de um Cristo vivo, redentor e libertador, e que a Igreja foi chamada ao mundo para ser o signo desta dupla missão, mas sabemos que se abrirmos os olhos e os ouvidos, a men-te e o coração, ouviremos as pedras clamando.

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5o jornal batista – domingo, 22/09/13reflexão

Nilo Tavares SilvaPastor e cientista social da religião

Chegamos ao mês de setembro, e como batista não posso deixar de pensar

num importante manifesto

A Ordem dos Minis-tros Batistas do Bra-sil, entidade que congrega os pasto-

res que servem às Igrejas da Convenção Batista Brasileira, em sua última Assembleia Geral, realizada na cidade de Vitória, Estado do Espírito Santo, resolveu apresentar à Nação Brasileira e à Denomi-nação Batista em particular, o seguinte:

ManifestoReconhecemos ser um pri-

vilégio dos batistas brasileiros a iniludível responsabilidade de contribuir não somente para a solução dos problemas que no momento assoberbam o nosso povo, como tam-bém para a determinação do seu destino histórico. Não o afirmamos apenas porque sejamos uma parcela apre-ciável desse mesmo povo, mas porque entendemos ser essa participação inerente à missão de “sal da terra e luz do mundo”, que o Senhor mesmo nos outorgou.

Nossas preocupações estão em consonância não só com as dos profetas bíblicos, que se constituíram nos intérpre-tes da vontade de Deus para os seus povos nos momentos de maior gravidade de sua história, como também do próprio Cristo, que além de partilhar, quando da encar-nação, na sua inteireza a condição humana, afirmou ser o seu Evangelho uma resposta satisfatória a todos os anseios da criatura, e uma solução cabal para todos os problemas da humanidade (Lucas 4.16-21).

Entenderam-no assim tam-bém Guilherme Carey, o pai das missões modernas, e corajoso batalhador contra o sistema das castas na Índia; Roger Williams, o pioneiro da liberdade religiosa em nosso continente; Walter Rauschenbusch, o arauto das implicações sociais do Evangelho; Martin Luther King Jr., o campeão da luta pelos direitos da minoria ne-gra oprimida, e tantos outros batistas através dos tempos.

que foi elaborado no ano de 1963, por ilustres repre-sentantes de nossa história batista no Brasil. O Manifesto dos Ministros foi um impor-tante documento elaborado pela Ordem dos Ministros Batistas do Brasil, entidade que congregava os pastores

Resulta daí não só a le-gitimidade, mas também a necessidade de os membros das nossas igrejas assumirem as suas responsabilidades como cidadãos, participando efetivamente na vida política do país e integrando-se nas organizações de classe, a fim de influírem nas decisões de que resulta a configuração do nosso destino como nação.

Os Direitos da Pessoa Humana

Ainda que reconheçamos a importância e a significação das instituições, acreditamos ser o homem o fulcro das nos-sas preocupações, porquanto “criado à imagem e semelhan-ça de Deus”. Por isso, enten-demos estar a legitimidade de qualquer regime, sistema ou instituição condicionada à medida que possibilite à criatura a plena realização da sua humanidade.

Esta convicção nos fez, desde sempre, intransigen-tes defensores da liberdade em todas as suas formas de expressão – liberdade de consciência, de religião, de imprensa, de associação, de locomoção, etc., bem como de autodeterminação dos povos livremente manifesta como condição imprescindí-vel à vida humana.

Por corresponderem à nos-sa concepção dos direitos e deveres da pessoa humana, insistindo em que os princí-pios a esse respeito consagra-dos na Constituição Federal de 1946, na Carta das Nações Unidas e da Declaração dos Direitos dos Homens, sejam universalmente aplicados, de sorte a serem banidos da face da Terra a exploração do homem pelo homem ou pelo Estado, em qualquer das suas formas, e os totalitarismos de toda espécie, assegurando--se a prática da verdadeira democracia.

Igreja e EstadoInspirados no preceito bí-

blico “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22.21), temos propugnado pela existência de

que serviam às igrejas da Convenção Batista Brasileira.

Em 14 de setembro de 1963, esse Manifesto foi publicado pelo Jornal Batista, e apresen-tou de forma concreta como os protestantes liam, pensavam, e tentavam se posicionar a res-peito de importantes temáticas

igrejas livres num Estado livre, preconizando a delimitação inteligente e respeitosa das esferas de responsabilidade e ação da Igreja e do Estado, sem interferências abusivas ou relações aviltantes de depen-dência, embora permitindo a cooperação construtiva entre ambos. Por isso, temos repug-nado a concessão de privilé-gios ou de favores financeiros destinados ao sustento e pro-moção do culto de quaisquer grupos religiosos.

Assim é que, entendendo ser o ensino religioso uma atribuição específica dos la-res e da Igreja, consideramos imperiosa a reforma do dis-positivo constitucional que estabelece o ensino religioso nas escolas mantidas pelo go-verno, que deverão continuar leigas, assim como é leigo o Estado que as mantém, para que não se propicie a criação de um clima de intolerância e de preconceito religioso em nossas instituições de ensino público.

Justiça SocialEmbora nos regozijemos

pelas conquistas sociais do povo brasileiro, reconhe-cemos a inadequação da presente estrutura social, política e econômica para a realização plena da justiça social, pelo que insistimos na necessidade de um reexame corajoso, objetivo e despre-concebido da presente reali-dade brasileira, com vistas à sua estruturação em moldes que possibilitem o atendi-mento das justas aspirações e necessidades do povo.

Essa necessidade ressalta da constatação da ineficiên-cia dos institutos assistenciais do Estado, que transformam num favor concedido a custo, direitos líquidos dos trabalha-dores; da irracional aplicação dos recursos públicos, que deveriam antes de se desti-nar, mais liberalmente, aos ministérios da Saúde, Edu-cação e Agricultura, para a solução de problemas sociais angustiantes; da sobrevivên-cia de regimes feudais de propriedade e exploração da

que faziam parte da realidade brasileira. Vale a pena come-morar, e refletir sobre como poderia ter sido o futuro de nossa denominação se tivés-semos seguido o posiciona-mento do Manifesto, e pensar como ele pode servir de fonte inspiradora e animadora não

terra; da generalizada pobre-za das populações carentes mesmo do alimento indis-pensável à sobrevivência; da injustiça na distribuição das riquezas, e da utilização destas para o cerceamento das liberdades essenciais; da inadequada exploração das nossas riquezas naturais, cujo aproveitamento não só deveríamos intensificar, como fazer revestir-se de sig-nificação social; do crescente empobrecimento do patrimô-nio nacional pela remessa para o exterior dos lucros, extraordinários auferidas em nosso país; da corrupção que tem campeado nos pleitos eleitorais, na prática policial (quer preventiva, quer corre-tiva), na previdência social, no preenchimento de cargos públicos, na aplicação dos recursos sindicais, etc.

São ainda evidências da-quela afirmação o tratamento meramente policial dado aos movimentos populares da cidade e do campo, que mereciam ser antes objetiva e carinhosamente estuda-dos, para que viessem a ser orientados construtivamente para o bem geral, através do atendimento das suas justas reivindicações; como também aos movimentos de greve, que, se muitas vezes desvirtuados, se constituem, entretanto, num instrumento legítimo de reivindicação social e de preservação dos direitos dos trabalhadores, e que deveriam, por isso mesmo, ser objeto de uma cuidadosa regulamentação.

Embora afirmemos ser a renovação do homem, me-diante a transformação da personalidade, operada por Jesus. Visto, o fundamento básico sobre que terá de se alicerçar uma sociedade re-almente nova, propugnamos também pela realização de reformas de base na vida na-cional, de sorte a possibilitar à criatura a concretização de seus legítimos anseios terre-nos. Por isso, preconizamos a promoção urgente de re-formas tais como: a) reforma agrária, que venha atender às

apenas para o atual momento de manifestações populares cidadãs que acontecem em nosso Brasil de 2013, mas tam-bém para um caminhar batista mais engajado na realidade sociopolítica, reestruturando a sociedade com os valores do Reino de Deus.

reivindicações do homem do campo explorado; b) reforma eleitoral, que venha liquidar as circunstâncias que possi-bilitam e estimulamos nossos maus costumes políticos; c) reforma administrativa, que ponha termo ao nepotismo, ao filhotismo e à ineficiência tão generalizada quanto one-rosa dos serviços públicos; d) reforma da previdência social, que venha pôr em funciona-mento as nossas leis sociais com o pleno reconhecimento e o efetivo atendimento dos direitos dos que trabalham.

Recomendação FinalNo cumprimento, pois, da

missão profética que recebe-mos do Senhor, concitamos o Povo Batista Brasileiro a integrar-se cada vez mais no processo histórico da nossa nacionalidade, contribuindo para que o futuro corresponda aos desígnios de Deus para a nossa Pátria. Debrucemo--nos, portanto, sobre a reali-dade brasileira, procurando compreender-lhe os proble-mas, sentir-lhe as angústias, partilhando as suas dores. Busquemos nas Escrituras as soluções divinas para os pro-blemas do homem. E, corajo-samente, desfraldemos, em nome do Cristo, a bandeira da redenção total da criatura. Da redenção temporal e eterna do povo brasileiro!

Pela Ordem dos Ministros Batistas do Brasil,

A Diretoria:Presidente – José dos Reis

Pereira1° Vice-Presidente – José

Lins de Albuquerque2° Vice-Presidente – Hél-

cio da Silva LessaSecretário Geral – Tiago

Nunes Lima1° Secretário – Irland Perei-

ra de Azevedo2° Secretário – José dos

Santos FilhoTesoureiro – Otávio Felipe

RosaProcurador – David Malta

NascimentoBibliotecário – Tércio Go-

mes CunhaVitória, em 1963

50 anos do Manifesto dos Ministros Batistas do Brasil

Manifesto dos Ministros Batistas do Brasil de 1963Ordem dos Ministros Batistas do Brasil da Convenção Batista Brasileira

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6 o jornal batista – domingo, 22/09/13 reflexão

Continuando a con-siderar os dados levantados pelos pastores que res-

ponderam questionário, tanto em 2000, quanto em 2011, que foram publicados neste jornal em 11/08/2013, po-demos hoje destacar outra faceta que nos preocupa e que tem a ver com o senso de realização e motivação no ministério. Dos que res-ponderão temos que 65% se sentem incapazes para o exercício do ministério. Em 2000 tivemos o resultado de 61%. Compondo este quadro tivemos 14% que indicaram que o treinamento recebido no seminário pouco tem ser-vido no exercício do minis-tério. Uma porcentagem não tão grande, considerando o primeiro índice indicado.

Mas 30% (tanto em 2011, quanto em 2000) indicaram que se sentem mais infe-riorizados hoje do que no passado e se pudessem voltar atrás mudariam muita coisa na vida. Mas uma porcenta-gem menor (10%) indicou que deixaria o ministério e procuraria outro meio de sobrevivência. E 28% indica-ram que não tem desenvolvi-do perspectiva de vida para daqui cinco anos (em 2000 a porcentagem foi maior: 38%).

Em todos estes dados temos em jogo a auto realização, a objetivação do ministério, bem como outros compo-nentes tais como resiliência, estabelecimento de filosofia ou estratégias ministeriais.

No campo da liderança, quando estudamos a pirâmi-de de Maslow que discute os níveis de motivação de um líder, descobrimos que os dois itens que estão no topo da pirâmide são “senso de realização” e “estima”. Isso indica que um líder motivado tem elevado nível de realiza-ção no que faz e tem elevado índice de autoestima.

Uma das preocupações que temos tido em nossa Faculda-de Teológica em São Paulo é

fornecer aos alunos a oportu-nidade de sua formação pes-soal, não apenas acadêmica ou mesmo ministerial, pois entendemos que os níveis de exigência para o exercício do ministério são elevados. Aqui entra a formação afetiva (SENTIR) e do caráter (SER), mas também a formação nos relacionamentos (CONVI-VER), de modo que, quando se formar e estiver ativamente envolvido no ministério, te-nha condições de lidar com os conflitos naturais que sur-gem ao longo do tempo em seu trabalho.

Os dilemas, desafios e pro-blemas naturais ao exercício do ministério exigem muito mais do que apenas prática ministerial e conhecimento acadêmico. O ministro deve estar preparado para enfren-tar estas situações sem que isso possa afetar sua vida pes-soal, familiar, seu ânimo e es-tima própria. Isto é chamado de resiliência que é a capaci-dade de lidar com conflitos e tensões sem que isso possa minar a capacidade pessoal e de trabalho. Se o líder não age com resiliência, então o que ocorre é que chamamos de “burnout” que é a quei-ma de energias e motivação sem a devida recuperação da capacidade de lidar com con-flitos e estado de prontidão. Sem dúvida que a resiliência tem limites e pode acabar levando ao “burnout”.

Temos notícias de pastores que tentam levar sozinhos seu ministério e acabam so-frendo. No levantamento de dados notou-se que 13% dos que responderam não têm amigos e 61% têm apenas de 1 a 5 amigos. Sempre me pergunto por que nós pas-tores temos menos amigos do que o necessário? Tenho incentivado cada turma de seminaristas a desenvolver amizade entre si de modo a continuarem se apoiando mesmo depois de formado.

Formar um círculo de ami-gos (amigos mesmo) para orar juntos, aconselhamento

mútuo, comunhão e relacio-namento entre as famílias, poderá ser muito saudável. Há colegas que desenvolvem amizade entre membros de igreja, mas nem sempre isso é possível e há colegas que até entendem isso como algo difícil em se manter, pois quando surgir algum impas-se na igreja as confidências ocorridas na amizade podem acabar vindo à tona.

Então o que é possível su-gerir aos colegas? (1) Faça um levantamento objetivo de situações que lhe desmo-tivam, busque meios para encontrar respostas a estas situações, lembre-se que nem sempre os problemas são resolvidos numa só as-sentada; (2) Busque pelo menos um ou dois colegas próximos que possam ini-ciar periódicos encontros familiares de pastores para compartilharem e orarem juntos; (3) Sempre que pos-sível abrir o coração para seu cônjuge compartilhando as coisas que lhe trazem tristeza e desânimo. Aqui vale o companheirismo; (4) Leia bons livros sobre como lidar com problemas e difi-culdades; (5) Faça constante auto avaliação se você não tem sido a causa dos dile-mas que você mesmo está enfrentando. Cuidado com seu temperamento, pois ele pode estar destemperando seu ministério; (7) Ao ana-lisar as causas dos dilemas que enfrenta no ministério, procure lições que possa aprender para evitar situa-ções semelhantes no futuro; (6) Fale com Deus aberta e diariamente em oração sobre estes assuntos e peça que ele intervenha em situações que você não pode controlar.

“Não devemos orar por tempos fáceis, mas por líde-res fortes de caráter. Não de-vemos orar por tarefas iguais ao nosso poder, mas por po-der igual às nossas tarefas” (Philip Brooks).

(Veja a continuação na edi-ção do dia 13/10)

Caminhos da Mulher de Deus

Zenilda Reggiani CintraPastora e jornalista, Taguatinga, DF

Quem já não sen-tiu um olhar de desprezo? Como uma água suja

que nos atinge na rua assim é o olhar que pousa sobre nós muitas vezes em momentos inesperados. As razões po-dem ser bem diversificadas e tentam justificar o injusti-ficável.

Agar olhou assim para Sara porque ela tinha um filho de Abraão e ela não. Depois, Sara olhou com desprezo para Agar e seu filho Ismael porque ameaçavam a exclusi-vidade da herança de Isaque;

Os povos do deserto des-prezaram os israelitas por-que viam somente um povo em peregrinação desejando chegar a uma terra incon-quistável;

Hamã desprezou Mardo-queu porque ele recebeu a honra que ele julgava ser dele. Por causa disso achou que não bastava matá-lo, mas sim desejou exterminar todo um povo;

Sambalate, Tobias e Ge-sem olharam com desprezo para Neemias e os demais que reconstruíam a cidade de Jerusalém, achando que eles é que tinham poder para determinar os rumos do povo de Deus;

O sacerdote Eli olhou com desprezo para Ana enquanto ela clamava e orava por um filho que viria a sucedê-lo e seria ainda profeta e juiz;

Golias olhou assim. O alvo foi Davi, ainda um aprendiz na corte do rei Saul. Olhou com desprezo porque aos seus olhos era só um menino de boa aparência e não o es-colhido de Deus e fez pouco caso dele;

Abigail também olhou com desprezo para o rei Davi. Ela jamais poderia compreender uma pessoa que adorava ao Senhor com liberdade e temor diante da importân-cia que era trazer a arca da aliança para o meio do povo de Israel;

Os discípulos desprezaram as crianças que foram buscar a bênção de Jesus porque não acharam que elas eram dignas de tempo e atenção;

Os mesmos discípulos des-prezaram a mulher junto ao poço de Samaria por que quem era aquela mulher aos olhos deles e quem era aque-le povo?

Jesus “era desprezado, e re-jeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escon-diam o rosto, era despreza-do, e não fizemos dele caso algum” (Isaías 53:3);

Quem somos nós para que-rermos ser mais do que Jesus?

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7o jornal batista – domingo, 22/09/13missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Nos últimos anos temos visto mui-tos líderes abra-çando a v i são

de multiplicação de igre-jas como estratégia para o alcance de cidades intei-ras para Cristo. O Espírito Santo tem soprado nestes corações, mostrando que a missão é urgente e, ao mesmo tempo, simples. O maior desafio parece ser começar, romper com anti-gos paradigmas para que a agenda da igreja passe a ser a agenda de Deus.

O pastor Assis Xavier Bor-ges, da Primeira Igreja Ba-tista de Araruama, estado do Rio de Janeiro, fala sobre o importante momento de semeadura vivido em sua comunidade. Uma igreja em que antes havia pouco mais de 400 membros, após a implantação de uma cultura de plantação de igreja, pas-sou a registrar em seu rol de membros mais de 900 pes-soas, além de cinco outras igrejas organizadas, duas congregações e dois pontos de pregação. Tal feito vem da estratégia Uma Igreja em cada Bairro, projeto que dá vasão ao desejo de alcançar todo município de Araru-ama e, por que não, além.

Como surgiu essa visão do projeto Uma Igreja em cada Bairro?

Vinha orando muito sobre como conquistar a cidade e, portanto, eu entendo que fica muito difícil uma igreja esperar que todos venham ao centro da cidade para participar do culto. Se a igreja quiser realmente al-cançar a cidade, ela precisa ir à cidade. Por isso come-çamos a orar e Deus nos orientou.

Por outro lado, fica difí-cil pastorear igrejas mui-to grandes, todo mundo centralizado num lugar só. Entendo que fica mais fácil se multiplicarmos o número de portas abertas e enviar os pastores para os bairros, permitindo que os mem-bros da igreja que estão nos bairros fiquem lá. A igreja aceitou o desafio e deu total liberdade para que prepa-rássemos essa estratégia. Então escrevemos o projeto e começamos a trabalhar.

Quantas igrejas vocês já conseguiram plantar em Araruama?

Quando começamos o projeto e conversei com a liderança, alguém disse: “Pastor, você vai dividir a igreja porque uma igreja no Centro é composta ba-sicamente de crentes que moram nos bairros perifé-ricos e se deslocam para o centro”. Mas eu disse para eles que Deus não traba-lhava com divisão, mas com multiplicação. Então, quando começamos, pen-samos em seis bairros de maior densidade demográ-fica. Porém, atualmente es-tamos pensando em doze

bairros. Desses doze, já organizamos cinco igrejas prósperas, que estão cres-cendo.

No bairro Vila Capri, uma igreja que começou com 97 membros, já está com mais de 400 e é uma igreja que tem apenas quatro anos. Além das cinco igrejas, es-tamos com duas congrega-ções e duas missões. Duas já têm condições de serem organizadas.

Que reflexos essa cultura de plantação de igrejas trouxe à PIBA? Houve redução do número de membros ou queda financeira por conta dos investimentos?

Mesmo que a igreja te-nha investido, comprado terrenos e construído tem-plos, a experiência com missões diz que quanto m a i s n o s e n v o l v e m o s , mais crescemos. Quando começamos o projeto, tí-nhamos 408 membros , hoje temos cinco igrejas organizadas e chegamos a mais de 900 membros na sede. Jesus comparou a evangelização à pescaria. Então, se vamos pescar e, no nosso caso, criar pei-xes, precisamos de aquá-rios. Por isso, vamos cons-truir templos e preparar os aquários porque quem promove o crescimento da igreja é Ele.

E as pessoas que dirigem essas missões, congregações e igrejas. Onde o irmão tem buscado esses líderes?

Na verdade são pessoas que se identificam com os bairros. Podem ser leigos, diáconos, pastores auxilia-res... Temos, graças a Deus, uma turma que realiza um excelente trabalho, que facilita o meu ministério. Quando a igreja se envolve, Deus levanta líderes tam-bém. Certa vez, sentimos a necessidade de músicos e tínhamos apenas dois que colocavam o teclado numa moto e percorriam todas as missões. Hoje temos uma escola de música com mais de 150 alunos sendo pre-parados. O aluno que ma-nifesta o desejo de estudar para atuar na congregação, recebe um desconto de 50% na mensalidade, ou seja, a Igreja investe nele. Hoje temos bandas tocando em todas as congregações, mú-sicos preparados na sede.

Inevitavelmente, ser líder de uma igreja que deseja plantar igreja dá mais trabalho e precisa orar mais. Enfim, como tem sido o seu ministério como pastor líder de uma comunidade plantadora de igrejas?

Quando nos voltamos para a agenda de Deus fica mais fácil pastorear. Às vezes eu, com 34 anos de ministério, me senti preso numa agenda eclesiástica de comemoração de datas, eventos e progra-mas que tomam todo o tem-po. Só que aos poucos fui descobrindo que a agenda da igreja é a agenda do Espírito Santo e a agenda do Espírito Santo é a evangelização do mundo. Então, desde quando comecei a desenvolver disci-pulado e evangelização, está sendo mais fácil.

Quando nos envolvemos e deixamos Deus realizar a vontade d’Ele, fica mais fácil. Confesso que eu ainda não me sinto realizado por-que há muito a fazer. Para se ter uma ideia, as igrejas estão se unindo agora para que juntas possamos sair da cidade, levando o evan-gelho a outros municípios. Esperamos que a JMN nos oriente quanto a essas ou-tras cidades.

Veja a entrevista na íntegra na edição missionária da revista Pregação & Pregadores que compõem o material da campanha de Missões Nacionais. No site www.missoesnacionais.org.br/campanha você também pode fazer download da revista e de todos os materiais da campanha.

A agenda do Espírito Santo é a evangelização

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8 o jornal batista – domingo, 22/09/13 notícias do brasil batista

Redação da Juventude Batista Brasileira

Twittar, postar, comen-tar, trabalhar, melho-rar, comer, ligações, estudar, conversar,

lembrar, ás vezes esquece, pequeno grupo, sorrir, dia tenso, dia leve. Já é sexta--feira...

Cinema, boliche, rachar uma pizza, atividade da ju-ventude, perguntas, dúvidas, resposta, ficar em casa, sair com os amigos e... domin-go: culto, música, reflexão, mensagens de desafio, almo-ço em família, alguns tiram soneca a tarde e... segunda--feira.

Essa juventude e sua vida corrida, cheia de compro-missos e responsabilidades, o desafio de fazer alguma coisa diferente e vida que segue, não dá tempo para parar e pensar. Quase sempre a gen-te se pega assim, fazendo e pensando muitas coisas ao mesmo tempo e em alguns momentos um sentimento de dever não cumprido. Servir e cuidar do próximo, é isso que importa, pois é fruto do amor de Deus sobre todas as coisas.

Como JBB, estamos em busca de se tornar cada vez mais a presença de Jesus na história, inspirando, moti-vando e encorajando nossos adolescentes e jovens a des-frutarem de uma fé compro-metida e solidária. Em todos os projetos que desenvolve-mos, nosso maior objetivo é sempre mexer com essa galera para que eles possam viver o Reino e anunciar o Rei do Reino. Queremos sempre mostrar que o Reino já está entre nós e nos leva para uma caminhada mais intensa com Deus e com o próximo.

Há muita coisa boa acon-tecendo, muitos jovens e adolescentes trabalhando e há lugar pra quem quiser se envolver. Tope o desafio e coloque a mão na massa. Em janeiro, você poderá se envolver em algum projeto que vamos apresentar:

Pés no Arado 2014“E disse-lhes: Ide por todo

o mundo, pregai o evange-lho a toda criatura” (Marcos 16.15).

Assim tudo começou, no final do evangelho. Após os discípulos terem inúmeras experiências com Jesus, após Ele ter morrido e ressuscita-do, eles são convocados a sair de onde estavam, a se mover e pregar o evangelho a toda criatura. A Juventude Batista Brasileira acredita que esta grande convocação ainda é feita nos dias de hoje, e que cada jovem é chamado a se mover em favor daqueles que não conhecem a notícia da nova aliança de Deus com o mundo, feito através de Jesus.

Para que esta boa notícia seja espalhada por todo o Brasil, a JBB realiza todo ano o projeto “Pés no Arado” que é destinado a jovens batistas a partir de 18 anos. Cada ano o projeto acontece em um lugar diferente, e em 2014 o lugar escolhido foi Santa Ca-tarina! Serão 10 dias (de 3 a 13 de janeiro) onde os jovens voluntários terão oportunida-de de aprender, falar, ouvir, viver, demonstrar e experi-mentar o amor de Deus aos catarinenses. Nos primeiros dias, todos os voluntários ficarão juntos reunidos em um treinamento onde apren-derão sobre evangelismo pessoal, conceitos bíblicos de missão e terão momentos de oração e comunhão. Após

estes dias, os voluntários serão divididos em grupos menores que serão enviados para o local específico da missão. Neste local os vo-luntários terão oportunidade de botar em prática tudo o que aprenderam nos dias de treinamento.

Junto com os voluntários será trabalhado o novo pa-radigma da missão da igreja, que deixa para trás o con-ceito de que o cristão é cha-mado somente para ganhar almas. Hoje, entendemos como juventude que o dever cristão além de cuidar do espiritual, também é cuidar da vida em todos os outros aspectos. Cremos que Deus pode nos usar como pescado-res de homens, mas que Ele também pode nos usar para prover o “maná no deserto” ou mesmo a roupa para se vestir (do mesmo modo que Deus através da natureza pro-vê para os lírios do campo).

A criatividade que Deus dá é um grande meio que nossos voluntários usam para che-gar ao coração das pessoas. Por isso, sempre temos um grande grupo de palhaços, bonecas, e malabaristas que usam todo seu talento e ale-gria para contagiar as crian-ças que encontramos. As atividades com essas crianças fazem dos dias no campo missionário mais alegres e divertidos, pois é impossível não aprender com a simpli-cidade das crianças e não ser tocado pelo sorriso sincero.

O Pés no Arado é um pro-jeto que tem como objetivo cumprir o grande chamado e aproveitar a disposição dos jovens para isso. O tema do projeto esse ano é “Pra você sorrir” e nós sabemos e que-remos contar para todos, que Jesus é o motivo do melhor sorriso.

Teen Brasil 2014Todo adolescente gosta de

andar em “bando” e nós sabe-mos que é muito melhor para os adolescentes e para os pais, que esse “bando” seja cristão. É esse o objetivo do congresso de adolescentes da Juventude Batista Brasileira, o Teen Bra-sil: Proporcionar dias de ami-zade e comunhão junto com a galera. Esse ano, o tema traba-lhado será “E quando juntos dá sempre certo”. O foco, previsível pelo tema, será a união e os relacionamentos, tanto com Deus, quanto com quem está a nossa volta.

Sabemos que Deus, em sua multiforme graça, é um Deus que se manifesta através dos nossos relacionamentos. As-sim sendo, podemos e de-vemos perceber a presença Divina em uma conversa, em uma brincadeira, em um abraço, e não só nos momen-tos de culto e oração. Deus é

um Deus que investe tanto em relacionamento, a pon-to de se fazer homem para se relacionar melhor com a criação Dele mesmo! É esse Deus a quem vamos cultuar, nos aproximar e nos render nos dias do Teen.

Percebemos que o amor que nos une vem de Deus. O amor é a junção daquilo que antes estava separado. O amor de Deus é a junção do homem e da cruz de Cristo que essencialmente conduz ao amor: à Deus e ao próxi-mo. E todo relacionamento saudável vem desse amor.

Nos dias 15 a 18 de janei-ro, vamos contar com a pre-sença do pastor Walter Júnior trazendo mais sobre a Palavra de Deus e nos ensinando sobre a comunhão. Também estarão conosco a Bruna e o Erik da PIB de Curitiba, que fazem esquetes no canal “Caia na Real” no YouTube. Não poderia faltar o pessoal que vai animar o Teen e pro-mete não deixar ninguém parado: Os Locomotions!

Em 2014, o Teen Brasil vai rolar em Serra Negra – São Paulo. O sítio, carinhosamente escolhido, foi a Pousada Estân-cia Turística Rafaela, que conta com chalés para acomodação, piscina, campo de futebol e salão de jogos, além de uma grande área verde! Cremos que lá foi o lugar que Deus separou para tratar conosco mais intimamente sobre nosso relacionamento com Ele.

No Teen Brasil não vai faltar risada, abraço, brin-cadeira, oração, diversão, comunhão, alegria, paz... Mas principalmente, não vai faltar a presença de Deus. Ele já está na frente dos preparos e planejamentos, porque juntos com Deus, sempre dá certo!

JBB com a mão na massa!

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9o jornal batista – domingo, 22/09/13notícias do brasil batista

Convenção Batista Sul-Mato-Grossense

Seguindo os moldes da Junta de Missões Nacionais, a Coorde-nadoria de Missões

Estaduais da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense (CBSM) realizou no mês de julho aTrans 2013 nas igrejas e missões do nosso estado.

Muitos pastores aproveita-ram para realizar a chama-da Trans local, onde apenas voluntários da própria igreja se unem para evangelizar de forma sistematizada às ruas e nos bairros próximos aos templos batistas.

Os trabalhos foram realiza-dos pela Coordenadoria de Missões nas seguintes locali-dades: PIB do Cristo Redentor em Corumbá, Missão Batista Monte Sinai (missão da Ter-ceira Igreja Batista em Corum-bá) e Missão Batista na Vila Toscana (missão da Primeira Igreja Batista em Dourados). A Coordenadoria de Missões Estaduais auxiliou ainda o projeto na Quarta Igreja Batis-ta em Corumbá. A Associação das Igrejas Batistas do Leste de MS realizou TRANS na Pri-

meira Igreja Batista em Santa Rita do Pardo. Além destas, as seguintes igrejas realizaram a Trans local: Igreja Batista do Centenário em Corumbá, Pri-meira Igreja Batista em Nio-aque e possivelmente outras que não chegaram ao nosso conhecimento.

União e comunhão“As igrejas batistas do esta-

do de Mato Grosso do Sul já perceberam alguns benefícios claros às nossas ovelhas e por consequência aos ministérios de nosso estado”, afirma o pastor Paulo José da Silva, coordenador do Pólo 2 de Missões Estaduais. Ele des-taca ainda que “as pessoas que participam da Trans se tornam pessoas capacitadas para a evangelização, dimi-nuem ou perdem totalmente a timidez, aprendem a fazer eventos evangelísticos como EBF, KidsGames entre outras capacitações que acontecem durante o projeto”. Ainda conforme pastor Paulo, outro benefício claramente obser-vado pelos pastores e líde-res que já envolveram seus membros na Trans é a união, comunhão e coragem que

Em 2012, sob a coorde-nação do pastor Mar-celo Oliveira da Sil-

va, hoje pastor da PIB em Mundo Novo, foi realizada a Trans em Corumbá e uma das frentes foi a Terceira Igre-ja Batista. Vem de lá a linda história da família Cândido.

A família Cândido foi visi-tada pelos irmãos da TIB em Corumbá durante a realiza-ção da Trans 2012 em seu lar e aceitou fazer o estudo da Palavra de Deus. Logo começaram a ir à igreja e durante os estudos entrega-ram suas vidas a Jesus. Pai, mãe, filho e filha começaram imediatamente a participar dos trabalhos na igreja em Corumbá.

Em março deste ano, Jean Ramos Cândido, pai; Eledir Silva de Oliveira Cândido, mãe; Talia Silva de Oliveira Cândido, filha; Thierry de Oliveira Cândido, filho; des-ceram as águas do batismo e se tornaram membros da TIB em Corumbá. A família que desde a última Trans tem bus-cado ao Senhor para dirigir as suas vidas e tem entregue diante de Deus os seus cami-nhos decidiu então que, sem demora deveriam também falar de Jesus a outros que estão longe da luz de Cristo.

A família toda – pai, mãe e filhos – se inscreveram na

são realçados nos “amareli-nhos”, as pessoas envolvidas fortalecem e alicerçam sua fé de forma surpreendente. “A semente tem sido plantada, em outros tempos regada, e aguardamos que Deus dê o crescimento às nossas igrejas e missões” completa pastor Paulo.

O Projeto JESUS TRANSfor-ma tem levado todos os anos o precioso nome de Jesus a

Trans 2013 para trabalhar durante 15 dias na Missão Batista Monte Sinai em Co-rumbá. O pai mesmo tendo que atuar no seu trabalho secular, esteve presente em todos os momentos que o trabalho lhe permitia e os demais membros da família estiveram sempre presentes.

Como foi maravilhoso ver e ouvir a irmã Eledir preo-cupada em ganhar almas, querendo que seus parentes, amigos, vizinhos e mora-dores da Vila Guarani, bair-ro onde está localizado a Missão Batista Monte Sinai, onde ela trabalhou, possam se achegar a Deus e mudar os rumos de suas histórias como Deus mudou a história dela e

milhares de casas de nosso estado. Alcançamos lugares onde os batistas ainda não tinham se instalado como na Vila Toscana em Dourados. Apresentamos Jesus em casas que nos receberam mau, mas também em muitas casas que abriram prontamente as portas para o estudo da Palavra de Deus. Falamos de Jesus a mi-lhares de crianças através das EBF’s ou Kids Games, onde elas ouviram de um Jesus que pode mudar a história das suas vidas.

Estivemos em bairros ca-rentes, classe média e até nos lugares mais nobres de nossas cidades.

“O uniforme amarelo já é conhecido no país todo e sempre encontramos pessoas que nos param nas ruas, via-

de sua família.Esta linda história vem se

repetindo dezenas e deze-nas de vezes e esperamos que ela possa continuar em nossas igrejas seja através da Trans ou de outros projetos evangelísticos. Que Deus nos permita ganhar almas para que estas possam ganhar outras almas e assim sucessi-vamente até povoarmos os céus com aqueles que hão de se salvar.

“Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda” (João 15.16).

jando de férias nos encontram e comentam que conhecem o projeto ou já participaram em anos passados, além disso este conhecimento facilita a recepção por parte das pesso-as que abrem suas casas. Uma estratégia simples que tomou um corpo talvez inimaginá-vel”, comenta pastor Paulo José da Silva.

Por isso nosso convite para que você possa fazer parte deste grupo nos próximos pro-jetos, conclame sua igreja a participar deste evento e faça com que pessoas que você jamais imaginou também caminhem de casa em casa le-vando a preciosa semente do evangelho de Cristo, fazendo com que o crescimento do Reino seja visto por todos em nosso estado.

Fotos: Divulgação CBSM

Mais de 500 conversões atestam a qualidade da Trans no Mato Grosso do Sul

Alcançados em 2012 fazendo a obra em 2013

O filhoThierry, a mãe Eledir, pastor Paulo, o pai Jean e a filhaTalia

Todos os inscritos na TRANS em Corumbá

Foto: Coordenadoria de Missões

TESTEMUNHOS DA TRANS 2013

Havia um homem que um dia Deus procurou para colocar algo em suas mãos. Por ser sua primeira vez, ficou muito temeroso. Entretanto ele se lembrou de Lucas 5, que narra a história de Pedro, um homem que depois de trabalhar muito e não conquistar grandes resultados, decidiu ouvir a voz de Jesus e fez aquilo que Ele lhe ordenara. Esse homem sou eu.

Eu achava que devia confiar em minhas ferramentas, mas estava com medo, com frio, cansado, exaurido, mas com a imensa satisfação narrada em Isaías 53, tendo a certeza de que a semente foi plantada.

Concluímos estes 15 dias acreditando muito mais naquilo que Deus pode fazer por nós e conosco e mais ainda através de nós. A PIB do Cristo Redentor está preparada para dar continuidade aos estudos, às ministrações e cremos que as almas se achegarão ao aprisco do Senhor.

Gerson Cortes – Obreiro da IgrejaPIB doCristo Redentor

Percebemos o quanto Deus abençoou nossa igreja. Através da TRANS conquistamos união, coragem e força, características que precisam ser vivenciadas diária e intensa-mente, o que acontece naturalmente nos dias do projeto.

Evangelizamos nas feiras, nos semáforos, fizemos senso religioso e estudos bíblicos, mas algo nos surpreendeu. Nossa cidade tem um número gigantesco de pessoas que já foram membros de uma igreja evangélica, mas estão afastadas e não participam mais de nenhuma igreja evangélica, já estiveram na casa do Pai e agora estão distantes. Isso mexeu com nosso coração e nos despertou a trabalharmos para trazê-los de volta aos braços do Pai.

Percebemos a necessidade de fazer a TRANS em nossa igreja não apenas 15 dias por ano, mas o tempo todo. A Igreja Batista do Centenário realizou os trabalhos exclusiva-mente com pessoas da própria igreja o que nos fez entender que podemos sim, fazer esta linda obra.

Jovem inscrita na TRANSIgreja Batista do Centenário

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10 o jornal batista – domingo, 22/09/13 notícias do brasil batista

Amanda NeumanComunicação da Convenção Batista Sergipana

Fé. Purificação. Cons-ciência. Corpo. Foi com base nessas qua-tro palavras que a Ju-

ventude PIBA (Primeira Igreja Batista de Aracaju) realizou um Congresso todo especial para comemorar seus 100 anos de existência.

O evento, que teve início na sexta, 23, e se estendeu até o domingo, 25, ainda contou com um show de celebração, no Estádio João Hora, na noite do sábado, 24. Na programação cons-taram cultos de louvor, pre-gação da palavra e oficinas variadas com temáticas que envolviam as palavras citadas anteriormente.

“É uma alegria poder fa-zer parte disso tudo. Tenho certeza de que Deus falará muito aos nossos corações e renovará a nossa fé durante esses dias”, declarou o jovem Eli Azevedo, líder da juven-tude da Igreja. Além dele, outros jovens organizaram o evento e fizeram questão

de comparecer nos dias de realização. A juventude da PIB de Aracaju participou em massa e ainda trouxe jovens de fora para se unirem nos dias de festa.

Quem veio de fora, por-tanto, para dar bri lho à programação e louvar ao Senhor junto com os sergi-

panos foi a Comunidade de Nilópolis que, animada, em-balou com novos e consa-grados sucessos os três dias de Congresso. “É sempre uma alegria vir a Sergipe e, por isso, nós voltamos aqui mais uma vez. Espero ver vocês animados até o fim do Congresso, serão três dias

intensos e de muita alegria na presença do Senhor”, dis-se o pastor Marcus Vinícius, vocalista da Comunidade, ao público jovem que en-cheu o templo da Igreja no culto de abertura.

Sem dúvida, o ponto alto do evento foi o show de ce-lebração realizado na noite

do sábado, 24, no Estádio João Hora. Na ocasião se apresentaram o Ministério Filhos da Promessa, Amanda Neuman e Comunidade de Nilópolis. Uma noite que ficará marcada na história da Juventude PIBA, uma história que, certamente, não para por aqui.

Foto: Comunicação PIBA

Congresso com Comunidade de Nilópolis marca 100 anos da

Juventude PIB de Aracaju

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11o jornal batista – domingo, 22/09/13missões mundiais

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

Crianças precisam de proteção, cuidado, saúde e educação, itens importantes

para que tenham um futuro de boa qualidade. Responsável por levar Cristo ao mundo, mo-tivada pelo maior de todos os sentimentos, o amor de Cristo, Missões Mundiais mobiliza os brasileiros, pelo segundo Natal consecutivo, a doarem mensa-gens de esperança às crianças do PEPE (programa socioedu-cativo) e, a partir desta edição, também aos pequeninos aten-didos pelo POPE (Programa de Odontologia Preventiva e Educativa) e Jeevan Sach (as-sistência a meninas vítimas de exploração sexual no Sul da Ásia).

O sucesso da campanha Doe Esperança, em 2012, com centenas de pessoas en-viando suas mensagens para pepitos de São Tomé e Prínci-pe, Guiné-Bissau, Paraguai e Haiti, beneficiou crianças de comunidades extremamente pobres. Na edição 2013, você pode enviar sua mensa-gem de carinho e esperança através de desenhos, textos, áudio ou vídeo para crianças atendidas pelo PEPE e POPE de El Salvador (unidade Para-

Anatoliy ShmilikhovskyyMissionário da JMM na Ucrânia

Meu período de estudos no Bra-sil foi de 1998 a 2004, época que

passei no Seminário Teológi-co Batista do Norte do Brasil, em Recife/PE, com base na Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem. Minha forma-ção teológica e missiológica aconteceu justamente no campo pernambucano.

No entanto, o ponto chave em tudo aquilo que Deus fazia comigo no Brasil foi o primeiro Proclamai, con-gresso missionário realizado em 2001 pela JMM no Rio de Janeiro. Aquele evento, com palavras e testemunhos excepcionais, deixou marcas muito profundas em minha vida como missionário. Eu mantenho até hoje muitas decisões que tomei naquela ocasião. Quando eu estava lá com os também hoje missio-nários Lyubomyr Matveyev e Nataliya Pyrih, nosso so-nho foi ver algo parecido na

ja Galán), África do Sul (uni-dade Soweto), Senegal (uni-dade Mbour), Cabo Verde (unidade Praia), Moçambique (unidades Incais, Messano e Chamba) e, ainda, para as meninas do projeto Jeevan Sach (Sul da Ásia).

Escolha um destes grupos de crianças, elabore sua mensa-gem de esperança e envie até o dia 30 de novembro para o e-mail [email protected], através da página face-book.com/MissoesMundiais ou pelo Twitter, com a hashtag #DoeEsperanca. Não esqueça de informar seu nome, igreja, cidade e estado. Para mais in-formações, acesse o site www.doeesperanca.org.br.

Além de mensagens, você pode alegrar as crianças des-tes projetos com ofertas em dinheiro para a compra de materiais e, no caso espe-cífico do POPE, enviando creme e escova dental, além de toalhinhas.

Saiba mais sobre estes projetos

PEPEO programa socioeducati-

vo promovido por Missões Mundiais desde 2001 leva o Evangelho de Cristo a crian-ças e seus familiares através da educação. Hoje, o PEPE está presente em mais de 20

Ucrânia. Sonhávamos que a igreja ucraniana, seguindo o exemplo da igreja brasilei-ra, também teria fervor por Missões.

Em março de 2004, volta-mos à Ucrânia com um único intuito: ajudar a igreja do país a se tornar missionária. Em outubro daquele ano, realizamos na cidade de Lviv o primeiro Proclamai, com participação de mil crentes. Ali nós apresentamos pela primeira vez às igrejas ucra-nianas uma visão detalhada de como tornar uma igreja

países, em parceria com igre-jas locais, atendendo mais de nove mil crianças.

Ainda em 2013, Missões Mundiais espera ver o PEPE avançar ainda mais na Áfri-ca, chegando a Botsuana, Guiné Equatorial, Libéria e Gâmbia. Na América Latina, as negociações apontam para a abertura das primeiras uni-dades do PEPE no México, na Guatemala e na Venezuela.

POPEO Programa de Odontologia

Preventiva e Educativa mani-festa o amor de Deus através da prevenção de cáries em crianças entre 5 e 12 anos de idade. O POPE é desenvolvido em parceria com o PEPE.

O atendimento é uma pon-te para os dentistas missioná-rios chegarem às famílias des-tas crianças com a mensagem que leva alegria e propõe transformação de vida através das boas novas.

JEEVAN SACHEste programa desenvolvi-

do no Sul da Ásia tem como objetivo abrigar meninas de 5 a 12 anos, recolhidas de áreas de prostituição por au-toridades locais. As primeiras meninas chegaram à casa do projeto em julho. No espaço administrado por um casal

missionária.Quanta oposição enfren-

tamos naquele momento! Havia os que diziam: “Temos muitos problemas dentro da igreja, não temos recursos para investir fora”. Ou diziam também: “Você está rouban-do a melhor juventude de nossa igreja para Missões”. Cheguei inclusive a ouvir: “Você está construindo seu próprio império”, entre tantas outras acusações e ataques. Mas pela graça de Deus, o trabalho cresceu e nós sobre-vivemos.

missionário da JMM, elas aprendem a viver a realidade de uma família, tendo acesso à escola, hospital, lazer e, principalmente, à Palavra de Deus.

O projeto luta para man-ter essas meninas longe dos riscos da prostituição, da miséria e de doenças.

Necessidades EspecíficasPEPE El Salvador (unidade

Paraja Galán): inserida em uma comunidade de pobreza extrema, as salas de aula pre-cisam de mesas e cadeiras.

PEPE África do Sul (unida-de Soweto): são necessárias melhorias das condições do espaço, livros infantis e ma-teriais escolares.

PEPE Senegal (unidade Mbour): precisa de uma bi-blioteca infantil. Cada livro custa entre 6 e 10 dólares.

Vários novos projetos fo-ram plantados dentro e fora da cidade. Com o tempo, as igrejas começaram a crescer, e pessoas foram batizadas. Nós conseguimos mostrar que a igreja deve estar focada não em seus problemas, mas na realização da visão que Deus nos deu.

Assim, o que esperávamos há mais de três anos aconte-ceu no final de agosto, o pri-meiro Fórum Missionário Na-cional Ucraniano, que reuniu 3 mil batistas. Pela primeira vez, a igreja aqui começou a pensar séria e sistematicamen-te sobre seu papel na obra de Missões no mundo. Sim, isso é uma vitória que pode vir somente de Deus.

Um grupo de irmãos da convenção batista ucraniana organizou o Fórum Missio-nário, mas a ideia principal veio do Brasil, e o Proclamai em Lviv serviu de base para o congresso deste ano – até o tema e a divisa foram apro-veitados, assim como muitos outros materiais.

Não quero falar de mérito, mas quero mostrar que Deus

PEPE Cabo Verde (unidade Praia): está fechada por falta de mobiliário e materiais. A maior necessidade para a sua reabertura é de 10 mesas e 40 cadeiras escolares.

PEPE Moçambique (unidades Incais, Messano e Chamba): as três unidades necessitam da construção de salas de aula.

Jeevan Sach: precisa de mantenedores mensais.

Como doar:Para doação de material

para o POPE, cartas e ou-tros itens para a campanha Doe Esperança, envie para o endereço: Rua Sergipe, 47, Maracanã, Rio de Janeiro/RJ – CEP: 20.271-310.

Para ofertas em dinheiro, ligue para a nossa Central de Atendimento: 2122-1901 (ci-dades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades).

está soprando seu vento de Missões sobre terras ucra-nianas, pois no Fórum nós ouvimos que os ucranianos já estão presentes em 20 países, entre eles nações africanas, muçulmanas da Janela 10/40, Oceania, entre outros. Eis o mover que Deus está levan-tando agora aqui.

Não sei o que esperar do futuro, pois atualmente há problemas, desafios, política. Mas sei de uma coisa: a pa-lavra “missionário” não soa mais para um crente ucrania-no como “estrangeiro”. Final-mente, a palavra “nós” tem sido incluída em um time chamado Missões Mundiais.

Os ucranianos começaram a chorar por Missões tam-bém. Como isso nos alegra! Por favor, continue orando para que o fervor por Missões cresça ainda mais aqui, para que muitos outros homens e mulheres ucranianos, seguin-do o exemplo dos batistas brasileiros, abracem a obra missionária no mundo, que ainda é tão carente de traba-lhadores. Que o Senhor de Missões abençoe todos nós.

Doe Esperança: Natal solidário 2013

Leste Europeu desperta para Missões Mundiais

Proclamai, da JMM, inspirou Fórum Missionário na Ucrânia

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12 o jornal batista – domingo, 22/09/13 notícias do brasil batista

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13o jornal batista – domingo, 22/09/13notícias do brasil batista

Pr. Dorgival Lima PereiraCoordenador Associação das Igrejas Batistas da Grande Curitiba

No último dia 31 de agosto a Asso-ciação das Igrejas Batistas da Grande

Curitiba (BGC) realizou seu 1º Workshop de Música, contan-do com o total apoio da Igreja Batista Sião, que o sediou, Igreja Batista do Cajurú (ce-dendo Pr. Maico Sant´Anna), Igreja Batista Resgate (ceden-do Pr. João Camargo Júnior), Banda Gospel Recall e do Co-ral Gospel de Curitiba. Foram 280 inscritos, representando 38 igrejas batistas e 2 igrejas de outras denominações con-vidadas. Foram realizados no total 8 oficinas instrumentais, de sonorização e de vocal e ministração, visando o aper-feiçoamento dos ministros de louvor e membros das equipes de louvor das diver-sas Igrejas Batistas de nossa Associação.

Contamos com a partici-pação de vários pastores e músicos, dentre eles o Pr. João Camargo Júnior, pastor da IB Resgate, que abriu o evento com uma edificante palestra sobre “A Importância da Música e do Louvor na Adoração, com uma Teologia Saudável dos Cânticos”.

Também destacamos a participação do Pr. Maico Sant’Anna, pastor de música na Igreja Batista do Cajuru que ministrou a oficina de

Vocal e Ministração e con-tou com o maior número de inscritos: 130 participantes. As demais oficinas individua-lizadas foram ministradas por experientes músicos cristãos e profissionais da música gos-pel de nossa capital: Teclado: Misael; Guitarra/Violão – conjunto: Rogério Proença; Baixo e contra-baixo: Tulio Couto; Bateria: Netto; Violão: Mauri Toniolo; Guitarra: Ro-gério Proença e Sonorização: Geodinei – IB Sião.

O evento aconteceu duran-te todo o dia, iniciando às 09 horas e encerrando-se as 17h30 com uma prática co-letiva de banda, que premiou o trabalho dos instrutores e a aprendizagem dos participan-tes. À noite, a partir das 19h, todos participaram do culto de louvor “2º AdoraSião”, que tem sido realizado pela Igreja Batista de Sião como uma oportunidade de inte-ração e comunhão de todos os ministros e membros das equipes de louvor das igrejas batistas convidadas, onde juntos adoram a Deus através da música. Foi uma gran-de bênção! O culto iniciou com um período de louvor da equipe formada pelos preletores, sob a ministra-ção do pastor João Camargo Júnior, que conduziu apro-ximadamente 500 pessoas presentes ao louvor e adora-ção ao Único que é digno de toda honra e todo o louvor: o Senhor Jesus. Finalizando o “2º AdoraSião”, todos foram

muito abençoados com a apresentação perfeita do Co-ral Gospel de Curitiba que a todos emocionou com hinos e cânticos inspirados que falaram e muito ao coração de todos os presentes.

A realização deste even-to era um antigo sonho do Coordenador da BGC, Pr. Dorgival Lima, que avaliou o resultado como excelente,

Cleriston Pereira do ValleSecretário da PIB Mairiporã

Foi com uma grande festa que a MCA (organização: Mu-l h e r C r i s t ã e m

Ação) comemorou na Pri-meira Igreja Batista em Mairiporã no Estado de São Paulo, seus 38 anos trabalhando, evangelizan-do e contribuindo com a causa do Senhor.

A MCA da Primeira Igre-ja Batista em Mairiporã é uma organização de mu-lheres de oração, onde temos irmãs que trabalham no ministério Débora, rea-lizando orações todas as quartas feiras para os fi-lhos. As irmãs também tem

diante da grande e surpre-endente adesão e qualidade dos preletores. O pastor Jean Garcia Cesar, presidente em exercício da BGC e o pas-tor José Soares, do corpo de pastores da Igreja Batista de Sião, foram fundamentais no apoio e organização do evento nas dependências da Igreja que lideram. Devido ao excelente resultado, a

BGC e a Igreja Batista Sião agendaram o 2º Workshop de Música para o dia 20 de setembro de 2014, quando todos nos encontraremos para mais uma oportunidade de crescimento e edificação do corpo de Cristo, através da música que alimenta e nutre a alma dos verdadeiros adoradores. Que assim Deus nos abençoe.

38 anos da MCA daPIB em Mairiporã

Foto: Nelson Boni

a PIB Mairiporã, e toda a Igreja participou do culto em comemoração aos 38 anos de trabalho ininter-ruptos desta brilhante or-ganização.

Que Deus abençoe rica-mente as mulheres cristãs de todas as igrejas.

trabalho em confraternização e ensino de tricô, crochê, re-ciclagem, entre outros todas às terças feiras.

Uma das irmãs é missioná-ria nos presídios da região, ganhando almas para Cristo. Esta organização de Mulheres Cristãs é um orgulho para

Batistas da Grande Curitiba realizam um dos maiores workshops

de música da sua história

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14 o jornal batista – domingo, 22/09/13 ponto de vista

Esta é uma afirmação do Dr. John Piper. Concor-do plenamente. A obra de missões existe para

levar o evangelho onde a ado-ração não existe. O Deus Mis-sionário é o Deus que deve ser adorado sempre. A tarefa missionária existe enquanto Jesus não volta (Mt 24.14), mas a adoração continua no céu. Adorar a Deus é tributá--lo como Senhor, Soberano, Majestoso, que está num alto e sublime trono. O profeta Isaias, no seu chamado, teve a visão da Majestade de Deus (Is 6.1-8). O interessante aqui é que ele adorou a Deus nos versículos 1 a 7, onde houve a revelação clara do Senhor, uma consciência de pecado do profeta e a sua purificação realizada por Yahweh. No versículo 8, o profeta Isaias tem o seu chamado definido e atende o desafio do Senhor, a missão de anunciar a Sua mensagem ao mundo. A men-sagem do Senhor, de que Ele deve ser adorado.

A obra de missões é real porque adoração NÃO existe. Jesus ensinou a Seus discípulos a adorar a Deus em espírito

e em verdade (João 4.24). A mensagem central de missões é que o homem deve adorar a Deus por meio de Jesus Cristo. Isto será feito a partir da expe-riência do novo nascimento. O regenerado que recebeu a mensagem de transformação pela via missionária, tem pra-zer em adorar o autor da sua salvação. O Salmo 67 ensina que todos os povos devem louvar, agradecer e adorar a Deus e eles o farão por meio de Cristo Jesus, o Salvador. Aqui se encontra a centralida-de da obra de missões que é levar a mensagem do evange-lho para que o homem, trans-formado, possa adorar Àquele que o resgatou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Deus promoveu a reconciliação do homem consigo por meio da obra de Cristo na cruz (II Co 5.18-20).

A consciência de que somos adoradores deve nos levar à práxis da missio Dei. Temos de Deus a responsabilidade de proclamar todo o evangelho ao mundo todo para que te-nhamos mais adoradores (Mc 16.15; At 1.8). Esta responsa-bilidade surge do nosso com-

promisso com toda a vontade de Deus revelada na Pessoa de Cristo. O evangelho é a boa notícia de que Deus nos amou de maneira tão forte, tão intensa e inigualável, que deu o Seu Filho por nós na cruz. Uma pessoa transformada pela iniciativa de Deus está com-prometida com a adoração. Esta é a gênese de tudo o que fazemos para Deus. Missio-nar é levar a mensagem que torna o homem um adorador a partir do ensino de Cristo nos evangelhos. A nossa mis-são fundamental é adorarmos um Deus de amor inigualável e insubstituível. Realizamos missões porque adoramos a Deus e para que outros povos o façam também. Adoração não é efeito, mas causa. Aqui está o princípio fundamental e motivador do nosso compro-misso com missões.

A verdade de Deus anun-ciada pela prática missionária deve gerar uma adoração verdadeira, espiritual, moti-vada por quem Deus é. Nós existimos porque Deus é. A tarefa missionária existe para que a adoração seja a essên-cia do nosso relacionamento

com o Senhor e os povos creiam nesta verdade. Os missionários, os investidores (de oração e recursos) e os administradores de missões devem ter a consciência da adoração fundamentada na Palavra. O Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8.16). A obra missionária testifica que é fruto de uma vocação para a adoração genuína. A nossa consciên-cia de adoração nos permite ver a nossa incapacidade, a majestade do Senhor, a necessidade dos povos e a disponibilidade de irmos ao encontro deles. Abrão tomou posse da terra que o Senhor lhe havia dado. A primeira coisa que ele fez foi levantar um altar ao Senhor (Gn 12.7). A promessa da conquista tinha um princípio subjacen-te: a adoração. Todo o subs-trato da práxis missionária aponta para a necessidade de adoração ao Senhor que é dono dos céus e da terra (Sl 24.1,2). Os servos que adoram realizam a obra do Senhor que deve ser adorado sempre e em todo o lugar.

Então, a obra de missões existe porque a adoração não existe. A nossa motivação e o nosso objetivo de proclamar-mos ao mundo a salvação de Deus é a adoração. O Senhor tem prazer naqueles que o buscam de todo o coração. Ele tem prazer naqueles que O honram, que O amam de todo o coração, alma e entendimen-to e com todas as forças. Vale dizer que o ser para Deus pre-cede o fazer para Ele. Adorar a Deus sinceramente é consi-dera-lo como prioridade. Todo o nosso esforço missionário deve ser precedido pelo nosso prazer em adorar, reconhecer e tributar a Deus a honra, a glória, o louvor, a sabedoria pelos séculos dos séculos e levarmos este princípio aos povos que não sabem o que é adoração. Aprecio muito o hino de adoração que Paulo deixou para nós em Romanos 11.33-36, especialmente o versículo 36: “Porque todas as coisas são dele, por ele e para ele. A Ele seja a glória eterna-mente! Amém”. A nossa visão e a nossa prática missionárias dependerão do nosso tributo ao Senhor.

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15o jornal batista – domingo, 22/09/13ponto de vista

SâmiaMissionária da JMM no Oriente Médio

Na edição do OJB nº 22 de 02 de ju-nho de 2013 foi publicado um ar-

tigo mostrando as nuances políticas, religiosas e eco-nômicas do conflito sírio. Para uma compreensão mais aprofundada vale a pena reler este material. Nosso objetivo aqui será apenas apresentar uma breve refle-xão sobre os desdobramentos do uso de armas química na Síria, em 21 de agosto, e a reação norte-americana na declaração Guerra contra o Governo deste país. Que-remos ressaltar que a atual situação da Síria não é de fácil solução, uma vez que o país se encontra dividido en-tre a liderança do Presidente Bashar Al-Assad e as diversas milícias de oposição.

As notícias que correm na internet são desde um pos-sível acordo entre EUA e Rússia mediando o ataque dos americanos na Síria, até uma previsão de estarmos à beira da Terceira Guerra Mundial. Num certo sentido podemos dizer que neste momento tudo é possível! A guerra civil da Síria já ultra-passou suas fronteiras e se mostra como um provável conflito regional entre os países xiitas pró-Assad e os sunitas alinhados com o Oci-dente. Mas também poderá tornar-se para um conflito internacional de proporções ainda maiores envolvendo as grandes potências. Caso a Rússia insista em se po-sicionar contra os Estados Unidos, as consequências são inimagináveis. Além dis-so, certamente envolverá a China, Irã e possivelmente a “quieta” Coréia do Norte, que finalmente poderá mos-trar ao mundo todo poderio de seu arsenal bélico. Por isso é muito importante que haja um rápido acordo con-ciliatório entre a Rússia e os EUA na crise da Síria.

Vamos passo a passo! Em dois anos de conflito interno sírio foram 100 mil vítimas fatais e mais de 2 milhões de refugiados espalhados prin-cipalmente entre a Turquia, Líbano, Jordânia, Iraque e Egito. Segundo estatística da ONU uma média de 5 mil sírios fogem da guerra a cada dia. Os Governos que recebem estes refugiados temem uma instabilidade econômica sem precedentes na História. Em países como a Jordânia, segundo a receber o maior número de refugia-dos, a gravidade está no fato de que não haverá água ou suprimento dos recursos bási-

cos para tanta gente. A ajuda humanitária da Comunidade Internacional precisa ser ime-diata, pois até agora chegou somente menos de 50% do valor solicitado pela ONU. Além disso, também há o temor de ataques terroristas nestes países visando deses-tabilizar a segurança interna de todos que apoiam os EUA.

A ONU insiste que a situ-ação da Síria deve ser ana-lisada com mais calma, pois um ataque neste país poderá provocar desdobramentos catastróficos para o futuro. O presidente Obama quer um ataque para breve, usando o discurso de ser imoral o uso de armas químicas contra vidas de civis indefesos, con-tudo nenhuma de suas provas foi apresentada à mídia até este momento. Pelo tempo que a Síria está em crise, já era para ONU ter numa so-lução rápida, mas a questão diplomática tem esbarrado impasses políticos e quem paga a conta é o sofrido povo sírio. Atacar a Síria causaria uma onda de retaliações em toda região. Analisemos pa-noramicamente a posição de cada país envolvido:

ALIADOS DA SÍRIAIrã: O aiatolá Ali Khamenei

(supremo líder religioso do Irã) é um aliado fortíssimo da Síria. Neste caso, o apoio não é só político, mas de fundo religioso, uma vez que am-bos são da linha xiita do Islã. Embora o novo presidente eleito (Hassan Rohani) seja de linha moderada e aberta ao diálogo, quem na verdade exerce poder é o aiatolá. A linha política desta liderança é anti-Israel e anti-EUA.

Líbano (Hesbollah): Não podemos dizer que o país como um todo apoia o Pre-sidente Bashar, uma vez que os muçulmanos do Líbano es-tão divididos em sua maioria entre sunitas e xiitas. O grupo radical Hesbollah é xiita e apoia incondicionalmente Bashar Al-Assad, porém li-baneses de linha sunita vem lutando ao lado da oposição do Governo sírio.

Palestina: Os palestinos alertam que a Guerra dos EUA contra Síria poderá ser um estopim para um conflito ainda maior. O Hamas é suni-ta e não alinhado com Bashar (xiita), porém são inimigos de Israel. Eles acusam os EUA de terem um único interesse na invasão da Síria: proteger Is-rael de também serem vítimas de armas químicas. Efe Salah el Bardaweel do alto escalão do Grupo Hamas declarou que os americanos silencia-ram por dois anos de guer-ra e agora querem somente

proteger os interesses dos israelenses. A fala seria mais ou menos de que os EUA não podem se intrometer nos as-suntos árabes, ainda que não apoiem totalmente as ações de Bashar. Além disso, ou-tras milícias palestinas como: Jihad Islâmica ou a Frente Popular para a Libertação da Palestina (PLFP) poderiam retaliar bombardeando Israel, uma vez que são simpatizan-tes do Presidente Assad.

Iraque: O Governo xiita do Iraque é aliado do regi-me Assad. Seu espaço aéreo está aberto para o Irã levar suprimentos e carregamentos para o Exército sírio. Além de fornecerem diesel, diversos tipos de munições e arma-mentos bélicos. A Guerra da Síria já ultrapassou a fronteira iraquiana na luta contra os rebeldes deixando vítimas fatais neste país.

Rússia: Aliada do Governo sírio por questões políticas e econômicas. Recentemente sediou a reunião dos G20. Vem tentando discutir uma solução diplomática para situação da Síria. Mesmo assim, já tem navios e subma-rinos militares no Mediterrâ-neo caso haja necessidade de uma ação defensiva a favor de Damasco.

China: Fará de tudo para acalmar os ânimos, mas será imparcial se tiver que se posi-cionar a favor da Síria! Ainda que não queira esta guerra. Neste momento a mídia no-ticia que a China já posiciona alguns navios na costa da Sí-ria como observadora, porém está equipada com mísseis. Damasco conta com um so-fisticado sistema de radar fornecido pela China.

Talvez até a Coreia do Nor-te: Apesar das sanções inter-nacionais para este país, conti-nuam vendendo armamentos para a Síria. Isso quer dizer, que possivelmente poderá se posicionar nesta Guerra, com risco até de uso de armas nucleares segundo alguns analistas internacionais.

ALIADOS DOS EUAReino Unido: Mesmo com

empenho do Primeiro-Minis-tro David Cameron em aliar--se restritamente aos EUA no ataque contra a Síria, não conseguiu votos favoráveis do Parlamento inglês. Ainda assim, são os principais alia-dos dos americanos.

França: O Presidente Fran-çois Hollande manifestou que está disposto a apoiar os EUA, apesar de dois terços da população francesa ser contra a intervenção na Síria.

Canadá: Apoiará os Esta-dos Unidos, mesmo se o Conselho de Segurança da ONU der voto contrário a uma intervenção militar na Síria. O país é pró-Israel e está disposto a lutar em favor do povo judeu em caso de ataque iraniano.

Israel: Sem sombra de dú-vidas é o maior aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio. Porém vem se man-tendo em silêncio sobre o ataque ao regime de Bashar neste momento, apesar de criticarem a hesitação de Obama no conflito sírio, não por solidariedade ao ditador Assad, mas por temerem que rebeldes ligados a Al-Qaeda se fortaleçam e iniciem ações terroristas em seu território.

Turquia: O Primeiro-mi-nistro turco Recep Tayyip Erdogan declarou que a Tur-quia está convencida que o Governo de Assad usou armas químicas contra seu próprio povo, e defende uma intervenção militar no país ao lado de seu aliado norte--americano. Vale lembrar que a Turquia é de maioria sunita, portanto não alinhado com o Governo xiita sírio. Além disso, vem treinando militarmente rebeldes na luta contra Assad.

Jordânia: O Reino Hasche-mita (da Jordânia) já colocou a sua Força Aérea em estado de alerta máximo para um possível ataque da Síria no país. A Jordânia tem sido um canal de entrega de arma-mentos aos rebeldes sírios e uma base para os militares norte-americanos. Além dis-so, as notícias falam de 300 rebeldes sírios já treinados no país para lutarem contra o Governo de Bashar, 50 combatentes da CIA infiltra-dos recentemente na Síria via Jordânia, 900 soldados ame-ricanos posicionados com caças F-16 e duas baterias de mísseis Patriot. Ainda assim, as declarações do primeiro--ministro, Abdullah Ensur, são de que seu país não irá partir para guerra. Segundo o vice-ministro das relações exteriores da Síria, Faisal Al-Mikdad, se a Turquia e a Jordânia participarem das ações militares ao lado dos EUA, também serão alvos dos ataques por Damasco.

Arábia Saudita e Qatar: São as principais financiadoras de material bélico para os rebel-des da Síria. Ao que parece Qatar quer explorar um ga-soduto natural fora do Golfo através da Síria. A Arábia Sau-dita é de linha sunita, assim estaria se posicionando como uma força contra os muçul-

manos xiitas. Lembremos que para os islamitas essa não é somente uma guerra política (e econômica), mas também religiosa de sunitas contra xiitas.

União Europeia: A UE afir-ma haver indícios de uso de armas químicas por Bashar Al-Assad, porém vão aguar-dar relatório final dos inspe-tores da ONU que visitaram Damasco para decidir uma ação internacional contra a este crime.

Analistas políticos decla-ram que esta é uma “guerra por procuração”, uma vez que apesar da Arábia Saudita e Qatar financiarem a opo-sição síria com armamentos pesados, não vão se envolver militarmente ao lado dos americanos. Eles querem mesmo é ver seus inimigos xiitas: Síria, Líbano (Hes-bollah), Irã e Iraque lutando contra os Estados Unidos e Israel. Obama vem declaran-do que o ataque à Síria não será como foi no Iraque ou no Afeganistão, mas haverá retaliações e isso deve ser levado em consideração. Obama afirma que os solda-dos americanos não pisarão o território sírio e o ataque será aéreo. Contudo, novamente temos que considerar o que acontecerá com os diversos grupos de rebeldes que lutam pelo poder cada um por si. Seu foco pode ser apenas um ataque direto contra o Poder e não contra os civis, mas como ficará a nação após a queda de Assad?

A tensão agora está no fato deste conflito tomar propor-ções ainda maiores, quem sabe até o Presidente Assad use armas químicas contra seus inimigos regionais (pa-íses de linha sunita alinha-dos com os EUA). Tudo é possível! Oremos para que jamais se concretize! Porém, certamente o Hesbollah, Irã, Rússia e China não vão ficar de braços cruzados vendo a Síria enfrentar sozinha todo arsenal bélico dos norte--americanos e seus aliados. 11 de setembro foi uma oportunidade para o Presi-dente Barack Obama tentar convencer os americanos da obrigação humanitária em punir o Governo sírio pelo uso de armas quími-cas. Coincidiu também com aniversário de morte dos diplomatas em Bengazi, na Líbia. Ou seja, a ferida e a moral dos americanos foram tocadas como forma de mo-bilizar a opinião pública em apoio à decisão em atacar a Síria, mesmo que as conse-quências desta Guerra sejam ainda maiores e terrivelmen-te desastrosas!

EUA x Síria e seus aliados

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