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à frente do nosso tempo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior 1/13 Instituto de Meteorologia, I. P. Rua C – Aeroporto de Lisboa Tel.: (351) 21 844 7000 e-mail: [email protected] 1749-077 Lisboa – Portugal Fax: (351) 21 840 2370 URL: http://www.meteo.pt Nº7, julho 2011 CONTEÚDOS IM,I.P. 01 Resumo 02 Descrição Meteorológica 03 Descrição Agrometeorológica 08 Informação agrometeorológica especifica 09 Previsão Mensal 10 Anexos Figura 1- Zona de vinha (http://www.vinhoverde.pt ) RESUMO Boletim Meteorológico para a Agricultura Julho 2011 Produzido por Instituto de Meteorologia, I.P. Também disponível em www.meteo.pt Durante o mês de julho de 2011 no Continente, os valores da temperatura média do ar foram mais baixos na 2ª década e mais altos na 3ª década, tendo sido superiores aos valores normais (1971-2000) e verificando-se queos dias mais quentes ocorreram no período de 25 a 29 de julho. Os valores de precipitação em julho foram, em geral, baixos em quase todo o Continente, apenas na 1ª e 2ª década no Minho, ocorreram valores mais altos de precipitação. Desta forma, o mês classifica-se como seco a extremamente seco em quase todo o território, exceto nalguns locais do Minho onde foi normal. Os valores em percentagem de água no solo, no final do mês de Julho, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, foram muito baixos nas 3 décadas de julho, inferiores a 20%, exceto na 2ª década, onde nalguns locais do Norte e Centro e em particular no Minho, se verificam valores entre 30% e 50% devido à ocorrência de precipitação. A temperatura acumulada para a vinha apresenta os maiores valores, superiores a 1400 graus-dia (valores já perto do abrolhamento) nalgumas regiões do interior centro e sul e grande parte do Algarve. Os menores valores, inferiores a 800 graus-dia, ocorrem apenas nalguns locais de altitude do Norte e Centro do território. Boletim meteorológico para a agricultura ISSN 2182-0597 Publicação Mensal DIRETOR: Dr. Adérito Vicente Serrão

Boletim meteorológico para a agricultura · por vezes forte entre Sines e Sagres, e temperatura do ar com valores relativamente baixos. 2ª Década, 11-20 de julho de 2011 Na 2ª

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Nº7, julho 2011

CONTEÚDOS

IM,I.P.

01 Resumo 02 Descrição Meteorológica 03 Descrição

Agrometeorológica 08 Informação

agrometeorológica especifica 09 Previsão Mensal 10 Anexos

Figura 1- Zona de vinha (http://www.vinhoverde.pt)

RESUMO

Boletim Meteorológico para a Agricultura Julho 2011 Produzido por Instituto de Meteorologia, I.P. Também disponível em www.meteo.pt

Durante o mês de julho de 2011 no Continente, os valores da temperatura média do ar foram mais baixos na 2ª década e mais altos na 3ª década, tendo sido superiores aos valores normais (1971-2000) e verificando-se queos dias mais quentes ocorreram no período de 25 a 29 de julho. Os valores de precipitação em julho foram, em geral, baixos em quase todo o Continente, apenas na 1ª e 2ª década no Minho, ocorreram valores mais altos de precipitação. Desta forma, o mês classifica-se como seco a extremamente seco em quase todo o território, exceto nalguns locais do Minho onde foi normal. Os valores em percentagem de água no solo, no final do mês de Julho, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, foram muito baixos nas 3 décadas de julho, inferiores a 20%, exceto na 2ª década, onde nalguns locais do Norte e Centro e em particular no Minho, se verificam valores entre 30% e 50% devido à ocorrência de precipitação. A temperatura acumulada para a vinha apresenta os maiores valores, superiores a 1400 graus-dia (valores já perto do abrolhamento) nalgumas regiões do interior centro e sul e grande parte do Algarve. Os menores valores, inferiores a 800 graus-dia, ocorrem apenas nalguns locais de altitude do Norte e Centro do território.

Boletim meteorológico para a agricultura

ISSN 2182-0597Publicação Mensal

DIRETOR: Dr. Adérito Vicente Serrão

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1. Descrição Meteorológica

1ª Década, 01-10 de julho de 2011 No início do mês de julho, Portugal continental esteve sob a influência de circulação fraca de sul e de massa de ar tropical continental, tendo-se registado valores elevados da temperatura. Mas nos dias 2 e 3, um vale depressionário, conjuntamente com a depressão térmica, criaram instabilidade atmosférica tendo-se registando aumento da nebulosidade e ocorrência de aguaceiros, localmente fortes, no nordeste transmontano e a temperatura do ar registou uma descida acentuada. A partir de 4 de Julho, com o anticiclone dos Açores localizado um pouco a sul deste arquipélago e estendendo-se em crista para o sul de Portugal continental, as ondulações frontais em deslocamento para leste, no bordo norte do anticiclone, atingiram o Continente, sobretudo a região noroeste. Nesta situação, as condições meteorológicas predominantes foram: céu pouco nublado ou limpo, temporariamente muito nublado, a norte do sistema montanhoso Montejunto Estrela, onde por vezes ocorreu precipitação, em especial no dia 8, vento fraco ou moderado de noroeste, por vezes forte entre Sines e Sagres, e temperatura do ar com valores relativamente baixos.

2ª Década, 11-20 de julho de 2011 Na 2ª década de julho, Portugal continental esteve sob a influência do anticiclone dos Açores que se localizou, frequentemente, próximo deste arquipélago, estendendo-se em crista para a Península Ibérica e, temporariamente, sob a ação da passagem de ondulações frontais de fraca atividade que atingiram o Continente, em especial a região Norte. Nos dois primeiros dias da década, uma depressão pouco cavada centrada a oeste da costa ocidental portuguesa, em deslocamento para leste, originou no dia 12 períodos de céu muito nublado, aguaceiros e trovoadas na região norte. Nos restantes dias da década, a norte do sistema montanhoso Montejunto Estrela, o céu apresentou -se, predominantemente, com períodos de muito nublado e, por vezes, com ocorrência de precipitação fraca, em especial nos dias 17 e 19. A sul do referido sistema montanhoso, o céu predominou pouco nublado ou limpo. O vento soprou de noroeste em geral moderado, por vezes forte e com rajadas no litoral oeste e terras altas e a temperatura do ar registou valores abaixo do normal

3ª Década, 21-31 de julho de 2011 No período de 21 a 27 de julho, a situação meteorológica em Portugal continental foi caracterizada por um anticiclone relativamente intenso localizado junto ao arquipélago dos Açores e de uma região depressionária centrada nas Ilhas Britânicas, estendendo-se até ao Mediterrâneo Ocidental. Desta situação resultou um elevado gradiente de pressão no Continente, tendo-se registado, com persistência, vento de noroeste moderado a forte, sobretudo no litoral oeste, designado como “Nortada”. O céu esteve pouco nublado ou limpo e, por vezes, com neblina ou nevoeiro matinal no litoral da região Centro. A partir do dia 27, o núcleo principal do anticiclone deslocou-se para nordeste, indo localizar-se a oeste da Irlanda e a depressão térmica centrada, inicialmente, na região de Madrid deslocou-se para Portugal Continental a partir de 28. Assim, o território do Continente ficou sob a influência de uma corrente fraca de nordeste, em particular nas regiões Norte e Centro, registando-se diminuição significativa da intensidade do vento, subida da temperatura do ar e céu pouco nublado ou limpo, exceto no litoral onde se apresentou temporariamente muito nublado e com nevoeiros. No fim da década, o reposicionamento dos centros de ação, tanto o anticiclone na região dos Açores como a depressão de origem térmica no interior da Península Ibérica, permitiu a influência de uma massa de ar com componente marítima registando-se uma descida da temperatura, acentuada no dia 29, e a persistência da nebulosidade na faixa costeira ocidental, em particular a sul do cabo Carvoeiro.

Descrição meteorológica e agrometeorológica

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2. Descrição Agrometeorológica 2.1 Temperatura Os valores da temperatura média no Continente variaram de forma diferente nas 3 décadas. Na 1ª década foram inferiores è normal 1971-2000 nas regiões do Norte e parte do Centro e superiores na região sueste do território; na 2ª década foram inferiores à normal em todo Continente e em particular nas regiões do Norte e interior Centro e Sul e grande Lisboa; Na 3ª década foram em geral superiores à normal, exceto nalgumas zonas do litoral e no nordeste do território. Na 1ª década os valores variaram entre 16.9ºC em Carrazeda de Ansiães e 25.2ºC em V. Real Sto António, e os desvios em relação aos valores normais variaram, entre -1.7ºC em Carrazeda de Ansiães e +1.9ºC em V. Real Sto António. Na 2ª década os valores variaram entre 13.6ºC em Lamas de Mouro e 25.2ºC em V. Real Sto António e os desvios variaram entre -3.0ºC em Chaves e +0.6ºC em V. Real Sto António. Finalmente, na 3ª década os valores observados variaram entre 17.6ºC em Montalegre e 27.4ºC em Amareleja e os desvios variaram, entre -1.5ºC em Chaves e +2.3ºC em Cabril (Figura 2).

Figura 2 Distribuição espacial da temperatura média do ar nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de julho de 2011 (em cima) e

respetivos desvios em relação à média 1971-2000 (em baixo)

1ªd. 2ªd. 3ªd.

1ªd. 2ªd. 3ªd.

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2.2 Temperaturas acumuladas1/Avanço-Atraso das Culturas

No Quadro I apresentam-se os valores da temperatura acumulada no final de julho de 2011, para várias localidades do Continente, considerando a temperatura base de 0ºC desde 1 de setembro e de 6ºC desde 1 de janeiro. O mesmo quadro contém também informação sobre o número de dias de atraso ou avanço potencial mensal das culturas para temperaturas base de 0, 4, 6 e 10ºC, verificando-se que houve, em geral, avanço potencial das culturas, exceto em Vila Real e Viseu, onde se verifica atraso

Quadro I Temperaturas acumuladas (graus-dia) no mês de julho e o acumulado desde 01 setembro-2010 e desde 01 janeiro-2011, para diferentes temperaturas base, e respetivo número de dias de atraso

ou avanço potencial das culturas no mês.

Estações

Temperaturas acumuladas no mês de julho T acumuladas desde

T0ºC Nº dias avanço atraso

T4ºC Nº dias avanço atraso

T6ºC Nº dias avanço atraso

T10ºC Nº dias avanço atraso

01 setembro 2010

Tb=0ºC

01 janeiro 2011

Tb=6ºC

Bragança 630.4 1.1 506.4 1.3 444.4 1.5 320.4 2.0 4005 1559

Vila Real 619.3 -0.1 495.3 -0.2 433.3 -0.3 309.3 -0.5 4365 1728

Porto/P.R. 581.5 2.1 457.5 2.7 395.5 3.2 271.5 5.0 5019 2009

Viseu/C.C. 599.1 -0.5 475.1 -0.7 413.1 -0.8 289.1 -1.4 4372 1701

Coimbra/C. 600.8 0.5 476.8 0.6 414.8 0.7 290.8 1.0 5065 2051

Castelo Branco 740.0 1.1 616.0 1.3 554.0 1.4 430.0 1.8 5083 2116

Portalegre 701.2 1.9 577.2 2.3 515.2 2.6 391.2 3.5 5040 2080

Lisboa/I.G. 660.2 2.2 536.2 2.7 474.2 3.1 350.2 4.3 5682 2439

Évora/C.C. 709.5 1.7 585.5 2.1 523.5 2.4 399.5 3.3 5203 1993

Beja 710.9 0.6 586.9 0.7 524.9 0.8 400.9 1.0 5406 2269

Faro 745.2 4.1 621.2 5.0 559.2 5.7 435.2 7.8 6002 2626

2.3 Precipitação Os valores de precipitação em julho, foram em geral baixos em quase todo o Continente, apenas na 1ª e 2ª década no Minho, ocorreram valores mais altos de precipitação (Figura 3, em cima). Assim, na 1ª década os valores variaram entre 0mm em muitos locais do território e 23.9mm em Viana do Castelo. Na 2ª década variaram entre 0mm, também em muitos locais do Continente, e 18.2mm em Lamas de Mouro. Na 3ªdécada predominou a ausência de precipitação em quase todo o território. Em termos de percentagem em relação ao valor normal 1971-2000, os valores foram em geral inferiores aos valores normais (Figura 3, em baixo), exceto na 1ª década no Minho e na 2ª década em Lamas de Mouro e em Alcobaça onde foram superiores.

1Método das temperaturas acumuladas (Ta)/graus-dia: permite analisar o efeito da temperatura na fenologia das plantas. Admitindo que a

temperatura base (Tb) é aquela a partir da qual determinada espécie se desenvolve, num período de n dias a Ta é o somatório das diferenças entre a temperatura média diária e a Tb. Sempre que a temperatura média diária for inferior à Tb, a Ta considera-se nula.

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Figura 3 Precipitação total nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de julho (em cima) e respetiva percentagem em relação à média

1971-2000 (em baixo).

Em relação à precipitação acumulada desde o início do ano agrícola (01 de setembro de 2010) até 31 de julho 2011, os valores são próximos ou inferiores aos valores normais (1971-2000), exceto na região na região costeira ocidental a sul do Cabo Carvoeiro e no barlavento Algarvio, onde são superiores. Os valores totais mensais de precipitação variaram entre 439mm em Escalhão/Figueira Castelo Rodrigo e 1660 mm em Cabril/Gerês (Figura 4, esq.). A percentagem da quantidade de precipitação, acumulada desde o início do ano agrícola, em relação à normal, variou entre 73% em Travancas (Concelho de Chaves) e 206% em Portimão (Figura 4, dir.).

1ªd. 2ªd. 3ªd.

1ªd. 2ªd. 3ªd.

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Figura 4 - Precipitação acumulada desde 1 de setembro 2010 até 31 julho (esq.) e percentagem em relação à média

71-2000 (dir.) 2.4 Temperatura e Precipitação a Norte e a Sul do Tejo

Apresentam-se os valores médios decendiais da temperatura e da precipitação a Norte e a Sul do rio Tejo e respetivos desvios em relação a 1971-2000 para o mês de julho (Quadro II).

Quadro II Temperatura e Precipitação a Norte e a Sul do Tejo – julho 2011

2.5 Evapotranspiração de referência2

Na Figura 5 apresenta-se a distribuição decendial dos valores de evapotranspiração de referência (ETo, Penman-Monteith) em julho de 2011, estimada com base em análises do modelo numérico “Aladin3”, e segundo o método da FAO. Verifica-se que nas três décadas de julho os valores da ETo são mais elevados nas regiões do interior, com uma variação entre 30mm e 50mm, enquanto

2Este produto está em fase de testes

3Modelo de previsão numérica, de área limitada, desenvolvido e aplicado no âmbito do consórcio europeu “Aladin”

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nas regiões do litoral, nomeadamente do Norte e Centro os valores são mais baixos, com valores entre 6 e 15mm.

Figura 5 – Evapotranspiração de referência nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de julho 2011

2.6 Água no solo

Os valores em percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, são muito baixos nas 3 décadas de julho, inferiores a 20%, exceto na 2ª década onde se verificam valores entre 30% e 50% nas regiões do Norte e Centro, devido à ocorrência de precipitação nessas regiões (Figura 6).

Figura 6 - Percentagem de água no solo nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de julho 2011

1ªd. 2ªd. 3ªd.

1ªd. 2ªd. 3ªd.

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3. Informação agrometeorológica específica

3.1 Número de horas de frio para a cultura da Pera Rocha na Região Oeste4

No sítio do IM na internet, em: http://www.meteo.pt/pt/agrometeorologia/produtos.especificos/index.jsp disponibiliza-se a distribuição espacial do número de horas de frio entre outubro 2010 e abril 2011 para a região Oeste. Nota: Este produto iniciará novamente o seu cálculo em outubro de 2011, cujos resultados serão

disponibilizados neste boletim, mas a partir dessa data pretende-se estender a área de análise a

todo o território do Continente, atendendo ao interesse suscitado por este produto junto dos

assinantes deste boletim e de produtores de outras fruteiras. 3.2 Temperaturas acumuladas para a cultura da Vinha5 Na Figura 7 apresenta-se a distribuição espacial da temperatura acumulada para a vinha entre 01 de abril e 31 de julho de 2011, para Portugal Continental e no Quadro V apresentam-se os valores da temperatura acumulada no mesmo período para as regiões vitivinícolas, estimados a partir de análises do modelo numérico Aladin. Verifica-se que os maiores valores, superiores a 1400 graus-dia, ocorrem nalgumas regiões do interior centro e sul e grande parte do Algarve. Os menores valores, inferiores a 800 graus-dia, só ocorrem nalguns locais de altitude do Norte e Centro do território.

Figura 8 Temperaturas acumuladas entre 01 de abril e 31 de julho de 2011 para uma temperatura base de 10ºC, estimadas a partir de análises do modelo numérico Aladin

4Região-piloto para implementação de novos produtos agrometeorológicos específicos.

5Considera-se para a vinha uma temperatura base para o abrolhamento de 3.5ºC, a qual corresponde à temperatura base das

castas de referência para Portugal Continental, Fernão Pires e Castelão, da coleção ampelográfica nacional, localizada na

Estação Vitivinícola Nacional em Dois Portos. Por questões logísticas, a 31 de março considera-se o abrolhamento concluído. A

partir de 1 de abril a temperatura base (Tb) a utilizar será a comum de 10ºC.

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Quadro IV Temperaturas acumuladas entre 01 de abril e 31 de julho de 2011 para a temperatura base de 10ºC, na vinha (estimadas pelas análises do modelo numérico Aladin)

Regiões Vitivinícolas

T acumuladas (ºC) desde 01 de abril 2011 Tb = 10ºC

Média Mínimo Máximo Valor na Sede distrito

Alentejo 1329 1016 1547 Portalegre - 1218

Évora - 1281 Beja – 1350

Algarve 1310 979 1557 Faro – 1507

Península Setúbal 1278 1012 1424 Setúbal – 1367

Tejo 1241 888 1405 Santarém – 1274

Douro e Porto 1140 648 1369 Porto – 1042* Vila Real – 953 Pinhão – 1210

Beiras 1098 302 1552

Viseu - 1068 Aveiro - 1034 Guarda - 850

Coimbra - 1116 Castelo Branco – 1462

Lisboa 1028 849 1389 Lisboa - 1209 Leiria – 1002

Minho 929 360 1181 Viana do Castelo - 865

Braga – 1065

Trás-os-Montes 920 379 1362 Bragança - 941 * Inclui-se o valor da sede do distrito do Porto apesar de não pertencer à região vitivinícola Douro e Porto

Previsão Mensal para o Território do Continente (com base no modelo do Centro Europeu de Previsão do Tempo a Médio Prazo ECMWF)

(Data de referência para a previsão: 04/08/2011) Período de 08/08/2011 a 04/09/2011

Na precipitação total semanal preveem-se valores abaixo do normal, para todo o território a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela, na semana de 22/08 a 28/08. Nas semanas de 08/08 a 14/08, de 15/08 a 21/08 e de 29/08 a 04/09 não é possível identificar a existência de sinal estatisticamente significativo. Na temperatura média semanal preveem-se valores acima do normal, para todo o território a sul do sistema montanhoso Montejunto-Estrela, na semana de 08/08 a 14/08. Nas semanas de 15/08 a 21/08, de 22/08 a 28/08 e de 29/08 a 04/09 não é possível identificar a existência de sinal estatisticamente significativo

Previsão Mensal

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ANEXO I - Carta da radiação solar global mensal (julho 2011) Baseado nos dados registados na rede de estações meteorológicas automáticas do IM.

ANEXO II - Valores de alguns elementos meteorológicos em julho de 2011 No quadro A1 apresentam-se os valores médios decendiais da temperatura mínima (Tmin), temperatura máxima (Tmax) diárias e da humidade relativa às 09UTC (HR) a 1.5 m, da precipitação (Prec) e do vento médio diário (V) a 10 m.

ANEXO III - Valores de alguns elementos agrometeorológicos em julho de 2011

No quadro A2 apresentam-se os valores decendiais da temperatura da relva (Trelva) e do solo a 5 e 10cm de profundidade (Tsolo), da evapotranspiração de referência (ET0) e percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas.

ANEXOS

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ANEXO I - Carta da radiação solar global mensal em julho de 2011

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ANEXO II - Valores de alguns elementos meteorológicos em julho de 2011 por década (1ª, 2ª e 3ª)

Quadro A1

Estação Tmin (ºC) Tmáx (ºC) Prec (mm) HR (%) V (Km/h) ( a 10m) Década 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª V. Castelo 13.8 13.2 14.6 22.7 22.3 25.9 23.9 5.0 0.1 75.8 69.8 60.1 2.2 2.5 9.0 Bragança 11.8 11.5 12.5 27.7 27.4 30.7 0.3 0.8 0.0 58.9 56.3 53.5 2.4 2.8 7.3 Vila Real 12.2 12.4 15.4 25.5 25.7 30.0 0.2 1.2 0.0 69.9 64.2 56.5 2.1 2.5 7.7 Braga 13.7 12.6 15.0 24.9 25.8 30.1 14.5 0.6 0.0 68.8 66.8 51.6 1.5 2.1 7.4 Porto/P.R 15.4 13.7 14.7 22.4 21.9 29.6 7.3 6.6 0.0 71.2 71.4 56.7 2.5 4.3 14.6 Viseu 12.5 11.8 15.6 24.5 25.2 30.6 1.2 0.1 0.0 70.9 63.5 51.6 2.8 3.1 13.1 Aveiro 16.1 15.6 15.2 22.4 21.2 23.0 0.0 0.0 0.0 72.9 67.2 72.9 2.2 3.5 11.0 Guarda 10.9 10.7 13.9 24.0 23.7 28.5 0.0 0.4 0.0 68.0 67.8 56.8 5.2 5.1 13.1 Coimbra 14.6 13.5 14.5 25.2 25.3 29.7 1.6 1.6 0.0 76.0 75.3 69.6 2.4 3.0 8.9 C. Branco 14.8 15.8 18.9 30.3 30.6 34.6 0.0 0.0 0.0 49.3 44.6 40.7 3.3 3.8 11.0 Leiria 14.7 14.1 14.6 24.1 23.3 26.6 0.8 2.7 0.0 83.4 83.5 52.8 2.2 3.1 14.4 Portalegre 14.4 15.2 18.3 28.8 29.1 33.2 0.0 0.0 0.0 60.8 56.4 52.6 4.0 4.3 12.9 Santarém/F.B 15.5 15.4 15.8 27.3 27.2 30.1 0.0 0.2 0.0 64.2 57.9 70.1 2.9 3.8 12.3 Lisboa/I.G. 17.8 17.0 17.6 26.6 25.7 28.4 0.2 0.4 0.0 66.5 65.9 66.3 3.5 5.1 16.5 Setúbal 16.2 16.2 16.5 28.2 27.7 30.9 0.0 0.0 0.0 73.6 72.6 68.1 2.4 3.4 9.7 Évora 15.0 14.2 14.9 30.9 30.7 34.6 0.0 0.0 0.0 57.0 58.0 63.7 4.8 5.5 13.5 Beja 14.9 14.4 15.7 30.7 30.5 34.5 0.0 0.0 0.0 60.6 60.3 63.7 4.1 4.3 12.7 Faro 19.1 19.8 19.9 29.9 30.6 28.0 0.0 0.0 0.0 50.0 45.3 62.3 3.9 4.5 10.4

Page 13: Boletim meteorológico para a agricultura · por vezes forte entre Sines e Sagres, e temperatura do ar com valores relativamente baixos. 2ª Década, 11-20 de julho de 2011 Na 2ª

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ANEXO III - Valores de alguns elementos agrometeorológicos em julho de 2011 por década (1ª, 2ª e 3ª)

Quadro A2

Estação Trelva (ºC) Tsolo 5cm(ºC) Tsolo 10cm(ºC) ET0 (mm) Água Solo (%) Década 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª V. Castelo 12.8 12.1 13.4 21.4 20.8 22.5 21.9 20.4 22.6 7.4 13.8 18.8 12 25 5 Bragança 10.8 10.9 12.0 24.4 24.1 25.5 24.1 23.9 25.4 17.6 15.0 21.1 14 19 6 Vila Real 9.2 9.9 12.8 21.8 21.6 23.7 21.3 21.1 23.2 11.2 11.9 17.8 13 29 6 Braga 10.6 9.6 10.7 - 19.9 21.0 - 20.2 21.3 8.2 11.3 19.5 11 41 15 Porto/P.R 11.9 11.2 12.5 21.2 19.5 21.0 21.6 20.2 21.5 7.7 11.7 16.0 7 21 4 Viseu 8.6 8.6 12.4 21.8 22.0 24.5 22.4 22.6 25.2 10.0 10.9 18.6 18 30 12 Aveiro 13.8 13.9 13.5 23.4 19.6 23.1 22.5 21.3 22.0 7.5 11.4 9.2 8 32 5 Guarda 11.1 11.2 13.6 20.5 20.8 22.8 21.6 21.9 23.9 16.0 16.2 26.7 24 28 11 Coimbra 14.0 12.4 14.2 23.0 22.9 24.5 23.0 23.0 24.6 8.2 7.5 8.7 12 29 8 C. Branco 12.8 14.1 17.2 22.9 22.8 24.5 21.8 22.0 23.8 24.9 29.5 41.6 8 11 3 Leiria 14.0 13.4 14.5 22.0 20.9 - 22.1 21.7 22.3 7.6 8.4 7.4 17 20 8 Portalegre 14.4 15.5 18.4 25.8 25.9 28.9 24.4 24.3 27.3 18.8 25.6 33.1 13 12 5 Santarém/F.B 14.4 14.4 15.0 22.0 21.9 22.7 22.2 22.1 22.9 14.6 18.4 18.9 - 11 5 Lisboa/I.G. 16.1 15.7 15.9 23.0 22.0 22.6 21.7 21.3 21.7 13.8 16.1 16.4 15 6 7 Setúbal 15.6 15.8 15.9 26.2 26.4 27.5 25.0 25.0 25.8 15.9 19.6 20.5 11 8 5 Évora 13.6 12.8 12.5 23.1 23.1 24.3 23.6 23.6 24.7 19.9 23.0 27.6 14 7 5 Beja 13.0 13.0 13.9 23.2 23.5 25.5 23.8 23.4 25.3 25.0 26.7 30.0 16 9 6 Faro 20.0 20.5 20.4 26.5 26.8 27.5 26.9 27.3 27.8 29.8 36.7 30.6 8 2 3