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BOLETIM DE JURISPRUDÊNCIA - NÚMEROS 1 A 75 Boletim Nº 1 - 06/10/2010 Diretoria Executiva de Gestão da Informação Documental - DIRGED Este boletim é elaborado a partir de notas tomadas nas sessões da Corte Superior do TJMG. As decisões tornam-se oficiais somente após a publicação no Diário do Judiciário. Portanto, este boletim tem caráter informativo. Apresenta também julgados e súmulas editadas pelos Tribunais Superiores, com matérias relacionadas à competência da Justiça Estadual. SAIBA MAIS Corte Superior do TJMG Controle de Constitucionalidade de Medidas Provisórias - DPVAT A Corte Superior do Tribunal de Justiça, à unanimidade, desacolheu Incidente de Inconstitucionalidade do art. 3º, I, da Medida Provisória nº 340/2006, convertida na Lei Federal nº 11.482/2007 (DPVAT), entendendo que a análise, pelo Poder Judiciário, de vício de inconstitucionalidade em medidas provisórias, especificamente quanto aos requisitos constitucionais legitimadores de sua edição relevância e urgência -, só pode ser feita objetivamente, quando houver evidenciado excesso ou abuso de poder por parte do Poder Executivo. (Incidente de Inconstitucionalidade Cível nº 1.0701.08.225996-4/002 , rel. Des. Geraldo Augusto, j. 25/08/2010) Décimo terceiro salário para agentes políticos A Corte Superior do TJMG concluiu, por maioria de votos, pela validade do pagamento da gratificação natalina aos agentes políticos municipais, desde que previsto em lei editada na legislatura anterior. A decisão foi proferida em ação ajuizada pela Procuradoria Geral de Justiça, em que se buscou a declaração de inconstitucionalidade de dispositivos de Resolução da Câmara Municipal e de Lei Municipal, que fixam subsídios dos Vereadores e do Prefeito, Vice-Prefeito e Secretários Municipais. O Colegiado julgou improcedente a representação, ao entendimento de que a extensão do direito social garantido pelo art. 7º, VIII, da Constituição Federal, aos agentes políticos depende de disposição expressa em lei, que é constitucional. (Ação direta de Inconstitucionalidade 1.0000. 09.501294-4/000 , rel. Des. Edivaldo George dos Santos, j. 25/08/2010) Pedido de informações pela Câmara ao Executivo local e crime de responsabilidade A Corte Superior do Tribunal de Justiça de Minas Gerais concluiu, por maioria de

Boletim de Jurisprudencia Numero 1a75

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  • BOLETIM DE JURISPRUDNCIA - NMEROS 1 A 75

    Boletim N 1 - 06/10/2010 Diretoria Executiva de Gesto da Informao Documental - DIRGED Este boletim elaborado a partir de notas tomadas nas sesses da Corte

    Superior do TJMG. As decises tornam-se oficiais somente aps a

    publicao no Dirio do Judicirio. Portanto, este boletim tem carter

    informativo. Apresenta tambm julgados e smulas editadas pelos

    Tribunais Superiores, com matrias relacionadas competncia da Justia

    Estadual. SAIBA MAIS

    Corte Superior do TJMG Controle de Constitucionalidade de Medidas Provisrias - DPVAT A Corte Superior do Tribunal de Justia, unanimidade, desacolheu Incidente de

    Inconstitucionalidade do art. 3, I, da Medida Provisria n 340/2006, convertida

    na Lei Federal n 11.482/2007 (DPVAT), entendendo que a anlise, pelo Poder

    Judicirio, de vcio de inconstitucionalidade em medidas provisrias,

    especificamente quanto aos requisitos constitucionais legitimadores de sua edio

    relevncia e urgncia -, s pode ser feita objetivamente, quando houver evidenciado excesso ou abuso de poder por parte do Poder Executivo. (Incidente

    de Inconstitucionalidade Cvel n 1.0701.08.225996-4/002, rel. Des.

    Geraldo Augusto, j. 25/08/2010) Dcimo terceiro salrio para agentes polticos A Corte Superior do TJMG concluiu, por maioria de votos, pela validade do

    pagamento da gratificao natalina aos agentes polticos municipais, desde que

    previsto em lei editada na legislatura anterior. A deciso foi proferida em ao

    ajuizada pela Procuradoria Geral de Justia, em que se buscou a declarao de

    inconstitucionalidade de dispositivos de Resoluo da Cmara Municipal e de Lei

    Municipal, que fixam subsdios dos Vereadores e do Prefeito, Vice-Prefeito e

    Secretrios Municipais. O Colegiado julgou improcedente a representao, ao

    entendimento de que a extenso do direito social garantido pelo art. 7, VIII, da

    Constituio Federal, aos agentes polticos depende de disposio expressa em lei,

    que constitucional. (Ao direta de Inconstitucionalidade 1.0000.

    09.501294-4/000, rel. Des. Edivaldo George dos Santos, j. 25/08/2010)

    Pedido de informaes pela Cmara ao Executivo local e crime de

    responsabilidade

    A Corte Superior do Tribunal de Justia de Minas Gerais concluiu, por maioria de

  • votos, serem constitucionais as previses da Lei Orgnica do Municpio de So

    Francisco de Sales que possibilitam Cmara Municipal solicitar informaes ao

    Poder Executivo local e estabelecem prazo para seu cumprimento. Decidiu,

    contudo, pela inconstitucionalidade da referida lei no que tange classificao do

    no atendimento solicitao do Poder Legislativo Municipal como crime de

    responsabilidade. Isso porque a criao de novas modalidades de crime no

    tipificadas no Decreto-Lei 201/67 invade a competncia do legislador federal.

    (Ao Direta de Inconstitucionalidade n 1.0000.09.504339-4/000, rel.

    Des. Wander Marotta, j. 08/09/2010)

    Supremo Tribunal Federal

    Smula Vinculante 31

    inconstitucional a incidncia do Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza ISS sobre operaes de locao de bens mveis. (DJe 17/02/2010)

    Fracionamento de precatrio: custas processuais e requisio de pequeno

    valor

    incabvel o fracionamento do valor de precatrio em execuo de sentena contra a Fazenda Pblica, com o objetivo de se efetuar o pagamento de custas

    processuais por meio de requisio de pequeno valor - RPV. (...) Assim, a

    execuo das custas processuais no poderia ser feita de modo independente e

    deveria ocorrer em conjunto com a do precatrio que diz respeito ao total do

    crdito.(...) RE 592619/RS, rel. Min. Gilmar Mendes, 8.9.2010. (RE-592619). (Fonte: Informativo n 599 - STF)

    Trfico ilcito de entorpecentes e substituio de pena

    (...) o Tribunal, por maioria, concedeu parcialmente habeas corpus e declarou, incidentalmente, a inconstitucionalidade da expresso vedada a converso em penas restritivas de direitos, constante do 4 do art. 33 da Lei 11.343/2006, e da expresso vedada a converso de suas penas em restritivas de direitos, contida no aludido art. 44 do mesmo diploma legal. (...) HC 97256/RS, rel. Min.

    Ayres Britto, 1.9.2010. (HC-97256). (Fonte: Informativo n 598 STF) Repercusso Geral Devoluo de Recurso e Irrecorribilidade

    incabvel a interposio de recurso contra ato judicial de Ministro do Supremo que aplica a sistemtica da repercusso geral, em razo da inexistncia de

    contedo decisrio. Ao reafirmar essa orientao, o Tribunal desproveu uma srie

    de agravos regimentais interpostos contra decises monocrticas do Min. Gilmar

    Mendes, que negara seguimento a mandados de segurana, dos quais relator,

    impetrados contra atos de Ministro do Supremo que ordenara a devoluo dos

    autos ao rgo judicirio de origem, para os fins do art. 543-B do CPC.

    Sustentava-se, na espcie, equvoco na devoluo de recursos extraordinrios,

    bem como usurpao da competncia do Plenrio do STF. Considerou-se que os

    agravantes no conseguiram infirmar os fundamentos da deciso questionada.

    Salientou-se, ademais, a existncia de entendimento consolidado no sentido do

    cabimento excepcional do mandado de segurana contra ato jurisdicional da Corte.

    Por derradeiro, registrou-se que eventual insistncia por se tratar de matria inequvoca , ensejar a imposio de multa (CPC, art. 538, pargrafo nico) em face do carter patentemente protelatrio. Precedentes citados: AI 696454

    AgR/MS (DJE de 10.11.2008); AI 705038 AgR/MS (DJE de 19.11.2008) e RE

  • 593078 AgR/PR (DJE de 19.12.2008). (Fonte: Informativo n. 600 STF)

    Penhora do bem de famlia do fiador

    Constitucionalidade da penhora do bem de famlia do fiador. Ratificao da jurisprudncia firmada por esta Suprema Corte. Existncia de repercusso geral. Repercusso Geral em RE n. 612.360-SP, Rel. Min. Ellen Gracie (Fonte:

    Informativo n. 598 STF).

    Tempo de espera em filas de bancos

    Definio do tempo mximo de espera de clientes em filas de instituies bancrias. Competncia do municpio para legislar. Assunto de interesse local.

    Ratificao da jurisprudncia firmada por esta Suprema Corte. Existncia de

    repercusso geral. Repercusso Geral em RE n. 610.221-SC, Rel. Min. Ellen Gracie. (Fonte: Informativo n. 596 STF).

    Superior Tribunal de Justia

    Smulas

    Smula 453

    Os honorrios sucumbenciais, quando omitidos em deciso transitada em julgado,

    no podem ser cobrados em execuo ou em ao prpria. (DJe 24/08/2010)

    Smula 454

    Pactuada a correo monetria nos contratos do SFH pelo mesmo ndice aplicvel

    caderneta de poupana, incide a taxa referencial (TR) a partir da vigncia da Lei

    n. 8.177/1991. (DJe 24/08/2010)

    Smula 455

    A deciso que determina a produo antecipada de provas com base no art. 366

    do CPP deve ser concretamente fundamentada, no a justificando unicamente o

    mero decurso do tempo. (DJe 08/09/2010)

    Recursos Repetitivos

    Penhora on line Sistema BACEN-JUD Lei 11.382/2006 (...) a penhora on line, antes da entrada em vigor da Lei n. 11.382/2006, configura medida excepcional cuja efetivao est condicionada comprovao de

    que o credor tenha realizado todas as diligncias no sentido de localizar bens livres

    e desembaraados de titularidade do devedor. Contudo, aps o advento da

    referida lei, o juiz, ao decidir sobre a realizao da penhora online, no pode mais

    exigir do credor prova de exaurimento das vias extrajudiciais na busca de bens a

    serem penhorados. (...) REsp 1.112.943-MA , Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado

    em 15/9/2010. (Fonte: Informativo n. 447 STJ)

    Exceo de pr-executividade Condenao da Fazenda Pblica em honorrios advocatcios

    (...) uma vez acolhida a exceo de pr-executividade para extinguir execuo fiscal, cabvel a condenao da Fazenda Pblica em honorrios advocatcios.(...)

    REsp 1.185.036-PE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 8/9/2010. (Fonte: Informativo n. 446 STJ)

    Execues fiscais: faculdade do juiz reunir processos contra o mesmo

    devedor

  • (...) a reunio de demandas executivas fiscais contra o mesmo devedor constitui uma faculdade do magistrado, no um dever, conforme dispe o art. 28 da Lei n.

    6.830/1980 (Lei de Execuo Fiscal LEF). Consignou-se que essa cumulao superveniente, para que possa ocorrer, deve preencher tanto os requisitos do

    mencionado dispositivo da LEF quanto aqueles dispostos no art. 573 do CPC , a

    saber: identidade das partes, requerimento da medida por, pelo menos, uma

    delas, competncia do juzo e feitos em fases processuais anlogas. (...) tal

    situao difere da chamada cumulao inicial de pedidos, que consiste no direito

    subjetivo do exequente de reunir, em uma nica ao executiva fiscal, diversas

    certides de dvida ativa. (...) REsp 1.158.766-RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em

    8/9/2010. (Fonte: Informativo n. 446 - STJ)

    Qo. Repetitivo. Anulao. Nova submisso: ICMS sobre servios

    suplementares ao servio de comunicao.

    Em questo de ordem, a Seo anulou a deciso proferida neste recurso especial, o qual havia sido submetido ao regime dos recursos repetitivos. (...). A anulao

    fundamentou-se na impossibilidade jurdica do juzo de retratao e na ofensa

    precluso ocasionada pela prolao do decisum no agravo, resultando no no

    conhecimento do apelo especial e na aplicao de multa por litigncia de m-f.

    Ressaltou o Min. Relator que novo recurso com a mesma temtica, qual seja, a

    incidncia do ICMS sobre servios suplementares ao servio de comunicao, j foi

    submetido sistemtica do art. 543-C do CPC (REsp 1.176.753-RJ). Qo no REsp.

    816.512-PI, rel. Min. Luiz Fux, julgada em 8/9/2010. (Fonte: Informativo n. 446 - STJ)

    Agravo de instrumento: obrigatoriedade da intimao para apresentar

    contrarrazes

    (...)A intimao da agravada para resposta necessria a fim de preservar o princpio do contraditrio (art. 527, V, do CPC). Ela dispensvel apenas quando

    se nega seguimento ao agravo de instrumento (art. 527, I, do mesmo diploma),

    pois essa deciso benfica ao agravado. Da se concluir, em consonncia com

    precedentes, que a intimao para apresentao de contrarrazes condio de

    validade da deciso que causa prejuzo ao agravado. (...) REsp 1.148.296-SP, Rel.

    Min. Luiz Fux, julgado em 1/9/2010. (Fonte: Informativo n. 445 STJ)

    Correo monetria: incluso ex officio.

    O tema da correo monetria classifica-se como matria de ordem pblica e integra o pedido de forma implcita. Por isso, no caracteriza julgamento extra ou

    ultra petita sua incluso ex officio no decisum feita pelo juiz ou tribunal; pois,

    nessa hiptese, conforme precedentes, prescindvel aplicar o princpio da

    congruncia (entre o pedido e a deciso judicial). (...)A Primeira Seo j divulgou,

    em recurso repetitivo, tabela nica que enumera os vrios ndices oficiais e

    expurgos inflacionrios a ser aplicada nas aes de compensao ou repetio dos

    indbitos tributrios, relao que condensa o Manual de Clculos da Justia Federal

    e jurisprudncia deste Superior Tribunal sobre o tema de correo monetria (vide

    REsp 1.012.903-RJ, Informativo n. 371). Ressalte-se que a aplicao desses

    ndices independe da vontade da Fazenda Nacional, mesmo que ela alegue no

    inclu-los por liberalidade em seus crditos. Outrossim, conforme o julgamento de

    outro repetitivo na Primeira Seo (vide REsp 1.002.932-SP, Informativo n. 417),

    o pleito de restituio do indbito de tributo sujeito a lanamento por homologao

    referente a pagamento indevido efetuado antes da LC n. 118/2005 (9/6/2005)

    continua a sujeitar-se ao prazo prescricional na sistemtica dos cinco mais cinco, desde que, naquela data, sobejem, no mximo, cinco anos da contagem do lapso

    temporal (art. 2.028 do CC/2002). (...) REsp 1.112.524-DF, Rel. Min. Luiz Fux,

    julgado em 1/9/2010. (Fonte: Informativo n. 445 STJ)

  • Preparo. Expediente bancrio

    (...) O encerramento do expediente bancrio antes do expediente forense constitui justo impedimento a afastar a desero, desde que fique comprovado que

    o recurso foi protocolado durante o expediente forense, mas aps cessado o

    expediente bancrio e que o preparo foi efetuado no primeiro dia til subsequente

    da atividade bancria. (...) REsp 1.122.064-DF, Rel. Min. Hamilton Carvalhido,

    julgado em 1/9/2010. (Fonte: Informativo n. 445 STJ)

    Este boletim uma publicao da Gerncia de Jurisprudncia e

    Publicaes Tcnicas GEJUR/DIRGED/EJEF. Sugestes podem ser encaminhadas para [email protected]

  • Boletim N 2 - 20/10/2010 Diretoria Executiva de Gesto da Informao Documental - DIRGED Este boletim elaborado a partir de notas tomadas nas sesses da Corte

    Superior do TJMG. As decises tornam-se oficiais somente aps a

    publicao no Dirio do Judicirio. Portanto, este boletim tem carter

    informativo. Apresenta tambm julgados e smulas editadas pelos

    Tribunais Superiores, com matrias relacionadas competncia da Justia

    Estadual.

    Corte Superior do TJMG Cdula de Crdito Bancrio: constitucionalidade da lei que a instituiu

    Por maioria, a Corte Superior do Tribunal de Justia desacolheu incidente de

    inconstitucionalidade da Lei n 10.931/2004, que instituiu a cdula de crdito

    bancrio. Na espcie, alegava-se a necessidade de lei complementar para a

    regulamentao da matria, em virtude do disposto no art. 192 da Constituio

    Federal, o que foi afastado pela Corte sob o fundamento de que o citado artigo,

    que trata do Sistema Financeiro Nacional, no alcana a disciplina das relaes

    contratuais entre as instituies financeiras e os particulares tomadores de crdito,

    sendo, portanto, constitucional a lei questionada. (Incidente de

    Inconstitucionalidade n 1.0024.06.004928-5/003, rel. do acrdo Des.

    Selma Marques, DJe 30/07/2010) Concurso Pblico: candidato aprovado fora das vagas do edital no tem

    direito nomeao

    A Corte Superior do TJMG, unanimidade, decidiu que candidato aprovado fora

    das vagas previstas no edital do concurso no tem direito nomeao. Segundo a

    Corte, a designao para o exerccio temporrio de funo pblica, em carter de

    substituio, por fora de impedimento ou ausncia do titular do cargo,

    autorizada pelo art. 10 da Lei Estadual n 10.254/90 e no converte a expectativa

    do candidato aprovado em direito nomeao. Para o relator do acrdo, este

    direito s ocorre quando o candidato classificado dentro do nmero de vagas

    previsto no instrumento convocatrio, a ordem de classificao dos habilitados

    desrespeitada ou as vagas existentes so preenchidas mediante reiteradas

    designaes precrias para o exerccio das funes dos cargos pblicos.

    (Mandado de Segurana n 1.0000.10.000876-2/000, rel. Des. Almeida

    Melo, julgado em 08/09/2010)

    Concurso Pblico: candidato aprovado dentro das vagas do edital tem

    direito nomeao

    A Corte Superior, por maioria, entendeu, em consonncia com a jurisprudncia do

  • STF e STJ, que o candidato aprovado dentro do nmero de vagas previsto no edital do certame no tem mera expectativa de direito, mas verdadeiro direito

    subjetivo nomeao para o cargo a que concorreu e foi classificado. No voto, o Relator anotou a evoluo de seu posicionamento, pois, anteriormente,

    considerava que o ato de nomeao de candidato aprovado dentro das vagas em

    concurso estava no mbito da discricionariedade do administrador, tendo o

    candidato mera expectativa de direito. (Mandado de Segurana n

    1.0000.10.000156-9/000, rel. Des. Geraldo Augusto, DJ 13/08/2010)

    Preservao ambiental de bacias hidrogrficas sujeitas a explorao

    A Corte Superior, unanimidade, desacolheu incidente de inconstitucionalidade em

    Ao Civil Pblica, declarando a constitucionalidade dos arts. 2 e 5 da Lei

    Estadual n 12.503/1997, a qual instituiu programa estadual de conservao de

    gua e imps s concessionrias de abastecimento a obrigao de investimento na

    proteo e preservao ambiental da bacia hidrogrfica em que ocorrer a

    explorao, no equivalente a 0,5% do valor de sua receita operacional. No aspecto

    formal, entendeu no haver vcios, tendo em vista a competncia concorrente dos

    Estados-membros para legislarem sobre proteo ao meio ambiente e devido ao

    fato de a matria no ser de iniciativa exclusiva do Chefe do Executivo, podendo a

    Assemblia Legislativa dispor sobre ela. Sob o vis material, tambm considerou

    inclumes os dispositivos atacados, pois encontram respaldo no princpio do

    poluidor-pagador, que rege o direito ambiental. (Incidente de Argio de

    Inconstitucionalidade n 1.0016.07.068703-9/002, rel. Des. Caetano Levi

    Lopes, DJe 08/10/2010)

    Supremo Tribunal Federal

    Conflito de atribuies: Ministrio Pblico Federal e Ministrio Pblico

    Estadual

    O Tribunal, ao resolver conflito de atribuies entre o Ministrio Pblico Federal e Ministrio Pblico estadual, reconheceu a atribuio do primeiro para apurar

    possvel prtica do crime de falsificao de papis pblicos (CP, art. 293),

    consistente na apresentao de guias de recolhimento (DARF) supostamente

    irregulares Secretaria da Receita Federal - SRF. Reputou-se que, ao versar os

    fatos sobre imputao contrria ao bom servio federal, incumbiria ao parquet

    federal atuar. (PET 4680/MG, rel. Min. Marco Aurlio, j. 29.9.2010) (Fonte: Informativo n 602)

    Impedimento de Magistrado: sentena em Ao Civil Pblica e atuao em

    Feito Criminal

    Em concluso de julgamento, a Turma, por maioria, denegou habeas corpus em que se discutia se estaria comprometida, ou no, a imparcialidade de juiz de vara

    nica que condenara o paciente em ao civil pblica e, depois, recebera denncia

    em ao penal pelos mesmos fatos (...). Reputou-se no se tratar de causa de

    impedimento a circunstncia de o magistrado com jurisdio ampla julgar,

    sucessivamente, feito criminal e de natureza cvel decorrentes dos mesmos fatos.

    Consignou-se que o Supremo, ao assentar a impossibilidade de se estender, pela

    via de interpretao, o rol do art. 252 do CPP, teria concludo no ser permitido ao

    Judicirio legislar para incluir causa no prevista pelo legislador. (...) Entendeu-se

    que o caso de varas nicas em que o magistrado exerce simultaneamente jurisdio cvel e penal no estaria abrangido pela inteno da norma que fixara como critrio de impedimento o exerccio de funo em outra instncia. Ressaltou-

    se que a mencionada norma impediria a mitigao do duplo grau de jurisdio em

  • virtude da participao em ambos os julgamentos de magistrado que j possusse

    convico formada sobre os fatos e suas repercusses criminais. Assim, no visaria

    atingir o tratamento de um s fato em suas diversas conotaes e conseqncias

    pelo mesmo juiz. (...) (HC 97544/SP, rel. orig. Min. Eros Grau, red. p/acrdo Min. Gilmar Mendes, 21.9.2010.)

    Repercusso Geral Planos Econmicos: correo monetria

    Direito do consumidor. Contratos bancrios. Planos Econmicos. Correo monetria. Cadernetas de poupana. ndice de atualizao. Direito adquirido.

    Expurgos inflacionrios. Plano Collor I. Valores bloqueados. Repercusso Geral

    Reconhecida. Repercusso geral em AI N. 751.521-SP. (Fonte: Informativo n. 601 STF)

    Franquia: incidncia de ISS

    Recurso extraordinrio. Tributrio. ISS. Franquia. Fato gerador. Lei Complementar 116/2003. Repercusso geral reconhecida. Repercusso geral em RE n. 603136/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes. (Fonte: Informativo n. 602 STF)

    Superior Tribunal de Justia

    Smulas

    Smula 457

    Os descontos incondicionais nas operaes mercantis no se incluem na base de

    clculo do ICMS. (DJe 08/09/2010)

    Smula 460

    incabvel o mandado de segurana para convalidar a compensao tributria

    realizada pelo contribuinte. (DJe 08/09/2010)

    Cobrana de assinatura bsica de telefonia: processos suspensos nos

    juizados

    (...) O ministro Mauro Campbell Marques, do Superior Tribunal de Justia (STJ), determinou a suspenso de todos os processos judiciais no pas que questionam a

    cobrana de assinatura bsica por concessionria de servio telefnico e que ainda

    no tenham sido julgados. Eles ficam suspensos at o julgamento de uma

    reclamao sobre o tema na Primeira Seo da Corte. A deciso do ministro

    Campbell, relator do caso, se deu na concesso de uma liminar em reclamao

    ajuizada pela Companhia de Telecomunicaes do Brasil Central S/A (CTBC) contra

    deciso da Terceira Turma Recursal do Juizado Especial de Uberlndia (MG). A

    turma deu deciso contrria Smula n. 356 do STJ, que determina ser legtima a

    cobrana de tarifa bsica pelo uso dos servios de telefonia fixa. De acordo com os

    autos, ao julgar o pedido de reconsiderao da empresa, a turma recursal afirmou

    que a smula do STJ no vinculante e que a deciso deveria ser mantida. (...). A notcia refere-se Rcl 4618-MG, rel. Min. Mauro Campbell Marques. (Fonte:

    Notcias do STJ - 22/09/2010)

    Juizados Especiais Criminais: suspensos processos de falsa identidade

    O ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justia (STJ), suspendeu cautelarmente todos os processos que tratam do crime de falsa identidade (artigo

  • 307 do Cdigo Penal) em trmite nos Juizados Especiais Criminais. A deciso vale

    at o julgamento do mrito da reclamao ajuizada por Hugo Barbosa da Silva

    Filho contra deciso da Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Cveis e

    Criminais do Distrito Federal. Hugo Barbosa foi condenado pena de seis meses

    de deteno pelo crime de falsa identidade. A Turma Recursal confirmou a

    sentena, entendendo que o acusado, legitimamente detido e conduzido

    delegacia, tem o direito constitucional de permanecer calado acerca da imputao

    ftico-jurdica. O que no se mostra razovel (...) estend-lo a ponto de mentir

    sobre sua prpria identidade (nome), atributo da personalidade. No STJ, Barbosa

    alegou que o entendimento da Turma Recursal est em patente contrariedade ao

    entendimento do STJ no sentido de que no comete o delito previsto no artigo 307

    do Cdigo Penal ru que, diante da autoridade policial, se atribui falsa identidade,

    em atitude de autodefesa, porque amparado pela garantia constitucional de

    permanecer calado. (...) A notcia refere-se Rcl 4526-DF, rel. Min. Gilson Dipp. (Fonte: Notcias do STJ: 30/09/2010)

    Recursos Repetitivos

    Auxlio-acidente: concesso independe da extenso do dano

    Para conceder o auxlio-acidente basta haver a leso, a reduo da capacidade laborativa e o nexo de causalidade entre o acidente e o trabalho desenvolvido.

    descabido investigar a extenso do dano para conceder o benefcio. Esse foi o

    entendimento da Terceira Seo do Superior Tribunal de Justia (STJ).

    O caso seguiu a metodologia dos recursos representativos de controvrsia,

    prevista no artigo 543-C do Cdigo de Processo Civil. A partir desse julgamento, os

    demais processos que tramitam tanto no STJ quanto em outros tribunais sobre a

    mesma matria devem ser decididos de acordo com o entendimento do Tribunal.

    (...) A notcia refere-se ao REsp. 1109591-SC, rel. Min. Celso Limongi (Fonte: Notcias do STJ 15/09/2010)

    Imposto de Renda: incidncia sobre o abono de permanncia

    Os rendimentos recebidos a ttulo de abono de permanncia a que se referem o

    19 do art. 40 da Constituio Federal, o 5 do art. 2 e o 1 do art. 3 da

    Emenda Constitucional 41/2003, e o art. 7 da Lei 10.887/2004 sujeitam-se

    incidncia do Imposto de Renda. Com esse entendimento, a Primeira Seo do STJ

    deu provimento, por unanimidade, a Recurso Especial representativo de

    controvrsia, sob o fundamento de que o abono de permanncia apresenta

    natureza remuneratria porquanto confere acrscimo patrimonial ao beneficirio e

    configura fato gerador do imposto de renda, no existindo lei que autorize

    consider-lo como rendimento isento. (REsp n 1192556-PE, rel. Min. Mauro

    Campbell Marques, DJe 06/09/2010)

    Tarifa de energia eltrica: Repasse de PIS e Cofins

    A Seo, ao julgar recurso submetido ao regime do art. 543-C e Res. n. 8/2008-STJ suscitado pelo tribunal a quo, negou provimento ao recurso, entendendo que

    legtimo repassar s faturas de energia eltrica a serem pagas pelo consumidor o

    valor correspondente ao pagamento da contribuio ao Programa de Integrao

    Social (PIS) e da Contribuio para Financiamento da Seguridade Social (Cofins)

    devidas pela concessionria. (...) REsp. 1.185.070-RS, Rel. Min. Teori Albino

    Zavascki, julgado em 22/9/2010. (Fonte: Informativo n. 448 STJ)

    Este boletim uma publicao da Gerncia de Jurisprudncia e

    Publicaes Tcnicas GEJUR/DIRGED/EJEF. Sugestes podem ser encaminhadas para [email protected]

  • Boletim n. 3 - 03/11/2010 Diretoria Executiva de Gesto da Informao Documental - DIRGED

    Este boletim elaborado a partir de notas tomadas nas sesses da Corte

    Superior do TJMG. As decises tornam-se oficiais somente aps a

    publicao no Dirio do Judicirio. Portanto, este boletim tem carter

    informativo. Apresenta tambm julgados e smulas editadas pelos

    Tribunais Superiores, com matrias relacionadas competncia da Justia

    Estadual.

    Corte Superior do TJMG

    Contagem do prazo de atividade jurdica: vinculao ao edital do concurso

    A Corte Superior do Tribunal de Justia julgou mandado de segurana em que a

    impetrante pleiteava a participao na fase oral de concurso, embora no tivesse

    cumprido o prazo de 3 (trs) anos de atividade jurdica contados a partir da

    colao de grau em Direito. Essa era uma exigncia do edital do concurso, o que

    levou ao indeferimento de sua inscrio definitiva. unanimidade, a Corte

    denegou a segurana, entendendo que os atos decorrentes de aplicao das normas do concurso pblico so vinculados, o que afasta a aplicao dos princpios

    da razoabilidade e da proporcionalidade, sob pena de lesar o princpio

    constitucional da impessoalidade, criando privilgios para determinados candidatos

    em detrimento dos demais. (MS n 1.0000.10.023565-4/000, rel. Des. Francisco Kupidlowski, j. em 08/09/2010, DJe de 15/10/10)

    Contratao temporria de excepcional interesse pblico

    A Corte Superior, ao julgar procedente ao de inconstitucionalidade de

    dispositivos da lei que regula as contrataes temporrias do Municpio de

    Cabeceira Grande, entendeu que a previso constitucional de contratao

    temporria em hipteses de excepcional interesse pblico no se aplica a cargos

    de carreira, cujo carter permanente. Neste caso, somente poderia ocorrer a

    contratao se no fosse possvel a substituio do servidor efetivo por outro do

    quadro da instituio sem prejuzo do servio pblico. Afirmou tambm serem

    inconstitucionais dispositivos legais que preveem hipteses abrangentes e genricas de contratao temporria, no especificando a contingncia ftica que

    evidenciaria a situao de emergncia a autorizar a referida contratao, o que ofende os princpios da acessibilidade e do concurso pblico estampados no art.

    21, 1 e 4, da Constituio do Estado de Minas Gerais (CE). Em relao a

    dispositivo que previa indenizao ao contratado em caso de encerramento do

    contrato antes do prazo estipulado, a Corte o reputou inconstitucional por dar

    margem a enriquecimento sem causa, o que viola o princpio da legalidade (art. 13

    da CE). (ADI n 1.0000.09.506479-6/000, rel. Des. Jos Antonino Baa

    Borges, DJ de 1/10/2010)

  • Contribuio previdenciria: impossibilidade de incidncia sobre abono

    A Corte Superior declarou inconstitucional expresso constante do 7 do art. 2

    da Lei n 9.232/2006, do Municpio de Belo Horizonte, que determinara a

    incidncia da contribuio previdenciria sobre o abono de incentivo por

    participao em reunio pedaggica, pago a professores da rede municipal de

    ensino. Entendeu-se que a contribuio previdenciria incide apenas sobre as

    parcelas incorporveis ao salrio e que integraro os proventos de aposentadoria,

    conforme j decidido pelo Supremo Tribunal Federal, o que no o caso do

    referido abono, que, embora seja parcela remuneratria, no tem carter habitual.

    (ADI n 1.0000.09.490582-5/000, rel. Des. Carreira Machado, j. em

    22/09/2010, DJe de 15/10/2010) Eleio de diretor e vice de escola pblica: usurpao de prerrogativa do

    Executivo

    A Corte Superior do Tribunal de Justia, unanimidade, entendeu pela

    inconstitucionalidade da Lei n 750/2007, do Municpio de Resplendor, que disps

    sobre a eleio para os cargos de diretor e vice-diretor de escola pblica.

    Asseverou-se que o art.196, VIII, da Constituio Estadual, que prev a seleo

    competitiva interna para o exerccio desses cargos, foi declarado inconstitucional

    pelo Supremo Tribunal Federal na ADI 640/MG. O Supremo entendeu, luz do art.

    37, II, in fine, da Constituio Federal, caber ao Poder Executivo fazer as

    nomeaes para os cargos em comisso de diretor de escola pblica, o que deve

    ser observado por Estados e Municpios, em obedincia ao princpio da simetria.

    Concluiu-se, assim, que houve usurpao de prerrogativa do Poder Executivo

    municipal. (ADI n 1.0000.08.488121-8/000, rel. Des. Duarte de Paula, j.

    em 22/10/10, DJe de 15/10/10)

    Vcio de iniciativa e criao de despesas sem fonte de custeio

    Cuida-se de ao direta de inconstitucionalidade na qual se questionou a

    constitucionalidade dos arts. 1 e 2 da Lei n 1.873/2009, do Municpio de

    Caxambu, os quais asseguravam a idosos o acesso e o uso gratuito dos servios

    de lazer oferecidos pelo balnerio do Parque das guas. A Corte Superior do

    Tribunal de Justia, unanimidade, declarou inconstitucionais os dispositivos por

    vcio formal de iniciativa. O fundamento de que a Constituio do Estado de

    Minas Gerais, em seu art. 66, III, g, h e i, c/c art. 68, I, considera como de

    iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo projetos que envolvam aumento

    de despesa. Sendo assim, no poderia a Cmara Municipal ter tido a iniciativa da

    lei em questo, pois a concesso de tal benesse traz inevitveis repercusses no

    oramento, criando despesas sem a correspondente fonte de custeio. Asseverou-

    se, por fim, a ofensa aos princpios da independncia e harmonia entre os Poderes,

    contidos na Constituio Federal e repetidos na Carta Estadual. (ADI n

    1.0000.09.500807-4/000, rel. Des. Edivaldo George dos Santos, DJe de

    08/10/10)

    Supremo Tribunal Federal

    Repercusso Geral

    Busca e apreenso em residncia: ausncia de mandado judicial

    Matria Criminal. Busca e apreenso em residncia sem mandado judicial. Inviolabilidade do domiclio. Prova ilcita. Repercusso geral admitida. Repercusso geral em RE n. 603.616-RO, rel. Min. Gilmar Mendes. (Fonte:

    Informativo n. 603 STF)

    Dispensa de licitao e improbidade administrativa

    Direito Constitucional e Administrativo. Ao civil pblica. Improbidade

  • administrativa. Discusso sobre a possibilidade de contratao de determinados

    servios, com dispensa de licitao. Consequncias. Presena de repercusso

    geral. Repercusso geral em AI n. 791.811-SP, rel. Min. Dias Toffoli. (Fonte: Informativo n. 603 STF)

    Incidncia de ICMS sobre importao por meio de arrendamento mercantil

    Recurso extraordinrio. Tributrio. ICMS. Importao. Arredamento Mercantil. Fato gerador. Repercusso geral reconhecida. Repercusso geral em RE n. 540.829-SP, rel. Min. Gilmar Mendes. (Fonte: Informativo n. 604 STF)

    Atividade policial: aposentadoria e recepo da LC 51/85

    O Plenrio negou provimento a recurso extraordinrio interposto, pelo Instituto de Previdncia do Estado do Acre ACREPREVIDNCIA, contra acrdo de tribunal de justia local que concedera a servidor pblico policial o direito a aposentadoria

    especial conforme a Lei Complementar 51/85, que dispe, nos termos do art. 103

    da Constituio anterior, sobre a aposentadoria do funcionrio policial. (...)

    Registrou-se que, depois do reconhecimento da repercusso geral da questo

    constitucional suscitada neste recurso, houvera o julgamento da ADI 3817/DF (DJe

    de 3.4.2009), no qual conclura-se que a Constituio atual recepcionara a LC

    51/85, especificamente o seu art. 1, I (...). Resolveu-se, inicialmente, reafirmar a

    recepo da LC 51/85. (...) Por fim, o Min. Gilmar Mendes frisou que o exerccio

    deve ocorrer em cargo de natureza estritamente policial para se atenderem aos

    requisitos do dispositivo legal. RE 567110-AC, rel. Min. Crmen Lcia, j. em 13/10/2010. (Fonte: Informativo n. 604 STF)

    Superior Tribunal de Justia

    Smulas

    Smula 465

    Ressalvada a hiptese de efetivo agravamento do risco, a seguradora no se

    exime do dever de indenizar em razo da transferncia do veculo sem a sua

    prvia comunicao. (DJe de 25/10/2010)

    Smula 467

    Prescreve em cinco anos, contados do trmino do processo administrativo, a

    pretenso da Administrao Pblica de promover a execuo da multa por infrao

    ambiental. (DJe de 25/10/2010)

    Recursos Repetitivos

    Confisso de dvida: limites da reviso judicial

    Trata-se de recurso especial contra acrdo que entendeu ser possvel a excluso de estagirios da base de clculo para o pagamento de ISS, anulando os autos de

    infrao lavrados com base na discrepncia entre os pagamentos efetuados e os

    dados constantes da Relao Anual de Informaes Sociais (RAIS), na qual

    constavam tais estagirios erroneamente designados como advogados, embora,

    posteriormente, tenha havido a confisso e o parcelamento do dbito. A Seo, ao

    julgar o recurso sob o regime do art. 543-C do CPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, por

    maioria, negou-lhe provimento por entender que a confisso de dvida no inibe o

    questionamento judicial da obrigao tributria, no que se refere aos seus

    aspectos jurdicos. Quanto aos aspectos fticos sobre os quais incide a norma

    tributria, a regra que no se pode rever judicialmente a confisso de dvida

    efetivada com a finalidade de obter parcelamento de dbito tributrio. Porm,

    como no caso, a matria de fato constante da confisso de dvida pode ser

    invalidada quando ocorrer defeito causador de nulidade de ato jurdico. A confisso

  • de dvida, para fins de parcelamento, no tem efeitos absolutos, no podendo

    reavivar crdito tributrio j extinto ou fazer nascer crdito tributrio de maneira

    discrepante de seu fato gerador. (...) REsp 1.133.027-SP, Rel. originrio Min.

    Luiz Fux, Rel. para acrdo Min. Mauro Campbell Marques, julgado em

    13/10/2010. (Fonte: Informativo n. 451 STJ)

    Penhora em execuo fiscal: concurso de preferncia entre crditos

    A Seo, ao julgar o recurso sob o regime do art. 543-C do CPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, reafirmou o entendimento de que, verificada a pluralidade de penhora

    sobre o mesmo bem em executivos fiscais ajuizados por diferentes entidades

    garantidas com o privilgio do concurso de preferncia, consagra-se a prelao do

    pagamento dos crditos tributrios da Unio e suas autarquias em detrimento dos

    crditos fiscais dos estados e destes em relao aos municpios, conforme a dico

    do art. 187, pargrafo nico, do CTN c/c o art. 29 da Lei n. 6.830/1980.(...) REsp

    957.836-SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 13/10/2010. (Fonte: Informativo n. 451 STJ)

    Este boletim uma publicao da Gerncia de Jurisprudncia e

    Publicaes Tcnicas GEJUR/DIRGED/EJEF. Sugestes podem ser encaminhadas para [email protected]

  • Boletim n 4 - 17/11/2010 Diretoria Executiva de Gesto da Informao Documental - DIRGED Este boletim elaborado a partir de notas tomadas nas sesses da Corte

    Superior do TJMG. As decises tornam-se oficiais somente aps a

    publicao no Dirio do Judicirio eletrnico. Portanto, este boletim tem

    carter informativo. Apresenta tambm julgados e smulas editados pelos

    Tribunais Superiores, com matrias relacionadas competncia da Justia

    Estadual.

    Corte Superior do TJMG Atribuies da Advocacia-Geral do Estado

    A Corte Superior do Tribunal de Justia julgou ao direta de inconstitucionalidade

    em que se discutia o art. 2-A da Lei Complementar Estadual (LCE) n 83/2005,

    acrescido pela LCE n 86/2006. Tal artigo autoriza a Advocacia-Geral do Estado

    (AGE) e os rgos jurdicos das autarquias e fundaes pblicas que a ela se

    reportam a defender, judicial e extrajudicialmente, ativa e passivamente,

    servidores pblicos, agentes polticos e pblicos que forem demandados civil ou

    penalmente em decorrncia do exerccio regular de suas atividades institucionais.

    Entendeu-se pela constitucionalidade do dispositivo sob o fundamento de que no

    se pode excluir tais pessoas fsicas da interpretao dada ao art. 128 da

    Constituio Mineira, o qual definiu a AGE como representante judicial e

    extrajudicial do Estado, porque estas tm a funo de manifestar a vontade

    estatal, e, quando atuam, o prprio Estado que atua, conforme ensina a teoria

    do rgo. Afirmou-se tambm que no se pode presumir que tenham agido com

    dolo ou m-f para prejudicar terceiros. Nessa hiptese, devem arcar com os

    prejuzos causados Administrao Pblica. Por fim, frisou-se que o artigo atacado

    somente [...] guarda inteira compatibilidade com os princpios da legalidade, impessoalidade e moralidade, inerentes Administrao Pblica [...], quando o servidor pblico, agente poltico ou pblico esteja efetivamente no exerccio de

    suas atribuies institucionais. (ADI n 1.0000.09.499403-5/000, Rel. Des.

    Alvim Soares, DJe de 03/09/2010)

    Justia gratuita e comprovao do estado de hipossuficincia financeira

    Por maioria, a Corte Superior, em incidente de uniformizao de jurisprudncia,

    entendeu que, nos casos em que o magistrado tenha fundada dvida a respeito da

    veracidade da declarao de hipossuficincia financeira apresentada pelo

    requerente do benefcio da justia gratuita, h a possibilidade de condicionar a

    concesso da benesse comprovao do estado declarado pelo requerente. Nesse

    caso, no haveria afronta ao art. 4 da Lei n 1.060/50, tendo em vista a

    discricionariedade do juiz na livre apreciao das provas, conforme insculpido nos

    arts. 130 e 131 do Cdigo de Processo Civil. Ressaltou-se, por fim, que a

  • declarao de pobreza tem apenas presuno juris tantum, o que permite ao

    magistrado determinar a comprovao do que foi declarado, mormente quando a

    parte contrria apresenta impugnao ao pedido de assistncia judiciria.

    (Incidente de Uniformizao n 1.0024.08.093413-6/002, Rel. Des. Roney

    Oliveira, julgado em 25/08/2010)

    Princpio da simetria e autorizao para realizao de operaes externas

    Cuida-se de ao direta de inconstitucionalidade proposta pelo prefeito do

    municpio de Itamarandiba em face do art. 35, IX, da Lei Orgnica, que exige

    autorizao da Cmara Municipal para a realizao de emprstimo, operao ou acordo externo de qualquer natureza, de interesse do municpio. A Corte Superior entendeu que o dispositivo atacado no apresenta vcio de inconstitucionalidade

    visto que observa o princpio da simetria. Tal princpio norteia os entes federados

    na elaborao de suas constituies ou leis orgnicas e estabelece que as

    diretrizes trazidas pela Constituio Federal devem ser reproduzidas

    simetricamente naquelas, em razo de sua supremacia e superioridade

    hierrquica. Com efeito, o art. 52, V, da CF dispe que compete ao Senado

    atribuio semelhante no nvel federal. Ressaltou-se que a matria em anlise no

    se confunde com a exigncia, esta sim inconstitucional, de autorizao legislativa

    para a realizao de contratos, consrcios e convnios pelo Municpio, a qual j foi

    objeto de smula deste Tribunal. Concluiu-se, unanimidade, pela improcedncia

    da representao. (ADI n 1.0000.09.499509-9/000, Rel. Des. Antnio

    Carlos Cruvinel, DJe de 1/10/2010)

    Programa Paz na Escola e vcio de iniciativa

    A Lei Municipal n 275/2008, de So Jos da Barra, teve sua constitucionalidade

    formal questionada pelo prefeito da localidade, que alegou ter tido sua

    competncia exclusiva usurpada. A referida lei, de iniciativa do Legislativo,

    instituiu o Programa Paz na Escola, de ao interdisciplinar e participao comunitria na preveno e controle da violncia, vandalismo e uso de drogas e de

    lcool. A Corte Superior, no julgamento, entendeu que a norma impugnada [...] no se revela incompatvel com o sistema jurdico-constitucional institudo, eis que

    est dentre as atribuies do Poder Legislativo a criao de leis que traduzam o

    interesse social e a consecuo das tarefas constitucionais consagradas. Tambm no se vislumbrou na presente controvrsia qualquer aumento de despesa para o

    Poder Executivo Municipal, o que geraria uma suposta usurpao de competncia.

    Concluiu-se, assim, por maioria, pela constitucionalidade da lei. (ADI n

    1.0000.08.487342-1/000, Rel. Des. Edivaldo George dos Santos, DJe de

    17/09/2010)

    Supremo Tribunal Federal

    Repercusso Geral

    Subteto salarial e EC 19/98

    Direito Administrativo. Teto remuneratrio. Emenda Constitucional 19/98. Fixao de subtetos locais inferiores ao teto da Constituio Federal. Existncia de

    repercusso geral. Repercusso geral em RE n 476.894-SP, Rel. Min. Gilmar Mendes. (Fonte: Informativo n 605 STF)

    Servidor pblico: reajuste de remunerao e proventos

    Recurso extraordinrio. Administrativo. Servidor Pblico. Reajuste de remunerao e proventos. Princpio da Isonomia. Poder Judicirio e/ou

    Administrao Pblica. Smula 339/STF. Repercusso geral reconhecida. Repercusso geral em RE n 592.317 (eletrnico)-RJ, Rel. Min. Gilmar

    Mendes. (Fonte: Informativo n 605 STF)

  • Superior Tribunal de Justia

    Recursos Repetitivos

    Abandono da causa: extino, de ofcio, da execuo fiscal no embargada

    A execuo fiscal no embargada pode ser extinta de ofcio ante a inrcia da

    Fazenda exequente em dar andamento ao feito, tendo havido prvia intimao.

    Com esse entendimento, a Primeira Seo do STJ, ao julgar o recurso submetido

    ao rito do art. 543-C do CPC e da Resoluo STJ 08/2008, afastou a aplicao da

    Smula 240 daquela Corte, segundo a qual A extino do processo, por abandono da causa pelo autor, depende de requerimento do ru. Ressaltou o Ministro Relator que o no aperfeioamento da relao processual impede presumir-se eventual interesse do ru na continuidade do processo. (REsp 1120097-SP, Rel. Min. Luiz Fux, j. em 13/10/2010, DJe de 26/10/2010)

    Ao anulatria de lanamento fiscal e repetio de indbito: prescrio

    Restituio de IPTU: ilegitimidade do adquirente do imvel

    O prazo prescricional a ser observado em relao ao anulatria de lanamento

    tributrio de cinco anos nos termos do art. 1 do Decreto 20.910/1932, contado

    da notificao do contribuinte. A Primeira Seo do STJ definiu, ainda, como

    termo inicial da prescrio quinquenal em ao de repetio de indbito de tributos

    sujeitos ao lanamento de ofcio a data da extino do crdito tributrio,

    concluindo pela aplicao do art. 168, I, do CTN. No julgamento do recurso, que

    tramitou como repetitivo, adotou tambm o entendimento de que o adquirente do

    imvel no tem legitimidade para pleitear a restituio de IPTU se no suportou o

    nus financeiro, salvo na hiptese de existncia de autorizao expressa do

    vendedor, cedendo ao novo proprietrio o direito ao crdito. (REsp 947206/RJ,

    Rel. Min. Luiz Fux, j. em 13/10/2010, DJe de 26/10/2010)

    Este boletim uma publicao da Gerncia de Jurisprudncia e

    Publicaes Tcnicas GEJUR/DIRGED/EJEF. Sugestes podem ser encaminhadas para [email protected].

  • Boletim n 5 - 01/12/2010 Diretoria Executiva de Gesto da Informao Documental - DIRGED Este boletim elaborado a partir de notas tomadas nas sesses da Corte

    Superior do TJMG. As decises tornam-se oficiais somente aps a

    publicao no Dirio do Judicirio eletrnico. Portanto, este boletim tem

    carter informativo. Apresenta tambm julgados e smulas editados pelos

    Tribunais Superiores, com matrias relacionadas competncia da Justia

    Estadual.

    Corte Superior do TJMG Iniciativa de lei em matria tributria

    Por maioria, a Corte Superior do Tribunal de Justia julgou improcedente a

    representao proposta pelo Prefeito de Alm Paraba contra a Cmara Municipal,

    referente Lei n 2.769/2009, que estabelece requisitos para iseno do IPTU no

    Municpio. Estabeleceu-se a distino entre matria oramentria e tributria,

    esclarecendo-se que s h previso de iniciativa privativa do Chefe do Poder

    Executivo quanto primeira. Na hiptese, por se tratar de matria tributria, no

    se verificou inconstitucionalidade na iniciativa da Cmara. (ADI n

    1.0000.09.512768-4/000, Rel. Des. Alvim Soares, DJe de 12/11/2010.)

    Ordem de pagamento de precatrio e Emenda Constitucional n 62/2009

    Trata-se de mandado de segurana, em que, por unanimidade, a Corte Superior

    denegou a ordem, mantendo o indeferimento do pedido de sequestro de numerrio

    para liquidao de precatrio de natureza alimentar. Alegou o autor que houve

    afronta ordem legal, com a ocorrncia de pagamento de precatrio comum em

    detrimento de seu crdito preferencial. No acrdo, destacou-se a edio da

    Emenda Constitucional n 62, de 09/12/2009, que estabeleceu alteraes relativas

    ao pagamento de precatrios, prevendo uma ordem cronolgica de pagamento de

    precatrio de natureza alimentar, bem como uma ordem cronolgica de

    apresentao e pagamento dos dbitos comuns. Concluiu-se que a autoridade

    coatora est observando as disposies constitucionais concernentes matria,

    no subsistindo razes para concesso da segurana. (Mandado de Segurana

    n 1.0000.10.022775-0/000, Rel. Des. Francisco Kupidlowski, DJe de

    12/11/2010.)

    Interposio de agravo regimental contra deciso da Terceira Vice-

    Presidente

    A Corte Superior, por unanimidade de votos, decidiu no conhecer do agravo

    regimental interposto contra deciso da Terceira Vice-Presidente que indeferiu

    efeito suspensivo a recurso cujo juzo de admissibilidade ainda estaria pendente.

    Ressaltou-se que no existe previso no Cdigo de Processo Civil para interposio

  • de agravo na hiptese de negativa do efeito suspensivo a recurso especial ou

    extraordinrio. Observa-se que as disposies constantes no Regimento Interno do

    TJMG possuem aplicao supletiva aos recursos j previstos na legislao, tendo

    em vista que a competncia para legislar sobre processo civil privativa da Unio.

    Inaplicveis, portanto, ao caso em anlise, os artigos do Regimento que se

    referem a agravo. (Agravo Regimental n 1.0024.08.071564-2/005, Rel.

    Des. Edivaldo George dos Santos, DJe de 05/11/2010.)

    Converso de agravo de instrumento em retido: mandado de segurana

    Adiamento de audincia: prazo para arrolar testemunhas

    Cuida-se de mandado de segurana contra deciso que, nos autos de ao de

    indenizao, converteu agravo de instrumento em agravo retido. No h previso

    de recurso contra ato do relator que determina tal converso. Contudo, possvel

    a impetrao de mandado de segurana. No caso dos autos, houve adiamento de

    audincia. Designada nova data, sem que tivesse sido iniciada a instruo na

    anterior, a impetrante arrolou testemunhas, tendo o Juiz a quo indeferido o

    pedido, por ser a apresentao do rol intempestiva. Interposto agravo de

    instrumento, foi convertido em retido, verificada a inexistncia de perigo de leso

    grave e de difcil reparao. Entendeu-se, na espcie, que o prazo previsto no art.

    407 do CPC preclusivo e peremptrio, no sendo possvel prorrogao em razo

    de suspenso ou adiamento de audincia. Nesse sentido, segundo a Corte

    Superior, no houve violao a direito lquido e certo, decidindo-se, por maioria de

    votos, pela denegao da segurana. (Mandado de Segurana n

    1.0000.08.472657-9/000, Rel. Des. Duarte de Paula, julgado em

    22/09/2010.)

    Supremo Tribunal Federal

    Repercusso Geral

    Contribuio social destinada ao custeio da previdncia social: concesso

    de imunidade a servidor portador de doena incapacitante

    Constitucional. Tributrio. Contribuio social destinada ao custeio da previdncia social. Imunidade concedida na hiptese de acometimento do servidor pblico por

    doena incapacitante. Acrdo-recorrido que entende ser a norma de imunidade

    plenamente aplicvel. Ausncia de legislao complementar. Tomada de

    emprstimo de legislao local definidora das doenas que permitem a concesso

    de aposentadoria especial. Repercusso geral das questes constitucionais.

    Existncia.

    Tem repercusso geral a discusso acerca da:

    1. Eficcia da norma de imunizao tributria prevista no art. 40, 21 da

    Constituio (EC 47/2005), se plena (independente de intermediao por lei

    federal ou lei local), limitada (dependente de intermediao por lei federal ou lei

    local) ou contextual (em razo do transcurso do tempo, caracterizado pela omisso

    legislativa); e da

    2. Possibilidade de o Judicirio utilizar as hipteses estabelecidas em lei local

    especfica para os casos de aposentao especial (Lei 10.098/1994) para o

    reconhecimento da imunidade tributria (separao dos Poderes). Repercusso geral em RE n 630.137-RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa (Fonte:

    Informativo n 607 STF)

    Superior Tribunal de Justia

    Execuo fiscal: levantamento de depsito judicial ou sua converso em

    renda

  • (...) A Seo reiterou o entendimento de que, por fora da regra contida no art. 32, 2, da LEF, o levantamento de depsito judicial ou a sua converso em renda

    da Fazenda Pblica sujeita-se ao trnsito em julgado da deciso que reconheceu

    ou afastou a legitimidade da exao. Ressaltou-se tratar o supracitado dispositivo

    legal de norma especial que deve prevalecer sobre o disposto no art. 587 do CPC,

    redao anterior vigncia da Lei n. 11.382/2006. Observou-se que, em

    decorrncia desse carter especial da norma, no h falar, no caso, na aplicao

    da Sm. n. 317-STJ. Diante disso, deu-se provimento ao recurso para que,

    somente aps o trnsito em julgado da deciso proferida nos embargos execuo

    fiscal, ocorra o levantamento dos valores depositados em juzo ou a sua converso

    em renda da Fazenda Pblica. Precedentes citados: EREsp 215.589-RJ, DJ

    5/11/2007; AgRg no REsp 817.815-SP, DJe 5/8/2010; REsp 862.711-RJ, DJ

    14/12/2006, e REsp 891.616-RJ, DJe 17/8/2010. EREsp 734.831-MG, Primeira Seo, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. em 10/11/2010, DJe

    18/11/2010. (Fonte: Informativo n 455 STJ)

    Auxlio cesta-alimentao em complementao de aposentadoria:

    Competncia

    A Seo acolheu os embargos de divergncia, reafirmando a competncia da Justia comum para o julgamento das demandas que buscam o cumprimento do

    pagamento do auxlio cesta-alimentao em complementao de aposentadoria

    privada. Esse entendimento baseia-se em jurisprudncia deste Superior Tribunal

    segundo a qual a Justia estadual competente para julgar aes em que o pedido

    e a causa de pedir decorram de pacto firmado com instituio de previdncia

    privada devido natureza civil da contratao, que somente envolve, de maneira

    indireta, aspectos trabalhistas. (...) Precedentes citados: EDcl nos EREsp 576.387-

    SC, DJ 5/12/2005; AgRg no Ag 700.425-PE, DJ 5/12/2005; EREsp 463.654-PR, DJ

    26/9/2005; AgRg no Ag 1.100.033-RS, DJe 14/4/2009, e AgRg no Ag 995.742-RS,

    DJe 3/11/2008. EAg 1.245.379-RS, Segunda Seo, Rel. Min. Luis Felipe Salomo, j. em 10/11/2010, DJe 19/11/2010. (Fonte: Informativo n 455

    STJ)

    Este boletim uma publicao da Gerncia de Jurisprudncia e

    Publicaes Tcnicas GEJUR/DIRGED/EJEF. Sugestes podem ser encaminhadas para [email protected].

  • Boletim n 6 - 12/01/2011 Diretoria Executiva de Gesto da Informao Documental - DIRGED Este boletim elaborado a partir de notas tomadas nas sesses da Corte

    Superior do TJMG. As decises tornam-se oficiais somente aps a

    publicao no Dirio do Judicirio eletrnico. Portanto, este boletim tem

    carter informativo. Apresenta tambm julgados e smulas editados

    pelos Tribunais Superiores, com matrias relacionadas competncia da

    Justia Estadual.

    Corte Superior do TJMG

    Averbao de tempo de servio: contagem recproca

    Trata-se de mandado de segurana em que oficial de justia avaliador requer a

    averbao de tempo de servio em que atuou como estagirio e advogado. A

    Corte Superior, por unanimidade, denegou a segurana. Esclareceu-se que o

    cmputo do tempo de advocacia, previsto na Lei n 7.655/1979, tem

    aplicabilidade restrita, no havendo afronta ao princpio da isonomia. Informou-se

    ainda que, conforme previso constitucional, para efetivao da contagem

    recproca, ou seja, aquela que soma o tempo de servio pblico ao de atividade

    privada, faz-se necessria a comprovao do tempo de contribuio. Ponderou-se,

    por fim, que o tempo de servio prestado como estagirio no servio pblico tem

    contagem assegurada, desde que comprovada a remunerao. (Mandado de

    Segurana n 1.0000.10.004407-2/000, Rel. Des. Manuel Saramago, DJe

    de 26/11/2010.)

    Idade mnima para exerccio de atividade laborativa

    Cuida-se de incidente de inconstitucionalidade no qual se apreciou a redao

    conferida pela Emenda Constitucional n 20/1998 ao art. 7, XXXIII, da

    Constituio Federal. Considerou-se que a inovao ainda no foi apreciada pela

    Corte e, em que pese existir ao em curso no STF com o mesmo objeto, ainda

    no houve deciso. Assim, ficou caracterizada a relevncia da arguio. A nova

    redao do supracitado inciso majorou a idade mnima para o exerccio de

    atividades laborativas, proibindo qualquer tipo de trabalho a menores de

    dezesseis anos, salvo na condio de aprendiz, a partir dos quatorze. A Corte

    Superior entendeu que a alterao, ao contrrio de ofender qualquer direito

    social, refora o direito fundamental de proteo ao menor, observando, ao

    mesmo tempo, o Princpio da Unidade da Constituio. Em concluso, por

    unanimidade, julgou-se improcedente o incidente. (Incidente de

    Inconstitucionalidade n 1.0287.09.055325-9/002, Rel. Des. Manuel

    Saramago, DJe de 30/11/2010.)

    Instituio de taxa de turismo em municpio

    A Corte Superior julgou inconstitucional tributo institudo pelo Municpio de Poos

  • de Caldas. Trata-se de taxa de turismo criada pela Lei Complementar n

    95/2008. Entendeu a Corte, por unanimidade, que o tributo carece dos requisitos

    da divisibilidade e especificidade, previstos constitucionalmente para a espcie.

    Acrescentou-se que os servios relacionados ao turismo no municpio configuram-

    se como genricos, pois beneficiam indistintamente aqueles que o utilizam, sendo

    impossvel aferir o proveito individual de cada contribuinte. (Incidente de

    Inconstitucionalidade n 1.0518.08.158022-8/002, Rel. Des. Carreira

    Machado, DJe de 26/11/2010.)

    Licitao e qualificao econmico-financeira

    A Corte julgou mandado de segurana em que se questionava a validade de

    documentos de habilitao apresentados por empresa vencedora de licitao. No

    julgamento, os Desembargadores entenderam que o ato convocatrio define

    precisamente o modo de exibio das demonstraes financeiras, evitando-se

    qualquer avaliao discricionria e, consequentemente, a quebra do princpio da

    isonomia. In casu, os documentos apresentados para a qualificao econmico-

    financeira estavam em conformidade com o edital do prego eletrnico. Ponderou-

    se, ademais, que no h norma legal que ordene expressamente o registro de

    balano patrimonial na Junta Comercial. Outrossim, asseverou-se que, em relao

    forma da apresentao do balano e outras demonstraes contbeis, aplica-se

    o princpio da instrumentalidade das formas, pois, para a Administrao Pblica, o

    que importa o contedo, (...) o qual apontar o contratante particular capaz de oferecer a melhor proposta, cumprindo com os princpios e objetivos da licitao. Concluiu-se, unanimidade, pela denegao da segurana. (Mandado de

    Segurana n 1.0000.09.505826-9/000, Rel. Des. Carreira Machado, DJe

    26/11/10.)

    Posse em concurso pblico: ausncia do candidato

    A Corte Superior julgou mandado de segurana em que candidato aprovado em

    concurso pblico pedia a anulao do ato administrativo que tornou sem efeito

    sua nomeao. Alegou o impetrante que no houve divulgao do ato no stio

    eletrnico do rgo para o qual prestou o concurso. Esclareceu-se que a

    nomeao foi publicada no Dirio Oficial do Estado, conforme previso em edital,

    o qual no continha a obrigao de a Administrao convocar por stio eletrnico.

    Asseverou-se ser responsabilidade do candidato acompanhar as publicaes

    relativas ao certame. Transcorrido o prazo legal, sem que o impetrante tenha se

    apresentado para posse, no h ilegalidade na nomeao de outro classificado.

    Concluiu-se, por unanimidade, em denegar a segurana. (Mandado de

    Segurana n 1.0000.09.511358-5/000, Rel. Des. Belizrio de Lacerda,

    DJe de 26/11/2010.)

    Supremo Tribunal Federal

    Repercusso Geral

    Benefcio previdencirio: direito adquirido

    Recurso extraordinrio. Repercusso geral reconhecida. Direito Previdencirio. Direito adquirido ao melhor benefcio. Tem relevncia jurdica e social a questo

    relativa ao reconhecimento do direito adquirido ao melhor benefcio. Importa

    saber se, ainda que sob a vigncia de uma mesma lei, teria o segurado direito a

    eleger, com fundamento no direito adquirido, o benefcio mais vantajoso,

    consideradas as diversas datas em que o direito poderia ter sido exercido, desde

    quando preenchidos os requisitos mnimos para a aposentao. Repercusso geral

    reconhecida, de modo que restem sobrestados os recursos sobre a matria para

    que, aps a deciso de mrito por esta Corte, sejam submetidos ao regime do art.

    543-B, 3, do CPC. Repercusso geral em RE n 630.501-RS, Rel. Min.

  • Ellen Gracie. (Fonte: Informativo n 610 STF.)

    Inscrio de municpio no cadastro de inadimplentes do SIAFI

    Legitimidade da inscrio de municpio no cadastro de inadimplentes do Sistema Integrado de Administrao Financeira do governo federal SIAFI. Necessidade do prvio julgamento de tomada de contas especial. Existncia de repercusso

    geral. Repercusso geral Em RE n 607.420-PI, Rel. Min. Ellen Gracie. (Fonte: Informativo n 610 STF.)

    Reduo da base de clculo de ICMS: aproveitamento dos crditos

    Agravo de Instrumento. Tributrio. ICMS. Reduo da base de clculo. Aproveitamento dos crditos. Repercusso geral reconhecida. Repercusso geral em AI n 768.491-RS, Rel. Min. Gilmar Mendes. (Fonte: Informativo

    n 610 STF.)

    Repetio de contribuio previdenciria de inativos e pensionistas:

    perodo compreendido entre a EC 20/98 e a EC 41/2003

    O Plenrio resolveu questo de ordem suscitada em recurso extraordinrio no sentido de: a) reconhecer a repercusso geral da questo constitucional nele

    debatida repetio de contribuio previdenciria (e afins) cobrados de servidor civil inativo ou pensionista no perodo referente vigncia da EC 20/98 at a

    publicao da EC 41/2003; b) reafirmar a jurisprudncia da Corte segundo a qual

    devida a devoluo aos pensionistas e inativos, perante o competente Juzo da

    execuo, da contribuio previdenciria indevidamente recolhida no aludido

    perodo, sob pena de caracterizao de enriquecimento ilcito; e c) negar

    provimento ao recurso. RE 580871 QO/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 17.11.2010. (Fonte: Informativo n 609 STF.)

    Superior Tribunal de Justia

    Smulas

    Smula 469

    Aplica-se o Cdigo de Defesa do Consumidor aos contratos de plano

    de sade. (DJe 06/12/2010.)

    Smula 470

    O Ministrio Pblico no tem legitimidade para pleitear, em ao

    civil pblica, a indenizao decorrente do DPVAT em benefcio do

    segurado. (DJe 06/12/2010.)

    Recursos Repetitivos

    Autuao fiscal por descumprimento de obrigao acessria:

    competncia

    Em julgamento de recurso especial submetido ao regime do art. 543-C do CPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, a Seo entendeu que o ente federado competente

    pode autuar o contribuinte pelo descumprimento de obrigao acessria

    consistente na exigncia de nota fiscal para deslocamento de bens do ativo

    imobilizado e de bens de uso e consumo entre estabelecimentos da mesma

    instituio financeira, operao que, em tese, no caracteriza hiptese de

    incidncia do ICMS (Sm. n. 166-STJ). Ressaltou-se que a obrigao acessria

    autnoma e pode ser instituda pelo ente legiferante no interesse da arrecadao

    ou da fiscalizao tributria nos termos do 2 do art. 113 do CTN, ainda que a

    obrigao principal no exista, obedecendo-se aos princpios da razoabilidade e da

    proporcionalidade. REsp 1.116.792-PB, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em

    24/11/2010. (Fonte: Informativo n 457 STJ.)

  • Reforo de penhora determinado de ofcio: impossibilidade

    Em julgamento de recurso especial submetido ao regime do art. 543-C do CPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, a Seo entendeu que o reforo da penhora no pode

    ser determinado de ofcio pelo juzo, visto ser imprescindvel o requerimento do

    interessado, nos termos dos arts. 15, II, da Lei n. 6.830/1980 (Lei de Execues

    Fiscais) e 685 do CPC. Precedentes citados: REsp 958.383-PR, DJe 17/12/2008;

    REsp 413.274-SC, DJ 3/8/2006; REsp 394.523-SC, DJ 25/5/2006; REsp 475.693-

    RS, DJ 24/3/2003; REsp 396.292-SC, DJ 3/6/2002; REsp 53.652-SP, DJ

    13/3/1995, e REsp 53.844-SP, DJ 12/12/1994. REsp 1.127.815-SP, Rel. Min.

    Luiz Fux, julgado em 24/11/2010. (Fonte: Informativo n 457 STJ.)

    Este boletim uma publicao da Gerncia de Jurisprudncia e

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  • Boletim n 7 - 26/01/2011 Diretoria Executiva de Gesto da Informao Documental - DIRGED Este boletim elaborado a partir de notas tomadas nas sesses da Corte

    Superior do TJMG. As decises tornam-se oficiais somente aps a

    publicao no Dirio do Judicirio eletrnico. Portanto, este boletim tem

    carter informativo. Apresenta tambm julgados e smulas editados pelos

    Tribunais Superiores, com matrias relacionadas competncia da Justia

    Estadual.

    Corte Superior do TJMG

    COSIP/CIP: consumo de energia como base de clculo

    A Corte Superior do Tribunal de Justia decidiu, em Ao Direta de

    Inconstitucionalidade, que o consumo de energia eltrica pode ser base de clculo

    da Contribuio para o Custeio do Servio de Iluminao Pblica (COSIP/CIP). No

    julgamento, salientou-se que a Constituio Federal (CF) no determinou o modo

    de clculo do referido tributo, no existindo impedimento para a utilizao do

    consumo de energia como parmetro. Alm disso, ao adotar tal base de clculo, o

    legislador municipal [...] conferiu eficcia ao princpio da capacidade contributiva prevista no art. 145, 1, CF, o que deve ser sempre perseguido para viabilizar a

    isonomia tributria, atravs da justia fiscal. Por fim, destacou-se que esse entendimento est de acordo com precedentes da Corte e que o prprio Supremo

    Tribunal Federal, reconhecendo a repercusso geral do tema, tambm julgou nesse

    sentido. (ADI n 1.0000.09.508127-9/000, Rel. Des. Edivaldo George dos

    Santos, DJe de 17/12/2010)

    Nepotismo e iniciativa de lei regulamentadora

    Trata-se de Ao Direta de Inconstitucionalidade ajuizada pelo Prefeito do

    Municpio de Guarar em face da Cmara de Vereadores desta localidade, com o

    objetivo de ver declarada a inconstitucionalidade de dispositivos da Lei Municipal

    n 862/2009. Essa lei, de iniciativa da Cmara, disps sobre a proibio da prtica

    do nepotismo no mbito dos Poderes Legislativo e Executivo municipais, no

    mencionando na proibio, entretanto, os vereadores. A Corte Superior

    pronunciou-se, considerando, preliminarmente, no ter ocorrido vcio de iniciativa,

    pois, [...] o legislador apenas usufruiu do seu poder preventivo e fiscalizador, em estrita observncia aos princpios da moralidade e impessoalidade, previstos no

    art. 37, caput, da CF, e 13, caput, da CEMG [...], no havendo, portanto, reserva

    de iniciativa sobre matria referente a nepotismo, j que a proibio desta prtica

    medida de carter moralizador [...]. No mrito, entendeu-se que, apesar de no terem sido os vereadores expressamente includos na proibio, no houve

    nenhuma afronta CEMG. Na verdade, a lei no estaria em consonncia com a

    Smula Vinculante n 13 do Supremo Tribunal Federal. Ponderou-se, porm, que,

    sob esse aspecto, a anlise seria infralegal, no podendo acontecer em sede de

  • ao direta de inconstitucionalidade. Por fim, considerando que a competncia do

    Tribunal de Justia restringe-se ao controle concentrado de normas em face da

    Constituio Estadual, foi julgada improcedente a representao. (ADI n

    1.0000.09.506037-2/000, Rel. Des. Wander Marotta, DJe de 21/01/2011)

    Concurso pblico e concesso de medida liminar

    O candidato a cargo pblico [...] que ingresse em curso de formao por fora de liminar, deferida em processo ainda em curso, tem plena cincia da possibilidade

    de reverso da medida. Com esse entendimento, a Corte Superior denegou mandado de segurana que pedia a nulidade de ato administrativo que excluiu o

    impetrante do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. O ato exoneratrio foi

    expedido aps o trnsito em julgado de deciso judicial que reputou legtimos o

    teste psicolgico aplicado no impetrante e o ato administrativo que o eliminou do

    certame, realizado em 2002. Afirmou-se que a referida deciso soberana e se

    encontra sobre a proteo da coisa julgada, fulminando por inteiro a pretenso do

    insurgente. [...] Portanto, no h que se falar, na hiptese, em aplicao da teoria do fato consumado, nem tampouco em irreversibilidade da situao por ter o impetrante concludo o curso profissional em questo ou exercido suas

    funes por vrios anos junto corporao militar por fora de liminar, outrora

    revogada por este Poder Judicirio. (ADI n 1.0000.09.511573-9/000, Rel. Des. Edivaldo George dos Santos, DJe de 17/12/2010)

    Enunciado da Smula n 26: converso de agravo de instrumento em

    retido

    incabvel o mandado de segurana interposto contra deciso do Relator que converte agravo de instrumento em retido, salvo em caso de dano irreparvel. Com esse entendimento, a Corte Superior, em julgamento de mandado de

    segurana, reiterou posicionamento j sumulado em seu Enunciado n 26. No

    caso, a deciso de primeiro grau questionada no agravo de instrumento indeferiu

    os pedidos de antecipao de tutela e de depsito judicial das parcelas de

    contrato. O requerente, porm, no demonstrou o dano grave e de difcil

    reparao a justificar a medida, no tendo sequer juntado aos autos o contrato

    impugnado para respaldar os valores do depsito judicial pretendido. A Corte

    entendeu que essas razes legitimaram a converso do agravo de instrumento em

    retido e concluiu pela denegao da ordem. (MS n 1.0000.08.478816-5/000,

    Rel. Des. Almeida Melo, DJe de 17/12/2010)

    Reestruturao de carreira jurdica e concurso pblico

    Trata-se de Ao Direta de Inconstitucionalidade em que se discutiu a

    constitucionalidade de lei do Municpio de Belo Horizonte que transformou o cargo

    de Corregedor Municipal, que fora extinto, no de Procurador Municipal. A Corte

    Superior considerou que, como o cargo de Corregedor integra a mesma carreira a

    que pertence o de Procurador, no haveria inconstitucionalidade na reestruturao

    levada a cabo pelo Municpio. O Desembargador Relator anotou tambm outras

    similitudes entre os dois cargos, como o fato de terem sido providos por concurso

    pblico de provas e ttulos, a exigncia de curso superior em Direito e a

    equivalncia de vencimentos. Concluiu-se, por fim, que a lei questionada no

    ofendeu a Constituio Estadual, respeitando os limites constitucionais para o

    aproveitamento de servidores da mesma carreira. (ADI n 1.0000.08.482509-

    0/000, Rel. Des. Kildare Carvalho, DJe de 30/11/2010)

    Supremo Tribunal Federal

    Repercusso Geral

    Legislao local: limites impostos pelo Princpio do Juiz Natural

  • Competncia legislativa. Legislao local. Limites. Princpio do Juiz Natural. Distino entre as matrias prprias de processo e as de procedimento. Aes

    coletiva e individual. 2. H matria constitucional na controvrsia em que se

    questiona a validade de regulamento editado por rgo do Judicirio estadual que,

    com base na lei de organizao judiciria local, preceitua a convolao de ao

    individual em incidente de liquidao no bojo da execuo de sentena coletiva

    proferida em juzo diverso do inicial. Relevncia jurdica do tema. 3. Repercusso

    geral reconhecida. Repercusso Geral em AI n 749.115-RS, Rel. Min. Gilmar Mendes. (Fonte: Informativo n 612 - STF)

    Precatrios: parcelamento e incidncia de juros

    No incidem juros moratrios e compensatrios sobre as fraes resultantes do parcelamento de precatrio, previsto no art. 78 do ADCT (Ressalvados os crditos definidos em lei como de pequeno valor, os de natureza alimentcia, os de que

    trata o art. 33 deste Ato das Disposies Constitucionais Transitrias e suas

    complementaes e os que j tiverem os seus respectivos recursos liberados ou

    depositados em juzo, os precatrios pendentes na data de promulgao desta

    Emenda e os que decorram de aes iniciais ajuizadas at 31 de dezembro de

    1999 sero liquidados pelo seu valor real, em moeda corrente, acrescido de juros

    legais, em prestaes anuais, iguais e sucessivas, no prazo mximo de dez anos,

    permitida a cesso dos crditos). Esse o entendimento do Plenrio ao conhecer em parte de recurso extraordinrio interposto por Municpio e, na parte conhecida,

    prov-lo, por maioria [...]. RE 590751/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 09/12/2010. (Fonte: Informativo n 612 - STF)

    Superior Tribunal de Justia

    Recursos Repetitivos

    Embriaguez ao volante: meios de prova para a caracterizao

    Sero definidos pela Terceira Seo do Superior Tribunal de Justia (STJ) quais meios de prova so legtimos, alm do bafmetro, para a caracterizao do estado

    de embriaguez do motorista. A uniformizao da jurisprudncia dever ocorrer

    com o julgamento do Recurso Especial 1.111.566, do Distrito Federal. A tese foi

    considerada repetitiva e submetida ao regime do art. 543-C do Cdigo de Processo

    Civil (CPC). Assim, esto suspensos todos os processos nos tribunais de segunda

    instncia que discutam o mesmo assunto, at que o entendimento seja

    uniformizado [...]. REsp 1.111.566/DF, Rel. Min. Napoleo Nunes Maia Filho. (Fonte: Notcias do STJ - 17/12/2010)

    Fraude em execuo fiscal: no exigncia da prova de m-f

    Em julgamento de recurso especial submetido ao regime do art. 543-C do CPC, a

    Seo entendeu que configura fraude contra a execuo fiscal a transferncia de

    bens do devedor ocorrida aps a inscrio do dbito tributrio em dvida ativa,

    independentemente de haver qualquer registro de penhora e de ser provada a m-

    f do adquirente. O Relator, Ministro Luiz Fux, afirmou em seu voto que a lei especial prevalece sobre a lei geral, por isso que a Smula n 375 do STJ no se

    aplica s execues fiscais. A citada smula diz que o reconhecimento da fraude execuo depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de m-f

    do terceiro adquirente. REsp 1.141.990/PR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 10/11/2010, DJe de 19/11/2010. (Fonte: Notcias do STJ - 06/01/2011)

    Sistema Financeiro de Habitao: Reajuste de saldo e amortizao

    Nos contratos vinculados ao Sistema Financeiro de Habitao (SFH), as

    amortizaes s devem ser computadas aps a incidncia de juros e correo

    monetria sobre o saldo devedor. Com esse entendimento, a Corte Especial do

  • STJ, ao julgar, unanimidade, o recurso submetido ao rito do art. 543-C do CPC e

    da Resoluo STJ 08/2008, reiterou a aplicao de sua Smula n 450, segundo a

    qual Nos contratos vinculados ao SFH, a atualizao do saldo devedor antecede sua amortizao pelo pagamento da prestao. REsp 1.110.903/PR, Rel. Min. Aldir Passarinho Jnior. (Fonte: Notcias do STJ - 14/12/2010)

    Este boletim uma publicao da Gerncia de Jurisprudncia e

    Publicaes Tcnicas - GEJUR/DIRGED/EJEF. Sugestes podem ser

    encaminhadas para [email protected].

  • Boletim n 8 - 09/02/2011 Diretoria Executiva de Gesto da Informao Documental - DIRGED Este boletim elaborado a partir de notas tomadas nas sesses da Corte

    Superior do TJMG. As decises tornam-se oficiais somente aps a

    publicao no Dirio do Judicirio eletrnico. Portanto, este boletim tem

    carter informativo. Apresenta tambm julgados e smulas editados pelos

    Tribunais Superiores, com matrias relacionadas competncia da Justia

    Estadual.

    Corte Superior do TJMG

    Contratao temporria em municpio: critrios de escolha

    A Corte Superior julgou ao direta de inconstitucionalidade (ADI) na qual se

    questionou lei que disps sobre critrios para a contratao temporria de

    excepcional interesse pblico no Municpio de Guidoval. Essa lei previu que seria

    escolhido para contratar com a Administrao o candidato que contasse mais

    tempo de servio prestado ao municpio para o mesmo cargo, funo ou atividades

    similares. No julgamento, entendeu-se que o critrio estabelecido pela lei no

    vlido, [...] eis que permite que, em toda nova oportunidade para contratao temporria, as mesmas pessoas sejam contratadas [...], ofendendo os princpios da isonomia e, principalmente, o da impessoalidade, expressos no art. 13 da

    Constituio Estadual. De outro lado, sob o aspecto formal, entendeu-se que

    houve ofensa ao princpio da separao dos Poderes, j que a matria [...] afeta exclusivamente ao alvedrio do chefe do Executivo [...], mas foi proposta por vereador municipal. Concluiu-se, assim, unanimidade de votos, julgar

    procedente a representao. (ADI n 1.0000.09.489785-7/000, Rel. Des.

    Edivaldo George dos Santos, DJe de 21/01/2011)

    Demora processual e propositura de reclamao

    A reclamao [...] no pode ser utilizada como instrumento de resoluo de incidentes no processo.. Com esse entendimento, a Corte Superior, unanimidade de votos, no conheceu de reclamao que fora ajuizada objetivando

    o cumprimento, pelo Juzo a quo, de acrdo proferido pela 17 Cmara Cvel do

    Tribunal, em recurso de agravo de instrumento. Afirmou-se que no h provas de

    que o MM. Juiz de primeira instncia tenha se recusado a cumprir o determinado;

    ao contrrio, o [...] que se tem que a referida deciso ficou suspensa por quase um ano [...]. Asseverou-se que a demora processual no justifica a medida proposta, [...] que s teria cabimento nas hipteses de ofensa autoridade das decises deste egrgio Tribunal ou no caso de usurpao de alguma de suas

    competncias [...]. (Reclamao n 1.0000.09.511795-8/000, Rel. Des. Wander Marotta, DJe de 17/12/2010)

    Fundo de Participao dos Municpios: bloqueio de valores

  • A Corte Superior do TJMG enfrentou assunto polmico ao julgar mandado de

    segurana a respeito de sequestro, destinado ao pagamento de precatrio judicial,

    que recaiu sobre valores de conta bancria do Municpio de Arapor. Essa conta

    recebia verbas pblicas do Fundo de Participao dos Municpios, sendo esse fato o

    gerador de controvrsia. O entendimento majoritrio da Corte foi de que, no caso

    dos autos, o sequestro admissvel em virtude do que dispe o art. 78, 4, do

    Ato das Disposies Constitucionais Transitrias. Esse dispositivo [...] permite, expressamente, o sequestro de verbas pblicas para o pagamento de precatrios

    vencidos quando h omisso sua incluso no oramento [...]. Asseverou-se que, como no existe restrio sobre a possibilidade de o sequestro recair sobre o

    citado fundo, no poderia o intrprete faz-lo. Na divergncia, ponderou-se que tal

    sequestro, ao recair sobre verbas de uso especfico, violaria a autonomia

    municipal, [...] opondo-se ao interesse maior da comunidade.. A Corte concluiu, por maioria, em denegar a segurana, considerando legtimo o sequestro

    questionado. (MS n 1.0000.09.494435-2/000, Rel. para o acrdo Des.

    Brando Teixeira, julgado em 10/11/2010)

    Recurso Especial: pedido de restituio de preparo

    Trata-se de agravo regimental no qual se pediu a reforma de deciso que indeferiu

    pedido de restituio de preparo efetuado para interposio de recurso especial

    no admitido. A Corte Superior, no julgamento, anotou que o Provimento Conjunto

    n 15/2010, deste Tribunal de Justia, em seu art. 5, dispe que as custas e o

    porte de retorno relativos aos recursos endereados aos Tribunais Superiores

    sero recolhidos de acordo com as normas expedidas por eles. Dessa forma,

    considerando-se que a Lei n 11.636/2007, que dispe sobre custas judiciais

    devidas no mbito do Superior Tribunal de Justia, destina as custas de preparo

    dos recursos, inclusive porte de remessa e retorno Unio, [...] no possvel ao Estado de Minas Gerais restituir o que no recebeu. Confirmou-se, assim, a deciso recorrida e negou-se provimento ao agravo. (Agravo Regimental n

    1.0183.98.000413-3/031, Rel. Des. Caetano Levi Lopes, DJe de

    10/12/2010)

    Vale-transporte de servidores pblicos municipais e iniciativa de lei

    Trata-se de ADI ajuizada pela Prefeita do Municpio de Contagem na qual esta

    impugnou a Lei Municipal n 4.263/2009, que fora aprovada e publicada pela

    Cmara Municipal. Essa lei acrescentou o 3 ao art. 57 do Estatuto dos

    Servidores Pblicos do Municpio em questo, alterando a sistemtica de

    pagamento do vale-transporte aos servidores pblicos, o que deu a eles a opo

    de receber a verba em pecnia ou em crditos por bilhetagem eletrnica. No

    julgamento, a Corte Superior frisou que o Brasil adotou o modelo de separao de

    Poderes tambm no mbito municipal, com o sistema de freios e contrapesos.

    Considerou-se que, como na esfera estadual compete ao Governador do Estado a

    iniciativa privativa de leis sobre regime jurdico nico dos servidores pblicos,

    tambm com relao ao chefe do Poder Executivo Municipal essa disposio se

    aplicaria, simetricamente, por fora dos arts. 170, pargrafo nico, e 172, ambos

    da Constituio Estadual de Minas Gerais. Assim, restou clara a

    inconstitucionalidade da lei questionada por ofensa ao princpio da separao dos

    Poderes, com consequente vcio de iniciativa. Concluiu-se, unanimidade de

    votos, por julgar procedente a representao. (ADI n 1.0000.09.500619-

    3/000, Rel. Des. Carreira Machado, julgado em 10/11/2010)

    Supremo Tribunal Federal

    Repercusso Geral

    Iseno de ICMS sobre bens adquiridos por entidades filantrpicas

  • O Plenrio virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a existncia de repercusso geral no tema discutido no Recurso Extraordinrio (RE) 608872, que

    a iseno do Imposto sobre a Circulao de Mercadorias, Bens e Servios (ICMS)

    incidente sobre bens produzidos no pas e destinados a entidades de fins

    filantrpicos. O RE foi interposto pelo governo de Minas Gerais contra deciso do

    Tribunal de Justia daquele estado (TJ-MG) que isentou da incidncia de ICMS

    bens destinados Casa de Caridade de Muria Hospital So Paulo. Em, seu acrdo (deciso colegiada), o TJ entendeu que as instituies de assistncia social foram declaradas pela Constituio Federal (CF) imunes a impostos,

    exatamente porque buscam ou avocam os mesmos princpios do Estado, a

    realizao do bem comum, como o trabalho realizado pelas Santas Casa de

    Misericrdia, que do assistncia mdico-hospitalar gratuita a pessoas carentes. [...]. (Fonte: Notcias do STF - 11/01/2011)

    Superior Tribunal de Justia

    Recursos Repetitivos

    A possibilidade de crime continuado entre estupro e atentado ao pudor

    Ser definida pela Terceira Seo do Superior Tribunal de Justia (STJ) a

    possibilidade de reconhecimento do crime continuado entre o estupro e atentado

    violento ao pudor. O centro da polmica saber se, aps a mudana no Cdigo Penal, com a edio da Lei n 12.015/2009, a violncia cometida com diferentes

    modalidades de ato sexual caracteriza concurso material ou admite continuidade

    delitiva, resultando na possibilidade de penas maiores ou menores para os crimes sexuais. A uniformizao da jurisprudncia dever ocorrer com o julgamento do

    Recurso Especial 1.103.194, de So Paulo. Ainda no h data prevista para o

    julgamento. A tese foi considerada repetitiva e submetida ao regime do art. 543-C

    do Cdigo de Processo Civil (CPC). Assim, esto suspensos todos os processos nos

    tribunais de segunda instncia que discutam o mesmo assunto at que o

    entendimento seja uniformizado. REsp 1.103.194/SP, Rel. Min. Maria

    Thereza de Assis Moura. (Fonte: Notcias do STJ - 27/01/2011)

    Alterao da taxa de juros de mora no momento da execuo no ofende a

    coisa julgada

    A Corte Especial do Superior Tribunal de Justia (STJ) confirmou o entendimento de que, na execuo de ttulos judiciais prolatados sob a vigncia do antigo Cdigo

    Civil, nos quais tenham sido fixados juros moratrios de 6% ao ano, possvel

    alterar a taxa para adequ-la s determinaes da nova legislao, no ofendendo

    o princpio da coisa julgada. A tese foi considerada repetitiva e submetida ao

    regime do art. 543-C do Cdigo de Processo Civil (CPC). Assim, esto suspensos

    todos os processos nos tribunais de segunda instncia que discutam o mesmo

    assunto, at que o entendimento seja uniformizado [...]. REsp 1.111.117/PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomo. (Fonte: Notcias do STJ - 31/01/2011)

    Este boletim uma publicao da Gerncia de Jurisprudncia e

    Publicaes Tcnicas GEJUR/DIRGED/EJEF. Sugestes podem ser encaminhadas para [email protected].

  • Boletim n 9 - 23/02/2011 Diretoria Executiva de Gesto da Informao Documental - DIRGED Este boletim elaborado a partir de notas tomadas nas sesses da Corte

    Superior do TJMG. As decises tornam-se oficiais somente aps a

    publicao no Dirio do Judicirio eletrnico. Portanto, este boletim tem

    carter informativo. Apresenta tambm julgados e smulas editados pelos

    Tribunais Superiores, com matrias relacionadas competncia da Justia

    Estadual.

    Corte Superior do TJMG

    Circunstncia agravante da reincidncia: constitucionalidade

    A Corte Superior enfrentou importante questo ao decidir incidente de arguio de

    inconstitucionalidade. Trata-se do instituto da reincidncia, enquanto circunstncia

    agravante da pena. A polmica reside no fato de que h quem entenda que ela

    fere o princpio do non bis in idem, que tem por base o tratado internacional da

    Conveno Americana de Direitos Humanos o Pacto de San Jos de Costa Rica. A outra vertente de pensamento defende que a reincidncia no representa dupla

    condenao pelo crime anterior, mas sim a indicao da periculosidade do agente.

    Ela considerada como reflexo da personalidade do autor e sua menor liberdade

    para decidir-se pelo comportamento juridicamente adequado. Dessa forma,

    deveria produzir efeitos atenuantes e apontar a necessidade de utilizao de

    medida de segurana. O Relator do acrdo, aps frisar que o egrgio Supremo

    Tribunal Federal reconheceu a repercusso geral do tema, manifestou-se no

    sentido da inexistncia da alegada inconstitucionalidade da fixao da

    circunstncia agravante da reincidncia, afirmando que ela apenas agrava a pena

    de quem ainda no est recuperado para o convvio social. No julgamento, os

    demais Desembargadores da Corte acompanharam o voto do Relator, rejeitando a

    arguio de inconstitucionalidade. (Incidente de Arguio de

    Inconstitucionalidade n 1.0223.05.177414-7/002, Rel. Des. Caetano Levi

    Lopes, julgado em 22/09/2010)

    Inobservncia do processo legislativo: inconstitucionalidade da lei

    Trata-se de Ao Direta de Inconstitucionalidade da Lei n 2.691/07, do Municpio

    de Lagoa Santa. A Cmara Municipal derrubou os vetos do Prefeito, relativos aos

    do art. 1, o, "caput" e o pargrafo nico do art. 5 e o pargrafo nico do art.

    6 da lei em referncia. No obstante, tendo o projeto de lei retornado ao Chefe do

    Poder Executivo, este desconsiderou a derrubada dos vetos e publicou apenas a

    parte do texto legal no vetada por ele, quando deveria t-lo feito integralmente.

    A Corte Superior, no julgamento, declarou ser [...] perfeitamente possvel a censura, perante o Tribunal de Justia estadual, de norma municipal que tenha

    como parmetro a Constituio Estadual quando o dispositivo violado for norma de

    repetio obrigatria da Constituio Federal. Frisou que, [...] no havendo

  • promulgao pelo chefe do Poder Executivo, a lei ser remetida ao Poder

    Legislativo para que a promulgue. Caso seu presidente no o faa, o vice-

    presidente da Casa Legislativa, obrigatoriamente, o far. Assim, a lei dever,

    obrigatoriamente, ser promulgada, para que seja certificada sua existncia, sem a

    qual torna-se um ato nulo, porquanto eivado do vcio da inconstitucionalidade. Entendeu-se que, no caso, ocorrera exatamente o descrito, porquanto no se

    promulgou a parte inicialmente vetada, concluindo-se, por maioria, pela

    inconstitucionalidade da Lei n 2.691/07. (ADI n 1.0000.09.506040-6/000,

    Rel. Des. Edivaldo George dos Santos, DJe de 27/10/2010)

    Agravo interno e Juzo de admissibilidade de recurso extraordinrio Conforme precedente, a Corte Superior no conheceu do Agravo Interno interposto contra deciso da douta Terceira Vice-Presidente, que, com fulcro no

    artigo 328-A, 1, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal,

    considerando ausente a repercusso geral da questo, julgou prejudicado o Agravo

    de Instrumento aviado contra deciso que inadmitiu Recurso Extraordinrio.

    unanimidade de votos, entendeu-se que o referido recurso carece de previso legal

    e regimental. Esclareceu-se que, entre os princpios que norteiam a teoria geral

    dos recursos e que regem o cabimento, h o da taxatividade recursal, segundo o

    qual os recursos esto obrigatoriamente catalogados na lei, de modo que, [...] Se no h, na matria veiculada, repercusso geral e se contra a deciso agravada

    no cabvel o recurso aviado pela agravante, isto no revela qualquer ofensa aos

    princpios constitucionais da ampla defesa e do contraditrio. (Agravo Interno n 1.0024.03.113169-1/007, Des. Rel. Armando Freire, DJe de

    03/02/2011)

    Supremo Tribunal Federal