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08 de novembro de 2017 3ª edição ENTREVISTA ELISALDO CARLINI Fundador da ABRAMD fala sobre sua trajetória. PÁGINAS 4 e 5 CONFERÊNCIAS Primeiro dia de reuniões movimenta o 6º Congresso da ABRAMD. PÁGINA 6 LANÇAMENTO DE LIVROS Autores aproveitam espaço para divulgação de obras. PÁGINA 10 BOLETIM ELETRÔNICO

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Page 1: BOLETIM ELETRÔNICO

08 de novembro de 2017 • 3ª edição

ENTREVISTAELISALDO CARLINI

Fundador da ABRAMD fala sobre sua trajetória.

PÁGINAS 4 e 5

CONFERÊNCIASPrimeiro dia de

reuniões movimenta o 6º Congresso da ABRAMD.

PÁGINA 6

LANÇAMENTO DE LIVROSAutores aproveitam espaço

para divulgação de obras.PÁGINA 10

BOLETIM ELETRÔNICO

Page 2: BOLETIM ELETRÔNICO

REALIZAÇÃO PROGRAMAÇÃO

EXPEDIENTESUPERVISÃO E REVISÃO: CINDA MURTAEDIÇÃO, FOTOGRAFIA E DIAGRAMAÇÃO: ANDRÉ CORREIAREPORTAGEM: GABRIELLE ASSIS e LEONARDO PARRELAESTAGIÁRIOS: ANA BEATRIZ DIAS, LUCAS FARIA e WALLACE LOPES

09/11/2017 - QUINTA-FEIRA

08:00 às 18:00 | CredenciamentoLocal: Sala Multiuso, Prédio 4309:00 às 10:30 | Conferência 04 | Governabilidade no campo das drogasLocal: Anfiteatro, Prédio 30

10:30 às 11:00 | Intervalo

11:00 às 12:30 | Conferência 05 | Movimentos Pioneiros na Redução de DanosLocal: Auditório 01, Prédio 411:00 às 12:30 | Conferência 06 | Diversidade Sexual e raçaLocal: Auditório 02, Prédio 5

12:30 às 13:30 | Intervalo

13:30 às 15:30 | Grupos de Trabalho - Comunicação Oral

15:30 às 16:00 | Intervalo

16:30 às 18:00 | Mesas RedondasMR07 | Especificidades brasileiras para o debate sobre a regu-lação de drogas psicoativasLocal: Anfiteatro, Prédio 30MR08 | Etnografias de cenas de uso de crack: dilemas e con-tribuições para a intervenção em saúdeLocal: Auditório 1, Prédio 4 MR09 | Jovens entre guerra e paz: resistências ao extermínio de jov-ens de periferia envolvidos com drogasLocal: Auditório 2, Prédio 5MR10 | Juventudes e drogas: Identidades, educação e violênciaLocal: Auditório 3, Prédio 43MR11 | Mindfulness para comportamentos aditivos: Intervenções na prática clínica brasileiraLocal: Sala Multiuso, Prédio 14 MR15 | Prevenção de Recaída: estado da arte contemporâneaLocal: Sala Multimeios, Prédio 3

16:30 às 18:00 | Seminário Clínico - ABRAMD Clínica-SPLocal: Sala 117, Prédio 13

18:30 às 20:00 | Assembleia da ABRAMDLocal: Auditório 3, Prédio 43

CONFIRA A ERRATA DA PROGRAMAÇÃO IMPRESSA NA PÁGINA 12 DESTE BOLETIM

APOIO

ORGANIZAÇÃO

Page 3: BOLETIM ELETRÔNICO

SUPERVISÃO E REVISÃO: CINDA MURTAEDIÇÃO, FOTOGRAFIA E DIAGRAMAÇÃO: ANDRÉ CORREIAREPORTAGEM: GABRIELLE ASSIS e LEONARDO PARRELAESTAGIÁRIOS: ANA BEATRIZ DIAS, LUCAS FARIA e WALLACE LOPES

ÍNDICE

Entrevista | Elisaldo Carlini PÁGINAS 4 e 5

ConferênciasPÁGINA 6

Mesas RedondasPÁGINA 7

Grupos de TrabalhoPÁGINA 8

Fórum EspecialPÁGINA 9

Lançamento de LivrosPÁGINA 10

Eleição e AssembleiaPÁGINA 11

Errata da ProgramaçãoPÁGINA 12

www.congressointernacional2017.abramd.org/PARA MAIS INFORMAÇÕES E PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Page 4: BOLETIM ELETRÔNICO

ENTREVISTA

Elisaldo Carlini completa, em 2017, uma marca expressiva: 60 anos de formado. Desde então, se propôs a abordar a maconha por uma ótica diferente, mais huma-na e menos técnica. Essa visão fez com que ele rodasse o mundo e ajudasse a criar a ABRAMD.

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Elisaldo Carlini

Como surgiu a ideia de criar a ABRAMD?A ABRAMD surgiu há seis ou sete

anos e eu fui um dos membros de uma das reuniões achando que era momen-to de fazer uma coisa nova. O que exis-tia aqui (no Brasil) de maior repercussão era o Congresso Brasileiro de Psiquiatria (SBP) que era extremamente dominada pelos médicos e eu achava isso um atra-so. A Medicina, e eu sou médico formado e professor do curso, é muito dominadora e prepotente, então ela não quer ouvir outras áreas e essa crítica foi uma das razões da criação. O fato é que há seis ou sete anos estava acontecendo uma semana de pre-paração para o congresso anual da SBP e o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), órgão que eu dirigia, mandou uma representante le-vando nossas ideias para serem discutidas em grupo, chamando pessoas e tentando dizer que era importante trazer a discus-são para o âmbito social. A nossa repre-

sentante voltou sem nenhuma ideia aceita e a gente tomou isso como uma grande desfeita, porque eram ideias novas que o Cebrid e outros órgãos julgavam boas. En-tão, ali, naquele momento, surgiu a ideia de criar uma nova sociedade

E o que essa ‘nova sociedade’ propunha?

A nova sociedade tinha como objeti-vo discutir o comportamento. Sempre en-volvendo diversos pontos de vista como o sociológico, o psicológico, psiquiátrico e todas as outras áreas de conhecimento que existem sobre o ser humano. Por isso o nome Associação Brasileira Multidiscipli-nar de Estudos sobre Drogas, buscando agregar esses conhecimentos e fugir da visão tradicional da Medicina e da Psiquia-tria, que sempre tinham como resposta o medicamento para todas as doenças. E a ABRAMD pegou que nem fogo. Rapi-damente foi aceita e cresceu. Eu não sei qual é a porcentagem de médicos nessa reunião, mas acredito que seja baixa. O que eu acho realmente incrível, pois eles não querem ouvir o que tá ocorrendo no mundo. Para eles, todos os problemas que acontecem no mundo, atentados, as guerras e tudo isso, nada tem a ver com a Psiquiatria. Eles estão assim, num mundo diferente do nosso.

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Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (1957) e mestrado em Psicofarmacologia - Yale University (1962). Atual-mente é da Universidade Federal de São Paulo, membro do Expert Ad-

visory Panel on Drug Dependence and Alcohol Problems (7º Mandato) - World Health Organization (WHO), ex-membro do International Narcotic Control Board (INCB), eleito pelo Conselho Econômico Social das Nações Unidas, parecerista do Phytotherapy Research e Journal of Ethnopharma-

cology, coordenador da Câmara de Assessoramento Técnico Científico da Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD). Tem experiência na área de Farmacologia, com ênfase em Neuropsicofarmacologia, atuando princi-palmente nos seguintes temas: drogas, levantamentos epidemiológicos,

plantas medicinais, psicofarmacovigilância. Orientador de Mestrado e Doutorado do Departamento de Medicina Preventiva da UNIFESP.

Como se deu o desenvolvimento da ABRAMD?

Felizmente cresceu muito rápido. Re-cebemos profissionais especializados nas mais diversas áreas e eu acho isso muito saudável. Hoje, eu sei que tenho muito a aprender ouvindo de um sociólogo, de um historiador e pessoas que tentam entender o presente por meio do passado. Essa tro-ca de conhecimentos é extremamente im-portante para o desenvolvimento pessoal dos associados e para experiência profis-sional de todos nós. Acho que, ao buscar um lado que não era observado antes, ga-nhamos a simpatia do público universitário, principalmente, e então conseguimos nos estabelecer.

Como surgiu o seu interesse na pesquisa sobre a maconha?

Em 1952 eu tive um professor de Far-macologia que era um dos maiores sábios que eu já conheci. Sábio não só no assun-to que ministrava, mas sábio em coisas do Brasil, o falecido José Ribeiro do Vale. Ele estudava a maconha e era incrível que ele sempre também buscava conhecer tudo sobre o povo brasileiro. Em um determi-nado dia ele plantou um pé de maconha onde hoje é o prédio da Escola Paulista de Medicina e ao redor tinha muita construção civil e as pessoas viram ele plantando o pé

de maconha. E o que chamou a atenção é que, aos fins de semana, o pessoal ia lá pegava uma folha e fumava. O professor falou que eles tiravam no fim de semana porque eles precisavam de algo que os ti-rassem da miséria que eles estavam viven-do e esse algo era a maconha. Essa era a visão dele e eu fui criado a partir disso. Desde então eu nunca parei. Formei em Medicina, me especializei, fui ao exterior buscar conhecimento, voltei. O importante é que eu nunca parei. Tenho vários artigos científicos publicados, quase seis mil cita-ções internacionais. Acho que o que eu fiz é interessante num ponto de vista diferente do abordado pela Psiquiatria, porque não fala no vocabulário técnico que é importan-te para eles. Eu sempre procurei prestar atenção no que acontece ao redor e esse sempre foi o ponto de partida que eu me propus a sair.

Qual a importância da discussão sobre a maconha para a sociedade atual?

Eu acho que é muito importante que exista uma sabedoria popular verdadei-ra. Por exemplo, vou dar uma palestra para os juristas aqui do Brasil para falar o quanto de ‘mentira científica’ é falada sobre a maconha. É muita coisa que eu denuncio por meio de pesquisa que é preciso popularizar.

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NOTÍCIAS

Conferências abrem espaço para troca de conhecimento A manhã dessa quarta-feira foi movimentada

pelas conferências. Debatendo os temas “Drogas, Movimento Ambiental e autonomia”, “Arqueologia de cuidados e controvérsias médicas” e “Territó-rios psicotrópicos: diversidade e autonomia”, os auditórios ficaram cheios, com plateias interessa-das e discussões engrandecedoras.

A conferência sobre “Arqueologia de cuida-dos e controvérsias médicas” foi um espaço para ampla discussão de como o tratamento e os cui-dados são feitos atualmente, abordando as sin-gularidades e individualidades dos pacientes que necessitam de atendimento. Para a professora Clarissa Corradi (USP), a interdisciplinaridade dos profissionais que debateram o assunto aju-dou a ampliar ainda mais a discussão. “As falas foram bem articuladas, com diferentes visões e, além disso, a plateia acrescentou com perguntas muito adequadas”.

Para Daniela Ribeiro, da UFSC, que assistiu à conferência, um ponto importante abordado foi o senso crítico necessário para os profissionais da área. Para ela, atualmente, há muita preocupação com as doenças, sem pensar nos cuidados. “As discussões de hoje mostraram a importância em se despertar um debate sobre a forma de olhar os problemas e as particularidades de cada pessoa que necessita de atendimento”.

Na conferência “Drogas, movimento am-biental e autonomia” foi discutida a importância dos debates sobre as políticas relacionadas às drogas e a ampliação dos conhecimentos sobre o impacto social que um desastre natural ou o mal uso do meio ambiente pode influenciar no que diz respeito ao número de usuários de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas.

Karine Gonçalves Carneiro (UFOP), uma das conferencistas, usou o rompimento da bar-ragem de Fundão, em Bento Rodrigues (MG), como exemplo para análise do aumento de usuá-

rios de drogas. Ela refletiu que as drogas são usadas como meio de escapar do sofrimento da desterritorialidade causada pelos acontecimen-tos. “Somos indivíduos vinculados aos territórios, logo quando algo impede ou inviabiliza esse vín-culo, nos tornamos desterritorializados e tristes”. Complementando e concluindo as discussões desse tema, a professora Beatriz Cauby Laba-de (CIESAS) ainda falou sobre a ligação entre a guerra contra as drogas e o impacto socioam-biental. “A guerra às drogas é, de certa forma, uma guerra entre espécies, tendo em vista que é uma guerra entre os humanos e algumas espé-cies de plantas”.

A conferência sobre “Territórios psicotrópi-cos” discutiu a ocupação do espaço público pelos usuários de drogas e como a autonomia de viver na rua é estudada atualmente e a diversidade de lugares e formas de consumo que estão enraiza-das na sociedade brasileira.

Para Lucas do Vale, da Terceira Margem, “essa conferência foi importante para aumentar minhas reflexões sobre a ocupação dos espaços pelos moradores em situação de rua e, principal-mente, para entender por qual razão eles utilizam drogas quais as relações que eles tem com os es-paços ocupados”.

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NOTÍCIAS

O final da tarde do segundo dia do 6º Congresso Internacional da ABRAMD foi composto pelas Mesas Redondas, espaço de discussão e tro-ca de ideias já tradicional desse tipo de evento.

Os participantes debateram sobre “A experiência do tratamento comu-nitário no atendimento ao usuário de drogas na rede de saúde no Distrito Fe-deral”, os “Desafios associados a com-portamentos compulsivos”, os “Desa-fios para a Formação no Campo AD em tempos de crise ética e epistemológi-ca” e os “Direitos Humanos e vulnera-bilidade: pessoas, drogas e contexto”.

Nessa última mesa, por exemplo, um dos temas discutidos foi as mulhe-res na cultura do crack. Os exposito-res descreveram como as mulheres se relacionam desde o primeiro contato

com as drogas até as mudanças na vida cotidiana para conseguir comprá-las, usando o corpo como estratégia de venda, e chegaram à conclusão de que elas passam a ser invisíveis e vulnerá-veis no contexto social. Para as pessoas que assitiram à discussão, o conheci-mento e a troca de informações foram muito relevantes e serão levados para pesquisas e estudos futuros.

Mesas Redondas: momento para diálogo

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NOTÍCIAS

Ciência, diversidade, política e cuidados são temas dos Grupos de Trabalho

Os Grupos de Trabalho fo-ram espaços para apresenta-ção e discussão de pesquisas relacionadas a diversas áreas temáticas. Ao todo, quinze grupos debateram seus temas no início da tarde desse se-gundo dia do VI Congresso da ABRAMD.

Para Keronlay Machado (UFRJ), que assistiu uma das exposições, “essas atividades foram de extrema importância para as discussões no campo das drogas, pela abordagem interdisciplinar e, especialmen-te, pelo destaque dado para o viés da Ciências Sociais”.

Um dos assuntos aborda-dos foi “Educação e serviços de saúde: drogas e institui-ções” e a coordenadora profes-sora Maria de Lourdes da Silva (UERJ) ressaltou a importância de se ampliar a percepção das políticas públicas na sociedade e viabilizar as práticas educati-vas para efetuar melhorias nos serviços de saúde.

Vários grupos debateram a caracterização do CAPS ad. O professor Jeremias Campos Simões (UCV) apresentou grá-ficos a respeito das condições socioênomicas de usuários de drogas e o impacto da renda na qualidade de vida deles. A psi-cóloga Patrícia Aymberé Bello (Serviço de Saúde Dr. Cândi-do Ferreira) comentou sobre o

processo de inser-ção de depentes químicos no UAA (Unidade de Acolhi-mento Adulto), que tem como um dos objetivos reduzir os danos decorrentes do uso do crack, alcool e outras dro-gas atráves da ga-rantia de direitos como moradia, ali-mentação, saúde e educação. A pro-fessora Dra. Sybelle de Souza Castro (UFTM) caracterizou o perfil dos profissionais que tra-balham nos centros, visto que práticas culturais e sociais que são levadas para os CAPS ad podem resultar em preconcei-tos aos usuários. Ela afirmou a importância da capacitação adequada desses profissionais e a necessidade de estudos relacionados ao tema saúde mental, tantos dos usuários, quanto de quem trabalha com essa problemática.

Outro tema abordado foi “A reivenção do cuidado do usuá-rio de substância psicoativa”. O professor Thiago Pereira da Silva Flores (PUC Minas) apre-sentou um comparativo entre Hanseníase e Crack, para ve-rificar as similaridades e dife-renças das leis em vigores a respeito dessas drogas e as

controvérsias da internação compulsória como medida de saúda, visto que essa medida pode infringir os direitos huma-nos.

O debate sobre “Práticas de saúde, drogas e redução de danos” fomentou a discussão acerca das alternativas e estra-tégias para fortalecer o diálogo entre os médicos e usuários de drogas, além da importân-cia em possibilitar que depen-dentes sejam protagonistas do desejo de reduzir os danos causados pelas drogas. A te-rapeuta ocupacional Gabriela Ferreira Oliveira (UFMG), que estava acompanhando o tema em sala, afirmou que o deba-te ajudou para o entendimento dos danos a partir da perspec-tiva dos usuários de drogas e das possibilidades das estraté-gias para solucionar os proble-mas de saúde pública.

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NOTÍCIAS

Professor Carlini é aplaudido de pé ao falar sobre estudos de comportamento animal

De forma descontraída e peculiar, o professor Elisaldo Carlini fez uma expo-sição sobre comportamento social entre animais e o elo comum de todos os se-res vivos do mundo animal, com o tema “Comportamento social: inato ou apren-dido?”, no Fórum Especial realizado na noite dessa quarta-feira.

Aplaudido diversas vezes durante suas falas, Carlini falou sobre como as ciências são vistas no contexto social brasileiro atual e como as universidades têm que mudar a forma de incentivo às pesquisas.

O palestrante, que já é conhecido e reconhecido mundialmente por seus estudos na área, narrou como realizava suas pesquisas sobre comportamento animal, com ilustrações e fotos de seus objetos de estudo e as formas que leva-ram-no a entender o parasitismo, a sub-missão e a agressão em seres vivos, a partir da inserção de drogas e medica-mentos nos animais durante os experi-mentos.

Professor Carlini ainda exemplificou como os resultados dos estudos podem

ser aplicados na vida cotidiana da socie-dade atual e como as drogas modificam a percepção e a forma de agir dos seres para que eles se adaptem.

Antes de finalizar sua palestra, o professor ainda enfatizou a necessidade das universidades, dos profissionais e dos pesquisadores em prestarem aten-ção nos comportamento sociais, para te-rem um olhar mais ampliado sobre tudo.

Para encerrar, ele fez questão de expor a idade que possui, falando dos problemas de saúde que já enfrentou e deixando a mensagem de que é impor-tante valorizar a vida, já que todos, um dia, vão ficar velhos.

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O Intervalo do segundo dia do VI Con-gresso da ABRAMD foi agitado pelo Lança-mento de Livros, que aconteceu no hall do An-fiteatro, no prédio 30.

Os autores expuseram suas obras e con-versaram com o público, em uma troca de co-nhecimento e informação. Para Mirna Teixeira (Fiocruz), que expôs o livro “Saberes e práti-cas na Atenção Primária à Saúde: cuidado à população em situações de rua e usuários de álcool, crack e outras drogas”, o espaço para divulgação dentro do evento da ABRAMD foi excelente, porque “permitiu que o trabalho fosse visto por pessoas de diversas partes do país, possibilitando uma troca de conhecimen-to imensurável”.

Telmo Ronzani (UFJF) e Marcelo Dalla Vecchia (UFSJ), organizadores do livro “Dro-gas e direitos humanos: reflexões em tempo de guerra às drogas” conversaram com diver-sos admiradores e assinaram muitas obras. Segundo Marcelo, o livro surgiu a partir do 5º Congresso Internacional de Drogas que acon-teceu em São João Del Rei (MG) em 2015. “Nós organizamos a obra a partir das falas do evento e estar aqui hoje, para divulgar e es-palhar para pessoas da área, é ótimo”. Além disso, ele enfatizou que o espaço cedido pela ABRAMD possibilitou encontro com diversos outros autores e estudiosos da área, possibili-tando trocas muito boas.

*Os autores enfatizaram que as obras tam-bém estão disponíveis em versão online.

NOTÍCIAS

Troca de conhecimento marca Lançamento de Livros

Trabalhos acadêmicos ganham espaço em exposição

O horário do Intervalo foi bem movimentado. Além do Lançamento de Livros, os participantes do 6º Con-gresso da ABRAMD puderam conhe-cer e apreciar diversas pesquisas aca-dêmicas na Sessão de Pôsteres.

Ao todo, 75 expositores foram ca-dastrados para a atividade e os pre-sentes ressaltaram a importância da divulgação científica dentro de um evento com caráter internacional como esse Congresso da ABRAMD.

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Page 11: BOLETIM ELETRÔNICO

NOTÍCIAS

Nesta quinta-feira (9), acontecerá a Assembleia da ABRAMD, a partir de 18h30, no auditório 3 do prédio 43.

Na ocasião, será divulgado o resultado da eleição para Presidên-cia e Conselho Fiscal da associação e o resultado do concurso que premiará um trabalho de comunicação oral, uma pesquisa acadêmi-ca e um pôster.

Eleição da ABRAMDChapa: “Drogas, Autonomias e Diversidades”

Observamos uma situação políti-ca nacional extremamente preocupante, marcada pelo avanço do conservado-rismo (por vezes imerso em uma esca-tologia político-religiosa) que insiste em atacar os direitos civis e humanos con-quistados ao longo das últimas décadas. Isto se reflete claramente na ampliação de expressões fascistas no cenário do debate público acerca das drogas. Esse cenário favorece arbitrariedades e injus-tiças sociais, étnicas e políticas, perpe-tuadas em nome de uma política proibi-cionista e de guerra, cujos reflexos são sentidos principalmente pelos jovens po-bres, negros e moradores das periferias urbanas, e pelas populações em situação de rua.

Por outro lado, esse momento cla-ma por articulações, ou rearticulações, que agreguem pesquisa científica, pro-fissionais de áreas diversas, movimen-tos sociais, e usuários de drogas, com o objetivo de produzir práticas e discursos que sejam combativos a esse cenário. O presente congresso da ABRAMD nos dá mostras de que esta resposta está sendo pensada e construída por muitos de nós.

Neste sentido, pensando na conti-nuidade do trabalho que vem sendo feito nos últimos anos pela ABRAMD, e com o objetivo de expandir e regionalizar a associação, levando os debates também para regiões ainda não tocadas por ela, lançamos a chapa “Drogas, Autonomias e Diversidades”.

Composição da chapa

Presidenta: Luciane Marques RauppVice-presidente: Rubens Adorno1ª Secretária: Sandra Fergutz2º Secretário: Marcelo Dalla VechiaTesoureiro: Jardel Fischer Loeck2ª Tesoureira: Selma Lima da Silva

CONSELHO FISCALEdward MacRaeEduardo Viana VargasDaniele Vallim

Assembleia da ABRAMD

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Page 12: BOLETIM ELETRÔNICO

ERRATA DA PROGRAMAÇÃOPÁGINA 7Onde lê:11:00 às 12:00 | Conferencia 05 | Movimentos Pioneiros na Redução de Danos11:00 às 12:00 | Conferencia 06 | Diversidade Sexual e raça12:00 às 13:30 | IntervaloLeia:11:00 às 12:30 | Conferencia 05 | Movimentos Pioneiros na Redução de Danos11:00 às 12:30 | Conferencia 06 | Diversidade Sexual e raça12:30 às 13:30 | Intervalo

PÁGINA 17Onde lê:MR06 | Direitos Humanos e vulnerabilidade: pessoas, drogas e contextosLocal: Sala Multiuso, Prédio 14Debatedor: Marilyn Dione de Sena-Leal (UFPE)

17:30 às 18:30 | FÓRUM ESPECIAL | “Comportamento so-cial entre animais”: Elo comum de todos os seres vivo do mundo animalData: 08/11/2017 | Horário: 17:00 às 18:30Local: Sala Multiuso, Prédio 6Leia:MR06 | Direitos Humanos e vulnerabilidade: pessoas, drogas e contextosLocal: Sala Multiuso, Prédio 14Debatedor: Marilyn Dione de Sena-Leal (UPE)

18:30 às 19:30 | FÓRUM ESPECIAL | “Comportamento so-cial entre animais”: Elo comum de todos os seres vivo do mundo animalData: 08/11/2017 | Horário: 18:30 às 19:30Local: Auditório 3, Prédio 43

PÁGINA 18Onde lê:11:00 às 12:00 | Conferência 05 | Movimentos Pioneiros na Redução de Danos11:00 às 12:00 | Conferência 06 | Diversidade Sexual e raçaLeia:11:00 às 12:30 | Conferência 05 | Movimentos Pioneiros na Redução de Danos11:00 às 12:30 | Conferência 06 | Diversidade Sexual e raça

PÁGINA 22Onde lê:MR09 | Jovens entre guerra e paz: resistências ao extermínio de jovens de periferia envolvidos com drogasLocal: Auditório 2, Prédio 5Coordenadora: Debatedora: Maria Ines Gandolfo Conceicao (UNB)Expositores:Joelle Bordet (Paris)Sandra Eni Fernandes Nunes Pereira (UNB)Ricardo Henrique Brito Marques (SEDF)Carla Dalbosco (Hospital das Clínicas de Porto AlegreLeia: MR09 | Jovens entre guerra e paz: resistências ao extermínio de jovens de periferia envolvidos com drogasLocal: Auditório 2, Prédio 5Coordenadora: Debatedora: Maria Ines Gandolfo Conceicao (UNB)

Expositores:Joelle Bordet (Paris)Sandra Eni Fernandes Nunes Pereira (UNB)Walter Ude Marques (UFMG)Marisa Feffermann (Secretaria de Saúde-SP)

Onde lê:18:30 às 20:00 | Reunião ABRAMDLeia:18:30 às 20:00 | Assembleia ABRAMD

PÁGINA 23Onde lê: MR02 | A teoria e a prática do cuidado profissional com as pessoas que fazem uso de álcool e outras drogasLocal: Auditório 1, Prédio 4Debatedora: Michele Gomes Tarquino (FPS)Expositores:Michele Gomes Tarquino (FPS)Maria Eduarda Vasquez Cordeiro (FPS)Marilyn Dione de Sena-Leal (UFPE)Pollyanna Fausta Pimentel de Medeiros (GEAD/UFPE; EPI-PREV;FIOCRUZ/SENAD)

Leia:MR02 | A teoria e a prática do cuidado profissional com as pessoas que fazem uso de álcool e outras drogasLocal: Auditório 1, Prédio 4Debatedora: Michele Gomes Tarquino (FPS)Expositores:Michele Gomes Tarquino (FPS)Maria Eduarda Vasquez Cordeiro (FPS)Marilyn Dione de Sena-Leal (UPE)Pollyanna Fausta Pimentel de Medeiros (GEAD/UFPE; EPI-PREV;FIOCRUZ/SENAD)

MESA CANCELADA: MR17 | Tratar através das redes – O Tratamento Comunitário como uma proposta Horizontal de integração da população de rua

Onde lê:08:30 às 10:00 | Conferência 08 | Drogas, justiça e cidadaniaLocal: Auditório 2, Prédio 5Leia:08:30 às 10:00 | Conferência 08 | Drogas, justiça e cidadaniaLocal: Auditório 3, Prédio 43

PÁGINA 27Onde lê:16:00 às 17:30 | Conferência de Encerramento | Acumulação primitiva: o mal manejo das prisões, dos hospitais psiquiátri-cos e a medicação da pobrezaLocal: Anfiteatro, Prédio 3017:30 | Cerimônia de Encerramento do 6º Congresso ABRAMD 2017Local: Anfiteatro, Prédio 30Leia:16:00 às 17:30 | Conferência de Encerramento | Acumulação primitiva: o mal manejo das prisões, dos hospitais psiquiátri-cos e a medicação da pobrezaLocal: Auditório 3, Prédio 4317:30 | Cerimônia de Encerramento do 6º Congresso ABRAMD 2017Local: Auditório 3, Prédio 43

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