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ISSN 2182-0597 Publicação Mensal DIRETOR: Jorge Miguel Miranda Nº38, fevereiro 2014 CONTEÚDOS IPMA,I.P. 01 Resumo 02 Descrição Meteorológica 03 Descrição Agrometeorológica 12 Previsão 12 Situação agrícola 13 Anexos RESUMO Boletim Meteorológico para a Agricultura Fevereiro 2014 Produzido por Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. O mês de fevereiro, em relação à quantidade de precipitação classificou-se como chuvoso a muito chuvoso em quase todo o território, exceto na região sudeste onde foi normal a seco. De acordo com o balanço hídrico climatológico, o mês de fevereiro apresentou um superavit em todo o território, exceto nas regiões do sudeste que se apresentaram em deficit. No dia 9 uma depressão sofreu um processo de ciclogénese explosiva no seu trajeto pelo Atlântico. Esta depressão designou-se de “Tempestade Stephanie” e deu origem a precipitação forte, com aguaceiros por vezes sob a forma de granizo, e vento forte com rajadas superiores a 100km/h em vários locais. Os valores médios da temperatura média do ar foram em geral próximos do normal. O número de horas de frio (temperaturas inferiores a 7.2ºC) acumulado desde outubro 2013 registou um aumento em relação a janeiro no território do Continente. Verificou-se que o número de horas de frio acumulado na generalidade do território é inferior a 2000 horas, exceto em alguns locais do interior Norte e Centro onde foram superiores. Boletim meteorológico para a agricultura

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ISSN 2182-0597

Publicação Mensal

DIRETOR: Jorge Miguel Miranda

Nº38, fevereiro 2014

CONTEÚDOS

IPMA,I.P.

01 Resumo

02 Descrição Meteorológica

03 Descrição

Agrometeorológica

12 Previsão

12 Situação agrícola

13 Anexos

RESUMO

Boletim Meteorológico para a Agricultura Fevereiro 2014 Produzido por Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P.

O mês de fevereiro, em relação à quantidade de precipitação classificou-se

como chuvoso a muito chuvoso em quase todo o território, exceto na região

sudeste onde foi normal a seco.

De acordo com o balanço hídrico climatológico, o mês de fevereiro apresentou

um superavit em todo o território, exceto nas regiões do sudeste que se

apresentaram em deficit.

No dia 9 uma depressão sofreu um processo de ciclogénese explosiva no seu

trajeto pelo Atlântico. Esta depressão designou-se de “Tempestade Stephanie” e

deu origem a precipitação forte, com aguaceiros por vezes sob a forma de

granizo, e vento forte com rajadas superiores a 100km/h em vários locais.

Os valores médios da temperatura média do ar foram em geral próximos do

normal.

O número de horas de frio (temperaturas inferiores a 7.2ºC) acumulado desde

outubro 2013 registou um aumento em relação a janeiro no território do

Continente. Verificou-se que o número de horas de frio acumulado na

generalidade do território é inferior a 2000 horas, exceto em alguns locais do

interior Norte e Centro onde foram superiores.

Boletim meteorológico para a agricultura

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Descrição Meteorológica

1ª Década, 01-10 de fevereiro de 2014 Na primeira década de fevereiro, a situação meteorológica caracterizou-se pela passagem de várias

depressões pela região norte da Península Ibérica e pelas Ilhas Britânicas. A ação de sucessivos sistemas

frontais de atividade moderada ou forte associados às depressões atrás referidas influenciou também o

estado do tempo. O céu apresentou-se geralmente muito nublado e ocorreram períodos de chuva ou

aguaceiros em todos os dias da década. A precipitação foi por vezes forte, em especial nas regiões do

Norte e do Centro, nos dias 1, 4, 6, 9 e 10. Os aguaceiros foram por vezes sob a forma de granizo e

acompanhados de trovoada. Ocorreu queda de neve, nos pontos mais altos da serra da Estrela nos

primeiros 4 dias da década e, no dia 10, para as regiões do interior Norte e Centro acima dos 600 m. O

vento soprou moderado a forte do quadrante sul, por vezes do quadrante oeste, temporariamente

forte a muito forte e com rajadas na ordem dos 70-80 km/h. A temperatura registou uma subida

gradual na primeira metade da década e uma descida nos últimos dias da década. Em particular, os dias

9 e 10 foram caracterizados pela passagem de uma depressão, centrada às 18UTC de dia 9, na Corunha,

com cerca de 981 hPa, e que sofreu um processo de ciclogénese explosiva no seu trajeto pelo Atlântico.

Para além da precipitação forte a principal consequência desta depressão foi, no dia 9, vento de

sudoeste ou oeste, forte a muito forte, com rajadas com valor máximo registado de 134 km/h no Cabo

da Roca. O vento rodou, no fim do dia, para noroeste, soprando forte a muito forte, no início do dia 10,

com rajadas até 117 km/h no litoral e nas terras altas, tornando-se gradualmente fraco a moderado a

partir da tarde.

2ª Década, 11-20 de fevereiro de 2014 Na segunda década de fevereiro, a situação meteorológica caracterizou-se pela passagem de sucessivos

sistemas frontais, com atividade moderada, pelo território do Continente. O céu apresentou-se

geralmente muito nublado, com períodos de menor nebulosidade, em especial nas regiões do Sul, nos

dias 16, 18 e 19. Ocorreram períodos de chuva ou aguaceiros em todos os dias da década, excetuando,

nas regiões do Sul, nos dias 16 e 19. A precipitação foi por vezes forte nas regiões do Norte e do Centro

nos primeiros 5 dias da década e ocorreram aguaceiros sob a forma de granizo e acompanhados de

trovoada, no dia 15. Verificou-se ainda queda de neve, nos dias 11, 15 e 20, nas regiões do interior

Norte e Centro acima dos 800 m. O vento soprou fraco a moderado, por vezes forte no litoral oeste e

terras altas, predominando do quadrante sul, temporariamente de noroeste na segunda metade da

década. Ocorreram neblinas e nevoeiros durante a madrugada e manhã em alguns locais. No dia 13

registou-se uma subida acentuada da temperatura, em particular da mínima. Entre os dias 14 e 17

registou-se uma descida generalizada da temperatura, em especial da mínima.

3ª Década, 21-28 de fevereiro de 2014 Na terceira década de fevereiro, a situação meteorológica foi condicionada pela passagem de

sucessivos sistemas frontais, com atividade fraca a moderada, pelo território do Continente. O céu

apresentou períodos de muito nublado, com períodos de menor nebulosidade nas regiões do Sul no

início da década. Em todos os dias da década ocorreram períodos de chuva ou aguaceiros, em geral

fracos, sendo por vezes moderados nas regiões a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela. No

dia 21, a precipitação foi sob a forma de neve nas terras altas do Norte e Centro acima dos 800m. O

vento predominou do quadrante oeste fraco a moderado, tendo soprado temporariamente forte de

oeste e com rajadas da ordem dos 70 a 80 km/h, nos dias 24, 25, 26 e 28 no litoral e terras altas das

regiões do Norte. Ocorreram neblinas ou nevoeiros em especial durante a madrugada e manhã. A

temperatura mínima registou uma subida gradual ao longo da década em todo o território.

Descrição meteorológica e agrometeorológica

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1. Descrição Agrometeorológica

1.1 Temperatura

Os valores médios da temperatura média do ar no mês de fevereiro foram próximos do valor normal

na 1ª década, ligeiramente superiores ao normal na 2ª década e na 3ª década foram ligeiramente

inferiores (Figura 1 e Quadro I).

Quadro I - Temperatura média do ar e respetivas anomalias nas 3 décadas do mês de fevereiro de 2014 (°C )

Valores da temperatura média do ar e respetivas anomalias (°C )

Estações 1ª Dec 2ªº Dec 3ª Dec

Tmed Anomalia Tmed Anomalia Tmed Anomalia

Bragança 5.3 -0.7 5.3 -0.6 6.8 -0.2

Vila Real 7.3 -0.2 7.7 +0.6 - -

Coimbra 10.6 -0.2 10.7 +0.2 11.4 0.0

Castelo Branco 8.5 -0.6 8.8 -0.8 9.9 -0.3

Santarém 11.0 +0.1 11.2 +0.6 11.3 -0.3

Lisboa 12.3 -0.2 12.3 0.0 12.4 -0.6

Viana do Alentejo 10.4 -0.3 10.8 +0.4 10.4 -1.0

Beja 10.6 0.0 11.1 +0.8 10.4 -0.7

Faro 12.9 +0.4 13.3 +0.9 12.2 -0.8

Figura 1 - Distribuição espacial da temperatura média do ar nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de fevereiro de 2014

2. Informação Agrometeorológica

2.1 Temperatura acumulada1/Avanço-Atraso das Culturas Na Figura 2 apresentam-se em alguns locais das regiões Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo

e Algarve (de acordo com as regiões agrícolas) os valores da temperatura acumulada desde o início do

1Método das temperaturas acumuladas (Ta)/graus-dia: permite analisar o efeito da temperatura na fenologia das plantas. Admitindo que a

temperatura base (Tb) é aquela a partir da qual determinada espécie se desenvolve, num período de n dias a Ta é o somatório das diferenças

entre a temperatura média diária e a Tb. Sempre que a temperatura média diária for inferior à Tb, a Ta considera-se nula.

1ªd. 2ªd.

3ªd.

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ano agrícola (1 de setembro 2013), considerando a temperatura base de 0 °C e desde 1 de janeiro

2014 para a temperatura base de 6 ºC.

Figura 2 - Temperaturas acumuladas calculadas para a temperatura base de 0 °C para o ano agrícola (setembro

de 2013 a agosto de 2014) e para a temperatura base de 6 °C no ano civil (janeiro a dezembro de 2014).

Comparação com valores normais 1971-2000.

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No Quadro II apresentam-se os valores da temperatura acumulada e o número de dias potencial do

avanço e atraso das culturas no mês de fevereiro de 2014, para algumas localidades do Continente,

para temperaturas base de 0, 4, 6 e 10 °C.

Quadro II - Temperaturas acumuladas (graus-dia) e número de dias potencial do avanço e atraso das culturas

no mês de fevereiro de 2014 para diferentes temperaturas base

Estações

Temperaturas acumuladas

T0 ºC Nº dias avanço atraso

T4 ºC Nº dias avanço atraso

T6 ºC Nº dias avanço atraso

T10 ºC Nº dias avanço atraso

Bragança 160.7 -2.4 48.7 -7.2 21.1 - 1.1 -

Vila Real 202.5 0.5 90.5 1.3 44.1 4.1 2.3 -

Porto 301.6 - 189.6 - 133.6 - 32.6 -

Viseu/C.C. 188.3 -5.9 76.8 -11.3 33.4 -21.0 1.1 -

Coimbra 304.8 0.1 192.8 0.1 136.8 0.2 35.1 2.2

Castelo Branco 252.5 -1.8 140.5 -3.0 85.3 -4.8 13.9 -

Portalegre 238.6 -3.2 126.6 -5.5 70.9 -8.7 4.8 -

Lisboa/I.G. 345.1 -0.6 233.1 -0.9 177.1 -1.2 65.4 -1.6

Évora 279.6 -0.7 167.6 -1.0 111.6 -1.4 19.8 -

Beja 303.7 0.2 191.7 0.4 135.7 0.7 37.5 9.4

Faro 356.3 0.4 244.3 0.6 188.3 0.8 76.3 4.2

2.2 Temperatura acumulada da Vinha

Na Figura 3 apresenta-se a distribuição espacial da

temperatura acumulada para a vinha entre 01 de janeiro e 28

de fevereiro de 2014, para Portugal Continental e no Quadro III

apresentam-se os valores da temperatura acumulada no

mesmo período para as regiões vitivinícolas, estimados a partir

de análises do modelo numérico ALADIN.

Figura 3 - Temperaturas acumuladas entre 01 de janeiro e 28 de

fevereiro de 2014 para uma temperatura base de 3.5ºC, estimadas a

partir de análises do modelo numérico ALADIN

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Quadro III - Temperaturas acumuladas entre 01 de janeiro e 28 de fevereiro de 2014 para a temperatura base

de 3.5ºC na vinha

Regiões Vitivinícolas

T acumuladas (ºC) desde 01 de janeiro 2014 Tb = 3.5ºC

Média Mínimo Máximo Valor na Sede distrito

Península Setúbal 379 311 534 Setúbal – 397

Algarve 375 257 566 Faro – 464

Lisboa 345 238 532 Lisboa - 425 Leiria – 323

Tejo 321 222 470 Santarém – 361

Alentejo 311 162 491 Portalegre - 203

Évora – 292 Beja – 321

Minho 217 25 398 Viana do Castelo - 353

Braga – 252

Beiras 216 17 418

Viseu - 199 Aveiro - 340

Guarda - 109 Coimbra - 312

Castelo Branco – 269

Douro 183 82 248 Porto – 302*

Vila Real – 175 Pinhão – 223

Trás-os-Montes 117 11 236 Bragança - 123

* Inclui-se o valor da sede do distrito do Porto apesar de não pertencer à região vitivinícola Douro e Porto

2.3 Número de horas de frio

Na Figura 4 apresenta-se o número de horas de frio (temperaturas inferiores a 7.2ºC) acumulado desde o

dia 01 de outubro de 2013, estimados a partir de análises do modelo numérico ALADIN. No quadro IV

apresentam-se os valores do número de horas de frio acumulado em fevereiro de 2014 nas sedes de

distrito de Portugal Continental.

No quadro V apresentam-se os valores médios, máximo e mínimo de as horas de frio para a pêra rocha,

estimadas para os concelhos da região Oeste, assim como os valores na sede de concelho.

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Quadro IV - Número de horas de frio entre

01 de outubro 2013 e 28 de fevereiro de 2014

Figura 4 - Número de horas de frio acumulado entre 01 de

outubro 2013 e 28 de fevereiro de 2014 em Portugal Continental

(análises do modelo ALADIN).

Quadro V - Número de horas de frio entre 01 de outubro 2013 e 28 de fevereiro de 2014

Distrito Valor sede distrito

V. Castelo 505

Bragança 1919

Vila Real 1603

Braga 905

Porto 629

Viseu 1288

Aveiro 498

Guarda 1978

Coimbra 512

C. Branco 862

Leiria 654

Portalegre 1082

Santarém/F.B 579

Lisboa/I.G. 211

Setúbal 458

Évora 848

Beja 698

Faro 93

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(análises do modelo numérico Aladin)

Estações Média do Concelho

Mínimo no Concelho

Máximo no Concelho

Sede de Concelho

Porto de Mós 899 660 1009 829

Batalha 838 648 1009 662

Leiria 683 423 988 657

Santarém 655 557 945 579

Rio Maior 654 614 871 663

Alcobaça 626 429 913 597

Cadaval 601 497 643 556

Azambuja 585 502 634 564

Cartaxo 580 548 624 580

Arruda dos Vinhos 579 492 630 583

Sobral de Monte Agraço 578 485 631 591

Alenquer 567 495 626 529

Caldas da Rainha 556 395 709 501

Marinha Grande 534 424 657 609

Bombarral 520 456 609 508

Nazaré 501 434 597 454

Óbidos 480 392 619 507

Vila Franca de Xira 426 218 580 464

Torres Vedras 412 233 599 408

Lourinhã 411 330 486 373

Peniche 396 341 439 349

Mafra 357 198 581 328

Sintra 297 135 481 265

2.4 Precipitação acumulada

Na Figura 5, apresentam-se os valores da precipitação mensal e acumulado no ano hidrológico 2013/14 e

o valor acumulado da normal 1971-2000 nas regiões agrícolas do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo,

Alentejo e Algarve.

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Figura 5 - Precipitação mensal e acumulada no ano hidrológico 2013/14 e média da quantidade de precipitação

mensal acumulada (1971-2000) em algumas estações meteorológicas e mapa com a percentagem da precipitação

acumulada no ano hidrológico em Portugal Continental.

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2.5 Temperatura e Precipitação a Norte e a Sul do Tejo Apresentam-se os valores médios decendiais da temperatura e da precipitação a Norte e a Sul do rio Tejo e

respetivos desvios em relação a 1971-2000 para o mês de fevereiro de 2014 (Quadro VI).

Quadro VI - Temperatura e Precipitação a Norte e a Sul do Tejo – fevereiro de 2014

2.6 Evapotranspiração de referência (ET0)

Na Figura 6 apresenta-se a distribuição espacial, por décadas, dos valores de evapotranspiração de

referência (ET0, Penman-Monteith) em fevereiro de 2014, estimada com base em análises do modelo

numérico “ALADIN”2, e segundo o método da FAO. Na Figura 6 apresenta-se a distribuição espacial da

evapotranspiração de referência (ET0, Penman-Monteith) acumulada entre 1 de setembro 2013 e 28 de

fevereiro de 2014.

Figura 6 – Evapotranspiração de referência nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de fevereiro de 2014 e evapotranspiração de

referência acumulada de 1 de setembro 2013 a 28 de fevereiro de 2014

2.7 Balanço hídrico climatológico Na Figura 7 apresenta-se a evolução decencial, durante o ano de 2014, do défice e excesso de água. Este

procedimento segue a metodologia adotada por Thornthwaite & Mather (1955). Consideraram-se os

valores de capacidade máxima de água disponível no solo, para os diferentes tipos de solo, propostos pela

FAO.

2Modelo de previsão numérica, de área limitada, desenvolvido e aplicado no âmbito do consórcio europeu “ALADIN”

1ªd. 2ªd. 3ªd. Ano

agrícola

.

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Figura 7 – Balanço hídrico climatológico decendial em 2014

2.8 Água no solo

Na Figura 8 apresentam-se os valores em percentagem de água no

solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, no

final de fevereiro de 2014. Ocorreu um aumento da percentagem

de água no solo em todas regiões do Continente. No final de

fevereiro os valores eram normais em todo o território.

Figura 8 - Percentagem de água no solo a 28 de fevereiro de 2014

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3. Previsão para Portugal Continental

Para os próximos 5 dias não se prevê a ocorrência de

precipitação em todo o território do Continente.

Figura 9 – Previsão da precipitação total acumulada do

ECMWF (período: de 14/03/2014 a 18/03/2014)

3.1 Previsão mensal para Portugal Continental3

Período de 19/03 a 13/04 de 2014:

Na precipitação total semanal prevêem-se valores abaixo do normal, para todo o território, na semana de

07/04 a 13/04. Nos dias 19/03 a 23/03 e nas semanas de 24/03 a 30/03 e de 31/03 a 06/04 não é possível

identificar a existência de sinal estatisticamente significativo.

Na temperatura média semanal não é possível identificar a existência de sinal estatisticamente

significativo para o período de 19/03 a 13/04.

4. Situação agrícola (Fonte: INE)

As previsões agrícolas, a 31 de janeiro, apontam para uma produção de 627 mil toneladas de azeitona para

azeite, a maior desde a década de sessenta, em resultado da conjugação de condições meteorológicas

favoráveis ao longo do ciclo com a entrada em plena produção de novos olivais intensivos. As sementeiras

de cereais de outono/inverno decorreram sem grandes constrangimentos, exceção feita às mais tardias,

interrompidas e prolongadas no tempo devido à precipitação constante. As áreas semeadas destas

culturas são semelhantes às da campanha passada com exceção do trigo mole que deverá aumentar 5% e

do trigo duro onde se prevê uma diminuição de 5%. As searas apresentaram germinações e

desenvolvimentos vegetativos heterogéneos. De referir algumas ocorrências de problemas relacionados

com o excesso de precipitação, principalmente nos solos mais pesados e com menor drenagem.

3Previsão com base no modelo do Centro Europeu de Previsão do Tempo a Médio Prazo (ECMWF)

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Quadro VII - Valores de alguns elementos meteorológicos em fevereiro de 2014 por década (1ª, 2ª e 3ª)

Estação Tmin (ºC) Tmáx (ºC) Prec (mm) HR (%) V (Km/h) ( a 10m) Década 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª

V. Castelo 7.1 6.1 8.0 12.9 13.6 14.3 155.4 93.6 58.2 80.1 97.4 89.8 - - - Bragança 2.0 0.7 2.3 8.6 10.0 11.4 109.6 25.9 15.5 88.3 91.3 87.9 15.8 8.1 9.9 Vila Real 3.3 3.1 4.8 9.9 10.7 12.1 136.5 44.0 21.0 87.8 93.5 88.8 11.8 7.6 9.7 Braga - - - - - - - - - - - - - - - Porto/S.P - - - - - - - - - - - - - - - Viseu 3.0 3.1 4.1 9.2 10.1 11.1 250.2 96.5 38.2 90.4 91.7 90.3 20.2 13.9 13.7 Aveiro - - - - - - - - - - - - - - - Guarda - - - - - - - - - - - - - - - Coimbra 6.8 6.8 7.5 12.9 13.4 14.1 127.5 65.7 34.5 99.5 97.7 97.6 16.5 9.9 8.6 C. Branco 4.9 4.3 5.7 12.2 13.3 14.0 105.2 40.4 7.7 94.0 95.9 92.6 17.1 10.6 12.9 Alcobaça - - - - - - 108.6 107.2 32.6 81.6 92.0 90.4 14.0 8.1 7.1 Portalegre - 3.8 4.6 - 12.0 11.4 99.0 97.7 17.5 - 91.1 97.8 - 15.4 16.5 Santarém/F.B 7.4 7.7 7.4 14.6 14.8 15.2 12.2 48.0 15.2 - - - 14.5 10.1 7.7 Lisboa/G.C. 9.1 7.5 8.4 14.8 16.9 15.2 116.5 54.8 20.3 82.7 85.4 86.9 20.1 13.6 11.6 Setúbal - - - - - - - - - - - - - - - Évora 5.7 6.8 4.7 13.7 14.2 14.9 74.0 43.3 7.6 - - - 19.8 15.6 12.7 Beja 7.2 7.4 5.7 14.1 14.8 15.2 46.1 23.5 3.7 - 93.7 91.0 - 13.5 14.0 Faro 9.3 10.5 7.9 16.6 16.0 16.5 - - - 83.9 79.8 77.4 18.1 15.0 12.1

No quadro VII apresentam-se os valores médios decendiais da temperatura mínima (Tmin), temperatura máxima (Tmax), humidade relativa às 09UTC

(HR) a 1.5 m, os valores totais decendiais da precipitação (Prec) e o vento médio diário (V) a 10 m.

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Quadro VIII - Valores de alguns elementos agrometeorológicos em fevereiro de 2014 por década (1ª, 2ª e 3ª)

Estação Trelva (ºC) Tsolo 5cm(ºC) Tsolo 10cm(ºC) ET0 (mm) Água Solo (%)

Década 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª Acumu-lado 28 fevereiro

V. Castelo 6.1 5.4 7.0 8.7 9.0 10.0 9.2 9.4 10.5 12.5 12.5 11.3 36.3 100.0 Bragança 1.2 0.2 1.7 4.5 4.7 5.8 5.1 5.2 6.4 10.4 11.6 11.7 33.7 97.0 Vila Real 2.5 1.8 3.8 5.0 5.3 6.3 5.6 5.7 6.8 11.5 11.6 10.7 33.9 100.0 Braga - - - - - - - - - 12.1 12.0 11.0 35.1 - Porto/S.P - - - - - - - - - 14.2 13.4 12.1 39.7 - Viseu -9.1 -9.1 -8.9 6.0 6.4 7.0 6.4 6.7 7.4 11.8 12.0 11.3 35.0 100.0 Aveiro - - - - - - - - - 15.3 13.4 12.6 41.2 - Guarda - - - - - - - - - 11.9 12.9 11.5 36.2 - Coimbra 5.7 4.9 4.3 10.1 9.9 10.4 10.4 10.1 10.6 14.4 13.0 12.3 39.7 100.0 C. Branco 4.2 2.8 4.2 7.0 6.9 7.3 7.7 7.7 8.1 14.0 14.7 15.5 44.2 100.0 Alcobaça 4.7 2.2 2.4 10.4 10.0 10.7 11.0 10.6 11.1 14.7 13.5 13.1 41.2 - Portalegre - 2.9 3.9 - 6.5 6.5 - 7.1 6.9 12.5 13.7 12.1 38.2 100.0 Santarém/F.B 6.1 5.2 3.7 10.9 10.8 10.4 11.4 11.2 10.9 17.0 15.1 15.0 47.1 100.0 Lisboa/G.C. 5.1 5.6 5.3 28.8 28.7 28.8 10.9 10.9 10.4 15.5 14.1 14.6 44.1 93.0 Setúbal - - - - - - - - - 17.2 15.6 15.5 48.4 - Évora 3.4 3.8 1.4 9.6 9.9 9.4 10.0 10.4 10.0 15.1 15.1 14.8 45.0 91.0 Beja - 3.0 4.6 10.2 10.9 10.6 10.8 12.4 12.0 16.1 16.2 15.9 48.1 90.0 Faro 11.8 12.4 11.6 13.4 13.6 12.7 13.8 14.0 13.3 16.9 17.7 18.2 52.8 55.0

No quadro VIII apresentam-se os valores decendiais da temperatura da relva (Trelva), temperatura do solo a 5 e a 10cm de profundidade (Tsolo), da

evapotranspiração de referência (ET0 – das 00UTC às 24UTC) estimada com base em análises do modelo numérico “ALADIN” e segundo o método da

FAO para as 3 décadas do mês e o valor acumulado no ano agrícola em curso (com início a 1 de outubro e fim a 31 de agosto), e percentagem de

água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas.