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1 Abril/Junho 2010 Nº 107 BOLETIM TRIMESTRAL CUCUJÃES, 15 e 16 de Maio último (pág. 6 e7) Encontro Transmontano Vimioso: 21/Ago/2010 às 10h. Contactos: Gabriel Carvalho: António Padrão: Costa Andrade Emilio Pires (pág. 8 ) TERENA (pág. 2 e 3) Núncio Apostólico de Lisboa, agradece em nome pessoal, e em nome Sua Santidade o Papa Bento XVI, à ARM e ao autor, Padre Prof. Doutor Aires A. Nascimento, a oferta do livro NUNO de SANTA MARIA fragmentos de memória persistente. Pág. 5 Combate à pobreza Pág.12

Boletim 107

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Abri l / J unho

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N º 1 0 7

BOLETIM TRIMESTRAL

CUCUJÃES, 15 e 16 de Maio último (pág. 6 e7)

Encontro Transmontano

Vimioso:

21/Ago/2010

às 10h.

Contactos:

Gabriel Carvalho:

António Padrão:

Costa Andrade

Emilio Pires

(pág. 8 )

TERENA (pág. 2 e 3)

Núncio Apostólico de Lisboa, agradece em nome

pessoal, e em nome Sua Santidade o Papa Bento

XVI, à ARM e ao autor, Padre Prof. Doutor Aires A.

Nascimento, a oferta do livro NUNO de SANTA

MARIA — fragmentos de memória persistente.

Pág. 5

Combate

à pobreza Pág.12

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Senhora da Boa Nova:

peregrinação a Terena pela comunidade da

Sociedade Missionária de Lisboa

No dia 9 de Junho de 2010, a comunidade de Lisboa da Sociedade

Missionária deslocou-se em

peregrinação a Nossa Senhora da Boa Nova de Terena; tal peregrinação tinha

sido prevista para 2009, mas a

declaração da

doença que vitimou o P.e

Viriato não

consentiu que aí nos

deslocássemos,

pois entre Maio e Outubro a

nossa

peregrinação foi

feita com ele até ao Hospital da

CUF, onde veio

a falecer. Ficámos

devedores a ele

e a Nossa Senhora deste

gesto que

havíamos

combinado. Razões de tal

projecto:

acertarmos a nossa memória

com o santuário

que nos anais

consagrados passa por um

dos centros mais antigos da devoção

mariana e que, em data também antiga, apresenta nas denominações

portuguesas o título de Nossa Senhora

da Boa Nova. Expliquemos. 1) O santuário de Santa Maria de Terena tem

nas Cantigas de Santa Maria, do rei

Afonso X de Castela, avô do nosso rei

D. Dinis, um núcleo de louvores deveras significativo: nada menos que

P á g i n a 2

Propriedade:

ARM Associação Regina

Mundi

Sede:

Rua da Bempostinha, 30

1150-066 Lisboa

Tel. 218 851 546

Fax: 218 850 258

NIPC n°. 503 268 372

NIB da conta da ARM:

003501210000130053098

Quota anual: 10,00€

Presidente da Direcção:

José Domingues dos Santos Ponciano

Direcção, Redacção e

Administração:

Rua da Bempostinha, 30

1150-066 Lisboa

Telemóvel: 927 651 624

Tel. 218 851 546 /

Fax: 218 850 258

Site: www.arm.org.pt

E-mail:

[email protected]

Fotocomposição e Impressão:

Escola Tipográfica das Missões

Cucujães

Tiragem desta Edição:

750 exemplares

Colaboradores deste número:

Albino dos Anjos

Santos Ramos

Santos Ponciano

Francisco Costa Andrade

Aires A. Nascimento

Óscar Rodrigues

António Emílio Pires

Ronaldo Viana

de Santa Maria, do rei Afonso X de Castela, avô do nosso rei D. Dinis, um

núcleo de louvores deveras

significativo: nada menos que 12

cantigas, em agradecimento a Nossa Senhora por curas recebidas por seu

intermédio; as

Cantigas foram

recolhidas

pelo rei Sábio em torno de

1260, o que

faz pensar que

já nessa época existisse uma

espécie de

pequeno cancioneiro

que os jograis

entoavam perante os

peregrinos que

se deslocavam

à ermida de Santa Maria

de Terena: há

quem opine que esse

cancioneiro

(em

manuscrito ou em execução

jogralesca)

terá sido levado até à

corte de Afonso X, por um dos Condes

de Riba de Vizela, quando teve de se exilar em Castela (fosse D. Gil Martins,

fosse seu filho, D. Martin Gil, em data

próxima da elaboração das Cantigas). 2)

O santuário de Terena conserva ainda elementos antigos que apontam para um

antigo culto ao deus Endovélico (que J.

Leite de Vasconcelos estudou para as suas Religiões da Lusitânia); a

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Senhora da Boa Nova:

peregrinação a Terena pela comunidade da

Sociedade Missionária de Lisboa

mariano terá ocorrido em período alto da cristianização da zona

alentejana, mas não existem

testemunhos que permitam saber qual o período em que isso se verificou

(parecendo razoável a hipótese que

tenha acontecido antes da ocupação

muçulmana). 3) A denominação do santuário era de Santa Maria de

Terena, tal como está nas Cantigas: a

designação de Nossa Senhora da Boa Nova não é primitiva: deve remontar

a finais do séc. XVII, pois em 1708,

o P.e António Carvalho da Costa, Corografia Portuguesa, já apresenta

tal designação; associa-a ele, pela

primeira vez, a uma antiga notícia,

conhecida da Crónica de D. Afonso IV, por Rui de Pina, segundo a qual a

filha deste rei, casada com o rei de

Castela, passou por Terena, quando veio ter com o pai e lhe solicitou

auxílio para a acção militar que o

marido teria de empreender contra os mouros que ameaçavam os seus

domínios – em Terena teria ela

recebido a notícia de que o pai se

dispunha a anuir ao pedido e mandava forças para se oporem aos

infiéis (formaram o contingente

português que, sob as ordens de D. Gonçalo Pereira, Mestre dos

Hospitalários e de seu filho D.

Álvaro Gonçalves Pereira, pai de D.

Nuno Álvares Pereira, se bateu na batalha do Salado em 1340,

acompanhado pela relíquia da Vera

Cruz que se encontra na igreja do Marmelar).

Sendo antiga, ainda que não

originária do primitivo santuário, a designação de Nossa Senhora da Boa

Nova, importará acentuar a

caracterização da respectiva imagem:

como está, a imagem é de roca (como é frequente em muitas das imagens

antigas que se veneram em Portugal – uma delas é a de Nossa Senhora da

Conceição que se encontra no

santuário de Vila Viçosa e cujo culto se diz remontar a S. Nuno de Santa

Maria que ali terá deixado a imagem

vinda de Inglaterra); a Senhora da Boa

Nova apresenta-se com o Menino no braço esquerdo e de mãos estendidas;

a atitude é de majestade, pelo que as

coroas, da Senhora e do Menino, se justificam; é também de acolhimento,

em aceitação de quem se Lhe confia.

Esta iconografia está reproduzida na imagem que veneramos em Valadares,

trazida que pequena capela que havia

na Casa da Quinta da Boa Nova, em

Vilar do Paraíso (da Condessa de Lobão, proprietária a quem a

Sociedade Missionária comprou a

herdade para construção do Seminário; a quinta do Penedo, onde

acabou por ser construído, pertencia a

outra pessoa). Se esta é a iconografia tradicional, não valerá a pena apostar

em veleidades de transferir para outras

representações o que tem iconografia

bem marcada desde séculos. Acentue-se também que a

celebração da festa de Nossa Senhora

da

P á g i n a 3 N º 1 0 7

– tal ocorrência está também consignada para outras festas de

Nossa Senhora com outras

invocações, deixando todas elas entrever que a suspensão das festas

marianas durante o Tempo

Quaresmal e primeira semana da

Páscoa conduzia à associação de Maria com as alegrias pascais e

com o anúncio da Ressurreição.

Que agora se celebre a festa de Nossa Senhora da Boa Nova no dia

da celebração da Visitação de

Maria a Santa Isabel é uma opção que não cabe aqui discutir: facto é

que, nas celebrações de Terena, o

andor que sai da capela da ermida

em direcção ao castelo da vila se encontra com o andor de S. Pedro,

que é o patrono da igreja matriz;

dizem-nos que, em outros tempos, o encontro era com a imagem da

Senhora do Rosário, mas foi

alterado o rito para evitar interpretações menos correctas.

Aires A. Nascimento

Page 4: Boletim 107

4

P á g i n a 4

Sociedade de Advogados

António Emílio Pires

Advogado

Av. Conselheiro Fernando de Sousa, nº 19 – 18º 1070-072 Lisboa – Portugal

Tel.: 351.21 384 63 00 Fax 351.21 387 01 67 Email: [email protected]

Ano 1955 e alguns de 1954…

Cernache 10 de Junho

Não eram muitos, mas eram de peso.

Olhem bem para eles: Óscar Rodrigues

(grande dinamizador do evento), Vieira

de Sá, Zé Maria Moreira, Ir. Edgar, Luis

Gamboa, Pe. Luis Marques, Moreira e

Anibal Dias Pedro. Os Padres Libério,

Baltar e Valente Pereira não não

puderam estar presentes por atraso no

cacilheiro, mas mantiveram-se em

contacto várias vezes durante todo o dia.

Parabéns Rapaziada. Um pequeno reparo

da redacção: Em nenhuma fotografia

aparece qualquer superior do Seminário.

Até à última hora estive à espera de uma pequena crónica do

encontro. Não chegou, e nestas ocasiões o redactor tem que

substituir o jornalista e encher o espaço da melhor forma que

sabe.

Pois, aqui ficam duas fotografias que valem por mil palavras,

mas como eu gostaria, (deliciar-me-ia), com uma crónica do

homem que muito admiro, como homem e como ser humano,

que me ensinou a lógica da matemática e que escreve sem

pieguices e nostalgias achacadas, mas antes com o

pragmatismo tão necessário à nossa sociedade.

Venha de lá essa crónica, Vieira de Sá.

Neste ou noutro assunto.

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P á g i n a 5 N º 1 0 7

Ao comemorarmos os 650

anos do seu nascimento e

primeiro da sua canonização,

a ARM quis prestar uma

singela homenagem a NUNO

de SANTA MARIA. Pediu ao

Senhor Prof. Doutor Aires A.

Nascimento, para ser o autor

e escrever algo diferente do

que soe fazer-se

Prontamente aceitou. E neste

livro, que não é nenhuma

biografia, trouxe à memória

o testemunho do rei D.

D u a r t e , C r ó n i c a d o

Condestável, Fernão Lopes,

C a m õ e s … s o b r e

Nun’Àlvares.

De referir que o autor

ofereceu os direitos, sendo

e s t e s i n t e g r a l m e n t e

canalizados para o projecto

―Um Sorriso para Ti‖.

Reproduzimos, como já havíamos feito na página da internet, cópia da carta recebida de S. Revª. o Núncio

Apostólico em Lisboa. Permitam-nos que chamemos à

atenção para o facto de a nossa carta ser datada de 11 de

Maio, e a resposta de 12 de Maio, isto é, exactamente a data em que Sua Santidade se encontrava em Lisboa.

Coincidência? Não sei. Eficiência no secretariado?

Também não sei. Dada a agenda carregadíssima quero mais acreditar em preocupação e atenção a pequenos

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P á g i n a 6

NIHIMONIHIMO

ARMARM

Associação Associação

Rainha do Rainha do MundoMundo

AntigosAntigos Alunos Alunos

dada

Sociedade Missionária Sociedade Missionária

PortuguesaPortuguesa

2009 2009 -- 2ª EDIÇÃO2ª EDIÇÃO

ENCONTRO NACIONAL da ARM 2010

Foi apresentado no Encontro

Nacional de Valadares, em

2009, a 2ª. Edição do Nihimo.

Corrigimos os erros da

primeira, com um trabalho

exaustivo e exemplar do

Armindo Henriques, que para

levar a cabo a sua tarefa, teve

que se deslocar várias vezes a

todas as nossas Casas.

Esta 2ª. Edição é composta por

2 volumes, o 1º. base de dados

e 2º. endereços.

Foi impresso na Editorial

Missões, e como tal, teve

custos, pelo é vendido a 5€ os

2 volumes em conjunto.

Por hábito, sempre que participo em qualquer actividade, pergunto-me se valeu

a pena e interrogo-me sobre o que me levou

ali. Procuro também identificar as mais e as

menos valias, ou, dizendo quase o mesmo por outras palavras, os pontos fortes e os

pontos fracos.

Não há dúvida de que a força que me levou a Cucujães, vem de muito longe, dos anos

cinquenta e sete/sessenta e dois, de Tomar e

Cernache do Bonjardim. O objectivo era reviver ambientes, reencontrar amigos e

reeditar emoções. E não me senti frustrado.

As mais-valias foram muitas.

Gostei muito de ouvir as palestras do Miguel Ramalho (A República e as Missões

Católicas) e do Amadeu Araújo (A República e a Laicização das Missões) que

nos proporcionaram uma viagem ao passado, expondo-nos alguns dos momentos

da nossa história em que houve confrontação entre a Igreja e o Estado. Inicialmente, face aos títulos das comunicações, pensei que iam dizer a mesma

coisa, mas não foi assim. O primeiro abordou os aspectos gerais das situações da

política da corda esticada entre a Igreja e o Estado, fazendo, em preâmbulo, o enquadramento do tema na ideologia europeia, e navegando depois pela história

portuguesa. Ouvimos falar do Beneplácito Régio de D. Pedro I, em que se

determinou que a exequibilidade de quaisquer documentos pontifícios, ou outros

documentos apostólicos, dependia da sua prévia aprovação régia, até aos tempos mais modernos da República em que foi instituída a separação da Igreja e do

Estado. Na exposição, foram aparecendo os nomes dos vários mata-frades da

nossa história, se bem que seja o do Joaquim António Augusto de Aguiar o que aparece tradicionalmente ligado a esta conotação. A explicação da ideologia da

laicidade republicana permitiu um bom enquadramento da referência à lei da

separação da Igreja do Estado e dos seus reflexos na usurpação do património das instituições religiosas, com destaque para o caso do Colégio das Missões de

Cernache do Bonjardim.

Enquanto que a exposição do Miguel Ramalho tratou de um enquadramento

geral, a do Amadeu Araújo versou sobre aspectos mais detalhados dessa tentativa republicana de dilatar o Império sem a Fé e do papel do Instituto das Missões

Laicas de Cernache do Bonjardim, nesse mais que falhado empreendimento.

Gostei muito das referências feitas ao Dr. Abílio Marçal pois é um nome que me deixou intrigado a partir do momento em que, num dos passeios que fazíamos a

pé pelos arredores de Cernache, um dos saudosos padres que nos acompanhava

nos indicou a casa onde viveu essa figura histórica. Nunca mais me esqueci desse

pormenor porque foi acompanhado de uma referência que me deixou deveras intrigado. Foi dito que ele fora o reitor do colégio das missões laicas que

funcionou no Seminário. E que ele era tão ateu que, para mostrar bem a força da

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ENCONTRO NACIONAL da ARM 2010

P á g i n a 7 N º 1 0 7

10,00 €

“Seminário de Cernache do

Bonjardim - Figuras e

Memórias”, coordenado

pelo senhor Dr. João

Gamboa. As receitas da venda de todos os livros,

destinam-se aos projectos de

solidariedade que estamos a

levar a efeito.

chegou a fazer cama e a dormir no altar-mor da igreja do seminário, em desafio

directo e ostensivo a quaisquer poderes divinos.

Valeu a pena ouvir estes bons amigos falar destes interessantes assuntos, na

linguagem simples de quem conta bem uma história.

Foi também um ponto forte a apresentação feita pelo P. Aires Nascimento do livro sobre D. Nuno. Não tive oportunidade de assistir ao lançamento do livro em Lisboa

e, por isso, foi para mim uma mais-valia acrescida.

Admirei, com reconhecimento de muito mérito, o empenho do Zé Quina em

abrilhantar o encontro com os seus dotes de musicólogo e instrumentista. Ele puxou da guitarra, da trompete, da flauta e conseguiu tocar tudo afinadinho com o órgão. É

caso para dizer que só faltou mesmo a gaita-de-foles. E por trás de tudo, está o seu

trabalho em preparar os livrinhos com os cânticos para a celebração.

E que me dizem da genica do nosso jovem P. Albino a fazer quarenta anos exuberando felicidade e espalhando-a para todos de cima de uma cadeira? Que

Deus lhe dê longa vida!

Gostei mito de ouvir o relato do estado da meritória iniciativa “Um sorriso para ti.”

Parabéns à Direcção!

Neste tipo de encontros, é sempre enfadonho ter de ouvir as sucessivas histórias dos

rancores motivados pelos puxões de orelhas dos superiores do Seminário.

Compreendo que um puxão de orelhas aos onze anos possa ter deixado uma cicatriz mais profunda do que uma bala numa perna na guerra de África quinze anos mais

tarde. Mas tudo tem de ter um limite com minutos contados. De outro modo, o

tempo fica enfadonhamente ocupado.

Era desnecessário passar tanto tempo a discutir os detalhes da aplicação dos 11.194 euros, o total da conta da ARM. Teria sido também interessante discutir um

orçamento que fundamentasse o plano de actividades. Isto porque é importante que

os armistas votem a expectativa da realização dos números para ficarem

solidariamente vinculados à sustentação financeira dos projectos da Associação.

Sabemos que, passados os anos, o que fica do essencial da história das instituições

pode ser encontrado nos livros de actas. Estas são uma das fontes privilegiadas dos

investigadores. Daqui a muitos anos, pode ser que haja alguém interessado em saber o que se passou na reunião anual da ARM de dois mil e dez.

E se esse alguém cruzar a informação, poderá notar a falta de

uma nota de agradecimento ao P. Aires Nascimento, por ter cedido à ARM os direitos autorais do seu livro sobre o D.

Nuno.

Acho que seria interessante, organizar algo em separado para

as acompanhantes, um passeio simples que seja, ou mesmo um chá, libertando-as da parte formal da Assembleia-Geral.

Penso que elas apreciariam a oportunidade de trocar

experiências em relação à sua vivência com ex-seminaristas.

A. Santos Ramos

Lisboa, 6 de Junho de 2010

15,00€

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P á g i n a 8

No encontro do dia 12, devo dizer que foi 'excelente': a 'lição do J. César das Neves', o debate, o almoço, a intervenção da M Brites, tudo. Ètica e bioética... para reflexão sobre os valores (que ainda são reconheci-veis'…mas pouco 'reco-nhecidos' ou des-conhecidos na prática dos que assumem as responsabilidades (a to-dos os níveis) no segui-dismo das 'modas'. Bom. Agora era eu a enveredar pela motivação que suscitou o dia 12. Quanto ao assunto dos estatutos da UASP ainda não foi desta que se aprovaram, embora hou-vesse discussão acesa para se concluir ali mesmo. O bom senso fez adiar a aprovação para que houvesse mais contri-buições. E a vossa – a ARM e outros ausentes

ou os que não tiveram oportunidade de obterem o 'placet' das próprias estruturas, ficam respon-sabilizados pela leitura e 'crítica' da versão que vou reenviada a todos até à data fixada. Ficou o David Francisco encarre-gado do reenvio. Já receberam?

Guilhermino Pires

Presidente da COPAAEC Até à data nada recebemos.

Esperemos pelo próximo boletim.

Organizado pela Delegação de

Bragança da ARM, com o apoio da

Direcção da ARM, vai realizar-se

em Vimioso, no dia 21 de Agosto

próximo, o encontro anual da

delegação da ARM que, como todos

devem estar lembrados, não pode

realizar-se em Novembro passado

por causa do mau tempo, situação

muito habitual no Inverno naquelas

terras.

Porque, desde os primórdios da

Sociedade Missionária, até aos

nossos dias, Vimioso e todo o

planalto mirandês foram um dos

maiores alfobres de vocações e,

concomitantemente de Missionários

(quem não se lembra, de entre

muitos outros, dos Padres Amândio,

Aquiles, Aníbal, Firmino,

Benjamim, Policarpo, Pino, Amado,

André, Viriato, Lopes, Casimiro,

(Agostinho), agora sem a desculpa

do mau tempo, estamos certos que

este será um encontro histórico que,

com muita facilidade, poderá juntar

em Vimioso um grande número de

antigos alunos da Sociedade, seus

familiares e amigos.

Não obstante a

razoável capacidade

hoteleira disponível,

como estaremos na

época alta das férias,

para que tudo corra a

preceito, sugerimos

aos armistas que

queiram aproveitar a

oportunidade para

ficar mais uns dias em Trás-os-

Montes, que garantam o alojamento

atempadamente, directamente ou

através dos organizadores do

encontro.

CONTACTOS:

Gabriel Carvalho

Delegação da ARM de Bragança

Telm.917 258 242

António Padrão

Direcção da ARM

Telm. 919 730 409 e 962 051 159

Costa Andrade

Delegação do Porto,

Telm. 914852452

[email protected]

junto dos quais poderão ser obtidas

todas as informações referentes

ao programa e a toda a logística do

Encontro

EM AGOSTO, ENCONTRAMO-

NOS EM VIMIOSO PARA

CONVIVER, RELEMBRAR,

GRANDE ENCONTRO DE

ARMISTAS EM VIMIOSO NO

DIA 21 DE AGOSTO DE 2010

e-mail: [email protected]

Page 9: Boletim 107

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P á g i n a 9 N º 1 0 7

Fotografias Históricas

Na era do digital, e porque as

Instituições têm memória, desde

que registada, queremos

durante a ano de 2010/2011

( i sto é, já hoje! ) fazer um

arquivo fotográfico digital de

tudo o que se relacione com a

vida dos Armistas. Assim,

p e d i m o s , r o g a m o s , e

p r o m e t e m o s d e v o l v e r ,

rapidamente, a quem tenha

fotos de Tomar, Cernache,

Cucujães e Fátima, em grupo

ou individual, que nos envie

identificando o ano. Se tiver

digitalizador basta enviar por e-

mail. Se não tiver, envia os

originais que nós tratamos do

arquitectura e mobiliário

Escritórios. - Divisão e Tratamento do Espaço, Móveis.

Escolas. - Mobiliário e RR Audiovisuais;

Auditórios, Salas de Cinema e Teatro. Bibliotecas. Colectividades. Centros de Arquivo e Documentação.(Solução fixa e Dinâmica)

Lares de 3ª idade. - Mobiliário Geriátrico e Hospitalar, Armazenamento. – Estanteria: carga leve, média, pesada, paletização

Ergotempus – Móveis de Escritório e Decoração, Lda Av. Maria Helena Vieira da Silva, Nº 4 – 1750-179 Lisboa Telf: 21 755 05 85 Fax: 21 755 05 87 [email protected]

Grupo de 1968. Dão-se

alvíssaras a quem reconhecer alguns (basta metade. Somos 105).

Reparem só na alegria desta garotada! Isto, já ninguém nos tira!

Page 10: Boletim 107

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SEMINÁRIO – CONTAGEM

1. Marcos Pereira da Silva

20 anos de idade

1º ano de Filosofia, ISTA

2. Jailson Nascimento de Lima

19 anos de idade

3º ano de Filosofia, ISTA

3. José Antonio Lima

32 anos de idade

3º ano de Teologia, PUC

4. Francisco Mário (Membro Temp. da SM)

27 anos de idade

1º de Teologia, ISTA

5. Laurindo Visele (Membro Temp. da SM)

27 anos de idade

4º ano de Teologia, ISTA.

SEMINÁRIO – VIANA (LUANDA)

1.Afonso Gomes Tchivela

Nasceu a 1986.10.31

2º ano de Filosofia

2. Belchior Mutaka

Nasceu a 1984.03.22

3º ano de Filosofia

3. Carlos Domingos Jorge

Nasceu a 1982.01.27

2º ano de Filosofia

4. Donato Manuel Jacques

Nasceu a 1966.08.21

2º ano de Filosofia

5. Sabino Katchinombelo Ulombe

Nasceu a 1989.08.19

2º ano de Filosofia

6. Emiliano Maiapia Prata

Nasceu a 1987.05.15

1º ano (Salesianos)

SEMINÁRIO DA MATOLA

1. António João Amisse

21 anos de idade

1º ano de Propedêutico

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2. Antunes Marcelino

22 anos de idade

1º ano de Propedêutico

3. Geraldo Paulino Guidione

23 anos de idade

1º ano de Propedêutico

4. Amaral Adelino Nihirike

22 anos de idade

2º ano de Propedêutico

5. Atanásio Arlindo de Sousa

22 anos de idade

2º ano de Propedêutico

6. Augusto Raimundo Nicoroma

de 25 anos de idade

2º ano de Propedêutico

7. Amaral Mateus Bambo

24 anos de idade

3º ano de Propedêutico

8. Felizardo Luheia

21 anos de idade

3º ano de Propedêutico

9. Lucas Jaime Lucas

20 anos

3º ano de Propedêutico

10. Mateus João Bosco

23 anos de idade

3º ano do Propedêutico

11. Alfredo Tumbo Júnior

21 anos de idade

1º ano de Filosofia

12. Francisco Raimundo Mateus

24 anos de idade

1º ano de Filosofia

13. Tiago da Conceição Estêvão Tomás

21 anos de idade

1º ano de Filosofia

14. Proença Tonito Gabriel

27 anos de idade

3º ano de Filosofia

NOTÍCIAS BREVES DA SMBN

Alunos 2009/2010

VALADARES

1. Ricardo Filipe Rosa Marques (Membro Temporário da SM)

Frequenta o 3º ano de teologia

Nascimento: 26.08.1977

Antes de entrar no Seminário, concluiu o curso de Informática de

Gestão, na Escola Superior de Gestão de Santarém.

2.Gregório Eugénio Neto Perregil

Entrada no Seminário da Boa Nova:

Setembro de 2009

Frequenta o 4º e 5º ano de teologia

Nascimento: 04.01.1979

Antes de entrar no Seminário, frequentou o Colégio do Rosário,

Porto e a Universidade Católica no Porto.

3.Rui Jorge Santos Vieira Ferreira

Entrada no Seminário da Boa Nova:

Setembro de 2009

Frequenta o 1º ano de teologia

Nascimento: 31.03.1981

Antes de entrar no Seminário,

frequentou o Instituto Superior de

Psicologia Aplicada, concluiu em

26.02.2009 o Mestrado Integrado em Psicologia, área de especialização de

Psicologia Social e das

Organizações.

CERNACHE DO BONJARDIM

1.Benedito Antoko dos Anjos

Mussácula - Moçambique

Nasceu em 1985.06.19

Completou o Curso de Filosofia

2. Constantino António Epalanga

Hatende - Angola

Nasceu em 1986.03.27

Completou o Curso de Filosofia

3.Hipólito Maria André Julião

Vida– Moç.

Nasceu em 1983.05.12

Completou o Curso de Filosofia

4. Lubaki Meya Zicanda José -

Angola

Nasceu em 1983.04.03

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Nos passados dias 15 e 16 de Maio, decorreu, nas instalações do Seminário de Cucujães, o encontro anual e nacional da ARM (Associação Regina Mundi) que congrega os antigos alunos da Sociedade dos Missionários da Boa Nova. Foi um interessante fim de semana de convívio, onde se reviveram rituais à moda antiga, como seja a romagem à Gruta de Nossa Senhora da Conceição, e pudemos reencontrar companheiros da nossa vivência dos onze anos e seguintes, marco temporal que, no meu caso, chegou aos dezassete. Em dois dias de sol radioso pudemos percorrer os claustros e corredores desse antigo Mosteiro Beneditino, situado no topo de uma colina, e ainda parcialmente rodeado por extensos prados verdejantes, onde são visíveis os sinais de uma antiga e próspera casa agrícola conventual. De toda a informação que foi prestada pela Direcção da ARM, foi particularmente interessante a actualização em relação ao projecto “ Um Sorriso para Ti”, uma feliz iniciativa para ajudar na escolaridade de crianças nas terras de missão. Este projecto é simples. Foi estimado que os custos anuais da escolaridade de uma criança na África profunda são cerca de cem euros. O exemplo foi tomado a partir da situação concreta de terras do interior de Moçambique. Ora, com cem euros anuais, é possível apadrinhar a formação de uma criança. O dinheiro é entregue aos Missionários locais que rigorosamente o aplicam nessa finalidade. Na reunião, foram projectadas as fotografias e os nomes das crianças que já estão a beneficiar do projecto. Já houve cerca de 110 adesões. Qualquer pessoa pode participar. Pretende-se estender esta meritória acção às terras de Angola e do interior do Brasil onde trabalham os Missionários da Noa Nova. Neste tipo de encontros há sempre lugar a momentos nostálgicos quando encontramos pessoas que nos foram e são queridas, como seja, no meu caso, o meu prefeito do quinto ano, e professor, P. José Marques Gonçalves, um santo homem da Beira Interior (Orca –

Fundão). Visivelmente desgastado pelo trabalho duro da missão no interior de Moçambique (Chiure) está agora em Portugal para tratamento. Desejo-lhe boas melhoras e uma rápida e completa recuperação para voltar para as terras que, com o coração, adoptou. Por outro lado, dói-nos o coração ao passearmos pelos corredores, pátios e instalações, outrora repletas de alunos e agora vazias anos sucessivos e conservadas no limiar das possibilidades que a todo o custo tentam evitar a total decadência. Vejam este exemplo significativo. A capela conventual encheu-se, subitamente, para a celebração da missa dominical dos armistas. Quando procurei um assento num dos bancos de madeira, fiquei surpreendido, pelos abundantes sinais do caruncho, prenúncio da degradação irreversível que os ainda poucos residentes tentam sustar. O Seminário de Cucujães, outrora um fervilhante e próspero Mosteiro Beneditino, que, na segunda metade do século XX acolhia os numerosos alunos dos cursos de filosofia e teologia da Sociedade dos Missionários da Boa Nova, luta agora para não ser irreversivelmente tomado pelo caruncho.

O caruncho está activo e ninguém se preocupou em limpar os seus sinais

In dicforte

P á g i n a 1 1 N º 1 0 7

O MOSTEIRO E O CARUNCHO

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―Deus quer, o homem sonha e a

obra nasce‖ - Fernando Pessoa A actual Direcção da ARM—Associação Regina Mundi, dos Antigos

Alunos da Sociedade Missionária Portuguesa, quando venceu as eleições em Maio de 2008, tinha um sonho: Dar uma dimensão missionária à Associação. Combater a pobreza via alfabetização. A ideia foi germinando, fomo-nos aconselhando com quem tem experiência no terreno (os nossos missionários) e desenhámos o projecto: Com a nossa vivência cristã, missionária e acima de tudo humana, por cá, com a logística dos nossos missionários no terreno, por lá, não havia fugas,

nem desperdícios. O objectivo para o primeiro ano era ambicioso. 100 crianças. Conseguimos. Parabéns e obrigado. Assim em 20 de Janeiro, foi assinado em Lisboa, na Casa Central da SMBN e sede social da ARM, o protocolo de cooperação no âmbito do projecto "Um sorriso para Ti". Em simultâneo foi entregue à SMBN um cheque de 10.000,00 Euros, correspondente ao ano de 2010.

As escolas apoiadas e os responsáveis pela implementação

do projecto são: ANGOLA: Escola N. S. Boa Nova – Pe. João Cavalcante MOÇAMBIQUE: Malema - Pe. José Alexandre Nametil - Pe. Francisco Godinho Chibuto - Pe. Amaro e Pe. Firmino Pemba - Pe. Luís Figueiredo

No ano de 2010 a 2013, estamos a apoiar 100 crianças. Pretendemos que o projecto progrida, e gostaríamos de 2011 a 2014, estivéssemos a apoiar mais 100 crianças. Para nós 1 café, para eles um futuro. Apoia, entusiasma e passa a ideia, mas não vendas caridade.

BOLETIM Nº. 107

Abril/Junho de 2010

ARM – Associação Regina

Mundi dos Antigos Alunos

da Sociedade Missionária da

Boa Nova

Visitámos o Pe. António Figueiredo nos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde t i nha fei to um transplante ao coração no final de Maio. Estava bem disposto e com “uma máquina mais nova”, como dizia.

Inicialmente houve algumas preocupações de rejeição,

mas felizmente já teve alta e terá que estar pronto para nos ajudar nos encontros de Outubro. Um abraço, rapaz.

António da Silva Tomás, natural de Vale de Prazeres,

Fundão, entrou no Seminário de Tomar em 1939.

Grande entusiasta, dinamizador e muito trabalhador na

organização das reuniões da ARM.

Faleceu no dia 23 de Janeiro de 2010. Da Família Armista

ninguém teve noticias até há 2 meses.

No dia 23 de Julho, após 6 meses, celebraremos uma

missa de sufrágio na Casa Central, em Lisboa, pelas 19h.

Escola do Chibuto

Escola de Pemba

Um sorriso para Ti - Vídeo: http://arm-smbn.blogspot.com/