Biblioteca Municipal de Cerveira

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Estudo histórico das intervenções no edifício que alberga a Biblioteca Municipal de Vila Nova de Cerveira - Solar dos Castros.

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Biblioteca Municipal de Vila Nova de Cerveira

Universidade do MinhoLicenciatura em Engenharia Civil

Histria da Arquitectura

(1Ano, 2Semestre)

Ano 2003/2004Escola de Engenharia

2003/2004Biblioteca Municipal de V. N. de Cerveira

Biblioteca Municipal de V. N. de Cerveira

SOLAR DOS CASTROS

Autores do trabalho:

Jos Daniel Esmeriz, 40486

Lus Filipe Reis, 40498

Lus Miguel Machado, 40489

Pedro Miguel Sousa, 42093

Ricardo Jorge Carvalho, 40444

Rui Miguel Carvalho, 37126

Agradecimentos

Gostaramos de agradecer a colaborao prestada e disponibilidade de pessoas e instituies na realizao do trabalho, mesmo no estando aqui referidos por lapso:

Cmara Municipal de Vila Nova de Cerveira

Eng. Joo Fernando Nogueira Vice-Presidente e Vereador da Cmara Municipal V.N.C. Dr. Nuno Correia Antroplogo da Cmara Municipal Dr. Paula Ramalho Arqueloga do GTL Eng. Raul Gonalves Chefe da diviso de Obras dos servios Municipais da Cmara Municipal de V.N. Cerveira Arquivo Municipal

Dr. Salom Oliveira Responsvel pelo Arquivo Municipal Biblioteca Municipal de Vila Nova de Cerveira Conceio Sobral Tcnica Profissional de B.A.D. (Biblioteca Arquivo e Documentos) Arq. Antnio Calvo Projectista 2 interveno Eng. Victor Arajo Engenheiro responsvel pela intervenondice

4Introduo

5Solar dos Castros

6Histria

7Classificao de Patrimnio

8As Alteraes

81 Remodelao:

92 Remodelao:

13Condicionantes da obra/projecto:

14Resumo Oramental

141 - Resumo do oramento das obras no Solar dos Castros

152 - Proporcionalidade do Custo pela rea de construo

153 - Descrio da Biblioteca

16Concluses

18Impedimentos

19Bibliografia

20Anexos

Introduo

Vila Nova de Cerveira uma vila fundada no sc. XIV (recebeu primeiro foral em 1320), mas com origens mais remotas. Com uma rea de 110Km2, um local cheio de histria, onde naturalmente os monumentos abundam (solares, palcios e palacetes, mosteiros, igrejas, capelas, fortes e castelos, torres, coutos, pontes,...). Dentro deste esplio encontra-se o edifcio, que ser objecto do nosso estudo.

O edifcio situa-se no lado sul da vila (ver anexo 1), virado para norte; posiciona-se junto ao Castelo da Vila (a norte), Igreja Matriz (a este) e ao edifcio da Cmara Municipal (a sudeste); na convergncia das Ruas Jos Duro e Csar Maldonado, que formam o Terreiro. portanto um edifcio de grande importncia, em termos de localizao espacial, que foi aproveitado para a implementao da Biblioteca Municipal.

A Biblioteca actualmente possui rea infantil, audiovisual, informtica e auditrio, ou seja, um espao de aspecto moderno equipado com todo o tipo de equipamentos que fornecem conforto/bem-estar e servios aos utilizadores.

precisamente por isso que decidimos estudar o edifcio onde est implantada a Biblioteca Solar dos Castros , pois apesar de ser um edifcio com 3 sculos e classificado como Imvel de Interesse Pblico, alberga uma instituio que possui material que requer tratamento especial; o que levou instalao de, nomeadamente, aparelhos que controlam as condies de temperatura e humidade, alarmes, electricidade (tomadas, luz artificial,...), etc.

Este relatrio pretende avaliar a vertente patrimonial e financeira das obras efectuadas ao edifcio (viabilidade da transformao do edifcio financeira e patrimonial -, capacidade fsica de absoro do uso); nesse mbito que iremos estudar e investigar.

Solar dos Castros

Solar , segundo um dicionrio da lngua portuguesa, terra ou castelo onde habitava a nobreza e que dava o ttulo s famlias ou palcio, herdade ou terreno de nobres, que lhes servia de habitao e que passavam aos descendentes por herana.

Em particular trata-se de um edifcio do sc. XVIII, construo em pedra (granito). A fachada frontal simtrica (onde sobressai o braso dos Castro) denota influncias do estilo neo-clssico e barroco; possui uma varanda em colunata virada a Sul, muitas janelas e portas envidraadas para uma exposio luz solar.

Aparentemente, a inexistncia de informao no nos permite confirmar, no tivemos conhecimentos sobre a introduo de uma cpula de vidro ou a abertura de um espao interior durante a primeira interveno.

A cpula de vidro e os peitoris das janelas denunciam um edifcio mais moderno que sc. XVIII, o que nos faz pressupor que ocorreram obras de beneficiao ao longo dos tempos.

Fotografia 1 Vista frontal do Solar dos Castros na actualidade.Histria

Relativamente histria do solar, as nicas fontes disponveis so testemunhos de populares e um romance baseado em documentos da poca, j que no foi possvel examinar documentos/protocolos, pois segundo uma fonte do arquivo municipal no existem tais documentos na posse do arquivo da Cmara Municipal.

Pelo que foi possvel apurar, o edifcio pertenceu ao Visconde de Vila Nova de Cerveira, Dr. Gabriel Pereira de Castro, pessoa muito influente junto do rei, com imensas terras e poderes (...) nas terras do bisconde no se chega a pr o sol. Nem ele sabe onde comeam e onde acabam.

Ao longo do tempo sofreu vrias adversidades, e consequentes obras de reparao e reconstituio, que alteraram sucessivamente o edifcio. Uma delas foi um incndio que destruiu que o edifcio completamente.

O Solar deixou de exercer o papel principal muito antes de a D.G.E.M.N. promover a sua aquisio, em 1972. Nessa altura o monumento encontrava-se em runa, e numa situao de abandono (ver anexo 2).

A primeira interveno conhecida ficou a cargo da DGEMN, que adaptou o edifcio em Centro Cultural, teve incio em 1974 (ver anexo 3 e 4); ano tambm da classificao do edifcio como Imvel de Interesse Pblico (ver anexo 5). A Cmara Municipal ficou encarregada da sua manuteno a partir de ento.

Posteriormente as finanas fixaram-se no edifcio, saindo antes de 1987, altura que o edifcio ficou encarregue biblioteca. Enquanto funcionava a biblioteca, foram tambm operando em simultneo diversos servios camarrios que se instalaram provisoriamente: turismo, delegao escolar. A delegao escolar saiu em 1996 e o turismo em 1997, aps abertura de edifcios prprios.

A necessidade de um espao vocacionado para a biblioteca cedo surgiu, devido a problemas de humidade, iluminao, acesso por parte de deficientes motores, falta de reas multimdia,... Em 1991 arranca o processo de beneficiao do Solar, ao qual ns lhe chamamos 2 interveno. As obras s comeam muito mais tarde, por volta de 1999, e so concludas em 2001, mas a biblioteca oficialmente inaugurada em 2003, com a concluso da instalao dos equipamentos multimdia. A 2 interveno foi promovida pela Cmara Municipal, pelo Ministrio da Cultura e pela Unio Europeia.

Classificao de Patrimnio

O Instituto Portugus do Patrimnio Arquitectnico tem como misso a salvaguarda e a valorizao de bens materiais imveis que, pelo seu valor histrico, artstico, cientfico, social e tcnico, integrem o patrimnio arquitectnico do Pas.

Considera-se patrimnio arquitectnico de interesse cultural ou, em equivalncia, bens culturais imveis integrantes do patrimnio cultural portugus ou patrimnio cultural arquitectnico as estruturas imveis criadas e implantadas no territrio pelo homem, ou que o homem produziu transformando a Natureza, dotadas de um valor simblico.Ao IPPAR compete por Lei a classificao de imveis de valor cultural. Cabe-lhe assim a definio dos critrios que devero ser utilizados neste processo: critrios de carcter geral histrico-cultural, esttico social e tcnico-cientfico; e de carcter complementar integridade, autenticidade e exemplaridade do bem.

Consoante o seu valor relativo, os bens imveis de interesse cultural podem ser classificados como de '' Interesse Nacional '' (com a designao de "Monumento Nacional"), "Interesse Pblico" ou "Interesse Municipal" (classificao camarria).

A Lei procedeu ainda a uma outra diferenciao, definindo as categorias de "Monumento", "Conjunto" e "Stio" (segundo as Convenes Internacionais).

O acto de classificao exige uma tramitao rigorosa. Assim, aps a entrada da proposta de classificao (que qualquer cidado pode subscrever) a mesma analisada, para se saber do valor do imvel em causa, atendendo aos critrios em uso.

As Alteraes

Quando se realizam obras de remodelao num edifcio, melhorar a aparncia do edifcio ou a estrutura, so os principais motivos.

Para a realizao de obras de remodelao, tem de se elaborar estudos de modo a saber onde se encontram os problemas a corrigir, seno surgiro problemas durante as obras. No caso das obras do Solar dos Castros existiu um cuidado extra, dado o edifcio ser classificado (Imvel de Interesse Pblico) e ser um edifcio antigo.

Para as obras de remodelao existiram estudos e um concurso pblico, de modo a escolher o melhor projecto e o mais vivel financeiramente. Sabendo deste concurso, tentamos obter informao sobre o mesmo e tambm sobre os outros projectos, mas no conseguimos mais nenhuma informao, por se tratar de um projecto muito antigo.

Desde a construo do Solar at aos dias de hoje, o Solar dos Castro, j sofreu duas remodelaes.

1 Remodelao:

Esta obra data de 1973, onde o edifcio praticamente destrudo (praticamente s existiam as paredes exteriores) foi reconstrudo. Pelas fotografias que possumos (ver anexo 2), pode-se verificar as seguintes alteraes:

Chamin da cozinha (lado leste-sul) foi desmantelada;

Alterao do formato da janela da cozinha;

Diminuio do p-direito da cozinha;

Colocao de grades nos muros;

Arranjo do jardim;

Nesta obra, sabe-se que o Solar foi reconstrudo e que foram feitos pequenos ajustes para adaptar o Solar a Centro Cultural.

Fotografia 2 e 3 Plantas do edifcio aps a 1 remodelao.2 Remodelao:

O projecto desta obra foi iniciado em 1991 e a inaugurao em 2003. Foram efectuadas as principais alteraes previstas no projecto, sendo visveis nos vrios alados da obra (ver anexos 7, 8, 9 e 10).

As principais alteraes realizadas foram a abertura de paredes para colocao de portas, abertura de uma passagem no tecto do Rs-do-cho para a colocao de um elevador, fortalecimento do cho onde esto situadas as estantes dos livros com vigas metlicas, construo de casas-de-banho, colocao de tectos falsos, rebocamento de paredes, colocao de vitrinas em vez de paredes e colocao de rede de gua em diversas divises (ver anexos 12 e 13).

Fotografia 4, 5, 6 e 7 Alados do edifcio antes da 2 remodelao. Antes desta remodelao o Solar no possua acessos ao primeiro andar para deficientes, dai a colocao de um elevador;

Fotografia 8 Zona do Rs-do-cho com acesso ao elevador. O alargamento de passagens foi para haver mais entradas para as diversas divises da biblioteca;

Fotografia 9 Passagem entre salas na zona infantil. De modo a no correr riscos com o peso das estantes foram colocadas vrias vigas metlicas no cho para sustentar melhor o peso;

Fotografia 10 Zona de estudo. As paredes rebocadas, pintadas de branco e colocao de tectos falsos serviram para facilitar a colocao de climatizao, sistemas elctricos, de segurana e rede gua e tambm para dar uma aparncia mais jovial e convidativa;

Fotografia 11 Recepo. As vitrinas de vidro que separam as divises servem para dar a sensao de mais espao (deixam passar a luminosidade);

Fotografia 12 Zona audiovisual. Nas casas de banho foram colocados alguns espelhos para darem a ideia de mais espao.

Fotografia 13 Casa de Banho do Rs-do-cho. Colocao de estrutura de vidro no lugar do saguo, que serve de passagem para a zona infantil (para preservar da chuva).

Fotografia 14 Saguo.

Condicionantes da obra/projecto:

Devido ao facto de no ante-projecto no constar a colocao de elevadores e talvez por no terem feito estudos anteriores (no obtivemos dados suficientes relativamente a este ponto), na sua utilizao ocorrem algumas quebras de luz.

As casas-de-banho so relativamente pequenas devido ao local onde foram construdas, j que a estrutura da casa no permitia fazer umas casas-de-banho maiores. Uma condicionante ocorrida trata-se da localizao da zona infantil, que no teve muita interferncia. Para efectuar o acesso zona infantil a maioria dos visitantes so crianas ou adolescentes o que no prejudicaria a passagem dos visitantes, apesar desta passagem se encontrar com uma altura muito baixa.

Fotografia 15 Entrada zona infantil.Resumo Oramental

1 - Resumo do oramento das obras no Solar dos Castros

Diferentes Mdulos de ExecuoCusto dos Mdulos de Execuo

Em EurosEm Escudos

Q S 1 1 Piso de Iluminao Normal 3.012,70 603,992$

Q S 1 1 Piso Sinalizao 93,84 18,814$

Q S 1 Tomadas 189,09 37,910$

Q S 2 Iluminao Normal 1.358,59 272,372$

Q S 2 Tomadas 62,37 12,504$

Q S 3 R/C Iluminao Normal 860,90 172,594$

Q S 3 R/C Tomadas 32,46 6,507$

Q S 4 Alimentao do Elevador 30,93 6,200$

Q S 5/6 Alimentao de Monta-Cargas 31,92 6,400$

Q P Tomadas 40,45 8,109$

Q P Sinalizao 68,93 13,820$

Q P Iluminao de Emergncia 839,48 168,300$

Q P Iluminao Normal (Interior) 362,81 72,737$

Q P Iluminao Normal (Exterior) 4.633,58 928,950$

Q P 457,64 91,749$

Quadro S.1 376,86 75,553$

Quadro S.2 240,68 48,253$

Quadro S.3 240,68 48,253$

Q S 4 5,99 1,200$

Terra Terra de Proteco 21,05 4,220$

Proteco Proteco contra Incndios 2.343,53 469,835$

Total Geral 15.304,48 3,068,272$

Tabela 1 Oramento de execuo da parte Elctrica e Proteco Contra Incndios.

Diferentes Mdulos de ExecuoCusto dos Mdulos de Execuo

Em EurosEm Escudos

Rede Infor Rede de Informtica 551,34 110,533$

Climat Climatizao 1.376,14 275,892$

Rede Telef Rede telefnica 2.084,78

Rita Rita Telefones 49,61 9,945$

Deteco Deteco Contra Extruso 10.340,08 2,073,000$

Deteco Deteco Contra Intruso 2.459,13 493,012$

Quadros Alteraes aos Quadros Elctricos 109,36 21,924$

Total Geral 16.970,44 3,402,266$

Tabela 2 Oramento de execuo de redes telefnica e informtica, alarmes, sistemas de intruso e extruso, e climatizao.

Neste oramento de Novembro de 1993 podemos ver as principais intervenes no Solar para a passagem a Biblioteca Municipal.

Podemos verificar que na 1 Tabela se encontram os valores das partes de Iluminao do Edifcio e Proteco Contra Incndios. (Consultar Anexos para uma anlise mais pormenorizada deste oramento).

Na 2 Tabela verificamos o oramento para as redes estruturais do Edifcio (Telefones, Proteco aos Roubos, Rede Informtica e Elctrica). (Consultar Anexos para uma anlise mais pormenorizada deste oramento).

Nos Anexos encontram-se os restantes oramentos relativos a obras de Beto Armado, Rede de gua e Esgotos e outros. O valor desta parte de 3330,97 que corresponde a 667.800$00. Tem ainda as partes relativas a Carpintaria, Cobertura, interveno na Pedra dos diversos pisos, Revestimentos isolantes, Serralharias, Portas, Pinturas e outros. O oramento desta parte ficou em 241.029,41 que corresponde a 48.322.058$00.

No obtivemos um valor fixo para o total do Oramento da Construo da Biblioteca Municipal, pois este estava bastante repartido, no sendo possvel ter um oramento totalmente correcto. O oramento inicial previa o custo da obra em 196.759,62 correspondentes a 39.446.762$00 sendo visvel que veio a ser ultrapassado largamente.

2 - Proporcionalidade do Custo pela rea de construo

Podemos apresentar um clculo para verificar em que valor ficou cada m2 de construo, para termos uma ideia do valor que foi investido nesta obra.

No total das reas das seces da Biblioteca Municipal obtivemos 698,06 m2.

Se considerarmos o oramento inicial de 39.446.792$00 cada m2 ficou por 56.509$00 que corresponde a 281,87.

Se juntarmos os oramentos posteriores obtemos o valor de 55.460.396$00 e cada m2 ficou pela quantia de 79.449$00 que corresponde a 396,29.

3 - Descrio da Biblioteca

possvel encontrar um breve resumo da memria descritiva e justificativa do dia 26 de Novembro de 1993 das diferentes seces da Biblioteca Municipal de Vila Nova de Cerveira (ver anexo 11).Concluses

O edifcio em estudo Biblioteca de Vila Nova de Cerveira aps algumas intervenes de restauro demonstra ter uma capacidade fsica bastante boa de receber esta nova utilizao. Ao que nos foi possvel observar no local e atravs da recolha de informao sobre as tecnologias implantadas no edifcio, constatamos que possui alguns elementos essenciais para o seu bom funcionamento e que ao mesmo tempo, demonstra a total capacidade do edifcio de se afirmar numa nova realidade.

Existe, tambm, ar condicionado, mas este apenas no auditrio da Biblioteca j que um espao fechado onde decorrem, os possveis, maiores aglomerados de pessoas devido ocorrncia de palestras, reunies entre outras actividades que l se possam realizar. Para alm destes factos, h tambm a realar os acumuladores trmicos elctricos que existem um pouco por todo o lado, lutando assim contra a humidade e infiltraes de gua que podem aparecer nas paredes do edifcio, podendo com isso estragar alguns dos materiais que constituem a Biblioteca.

O edifcio veio trazer populao mais um espao de convvio e de reunio, aliando o prazer de aprender com o convvio, atravs de espaos de multimdia onde possvel fazer algumas actividades como por exemplo ler, ouvir musica, ver vdeos, engrossando assim a cultura geral dos seus utilizadores.

Analisando mais ao pormenor a Biblioteca, pode ver-se que as casas-de-banho so muito pequenas, relativamente dimenso do resto da biblioteca e dos diversos locais, o que fez com que fosse utilizado na cobertura das respectivas paredes, o vidro, para dar a sensao de um espao com maiores dimenses do que realmente .

De realar tambm o facto de existir uma parte infantil reservada s crianas no piso do rs-do-cho que visa incutir a leitura nas crianas e o seu poder de imaginao.

As elaes que se podem tirar deste estudo , que o oramento previsto e apontado para a restaurao da Biblioteca ficou muito elevado, superando-o em larga escala (alguns milhares de contos, moeda antiga), mas como o patrimnio muito importante, e o edifcio de interesse de todas as pessoas que vivem no local, ento pode-se considerar um bom investimento, quer cultural, quer cientifico.

Pude, ainda, verificar que na altura do 1 oramento no estava previsto existirem os elevadores na Biblioteca, isto ser apenas uma das explicaes para que o oramento da obra tivesse ficado posteriormente mais caro.

, tambm, de realar um outro ponto, o de o edifcio ser considerado Imvel de Interesse Pblico. certo que no uma classificao das mais importantes, mas sempre prestigia a obra efectuada, o edifcio e a prpria Vila, dando-a, de certa forma, a conhecer um pouco mais atravs das suas obras mais notveis como este o caso.

Pode-se ver, para quem o visita, que um edifcio construdo em pedra, nomeadamente o granito, mostrando assim as caractersticas prprias das construes efectuadas no norte do pas, onde predomina esta rocha.

Reparei, ainda, que mesmo naquilo que foi alterado, foi feito um esforo para que ficasse com as caractersticas que o edifcio teria no seu incio de construo (so exemplo disso as portas de pedra e os tectos em madeira). Claro que nem tudo fica na perfeio, e certamente h zonas que se notam mais as intervenes feitas em 1993 (caso das zonas de passagem que foram abertas, e janelas que no existiam. Pude verificar tambm que o edifcio respeita as recentes leis referentes ao acesso de deficientes na utilizao da Biblioteca, podendo estes aceder mais facilmente ao andar atravs do elevador.

Por fim, e no menos importante temos a destacar as duas remodelaes que a Biblioteca sofreu, primeiro passou de Solar para Biblioteca, e depois apenas sofreu melhoramentos do espao e dos equipamentos para o bom funcionamento daquela entidade educacional e cultural, possibilitando assim um melhor conforto e, tambm, disponibilizando mais equipamentos ao dispor dos seus utilizadores.

Por isso acho ser uma obra de grande qualidade, que servir Vila Nova de Cerveira, sendo de grande utilidade para quem o frequenta, tendo ao seu dispor diversas actividades e eventos que se realizam na Biblioteca (nomeadamente colquios e exposies).

Impedimentos / Trabalho Futuro

Foi contactada a Direco Geral dos Edifcios e Monumentos Nacionais, sendo pedida informao sobre o edifcio e as obras da 1 interveno, no sendo obtidas respostas s nossas solicitaes. Fomos remetidos para obter melhores informaes no IPPAR que resultou, novamente, na no obteno de qualquer informao, exceptuando o n de processo da classificao.

Por parte da Cmara de V.N.C. e do Arquivo Municipal no foi possvel a consulta de protocolos/documento, por o arquivo ainda estar a ser organizado e ainda no possurem tais documentos catalogados.

No futuro deveria se pressionar a D.G.E.M.N. para fornecer elementos sobre as intervenes efectuadas no Solar dos Castros, nomeadamente a 1 interveno.

Bibliografia

Associao Portuguesa das Casas Antigas. Catlogo dos Imveis Classificados (16 Viana do Castelo) (1984). Lisboa: Associao Portuguesa das Casas Antigas.

BARBOSA, Cassiano. Adaptao a Centro Cultural do Solar dos Castros Vila Nova de Cerveira (1984). Vila Nova de Cerveira: Patrimnio Arquitectnico Nacional.

HOUAISS, Antnio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionrio Houaiss da Lngua Portuguesa (2003); 1 edio; Tomo VI; pg. 3365. Rio de Janeiro: Crculo de Leitores.

RIBEIRO; Aquilino. A Casa Grande de Romariges (1957); 4 edio; pgs. 14 a 18. Lisboa: Crculo de Leitores.

RODRIGUES, Sebastio. As Mais Belas Vilas e Aldeias de Portugal (1991); 3 edio; pgs. 14 e 15. Lisboa/So Paulo: Ed. Verbo.

www.ippar.pt. Instituto Portugus do Patrimnio Arquitectnico.

www.monumentos.pt. Direco Geral de Edifcios e Monumentos Nacionais.

Anexos

Para alm de documentos impressos, anexou-se ao trabalho um CD contendo todo o material que nos foi possvel recolher, nomeadamente fotografias e cpias de documentos.

Anexo 1 Planta de localizao do Solar dos Castros -1980 (in Adaptao a Centro Cultural do Solar dos Castros Vila Nova de Cerveira, p.7)

Anexo 2 Fotografias do Solar dos Castros antes da 1 interveno (in Adaptao a Centro Cultural do Solar dos Castros Vila Nova de Cerveira, p.10)

Anexo 3 Fotografias do Solar dos Castros depois da 1 interveno (in Adaptao a Centro Cultural do Solar dos Castros Vila Nova de Cerveira, p.11)

Anexo 4 Fotografias do Solar dos Castros depois da 1 interveno (in Adaptao a Centro Cultural do Solar dos Castros Vila Nova de Cerveira, p.12 e 13)

Anexo 5 Processo de Classificao do Solar dos Castros (in www.ippar.pt).

Anexo 6 Plantas do Solar dos Castros depois da 1 interveno (in Adaptao a Centro Cultural do Solar dos Castros Vila Nova de Cerveira, p.8 e 9)

Anexo 7 Fotografia Alado Lateral Esquerdo do Solar dos Castros na actualidade.

Anexo 8 Fotografia Alado Posterior do Solar dos Castros na actualidade.

Anexo 9 Fotografias Alado Lateral Direito do Solar dos Castros na actualidade.

Anexo 10 Fotografia Alado Frontal do Solar dos Castros na actualidade.Memria Descritiva e Justificativa

Refere-se a presente memria ao projecto de execuo da Biblioteca Municipal de Vila Nova de Cerveira.

O projecto trata da adaptao do Solar dos Castros a uma Biblioteca Municipal tipo I.

O Edifcio do Sculo XVIII, conhecido por Solar dos Castros em Vila Nova de Cerveira, em conjunto com a igreja Matriz e os prdios que rodeiam o Castelo de D. Dinis, um dos elementos mais notveis, de uma pequena praa do centro histrico do Burgo antigo.A Biblioteca no interior de este edifcio organiza-se do seguinte modo:

I trio (rea - 5O.40m2 + 37.20m2 + 32.50m2 = 120.1m2)

O trio estabelece a relao interior/exterior do edifcio, dando acesso a todas as reas dos servios pblicos.

Situa-se na entrada principal do Solar dos Castros, protegido por guarda-vento em vidro temperado, que joga em conjunto com o balco de atendimento.

O trio prolonga-se pelas duas salas da frente do edifcio, dando a primeira ligao a seco infantil e a segunda aos blocos de instalaes sanitrias, ao elevador que d acesso ao piso superior, e a rea polivalente na ltima sala da frente do edifcio, e a mais espaosa.

O trio tambm d acesso a sala de recepo e manuteno e ao depsito adjacente.

Do trio temos acesso atravs da escadaria ou do elevador ao piso superior onde se organizam a seco de adultos, a seco audiovisual e os servios internos.

II Seco Infantil (rea - 27.50m2 + 43.00m2 + 27.00m2 + 22.50m2 = l20.00m2)

A seco infantil fica ao nvel trreo com ligao ao trio e composta por uma zona de distribuio no espao de Saguo que d ligao a duas reas de actividades distintas, uma rea de difuso organizada em dois espaos por idades e a rea de animao potencializada para actividades colectivas, com acesso sala polivalente.

III Sala Polivalente (rea - 64.30m2)

A rea polivalente, destina-se a animao da Biblioteca, divulgao dos seus documentos e a contribuir para a insero da Biblioteca na comunidade. Este espao, no piso trreo dispe de acesso directo ao exterior com possibilidade de utilizao do bloco sanitrio na sala adjacente podendo assim funcionar independente da Biblioteca.

No extremo da sala prev-se uma barreira em vidro temperado translcido destinada a armazenar cadeiras quando houver exposies.

IV Seco de Adultos (rea - 8O.50m2 + 27.50m2 + 101.50m2 = 189.5m2)

seco de adultos o acesso feito por um pequeno trio chegada do elevador e da escadaria delimitado por uma barreira em vidro temperado translcido que protege a nvel trmico e acstico e que d ligao a sala de peridicos.

A seco de adultos funciona em zona de peridicos, consulta reservados e emprstimo e consulta local, articulando-se em trs reas ligadas entre si.

V Seco Audiovisual (rea - 31.00m2 + 25.00m2)

A seco audiovisual situa-se no primeiro piso, no espao direita do topo superior da escadaria, subdivide-se em duas zonas udio e vdeo sendo a primeira limitada do corredor de acesso aos servios internos por uma barreira em vidro temperado translcido. A zona de vdeo funciona no espao adjacente.

O balco de atendimento prev-se na zona intermdia dos dois espaos.

Servios Internos

VI Zona de Recepo e Manuteno (rea - 17.00m2)

Zona onde os documentos so recebidos, conferidos, e onde so objecto de algumas operaes de simples identificao ou manuteno.

Esta zona tem acesso pelo trio e pelo exterior, sendo adjacente ao depsito.

Dispe de um monta livros que estabelece ligao com os gabinetes de funcionrios no piso superior.

VII Depsito (rea - 33.40m2)

O depsito funciona no piso trreo no espao adjacente a sala de manuteno, sendo possvel a utilizao de estantes compactas.

VIII Gabinetes de Trabalho (rea - 30.00m2 + 1 8.86m2 + 15.50m2 + 33.40m2)

Esta Biblioteca dispe de trs gabinetes de trabalho podendo um deles funcionar como sala de pessoal e um gabinete na sala nobre do edifcio destinado a sala de reunies.Instalaes Sanitrias.

As instalaes sanitrias so organizadas em dois blocos para o pblico, um no piso trreo, na sala adjacente a entrada da seco infantil e da sala polivalente e outro no piso superior no trio de entrada na seco de adultos junto ao elevador. Os funcionrios dispem de um bloco privativo de instalaes sanitrias na zona dos servios internos.

Circulao

Os acessos para os servios pblicos so feitos directamente do trio podendo dispor do elevador de modo a permitir o acesso Biblioteca a deficientes motores e pessoas idosas.

A remodelao limitada ao espao interior do Solar dos Castros visa primordialmente tomar o espao confortvel e funcionalmente aceitvel para receber a Biblioteca.

Nos espaos interiores a remodelao respeita a construo de raiz centrando-se na mudana de pavimentos e na abertura de vos referenciada no mapa de acabamentos.

O custo da obra de remodelao prev-se que seja 39.446.762$00 segundo o caderno de encargos, medies e oramento, do projecto de Arquitectura e das especialidades.

Anexo 11 Excerto da Memria Descritiva redigida pelo Arquitecto.

Anexo 12 Planta de alteraes na 2 interveno a nvel de RS-DO-CHO (vermelho demolir; verde construir).

Anexo 13 Planta de alteraes na 2 interveno a nvel de 1PISO.

A CASA GRANDE DE ROMARIGES de Aquilino Ribeiro.

Dr. Salom Oliveira (Responsvel pelo Arquivo Municipal) a 14 de Maio de 2004.

A CASA GRANDE DE ROMARIGES, pg.14.

Guimares, 23 de Maio de 2004

Histria da Arquitectura30