118
Boas Práticas na Produção de Leite de Qualidade e Seguro

Boas Práticas na Produção de Leite de Qualidade e Segurofaec.org.br/novo/wp-content/uploads/2012/06/APRESENTAÇÃO-PEC-2012... · Maior valorização do produto: ... Enxaguar os

  • Upload
    ngohanh

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Boas Práticas na Produção de Leite de Qualidade e Seguro

Promover a produção de leite de qualidade e

seguro na cadeia do leite, garantindo a saúde

dos consumidores.

É o produto obtido por meio de ordenha higiênica que

apresenta ausência de microorganismos patogênicos, livres de

resíduos químicos e medicamentosos, que tenha baixa contagem

bacteriana e baixa contagem de células somáticas, com sabor

agradável e de alto valor nutritivo.

► Baixa CBT ►Baixa CCS

►Sabor, cor e cheiro adequados ►Composição (% proteína, % gordura, etc.)

adequada

► É aquele que não oferece risco à saúde e integridade do

consumidor.

► Nele, os perigos estão controlados.

► É aquele que não oferece risco à saúde e integridade do

consumidor.

► Nele, os perigos estão controlados.

► São contaminantes no leite, tais como bactérias (biológicos),

produtos químicos ou fragmentos (físicos) que podem causar

danos à saúde ou à integridade física do indivíduo.

São substâncias estranhas no leite como:

► Resíduos de antibióticos, agrotóxicos, herbicidas,

bernicidas, vermífugos;

► Toxinas de fungos ou mofos (micotoxinas)

inseticidas;

► Metais pesados – cobre, chumbo, mercúrio

► Detergentes e desinfetantes.

Químicos

► objetos estranhos no leite que podem causar danos ao consumidor;

► insetos ou pedaços deles;

► pedaços de: vidro, de plástico, de teteiras;

► pregos e agulhas;

► pelos;

► fios de corda

► esterco, etc

Físicos

►São microrganismos como fungos, bactérias, vírus,

protozoários e outros.

►Eles se encontram em toda parte do ambiente de ordenha e

no trabalhador.

►Para o leite são importantes:

Patógenos como: (Staphylococcus aureus, Salmonella, Listeria

, C. botulinum,, B. abortus e outros)

Biológicos

O leite é um produto muito rico e que possui todas as

condições para o desenvolvimento de microrganismos.

Nutrientes Temperatura: faixa ideal 20 e 45 oC

Obs: Alimentos pouco ácidos, como o leite, são os preferidos pelas bactérias

Água

► Terra

► Ar

► Chão (piso)

► Água Pessoas

► Cabelo

► Nariz, boca e garganta

► Intestino

► Mãos

► Roupa, sapatos

► Nos roedores, insetos e pássaros

► Nas superfícies de utensílios e

de equipamentos

Região Período CCS

(células/mL)

CBT

(UFC/mL)

Resíduos de

antibióticos e

inibidores

Sudeste, Centro-Oeste

e Sul

De 01/07/2005 a

01/07/2008 1.000.000 1.000.000 *

De 01/07/2008 a

01/07/2011 750.000 750.000 *

A partir de 01/07/2011 400.000 100.0001 (300.0002) *

Norte e Nordeste

De 01/07/2007 a

01/07/2010 1.000.000 1.000.000 *

De 01/07/2010 a

01/07/2012 750.000 750.000 *

A partir de 01/07/2012 400.000 100.0001 (300.0002) *

Tabela 1 – Limites para CCS, CBT e resíduos químicos

Fonte: Adaptado de Brasil, Mapa, IN 51/02.* Limites máximos previstos no Programa Nacional de Controle de Resíduos do Mapa.

Região Período CCS

(células/mL)

CBT

(UFC/mL)

Resíduos de

antibióticos e

inibidores

Sudeste, Centro-

Oeste e Sul

De 01/01/2012 a

30/06/2014 600.000 500.000 *

De 01/07/2014 a

30/06/2016 480.000 104.000 *

A partir de

01/07/2016 300.000 100.000 *

Norte e Nordeste

De 01/01/2013 a

30/06/2015 600.000 500.000 *

De 01/07/2015 a

30/06/2017 480.000 104.000 *

A partir de

01/07/2017 360.000 100.000 *

Entrou em vigor a partir de 01 de janeiro de 2012

► Maior valorização do produto: melhor preço e competitividade.

► Vacas mais saudáveis e produtivas: menor índice de mastite.

► Leite com maior tempo de vida: menor ocorrência de acidez no leite.

► Satisfação do REAL do consumidor: “quem toma o seu leite?”

1º - Para o produtor de leite:

► Leite mais seguro com baixo índice de resíduos e toxinas;

► Maior rendimento industrial;

► Maior prazo de validade;

► Maior valorização do produto;

► Maior abertura do mercado externo.

2º - Para a indústria:

3º - Para o consumidor:

► Leite seguro, com menor risco de problemas à saúde;

► Melhor sabor, aspecto, cor, durabilidade do produto na

geladeira;

► Menor ocorrência de doenças.

Na segurança:

► Controle de antibióticos

Como? Reduzindo e controlando o uso.

► Controle de toxina estafilocócica

Como? Controlando mastite e temperatura do leite.

► Redução Bactérias patogênicas

Como? Controlando doenças, higiene e temperatura do leite e qualidade da água.

► Redução de Micotoxinas

Como? Controlando o mofo no armazenamento e distribuição dos alimentos das vacas.

► Redução de resíduos de sanitizantes e outros resíduos químicos

Como? Obedecendo as normas de uso.

1. Qualidade da água.

2. Manejo da ordenha.

3. Higiene e manutenção do equipamento de ordenha,

utensílios e tanque de refrigeração.

4. Refrigeração e estocagem do leite.

5. Manejo sanitário.

6. Instalações.

7. Produção e armazenamento de alimentos.

8. Controle de pragas.

9. Capacitação e saúde do trabalhador.

• Trabalhando com PO’s – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

• Trabalhando com IT – INSTRUÇÃO DE TRABALHO

São as instruções de como realizar as tarefas orientadas pelos

procedimentos operacionais.

Boas Práticas na Produção de Leite de Qualidade e Seguro

1. QUALIDADE DA ÁGUA

► A água é a base para a produção de um alimento seguro.

► É utilizada para a lavagem dos tetos, instalações, utensílios

e equipamentos que entram em contato com o leite.

► É usada na higiene dos trabalhadores e para o consumo

dos animais.

IMPORTANTE!

A água usada para higiene pessoal, de utensílios e equipamentos

deve ser potável.

A água deve ser analisada para:

► Microbiologia - seis em seis meses

► Fisicoquímica – anualmente.

Os poços e nascentes devem:

► Ser cercados;

► Ser mantidos limpos ao seu redor;

► Ficar tampados;

► Ser protegidos de enxurradas.

As caixas d’água devem estar:

► Sem defeitos.

► Tampadas.

► Protegidas contra água das enxurradas.

► Lavadas e higienizadas semestralmente ou quando necessário.

► Para volumes de água a tratar superiores a 5.000 litros/dia,

recomenda-se usar um clorador por gotejamento ou ainda o

clorador contínuo de pastilhas.

► Para volumes menores, podem ser usados cloradores por

difusão ou flutuadores do tipo piscina, com pastilhas de cloro.

Flutuador

Bombas

dosadoras

Continuo

com pastilha

Produtos à base de Cloro Dose para de água

Hipoclorito de sódio: 20 a 30 % de Cl (líquido) 3 a 5 mL

Água sanitária a 2 % (líquido) 50 mL

Hipoclorito de cálcio a 10% (pó) 10 gramas

Cloro granulado a 65% (pó) 1,54 gramas

Cloro estabilizado em tabletes (65% a 90% de cloro) Seguir instrução do

fabricante

► Quantidade de cloro para tratar 1000 litros de água (1 mg/L

de cloro livre aplicado)

► Para medir o cloro final, utilize um cloroscópio portátil disponível no comércio, fitas apropriadas ou reagentes para essa verificação.

O cloro livre na água é o indicativo de que

a água não tem microrganismos.

E fornecer aos animais de maneira higiênica e a vontade

Boas Práticas na Produção de Leite de Qualidade e Seguro

2. MANEJO DE ORDENHA

► O adequado manejo de ordenha é um dos principais fatores

que auxiliam na produção de um leite seguro e de qualidade.

Os principais pontos de atenção no processo de ordenha:

► Limpeza do local da ordenha

► Saúde e higiene pessoal do ordenhador;

► Seleção dos animais a serem ordenhados;

► Verificação diária da ocorrência de mastite clínica;

► Higiene dos tetos antes da ordenha;

► Desinfecção dos tetos após a ordenha.

O local de ordenha deve ser:

► Coberto;

► Protegido do sol e da chuva;

► Limpo, (sem acúmulo de esterco, barro ou lama);

► Longe de fontes de mau cheiro e que atraia pragas;

► Livre de outros animais.

Ao final de cada ordenha, fazer a limpeza

da sala, equipamentos e utensílios.

► Antes de iniciar a ordenha, selecionar os animais aptos para serem

ordenhados de acordo com o estado de saúde.

Não ordenhar juntamente com os animais sadios:

► Os que apresentam mastite clínica; primíperas e vacas sadias

► Os que apresentam algum outro sintoma ou doença (metrite,

problemas de casco, etc.);

► Os que estejam recebendo qualquer tipo de tratamento;

► Os que estão em período de carência;

► Recém paridas.(Período colostral)

Fazer o teste da caneca de fundo escuro ou telada:

► Em todas as vacas

► Em todos os tetos

► Em todas as ordenhas

Fazer a avaliação clínica do úbere em todas vacas

O teste da caneca permite:

► Diagnóstico precoce da mastite clínica

► Eliminar os jatos de leite mais contaminados (com maior CBT)

► Estimular a descida do leite

Os animais doentes diagnosticados no teste da caneca devem:

► ser identificados visualmente (corda, fita, etc.)

► ser ordenhados separadamente ao final da ordenha

► ser separados em piquetes ou lotes diferentes dos animais sadios

O caso clínico de mastite deve ser registrado em ficha própria

► O leite dos animais doentes, em tratamento e

no período de carência não pode ser destinado

ao consumo humano ou de bezerras!!!

► Higienizar os tetos utilizando água limpa (quando necessário) e

desinfetante apropriado para este fim ou usar água clorada.

► Utilizar frasco para o desinfetante do tipo sem retorno ou vasilhame

com água clorada.

► Secar completamente os tetos, com papel-toalha descartável.

Deixar o desinfetante agir por 30 segundos

antes de secar os tetos!

Para desinfecção dos tetos:

► Usar desinfetante apropriado, logo após a ordenha;

► Utilizar frasco do tipo sem retorno;

► Cobrir toda a superfície do teto.

Este procedimento visa

eliminar as bactérias que

possam ter sido transmitidas

durante a ordenha, sendo uma

prática importante no controle

da mastite contagiosa

► Fazer com que a vaca fique de pé após a ordenha – 40 minutos

► Controle da mastite;

► Higiene;

► Trabalho em equipe;

► Treinamento constante.

Registros

► Ocorrências de casos clínicos de mastite e outras doenças.

"Somos o que repetidamente fazemos. A

excelência, portanto, não é um feito, mas

um hábito" Aristóteles

Boas Práticas na Produção de Leite de Qualidade e Seguro

3. HIGIENE E MANUTENÇÃO DO EQUIPAMENTO DE

ORDENHA, UTENSÍLIOS E TANQUE DE REFRIGERAÇÃO

Os principais pontos de atenção:

► Aquisição e estocagem de produtos de higienização;

► Higienização de utensílios e da ordenhadeira mecânica;

► Volume e temperatura da água utilizada na limpeza;

► Manutenção da ordenhadeira mecânica;

► Higienização do tanque de refrigeração;

► Manutenção do tanque de refrigeração do leite;

► Higienização da sala de ordenha.

► Produtos registrados nos órgãos competentes

► O rótulo dever estar legível e conter todas as informações

necessárias

► Armazenar em local seco, ao abrigo da luz e com acesso restrito

► Seguir rigorosamente a indicação do rótulo e/ou fabricante

Higienização:

► Constituído de duas etapas: limpeza e sanificação;

► Aplicação em ambientes, equipamentos e pessoa;

► Elimina ou reduz a contaminação.

Limpeza:

► É a remoção da sujidades

grosseiras ou a parte visível.

Sanificação:

► Redução dos microrganismos a níveis aceitáveis;

► Aplicação em ambientes, equipamentos e pessoas.

Fatores que interferem na higienização:

► Mão de obra qualificada;

► Água;

► Energia mecânica;

► Energia química;

► Tempo;

► Temperatura.

► Enxaguar com água a temperatura ambiente ou morna;

► Escovar as partes externas dos equipamento com escova

apropriada, usando solução de detergente neutro;

► Enxaguar com água a temperatura ambiente ou morna.

Higienização Manual:

Higienização na Ordenha Manual

► Enxaguar os baldes e os latões com água potável e morna, no final da ordenha;

► Lavar os baldes e os latões com detergente neutro, de acordo com as especificações do fabricante, esfregando toda a superfície, usando escova de náilon apropriada para esta finalidade;

► Enxaguar em seguida e escorrer bem;

► Guardar os baldes com a boca virada para baixo, em local limpo e seco apropriado;

► Manter os latões limpos e bem fechados quando não estiverem em uso;

► Sanificar os latões e baldes de inox ou plástico com a solução 200 ppm de cloro = 20 ml água sanitária/ 1 l de água

► Enxaguar o sistema por completo com água, até a água ficar

completamente limpa, sem leite;

► Utilizar solução de detergente alcalino de acordo com as orientações do

fabricante e temperatura entre 70 e 75 °C. Circular a solução por 10 (dez)

minutos;

► Tirar toda a solução de limpeza por meio de enxágüe;

► Uma vez por semana: circular uma solução de detergente ácido por cinco minutos, na temperatura recomendada pelo fabricante, e enxaguar com água potável;

► Tirar toda a solução de limpeza por meio de enxágüe;

► Trinta minutos antes da próxima ordenha, fazer circular solução sanificante por cinco minutos à temperatura ambiente, sem enxaguar o equipamento;

► Seguir as recomendações do fabricante para cada tipo de sanificante.

Higienização na Ordenha Mecânica:

► Efetuar a limpeza logo após a retirada do leite;

► Enxaguar com água potável até a retirada de todo o resíduo de

leite;

► Usar solução detergente recomendada;

► Esfregar toda a superfície interna, o agitador e a tampa, com

escova específica para a finalidade;

► Sanitizar antes do uso;

► Utilizar detergente ácido periodicamente.

► A higienização da sala de espera e de ordenha é

realizada após o final de cada ordenha;

► Semanalmente é realizada a desinfecção do chão e

das paredes da sala de ordenha com produto

apropriado;

► A sala do tanque de refrigeração é mantida limpa e

sem acúmulo de lixo e água e deve ser higienizado

sempre que o leite é recolhido pela indústria

(diariamente ou a cada 48 horas).

► A revisão técnica do equipamento de ordenha é realizada de 6 em 6

meses;

► Em casos de defeito ou falhas no funcionamento, a assistência

técnica autorizada é acionada imediatamente;

► A troca das teteiras/insufladores é realizada a cada 2.500 ordenhas

ou de 6 em 6 meses, o que vencer primeiro.

Mau funcionamento:

► Leite residual e lesões nos tetos e no esfíncter dos tetos,

podendo levar ao aumento da CCS.

► A revisão técnica do tanque de refrigeração é realizada

anualmente;

► Manter o condensador (radiador) sempre limpo e bem

ventilado;

► Verificar o funcionamento dos ventiladores;

► Em casos de defeito ou falhas no funcionamento, a

assistência técnica autorizada é acionada imediatamente.

Mau funcionamento:

► Aumento da CBT

► Acidez do leite

► Congelamento do leite

► Atenção na execução das tarefas

► Zelo com os utensílios

► Planejamento

► Trabalho em equipe

► Treinamento constante

"Não são os grandes planos que

dão certo; são os pequenos

detalhes"

Stephen Kanitz

Boas Práticas na Produção de Leite de Qualidade e Seguro

4. REFRIGERAÇÃO E ESTOCAGEM DO LEITE

Os principais pontos de atenção:

► Filtração e coagem do leite;

► Local do tanque de refrigeração;

► Tempo de refrigeração do leite;

► Estocagem do leite.

► Ordenha canalizada: filtração ocorre durante a ordenha.

► Ordenha balde ao pé ou manual: coagem do leite ocorre com o

uso do coador de aço inoxidável ou de plástico.

O tanque de refrigeração deve estar um local fechado, protegido

contra:

► Luz solar;

► Chuva;

► Entrada de moscas;

► Entrada de ratos,

gatos e cachorros.

O local deve ser de uso exclusivo para a atividade e mantido

limpo e seco.

O leite deve ser refrigerado em até duas horas após o término de

cada ordenha, à temperatura entre 2 e 4oC.

► Sistema manual ou balde ao pé:

• O leite ordenhado é colocado em latão

• Cada latão que completa sua capacidade

é levado imediatamente para o tanque de

refrigeração, independente do término

da ordenha

► Sistema canalizado:

• O leite é transferido diretamente para o tanque

de refrigeração, através da tubulação de leite.

Quanto mais rápido o leite atingir a temperatura entre 4ºC e 2ºC,

menor será a multiplicação da maioria das bactérias!

O leite deve ser conservado sempre entre 4ºC e 2ºC

Crescimento de bactérias em diferentes temperaturas e

condições de higiene.

Condições Temperatura

(oC) Leite fresco

Leite após 24h de

ordenha

Leite após 48h de

ordenha

Vacas e utensílios

limpos

04 4.300 4.300 4.600

15 4.300 1.600.000 33.000.000

Vacas e utensílios

sujos

04 136.000 280.000 538.000

15 136.000 25.000.000 639.000.000

Fonte: Adaptado de FRÖEDER (1985).

► Temperatura do Leite;

► Tempo de Resfriamento;

► Ticket de Coleta do Leite.

" Faça o que pode, com o que tem, onde estiver" Roosevelt

Boas Práticas na Produção de Leite de Qualidade e Seguro

5. MANEJO SANITÁRIO

A saúde e o bem-estar dos animais, garantem maior

produtividade dos rebanhos e a obtenção de leite com

qualidade e seguro.

► Identificar e registrar, individualmente, os animais;

► Ter um programa de saúde do rebanho com devida orientação

veterinária:

► calendário de vacinações, exames e controle de parasitas;

► Realizar vacinações obrigatórias ou recomendadas pela defesa sanitária

animal;

► Realizar exames periódicos para brucelose e tuberculose.

Ao introduzir animais na propriedade:

► Realizar quarentena;

► Exigir atestado de vacina contra aftosa e brucelose e exames para

brucelose e tuberculose.

► ATENÇÃO: Observar os animais em conjunto para facilitar

a identificação daqueles que apresentem conduta diferenciada

e possíveis sinais de doenças.

► Realizar tratamento contra carrapatos e vermes,

conforme orientação do médico veterinário;

► Respeitar o período de carência dos medicamentos, recomendado

pelos fabricantes;

► Identificar, de forma visível, os animais que estão

em tratamento e registrar.

ATENÇÃO: Produtos carrapaticidas, utilizados

para banhos por aspersão, devem ser preparados

em quantidade suficiente para uma única vez,

evitando-se sobras.

Promover a limpeza periódica e evitar o acúmulo de fezes e urina nas

instalações, são práticas fundamentais para o sucesso de qualquer

programa sanitário!

Os medicamentos veterinários devem ser:

► Estocados em armários fechados, separados de outros produtos;

► Mantidos em suas embalagens originais, identificados e com as instruções de uso;

► Descartados após o vencimento do prazo de validade.;

As vacinas devem:

► Ser mantidas refrigeradas conforme recomendação do fabricante;

► Ser utilizadas dentro do prazo de validade.

DICA: Os produtos com data de

fabricação mais antiga são usados

primeiro.

PVPS - Primeiro que Vence,

Primeiro que Sai

► Análise diária da ocorrência de mastite clínica;

► Desinfecção dos tetos após a ordenha;

► Manutenção dos animais em pé após a ordenha;

► Tratamento imediato dos casos clínicos de mastite.

► Separação dos animais doentes;

► Funcionamento adequado e manutenção periódica

do equipamento de ordenha;

► Tratamento das vacas na secagem;

► Descarte dos animais cronicamente infectados;

► Higiene e conforto do ambiente de permanência

das vacas.

Consequências:

► Saúde do consumidor

► Reações alérgicas;

► Bactérias resistentes.

► Perdas econômicas do leite

► Problemas no processamento (queijo/iogurte);

► Perda da qualidade do leite.

Origem do problema - tratamento das vacas para:

►Mastite (durante a lactação);

►Vacas secas (prevenção após a lactação);

►Endo e ecto parasitos, infusões intra-uterinas e outros.

► Ler o rótulo e a bula do medicamento selecionado para o

tratamento.

► Observar:

► nome comercial e princípio ativo;

► período de carência do leite;

► recomendações gerais quanto ao uso e via de aplicação;

► dosagem recomendada.

► Administrar adequadamente o medicamento.

► Observar atentamente o período de carência.

► Usar somente medicamentos específicos para animais/categorias de

animais;

► Descartar o leite de todos os quartos mamários das vacas tratadas;

► Não aumentar nem alterar a dosagem recomendada;

► Não combinar antibióticos diferentes;

► Identificar, registrar e separar os animais doentes.

► Cuidados específicos na administração de carrapaticidas e

parasiticidas em geral, observando o período de carência;

► Cuidados no manuseio de agentes sanitizantes, detergentes e

desinfetantes usados na desinfecção de tetos e higienização de

utensílios e equipamentos.

Boas Práticas na Produção de Leite de Qualidade e Seguro

6. INSTALAÇÕES

Devem:

► Facilitar a higienização do local e dos equipamentos

► Ser confortáveis e seguras para os animais e trabalhadores

► Obedecer a legislação em vigor

► Dispor de água de qualidade suficiente para a atividade

Exemplos:

► Curral de espera

► Sala de ordenha

► Sala de leite

► Depósito de rações

► Depósito de produtos químicos

► Depósito de Agrotóxicos

► Produtos de higienização

► Medicamentos e vacinas

► Instalações sanitárias

Deve:

► Apresentar espaço suficiente e área sombreada.

► Ser concretado ou revestido com blocos de cimento ou pedras

rejuntadas e com declividade para facilitar limpeza.

► Ter canaletas sem cantos vivos.

► Ser cercado.

► Ter cochos de fácil limpeza e escoamento das água.

Deve:

► Permitir a higienização de tetos e o manuseio correto do

equipamento de ordenha.

► Facilitar a eficiência dos colaboradores e proporcionar conforto

a eles e aos animais.

► Dispor de facilidades para higiene pessoal (pia, sabonete,

toalha de papel)

► Área ampla, iluminada e ventilada;

► Pisos e paredes e forro de material de fácil limpeza;

► Janelas e basculantes à prova de insetos;

► Ambiente limpo e seco;

► Dispor de Água quente e fria;

► Próxima à sala de ordenha para facilitar o transporte de leite e

acesso de operadores e ajudantes;

► Espaço suficiente para tanque, pia e utensílios;

► Pia e tanque para lavagem de vasilhame disponíveis;

► Ter fácil acesso para o transportador de leite - facilidade de

coleta .

► Depósito de rações

► Protegido de umidade e acesso de pragas

► Depósito de produtos químicos (acesso controlado)

► Agrotóxicos

► Produtos de higienização

► Medicamentos e vacinas

► Instalações sanitárias

► Próximo ao local de trabalho

► De fácil higienização

Boas Práticas na Produção de Leite de Qualidade e Seguro

7. PRODUÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS

► NÃO adquirir/usar alimentos de origem animal como farinha

de sangue, cama de frango, etc

► Nos produtos embalados, verificar: ► A integridade dos produtos, umidade e presença de fungos;

► As embalagens, data de fabricação, data de validade, lote;

► As condições de higiene do veículo e se não transporta

produtos incompatíveis com alimentos;

► Nos Produtos a granel (grãos, silagem e feno),verificar : ► Presença de mofo e umidade (caso observe a presença de mofo, não

receber).

Deve ser:

► Em locais exclusivos ► Ventilados secos e protegido contra o acesso de pragas;

► Sobre estrados e afastados da paredes.

► Identificados e organizados de forma a se utilizar o

produto mais velho primeiro;

► No caso de silos, serem protegidos contra o acesso

de animais que possam danificar a silagem ou a lona

de proteção.

Combustível

com ração

Ração

encostada

na parede

e sem

estrado

Agrotóxico e

latão de leite

juntos

Foto arquivo Embrapa Gado de Leite

Mofo

► Fungos: de campo e de armazenagem;

► Micotoxinas mais importantes: Aflatoxinas- B1, B2, G1, G2, M1 e M2

► Na vaca, as aflatoxinas causam:

► Redução da produção;

► Problemas reprodutivos;

► Lesões e problemas metabólicos.

► Condições favoráveis para o desenvolvimento de fungos:

► Umidade elevada;

► Alta temperatura;

► Presença de oxigênio;

► Grão danificado.

Passa pela

vaca

Alimentos

contaminados Micotoxicose

no animal

Leite e

derivados

► Observe:

► Se alimentos estão sem deterioração ou fungos;

► Se cochos estão limpos, sem sobras de alimentos ou

outros elementos estranhos a alimentação.

► Distribuir os alimento pouco tempo antes do consumo;

► Depois das vacas leiteiras, alimentar as outras categorias com as

sobras ou retirar restos para esterqueira ou pastos;

Cana, uma vez picada, deve ser usada imediatamente.

Alimento das vacas = leite

Alimento com problema = leite inadequado

Não esqueça !!!

“Os ousados começam, mas só os determinados

terminam” Bernard Shaw

Boas Práticas na Produção de Leite de Qualidade e Seguro

8. CONTROLE DE PRAGAS

► Chamamos de pragas os ratos,

cobras, pássaros, moscas,

baratas e outros insetos;

► Outros animais domésticos não

devem permanecer nos locais de

produção.

O controle de pragas deve ser feito com o uso de medidas

conhecidas como 5A.

Acesso

Água

Abrigo

Aplicação

pesticidas Alimento

Controle

Integrado de

Pragas

Apenas com o controle de Acesso, Abrigo, Água e

Alimento controlamos 80% das pragas!

É feito pelo uso de barreiras que impedem a entrada de

pragas no ambiente, tais como:

► Telas nas aberturas, janelas e portas da sala do leite e do

depósito de alimentos;

► Vedação de borracha na parte inferior das portas;

► Ralos sifonados, com fechamento apropriado ou com tela de

proteção.

Devemos:

► Fechar frestas;

► Pequenos buracos;

► Manter limpas as áreas externas e internas.

► Usar lixeiras para recolhimento do lixo

► Realizar tratamento químico adequado.

► Eliminar lixos ou entulhos.

Vicentini, N.M.

► Evitar excesso de mato perto das

instalações.

Controle de Animais domésticos

► Evitar a presença de animais domésticos nas áreas de

ordenha, de armazenamento do leite e de armazenamento de

rações.

Boas Práticas na Produção de Leite de Qualidade e Seguro

9. CAPACITAÇÃO E SAÚDE DO TRABALHADOR

O homem pode ser fonte de microrganismos e de outros perigos

para o leite.

► A saúde e os hábitos higiênicos de todos os trabalhadores

envolvidos na ordenha e refrigeração do leite é uma condição

essencial para que possam trabalhar na propriedade leiteira.

É importante observar:

► Estado de saúde dos trabalhadores.

► Princípios de higiene pessoal.

► Comportamento pessoal.

► Se tem conhecimento das atividades relacionadas à produção

do leite.

► Se tem noções sobre qualidade do leite.

A propriedade deve dispor:

► De sanitários e vestiários sem acesso direto a sala de ordenha.

► De pias com sabonete líquido e meio higiênico para enxugar as

mãos nas salas de ordenha e de leite.

Os ordenhadores não podem apresentar:

► Feridas nas mãos, braços ou antebraços.

► Doenças como tuberculose, otites, faringites, diarréias.

O produtor, diante de tal situação, deve

garantir que esses trabalhadores não

permaneçam na ordenha ou que tenha

contato com o leite.

► Utilizar roupas limpas e exclusivas para a ordenha:

► calça comprida e blusa ou macacão

► botas de borracha

► boné ou touca para cobrir o cabelo

► Manter as unhas aparadas e a barba e os cabelos sempre

aparados, presos ou cobertos

► Antes de iniciar a ordenha, o funcionário lava as mãos e os

braços com sabão e enxuga com toalha de papel descartável

► Tomar banho diariamente e enxugar - se

com toalha limpa.

Manter os cabelos sempre limpos e protegidos.

► No caso dos homens, a barba deve ser

feita diariamente.

► Usar botas de borracha e gorros ou bonés

.

Durante a ordenha, NÃO:

► Fumar;

► Comer;

► Cuspir;

► Assoar o nariz;

► Enxugar o suor com as mãos;

► Passar a mão sobre os animais.

Caso aconteça, lavar as mãos e enxuga-las imediatamente.

► Não usar anéis, relógios e cordões e colares.

► Não carregar objetos no bolso acima da cintura

► A troca do uniforme ou da roupa de trabalho deve ser diária, ou

sempre que necessário.

► Usar o uniforme ou roupa de trabalho na sala de ordenha e

armazenamento do leite.

► Imediatamente antes de iniciar a ordenha;

► Antes de aplicar medicamentos;

► Depois de utilizar o sanitário, tossir, assoar o nariz ou manusear dinheiro ou outro material sujo;

► Após o uso de produtos e utensílios de limpeza;

► Após manusear ou recolher lixo e outros resíduos;

► Após tocar o pelo de animais.

Todos os trabalhadores devem receber:

► Capacitação em Boas Práticas na Produção do Leite de Qualidade

e Seguro na função que irão desempenhar.

► Treinamento periódico ou quando for necessário.

O treinamento poderá ser realizado:

► Na propriedade por técnicos, extensionistas ou

trabalhador mais capacitado;

► Em instituições governamentais;

► Em instituições privadas.

Se todos os cuidados e

práticas de higiene forem

seguidos, o resultado final será a obtenção

de um alimento mais saudável vindo de

animais sadios, visando prioritariamente a

segurança alimentar.

CONCLUSÃO

3

. . . e este é um final feliz

Boas Práticas na Produção de Leite de Qualidade e Seguro

Obrigado a todos !!!

• CHARLES DRUMONT DA CRUZ MACEDO

TECNICO EM AGROPECUÁRIA

FONE – 88 9968 5271

E-MAIL – [email protected]