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nº 73 - ano VII junho/2013 BEM NUTRIDOS DESDE O NASCIMENTO Suplemento nutricional nas primeiras horas de vida favorece a formação de uma microbiota saudável e equilibrada XIV SBSA Evento estimula crescimento do setor Alternativa Fitato como valor antinutricional para aves e suínos ANOS com VOCÊ!

BEM NUTRIDOS DESDE O NASCIMENTO - avisite.com.br · Produção e mercado em resumo Pintos de corte Produção de carne de frango ... Acreditamos que uma sintonia entre os dois meios

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nº 73 - ano VIIjunho/2013

BEM NUTRIDOS DESDEO NASCIMENTO

Suplemento nutricional nas primeiras horas de vida favorece a formação de uma

microbiota saudávele equilibrada

XIV SBSAEvento estimula crescimento do setor

AlternativaFitato como valor antinutricional para aves e suínos

ANOScom

VOCÊ!

2 Produção Animal Avicultura2

3Produção Animal Avicultura 3

Sumário

Capa ArtigoNutrição

Eventos

Bem nutridos Veja aqui a importância das dietas neonatal e pré-inicial na avicultura de corte

Aminoácidos sintéticos e enzimas O uso de aditivos pode neutralizar fatores antinutricionais

XIV SBSA Evento destaca-se por qualidade técnica das palestras AviGuia SBSA

16 22 28

Informe Técnico-Empresarial Farmabase: Consolidação no mercado brasileiro e reposicionamentoda marca

Informe Técnico-Empresarial AB Vista: Fitato como valor antinutricional para aves e suínos

Reportagem empresarial Des-Vet comemora três décadas no mercado

Ponto final

WILSON MENDESA cadeia produtiva da avicultura no Brasil e América Latina

27 Notícias CurtasAviSite: 12 anos a serviço do setor avícola

AviGuiaCobb-Vantress: Biosseguridade assegurada

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36Eventos

Painel do Leitor

Portfólio

Produção e mercado em resumo

Pintos de corte

Produção de carne de frango

Exportação de carne de frango

Oferta Interna

Desempenho do frango vivo em maio

Matérias-primas

060845

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39

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43

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Estatísticas e preços

34

4

Editorial

Produção Animal Avicultura4

A Revista do AviSite estreia nessa edição uma série de mudanças visu-

ais e de conteúdo que estão sendo gestadas ao longo dos últimos meses,

parte delas há mais de um ano. Separamos os conteúdos - como mercado,

nutrição e manejo - por cadernos e atribuímos a cada cor específica no

sumário e nos chapéus para que o leitor possa encontrá-los com facilidade

ao folhear a revista. Algumas seções foram reformuladas: Painel do Leitor,

As cinco mais lidas, Notícias Curtas e AviGuia ganharam um visual mais

clean. A reforma objetiva tornar as seções mais legíveis e práticas. Tivemos

a preocupação de desenvolver uma identidade visual mais homogênea pa-

dronizando as fontes e a disposição das informações nas páginas. Também

desenvolvemos novas seções. Há dez anos traça um parâmetro entre os

acontecimentos passados e o contexto atual. Eventos traz os destaques na

programação do calendário técnico avícola e Reportagem Empresarial

apresenta as novidades e lançamentos.

Investimos em uma fusão orgânica entre a revista impressa e o portal

AviSite. O objetivo é que ambas as plataformas noticiosas passem a con-

versar de maneira mais ágil e completa do que já ocorre hoje. Por isso, em

algumas matérias, um link no final amplia as possibilidades de acesso do

leitor a informações mais completas. Ferramentas e recursos para facilitar

essa integração serão incorporados aos dois suportes – o papel e a tela.

Acreditamos que uma sintonia entre os dois meios é vantajosa para o lei-

tor. A integração impõe a revista o desafio de oferecer notícias que sejam

ágeis e ao mesmo tempo preserve a qualidade. Assim buscamos avançar

na direção de um jornalismo que atenda melhor às necessidades do setor

avícola, oferecendo um produto mais conciso e sintético na forma e analí-

tico no conteúdo.

Nesse novo formato, apresentamos a matéria de capa “Bem nutridos

desde o nascimento”(página 20), que mostra que o fornecimento imediato

de um suplemento nutricional aos pintinhos, já nas primeiras horas de

vida, favorece a formação de uma microbiota saudável e equilibrada.

Boa leitura!

Fusão orgânica

PublisherPaulo Godoy

[email protected]

Redação Andrea Quevedo (MTB 27.007)

Érica Barros (MTB 49.030) Mariana Almeida (MTB 62.855)

[email protected]

Comercial Daniel Cannos

Fernanda Bronzeado [email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e

Innovativa [email protected]

InternetJessica Sousa

[email protected]

Administrativo e circulaçãoCaroline Esmi

[email protected]

ExPEDIENTE

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 1153

13070-147 - Campinas, SP

ISSN 1983-0017 nº 73 | Ano VII | Junho/2013

Os informes técnico-empresariais publicados nas

páginas da Revista do AviSite são de responsabilidade das

empresas e dos autores que os assinam. Este conteúdo não reflete a opinião da Mundo

Agro Editora.

Para facilitar o acesso às matérias que estão na internet,

disponibilzamos QrCodes. Utilize o leitor de seu computador,

smartphone ou tablet

Uma amostra das mudanças:À esquerda as antigas diagramações e à direita os novos Painel do Leitor e As 5 Mais Lidas

5Produção Animal Avicultura

Editorial

5

6

Eventos

Produção Animal Avicultura

Junho 18 a 20Simpósio Internacional Modelagem na produção de suínos e avesLocal: Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp/Jaboticabal, SPRealização: Unesp/FCAVInformações: www.funep.org.br/mos-trar_evento.php?idevento=325

20Avicultor 2013Local: Rua Pitangui, 1904, Sagrada Família, Belo Horizonte, MGRealização: AvimigContato: (31) 3482-6403 Informações: www.avimig.com.br E-mail: [email protected]

Julho 19 a 2154º Festa do Ovo de Bastos Local: Recinto de Exposições Kisuke Wa-tanabe, Bastos, SP Realização: Sindicato Rural e Prefeitura de Bastos Contato: (14) 3478-9800Informações: www.bastos.sp.gov.br

Agosto27 a 29 SIAV – Salão Internacional da AviculturaLocal: Anhembi, São Paulo, SPContato: (11) 3031-4115Informações: www.ubabef.com.br/23congressoE-mail: [email protected]

27 Simpósio OvoSite de Produção e Mercado de OvosLocal: Anhembi Parque, São Paulo, SP, durante o SIAVRealização: OvoSite, Revista do Ovo e UBABEFInformações: www.ovosite.com.brEmail: [email protected]

O Salão Internacional da Avicultura (SIAV), evento promovido pela União Brasileira de Avicultura (UBABEF) entre os dias 27 e 29 de agosto, no Anhembi (São Paulo/SP) será também o momento para a definição das novas tendências da cadeia avícola nacional.

Neste sentido, o 23° Congresso Brasileiro de Avicultu-ra, inserido dentro da programação do SIAV, terá como tema nesta edição “Valor agregado: novos caminhos para a inovação avícola”.

“Em 2011, levantamos a logística como principal ponto de debate para o ganho de competitividade do setor, e hoje ela é pauta nacional, não apenas da nossa cadeia

Valor agregado: novos caminhos para a inovação avícolaAvicultor 2013 fará homenagem à EMATER-MG

No dia 20 de junho acontece o Avicultor 2013, na sede da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig), em Belo Horizonte, MG. Durante a ocasião, a entidade pretende home-nagear a EMATER-MG pelos 65 anos de trabalhos prestados ao agronegócio mineiro.

O dia será reservado para o conhecimento técnico-científico com palestras de alto nível sobre importantes temas do agrone-gócio avícola. Haverá apresentações e debates sobre “Registro de Granjas IN 36” e “Procedimento e Uso de Resíduos de Graxarias” (destinados à alimentação animal).

Além disso, a Ubabef fará a sua tradicional reunião regio-nal, uma oportunidade para os participantes se informarem sobre a atuação da entidade nacional – que trará, por intermé-dio de seus dirigentes e técnicos – dados sobre a economia e política relacionados à atividade avícola nos âmbitos nacional e internacional. Durante a reunião será discutido o tema normati-va NR 36 e o artigo 253 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Como nas edições anteriores, será realizada paralelamente, na sede da Avimig, a Feira de Produtos e Serviços Avícolas de Minas Gerais, um momento para contato com as empresas do setor e prospecção de negócios, em clima de confraternização.

Tema do SIAV destaca necessidade de melhorar a rentabilidade dos negócios do setor

7Produção Animal Avicultura

Setembro10 a 12X Curso de Atualização em Avicultura para Postura ComercialLocal: Centro de convenções Unesp/FCAV, Jaboticabal, SP Realização: Unesp/FCAVContato: (16) 3209-1303Informações: www.funep.org.br

Outubro 1 a 4IV Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária Local: Centro de Convenções da Amazo-nas, Belém, PA Realização: Sociedade Brasileira de Defe-sa Agropecuária Informações: www.conferencia.defesaa-gropecuaria.comE-mail: [email protected]

30 e 31 V Simpósio Internacional e IV Congresso Brasileiro de CoturniculturaLocal: Centro de Convenções da Universi-dade de Lavras, MGRealização: Universidade de Lavras – UFLAInformações: www.nucleoestudo.ufla.br/necta/index.php/inicioContato: (31) 3829-1240E-mail: [email protected]

Novembro12 a 15 Congresso Latino-americano de AviculturaLocal: Centro Internacional de Ferias y Convenciones, El Salvador Informações: www.avicultura2013.com E-mail: [email protected]

Valor agregado: novos caminhos para a inovação avícola

produtiva, mas para o país. Agora, em 2013, queremos levantar a importância de melhorarmos a rentabilidade dos negócios de nosso setor, por meio da agregação de valor”, destaca o presidente da UBABEF, Francisco Turra.

Na pauta das palestras estarão temas que desafiam o dia a dia dos técnicos e dos empresários do setor, e estratégias para ampliar a capacidade competitiva da ca-deia produtiva.

“Um dos pontos altos da programação é a palestra com o norte-americano Jurgen Klaric, considerado um dos gurus do marketing na atualidade. Um painel específico com os CEOs das maiores agroindústrias do setor avícola também será destaque na programação, como também a palestra de Andrea Gavinelli, diretor de Bem-Estar Animal da Diretoria-Geral de Saúde e Consumo (DGSanco), da Comissão Europeia”, ressalta Ricardo Santin, diretor de Mercados da UBABEF.

Em paralelo ao 23° Congresso Brasileiro de Avicultura, eventos gratuitos acontecem. Um deles é o Projeto Produ-tor, iniciativa especialmente voltada para os produtores avícolas, que tratará sobre desafios do manejo de frango de corte e informações sobre a aplicação de tecnologias na granja.

O Simpósio sobre Produção e Mercado de Ovos tam-bém é um dos destaques, com uma programação exclusi-vamente voltada para a cadeia de postura, com temas referentes ao mercado, como agregação de valor, abasteci-mento de insumos e a busca por novos mercados.

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Painel do Leitor

Produção Animal Avicultura

Envie seus comentários e sugestões para o email [email protected], com nome completo, profissão e cidade, ou ainda participe de nossas redes sociais

Estatísticas – Desempenho do frango vivo em abril

A crise na avicultura aqui em São Paulo está quebrando nossas integrações, estou com dois aviários muito bem equipados parados há mais de 90 dias. E não sou só eu. Muitos avicultores estão com o mesmo problema.Jamilson Barbon Godoy, Tambaú, SP

É triste, mas a avicultura no Brasil parece ser coordenada por principiantes e amadores.Se o setor não se profissionalizar o que veremos é uma quebradeira geral. Para os integrados, não para as grandes agroindústrias.Sergio, Atibaia, SP

Cadê o Governo que não ajuda os avicultores nessa situação? Será que o Governo sabe quan-tos empregos a avicultura proporciona? Só ajudam as montadoras de carro e não olham para o campo. Esse País não tem jeito mesmo. A população prefere comprar uma garrafa de cerveja ou cachaça do que um frango e ainda reclama que o frango está caro.Eduardo, Pirassununga, SP

Caos logístico: Se não melhorar, para

Já estava na hora de os portos terem serviços federais 24 horas. Antes tarde do que nunca.Daniel Batista Ferreira, Rondon, PR

O Governo levou dois anos para concluir um estudo sobre a ferrovia da integração. Dois anos para um estudo... Para construir vai levar mais uns 15 anos. Agora que as agroindústrias con-seguiram ser ouvidas é importante continuar cobrando, pois ainda faltam conseguir as licen-ças. Alexandre Cesar Grigolo, Chapecó, SC

Gostaria de parabenizá-los pela reportagem e capa sobre logística.Assunto que interessa a todos. E nós sofremos muito na ineficiência da logística deste país.Lucielma Holtz, São Paulo, SP

nº 72 - ano VIImaio/2013

SE NÃO MELHORAR,SE NÃO MELHORAR,

PARA- A queda do lucro e da

competitividade- As possíveis soluções

- Os gargalos enfrentados- Como escoar nossa produção

de grãos e frango

Diagnósticos: Novas tecnologias, qualidade das amostras e cautela na execuçãogeram resultados mais rápidos

ANOScom

VOCÊ!

Jona

than

Cam

pos/

Gaz

eta

do P

ovo

Fragilidade se acentua e preço do frango vivo sofre novo recuo

Frango vivo inicia maio valendo menos que há nove meses

Influenza Aviária: Ubabef recomenda reforço nas medidas de biosseguridade

BNDES pode abrir linha de R$ 3 bilhões para modernização de aviário

As mais comentadas no AviSitewww.avisite.com.br

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Como podemos investir em telas novas, cercas e arcos de desinfecção, sendo que não estamos nem alojando em nossas granjas e não recebemos os pagamentos das integrações? Em SP estamos desesperados!!!Jamilson Barbon Godoy, Tambaú, SP

É muito importante a atitude do Francisco Turra, presidente da Ubabef, que fez o pedido para o BNDES em relação a créditos. Para os bancos a avicultu-ra hoje é considerada atividade de risco elevado. Isso torna o acesso ao crédito quase impossível.Carlos Henrique de Lima, Descalvado, SP

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PARA ANUNCIARLigue para 19-3241-9292 ou envie e-mail para [email protected] www.avisite.com.br/publicidade

9Produção Animal Avicultura

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As cinco notícias mais lidas no AviSite em

Produção Animal Avicultura

Campinas, 06 de Maio de 2003 - Na tentativa de minimizar problemas inter-nos de abastecimento, o governo vene-zuelano deve importar uma série de alimentos do Brasil, entre eles farinha de trigo, lácteos e carnes. O anúncio foi feito pelo presidente Hugo Chávez, que admitiu – em seu programa “Alô, Presi-dente!”, transmitido pela Rádio Nacional da Venezuela – a escassez de vários produtos em decorrência do controle de câmbio.Em sua fala ao povo venezuelano, Chávez informou que o governo deve importar do Brasil 6.200 toneladas de carne de frango, 33 mil caixas de ovos e 80 mil sacas de farinha de trigo. Conforme jornais locais, chegou a detalhar a forma como serão importadas as 6.200 toneladas de carne de frango, a saber:- 3.600 toneladas chegarão à Venezuela por via terrestre, prove-

nientes de Manaus;- 1.600 toneladas serão transportadas por via marítima, saindo de São Paulo;- As 1.000 toneladas restantes também entrarão na Venezuela por via terrestre. A origem não foi especificada, mas a data de entrada já foi anunciada: dia 18 de maio próximo.Segundo o Ministro venezuelano da Agri-cultura, o governo avalia a possibilidade de acordo com o Canadá objetivando, também, a importação de alimentos.

Em tempo: A Venezuela importou no primeiro trimestre de 2013 o equivalente a 31, mil toneladas de carne de frango do

Brasil. O governo do país vizinho anunciou recentemente que passaria a importar também papel higiênico para suprir a neces-sidade interna. O presidente da Venezuela Hugo Chávez faleceu no dia 05 de março de 2013, vítima de câncer.

Há 10 anos no AviSitewww.avisite.com.br

Lula e Chávez, ainda em 2003, em visita do

venezuelano ao Brasil

Venezuela quer frango e ovo do Brasil

Desde o início de 2013 até 21 de maio, a cota-ção alcançada pelo frango vivo comerciali-zado no interior paulis-ta só registrou baixas, nenhuma alta em qua-se cinco meses. O pri-meiro registro do gê-nero nos últimos 10 anos data de 2006, frente aos casos de IA do tipo H5N1.

Preço do frango vivo: Situação de

2013 é inédita

maio

1

Matéria do AviSite de novembro de 2012 projetava, com base nas condições do mercado então en-frentada, qual seria o possível alojamento de matrizes de corte de 2012. O número é o mesmo agora infor-mado pela Ubabef: 46,5 milhões de cabeças.

Matrizes de corte: Projeções do AviSite são confirmadas por número da Ubabef

2

O levantamento men-sal da Embrapa apon-ta que, comparativa-mente ao mesmo mês de 2012 e após 13 meses de altas sucessi-vas, o custo de produ-ção do frango voltou a apresentar variação anual negativa. O valor levantado para abril de 2013 ficou em R$1,854/kg.

Custo do frango tem variação anual

negativa; pela primeira vez em

14 meses

3

Cientistas chineses concluíram que o H7N9 resulta de uma recombinação de quatro outros organis-mos. Os genes de um desses vírus podem ter se originado do vírus da IA incidente em patos do delta do Rio Yangtze (Rio Azul) onde, aparentemente, a epidemia começou.

A possível origem do H7N9 segundo cientistas chineses

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Sexto produto da pauta exportadora brasileira no primeiro trimestre de 2013, a carne de frango in natura se encontra agora na quinta posi-ção. Fechou o quadri-mestre com uma receita cambial de US$2,374 bilhões e trocou de lugar com o milho em grão, cuja receita foi menor.

Carne de frango sobe e troca de posição com o milho na pauta

exportadora

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11Produção Animal Avicultura

O fitato compromete o desempenho animalO efeito antinutricional do fitato pode trazer um custo da ordem

de U$ 6 / ton de ração em perda de performace.

Quantum® Blue é a solução.Desenvolvido para maxima quebra do fitato, Quantum® Blue traz mais

valor para a produção animal do que qualquer outra fitase.

Quantum® Blue traz uma revolução no desempenho de fitases.• Maior liberação de fósforo • Incomparável termoestabilidade intínsica

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Para maiores informações: E: [email protected] T: (011)4688 2555 W: abvista.com

Uma revolução no desempenho

performance beyond phytase

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Notícias Curtas

Produção Animal Avicultura

AviSite: 12 anos a serviço do setor avícola Maio de 2001. Por aqui, o presidente do Brasil era Fernando

Henrique Cardoso e com o World Trade Center ainda de pé, o presidente americano George W. Bush nem sonhava em invadir o Afeganistão. Sim, o ano de 2001 foi marcante também para o setor avícola. O cenário era fervilhante. Apesar do raciona-mento de energia, uma preocupação devido às sobretaxas que o Governo se propunha a cobrar, foram 6,6 milhões de tonela-das de carne de frango produzidas e 1,250 milhão exportadas. E foi dentro desse contexto que nasceu o AviSite, no dia 20 de maio.

O AviSite entrou no ar com a missão de informar o setor avícola. Entre as notícias da primeira semana, há 12 anos, fala-va-se de problemas enfrentados pela produção e pela exporta-ção. Um deles ocasionado exatamente pelo “apagão” no siste-ma de geração de energia elétrica; outro, decorrente de um surto de aftosa que isolava o RS do restante do País.

Mas havia espaço também para menção às empresas – por exemplo, à Chapecó, há tempos desaparecida do cenário aví-cola brasileiro; ou, ainda, à Sadia e à Perdigão, à época anun-ciando inédita (e inacreditável) parceria na Rússia. Foi então que – provavelmente pela primeira vez – a avicultura ouviu falar da criação de uma BRF. Ou seja: essa marca não é tão nova quanto aparenta.

Em 2001 acreditávamos (e em 2013 estamos ainda mais convictos) que a informação é uma das engrena-gens do desenvolvimento. Afinal, quem sabe, se anteci-pa. Quem conhece, se prepara. Quem se inteira, investe. E continuamos apostando nisso. Nosso objetivo é man-ter o setor avícola antenado com a evolução das tecnologias, da produ-ção das aviculturas de corte e postu-ra. É levar ao setor, sem distinção, informações atualizadas sobre o comportamento da atividade e suas

perspectivas no Brasil e no exterior. Não custa citar que – desde então – o AviSite publicou cer-

ca de 14.200 notícias e mais de 21.000 clippings – perto de 3 mil informações anuais, pela média. Uma vez que nenhum ou-tro veículo de comunicação do setor registrou esse nível de prestação de serviços à avicultura brasileira, tal desempenho deixa a sensação de dever cumprido.

Nossa expectativa é a de que os próximos 12 anos sejam tão produtivos quanto os que passaram. Aliás, ainda melhores, pois, afinal, os valores de produção dobraram, enquanto os de exportação mais do que triplicaram. Estamos na torcida e no apoio. Contem conosco.

Com o auxílio de renomados cientistas brasileiros, técnicos do Ministério da Agricultura iniciaram em março, as discussões para estabelecer os critérios de desempe-nho de inspeção e controle microbiológico no processo produtivo de mercadorias de origem animal. Esses pes-quisadores fazem parte da Comissão Científica Consultiva em Microbiologia de Produtos de Origem Animal.

Criado em janeiro deste ano, o grupo atua no auxílio técnico ao Dipoa na revisão e no aperfeiçoamento de programas e análises críticas de resultados laboratoriais. A comissão, formada por membros da academia especia-lizados nas áreas de carnes, também vai emitir pareceres e fornecer subsídios técnico-científicos em microbiologia de produtos de origem animal.

Os requisitos específicos para credenciamento e funcionamento dos Laboratórios de Resíduos e Contaminantes em Alimentos para atender exclusivamente as demandas do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) foram estabelecidos dia 20 de maio.

A normativa oficializa os manuais de Garantia da Qualidade Analítica e o de Procedimentos do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes. Esses instrumentos devem ser utilizados obrigatoria-mente pelos laboratórios durante os estudos de validação dos métodos de ensaios e nas suas rotinas.

O credenciamento ou autorização será concedido por ensaio ou gru-po de ensaios na área de resíduos e contaminantes em alimentos de origem animal e vegetal.

Os laboratórios também deverão participar de testes de proficiência e comparações interlaboratoriais periodicamente.

Sistema de inspeção Manuais oficializados

13Produção Animal Avicultura

O governo e importadores do México iniciaram contatos com o Brasil sinalizando a intenção de realizar a importação de carne de frango e ovos. No caso do frango, a ex-pectativa é de que o volume some, no total, 300 mil toneladas, a serem fornecidas por exportadores brasileiros e de outros países.

As primeiras informações são de que o México, onde foram registrados focos de gri-pe aviária, tem interesse em agilizar todas as negociações e formalidades necessárias para o acordo sanitário com o Brasil.

A UBABEF sugere que o acordo sanitário seja formalizado com base nos padrões que o Brasil cumpre junto a mercados como União Europeia, Japão e Arábia Saudita.

Exportações para o México

Os serviços federais anuentes do Porto de Paranaguá passaram a funcio-nar 24 horas por dia a partir do início de maio.

A medida já foi aplicada em outros portos do País, a exemplo de Santos, Rio de Janeiro e Vitória, dentro do programa Porto 24 horas, da Secretaria Especial de Portos (SEC).

O programa coloca órgãos como Anvisa, Receita Federal e Vigiagro em trabalho ininterrupto para acelerar a en-trada e a saída de carga de Paranaguá.

Paranaguá 24h

México é o 4º maior importador mundial de carne de frango,

estando atrás, apenas, de Japão, Arábia Saudita e UE

O otimismo tomou conta do setor produtivo e da classe econômica do gran-de oeste catarinense, com oficialização do edital da Ferrovia da Integração. O edital contempla três projetos em uma só licitação: o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, o estudo aerofo-togramétrico e o projeto básico de enge-nharia. O prazo para os três trabalhos é de 22 meses e o valor do investimento do Ministério dos Transportes nesse edital é de 68,7 milhões de reais.

Ferrovia: mais 2 anos

14 Produção Animal Avicultura

Notícias Curtas | Empresas

A JBS firmou, por meio de sua subsi-diária JBS Aves, um contrato com a BRF para a aquisição, por R$ 200 milhões, de unidade de suínos localizada no municí-pio gaúcho de Ana Rech. O ativo, que inclui também granjas, havia sido dado à BRF como garantia de uma dívida pela francesa Doux Frangosul, em 2011. Pelo contrato, a JBS também se compromete a adquirir ativos biológicos (cerca de 491 mil suínos) e a Granja André da Rocha, localizada em Nova Prata (RS).

Dos R$ 200 milhões que a JBS paga-rá à BRF, R$ 120 milhões se referem à unidade de Ana Rech e à Granja André da Rocha.

No dia 6 de junho foi inaugurado o abatedouro de aves da Unitá – Cooperativa Central, na cidade de Ubiratã, PR. O investimento está sendo realizado pelas cooperativas Copacol e Coagru, na ordem de R$ 135 milhões e vai gerar 800 empregos diretos neste primeiro momento. A Cooperativa Central foi criada no ano de 2011 com a proposta de fortalecer os negócios de ambas as cooperativas. Serão abatidas nesse início 80 mil aves ao dia, até o abatedouro chegar a sua capacidade máxima de 180 mil aves abatidas ao dia. Com ampliações previstas até 2017, o abatedouro chegará a 350 mil aves por dia.

JBS compra planta

Abatedouro de aves da Unitá, PR

A Marfrig, que controla a Seara Alimentos, deixará de operar a sua unidade de frangos do complexo agroindustrial de Caxias do Sul, RS, a partir de 20 de junho. Propostas para a venda dos ativos de Caxias estão sen-do analisadas, conforme a empresa. O sistema de produção de perus na mes-ma cidade continuará operando normalmente.

Segundo a Marfrig, o encerramen-to da operação de frangos em Caxias do Sul “é parte do plano de melhoria da eficiência” da Seara Foods no Brasil. O plano prevê o encerramento das ati-vidades de quatro plantas da Seara no país - três serão colocadas à venda - além do fechamento de duas unidades de bovinos na Argentina e centros de distribuição no Brasil. Com essas medi-das, a empresa espera reduzir em R$ 2 bilhões seu endividamento bruto, que é de quase R$ 13 bilhões. Informações divulgadas pelo Valor Econômico.

Marfrig vende unidade

A BRF pretende investir na cadeia produtiva de frangos no Haiti. Para isso, a empresa brasileira trabalhará em par-ceria com o fundo de negócios sociais de Muhammad Yunus, prêmio Nobel da Paz e criador do conceito de microcrédi-to para populações carentes.

Segundo Wilson Mello, vice-presi-dente de assuntos corporativos da BRF, a decisão de atuar na pequena e carente ilha da América Central visa causar um impacto social maior. “A população não tem acesso a emprego, renda ou proteí-nas. Queremos abrir essas três frentes no Haiti”, afirmou ele em evento de lan-çamento do fundo de Yunus no Brasil. Informações divulgadas pelo Valor Econômico.

BRF no Haiti

Depois de quase ser colocada à venda no ano passado devido às dificul-dades provocadas pela disparada dos grãos usados na ração animal e, princi-palmente, por sua elevada dívida de curto prazo, a processadora de carnes paranaense Big Frango deflagrou um profundo choque de gestão. À frente da companhia, o empresário Evaldo Ulinski demitiu toda a diretoria e iniciou uma peregrinação pelos bancos credo-res em busca de prazos mais longos para o pagamento das dívidas da companhia.

A ofensiva começa a mostrar efeito. Graças ao repasse de preços da carne de frango, a Big Frango saiu do verme-lho e encerrou o primeiro trimestre des-te ano com um lucro líquido de R$ 5 milhões. Informações divulgadas pelo Valor Econômico.

Big Frango viável

15Produção Animal Avicultura

16

Capa

Produção Animal Avicultura

O fornecimento imediato de um suplemento nutricional aos pintinhos, já nas primeiras horas de vida, favorece a formação de uma microbiota saudável e equilibrada. Veja aqui a importância das dietas neonatal e pré-inicial na avicultura de corte

Bem nutridos desde o nascimento

17Produção Animal Avicultura

“ A incubação artificial de ovos permitiu que a avicultura chegasse a grandes volumes de pro-dução, porém causou uma situação em que as aves recém-nascidas perderam a capacidade de alimentar-se por conta própria após a eclosão. Assim, o atraso neste recebimento de nutrien-

tes e micro-organismos benéficos limita o desenvolvimen-to fisiológico neonatal do pintinho. Com isso, o desempe-nho zootécnico no final do ciclo produtivo fica prejudica-do, além de afetar negativamente a formação e maturação do sistema imune, comprometendo a habilidade das aves em reagir contra patógenos”. Quem explica este processo é José Eduardo Butolo, especialista em nutrição de aves e membro dirigente do Colégio Brasileiro de Nutrição Ani-mal (CBNA). E ainda acrescenta: “No estado selvagem, o pintinho recém-nascido adquire sua microflora intestinal basicamente da mãe, por vias diretas ou indiretas. Os pin-tainhos provenientes de incubadoras comerciais não têm essa oportunidade e ficam suscetíveis a todo tipo de conta-minação microbiana que, geralmente, são patogênicas”.

Dessa forma, o especialista alerta que o fornecimento imediato de um suplemento nutricional, através da chama-da dieta neonatal, ainda no incubatório nas primeiras ho-ras de vida do pintinho, resulta em aves com maior capaci-dade de expressar seu potencial genético de crescimento e sanidade. “Esta dieta neonatal tem como objetivo oferecer nutrição e hidratação, sendo composta de uma mistura ba-lanceada de vitaminas, minerais, aminoácidos, carboidra-tos e micro-organismos vivos (probióticos), para favorecer a formação de uma microbiota saudável e equilibrada, para ser usada como colonizadores intestinais via alimento,

Bem nutridos desde o nascimento

Dietas neonatal e pré-inicial fazem toda a diferença para o desenvolvimento dos frangos

de corte no campo

18

Capa

Produção Animal Avicultura

água de bebida no incubatório ou como primeiro alimento no alojamento”, detalha Butolo. “O con-ceito de dieta neonatal pode ser descrito como o ali-mento fornecido aos pintainhos logo após o perío-do de eclosão até que estes sejam transportados e alojados em galpões de criação”, resume Alex Maiorka, professor de Nutrição Animal da Universi-dade Federal do Paraná (UFPR).

De acordo com Maiorka, os primeiros dias pós--eclosão são críticos para o desenvolvimento e so-brevivência de neonatos. “Por se tratar de um perío-do de transição, o trato gastrointestinal, apesar de estar anatomicamente maturo, não apresenta capa-cidade fisiológica completamente desenvolvida para digerir e assimilar nutrientes”, ressalta. “Vários estu-dos demonstram que o atraso no fornecimento e consumo de ração e água altera o metabolismo do recém-eclodido, fazendo com que haja mobilização das reservas corporais para suporte do metabolismo e do sistema termorregulador, além de retardar o amadurecimento e desenvolvimento do sistema gastrointestinal, imunológico e muscular. Deste modo, o fornecimento das dietas neonatais dentro do incubatório e durante o transporte visa disponi-bilizar nutrientes ao animal o mais rápido possível, evitando que o animal permaneça períodos prolon-gados (até 72 horas) sem alimento ao longo do trato digestório, evitando estado de desidratação, retardo no crescimento, menor resistência a doenças e mor-talidade”.

Os dois especialistas concordam que a dieta neonatal é importante para garantir o desempenho esperado da ave no campo. Assim, podemos classifi-car a dieta neonatal como um substrato de forma

Dieta neonatal oferecida aos pintinhos nas primeiras horas de vida, ainda no incubatório

Cré

dito

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BNA

19Produção Animal Avicultura

pastosa indicado para promover a hidratação dos pintinhos recém-nascidos e estimular o desenvolvi-mento de sua flora digestiva. Chayane da Rocha, pesquisadora desta área e aluna orientada por Maio-rka na UFPR, acrescenta que a dieta neonatal deve conter milho e soja, ingredientes comumente utili-zados nas formulações para aves no Brasil, e ingre-dientes que disponibilizem os nutrientes e a energia requerida para esta fase. “O importante nesta fase de transição é a utilização de ingredientes de alta quali-dade e altamente digestíveis”, comenta Chayane.

Outro fator apontado pelos especialistas é que nem todos os incubatórios ou produtores de aves utilizam a dieta neonatal. “Infelizmente, esta dieta ainda é utilizada por um número restrito de produ-tores, por se tratar de uma nutrição de baixo consu-mo e, muitas vezes, não ter a sua logística de produ-ção viabilizada”, resume Maiorka.

Pré-inicialAs dietas pré-iniciais são utilizadas pela grande

maioria dos produtores de aves de corte no Brasil. Sua composição pode ser micropeletizada e ou tri-turada para ser utilizada nos primeiros sete dias de vida das aves (ou até o 14º dia, dependendo do ma-nejo da granja). “Geralmente, são fornecidos entre 150 a 200 gramas/ave. Seus componentes são fon-tes proteicas, energéticas, vitaminas, aminoáci-

dos, macro e microminerais e aditivos melhorado-res de desempenho”, esclarece José Eduardo Buto-lo, do CBNA.

A dieta por fase, segundo os especialistas em nutrição de aves, promove benefícios ao desenvol-vimento do frango e aos resultados zootécnicos es-perados na granja. “As aves atingem peso de abate cada vez mais precocemente. A dieta fásica é eco-nômica e tecnicamente viável e deve ser colocada em prática com variações de alimentos semanais”, adverte.

O professor Alex Maiorka não só confirma a tese de seu colega como faz questão de frisar que a dieta por fases é extremamente vantajosa para o avicultor. “A dieta por fases permite que as aves re-cebam alimentos formulados de acordo com suas exigências nutricionais”, elucida. “Embora as die-tas neonatais sejam fornecidas no incubatório e na caixa de transporte, o avicultor se beneficia de tal manejo pelo fato de os animais não chegarem ao galpão de alojamento em jejum. O fornecimento da dieta pré-inicial é considerado vantajoso para o avicultor, pois o desempenho final do lote está al-tamente correlacionado com o seu desempenho inicial. Sendo assim, suprir os nutrientes e a ener-gia o mais próximo possível das necessidades do animal é o manejo alimentar ideal para máxima expressão do crescimento”.

Dieta neonatal• Usada nas primeiras horas de vida do pintinho

(até 72 horas), ainda no incubatório (pós-eclosão);• Tem como objetivo hidratar a ave e estimular o

desenvolvimento de sua flora digestiva;• Pastosa, reúne ingredientes como água, milho,

soja, vitaminas, minerais, aminoácidos, carboidratos e micro-organismos vivos (probióticos), de alta qualidade e digestibilidade.

Dieta pré-inicial• Fornecida durante as duas primeiras semanas de

vida do pintinho, já na granja, dependendo do manejo aplicado (1 a 7 dias ou até o 14º dia);

• Alimento micropeletizado ou triturado;• Promove a adaptação da ave para uma dieta

composta, predominantemente, por carboidratos.

20

Capa

Produção Animal Avicultura

Opções e soluções

As empresas de nutrição animal, que atuam no Brasil, oferecem uma série de opções, soluções e programas para dietas neonatal e pré-inicial para frangos de corte. A seguir, con-fira os comentários de algumas das principais empresas de rações e de ingredientes nutri-cionais, sobre a importância dessas dietas na avicultura moderna.

(Outros comentários e as entrevistas, na íntegra, estarão disponíveis no Portal AviSite, através do link www.avisite.com.br/revista/materias/dietas.html).

VetancoMarcelo Dalmagro – gerente Técnico

“A nutrição e a colonização da flora do pintinho para a sua chegada na granja é uma etapa muito im-portante para o desenvolvimento da ave. Nós acre-ditamos nisso e desenvolvemos um programa de nutrição e colonização neonatal para que o pinti-nho receba já em suas primeiras horas de vida pós--eclosão todos os nutrientes necessários para esti-mular a sua flora digestiva e acelerar o seu processo de imunidade. Para o lote de frango ter um bom de-sempenho, a ave precisa ter um bom começo de vida, com nutrientes específicos e adequados”.

AB VistaTiago Tedeschi dos Santos, gerente Técnico Global

“A utilização de rações pré-iniciais já é uma prá-tica corriqueira na produção de frangos de corte no Brasil. Por outro lado, ração neonatal é uma área nova de pesquisa; são rações desenhadas para serem fornecidas para os frangos de corte ainda no incuba-tório, seja nos nascedouros, durante o processo de classificação ou nas caixas de transporte até a gran-ja. Em ambas as dietas o maior enfoque é na utiliza-ção de ingredientes de alta digestibilidade, já que o trato gastro intestinal destes animais ainda encon-tra-se imaturo”.

Agroceres MultimixPatrícia de C. Andrade Marchizeli – Nutricionista Aves de CorteLidson Ramos Nery – Nutricionista Pesquisa e De-senvolvimento

“As aves, atualmente, são abatidas, em média, com 44 dias, portanto, a primeira semana passou a representar 16% da vida da ave. Desta forma, preci-samos dar maior importância a esta fase. O jejum prolongado ou a nutrição inadequada nas primeiras horas ou primeiros dias de vida da ave proporciona uma queda no potencial de ganho de peso, o que será prejudicial ao desenvolvimento da ave”.

Poli-NutriAlexandre Barbosa de Brito Gerente de Formulação e Nutrição

“A dieta pré-inicial é uma ração especializada para atender os requerimentos de animais nos pri-meiros dias de vida após o alojamento. Este conceito foi introduzido no cenário nacional em meados dos anos 1990 como forma de maximizar o peso da ave aos sete dias de idade para ganhos na curva de de-senvolvimento gerando benefícios principalmente no peso ou idade ao abate”.

GuabiJoão Carlos de Angelo - gerente de Formulação e Avicultura

Na fase pré-inicial, as aves têm a anatomia e a fi-siologia do aparelho digestivo, bem como necessida-des nutricionais diferenciadas em função da dificul-dade em digerir e absorver certos nutrientes. Diante disto, a formulação de uma ração pré-inicial precisa levar em consideração: exigência nutricional em função da linhagem alvo, qualidade de ingredientes e sua digestibilidade como uma forma de maximizar a capacidade digestivo-absortiva”.

YesRenato Della Libera, gerente Nacional

“Com o aumento dos custos de produção e pres-são maior nas margens, se torna necessário ter maior atenção nas fases iniciais. Nas primeiras 72 horas de vida, o trato gastrointestinal (TGI) é pouco desenvolvido e há dificuldade de absorção de nu-trientes, seja pela qualidade da matéria-prima, gra-nulometria e ou agentes patogênicos. Devido a isso, a exigência por alimentos de alta digestibilidade é muito mais importante nesta fase”.

VaccinarMarcelo Torretta, diretor de Nutrição & Tecnologia

“As rações pré-iniciais já vêm sendo largamente utilizadas na avicultura e têm por objetivo fornecer os nu-trientes necessários, de acordo com as exigências nutricionais dos pintos nessa fase. O conceito de dieta neona-tal vem ganhando espaço e visa, não somente garantir que as exigências nutricionais das aves sejam supridas, mas também garantir um melhor desenvolvimento do trato gastrointestinal”.

21Produção Animal Avicultura

Auster Nutrição AnimalLaureano Galeazzi - gerente Técnico

“Devido à importância que a alimentação neona-tal representa na vida do frango de corte, deve-se dar uma atenção especial aos ingredientes que forneçam nutrientes mais biodisponíveis e favoreçam, além de um crescimento rápido, melhor saúde intestinal, qualidade imunológica e preparem as aves para rece-ber a dieta pré-inicial”.

AdisseoRoberto Montanhini Neto - gerente Desenvolvi-mento Técnico América do Sul

“Dietas de animais neonatos são, em sua maioria, mais concentradas em teores de aminoácidos. Consi-derando os ingredientes disponíveis que são comu-mente utilizados em dietas para frangos de corte, os farelos de oleaginosas são os principais responsáveis por aportar essa maior quantidade de nutrientes constituintes de proteínas”.

AlltechFernando Rutz – Nutrição Animal Avicultura

“O pinto, ao nascer, apresenta o trato gastrintesti-nal não completamente desenvolvido. Isto compre-ende o desenvolvimento das vilosidades e das enzi-mas presentes nas microvilosidades. Associado a este fato, secreção ineficiente de enzimas pancreáticas, es-pecialmente lípases e a falta de circulação enterohe-pática de sais biliares comprometem a digestão de gorduras”.

IlenderRafael Neme - Country Manager da Ilender do Brasil

“O desempenho final da ave está intimamente li-gado ao seu desenvolvimento gastrointestinal e é ex-tremamente importante nos atentarmos às suas fun-ções desde a primeira semana de vida do pintinho. Neste período, tamanhos e pesos aumentam signifi-cativamente: das três principais porções intestinais (duodeno, jejuno e íleo) e dos órgãos anexos (fígado, pâncreas, moela e pró-ventrículo). Por isso é funda-mental que a ave receba uma nutrição que considere a evolução desta etapa fisiológica”.

22 Produção Animal Avicultura

Artigo | Nutrição

Em artigo, pesquisadores discutem como reduzir custos de

produção de frangos de corte

Aminoácidos sintéticos e

enzimas

Em material enviado com exclusividade para a Revista do AviSite, e apresentado em síntese aqui, Karina Ferreira Duarte (Departamento de Zootecnia da UNESP/Jaboticabal) e Otto Mack Junqueira (Universidade Federal de Goiás, Jataí,

FEIS/UNESP, Ilha Solteira) falam sobre ferramentas importantes na redução dos custos de produção de frangos de corte.

No texto, os autores lembram que as rações fo-ram formuladas com base no conceito de proteína bruta, resultando em dietas com conteúdo de ami-noácidos acima do exigido pelos animais. No orga-nismo, os esqueletos de carbono dos aminoácidos em excesso são utilizados para a produção de ener-gia, sendo o nitrogênio residual excretado pelos rins, com gasto energético para o organismo. A apli-cação do conceito da proteína ideal tem permitido aos nutricionistas formular rações mais adequadas às exigências nutricionais de cada categoria animal, melhorando a eficiência de utilização dos nutrien-tes contidos nos alimentos e reduzindo a excreção de resíduos ao ambiente, principalmente os nitroge-nados.

Apesar da constante busca por alimentos alter-nativos, as dietas para aves ainda são formuladas ba-sicamente com milho e farelo de soja. No entanto, o farelo de soja apresenta em sua composição polissa-carídeos não-amiláceos (PNSA), que são componen-tes não-digeríveis pelas aves ou de digestão incom-pleta. A presença desses polissacarídeos aumenta a

viscosidade do alimento no trato gastrintestinal, re-duzindo a digestão e absorção de aminoácidos, car-boidratos, minerais e outros nutrientes, diminuin-do a produtividade das aves.

O farelo de soja apresenta 20% de PNSA com di-gestibilidade praticamente nula. Além disso, os ini-bidores de tripsina e as lectinas são os fatores anti-nutricionais do farelo de soja mais comumente des-tacados na literatura. Como as aves não secretam enzimas endógenas necessárias para a ruptura dos β-glucanos, arabinoxilanos e outras fibras solúveis ou insolúveis presentes nos cereais, o aumento na viscosidade inevitavelmente prejudica a digestão e absorção dos nutrientes no trato digestivo das aves.

No intuito de melhorar o valor nutritivo de dietas compostas de milho e farelo de soja, sugeriu-se no início da década de 90 o uso de complexos enzimáti-cos. Assim, o uso de enzimas capazes de neutralizar os fatores antinutricionais do milho e do farelo de soja pode melhorar a qualidade nutricional da dieta e promover desempenho animal mais uniforme.

No artigo, é feita uma comparação (tabela 1) en-tre uma ração para frangos de corte originalmente formulada em 2013, sem a utilização de lisina sinté-tica e uma ração reformulada utilizando os mesmos ingredientes e níveis nutricionais, contendo L-Lisi-na.HCl.

Os aminoácidos sintéticos tais como L-lisina--HCl, DL-metionina, L-treonina, têm significativa participação na aplicabilidade do conceito de prote-ína ideal para aves, em que a proteína dietética deve

Apesar da constante busca por alimentos alternativos, as dietas para aves ainda

são formuladas basicamente com milho e farelo de soja

23Produção Animal Avicultura

atender aos requerimentos de aminoáci-dos para a mantença e produção sem de-ficiências ou excessos.

Além da redução dos custos da ali-mentação, os benefícios trazidos pela re-dução da proteína bruta da dieta envol-vem a maior eficiência de utilização da proteína e a redução da poluição ambien-tal, em função da menor excreção de ni-trogênio.

A adição de lisina sintética resultou em redução no custo da ração em 7,07%, atendendo às exigências desses aminoá-cidos, sem deficiências ou excessos, quando comparada à formulação origi-nal. A redução da proteína bruta em 12,04%, quando comparamos as duas ra-ções (22,51 vs. 19,80%), obtida a partir da redução na inclusão do farelo de soja em 19,22% (39,34% vs.31,78%) e do au-mento em 16,23% na inclusão do milho (53,10% vs. 61,72%), além do benefício econômico, podem trazer benefícios zoo-técnicos e ambientais, devido ao melhor balanceamento de aminoácidos digestí-veis, maximização da retenção de nitro-gênio e de energia e redução das perdas de nutrientes não digeridos e não apro-veitados pelo metabolismo.

Percebe-se que a progressiva redução da proteína bruta da dieta pode levar a uma situação em que outros aminoáci-dos, como a treonina e principalmente os aminoácidos de cadeia ramificada, va-lina e isoleucina, que são geralmente su-pridos por dietas com alta proteína bruta, tornem-se limitantes (Ajinomoto, 2007).

Atualmente, o preço da suplementação destes aminoácidos ainda onera os custos de produção. Mas, a exemplo do que ocorreu com outros amino-ácidos, como lisina, metionina e treonina, as indús-trias de nutrição animal têm mostrado grande inte-resse nas pesquisas sobre a utilização destes ingre-dientes na otimização do desempenho das aves. Comprovando os ganhos no desempenho, certa-mente haverá maior interesse na utilização destes aminoácidos sintéticos, alavancando sua produção em maior escala, bem como a maior comercializa-ção e redução nos custos.

O material ainda dedica espaço para discorrer sobre as Enzimas exógenas em dietas para aves. As xilanases, por exemplo, podem reduzir a viscosida-de intestinal da dieta de aves através da degradação de arabinoxilanos solúveis, aumentando os coefi-cientes de digestibilidade dos nutrientes e promo-vendo o melhor desempenho animal. Essas enzi-

mas foram introduzidas nas dietas no final da déca-da de 1980, principalmente para melhorar o desem-penho de aves alimentadas com rações contendo fa-relo de trigo. Neste caso, sua suplementação, pode proporcionar um valor de energia 6% superior à do milho. Ainda são comumente usadas as amilases, proteases, lipases, galactomananases, galactosidases e as fitases.

Karina Duarte e Otto Junqueira concluem, no artigo que as adições dos aminoácidos sintéticos e de aditivos, como as enzimas, resultou em grande avanço no campo da nutrição das aves e suínos. Es-pera-se que em um futuro próximo, outros aminoá-cidos, como o triptofano, a valina e a isoleucina, ve-nham a ser comercializados a preços comercialmen-te compatíveis e outras enzimas sejam disponibili-zadas, visando sempre o menor custo das rações sem o comprometimento do desempenho das aves.

A literatura utilizada encontra-se à disposição dos leitores. Não deixe de conferir a íntegra do texto no link www.avisite.com.br/revista/aminoacidos_ sintéticos_enzimas.

Tabela 1. Impacto da utilização de aminoácidos industriais sobre a formulação de uma ração comercial para frangos de corte machos na fase de crescimento

Ingredientes Semlisina

Comlisina

Impacto(%)

Custo/kg

Semlisina

Comlisina

Impacto noCusto (%)

Milho grão 8,58% 53,10 61,72 +16,23 0,47 24,96 29,01

Farelo de soja 45% 39,34 31,78 -19,22 0,98 38,55 31,14

Óleo de soja 4,36 2,96 -32,11 2,40 10,46 7,10

Fosfato bicálcico 1,27 1,31 1,25 1,59 1,64

Calcário calcítico 0,96 0,99 0,11 0,11 0,11

Sal comum 0,50 0,50 0,48 0,24 0,24

DL- Metionina 99% 0,17 0,21 6,20 1,05 1,30

L-Lisina HCl 99% 0,00 0,23 3,50 0,00 0,81

L- Treonina 98,5% 0,00 0,00 4,00 0,00 0,00

Supl. min.+vit.* 0,30 0,30 7,50 2,25 2,25

Total 100,00 100,00 79,21 73,60

Custo/kg 0,792 0,736 -7,07

Níveis Nutricionais

Energia met (kcal/kg) 3.100 3.100

Proteína bruta (%) 22,51 19,80 -12,04

Lisina digestível (%) 1,12 1,12

Ca (%) 0,80 0,80

Na (%) 0,20 0,20

Fósforo disp (%) 0,35 0,35

Metionina digestível (%) 0,46 0,48

Met + cist digestível (%) 0,82 0,82

Treonina digestível (%) 0,88 0,77

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Informe Técnico-Empresarial

Produção Animal Avicultura

Evolução constante, pioneirismo e qualidade são compromissos que sempre estiveram presentes na história da Farmabase. Ao longo dos anos, desenvolvemos e disponibilizamos ao mercado de aves e suínos produtos e serviços que ajudaram a produzir mais e melhor.

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27Produção Animal Avicultura

Informe Técnico-Empresarial

Guilherme Machado: “Essa ação é um reflexo de uma nova fase que vem se consolidando com os anos. Precisávamos desenvolver uma identidade que refletisse quem somos

Farmabase se consolida no mercado brasileiro e apresenta reposicionamento da marca

Appós se estabelecer como player no segmento de saúde animal brasileiro e conquistar a confiança do merca-do, a Farmabase se reapresenta com uma nova identidade visual. O novo logo remete a uma tabela periódica

com o intuito de transmitir a precisão das formula-ções e o compromisso da companhia na fabricação dos produtos de saúde animal para aves e suínos. “Não se trata de uma mudança. A Farmabase visa reforçar a marca perante o mercado e também ali-nhar os valores da companhia. Essa ação é um refle-xo de uma nova fase que vem se consolidando com os anos. Precisávamos desenvolver uma identidade que refletisse quem somos”, conta o Diretor Finan-ceiro, Guilherme Machado. Presente no mercado brasileiro há 19 anos, a companhia oferece um ex-tenso portfólio de medicamentos para aves e suínos. No final de julho, os clientes poderão notar as mu-danças também nas embalagens dos produtos. “Com a nossa nova identidade visual, passamos a categorizar esse portfólio não mais por seu princípio ativo ou classe terapêutica, mas sim pela sua forma de atuação no animal. Assim, nossos produtos se dividirão em Entéricos, Sistêmicos, Biossegurança, Saúde e Desempenho e Antiparasitários”, esclarece Alexandre Machado, Diretor de Operações.

O compromisso com a qualidade dos produtos e a transparência com os clientes são os motivos pelos quais a companhia 100% brasileira conquistou a confiança do mercado. “É normal que exista um pré-julgamento quando se trata de uma empresa nacional. Para mudar essa visão, nós sempre joga-mos limpo com nossos parceiros e utilizamos algu-mas ferramentas para atestar a nossa honestidade e ética ”, afirmou à Revista do AviSite, Paulo Macha-do, Presidente e fundador da Farmabase.

A empresa ganhou notoriedade ao entregar o laudo de análise de 100% dos lotes comercializados que comprovam a idoneidade dos fornecedores para os clientes. Assim, o cliente da Farmabase sabe exatamente o que está adquirindo. Essa atitude pioneira mostra respeito e preocupação com o pro-cesso produtivo, nas palavras de Alexandre. “A Far-

mabase possui nas suas linhas de produção a certifi-cação da ISO 9001 e emprega as Boas Práticas de Fabricação desde a seleção de nossos fornecedores, até a expedição do produto final”, conta. “A critici-dade de nosso processo produtivo contempla a análi-se de 100% das matérias-primas utilizadas, bem como 100% dos lotes produzidos pela empresa. Nosso laboratório de análises atende essa demanda interna, o que garante maior segurança e agilidade, fatores fundamentais em nosso mercado”.

A Rastreabilidade Total dos Lotes, que permite que a companhia possa mapear todas as etapas da produção, desde os fornecedores de matéria-prima até o cliente final, é outro diferencial. Todo processo é realizado e certificado por colaboradores da em-presa. “As grandes companhias terceirizam esse serviço. Nós fazemos aqui, nas dependências da Farmabase, o que assegura a integridade do proces-so”, afirma Paulo.

Para essa nova fase, a companhia contratou no-vos técnicos e aumentou a equipe de vendas. Essa postura de agressividade comercial vai de encontro com o objetivo da Farmabase de se aproximar cada vez mais dos produtores pequenos e médios e assim aumentar a presença no campo. Alinhado com am-plos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, a empresa visa continuar a ofere-cer ao mercado a melhor solução possível ao custo mais competitivo. “Certamente, ter colocado esse valor em prática ao longo dos últimos 19 anos de nossa história foi fator preponderante para nos dife-renciarmos no mercado”, assegura Alexandre.

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Eventos

Produção Animal Avicultura

Qualidade técnica e discussão de ferramentas que garantam a competitividade do Brasil no cenário mundial transformam evento em prioritário no calendário técnico avícola

NNão nos resta outra opção a não ser capacitarmos nossos profissionais agregando valor aos nossos produtos e assim assegurarmos o crescimento das nossas agroindústrias”. A afirma-ção traduz o momento da avicultura

no Brasil e a visão do Presidente do Núcleo Oeste de

Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), João Batista Luchesi. Enuncia a urgência da adapta-ção do País ao novo cenário da produção do setor avícola mundial. Com o chamado “custo Brasil”, que tornam os produtos menos competitivos internacio-nalmente, precisamos de novas estratégias. “Não po-demos transpor estas barreiras somente com a nossa raça. Entendemos que é necessário encontrar alter-nativas que tragam resultados rápidos e práticos com inovação e criatividade”, atesta o dirigente.

As afirmações foram feitas durante o XIV Simpó-sio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), que aconteceu entre os dias 09 e 11 de abril, em Chapecó, SC, com organização do Nucleovet. O evento apostou em apresentações que mostrassem novas ferramentas que assegurem a vantagem competitiva brasileira sem comprometer o status sanitário. Trouxe a tona conceitos atuais chaves como sustentabilidade e re-dução dos custos de produção. Agregou conheci-

Cobertura SBSA

29Produção Animal Avicultura

mento ao frisar a importância do controle de doen-ças que impactam nos resultados zootécnicos. E orientou os participantes acerca dos critérios de con-denações de carcaça e do processo de inspeção. “A comissão organizadora entende que o SBSA é uma das formas pelas quais podemos colaborar, buscan-do temas e profissionais capacitados que através das suas experiências e pesquisas possam agregar conhe-cimentos e viabilizar o intercâmbio entre a área científica e produção”, declarou Luchesi.

O interessante em relação às palestras apresenta-das foi a gama de assuntos e a representatividade de diferentes esferas: estadual, nacional e global. O pai-nel de condenações abriu a programação com a pa-lestra de Michel Quinteiro, representante do MAPA, que discorreu sobre as inspeções ante mortem e a post mortem. Ariel Mendes, da Ubabef, complemen-tou a apresentação citando as causas patológicas e não patológicas e realizando considerações sobre o

sistema de inspeção brasileiro. A legislação deve ser modernizada, mas para que isso seja possível faz-se necessária a revisão do RIISPOA e da Portaria 210.

No segundo dia, as palestras abordaram o futu-ro, o presente e o impacto na produção de frangos das enfermidades Coccidiose, Pneumovírus e Bron-quite infecciosa. Palestrantes internacionais com-partilharam números, conhecimento e ações pre-ventivas. Sustentabilidade, manejo da água, eficá-cia da peletização e alternativas para custos de pro-dução, proferida por Iesser Salah (mais detalhes no box) foram outros temas abordados no último dia. A qualidade técnica da programação ganhou noto-riedade dentre o público. Uma pesquisa realizada com os 1.500 participantes do SBSA apontou o evento como prioritário do calendário técnico do setor avícola. Acesse www.avisite.com.br/revista/materias/SBSA.html e leia mais sobre o Simpósio Brasil Sul de Avicultura.

Em um cenário de crise internacional, muitas empresas lutam para melhorar a rentabilidade. Partindo dessa premissa, Iesser Salah, consultor da HOB Gestão Avícola e da Ilender, entre outras, apresentou alternativas na redução dos custos de produção de frangos de corte. Uma oportunidade seria os custos de cama com a reutilização dessas por três anos ou mais desde que não haja alguma contaminação sanitária no lote e que os galpões permaneçam com bons resultados produtivos. Outro ponto é a escolha da genética, que faz parte inicial do planejamento estratégico da companhia e fundamental para a produção do custo ideal. Como alternativas para melhorar o rendimento da carne, Salah salienta o efeito da nutrição in ovo e de dietas pré-iniciais, que estimulam a proliferação de células satélites e aumentando o número de células musculares durante o período embrionário ou a primeira semana de vida da ave.

Alternativas

À esquerda, fachada do Centro Cultural de Eventos, onde foi realizado o SBSA. Acima, coral que se apresentou na abertura do evento

Eventos

30 Produção Animal Avicultura

SBSA Empresas

Um banco de dados das análises bromatológicas foi um dos destaques da Agroceres Multimix no SBSA. O Ag Lab Online é um novo serviço que permite ao cliente acessar on line um banco de dados com suas informações das análises de matérias-primas e rações enviadas, inclusive o histórico de amostras anteriores.

Nesta ferramenta, o cliente recebe senha e login para acessar o histórico das suas análises pela internet, de qualquer local. “Estamos oferecendo este serviço gratuitamente porque acreditamos que é uma ferramenta a mais para ajudar o cliente no gerenciamento da fábrica de rações e controle de custos. Ao mesmo tempo realizamos treinamento dos usuários para que consigam explorar todo o potencial da ferramenta. Este serviço possibilita uma avaliação de cada fornecedor ao longo do tempo, gerando maior confiança”, ressalta o gerente nacional de avicultura da Agroceres Multimix, Rogério Iuspa. Saiba mais em www.agroceresmultimix.com.br.

Nova ferramenta

Clostridiose

A Vetanco do Brasil promoveu,no dia 10 de abril, palestra com o tema: Impactos da Clostridiose na Avicultura, ministrada pelo professor Rubén Pablo Schocken-Iturrino, da UNESP de Jaboticabal, SP. Estiveram na palestra cerca de 230 profissionais da avicultura brasileira.

No fim da apresentação, os participantes foram

agraciados com o sorteio de três prêmios : Uma TV LED 32”, entregue a Clebersom de Oliveira da empresa Tyson, de Campo Mourão/PR; um Smartphone Samsung Galaxy SIII que foi sorteado para Daiana Vieira da GTFoods de Paranavaí/PR e Cláudio Spagnollo da empresa Aurora de Erechim/RS, que ganhou um Apple iPad 2. Mais informações sobre a Vetanco: www.vetanco.com.br.

Rogerio Iuspa e Victor Walzberg: Dirigentes durante lançamento

31Produção Animal Avicultura

Patrocinador exclusivo do Jantar&Show, a MSD Saúde Animal ofereceu nessa edição do SBSA o espetáculo Tangos&Tragédias. Premiado pela crítica, a comédia cênico-musical de Nico Nicolaiewsky e Hique Gomez inclui uma transferência para o Brasil das inefáveis leis de trânsito da Sbórnia, o país fictício de onde a dupla desembarca anualmente para a temporada de apresentações. Nos papéis de Maestro Pletskaya e Kraunus Sang, a dupla se apresenta a bordo do yellow busmarine e vêm dispostos a ajustar um famoso dito popular. Na versão deles, o chiste ficaria assim: “Na vida, tudo é passageiro. Menos o Tangos e Tragédias”. Afinal de contas, o espetáculo trafega insistentemente rumo à eternidade: já são 28 anos em cartaz. Mais sobre a MSD: www.msd-saude-animal.com.br.

Tangos&Tragédias

Artistas com equipe da MSD

A Ilender esteve presente no XIV SBSA como patrocinadora. O evento reuniu mais de 1.500 profissionais do setor para discutir novas práticas e tecnologias para a produção de aves e contou com representantes do Brasil e demais países da América Latina. A Ilender recebeu clientes em seu estande e recebeu apoio do seu vice-presidente de desenvolvimento Sérgio Gamio e do consultor Iesser Salah, que apoiaram a equipe comercial presente no evento.

A divulgação na feira ficou por conta dos banners espalhados pelo local com questionamentos estratégicos sobre a produção e a rentabilidade na avicultura. A empresa possui uma equipe capacitada para auxiliar os clientes em seu negócio a fim de melhorar a lucratividade obtida com o mercado avícola. Saiba mais: www.ilendercorp.com.

Novas práticas e tecnologias

Ilender foi uma das patrocinadoras do evento

No dia 10 de abril, a Cobb-Vantress promoveu a palestra “Qualidade de Pintos e sua Influência em Resultados de Frangos de Corte”, apresentada pelo profissional Cassiano Bevilaqua, assistente técnico da companhia. O profissional salientou que o frango de corte está cada vez mais precoce e atingindo o peso de abate mais cedo. “Com isso, a qualidade do pinto de um dia é cada vez mais importante, sendo que, se arrancarmos com má qualidade, não teremos tempo de recuperar o tempo perdido”. Bevilaqua relembra que para um frango abatido com 48 dias de idade, o

período de incubação de 21 dias representa 30% do tempo de vida dessa ave, por isso é crucial que tenhamos um bom manejo de incubação. “Hoje, os melhores resultados de qualidade de pintos são conseguidos com as Incubadoras de Estágio Único, quando comparadas com as de estágio múltiplo. Nas incubadoras de estágio único conseguimos ter uma melhor uniformidade de temperatura em todos os ovos, conseguindo atender com maior precisão as exigências dos embriões modernos”, atestou.

Saiba mais: www.cobb-vantress.com.

Qualidade de Pintos

32

Informe Técnico-Empresarial

Produção Animal Avicultura

Utilização de maior concentração de fitase busca rápida redução na concentração de fitato para reduzir efeito antinutricional

Fitato como fator antinutricional para aves e suínosTiago Tedeschi dos Santos – Gerente Técnico Global AB VistaWillian Correa – Coord. Técnico AB Vista Brasil

Na nutrição animal, o fitato tem impor-tância como possível fonte de fósforo para aves e suínos quando da adição de fitases na dieta, já que monogástri-cos não teriam enzimas que realizem sua hidrólise. Pesquisadores demons-

traram que a baixa absorção de fósforo fítico quando da ausência de fitase não está relacionada com uma falta de capacidade de absorção, e sim com a indispo-nibilidade devido à reação de outros nutrientes presen-tes na dieta, o que torna o fósforo menos disponível.

A reação com outros nutrientes presentes no trato intestinal dos animais não apenas reduz a capacidade de absorção do fósforo fítico, mas também a absorção dos outros minerais e proteínas com as quais reage. A redução da capacidade de absorção ocasiona uma resposta endógena do animal, associada com a ação antinutricional desta molécula.

Os animais sempre foram alimentados com rações contendo ingredientes de origem vegetal e, portanto, com a presença de fitato e seus efeitos antinutricio-nais. O principal problema em estudar estes efeitos é a forma de diferenciar a concentração do fitato em

dietas e determinar seu efeito sobre a fisiologia e desempenho do animal, já que a redução ou aumento do teor de fitato seria possível apenas mediande à modificação da dieta em si.

Ensaios sobre o efeito antinutricional do fitato pela utilização de ingredientes ricos em fitato, como farelo de arroz ou comparando uma dieta vegetal com dietas contendo níveis elevados de subprodutos animais já foram realizados. O problema é a dificuldade de isolar um fator e ter a certeza que qualquer diferença no desempenho de animais está relacionada à concentra-ção de fitato da dieta, em vez de outras diferenças na composição da ração quando estes ingredientes dife-rentes estão incluídos.

Uma possibilidade é incluir o ácido fítico sintético na dieta, aumentando o fitato sem alterar significativa-mente a composição da dieta. Aqui, um fator impor-tante a ser considerado é a escolha da fonte de ácido fítico. Alguns tipos do ácido têm baixa solubilidade, tornando-os menos propensos a causar os efeitos antinutricionais observados no ácido fítico natural presente nos ingredientes vegetais. O fitato natural também pode apresentar variação na solubilidade a um pH baixo. Assim, os efeitos antinutricionais depen-derão do ingrediente que fornecerá o fitato.

Outra possibilidade é a utilização de uma maior concentração de fitase nas dietas, buscando uma rápida redução na concentração de fitato na parte superior do trato gastro intestinal e reduzindo assim o seu efeito antinutricional. Neste caso, a enzima deve ser incluída em uma dieta com nível de fósforo não severamente reduzido, já que o objetivo não é de mascarar a resposta por um possível limite de desem-penho ocasionado pela restrição de P.

Trabalhos abordando a utilização de altas doses de fitase buscando reduzir os efeitos antinutricionais do fitato já estão presentes na literatura científica e sendo utilizado comercialmente, abrindo novas opor-tunidades para a utilização de enzima fitase na nutri-ção animal.

33Produção Animal Avicultura

O ÚNICO TEMA QUE NÃO ABORDAMOS

Revista do AviSite: Matérias técnicas, índices e cotações.JORNALISMO DE VERDADE! AVICULTURA REAL!

O RESTO, VOCÊ ENCONTRA AQUI!SÃO RECEITAS

No mercado avícola desde maio de 2007, a Revista do AviSite retrata os assuntos mais pertinentes para a cadeia produtiva de aves no Brasil de uma forma objetiva e informativa. São reportagens de campo, artigos técnicos,

divulgação de pesquisas em andamento, novidades das empresas e de seus produtos e as análises e estatísticas mais completas do mercado avícola.

ANOScom

VOCÊ!

34

Reportagem Empresarial

Produção Animal Avicultura

Des-Vet comemora três décadas no mercado, aliando qualidade, agilidade e atendimento com

excelência. Para o futuro, a empresa planeja a ampliação de seus produtos e um crescimento

aproximado de 200% até 2016

Os produtos terapêuticos brasilei-ros para aves e suínos não dão espa-ço para os produtos das multina-cionais. Temos qualidade, estrutu-ra mais enxuta e produtos com cus-to mais baixo e adequados à nossa

produção”, sinteza Willians Cesar Pitelli Turco, fun-dador e head (principal executivo) da Des-Vet, ban-deira comercial da Des-Far Laboratórios Ltda. “Hoje, 95% do mercado de terapêuticos para aves e suínos no Brasil estão nas mãos das poucas nacionais deste segmento”. E a Des-Vet é uma delas. Chegando aos seus 30 anos de mercado, a empresa exalta sua polí-tica de trabalho, sempre focada na qualidade, na agilidade, no desempenho e no relacionamento com o cliente. “A grande diferenciação do mercado de aves e de suínos – e é por isso que trabalhamos nele – é a sua integração com o cliente”, destaca Tur-co. E falando especificamente da avicultura brasilei-ra, o empresário afirma acreditar na capacidade téc-nica e no poder de superação do setor. “A avicultura está organizada e é o segmento da nossa agropecuá-ria que melhor está preparado para atravessar mo-mentos críticos e buscar soluções”.

A Des-Vet, sediada em São Paulo, SP, conta com um portfólio bastante variado de terapêuticos para

aves e suínos. Os destaques ficam para as suas linhas de antimicrobianos. “Começamos, há três décadas, produzindo desinfetantes para a agropecuária. Hoje, continuamos uma empresa de capital 100% brasileiro, com atuação em todo o Brasil - por meio de representantes técnicos, com linhas de produtos terapêuticos variadas, 54 colaboradores diretos e uma unidade de produção moderna e com tecnolo-gias de ponta de fabricação e de qualidade”, resume o executivo. Para demonstrar a evolução e a boa ges-tão do negócio, a Des-Vet, mesmo sem ter feito lan-çamentos entre 2011 e 2012, faturou 36% a mais em seu último ano fiscal. “O nosso planejamento para o futuro inclui uma meta de crescimento de 16% ao ano, com todo um projeto de ampliação da capaci-dade de produção e de linhas de produtos. Espera-mos chegar em 2016 com um crescimento aproxi-mado de 200% sobre o que temos hoje”.

Mas nem tudo foi um mar de rosas para a Des--Vet. Para chegar até aqui, a empresa enfrentou e passou por vários desafios. “Vivenciamos algumas crises da avicultura e da suinocultura brasileiras, mas enfrentamos, e também algumas burocracias do governo brasileiro. Sempre mantemos o nosso foco na qualidade e nas soluções para o mercado”, comenta.

Qualidade

brasileira

Willians Turco, head da Des-Vet e o diretor Comercial e de Marketing,

e também sócio da empresa,

Osmar Zimmer Júnior

35Produção Animal Avicultura

A Des-Vet nasceu em 1983, depois de Willians Turco, médico veterinário formado em 1977, pela Unesp de Jaboticabal, SP, ter passado por algumas empresas de saúde animal, sempre na área da avi-cultura. “Comecei a empresa com a bagagem das minhas experiências no mercado. Iniciamos com uma linha de desinfetantes e, em 1984, lançamos as linhas de antibióticos”, lembra. O prédio, na Vila Carrão, onde estão instalados hoje a linha de produ-ção e os escritórios da Des-Vet, foi comprado por Turco em 1988. Hoje, a Des-Vet se mantém uma em-presa 100% brasileira e tem em sua marca as digitais da família de Turco. Sua esposa e dois de seus três filhos trabalham na companhia e ajudam nas deci-sões dos negócios.

ReestruturaçãoFocado no futuro e nas oportunidades que o

mercado brasileiro oferece, Willians Turco se mos-tra um empresário inquieto, sempre em busca de novas soluções e de aprimoramentos à produção de aves e suínos. Tanto é que nestes dois últimos anos decidiu acelerar o crescimento da Des-Vet. Não só na capacidade de produção, mas também de negó-cios e de prestação de serviços. Tudo com o objetivo de aumentar a participação da empresa no mercado. Para isso, em 2011, contratou o médico veterinário Osmar Zimmer Júnior para coordenar esta nova es-truturação. Depois de um ano na empresa, Zimmer foi convidado por Turco a integrar o quadro societá-rio da Des-Vet e hoje responde pela Diretoria Co-mercial e de Marketing. “O Willians Turco me pro-

pôs participar de todo este processo de estruturação e de crescimento para valorizar a companhia. É um processo em que estamos depositando nosso pleno esforço. Pois o mercado tem muito para crescer e a empresa também”, diz Zimmer. “Praticamente, todo o mercado de aves e de suínos da América La-tina, excluindo o México, está aqui no Brasil. Por isso, o foco da Des-Vet é o mercado nacional. Ou você cresce ou você cresce”. E as primeiras novida-des da companhia deverão aparecer para o mercado já neste próximo mês de agosto. Serão três novos produtos terapêuticos, cujos detalhes a Des-Vet, por enquanto, prefere não revelar.

Segundo Turco, os maiores desafios de um em-presário da área veterinária no Brasil atualmente es-tão ligados à burocracia, às restrições de alguns pro-dutos, aos investimentos e à regulamentação. “A re-gulamentação brasileira nesta área é muito pesada. No entanto, como o Brasil é o terceiro maior produ-tor mundial do complexo carnes, a exigência em qualidade é maior e nisso nós estamos bem integra-dos”, revela. “Mas, se eu tivesse que começar tudo hoje, eu não começaria. As dificuldades burocráti-cas e os custos para se abrir e manter uma empresa no Brasil são muito altos”.

AtitudeWillians Turco é um empresário 24 horas por

dia. Mesmo longe da empresa não consegue se des-ligar dela. “Eu incorporei a Des-Vet no meu dia a dia. Estou sempre conectado a ela de alguma forma, seja pelo telefone celular, seja pelo computador”, admite. “Não consigo ficar longe da empresa, em-

bora delegue várias atividades, mas estou sem-pre presente”. Ainda de acordo com

Willians, o que mais falta hoje no merca-do de trabalho, seja na área veterinária

ou em qualquer outra, é o profissional com atitude e comprometimento. “As pessoas hoje estão atrás de bons salá-

rios e deixando o comprometimen-to com o desenvolvimento e o

crescimento da empresa de lado. Isso eu venho perceben-

do há anos. Também falta aquele profissional de ati-tude, que fale a língua do campo, a língua acadê-mica e a língua do clien-te. E é nisso que a Des--Vet também se diferen-cia. Pois, para ser um colaborador Des-Vet, é preciso ter comprome-timento e atitude e isso a nossa equipe tem”.

Willians Turco, head da Des-Vet e o diretor Comercial e de Marketing,

e também sócio da empresa,

Osmar Zimmer Júnior

36

AviGuia

Produção Animal Avicultura

Em novembro de 2012, a Cobb-Vantress Brasil ciceroneou uma comitiva chinesa pelas unidades produtivas da companhia de genética avícola presente 17 anos em território nacional. Com sede em Guapiaçu, no interior de São Paulo, os dirigentes estavam a caminho de Itapagipe, MG, quando notaram o espanto do grupo chinês com a ausência de aviários durante o percurso. “Estamos sozinhos em um raio de 100 quilômetros”, comenta Jairo Arenázio, Gerente Geral da Cobb-Vantress do Brasil durante conversa com a Revista do AviSite. “A região de Itapagipe está isolada. Existem apenas criações de gados ao redor. Por isso possui uma biosseguridade fantástica o que nos motivou a investir novamente na região”. E foi um investimento e tanto: A unidade de avós cuja primeira etapa foi inaugurada em meados de março é considerada referência mundial para a companhia e classificada como uma das mais modernas do mundo. Saiba mais: www.cobb-vantress.com.

Biosseguridade assegurada

Intercâmbio de pessoas

Big Dutchman é uma empresa que busca constantemente aprimorar novas tecnologias para o mercado brasileiro. Atenta a inovações, a multi-nacional alemã não hesita em trazer novidades do exterior para o país e mantém seus profissionais atualizados promovendo importantes intercâm-bios.Seguindo esta linha, no mês de abril, a empresa enviou dois funcioná-rios de sua unidade brasileira (locali-zada em Araraquara-SP) para treina-mentos em Calveslage, na Alemanha (matriz mundial). Leonardo Santiago e Fernando Retamero ficaram no país europeu de duas a quatro semanas ampliando conhecimentos específicos sobre produtos e acompanhando novas tendências do mercado. Saiba mais em: www.bigdutchman.com.br.

Fase de expansão

Agroceres Multimix reafirma o compromisso com os produtores destacando algumas ações de expan-são da empresa nos últimos anos como a ampliação da estrutura de campo e de serviços prestados . Des-de o inicio da ampliação, iniciada em 2010, a Agroceres triplicou a equipe de campo e de apoio ao produtor, afirmou o gerente de Marketing da Agroceres Multimix, Victor Walzberg. “O crescimento da empresa está ligado à qualidade do atendimento. Nos últimos dois anos conseguimos superar as projeções de crescimento”.

Entre os serviços que serão desta-cados está um kit de equipamentos que mede o ambiente de produção e o Ag Lab Online, uma ferramenta que auxilia o cliente a organizar e avaliar os dados disponíveis.

Saiba mais em www.agroceresmultimix.com.br.

Biosseguridade atraiu mais investimentos da Cobb na região: sozinhos em um raio de 100 km

37Produção Animal Avicultura

Contra M. Gallisepticum

Segurança com tecnologia de ponta. Essas são as princi-pais características do novo lançamento que a Ceva Saúde Animal oferece para o mercado avícola brasileiro: as vacinas vetorizadas Vectorimune FP – MG e Vectorimune FP – MG+AE. Desenvolvidas com avançada tecnologia molecular, a empresa francesa apresenta uma nova era de vacinas de amplo espectro que visam controlar o Mycoplasma Gallisep-ticum, Bouba Aviária e Encefalomielie Aviária. Durante à tarde da segunda-feira, dia 06 de maio, os profissionais Luiz Sesti e Marcelo Paniago mostraram aos presentes no evento em Campinas, SP, as principais vantagens dos inovadores produtos além de relembrar a importância do controle da doença. A empresa também anunciou a contratação do médico veterinário Carlos Jeovane Pereira, profissional que conta com mais de 17 anos de experiência no mercado avícola e hoje responde pelo cargo de Franchise Poultry Manager da Ceva para a América Latina. Saiba mais sobre em: www.ceva.com.

Phytate.Info O portal Phytate.info, recurso on-line gratuito para a

indústria de ração animal, criado pela AB Vista, foi atualiza-do com uma série de novas funcionalidades e conteúdos.

Foram inseridos os resumos da Primeira Cúpula Interna-cional de Fitase (IPS), realizada em 2010 e da Segunda (IPS2), realizada em 2012. Além disso, estão no portal diversos vídeos relacionados com a síntese e degradação do fitato e seu custo global, superdosing e a comparação de fitases comerciais.Os visitantes podem agora seguir o Phytate.info no Twitter (@Phytateinfo), para obter detalhes sobre os últimos resultados de pesquisas e notícias sobre fitato e fitase. Também foi criada uma nova seção, para solucionar dúvidas sobre fitato, seu uso e aplicações. Saiba mais em www.phytate.info ou siga no Twitter @Phytateinfo.

Saiba mais sobre a ABVista em www.abvista.com

Sesti, Mello e Paniago: dirigentes apresentaram detalhes da

companhia, da doença e sobre os novos produtos

Reforço para campoExperiência conta. Principalmente quando a necessidade

é atendimento profissional. A Des-Vet anuncia mais um refor-ço para o seu time de campo: Cristhiano Ferreira Calderaro, que atuará como Assistente Técnico para os estados do RS, SC , PR e na região de postura comercial de Bastos e arredo-res.Cristhiano é formado em Medicina Veterinária pela Uni-versidade Estadual de Santa Catarina (UDESC) e possui espe-cialização em Marketing, Comunicação e Vendas, além de

experiência de quase 10 anos em uma grande agroindústria brasileira, nos

segmentos de incubatório, matrizes, frangos de corte e fábrica de ração.

Segundo a companhia, as contra-tações visam manter a empresa em movimento, agregar valor, crescer

pela qualidade do trabalho. Saiba mais: www.desvet.com.br.

Farmabase de Portas Abertas

No dia 16 de abril, a Farmabase recebeu a visita de distri-buidores do Paraguai e da Bolívia na sede da empresa, em Jaguariúna , SP. A iniciativa faz parte do Programa Portas Abertas, cujo objetivo é estreitar laços com clientes e parcei-ros comerciais. Participaram da visita os distribuidores Ysaka, do Paraguai, representado por Hugo Schaffrath, Adair Mior e Emerson Ferneda; e Mathiensen, da Bolívia. Para encerrar o dia, os visitantes ainda participaram de treinamentos específi-cos, focados em avicultura e suinocultura, ministrados pelo consultor técnico da Farmabase, José Severino Neto, nos quais foram mostrados os principais problemas bacterianos de aves e suínos, e como usar corretamente os produtos da Farmabase para combatê-los. Saiba mais sobre a empresa em: www.farmabase.com.br.

Visita foi muito importante para poder passar mais informações aos seus clientes

38

Estatísticas e Preços

Produção Animal Avicultura

Produção de pintos de corteAbril/2013522,651 milhões | 8,06%

Produção de carne de frango Abril/20131.071,343 mil toneladas | 1,27%

Exportação de carne de frango Abril/2013339,460 mil toneladas | 2,56%

Alojamento de pintainhas de postura Abril/20137,232 milhões | -0,82%

Desempenho do frango vivoMaio/2013R$ 1,80 | 5,88%

Desempenho do ovoMaio/2013R$ 61,00/caixa | 34,63%

MilhoMaio/2013R$ 27,06/ton | 3,68%

Farelo de SojaMaio/2013 R$ 845,00/saca | 8,84%

Oferta interna de carne de frangoAbril/2013731,883 mil toneladas | 0,69%

Produção e mercadoem resumo

Mercado de frango está fragilizado, mas reversão de mercado

é esperada

Em Abril, enquanto o vírus da Influen-za Aviária voltou a assustar o mundo com registros na Ásia, África e Euro-

pa, o mercado interno brasileiro sofria forte ruptura no equilíbrio existente desde o final de 2012 alcançando o pior resultado dos últimos nove meses.

E maio, embora historicamente fosse mês de recuperação de preços, isso acabou não acontecendo. Álias, embora as condi-ções de mercado continuassem ruins, pelo menos cessaram as quedas sucessivas no preço do frango vivo que se mantiveram estáveis o mês inteiro. O mesmo não se pode dizer do frango abatido que conti-nuou retrocedendo no decorrer do mês, no atacado e no varejo. Entretanto, o consu-midor tem sido bem menos beneficiado com as quedas verificadas nos abatedouros nos últimos meses.

A situação da avicultura de corte só não foi pior porque as matérias-primas utiliza-das pelo setor (milho e farelo de soja) retro-cederam com conseqüente queda no custo de produção do frango que mesmo assim permaneceu, segundo levantamento da Embrapa Suínos e Aves, acima dos preços recebidos pelos avicultores.

Como alento, o setor teve a divulgação (UBABEF) de que o volume de matrizes de corte alojadas em 2012 foi de 46,5 milhões de cabeças. Esse volume significou redução de 7% sobre o ano anterior(2011), retor-nando exatamente aos níveis de 2010, quando foram alojadas no Brasil 46,556 milhões de matrizes de corte. Com esse re-trocesso ocorrido em 2012, a avicultura de corte está com uma capacidade de produ-ção mais ajustada ao mercado recessivo atual e a reversão de mercado, é apenas questão de tempo. Todas as porcentagens são variações anuais

39Produção Animal Avicultura

Produção de pintos de corte

Aumento verificado no primeiro quadrimestre do ano deve ser visto com reservas

Em abril, segundo a APINCO, a produção de pintos de corte

produzida no mês foi de 516,5 milhões de cabeças, volume nomi-nal 1,55% abaixo do produzido no mês anterior quando o setor pro-duziu 524,6 milhões. Entretanto, março é mês mais longo, assim, levando em consideração a produ-ção diária, houve aumento mensal superior a 1,7%. Em relação a abril do ano passado, a produção foi 6,78% superior. Mas é importante lembrar que o setor iniciou o ano passado (2012) sofrendo as conse-qüências de um alto volume de pintos produzido no último trimes-tre de 2011 que solicitou do setor um ajuste de produção que se estendeu até abril.

É por isso que o aumento veri-ficado de 3,35% no primeiro qua-drimestre deste ano também deve ser visto com reservas. No ano passado, o primeiro quadrimestre foi 2,3% inferior ao mesmo perí-odo do ano anterior (2011). Ou seja, em dois anos a produção quadrimestral aumentou somente 1%.

Nos últimos cinco anos o pri-meiro quadrimestre representou 32% do volume produzido no ano, projetando para 2013 um volume aproximado de 6,353 bilhões de cabeças. Para atingir esse volume o setor terá que produzir mensal-mente 540 milhões de cabeças no restante do ano, o que parece, a princípio, difícil de ser alcançado porque, segundo informações de mercado, o potencial de matrizes de corte é insuficiente para alcan-çar o volume projetado.

Por enquanto, embora venha aumentando mês a mês, o acumu-lado em doze meses está atingindo a marca de 6,073 bilhões de cabe-ças, uma redução de 2% sobre o mesmo período anterior.

Evolução MEnsAl MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2011/12 2012/13 VAR. %

Maio 536,043 524,327 -2,19%

Junho 514,100 514,783 0,13%

Julho 501,880 515,160 2,65%

Agosto 530,405 502,649 -5,23%

Setembro 515,772 478,335 -7,26%

Outubro 539,183 523,338 -2,94%

Novembro 544,747 483,605 -11,22%

Dezembro 550,243 497,797 -9,53%

Janeiro 515,465 514,079 -0,27%

Fevereiro 469,206 477,792 1,83%

Março 498,647 524,588 5,20%

Abril 483,664 516,465 6,78%

Em 4 meses 1.966,982 2.032,924 3,35%

Em 12 meses 6.199,353 6.072,918 -2,04%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

Produção Quadrimestral2008 / 2013Bilhões de Cabeças

2,3

2,2

2,1

2,0

1,8

1,9

1,7

1,6

1,5I II III

1,6

1,75

9

2,0

1,8

1,9

1,7

1,75

91,

759

1,85

3

1,75

9

1,85

3

1,85

7

I II III

1,85

3

1,85

7

1,70

6

1,85

7 1,92

71,

927

1,92

8

I II III

1,92

7

1,92

8

1,93

0

1,92

8

1,93

0

2,02

9

1,93

0

2,02

9

2,03

9

I II III

2,02

9

2,03

9

2,01

3

2,03

9

2,01

3 2,08

2

2,01

3 2,08

2 2,15

0

I II III

2,08

2 2,15

0

1,96

7

2,15

02,

150

2,05

7

1,96

71,

967

2,05

7

1,98

3

I II III

2,05

7

1,98

3 2,03

9

2008 2009 2010 2011 2012 2013

40

Estatísticas e Preços

Produção Animal Avicultura

Tendo como base a produção anterior de pintos de corte, o

rendimento médio alcançado pelo frango vivo e as exportações do mês, a APINCO estimou que em Abril foram produzidas 1,071 mi-lhão de toneladas de carne de frango, 1,27% a mais que em abril do ano passado. Em relação ao mês anterior, março de 2013, o vo-lume produzido aumentou 2,16%. Porém, levando em consideração que abril é mês mais curto, o au-mento foi superior a 5%. A produ-ção de abril também superou pelo segundo mês consecutivo a barrei-ra do milhão de toneladas e, pela primeira vez no ano, o volume de carne de frango ficou acima do produzido no ano passado.

O total acumulado no primeiro quadrimestre do ano ficou aquém dos quatro milhões de toneladas (3,993 milhões/t), 7,5% abaixo do produzido no mesmo período do ano passado (4,319 milhões/t). Considerando que num período de 12 anos (2000 a 2012) o volume do primeiro quadrimestre repre-sentou 32,11% do produzido no ano, a produção projetada para 2013 pode chegar aos 12,435 mi-lhões de toneladas permanecendo abaixo do produzido em 2012. Para alcançar o mesmo volume de 2012 (12,645 milhões/t) o setor deve produzir no restante do ano, em média, 1,082 milhão/t ou, 1,108 milhão/t para alcançar o mesmo volume de dois anos atrás(12,863 milhões/t).

Por enquanto, o volume acu-mulado nos últimos 12 meses per-manece por três meses seguidos na faixa dos 12,3 milhões de tone-ladas e variação negativa na casa dos 5%. Em abril, atingiu a marca de 12,319 milhões, 5,35% menor que os 12 meses imediatamente anteriores.

Produção de carne de frango

volume produzido no primeiro quadrimestre do ano fica abaixo dos 4 milhões de toneladas

Evolução MEnsAlMIL TONELADAS

MÊS 2011/12 2012/13 VAR.

Maio 1.121,019 1.107,369 -1,22%

Junho 1.089,220 1.090,615 0,13%

Julho 1.094,724 1.083,764 -1,00%

Agosto 1.032,743 1.030,725 -0,20%

Setembro 1.048,767 1.015,150 -3,21%

Outubro 1.104,318 1.027,594 -6,95%

Novembro 1.067,411 1.000,732 -6,25%

Dezembro 1.138,387 970,109 -14,78%

Janeiro 1.156,403 963,946 -16,64%

Fevereiro 1.051,621 909,425 -13,52%

Março 1.053,124 1.048,685 -0,42%

Abril 1.057,893 1.071,343 1,27%

Em 4 meses 4.319,041 3.993,399 -7,54%

Em 12 meses 13.015,630 12.319,457 -5,35%

Fonte dos dados básicos: APINCOProjeções e análises: AVISITE

Acumulado em 12 mesese variação anualAcumulado em 12 meses (mil/t)Variação Anual (%)

13.000 8%

13.250 10%

12.750 6%

12.500 4%

12.250 2%

11.750 -2%

12.000 0%

11.500 -4%

11.250 -6%

11.000 -8%

abr/

12

13.000

13.250

12.750

12.500

mai

/12

12.500

13.000

13.250

12.750

12.500

jun/

12

jul/1

2

ago/

12

set/

12

out/

12

nov/

12

dez/

12

jan/

13

fev/

13

mar

/13

-2%

abr/

13

6%

4%

2%

-2%

0%

6%

4%

2%

-2%

0%

41Produção Animal Avicultura

Exportação de carne de frango

Embarques de abril aumentaram, mas total anual continua negativo

Em abril passado, conforme a SECEX/MDIC, as exportações

brasileiras de carne de frango somaram 339.460 toneladas e, com isso, apresentaram aumento de 2,56% sobre o mesmo mês do ano passado e de 6,18% em rela-ção ao mês anterior, março de 2013.

Essa foi, também, a segunda vez neste exercício em que o volume mensal superou o expor-tado em idêntico período de 2012. Mas o crescimento registrado não foi suficiente para reverter o qua-dro de expansão negativa que, no quadrimestre inicial do ano, regis-tra recuo de quase 5%. Continua negativa, também, a evolução no volume embarcado dos últimos 12 meses. No caso, os 3,853 milhões de toneladas alcançados entre maio de 2012 e abril de 2013 são 3,42% inferiores aos 12 meses anteriores. Aliás, esse processo de redução no volume acumulado em 12 meses vem desde novembro de 2012. E não mostra sinais de rever-são no curto prazo.

Ressalve-se, de toda forma, que os resultados negativos no acumu-lado deste ano estão circunscritos ao volume embarcado. Pois graças a uma melhora do preço médio, a receita cambial do setor já aumen-tou 6%, ficando próxima de US$2,7 bilhões (US$2,544 bilhões no mesmo quadrimestre de 2012). Quem mais contribuiu para esse desempenho foi o frango inteiro que, nesse período, valorizou quase 20% no preço médio e, aliado a um aumento superior a 2% no volume gerou receita superior a 23%, aumentando sua participação na receita global de 31,4% em 2012 para 36,5% em 2013. Cortes, Industrializados e Salgados, produ-tos de maior valor agregado, redu-ziram sua participação no período.

Acumulado em 12 mesese variação anualPreço médio mensal (US$/t)Abril de 2012 a abril de 2013

Acumulado em 12 mesese variação anualPreço médio mensal (US$/t)Abril de 2012 a abril de 2013

jan/

13

fev/

13

dez/

12

nov/

12

out/

12

set/

12

ago/

12

jul/1

2

jun/

12

mai

/12

abr/

12

3,87

9

3,88

9

3,98

9

4,02

6

4,00

2

4,00

3

3,96

6

3,96

7

3,97

5

3,92

9

3,91

8

mar

/13

3,88

9

3,84

5

1,76

%

2,27

%

1,50

% 2,83

%

1,71

% 2,61

%

2,75

%

0,54

%

-0,6

4%

-2,4

4%

-1,8

3%

abr/

13

3,84

5

3,85

3

-3,4

9%

-3,4

2%

Evolução MEnsAlMIL TONELADAS

MÊS 2011/12 2012/13 VAR. %

Maio 338,523 374,904 10,75%

Junho 331,321 307,194 -7,28%

Julho 310,874 312,297 0,46%

Agosto 354,337 317,482 -10,40%

Setembro 304,591 305,763 0,38%

Outubro 335,733 343,511 2,32%

Novembro 358,704 312,224 -12,96%

Dezembro 350,252 339,040 -3,20%

Janeiro 328,877 290,475 -11,68%

Fevereiro 281,674 291,083 3,34%

Março 363,613 319,688 -12,08%

Abril 331,001 339,460 2,56%

Em 4 meses 1.305,165 1.240,706 -4,94%

Em 12 meses 3.989,500 3.853,121 -3,42%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC

42

Estatísticas e Preços

Produção Animal Avicultura

D escontada da produção total de carne de frango (1.071.343

toneladas, segundo a APINCO) a exportação (339.460 toneladas, segundo a SECEX /MDIC), perma-neceram no mercado interno o equivalente a 731.883 toneladas, volume 0,69% superior ao regis-trado no ano anterior, abril de 2012. Em relação ao mês anterior a disponibilidade foi 0,40% maior, porém, levando em consideração que abril é mês mais curto, o aumento real foi de 3,74%. Anali-sando a evolução bimestral, após produzir menos de 650 mil tone-ladas mensais no primeiro bimes-tre deste ano, o setor aumentou em 13% a disponibilidade interna mensal (730 mil /t) no bimestre março-abril.

Esse aumento na disponibili-dade interna de carne de frango aliado a uma forte retração no consumo geraram excedentes que tiraram a equilíbrio existente no mercado e impuseram forte queda nos valores recebidos pelo produ-tor. Em abril último o produtor recebeu, em média, R$2,12/kg pelo frango vivo, redução de 21,2% sobre o mês anterior e de 28,1% no ano. Porém, até março a redução anual no preço do frango vivo estava próxima de 9%, mostrando que o grande declínio nos preços aconteceu em abril.

No primeiro quadrimestre deste ano a avicultura de corte ofertou, internamente, 2,753 milhões de toneladas de carne de frango, redução de 8,67% em relação ao mesmo período do ano passado (3,014 milhões/t). Em 12 meses (mai/12-abr/13) a disponibi-lidade interna se encontra em 8.466.336 toneladas, uma redu-ção de 6,20% sobre os 12 meses anteriores.

oferta interna de carne de frango

Em abril, crescimento da disponibilidade e retração no consumo impuseram forte recuo de preços ao setor

Evolução MensalMIL TONELADAS

MÊS 2011/12 2012/13 VAR. %

Maio 782,496 732,465 -6,39%

Junho 757,900 783,421 3,37%

Julho 783,850 771,467 -1,58%

Agosto 678,406 713,243 5,14%

Setembro 744,176 709,387 -4,67%

Outubro 768,585 684,083 -10,99%

Novembro 708,707 688,508 -2,85%

Dezembro 788,135 631,069 -19,93%

Janeiro 827,526 673,471 -18,62%

Fevereiro 769,947 618,342 -19,69%

Março 689,511 728,997 5,73%

Abril 726,892 731,883 0,69%

Em 4 meses 3.013,876 2.752,693 -8,67%

Em 12 meses 9.026,131 8.466,336 -6,20%

Fonte dos dados básicos: APINCO • Elaboração e análises: AVISITE

2012Abr

726,

892

726,

892

Mai

708,

837

Jun

783,

421

783,

421

Jul

746,

581

746,

581

Ago

690,

235

690,

235

690,

235

Set

709,

387

709,

387

Out

662,

016

662,

016

662,

016

Nov

688,

508

688,

508

Dez

610,

712

610,

712

Jan

651,

746

651,

746

Fev

662,

509

662,

509

Mar

705,

481

2013

Oferta real Volume nominal mensal ajustadopara mês de 30 dias e variação anualMil toneladas

-3,5

6%

-6,3

9% 3,37

%

-1,5

8% 5,14

%

-4,6

7%

-10,

99%

-2,8

5%

-19,

93%

-18,

62%

-16,

82%

705,

481

Abr

731,

883

5,73

%

0,69

%

43Produção Animal Avicultura

Média mensal e variaçãoanual e mensal em treze meses

MÊS. MÉDIA R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

MAI/12 1,70 6,00% -4,17%

JUN 1,85 14,60% 8,94%

JUL 1,86 4,89% 0,21%

AGO 2,30 10,41% 23,84%

SET 2,47 25,47% 7,33%

OUT 2,50 26,26% 1,35%

NOV 2,59 24,82% 3,50%

DEZ 2,95 40,11% 14,01%

JAN/13 2,93 85,98% -0,59%

FEV 2,87 78,98% -2,23%

MAR 2,69 49,67% -6,05%

ABR 2,12 19,68% -21,19%

MAI 1,80 5,88% -15,22%

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja, interior paulista – R$/KG

Média anual em 10 anosR$/KG

*2013: 01/Jan a 31/Mai

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

R$/KG

R$ 1,49R$ 1,49

2005

2006

2007

2008

*2013: 01/Jan a 31/Mai

R$ 1,35

R$ 1,16

R$ 1,55

R$ 1,63

R$ 1,63

R$ 1,92

R$ 1,65

R$ 2,08

2013*

*2013: 01/Jan a 31/Mai

R$ 2,08

R$ 2,48

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Preço relativo no ano em comparação à média mensal de 10 anosPreço em Dezembro do ano anterior = 100

Média 2003/12

2013

98%

92%

89% 90% 96

% 99%

106% 110% 112%

107% 109%

94%

99%

98%

91%

61%72%

O marasmo em que o frango se me-teu (ou foi metido) em 2013 ainda

não terminou. Por exemplo, a estabilida-de de preços observada em maio (que veio desde o último dia de abril e alcan-çou o primeiro dia de junho corrente) foi apenas aparente, já que boa parte dos negócios do mês foi realizada a preços inferiores ao estabelecido como referen-cial e que, mesmo assim, resultou no pior resultado registrado pelo setor nos últi-mos 12 meses.

Em outras palavras, abaixo de maio de 2013 só os preços de maio de 2012. E, ainda assim, com uma valorização anual de apenas 5,88% - o que equivale a di-zer que, em valores reais, o frango vale menos hoje do que há um ano. E se, como vem sendo apontado, o volume produzido também continua inferior ao do ano passado, o “PIB” do setor cami-nha bem pior que o do próprio País.

Mas isso não é o pior e, sim, a desva-lorização que o produto vem enfrentan-do no decorrer de 2013. Em maio o fran-go enfrentou a quinta queda mensal consecutiva de 2013, ou seja, no ano e até agora só fez perder preço.

Levando em conta o preço referen-cial, a queda de abril para maio (-15,22%) foi menos grave que a ocorrida de março para abril (-21,19%). Mas contribuiu para agravar ainda mais a perda (aparente-mente inédita) acumulada nos cinco pri-meiros meses do ano e que, comparati-vamente a dezembro de 2012, soma

quase 40%. Ou seja: para obter a mesma renda nominal do últi-mo mês do ano passado o produtor precisaria dispor, em maio último, de um volume de frangos quase dois terços maior – o que, com certeza, não se observou em nenhuma parte do País.

Naturalmente, o recuo de preços,em si, não chega a represen-tar novidade para o setor, pois, equivalendo ao período de safra da carne bovina, é quase uma ocorrência corriqueira no setor. Mas nunca se registrou nada tão grave quanto em 2013.

Exemplificando, nos 10 anos decorridos entre 2003 e 2012, o preço médio de maio correspondeu a um dos menores do primei-ro semestre e alcançou, na média, 90% do valor registrado em dezembro do ano anterior. Mas, neste ano, correspondeu a ape-nas 61% do valor médio de dezembro de 2012.

Desempenho do frango vivo em Maio de 2013

volume quase dois terços maior para obter a mesma renda de dezembro de 2012

44

Estatísticas e Preços

Produção Animal Avicultura

Matérias Primas

Preço do milho O preço do milho registrou au-

mento em maio de 2013. O preço médio do insumo saca de 60 kg, inte-rior de SP, fechou o mês cotado a R$ 27,06 – valor 1,58% maior que a mé-dia de R$ 26,64 obtida pelo produto em abril de 2013. A disparidade de preços do milho em relação ao ano anterior é positiva. O valor atual é

3,68% maior, já que a média de maio de 2012 foi de R$26,10 a saca. Em abril, a disparidade registra-da foi 2,46%.

Valores de troca – Milho/Frango vivoO frango vivo (interior de SP) fechou maio a

R$1,80/kg – 15,2% menor que a média de abril de 2013. A desvalorização do frango contribuiu para a diminuição do poder de compra do avicultor. Nesse mês, foram necessários 250,5 kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, conside-rando-se a média mensal de ambos os produtos em maio. Este valor representa queda do poder de compra de 16,41% em relação ao mês anterior, pois em abril a tonelada do milho “custou” 209,4kg de frango vivo.

Valores de troca – Milho/OvoO preço do ovo, na granja (interior paulista, cai-

xa com 30 dúzias), encerrou abril cotado à média de R$55,00, valor 5,9% menor que o mês anterior.

Com a diminuição do ovo e o aumento no pre-ço do milho houve uma piora no poder de compra do produtor. Em maio, foram necessárias 8,2 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do cereal. Em abril foram necessárias 7,5 caixas/t, uma piora de 7,93% na capacidade de compra do produtor

Preço do farelo de soja volta a subir

Depois de sete meses de que-da, o farelo de soja (FOB, interior de SP) registrou aumento. O pro-duto foi comercializado em maio de 2013 ao preço médio de R$ 845/t, valor 10,46% maior que o de abril passado –R$ 765/t. Na comparação com maio de 2012

– quando o preço médio era de R$927/t – a cotação atual registra redução de 8,85%.

Valores de troca – Farelo/Frango vivoCom a desvalorização do frango vivo e o

aumento do farelo de soja, em maio de 2013, foram necessários 469,4kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insumo, significando piora de 23,13% no poder de compra em rela-ção a abril, quando foram necessários 360,8kg de frango vivo para obter uma tonelada do produto.

Valores de troca – Farelo/OvoDe acordo com os preços médios dos pro-

dutos, em maio de 2013 foram necessárias aproximadamente 15,4 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo diminuiu na comparação com abril: piora de 15,33% já que no mês passado 13,0 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de farelo. Em re-lação a maio de 2012, o aumento no poder de compra é de 53,49%, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 23,6 caixas de ovos.

Fonte das informações: www.jox.com.br

45Produção Animal Avicultura

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46

Ponto Final

Produção Animal Avicultura

A cadeia produtiva da avicultura no Brasil e na América Latina

Wilson Mendes é médico veterinário, diretor Presidente de Instituto DiDatus

de Pós Graduação e Vice Presidente Técnico Científico da Sociedade

Paranaense de Medicina Veterinária

A cadeia produtiva avícola brasileira é responsável por 10% de todas as riquezas geradas pelo agronegócio nacional. A consolidação e expansão de um mercado ex-terno cresce na medida em que o Brasil exporta. Somos responsáveis hoje pelo abastecimento de 154 países e produzimos a proteína animal com menor preço e maior demanda.

A produção de carne de frango chegou a 13,058 mi-lhões de toneladas em 2011, um crescimento de 6,8% em relação a 2010.

Com este desempenho o Brasil se aproxima da China, segundo maior produtor mundial, cuja produção de 2011 teria somado 13,2 milhões de toneladas, perdendo ape-nas para os Estados Unidos, com 16,757 milhões de tone-ladas, conforme projeções do Departamento de Agricul-tura dos EUA, USDA.

Exportamos equipamentos, medicamentos, nutrição, vacinas, carne de frango e mais recentemente, exporta-mos um novo produto: a tecnologia de modernas técni-cas de produção e conhecimento no setor de avicultura.

Mas, para que isto acontecesse, muita pesquisa foi de-senvolvida, desde a busca da genética ideal, passando por equipamentos, instalações, manejo e nutrição animal.

Lembro-me que em minha infância a carne de frango era presente em nossa mesa somente em eventos festivos importantes, ou quando alguém estava doente na famí-lia. A carne era considerada uma proteína muito cara e dificilmente comum nas refeições diárias.

Com o passar do tempo esta cadeia foi se desenvol-vendo de forma a chegar ao século XXI como a mais or-

ganizada em todo o Brasil, produ-zindo uma proteína animal acessível a todos os brasileiros, seja pela quantidade ou qualidade.

Mas nada disso teria acontecido não fosse uma estreita parceria en-tre os produtores e a academia, pois é um mercado que envolve grandes pesquisadores como técnicos, mé-dicos veterinários, zootecnistas, engenheiros agrônomos e gestores.

Assim vemos também o crescimento pela busca por capacitação técnica e consequentemente o aparecimento de mestrados, doutorados e especializações na cadeia pro-dutiva avícola. Quando falamos em pesquisa não pode-mos deixar de citar o importante trabalho desenvolvido pela Embrapa Suínos e Aves, que muito contribuiu para o desenvolvimento deste setor.

A demanda por mão de obra especializada no setor avícola adquiriu tamanha importância que nossos técni-cos estão atendendo solicitação de palestras, consultorias e assistência técnica em diversos países, principalmente na América Latina, como Peru, Colômbia, Bolívia, Pana-má e Argentina, que buscam nossos conhecimentos para aumentarem suas produções neste setor.

Por conta desse crescimento é frequente ouvirmos ou-tros idiomas em congressos, workshops e encontros téc-nicos, existindo assim a necessidade imprescindível de nossos técnicos aprenderem outros idiomas.

Tudo isso é resultado do nosso país exportando tecno-logia e mão de obra. O Brasil está na moda. Prova de nos-sa grandeza neste mercado está em possuirmos hoje as maiores empresas multinacionais do setor presentes no mundo todo.

É preciso pensar hoje em políticas de desenvolvimen-to no que diz respeito ao mercado avicultor que cresce no Brasil. Podemos não ter a resposta hoje sobre quem nas-ceu primeiro, embora eu tenha certeza de que estamos a caminho de descobrir, mas sabemos que possuímos algo melhor: Somos donos dos ovos da galinha de ouro, e isso ninguém pode contestar.

Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?A pergunta que transcende a interpreta-

ção biológica, ainda não tem uma resposta. Não importa em que ordem foi iniciada a produ-ção em escala industrial, o fato é que somos o ter-ceiro maior produtor de aves em todo o mundo.

47Produção Animal Avicultura

48

Ponto Final

Produção Animal Avicultura