Jurisprudencia NELIOTJ_3000325820068090142 _2011041920120222_155621

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    PODER JUDICIRIO

    Gabinete do Desembargador Carlos Alberto Frana

    Agravo Regimental em Apelao Cvel n 300032-58.2006.8.09.0142

    200693000325!

    Comar"a #e $anta %elena #e &oi'(

    Agravante ) *(ta#o #e &oi'(

    Agrava#o ) Ant+nio #e ,i(oa og/eira

    Relator ) e(emarga#or Carlo( Alerto rana

    R * , A R *

    *(ta#o #e &oi'(interpe Agravo Regimental (fls.14114!"

    #ontra $e#is%o mono#r&ti#a (fls.11'1)" *+e nego+ seg+imento ao apelo,

    em se$e a-%o $e repara-%o $e $anos por ato il#ito intenta$a por Ant+nio

    #e ,i(oa og/eiraem se+ $esfavor, #om /ase no artigo 00, "ap/t, $o

    C2$igo $e Pro#esso Civil.

    Em s+as ra3es re#+rsais, $efen$e a impossi/ili$a$e $e

    +lgamento mono#r&ti#o no presente #aso $os a+tos, +ma ve3 *+e n%o 5&

    #omprova-%o na $e#is%o mono#r&ti#a $e *+e to$as as *+estes aventa$as

    pelo ente p6/li#o s%o #ontr&rias 7 +rispr+$8n#ia pa#ifi#a$a no 9m/ito $a

    Corte lo#al o+ $as Cortes :+periores, tampo+#o & foram s+m+la$as.

    Alega *+e;

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    direito( ou quanto correo dos valores fi&ados)(i". fl. 14!.

    Por fim, re*+er sea retrata$a a $e#is%o mono#r&ti#a o+ #aso

    n%o o#orra a retrata-%o, sea o presente agravo apresenta$o em mesa para

    *+e sea provi$o.

    Isento $e preparo, nos termos $o = 1> $o artigo 011 $oC2$igo $e Pro#esso Civil.

    ? o relat2rio. Passo ao voto.

    Da an&lise $as ra3es $o re#+rso interposto, $epreen$e@se

    *+e s+a pretens%o resi$e na reforma $a $e#is%o mono#r&ti#a *+e nego+

    seg+imento ao apelo..

    Ini#ialmente, #onvm ressaltar ser perfeitamente a$missvel,

    #omo o#orre+ na esp#ie, o +lgamento mono#r&ti#o $o apelo, nos termos

    $o #ita$o pre#eptivo legal, tratan$o@se $e matria *+e en#ontra@se

    prevale#ente na +rispr+$8n#ia $o :BJ e $esta Corte $e J+sti-a, a fim $e

    $eso/str+ir as pa+tas $os tri/+nais, /em #omo garantir efetivi$a$e aosprin#pios $a #eleri$a$e e $a e#onomia pro#ess+al, os *+ais, #om a

    prom+lga-%o $a Emen$a Constit+#ional n> 40, $e ')1''4, gan5aram

    (tat/($e $ireito f+n$amental.

    :+pera$o tal introito, passo ao mrito.

    De +m eame meti#+loso $a presente pe-a re#+rsal n%ovisl+m/ro fato novo 5&/il a ensear a re#onsi$era-%o $a $e#is%o 5ostili3a$a.

    Agravo Regimental em Apelao Cvel n 300032-58.2006.8.09.0142 200693000325!

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    Com efeito, ao #ontr&rio $o *+e preten$e fa3er #rer o

    agravante, tem@se *+e os pontos por ele s+s#ita$os *+an$o $a interposi-%o

    $o apelo restaram m+ito /em apre#ia$os pelo +lga$o re#orri$o, #+a

    f+n$amenta-%o est& $evi$amente ali#er-a$a na $o+trina, na lei pro#ess+al

    vigente e, in#l+sive, em +rispr+$8n#ia $esta Corte $e J+sti-a e $o :+periorBri/+nal $e J+sti-a, #omo a$iante se po$e averig+ar, veamos;

    - legitimi#a#e ativa a# "a/(am. o "ara"teri7a#a.

    *1. %o tocante preliminar de ilegitimidade ativa do

    autor+apelado, em rao de no ter comprovado a propriedade dos

    referidos veculos, uma ve que a transferncia da propriedade dos

    veculos se aperfeioa somente com o respectivo registro perante ao

    -./A%, vejo no assistir rao ao apelante$

    # artigo 0$123 do 4digo 4ivil de 1551 disp6e7

    *Art$ 0$123$ A propriedade das coisas no se transfere

    pelos negcios jurdicos antes da tradio)$

    %a definio do professor 4lvis 8evilaqua7

    *'$$$( A tradio o ato, em virtude do qual o direito

    pessoal, resultante do ato jurdico entre vivos, se

    transforam em direito real, e consiste na entrega da coisa a

    quem a adquiriu)$ 'in -ireito da 4oisas, vol$ 9, /io de

    !aneiro7 :reitas 8astos, 0;

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    4omentado, => edio, 4oordenador 4ear ?eluo,

    8arueri7 .ditora @anole, 1505($

    A tradio modo derivado de aquisio de propriedade mobiliria e

    consiste na entrega do bem mvel pelo transmitente ao adquirente, com

    a inteno de transferirBlCe a propriedade, em rao de ttulotranslativo oriundo de negcio jurdico$

    %o -ireito 8rasileiro C uma evidente distino entre as formas de

    transmisso de propriedade mobiliria e imobiliria$ ?ara se transferir

    bens imveis no bastante o contrato, pois ele s tradu efeitos

    obrigacionais$ %ecessrio ser o registro do ttulo no ofcio

    imobilirio, a fim de que se surja o direito real 'artigo 01=< do 4digo

    4ivil($

    ! na transferncia do bem mvel se e&ige um sinal ostensivo e visvel

    a todos os membros da coletividade acerca da efetiva consolidao da

    propriedade em um novo titular$ ?or isto o acerto do legislador ao

    precisar que a transferncia da coisa mvel no resultar da mera

    concretiao do negcio jurdico 'artigo 0123, caput, do 4digo

    4ivil( e sim da efetiva entrega do bem mvel ao adquirente com o

    objetivo de transferir a propriedade$

    -a mesma forma, o veculo automotor, bem mvel, a propriedade se

    transfere mediante tradio$ Assim, a documentao do veculo

    e&istente perante o -./A% tem validade to somente para efeitos

    administrativos e no fa prova absoluta da propriedade do veculo

    automotor registrado, rao pela qual se presume o proprietrio como

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    possuidor da coisa$

    In casu, a apreenso dos veculos pela ?olcia 4ivil ocorreu na posse

    do apelado e em estabelecimento comercial do apelado, alm disso, s

    fls$ 00+01 constataBse que o autor possui o documento provisrio de

    porte obrigatrio do :#/-+:iesta e o 4ertificado de /egistro deveculo do :9A+?alio 'fls$ 00+01(, o que fortalece a presuno de

    propriedade dos bens$

    '$$$(

    -esta feita, por ser tratar de bem mvel, a propriedade se transfere

    pela tradio, presumindoBse como proprietrio o autor+apelado

    possuidor da coisa, tendo o mesmo evidente legitimidade para a

    propositura da presente ao$

    /efuto a preliminar arguida pelo recorrente e passo ao mrito)$

    Conforme $emonstra$a na $e#is%o mono#r&ti#a este o

    enten$imento +rispr+$en#ial $o :+perior Bri/+nal $e J+sti-a;

    Processual Civil e Civil. Execuo Fiscal. Penhora. Veculo

    Automotor. rans!er"ncia da propriedade. #ecurso Improvido. 9 B

    Se no foi formaliada a penCora, o bem ainda no foi alvo de

    apreenso judicial, no estando vinculado ao processo e&ecutivo$ #

    jui no pode, por consequncia, impedir a respectiva alienao$ 99 B

    Ainda que o bem esteja penCorado, no C como impedir a sua

    alienao$ D que, no plano jurdico, o e&ecutado continua livre para

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    vendBlo$ %o entanto, o bem constrito continua vinculado ao processo

    e&ecutrio$ ?or consequncia, de nada adianta o e&ecutado ou o

    terceiro invocarem a alienao para fins de liberao do bem, pois, no

    tocante ao processo e&ecutivo, a alienao inefica$III $ Por !ora

    do art. %&' e se(uintes do CC) a trans!er"ncia da propriedade de

    veculo automotor se d* com a tradio) no sendo necess*ria atrans!er"ncia do +E#A,$ 9E B /ecurso especial conCecido, mas

    improvido)$ (:BJ, B+rma, REsp n> 1!.41'F:, Rel. Fin. A$5emar

    Fa#iel, DJ 1')1GG) p. 0)".

    Processual Civil e Administrativo. -ulta de rnsito. ,ulidade.

    Pre/uestionamento. Ino0servncia. misso no Ac2rdo recorrido.

    Inocorr"ncia. A/uisio de propriedade de veculo. ,ovo

    propriet*rio. 3e(itimidade ativa ad causam. 4...5$ 999 B %o pode

    prosperar o entendimento empossado pelo ribunal de origem,

    porquanto, a partir da alienao do veculo, o novo proprietrio passa

    a ter legitimidade para defender o bem, inclusive se opondo

    judicialmente aplicao de multas pelo ?oder ?Fblico, sendo

    irrelevante se foram aplicadas antes ou depois da aquisio do veculo,

    devendo, pois, ser reconCecida a legitimidade ativa ad causam do

    recorrente na ao em testilCa, para que assim possa ser apreciado o

    mrito da causa$ 9E B /ecurso especial conCecido parcialmente e, nessa

    parte,provido)$ (:BJ, 1 B+rma, REsp n> .R:, Rel. Fin.

    Hran#is#o Hal#%o, DJ '!'!''0, p.0"

    . desta 4orte de !ustia7

    Apelao Cvel. Em0ar(os de erceiro. rans!er"ncia de

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    propriedade do autom2vel. radio. Cerceamento do direito de

    de!esa.D entendimento pacfico nesta corte que a transferncia de

    propriedade o bem mvel G no caso um veculo automotor G dBse com

    a tradio e no com o registro no rgo competente, o que legitima a

    tese do recorrente de cerceamento de defesa, j que lCe foi obstado o

    meio probatrio para tanto$ Apelao conCecida e provida)$ (BJO, 1C9mara Cvel, AC n> 10.G'!@1)), Rel. Des. eo/ino Kalente

    C5aves, DJ 0 $e !''1'".

    *+uplo 6rau de 7urisdio. -andado de 8e(urana. Apreenso de

    veculo automotor por autoridade policial. 9 B A transferncia de

    propriedade de veculo automotor no ocorre com o registro, mas sim

    com a tradio do automvel nas mos do impetrante$ 99 B %o subsiste

    a apreenso do veculo se este foi retido por falta de pagamento do

    licenciamento e C nos autos documento emitido pelo -./A%

    atestando sua regularidade$ 999 B 9ne&iste comprovao nos autos que o

    veculo seja produto de ato criminoso ou outro motivo legtimo para

    sua apreenso$ Hogo, a manuteno da apreenso do veculo fere

    direito lquido e certo de propriedade$ 9E B # artigo I;, caput, da Hei

    2$JI5+J5 assegura s :aendas ?Fblicas o benefcio de iseno das

    custas processuais, mas seu pargrafo Fnico fa uma ressalva de que

    esta ressarcir o valor das despesas feitas pela parte contrria$

    /emessa obrigatria conCecida, mas desprovida)$ (BJO, ! C9mara

    Cvel, DJ n> G'!@40.'1'.).'G.'''', Rel. Des. Ha+sto Foreira

    Dini3, DJ !0 $e ''1'".

    - Re(pon(aili#a#e etiva #o *(ta#o. eoria #o Ri("o A#mini(trativo. Artigo 3:

    ; 6 #a C. Reparao evi#a.

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    *&. 4onvm ressaltar que os artigos I3, K 2L da

    4onstituio :ederal e o =I do 4digo 4ivil consagram o princpio da

    responsabilidade objetiva do ?oder ?Fblico por danos causados a

    terceiros, sem qualquer culpa destes, e&igindoBse, apenas, a prova do

    ne&o de causalidade entre a atividade estatal e a ocorrncia do dano,sendo irrelevante a exist"ncia de dolo ou culpa dos seus a(entes$

    4onfiraBse7

    *Art$ I3$ A administrao pFblica direta e indireta de

    qualquer dos ?oderes da Mnio, dos .stados, do -istrito

    :ederal e dos @unicpios obedecer aos princpios de

    legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e

    eficincia e, tambm, ao seguinte7

    'N(

    K 2L B As pessoas jurdicas de direito pFblico e as de direito

    privado prestadoras de servios pFblicos respondero pelos

    danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a

    terceiros, assegurado o direito de regresso contra o

    responsvel nos casos de dolo ou culpa)$

    *Art$ =I$As pessoas 9urdicas de direito p:0lico interno

    so civilmente respons*veis por atos dos seus a(entes

    /ue nessa /ualidade causem danos a terceiros,

    ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano,

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    se Couver, por parte destes, culpa ou dolo)$ 'grifei e

    negritei($

    A responsabilidade civil do .stado, nesses casos, leva em considerao

    a teoria do risco administrativo$

    -este modo, consoante o pressuposto de que a pessoa jurdica do

    .stado no tem vontade nem ao prpria, portanto, no pode agir

    diretamente, mas apenas por meio de seus agentes, que, ao

    desempenCarem suas atividades, desempenCa a atividade da prpria

    pessoa jurdica como se os dois fossem um s devido a uma peculiar

    relao orgOnica, no C falar em separao das responsabilidades do

    .stado de "ois e do seus agentes$

    ?ortanto, restando demonstrado o fato, o dano e o ne&o causal entre

    eles, surge o dever do ru+apelante de reparar os danos causados,

    diante da sua responsabilidade objetiva)$

    Lo mesmo senti$o a +rispr+$8n#ia $esta Corte $e J+sti-a;

    *Ao de indeni;ao por danos morais. #esponsa0ilidade o09etiva

    do poder p:0lico. Autar/uia estadual $ +E#A,

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    somente podendo se e&imir da responsabilidade no caso de culpa

    e&clusiva da vtima$ Apelo conCecido e desprovido)$ (BJO, C9mara

    Cvel, AC n> 0404)@4G.''.).'G.''01, Rel. Des. Rogrio Ar$io,DJ

    G) $e 1'4'11"$

    E ain$a; 110.4'1)@1)),

    Rel. Des. Jo%o U/al$o Herreira, DJ ! $e 'G'1'')M 1'1G@').''!.).'G.''01, Rel. Des. Camargo Leto, DJ G1

    $e '1'4'11M '!!)0@G.'').).'G.''01,

    Rel. Nisle+ Dias Fa#iel Hil5o, DJ )G $e '''11.

    = ano( >ateriai(. Alienao #e ve"/lo( apreen#i#o( oeto #e inve(tigaopoli"ial na pen#?n"ia #e n@/rito Boli"ial. Re@/i(ito( "omprova#o(. A/(?n"ia #e

    prova #e @/e o( ve"/lo( aliena#o( oram leiloa#o(. Dn/( pro"e((/al #o r/.

    emon(trao #e ato impe#itivo: mo#ii"ativo o/ eEtintivo #o #ireito #o a/tora.

    o "omprovao.

    *=. %o tocante aos danos materiais causados parteautora, sem rao o apelante$

    .&traiBse dos autos que o autor+apelado trabalCa com compra e venda

    de peas e veculos usados, sendo que, em julCo de 1551, a ?olcia

    4ivil apreendeu 5= 'quatro( veculos em seu estabelecimento

    comercial, sob suspeita de irregularidades$ Ato contnuo, foi

    constatado que dois veculos estavam com restri6es policiais e doisveculos sem nenCuma restrio$

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    .m setembro de 155I, o autor+apelado deu entrada em procedimento

    visando obter a restituio dos dois veculos, sendo que em 12 de maio

    de 1552, no cumprimento de medida judicial, teve a noticia que os

    referidos veculos Caviam sido leiloados e&trajudicialmente$

    # .stado de "ois alega que o leilo dos veculos apreendidos foi em

    total observOncia ao artigo I1J do 4digo de rOnsito %acional, o que

    caracteriara o e&erccio regular do direito, alm disso enfatia que o

    autor+apelado foi responsvel pelos danos suportados, Caja vista que

    no cuidou de reclamar os veculos no prao assinalado pela lei,

    dei&ando transcorrer mais de 50 'um( ano entre a apreenso dos carros

    'julCo+1551( e a protocoliao de pedido de devoluo 'maio+1552(

    ?ois bem$

    D consabido que quem causa danos tem o dever de reparBlos,

    consoante entendimento do artigo 0?.Aquele que, por ao ou omisso voluntria,

    negligncia, ou imprudncia, violar direito, ou causar

    prejuo a outrem, fica obrigado a reparar o dano$)

    A matria tratada pelo novel 4digo 4ivil em seus artigos 0J2 e ;13$

    A propsito7

    PArt. 1@%.Aquele que, por ao ou omisso voluntria,

    negligncia ou imprudncia, violar direito e causar dano a

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    outrem, ainda que e&clusivamente moral, comete ato

    ilcito$P

    Art. ?&.Aquele que, por ato ilcito 'arts$ 0J2 e 0J3(,

    causar dano a outrem, fica obrigado a reparBlo$

    ?argrafo Fnico$ Qaver obrigao de reparar o dano,

    independentemente de culpa, nos casos especificados em

    lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo

    autor do dano implicar, por sua naturea, risco para os

    direitos de outrem)$

    Alm desses dispositivos, tambm a nossa 4onstituio autoria a

    reparao ora buscada, nos termos do artigo . '$$$( R B so inviolveis a intimidade, a vida

    privada, a Conra e a imagem das pessoas, assegurado o

    direito indeniao pelo dano material ou moral

    decorrente de sua violaoP$

    Sobre ato ilcito a professora @aria Qelena -ini ensina7

    *# ato ilcito praticado em desacordo com a ordem

    jurdica, violando direito subjetivo individual$ 4ausa dano

    patrimonial ou moral a outrem, criando o dever de reparB

    lo '44, art$ ;13($ Hogo, produ efeito jurdico, s que este

    no desejado pelo agente, mas imposto pela lei)$ 'in

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    4digo 4ivil Anotado, 05> edio, So ?aulo7 Saraiva,

    155;, p$ 0;2($

    ?ara que se configure o ato ilcito, ser imprescindvel que Caja a

    conjugao de elementos objetivos e subjetivos, a saber7

    *9 B #s re/uisitos o09etivos so7 a( a conduta

    Cumana antijurdica 05o dano e c5o ne&o de causalidade entre a

    conduta Cumana e o dano$ 99 G os re/uisitos su09etivos so7 a5 a

    imputabilidade e 05a culpa em sentido lato 'dolo ou culpa em sentido

    estrito()$ 'ranscrio feita da obra 4omentrios ao novo 4digo

    4ivil, de Qumberto Ceodoro !Fnior, v$I, t$1, /io de !aneiro7 .ditora

    :orense, 155

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    'furto e roubo de veculos( e no decorrentes de crimes de trnsito ou

    dB0ito e tri0utos relativos ao veculo$

    # 4digo de ?rocesso ?enal em seu artigo 2L disp6e7

    *Art. %. Hogo que tiver conCecimento da prtica dainfrao penal, a autoridade policial dever7

    'N(

    99 G apreender os objetos que tiverem relao com o fato,

    aps liberados pelos peritos criminais)$

    .m relao restituio das coisas apreendidas em ao penal e em

    investigao policial, os artigos 00J e 015 do Codex?rocessual ?enal

    so e&pressos7

    *Art. [email protected] de transitar em 9ul(ado a sentena !inal,

    as coisas apreendidas no podero ser restitudas

    en/uanto interessarem ao processo$

    Art. 1&'. A restituio, quando cabvel, poder* ser

    ordenada pela autoridade policial ou 9ui;, mediante termo

    nos autos, desde que no e&ista dFvida quanto ao direito do

    reclamante)$ 'destaquei(

    -a, resta claro que as coisas apreendidas no curso da ao penal ou

    da investigao policial, como o caso dos autos, somente poder ser

    Agravo Regimental em Apelao Cvel n 300032-58.2006.8.09.0142 200693000325! 14

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    restituda quando no interessarem ao processo e com autoriao da

    autoridade policial ou judicial$

    .&traiBse do laudo de e&ame pericial de vistoria em cCassi de veculos

    automotores de fls$ 0

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    direito do apelado de pleitear a restituio dos bens apreendidos$

    -esta maneira, o magistrado singular acolCeu pedido de restituio

    dos veculos apreendidos por entender que no restava dFvida quanto

    propriedade dos veculos pelo apelado, in ver0is7

    *'$$$( Ainda que no possua a propriedade dos veculos

    sucatas o requerente comprovou ter a posse dos mesmos, a

    propsito termo de declara6es de fls$ 02 e 10 e

    documentos de fls$ 0< e 0J+15$

    ,o havendo controvBrsia em torno da

    posse

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    em Casta pFblicos os referidos veculos que estavam sob sua guarda e

    responsabilidade, em total inobservOncia da Hei ?rocessual ?enal,

    ipsis litteris7

    *Art. 1&&.Sem prejuo do disposto nos artigos 015 e 0II,

    decorrido o pra;o de ?' 4noventa5 dias) ap2s trnsito em9ul(ado a sentena condenat2ria, o jui decretar, se for

    caso, a perda, em favor da Mnio, das coisas apreendidas

    'art$ 3=, 99, a e b do 4digo ?enal( e ordenar que sejam

    vendidas em leilo pFblico$

    Art. 1&=.:ora dos casos previstos nos artigos anteriores,

    se dentro do prao de ;5 'noventa( dias, a contar da data

    em que transitar em julgado a sentena final, condenatria

    ou absolutria, os objetos apreendidos no forem

    reclamados ou no pertencerem ao ru, sero vendidos em

    leilo, depositandoBse saldo disposio do juo de

    ausentes)$

    #bservaBse, ainda, que os requisitos legais para a leilo de bens

    apreendidos de origem ilcita comprovada so claros7 realiao em ;5

    'noventa( dias aps o trOnsito em julgado da sentena condenatria e

    com ordem judicial para a realiao do leilo pFblico, ou seja, ainda

    que proveniente de delitos os bens no podem ser alienados sem a

    observOncia dos requisitos legais$

    %o caso dos autos, a apreenso dos veculos ocorreu no dia & de

    9ulho de &''&, conforme consta na e&ordial$ # autor ajuiou pedido de

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    restituio de coisa apreendida dos dois veculos no dia 1% de

    setem0ro de &''='fl$ 0;( e a deciso meritria foi proferida no dia 'G

    de a0ril de &''%'fl$ 10(, na qual, determinou a restituio dos bens

    apreendidos em decorrncia da sua licitude e da irrelevOncia

    investigao policial, todavia, a Casta pFblica foi realiada no dia &&

    de de;em0ro de &''>, ou seja, na pend"ncia de deciso e

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    4#%Q.49-# . ?A/49AH@.%. ?/#E9-#)$ (BJO, ! C9mara

    Cvel, AC n> '!1@)G.'').).'G.'14, Rel. Des. Camargo Leto, DJ

    G0 $e ''4'11".

    . Wuanto ao valor dos danos materiais, sem rao o

    apelante$

    Advoga que o veculo :#/-+:iesta jamais alcanaria o valor de /X

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    indeniao medeBse pela e&tenso do dano)$

    4om efeito, a primeira observao que deve ser feita a de que o

    recorrente s est obrigado a ressarcir o recorrido o valor relativo dos

    veculos que alienou ilegalmente$

    %esse sentido, infereBse que raovel e proporcional a soluo dada

    pelo magistrado singular, seno vejamos7

    *#bservo que, s fls$ 01, &erocpia da autoriao para

    transferncia do veculo, quanto ao valor do :9A+?alio, a

    referncia de /X 05$555,55 'de mil reais($ 4onsultando a

    tabela :9?. verifiquei o preo do mercado de Coje de um

    carro semelCante, apro&imadamente /X ;$555,55 'nove mil

    reais($ .ntretanto de se reconCecer, conforme dito na

    inicial, que o veculo estava avariado, com a frente batida,

    o que reclamaria reparos, que despenderia mais de mil

    reais, conforme termos da inicial$ udo sopesado e

    mngua de substrato probatrio outro, atento aos

    princpios da equidade e raoabilidade, creio que referido

    veculo, no estado em que se encontrava, no valeria mais

    que #K .''')'' 4sete mil reais5$ Ao contrrio do que

    informa a inicial, o :#/-+:iesta no estava em perfeitas

    condi6es, pois o motor estava fundido, segundo informou

    o autor em seu depoimento em juo, fls$ J

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    despenderiaBse o valor apro&imado a /X I$555,55 'trs mil

    reais($ udo sopesado e mngua de substrato probatrio

    outro observado os princpios da equidade e raoabilidade,

    fi&o a indeniao em #K >.''')'' 4cinco mil reais5)$

    'destaquei(

    Assim, entendo que o valor da verba indeniatria devida ao apelado

    foi fi&ado em patamar justo e raovel, de forma equilibrada, de modo

    que representou Tnus suportvel pelo apelante, sem, contudo, propiciar

    o enriquecimento do recorrido$

    %este sentido o entendimento jurisprudencial7

    *ApelaLes Cveis. Ao de Indeni;ao por danos

    materiais e morais. 4M5. +anos materiais. Comprovao.

    999B 4onfigurados os elementos de dano material, imp6eBse

    o dever de reparao a esse fim$ '$$$()$ '!"#, 0> 4Omara

    4vel, A4 nL 0I0$JI0B2+0JJ, /el$ -es$ Heobino Ealente

    4Caves, -! 1IJ de 03+01+155J($

    *Apelao Cvel. Ao de Indeni;ao por dano moral e

    material. 4M5 +ano material comprovado. Indeni;ao

    devida. 4$$$( 999 B A instituio financeira obrigada a

    reparar o cliente quando compensa cCeque clonado

    indevidamente em sua conta, sendo devido o ressarcimento

    pela via dos danos materiais$ Apelao cvel conCecida e

    improvida)$ '!"#, 0> 4Omara 4vel, A4 nL 1;2;20B

    ;3$155J$J$5;$5552, /el$ -es$ Hui .duardo de Sousa, -!

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    333 de 0=+5I+1500(

    ApelaLes Cveis. Ao de reparao de danos

    materiais. 4...5. Comprovao do dano material.

    -anuteno da sentena.'$$$( I G /estando comprovado

    nos autos, o dano e o ne&o de causalidade entre os agentes,julgaBse procedente a indeniao de danos materiais,

    conforme valores no contraditados na petio inicial$

    /ecurso conCecido e improvido$ Sentena mantida)$

    '!"#, 2> 4Omara 4vel, A4 nL I;

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    A correo monet*riae a incidncia de9uros morat2riospor serem

    /uestLes de ordem p:0lica, podem, pois, serem corrigidas, de o!cio,

    por este /elator, com o fito de impedir o enriquecimento ilcito de uma

    das partes em detrimento da outra e com supedOneo no artigo 1;I do

    4digo de ?rocesso 4ivil$

    .ste o entendimento do Superior ribunal de !ustia7

    *'$$$( A correo monetria matria de ordem pFblica,

    podendo ser tratada pelo ribunal sem necessidade de

    prvia provocao da parte) 'S!, /.sp

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    . ! em relao aos juros de mora, na espcie, em se

    tratando de responsabilidade e&tracontratual, nos termos da SFmula

    G do 87.#s juros moratrios fluem a partir

    do evento danoso, em caso de responsabilidade civil

    e&tracontratual)$

    *Art. =?@. %as obriga6es provenientes de ato ilcito,

    consideraBse o devedor em mora, desde que o praticou)$

    %este sentido, j Couve manifestao em julgado anlogo7

    *'$$$( < B #s juros moratrios devem incidir a partir do

    evento danoso 'SFmula

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    !ustia$

    A aprovao de sua incidncia a partir do efetivo prejuo corresponde

    ao entendimento jurisprudencial, como real atualiao do valor

    devido$ Apenas assim estaria a atuar como mecanismo jurdico de

    afastamento da Ciptese de enriquecimento sem causa de uma parte emdetrimento de outra$ %o se trata de pena que imp6e ao devedor nem

    deplus a favor do credor$

    ?ortanto, reformo a sentena de ofcio para que os danos materiais

    sejam corrigidos pelo 9%?4 a partir do evento danoso '11+01+155

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    7 inst9n#ia s+perior.

    :en$o assim, a $e#is%o $e ga/inete n%o mere#e *+al*+er

    #ens+ra por*+e, antes $e ser proferi$a, analiso+ to$as as f+n$amenta-es

    v&li$as *+e p+$essem atestar a vera#i$a$e $as teses $o re#+rso.

    Leste senti$o, vea@se o enten$imento +rispr+$en#ial $esteBri/+nal $e J+sti-a;

    *A(ravo de instrumento. #ecurso em con!ronto com a

    9urisprud"ncia predominante do ri0unal. ,e(ado se(uimento 4art.

    >>) caput) CPC5. A(ravo #e(imental. Aus"ncia de !undamento

    novo capa; de 9usti!icar a modi!icao do entendimento

    anteriormente !irmado. Improvimento do recurso.9 G #missis$ 99 G

    @antm Bse a deciso que, monocraticamente, negou seguimento ao

    recurso de agravo de instrumento, se a mesma no padece de qualquer

    ilegalidade, nem foi apresentado pelo agravante fundamento novo

    capa de ensejar a modificao do entendimento anteriormente

    firmado$ Agravo regimental conCecido e improvido$(BJO, C9mara

    Cvel, AC n> 1).'@)1G1. Rel. Dr. Doni3ete Fartins $e Oliveira, DJ

    n> 0' $e ')'!''G"

    *A(ravo re(imental em a(ravo de instrumento. Art. >>) caput)

    CPC. Aus"ncia de elementos novos$ 0 B D lcito ao relator negar

    seguimento a recurso manifestamente improcedente e contrrio a

    jurisprudncia assente no respectivo ribunal e no Superior ribunal de

    !ustia, lu do que estabelece o artigo

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    seguimento ao agravo, deve o recorrente demonstrar o desacerto dos

    fundamentos do decisum recorrido, sustentando a insurgncia em

    elementos novos que justifiquem o pedido de reconsiderao, e no

    somente reiterar as ra6es j formuladas na petio do recurso

    originrio, j apreciadas)$ (BJO, C9mara Cvel, Agravo

    Regimental no Agravo $e Instr+mento n> 0).1'G@'1)', Rel. Des.a#arias Leves Coel5o, DJ n> !! $e 1''4')".

    Desta feita, por mais *+e se per*+ira em torno $a

    s+stenta-%o $a agravante, nen5+ma ra3%o pla+svel foi #arrea$a aos a+tos a

    ensear a reforma $o ato +$i#ial ata#a$o.

    Portanto, reeito a tese $o agravante.

    La #onfl+8n#ia $o eposto, "onIeo #o agravo regimental

    e lIe nego provimento, manten$o a $e#is%o mono#r&ti#a ata#a$a por se+s

    pr2prios e +r$i#os f+n$amentos.

    ? o me+ voto.

    oi9nia, 1G $e a/ril $e '11.

    e(. CAR,$ A,J*R RAKA

    R E A B O R

    C0

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    200693000325!

    Comar"a #e $anta %elena #e &oi'(

    Agravante ) *(ta#o #e &oi'(

    Agrava#o ) Ant+nio #e ,i(oa og/eira

    Relator ) e(emarga#or Carlo( Alerto rana

    *>*A) Agravo Regimental em Apelao

    Cvel. Ao #e reparao #e #ano( por ato

    il"ito. e"i(o mono"r'ti"a no( termo( #o

    artigo 55 #o CF#igo #e Bro"e((o Civil. A

    $e#is%o mono#r&ti#a en#ontra@se $e a#or$o #om a

    +rispr+$8n#ia $ominante $este Bri/+nal e $os

    Bri/+nais :+periores, n%o #a/en$o a mo$ifi#a-%o

    $o pron+n#iamento via re#+rso $e agravo

    regimental, pois n%o foi #omprova$a a s+a

    in#orre-%o no plano material e, ain$a, a#erta$a a

    in#i$8n#ia $a norma #onti$a no artigo 00, = 1 > @

    A, $o C2$igo $e Pro#esso Civil. -

    legitimi#a#e ativa a# "a/(am. o

    "ara"teri7a#a. A $o#+menta-%o $o ve#+lo

    eistente perante o DEBRAL tem vali$a$e t%o@

    somente para efeitos a$ministrativos, n%o fa3en$o

    Agravo Regimental em Apelao Cvel n 300032-58.2006.8.09.0142 200693000325! )

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    prova a/sol+ta $a proprie$a$e $o ve#+lo

    a+tomotor registra$o. Consi$eran$o *+e a

    proprie$a$e $o /em m2vel se transfere pela

    tra$i-%o, pres+me@se propriet&rio o poss+i$or $a

    #oisa. - Re(pon(aili#a#e etiva #o*(ta#o. eoria #o Ri("o A#mini(trativo. Artigo

    3: ; 6 #a C. Reparao evi#a. Diante $o

    $isposto nos artigos , = !>, $a Constit+i-%o

    He$eral e 4 $o C2$igo Civil, *+e a$otaram a

    teoria $o ris#o a$ministrativo, a o/riga-%o $a

    Esta$o em in$eni3ar o $ano #a+sa$o por se+

    f+n#ion&rio in$epen$ente $a prova $a #+lpa. =

    ano( >ateriai(. Alienao #e ve"/lo(

    apreen#i#o( oeto #e inve(tigao poli"ial na

    pen#?n"ia #e n@/rito Boli"ial. Re@/i(ito(

    "omprova#o(. A aliena-%o $e /ens apreen$i$os

    na investiga-%o poli#ial na pen$8n#ia $e $e#is%o

    +$i#ial, antes $a #on#l+s%o $e in*+rito poli#ial

    ensea a repara-%o material $os pre+3os

    s+porta$os pelo a+torapela$o. = A/(?n"ia #e

    prova #e @/e o( ve"/lo( aliena#o( oram

    leiloa#o(. Dn/( pro"e((/al #o r/.

    emon(trao #e ato impe#itivo: mo#ii"ativo

    Agravo Regimental em Apelao Cvel n 300032-58.2006.8.09.0142 200693000325! G

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    o/ eEtintivo #o #ireito #o a/tora. o

    "omprovao.L%o possvel falar em a+s8n#ia

    $e prova $e ven$a $os ve#+los aliena$os, se nos

    termos $o artigo , in#iso II, $o CPC, o

    r+apelante n%o se $esin#+m/i+ $e se+ Qn+spro#ess+al $e $emonstrar fato impe$itivo,

    mo$ifi#ativo o+ etintivo $o $ireito $o a+tor,

    atravs $e simples termos $e entrega $os /ens

    apreen$i$os. - ano material. era

    in#eni7atFria ra7o'vel e e@/itativa.Kerifi#a$os

    os re*+isitos $o $ano material, es+rge o $ever $e

    in$eni3a-%o patrimonial. Hia$o o valor em

    #onformi$a$e #om os prin#pios $a

    propor#ionali$a$e e ra3oa/ili$a$e, este $eve ser

    manti$o. -

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    monet&ria in#i$ir& a partir $o evento $anoso, nos

    termos $a :6m+la n> 4 $o :BJ, & os +ros

    morat2rios fl+em a partir $o evento $anoso e n%o

    $a #ita-%o $o r+, enten$imento $a :6m+la n> 40

    $o :+perior Bri/+nal $e J+sti-a. L - Dn/( #a(/"/m?n"ia. Ben$o em vista o provimento $os

    pe$i$os $a parte a+toraapela$a, impe@se a

    #on$ena-%o $o apelante ao pagamento integral

    $os 5onor&rios a$vo#at#ios e $as $espesas

    pro#ess+ais, #om f+l#ro no artigo 1, "ap/t, $o

    C2$igo $e Pro#esso Civil. L - A/(?n"ia #e

    *lemento ovo. e(provimento.L%o tra3en$o o

    re#orrente nen5+m elemento novo #apa3 $e

    s+stentar a pleitea$a re#onsi$era-%o $a $e#is%o

    f+stiga$a, $eve ser $esprovi$o o agravo

    regimental.

    Agravo regimental "onIe"i#o e #e(provi#o.

    e"i(o mono"r'ti"a manti#a.

    A C R M

    Kistos, oralmente relata$o e $is#+ti$o o Agravo Regimental

    nos a+tos $a Apela-%o Cvel n> 300032-58.2006.8.09.0142

    Agravo Regimental em Apelao Cvel n 300032-58.2006.8.09.0142 200693000325! 1

  • 7/23/2019 Jurisprudencia NELIOTJ_3000325820068090142 _2011041920120222_155621

    32/32

    PODER JUDICIRIO

    Gabinete do Desembargador Carlos Alberto Frana

    200693000325!, $a Comar#a $e :anta elena $e oi&s, fig+ran$o #omo

    agravante o *(ta#o #e &oi'( e #omo agrava$o Ant+nio #e ,i(oa

    og/eira.

    ACORDAF os integrantes $a Ber#eira B+rma J+lga$ora $a

    :eg+n$a C9mara Cvel $o Egrgio Bri/+nal $e J+sti-a $o Esta$o $e oi&s,

    por +nanimi$a$e $e votos, em #on5e#er $o agravo regimental e negar@l5e

    provimento, nos termos $o voto $o Relator, proferi$o na assenta$a $o

    +lgamento e *+e a este se in#orpora.

    Kotaram, alm $o Relator, os Desem/arga$ores