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Comunicando 49 Publicação Trimestral • Ano XX • 2011 (Abril/Junho) EDITORIAL Empenhamento – Puxar o tema do “voluntariado” para a primeira página do Boletim poderá ser interpretado como uma opção sem sentido. Com o maior respeito pelas opiniões diversas, esta foi, quanto a nós, a melhor forma que encontrámos para abanar as consciências e exortar à união de esforços com vista a minimizar as dificuldades que o futuro próximo nos reserva. O tema escolhido é também uma atitude simbólica de elogiar todos quantos deram o seu melhor para que a ANAC – qual jovem de 25 anos(!) - seja já considerada uma referência associativa. Serviço - As “obras” não aparecem por acaso! É na forma de fazer as coisas e no jeito de arregaçar as mangas que está a diferença! Quanto ao mais não há segredos!...Basta querer e ter vontade de apresentar serviço, sempre com vista a alcançar os objectivos definidos. Foi este o rumo que traçámos e que tencionamos prosseguir apesar das muitas adversidades. E nvolvimento – Pela sua participação e envolvimento em diversos domínios a ANAC vem ganhando cada vez mais visibilidade e prestígio junto de instituições nacionais (porque simplesmente desejam conhecer o seu modo de funcionamento), ou de associações estrangeiras congéneres (que solicitam informação sobre temas mais específicos). Sublinhe-se, por último, que a nossa Associação vem assumindo um papel cada vez mais importante e activo no contexto do Agrupamento Europeu. A Direcção 2011 - ANO EUROPEU DO VOLUNTARIADO O voluntariado sempre esteve na ordem do dia e agora cada vez mais – anote-se que o Conselho de Ministros da União Europeia decretou 2011 como o ANO EUROPEU DO VOLUNTARIADO. A ANAC, dados os propósitos da sua constituição, não podia ficar indiferente a este tema – daí o destaque que muito naturalmente aqui lhe dedicamos na primeira página do nosso Boletim. Quem dá o que pode e o que sabe de forma livre, desinteressada e de acordo com as suas capacidades, pratica um acto louvável de cidadania. A participação solidária e o compromisso assumido constituem, por sua vez, a condição indispensável para descobrirmos que existe sempre um voluntário dentro de cada um de nós. Eis o voluntariado, um serviço de afectos, tal e qual é universalmente entendido. Considerandos à parte, o que mais importa é sensibilizar todas as pessoas que nos conhecem e acompanham (a começar por nós, sócios da ANAC), que disponham de algum tempo livre e tenham vontade de participar em actividades para as quais se sintam mais vocacionadas. Sejamos pr á tic os: no prédio ou no bairro onde reside, na associação de que faz parte, na instituição de apoio social mais próxima ou até mesmo na empresa onde trabalhou [o SÉNIAMOR e o “Banco do Tempo” são dois dos muitos exemplos!], há sempre necessidades e lugar para quem queira ajudar a resolvê-los! Deixe uma mensagem muito simples: of er o-me v oluntariament e par a ajudar e/ ou f az er o que es tiv er ao meu alcanc e”. Assuma o compromisso de que pretende ajudar e acrescentar algo de novo ao que já existe. Se tomar esta atitude, acredite que em breve terá uma actividade ocupacional muito gratificante! Marcelino Rocha Mendonça (104 anos!) 16-05-1907 - 08-04-2011 Homenagem do Grupo “Séniamor” ao decano da ANAC (Página 4)

Boletim Comunicandoo nº 49

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Edição nº 49 do boletim Comunicando da ANAC

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Page 1: Boletim Comunicandoo nº 49

Comun icando 49Publicação Trimestral • Ano XX • 2011(Abril/Junho)

EDITORIALEmpenhamento – Puxar o tema do“voluntariado” para a primeirapágina do Boletim poderá serinterpretado como uma opção semsentido. Com o maior respeito pelasopiniões diversas, esta foi, quanto anós , a me lhor fo rma queencontrámos para abanar asconsciências e exortar à união deesforços com vista a minimizar asdificuldades que o futuro próximonos reserva. O tema escolhido étambém uma atitude simbólica deelogiar todos quantos deram o seumelhor para que a ANAC – qualjovem de 25 anos(!) - seja jáconsiderada uma referênciaassociativa.

Serviço - As “obras” não aparecempor acaso!É na forma de fazer as coisas e nojeito de arregaçar as mangas queestá a diferença! Quanto ao mais nãohá segredos!...Basta querer e tervontade de apresentar serviço,sempre com vista a alcançar osobjectivos definidos. Foi este o rumoque traçámos e que tencionamosprosseguir apesar das muitasadversidades.

Envolv imento – Pe la suaparticipação e envolvimento emdiversos domínios a ANAC vemganhando cada vez mais visibilidadee prestígio junto de instituiçõesnacionais (porque simplesmentedesejam conhecer o seu modo defuncionamento), ou de associaçõesestrangeiras congéneres (quesolicitam informação sobre temasmais específicos).Sublinhe-se, por último, que a nossaAssociação vem assumindo umpapel cada vez mais importante eactivo no contexto do AgrupamentoEuropeu.

A Direcção

2011 - ANO EUROPEU DO VOLUNTARIADOO voluntariado sempre esteve naordem do dia e agora cada vez mais– anote-se que o Conselho deMinistros da União Europeia decretou2011 como o ANO EUROPEU DOVOLUNTARIADO. A ANAC, dados ospropósitos da sua constituição, nãopodia ficar indiferente a este tema –da í o destaque que muitonaturalmente aqui lhe dedicamos naprimeira página do nosso Boletim.

Quem dá o que pode e o que sabede forma livre, desinteressada e deacordo com as suas capacidades,pratica um acto louvável de cidadania.A participação sol idária e ocompromisso assumido constituem,por sua vez, a condição indispensávelpara descobrirmos que existe sempreum voluntário dentro de cada um denós. Eis o voluntariado, um serviçode afectos, tal e qual é universalmenteentendido.

Considerandos à parte, o que maisimporta é sensibilizar todas as

pessoas que nos conhecem eacompanham (a começar por nós,sócios da ANAC), que disponham dealgum tempo livre e tenham vontadede participar em actividades para asquais se sintam mais vocacionadas.

Sejamos práticos: no prédio ou nobairro onde reside, na associação deque faz parte, na instituição de apoiosocial mais próxima ou até mesmona empresa onde trabalhou [oSÉNIAMOR e o “Banco do Tempo”são dois dos muitos exemplos!], hásempre necessidades e lugar paraquem queira ajudar a resolvê-los!Deixe uma mensagem muito simples:“ofereço-me voluntariamente paraajudar e/ou fazer o que estiver aom e u a l c a n c e ” . A s s u m a ocompromisso de que pretende ajudare acrescentar algo de novo ao quejá existe. Se tomar esta atitude,acredite que em breve terá umaactividade ocupacional muitogratificante!

Marcelino Rocha Mendonça

(104 anos!)

16-05-1907 - 08-04-2011

Homenagem do Grupo “Séniamor”

ao decano da ANAC(Página 4)

Page 2: Boletim Comunicandoo nº 49

Ficha TécnicaPropriedade da ANAC – Associação dos Aposentados da Caixa Geral de Depósitos II Sede: Rua Marechal Saldanha, n.º 5 - 1.º1200-259 Lisboa • Tels. 21 324 50 90/1 • Fax 21 324 50 94 • http://anaccgd.blogspot.com • E-mail: [email protected]ção: Carlos Pereira II Publicação Trimestral II Impressão: Marsil – Artes Gráficas, Lda. - Rua Central deCarvalhido, 374 - 4470-907 Moreira; II Tiragem: 3 500 exemplares II Depósito Legal n.º 55350/92 II Distribuição gratuitaaos sócios II Colaboraram neste número: Cândido Vintém; Carlos Pereira, José Coimbra (Deleg. Zona Norte) e Grupo Séniamor.

(Continua na página seguinte)

XVII EUROENCONTRO EM OLBIA (SARDENHA)

Agrupamento Europeu de Reformados dasCaixas Económicas, Bancos e Intituições Similares

(Associação sem fins lucrativos)

Deste EUROENCONTRO, realizado em Itália de 1 a 8de Abril, sublinhamos antes de mais a forte presençalusitana – no total de 350 participantes, oriundos dospaíses que integram o Agrupamento Europeu,compareceram, entre sócios e familiares, 100portugueses, pelo que a ANAC esteve mais uma vezrepresentada ao seu melhor nível.

Não terá sido dos mais bem sucedidos a queassistimos, convirá admiti-lo, desde logo porque emOlbia pairou um manto de tristeza pela ausência físicado presidente executivo do Agrupamento – JoséLÓPEZ MARTÍNEZ, figura incontornável naorganização dos Euroencontros e cujo falecimentohavia ocorrido alguns dias antes da nossa partidapara a Sardenha.

Para além de algumas falhas registadas, tudo o maisdecorreu conforme o programa estabelecido, restandono final o desejo de lá voltarmos um dia para melhor

conhecermos aquela lindíssima ilha mediterrânica.Das reuniões de trabalho, intercalares aos passeiose visitas locais, sintetizamos algumas das decisõesmais importantes, a saber:

- Em virtude do recente falecimento do presidente,o Agrupamento Europeu será transitoriamentegerido até 2013 por uma Comissão Executiva,constituída por:

- Jean Claude CHRÉTIEN (França) - Presidente

- José Barberá Blesa (Espanha) - Vice-Presidente

- Cândido Vintém (Portugal) - Vice-Presidente

- O XVIII Euroencontro (2012) terá lugar em Portugal(sendo esta a 2ª. vez que tal acontece !);

- Aprovação do documento – “CONCLUSÕES SOBREA SOLIDARIEDADE INTERGERACIONAL” quereproduzimos na íntegra:

O rápido envelhecimento da sociedade é uma das questões importantes do futuro. Este desafio só pode sersuperado com a participação de todas as gerações.

A solidariedade entre gerações é um requisito básico para que todos possam encontrar o seu lugar na sociedade,crescer e contribuir para o bem-estar geral. A solidariedade intergeracional deve ser avaliada como um elementode estabilidade social.

Esta solidariedade é baseada em dois pilares - a solidariedade nacional e colectiva e solidariedade familiar. OAgrupamento deve levar em conta a articulação e complementaridade entre a solidariedade pública e asolidariedade familiar, confederar as nossas experiências, promover o debate público na sociedade, e repensara solidariedade intergeracional segundo cinco grandes orientações:

1. Explorar melhor o potencial de cada categoria de idades• Promover o entendimento entre todas as gerações de que todos dão o seu contributo essencial para a

sociedade;• Estabelecer redes sociais para oferecer aos idosos uma velhice digna e aos jovens um futuro de esperança.

CONCLUSÕES SOBRE A SOLIDARIEDADE INTERGERACIONAL

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2. Modificar a imagem negativa das pessoas idosas• Valorizar os "novos jovens avós" que estão envolvidos no cuidado e apoio escolar dos netos e em acções

de voluntariado;• Considerar as pessoas idosas como um contributo de experiência e de recursos morais para transmitir

aos jovens e não como um fardo para a sociedade.

3. Investir nas novas gerações• Lutar contra o abandono escolar e a precariedade do emprego e criar um crédito de inserção mínimo

para facilitar a integração dos jovens na vida activa.

4. Integrar a evolução da estrutura familiar. A solidariedade é um compromisso social muitas vezes ligadoà prevenção e ao apoio à dependência• Fazer beneficiar da solidariedade nacional e de um estatuto social todos aqueles que cuidam de pessoas

doentes, sobretudo dos idosos;• Permitir às mulheres conciliar a vida profissional e familiar e facilitar o seu regresso ao mercado de

trabalho.

5. Os governantes devem promover e adaptar as solidariedades públicas• Financiar a solidariedade através de transferências sociais salvaguardando a equidade entre os grupos

etários;• Utilizar, em parte, o crescimento económico para financiar a política social intergeracional e lutar contra

a pobreza e as desigualdades ao longo da vida.

Grupo de Estudos e de Trabalho.OLBIA Sardenha 2 de Abril de 2011

Com vista a discussão e aprovação do Relatório eContas da Direcção e do Parecer do Conselho Fiscalsobre o exercício de 2010, realizou-se na Sede daANAC, em 25 de Março último a respectiva AssembleiaGeral Ordinária (A.G.), cuja “Ordem de Trabalhos”(O.T.) foi divulgada pela Circular nº. 01MAG/11 de25Fevº.2011.

De salientar, antes de mais, que esta Assembleia Geralteve lugar no novo Auditório entretanto inauguradoe cujas condições são de longe bem mais confortáveis.Decorreu dentro do melhor espírito associativo e,registe-se, teve uma participação bastantesignificativa.

Dos assuntos tratados e seguindo a respectiva O.T.destacamos como mais importantes:

- A aprovação por unanimidade e aclamação doRelatório e Contas da Direcção e do Parecer doConselho Fiscal;

- A aprovação pela maioria dos sócios presentesda proposta da Direcção para atribuição dosnomes dos Sócios fundadores Artur Filipe, FelicianoGuerreiro e Rafael Marques a salas da Sede daANAC;

- Foi ainda aprovada por maioria a proposta daDirecção para a criação de uma Delegação naBeira Interior, sedeada na cidade da Guarda.

De salientar que esta A.G. contou, pela primeira vez,com a presença da Delegação da Zona Norte,registando-se ainda a participação dos sócios queintegram a Comissão Instaladora da futura Delegaçãoda Beira Interior.

Os trabalhos foram dirigidos pelo sócio senhor AbílioAlves Silva, tendo a Mesa da Assembleia sido presididapelo respectivo titular, senhor António Sirgado Serra.

ASSEMBLEIA GERAL DA ANAC DE 25 DE MARÇO 2011DISCUSSÃO E APROVAÇÃO DO RELATÓRIO E CONTAS DE 2010

(Continuação da página anterior)

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Marcelino Rocha Mendonça concluiu o seu percurso de vida no passado dia 8 de Abril, numa caminhada de

104 anos.

Ao deixar-nos para sempre, todos nós ficámos mais pobres porque perdemos um amigo, um grande Homem.

Na morte de um amigo morremos também um pouco, instalando-se um vazio que levará tempo a ser preenchido.

E todavia, Marcelino Mendonça deixa-nos tanto! Perdura na sua pintura, na sua música, nos álbuns das suas

viagens, na sua capacidade de confrontar os limites que a idade ou a institucionalização tantas vezes impõem…

A vida é efémera, mesmo quando a fita do tempo se prolonga teimosamente como o gosto pela vida.

É por esta razão que, ao nosso amigo e colega Marcelino Mendonça, em nome do Grupo de Voluntários da

CGD “Séniamor”, deixamos um grande abraço, o último que não chegámos a ter mas que permanece na

recordação da sua passagem.

Para sempre.

(Grupo Séniamor)

HOMENAGEM A MARCELINO MENDONÇA

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O EUROENCONTRO 2011 na SARDENHA (Itália) -[v. página 2]

VISITA AO MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA

O dia 14 de Abril foi dedicado à cultura! Fomos visitaro Museu Nacional de Arte Antiga e as suas exposições.Durante cerca de duas horas os 40 sócios participantesforam guiados por duas excelentes profissionaisatravés das belíssimas peças que integram quer aexposição permanente quer as temporárias. Foi dadoparticular destaque aos “painéis de Nuno Gonçalves”e à “Custódia de Belém”.

Mais uma jornada de alegre convívio e deenriquecimento cultural...

PASSEIO DE AVÓS E NETOS AO FLUVIÁRIO DEMORA E MONTE SELVAGEM

Decorreu no passado dia 12 de Abril o passeio “Avóse Netos” com visita ao Fluviário de Mora e ao MonteSelvagem.

Tratou-se de uma excelente jornada de convívio entregerações – sendo esta a primeira vez que se efectua- e levou a que os netos pudessem estabeleceramizades com novos amigos da “Família ANAC”.

PASSEIO À VIDIGUEIRA E BARRAGEM DO ALQUEVA

Visitámos, a 29 de Abril, o Museu Etnográfico daVidigueira e a Herdade Grande (onde almoçámos),e fizemos um mini cruzeiro no “Grande Lago”.

Embora o tempo não tivesse ajudado muito, houve50 sócios que tiveram oportunidade de conhecer osusos e costumes da região, bem como provar ascomidas e bebidas locais. O “Grande Lago” estavaespectacular e aqui S. Pedro foi amigo.. .proporcionando-nos um agradável passeio.

ACTIVIDADES

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VISITA À QUINTA DOS LORIDOS NO BOMBARRAL(BUDA EDEN GARDEN)

No dia 12 de Maio visitámos a Quinta dos Loridos(perto do Bombarral) onde pudemos contemplar omagnífico jardim e as estátuas com profundosimbolismo.

Almoçámos no restaurante “Mãe de Água” no Sobraldo Parelhão. Bela decoração e também bom serviço.Como ainda sobrava tempo, visitámos também asempre bonita vila de Óbidos, onde aproveitámospara “esticar as pernas” e provar a deliciosa ginjinhaem copo de chocolate.

ISDABE – I TURNO - 31 de Maio a 15 de Junho

O ponto de encontro no Complexo de Férias deISDABE, duas vezes por ano, continua a ser uma dasopções e também uma boa oportunidade de os nossosassociados e familiares passarem uma agradávelquinzena de férias, onde não faltam actividades (praias,“mercadilhos” passeios locais e momentos deconvívio). Foi mesmo isso o que mais uma vezaconteceu neste I Turno que decorreu entre os dias31 de Maio e 15 de Junho.

No II Turno, que terá lugar de 4 a 20 de Setembro,haverá mais!

ROTA DAS CEREJAS (Fundão)

Mais de 40 sócios e familiares visitaram a região doFundão na época em que ela está em plena azáfamada recolha da cereja. Bem guiados e acompanhados,tivemos a oportunidade de visitar várias aldeias evilas da região (Alpedrinha, Castelo Novo, Alcongosta,Soalheira) a cidade e, também, procedemos à apanhado delicioso fruto. Podemos dizer que ainda haviamuito nas árvores o que permitiu que alguns dosparticipantes “fizessem o gosto ao dedo” e trepassemàs árvores, lembrando os tempos da meninice!...

OUTRAS INICIATIVAS LEVADAS A EFEITO NOTRIMESTRE DE ABRIL-JUNHO 2011

Entre visitas e passeios, destacamos ainda algumasdas actividades que entretanto decorreram nossoAuditório (entretanto denominado por “AuditórioArtur Vieira Filipe” por decisão em Assembleia Geralde 25 de Março):

• CHÁ DANÇANTE –realizado a 8 de Maio na Sede;

• COLÓQUIO SOBRE O NOVO ACORDOORTOGRÁFICO, moderado pela Dr.ª Elsa Rodriguesdos Santos – Presidente da Sociedade de LínguaPortuguesa - que decorreu no passado dia 6 deJulho na presença de um muito significativo númerode associados.

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Uma regular vigilância do estado dos olhos pode ser determinante para evitar a doença, que afecta basicamente pessoas commais de 40 anos.

Juntamente com a retinopatia diabética, o glaucoma é das maiores causas de cegueira nos países desenvolvidos, responsávelpor 15% dos casos de cegueira mundial. O aparecimento de manchas nos olhos é dos primeiros sinais. Mas quando surgem éporque os olhos já há algum tempo sofrem com a doença, ocasionada por um aumento da tensão ocular que provoca a destruiçãogradual do nervo óptico, com a inerente perda de visão e até mesmo cegueira.

Um dos maiores problemas na prevenção é o não se saber muito bem as razões que conduzem ao aumento da tensão ocular –esta sobe quando o líquido transparente que circula no globo ocular tem dificuldades em sair.

Daí que os sintomas – perda de visão – tendam a surgir quando a doença já está numa fase avançada e as lesões do nervo ópticosão irreversíveis.

No tipo mais frequente de glaucoma – de ângulo aberto ou crónico – devido à deficiente irrigação, o nervo óptico vai sendodanificado, alterando a imagem que é transmitida do olho para o cérebro: começam a aparecer manchas brancas na periferia davisão. A prazo, e sem tratamento, essas manchas vão aumentando, reduzindo consideravelmente (ou totalmente) a visão. Estetipo de glaucoma crónico é mais frequente nos idosos, mas os mais jovens não são imunes, sobretudo havendo antecedentesfamiliares.

Nestes casos, são recomendadas consultas regulares ao oftalmologista, onde a medição da pressão intra-ocular é o instrumentofundamental de despiste e, caso o diagnóstico seja positivo, é meio caminho andado para controlar a evolução do glaucoma.

Estancar a doençaQuando detectado, o glaucoma pode ser vigiado e controlado mas, tal como a diabetes ou a hipertensão arterial, ainda não temcura. É uma doença crónica – permanece e evolui, sendo a prioridade evitar que os danos sejam ampliados, ainda que sejaimpossível recuperar o campo de visão perdido.

A prioridade do tratamento é reduzir a pressão intra-ocular, seja aumentando a quantidade de líquido drenado para fora do olho,seja diminuindo a sua produção. Mas os tratamentos variam consoante o tipo de glaucoma – pode haver recurso a gotas oftálmicasou até a intervenções cirúrgicas.

Os medicamentos podem reduzir a pressão e melhorar a circulação sanguínea da retina e dos nervos ópticos, bem como protegeras células nervosas receptoras. O laser também é um recurso utilizado e quando tudo o mais falha, resta ao oftalmologista recorrerà cirurgia, não para aumentar a visão, mas para estabilizar a visão periférica.

O tipo de glaucoma resulta do ângulo entre a íris e a córnea que condiciona mais ou menos a drenagem do humor aquoso emexcesso e a pressão exercida. No glaucoma de ângulo aberto ou glaucoma crónico, há algum espaço entre a periferia da íris e acórnea e a pressão sobe de forma mais lenta, pelo que a visão periférica vai diminuindo lentamente, o que torna tardio o diagnóstico.No glaucoma de ângulo fechado, a periferia da íris tende a tocar na córnea, bloqueando completamente a circulação do humoraquoso, o que provoca um súbito aumento da pressão intra-ocular, deixando o olho tenso, vermelho, doloroso e a visão enevoadaou mesmo nula. Nestes casos extremos, o tratamento é urgente.

Finalmente, o glaucoma congénito é muito raro, mas, em contrapartida, os sintomas são perfeitamente identificáveis: os olhosdemasiado grandes ressaltam e lacrimejam frequentemente e as crianças apresentam maior sensibilidade à luz – e, por isso,“piscam os olhos”.

OS SÉNIORES QUE SE CUIDEM

“De olho abertodepois dos 40…

... ainda que o glaucoma seja de diagnóstico complicado, porque os sintomas surgem quando adoença já está avançada e os danos no nervo óptico são irreversíveis. [*]

Vigilância apertada

O oftalmologista pode medir a pressãona câmara anterior do olho (tensãointra-ocular), através da tonometria, queé um procedimento simples e indolor.

A partir dos 40 anos, dada a incidênciamaior da doença, recomenda-se umavisita regular ao oftalmologista – nomínimo a cada dois anos. E quaisqueranomalias na visão, como dores nosolhos ou em torno deles, raios, olhosvermelhos, sensação de duplicação dasimagens, justif icam uma visitaextraordinária ao médico.

[*] Os nossos agradecimentos à Direcção da revista “Farmácia Saúde” - edição

n.º 173 de Fevereiro’11 - que nos serviu de fonte de informação e nos autorizoua reproduzir o texto em destaque.

• Uma rectificação: por lapso na recolha de texto, verificámos que, na rubrica“Os Séniores Que Se Cuidem” – pág. 7 do Boletim nº. 48 – existe um erro:quando referimos que as varizes aparecem sobretudo nos membros superiores,obviamente que se pretendia dizer “nos membros INFERIORES”. De certoque os Sócios mais atentos de imediato se aperceberam deste lamentáveltrocadilho. A quem nos lê, e principalmente ao autor da notícia, endereçamosum sincero pedido de desculpas.

Carlos Pereira

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NOTÍCIAS DO NORTE DELEGAÇÃO NO PORTO

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NOTÍCIAS DO NORTE DELEGAÇÃO NO PORTO

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ESPAÇO CULTURAL

A língua portuguesa é uma das cinco mais faladasem todo o mundo. Com efeito, mais de 270 milhõesde cidadãos têm-na como língua materna ou oficial.Portanto, como disse o poeta (“…a minha Pátria é alíngua portuguesa”), ela é um factor agregador demuitas culturas diferentes.

Portugal, Brasil e outros países que resultaram daindependência das nossas antigas colónias, sentiramdesde sempre a necessidade de “utilizarem a mesmalíngua”. Daí ter-se formado, em 1996, a CPLP(Comunidade de Países de Língua Portuguesa) queenglobava inicialmente Portugal, Brasil, Angola, CaboVerde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé ePríncipe. Timor aderiu após a sua independência daIndonésia, em 2002.

Sendo a língua um organismo vivo que está empermanente contacto com outras línguas e realidadesculturais, ela sofre mutações constantes. As Academiastentam “fixar” as suas características em diversosdocumentos (de que os mais conhecidas são asgramáticas e os dicionários).

Com a língua portuguesa passa-se o mesmo,provavelmente com influências muito mais marcadasdo que em outras atendendo a que ela é falada emtodos os Continentes.

Daí que, desde há muitos anos, tenham havido“acordos ortográficos” que tentam uniformizar autilização que fazemos da nossa língua comum.

A primeira tentativa para uniformizar e simplificar aescrita data de 1911. Em 1915 a Academia Brasileira deLetras resolve harmonizar a ortografia com aportuguesa mas em 1919 revoga essa resolução. Em1929 são alteradas as regras de escrita no Brasil.

O primeiro acordo ortográfico luso-brasileiro data de1931 embora nunca tenha sido posto em prática. Em1943 é assinada a primeira convenção ortográficaentre os dois países. Em 1945 é legalizado em Portugalo novo acordo ortográfico mas o Brasil nunca oratificou.

Só em 1971 o Brasil promulga algumas alterações deforma a reduzir as divergências ortográficas comPortugal. Recíproca atitude tem Portugal em 1973.

Em 1975 as Academias dosdois países elaboram um projectode acordo que não é oficialmente aprovado.

Em 1986, já com os novos países africanos deexpressão portuguesa (PALOP) há nova tentativaatravés de denominado “Acordo Ortográfico de 1986”o qual nunca chegou a ser aprovado devido à fortecontestação da comunidade linguística.

Passados alguns anos é então estabelecido o “AcordoOrtográfico de 1990”. Este acordo é apenas ratificadopor Portugal, Brasil e Cabo Verde. Em 2004 ficouestabelecido que bastaria a ratificação de três estados-membros da CPLP para que o acordo entrasse emvigor em todos os países.

Em 2006 o acordo é ratificado por Brasil, Cabo Verdee São Tomé e Príncipe, possibilitando a sua entradaem vigor. Em 2008 Portugal também ratifica odocumento. Posteriormente, também Timor-Leste eGuiné-Bissau o ratificam. Portanto, neste momento,apenas Angola e Moçambique ainda não o ratificaram.

O acordo entrou em vigor no Brasil, em 2009. EmPortugal deveria ter entrado em vigor em 13 de Maiode 2009 mas foi estabelecido um período de transiçãoaté 12 de Maio de 2015 durante o qual se pode utilizara grafia pré-existente. Em Portugal foi determinadaa aplicação do acordo ao sistema educativo no anolectivo de 2011/2012, e aos documentos do Governoa partir de 1 de Janeiro de 2012.

Mas então, o que nos traz de maisimportante e de novo o “Acordo Ortográficode 1990”?

Vamos então socorrer-nos de quem sabe destas coisaspara tentar esclarecer e/ou desmistificar algumasdúvidas que se levantam ao comum dos cidadãos:

Conforme o “Guia para a nova ortografia” editadopelos Ministérios da Cultura e da Educação em Maiode 2011, basicamente o que muda tem a ver com:• O próprio alfabeto;• A utilização de letras maiúsculas e minúsculas;• Eliminação de alguns acentos;• Eliminação de algumas consoantes mudas;• Utilização do hífen.

(Continua na página seguinte)

ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990– O QUE É E O QUE NOS TRAZ DE NOVO?

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ALFABETO (Base I do Acordo):

Em Portugal voltaremos a ter 26 letras (sãoreintroduzidas as letras K, W e Y que tinham sidoproscritas da nossa língua em 1911). Elas serão usadasem:

• antropónimos (=nome próprio de pessoa)originários de outras línguas e seus derivados.Exemplos: Franklin, frankliniano; Darwin,darwinismo; Kant, kantismo; Taylor, taylorista;…

• topónimos (=nomes de lugares, sítios oupovoações) originários de outras línguas e seusderivados.Exemplos: Kwanza ; Malawi ,malawiano;Kuwai,kuwaitiano;…

• siglas, símbolos e mesmo em palavras adoptadascomo unidades de medida de curso internacional:Exemplos: TWA; KLM; K (símbolo químico dopotássio); W (oeste); kg (quilograma); km(quilómetro);…

• palavras oriundas de outras línguas que não oportuguês:Exemplos: windsurf, winsurfista; kart, kartista; baby-sitter;…

USO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS INICIAIS(Base XIX):

Passam a escrever-se com letra minúscula inicial:

• nomes dos dias, meses e estações do ano:Exemplos: segunda-feira; janeiro; maio; primavera;verão;…Porém, mantém-se a utilização de maiúsculainicial em nomes próprios, relacionados com ocalendário: Rio de Janeiro; Pedro Inverno Martins;…

• a designação dos pontos cardeais e colaterais:Exemplos: norte; sul; nordeste; noroeste;…Porém, mantém-se a utilização de maiúsculainicial em nomes de regiões ou abreviaturas dospontos cardeais e colaterais: passo férias no Nortede Portugal; W (de oeste);…

• a designação para mencionar alguém cujo nomese desconhece ou se prefere omitir:Exemplos: fulano; beltrano; sicrano;…

Poderão escrever-se com minúscula ou maiúsculainicial:

• os bibliónimos (=nomes de livros) salvo o primeiroelemento ou os nomes próprios neles existentes:Exemplos: O crime do padre Amaro ou O Crimedo Padre Amaro; Amor de Perdição ou Amor deperdição;…

• os axiónimos (=palavra ou locução com que seindicam tratamentos ou dignidades) e oshagiónimos (=designação dos nomes sagrados edos demais nomes próprios relativos à doutrinadas religiões cristã, hebraica e maometana):Exemplos: Senhor Doutor ou senhor doutor; oBispo ou o bispo; Santa Rita ou santa Rita;…

• o nome das disciplinas escolares e de cursos:Exemplos: Matemática ou matemática; Geologiaou geologia; Direito ou direito;…

• palavras usadas reverencialmente, aulicamente(=palaciano; cortesão) ou hierarquicamente, eminício de versos, em categorização de logradourospúblicos, de templos ou de edifícios:Exemplos: Rua da Liberdade ou rua da Liberdade;igreja do Bonfim ou Igreja do Bonfim; Palácio daCultura ou palácio da Cultura; marquês de Pombalou Marquês de Pombal;…

(Continua no próximo número)

(Continuação da página anterior)

Os nossos agradecimentos a D. Olga Duarte, responsável pela edição do “Boletim de Contacto”da Associação dos Antigos Empregados do BNU, onde nos inspirámos para a elaboração desteartigo.

A propósito deste tema, recordamos que a ANAC organizou um colóquio com a Drª Elsa Rodriguesdos Santos, presidente da Sociedade de Língua Portuguesa, no dia 6 de Julho, pelas 14h30, nonosso Auditório.

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PROGRAMAÇÃO DE EVENTOS A CONCRETIZAR ATÉ FINAL 2011

já decorrem algumas actividades no nosso Auditório, como palestras, conferências eoutras de relevante interesse para os nossos associados ???

SABIA QUE:

Ú LT I M A PÁ G I N A

Julho – dias 1 a 10 Viagem à ESCÓCIA e IRLANDA (com visita a Liverpool)(viagem em curso)

– dias 16 a 18 “Rota das Aldeias Históricas”(v. Circular nº 13/11 de 23.05.11)

Agosto – dias 26 a 28 “Festa das Flores - Campo Maior”(v. Circular nº 17/11 de 29.06.11)

Setembro – dias 4 a 20 Estadia em Isdabe – II Turno(v. Circular nº 06/11 de 11.02.11)

– dia 24 Almoço Nacional (Quinta dos Compadres - Viseu)(v. Circular nº 16/11 de 20.06.11)

Outubro – dias 3 a 6 “Rota dos Escritores do Douro”(v. Circular nº 14/11 de 17.06.11)

– dias 7 a 19 Viagem aos ESTADOS UNIDOS e CANADÁ(v. Circular nº 05/11 de 10.02.11)

Novembro – dias 10 e 11 S. Martinho(em local a anunciar)

Dezembro – dia 10 Almoço de Natal(em local a anunciar)

Dez / Janº 2012 – Passagem do Ano(em local a anunciar)

MANTENHA-SE, POIS, ATENTO(A) ÀS NOSSAS CIRCULARES E AO BLOGUE