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Divulgação Divulgação Divulgação RIO DE JANEIRO Ano 3 | edição 147 14 a 17 de janeiro de 2016 distribuição gratuita Geral | pág. 7 Stefano Figalo / Brasil de Fato Greve geral é cogitada por servidores no Rio Professores, médicos, bombeiros e policiais farão uma assembleia para pressionar o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Se salários continuarem atrasados, os servidores do estado cogitam até mesmo uma greve geral para fevereiro. Opinião | pág. 6 Geral | pág. 3 Funk segue reprimido por PMs de UPPs Sindicatos convocam protesto contra CSN Bailes continuam sendo controlados em favelas cariocas Empresa poderá demitir três mil trabalhadores nos próximos meses História do jogador retrata tragédia do futebol brasileiro Wendell Lira fez o gol mais bonito do ano Esportes| pág. 16 PEZÃO CORTOU RECURSOS DE RESTAURANTE POPULAR O Brasil de Fato conversou com trabalhadores que costumam fazer refeições no Restaurante Cidadão da Central do Brasil. Mantido com recursos do governo estadual, a qualidade do restaurante vem caindo mês a mês Cidades | pág. 5

Brasil de Fato RJ - 147

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RIO DE JANEIRO

Ano 3 | edição 147

14 a 17 de janeiro de 2016 distribuição gratuita

Geral | pág. 7

Stefano Figalo / Brasil de Fato

Greve geral é cogitada por servidores no RioProfessores, médicos, bombeiros e policiais farão uma assembleia para pressionar o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Se salários continuarem atrasados, os servidores do estado cogitam até mesmo uma greve geral para fevereiro.

Opinião | pág. 6Geral | pág. 3

Funk segue reprimido por PMs de UPPs

Sindicatos convocam protesto contra CSN Bailes continuam

sendo controlados em favelas cariocas

Empresa poderá demitir três mil trabalhadores nos próximos meses

História do jogador retrata tragédia do futebol brasileiro

Wendell Lira fez o gol mais bonito do ano

Esportes| pág. 16

PEZÃO CORTOU RECURSOS DE RESTAURANTE POPULARO Brasil de Fato conversou com trabalhadores que costumam fazer refeições no Restaurante Cidadão da Central do Brasil. Mantido com recursos do governo estadual, a qualidade do restaurante vem caindo mês a mês

Cidades | pág. 5

EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andrade, Mario Au-gusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam)

EDIÇÃO:Vivian Virissimo (MTb 13.344)

SUB-EDIÇÃO:Fania Rodrigues

REPORTAGEM:André Vieira, Bruno Porpetta e Pedro Rafael Vilela

REVISÃO: Sheila Jacob

COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago

FOTÓGRAFO: Stefano Figalo

ESTAGIÁRIO: Victor Ohana

ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani

DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade

DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga Leonardo Daher

TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares

(21) 4062 [email protected]

EDITORIAL

Quinta-feira, 14 de janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F31Tempestades

PREVISÃO DO TEMPO

Font

e: G

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e

Precisamos tirar o time dos trabalhadores da defesa, colocá-lo no ataque e obrigar nossas elites a recuar

34° 25° 32° 24° 32° 24° 32° 24°

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Em início de ano não há quem resista a fazer pla-

nos e estabelecer metas. Nes-se exercício projetamos nos-sos sonhos. E o que seria de nós sem eles? Não é segre-do para ninguém que 2015 foi um ano difícil. Claro que pelos olhos da imprensa em-presarial, a crise foi pintada com cores mais feias.

Não podemos fechar os olhos para as dificuldades que vivemos. Para o 2016 dos nossos sonhos, será preciso enfrentar os desafios que se colocaram no caminho. São muitos, mas parece possível enxergar um central: quem tem privilégios na socieda-de brasileira, nossa elite, não aceita dividir a riqueza e faz de tudo para manter a desi-gualdade que lhe favorece. Simples assim.

Em 2015 resolveram que não queriam mais conciliar. O temor de que o projeto em curso pudesse colocar em risco suas riquezas e privilé-gios levou-os a adotar outras estratégias, mesmo que atro-pelassem com isso a demo-cracia. Mesmo tendo lucrado muito ao longo dos últimos anos, queriam um basta.

FORÇA POPULARSabemos que essas elites sem-pre encontraram resistência, como a fuga do trabalho for-çado de indígenas e negros, a formação de quilombos, as greves, as campanhas por di-reitos políticos e sociais, as inúmeras revoltas e rebeliões.

Receita para um feliz 2016

Para um feliz 2016 será pre-ciso dar mais musculatura a essa força popular. Será pre-ciso que o povo construa no-vas organizações e formas de luta, fortaleça uma imprensa comprometida com o proje-

to popular, estabeleça lutas unitárias que permitam fa-zer a direita recuar e acabem com privilégios.

Aconteceram muitas mo-bilizações em 2015. Mas não foram lutas para obter novas

conquistas, foram manifes-tações defensivas para não permitir o retrocesso e a re-tirada de direitos. Em 2016, é preciso virar o jogo. Preci-samos tirar o time dos tra-balhadores da defesa, co-locá-lo no ataque e obrigar nossas elites a recuar.

Tivemos no ano passado a oportunidade de aprender im-portantes lições. A principal

delas talvez seja a necessidade de colocar fim a qualquer ilu-são com nossas elites – para quem ainda tinha alguma.

LUTA COLETIVADa crise surgem as oportuni-dades, e brotaram sementes de esperança em 2015. Vimos nascer a Frente Brasil Popular, uma articulação de movimen-tos e partidos políticos dis-postos a sustentar um proje-to popular para o Brasil. Entre outras iniciativas, caberá a essa Frente armar o povo: de ideias, de consciência, de projeto po-lítico, de uma imprensa com-prometida com seu projeto, e de uma organização política capaz de dirigir a luta coletiva.

Rio de Janeiro, 14 a 17 de janeiro de 20162 | Editorial

Contra a CSN

Os sindicatos dos Me-talúrgicos, da Construção Civil e dos Engenheiros convocam um protesto, nessa quinta-feira (14), às 17h, contra as demissões anunciadas pela Compa-nhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redon-da. Em dezembro, a CSN anunciou que poderá de-mitir cerca de três mil funcionários nos próximos meses. A empresa também pretende pôr fim ao turno de seis horas, conquista-do pela categoria em greve histórica em 1988.

SINDICALpor Claudia Santiago

Marcelo Camargo/ABr

EBC

Reprodução Internet

Aplicativo orienta mães sobre amamentação O aplicativo batizado de

iMom foi criado pelo en-fermeiro Alexandre Rodri-gues Mendonça, de Dou-rados, cidade do Mato Grosso do Sul. Ele propor-ciona a troca de experiên-cias entre as mulheres e até uma ferramenta para iden-tificar as dificuldades en-contradas no processo de amamentação.

O estudante foi orienta-do pelo professor Antônio Sales. O aplicativo conta com uma equipe multi-disciplinar, integrada por

As mulheres de Salva-dor (BA) mandaram bem essa semana ao promo-ver o movimento “Vai Ter Gorda na Praia”. As mu-lheres foram de biquíni ao Farol da Barra para mos-trar que são felizes com seu corpo e lutar pelo di-reito de serem quem são.

A presidenta Dilma mandou mal ao sinalizar que pode aumentar a ida-de mínima da aposenta-doria, quando falou da re-forma previdenciária. Para a Central Única dos Traba-lhadores (CUT), a propos-ta é “inaceitável”, pois pre-judica quem ingressa cedo no mercado.

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REVOLTA Cerca de 400 manifestantes ocuparam o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Brasília, na última segunda-feira (11). Eles pedem a retomada do fornecimento de cestas básicas nos assentamentos da Reforma Agrária.

FRASE DA SEMANA

“Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza”Jaques Wagner (PT), chefe da Casa Civil, ao avaliar que o PT “errou” ao não fazer a reforma política e reproduzir metodologias antigas da política brasileira

enfermeiros, nutricio-nista, fonoaudiólo-ga, fisioterapeuta e médicas. Além de dicas sobre amamentação, a ferramenta também contém orientações so-bre gestação e par-to. O app é gratui-to e está disponível para celulares com sistemas operacionais Android e IOS.

José Cruz/ABr

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Servidores podem paralisar

Os servidores da Prefei-tura do Rio de Janeiro ameaçam paralisar suas ati-vidades em função da falta de recursos. Os trabalhado-res marcaram um ato para a próxima segunda-feira (18), às 11h30, na Cidade Nova, para pedir diálogo com o prefeito Eduardo Paes.

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Rio de Janeiro, 14 a 17 de janeiro de 2016 Geral l 3

Fiz uma lista de 12 itens que desapareceram da mesa. Depois disso deixaram de servir também o café, o refresco e a verdura Usuário do Restaurante Cidadão, da Central

A qualidade do Restauran-te Cidadão não é mais a

mesma. A principal queixa dos usuários é o corte de itens no prato que é vendido a R$ 2. Um senhor de 62 anos, que não quis revelar seu nome, disse que muitos produtos fo-ram cortados pela empresa que administra o restaurante, contratada pelo governo de Luiz Fernando Pezão.

“Fiz uma lista de 12 itens que desapareceram da mesa. Depois disso deixaram de ser-vir também o café, o refresco e a verdura. A verdade é que só tem arroz, feijão e um pedaço de linguiça. Antes tinha vina-gre, farinha, azeite, pão, café, sobremesa e uma fruta às ve-zes”, conta o idoso.

Segundo os usuários, os problemas começaram em maio do ano passado, quan-do o preço subiu e a qualida-de começou a piorar. “Desde que o preço subiu, em maio, caiu a qualidade de mui-ta coisa. Como aqui há 12 anos. Mas deixei de vir um tempo porque a comida es-tava muito ruim”, relata o se-nhor de 62 anos.

Outra pessoa, uma senhora de 60 anos, que também re-cusou dar o nome com medo de represália, afirmou que o serviço ficou muito precário no último mês. “Teve uma semana em que serviram fei-joada direto”, destacou. Ela afirma que alimentos desa-pareceram do cardápio da noite para o dia.

Pezão faz corte de alimentos no Restaurante CidadãoCrise do governo estadual atinge restaurante popular da Central do Brasil

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

“A sopa, os legumes e o fran-go sumiram. Só tem feijão, ar-roz, linguiça e hambúrguer. Tudo que faz mal para a saú-de. Essa semana apareceu o refresco porque a mídia esteve aqui, mas ficou um mês sumi-do. E também ficamos sem so-bremesa”, denuncia a senhora.

SEM PAGAMENTODe acordo com um funcio-nário do Restaurante Cida-dão, que pediu para não se identificar, a empresa contra-tada está há 10 meses sem re-ceber do governo do estado.

Além do corte nos itens do cardápio, o restaurante também diminuiu o número de pessoas atendidas. “Um ano atrás a gen-te servia cinco mil pessoas por dia. Hoje atendemos apenas duas mil. Pelo contrato o res-taurante tem que ficar aber-to até as 15h. Mas recebemos orientação para segurar a fila e, quando fica muito longa, as pessoas vão desistindo de es-perar”, relata o funcionário.

Em nota, a Secretaria de Esta-do de Assistência Social e Direi-tos Humanos informou que já notificou as empresas gestoras dos Restaurantes Cidadão para que cumpram as orientações nutricionais dos cardápios.

A SEASDH esclarece, ainda, que, quanto aos pagamentos em atraso, está trabalhando junto à Secretaria de Fazenda para regularizar. E que conse-guiu com o Banco Bradesco uma linha de crédito que visa à antecipação de receitas para as empresas fornecedoras de alimentação.

Fotos: Stefano Figalo / Brasil de Fato

A maior parte das pessoas que comem no Restaurante Cidadão são trabalhadores do Centro do Rio, como mo-toristas de ônibus, trabalha-dores da construção, came-lôs e prestadores de serviços em geral. Também há uma grande quantidade de ido-sos, a maioria sem aposenta-doria ainda.

Usuários do Restaurante Cidadão se queixam do corte no cardápio

Empresas gestoras não estão cumprindo orientações nutricionais

Rio de Janeiro, 14 a 17 de janeiro de 2016 Cidades l 5

Líder da Coreia do Norte comenta teste nuclearO líder da Coreia do Norte,

Kim Jong-un, reuniu-se com cientistas e técnicos que participaram do teste nuclear que o governo fez na semana passada. No encontro, ele de-fendeu a importância do tes-te como instrumento de con-vencimento.

A agência oficial KCNA de-talha o encontro em texto pu-blicado na segunda-feira (11) que inclui uma fotografia de Kim Jong-un com os respon-sáveis pelo programa nuclear do regime norte-coreano.

O texto diz que o líder da Co-reia do Norte defendeu a ne-cessidade de o país contar com um instrumento de dissuasão nuclear confiável. Acrescen-ta que Kim se mostrou confian-te de que cientistas e técnicos vão continuar a preparar “con-tínuos avanços” após “testar, com êxito, a bomba H”.

Os comunicados do líder têm se multiplicado desde o anún-cio do governo de que havia fei-to o quarto teste nuclear e que, pela primeira vez, tinha detona-do uma bomba de hidrogênio.

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TECNOLOGIA Empresa chinesa fabrica primeiro drone capaz de transportar passageiro. Para voar, basta apontar no mapa aonde deseja ir e acionar comandos como “decolar” ou “iniciar pouso” por meio de um tablet.

O ministro das Relações Ex-teriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, acusa a Arábia Saudita de tentar fomentar o conflito na região e mi-nar a implementação do acordo sobre o programa nuclear iraniano.

“A estratégia saudita de minar o acordo nuclear e preservar ou ainda agravar as tensões na região tem três componentes – exer-cer pressão sobre o Oci-dente, promover a insta-bilidade regional travando uma guerra no Iêmen e fi-nanciando o extremismo, e provocar o Irã”, escreveu Zarif no domingo (10) em um artigo no jornal The New York Times. (Sputnik)

Índia: trabalhadores morrem de fome Cerca de 70 pessoas mor-

reram de fome na Índia de-pois que algumas empresas produtoras de chá suspen-deram suas operações em algumas regiões do ociden-te e nordeste do país. Cen-tenas de trabalhadores fica-ram sem fonte de renda e começaram a passar neces-sidades, inclusive com falta de produtos de necessidades básicas para sobreviver.

25 empresas deixaram de

IRÃ

Sauditas são acusados de minar acordo com Irã

produzir, sendo que nove de-las são propriedade da Dun-can Brothers Tea Company, uma empresa indiana que é parte de uma corporação dedicada a ramos diversos, como geração de eletricidade e indústria petroquímica.

Somente o fechamento das propriedades da Duncan Bro-thers em Dooars afetou cerca de 75 mil trabalhadores e um total de 18 mil famílias. (Ope-ra Mundi)75 mil trabalhadores perderam seus empregos na Índia

Presidente da Coreia do Norte afirma que projeto de bomba vai continuar

Rio de Janeiro, 14 a 17 de janeiro de 20166 | Mundo

CORRUPÇÃO A Fifa demitiu o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, nesta quarta-feira (13). A organização recomendou ainda que o ex-dirigente seja punido com uma multa de 100 mil francos suíços (cerca de R$ 400 mil) por violações ao Código de Ética da Fifa.

O Ministério da Saúde informou nesta semana que 3.530 casos suspeitos de microcefalia relaciona-da ao vírus Zika em recém-nascidos foram notifica-dos no país entre 22 de ou-tubro de 2015 e 9 de janei-ro de 2016. O boletim tam-bém traz a confirmação de que a morte de dois recém-nascidos e dois abortos de bebês com a malformação no Rio Grande do Norte fo-ram em decorrência do ví-rus Zika.

Servidores do estado discutem paralisação para fevereiro

Apesar de o governo do Rio de Janeiro ter anun-

ciado o pagamento dos servi-dores, diversas categorias se reuniram para discutir como honrar as próprias contas e ter os salários regularizados. As propostas variam entre ações na Justiça e uma greve geral em fevereiro. Uma as-sembleia reunirá professores, médicos, bombeiros e poli-ciais no sindicato dos profis-sionais em educação do Rio.

Desde que o governo do Rio reconheceu que uma cri-se abalou as contas, os ser-vidores sofreram uma série de mudanças no pagamen-to, que passou a ser deposita-do até o 10º dia útil e não mais nos primeiros dias, além do parcelamento do 13º salá-rio em até cinco vezes. Antes, o depósito era feito em duas vezes. Sem dinheiro, a crise afetou também o pagamen-to de empresas terceirizadas e muitos profissionais estão sem receber salários integrais desde novembro de 2015.

Antonio Cruz/ABr

Divulgação

O ministério ainda inves-tiga se a morte de outros 46 bebês com microcefalia na região Nordeste também tem relação com o Zika.

As notificações da mal-formação estão distribuí-das em 724 municípios de 21 unidades da federação. O estado de Pernambuco, pri-meiro a identificar aumen-to de microcefalia, continua com o maior número de ca-sos suspeitos (1.236), o que representa 35% do total re-gistrado em todo o país.

Vírus Zika provocou mortes em Rio Grande do Norte

Greve geral poderá ser realizada em fevereiro por trabalhadores no RJ

Zyca: mais de 3.500 casos suspeitos

Trabalhadores cogitam greve geral no RJ

Os funcionários terceiri-zados, que também ficaram sem receber, por causa do atraso no repasse às empre-sas prestadoras de serviço, reclamam da falta de insu-mos para o trabalho, como acontece no setor de limpe-za da Universidade do Esta-do do Rio de Janeiro.

Em entrevista à Rádio Na-cional, o governador Luiz Fernando Pezão atribuiu a perda de receita à queda do preço do barril do petróleo, do qual depende a economia do estado.

Isabela Vieirada Agência Brasil

Tânia Rêgo/ABr

Rio de Janeiro, 14 a 17 de janeiro de 2016 Geral l 7

João Paulo Cunha*

Este será um ano de rebeldia. É o melhor que os movimentos sociais têm a oferecer ao país.

Não é trabalho da polícia proibir ou liberar evento algum

A FIM DE PAPO | MC Leonardo

As festas de final de ano nas comunidades, di-tas pacificadas, não foram diferentes do que foi todo o ano de 2015 nessas favelas.

A ordem dada pelo co-mando dessas unidades é de acabar com qualquer tipo de festa, principal-mente se a mesma estiver tocando Funk.

Sei que tem muita gente que promove eventos em favelas que perdem a no-ção e insistem em colocar o som nas alturas em ho-rários não apropriados. Tem também aqueles que fecham as ruas sem aviso e assim abrem caminho para as ações dos policiais presentes nessas favelas.

DESRESPEITOAssim como tem o produ-tor de eventos desprepa-rado, existe também o po-licial sem preparo algum, que invade festas lotadas com seus fuzis atravessa-dos e dão ordem para aca-bar com o evento na base da intimidação.

Assim, milhares de pes-

E assim caminham as comunidades

soas são mandadas de vol-ta para suas casas, na maio-ria das vezes que saem para se divertir em festas próxi-mas às suas residências.

Essa relação é a que está valendo desde que a polícia ocupou essas favelas. Se a in-

PM impede realização de festa em favelas cariocas

tenção fosse realmente bus-car a paz, a polícia já teria se aproximado dos verdadeiros produtores e feito algo para viabilizar esses eventos.

Mas, o que sobra para o verdadeiro produtor é um excesso de burocracia aon-de ele dificilmente consegue fazer qualquer tipo de ação.

Não é trabalho da polícia proibir ou liberar evento al-gum, não é possível que tere-mos que conviver com essa re-lação por mais um longo ano.

Espero ver os moradores de favelas reagindo a isso em 2016!

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Em uma das cenas do fil-me “As sufragistas”, uma

personagem afirma que é melhor ser rebelde que es-crava. Pode parecer uma fra-se banal – afinal, quem não escolheria a rebeldia à servi-dão? –, mas que parece no-mear opções com as quais nos deparamos todos os dias. Na democracia imperfeita em que vivemos, as formas de repressão se tornaram tão naturais quanto invisíveis.

Criminaliza-se o aborto, jo-vens negros e pobres são per-seguidos como bandidos e índios são mortos de forma covarde. O machismo se fir-ma como gramática de rela-cionamento em todos os se-tores, os homossexuais são discriminados, revogam-se políticas humanistas de saú-de mental em nome de inte-resses de mercado.

O filme da diretora Sarah Gavron tem como sua maior força política a percepção de que as palavras habituais não bastam quando se trata do combate às injustiças. En-clausurado na via da conven-ção, a fala é sempre mais fra-ca que as ações. O empenho da rebeldia é exatamente esse: criar instrumentos para fortalecer as palavras ne-cessárias e canalizar a ação quando o discurso estanca. E é aí que reside a contempo-raneidade da história da luta pelo voto feminino mostrada no filme. Mais que uma con-quista institucional, trata-se da coragem de olhar adian-te da lei, de inaugurar novos contextos de liberdade.

GOVERNO REFÉMEssa, talvez, seja a melhor ins-piração para o ano que come-ça. Não podemos ficar presos aos limites que estão sendo impostos pelo jogo político tradicional. O cenário mon-

Sem rebeldia não há saída

tado pelos golpistas é, em sua essência, legalista no sentido mais conservador da palavra. Aceitar o debate nesses ter-mos paralisou, de uma só vez, os dois lados da aliança em torno da defesa das conquis-

tas democráticas. O governo ficou refém do discurso jurí-dico e presa fácil de alianças menores. Os movimentos po-pulares, por sua vez, coloca-ram bandeiras históricas en-tre parênteses para fortalecer a resistência ao golpe.

Durante todo o ano, a presi-denta Dilma Rousseff preferiu

valorizar a interlocução com a opinião pública por meio da imprensa familiar. Foi uma escolha infeliz. Além de ficar condicionada pelos termos postos pela mídia e, por isso, assumir quase sempre uma atitude reativa, perdeu duas possibilidades fundamentais de diálogo com a sociedade.

MUDAR O JOGONo momento em que a opo-sição já não esconde mais sua única estratégia – melar o jogo a qualquer custo –, a conjun-tura só pode avançar com pa-lavras e ações de gente gran-de. O governo precisa crescer para merecer a sociedade or-ganizada disposta a mudar o jogo, desde que seja pra valer. Este será um ano de rebeldia. É o melhor que os movimentos sociais têm a oferecer ao país.

*João Paulo Cunha é jornalista e colunista do

Brasil de Fato MG.

Rio de Janeiro, 14 a 17 de janeiro de 20168 | Opinião

Policiais impediram passeata de começar em São Paulo

Lula Marques

Rovena Rosa /Agência Brasil

VIOLÊNCIA

Dilma pede que mulheres denunciem

A presidenta Dilma Rou-sseff utilizou o Twitter para encorajar as mulhe-res vítimas de violência a denunciarem situações de agressão, assédio ou estu-pro ao telefone de número 180. A presidenta repercu-tiu a notícia de que, durante a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cujo tema em 2015 foi a vio-lência contra a mulher, pelo menos 55 mulheres denun-ciaram atos de violência que elas mesmas sofreram ou que presenciaram.

PM sufoca protesto contra aumento no transporte

A manifestação contra o aumento das tarifas do

transporte público coletivo de São Paulo foi dispersada pela Polícia Militar (PM) por vol-ta das 19h30 desta terça-feira (12), mesmo antes de come-çar a se deslocar em passea-ta. Mais de 20 pessoas fica-ram feridas e ao menos oito foram detidas. O preço da passagem subiu de R$3,50 para R$3,80 no sábado (9).

Desde as 17h, os manifes-tantes se concentravam na Praça do Ciclista, localizada na Avenida Paulista. Eles pre-tendiam seguir até o Largo da Batata, na zona oeste, passan-do pelas avenidas Rebouças e Faria Lima. No entanto, o po-liciamento autorizou a mani-festação a ser feita apenas em direção ao centro, passando pela Rua da Consolação até a Praça da República.

Por volta das 19h30, parte dos manifestantes tentou driblar o forte policiamento para seguir em direção ao Largo da Bata-ta, correndo no sentido da Ave-

Polícia disparou bombas de gás lacrimogêneo, de efeito moral e bateu nos manifestantes com cassetetes

Samarco descumpre pela segunda vez entrega de planos de emergência

A Mineradora Samarco, con-trolada pela Vale e pela BHP Billiton, descumpriu pela se-gunda vez o prazo de entrega dos planos de emergência da empresa para o caso de pro-blemas nas barragens de San-tarém e do Germano. As bar-ragens estão localizadas nas

proximidades da barragem do Fundão, que se rompeu no dia 5 de novembro no município mineiro de Mariana, e apresen-taram danos após o colapso.

Os planos de emergência exigidos devem apontar as possíveis consequências de um novo rompimento e apre-

sentar as ações imediatas que serão tomadas pela minerado-ra para diminuir os impactos, caso isso ocorra. O Ministério Público de Minas Gerais ha-via definido o dia 3 de dezem-bro como prazo para a entre-ga dos documentos, mas, após pedido da empresa à justiça, o

prazo foi prorrogado para 9 de janeiro. Como o prazo caiu no fim de semana, venceu nesta segunda-feira (11).

Procurado, o Ministério Pú-blico de Minas Gerais não res-pondeu às informações sobre as consequências do descum-primento do prazo. (ABr)

nida Rebouças. Nesse momen-to a polícia começou a disparar bombas de gás lacrimogêneo, de efeito moral, e a bater com cassetetes nos manifestantes.

A polícia passou a disparar também contra a multidão que permanecia na Praça do Ciclis-

ta, o que gerou correria. Os ati-vistas ficaram encurralados, tendo de um lado policiais da Tropa de Choque disparando bombas e, de outro, um cordão de policiais que impedia a saí-da dos manifestantes da praça. A polícia chegou a atirar uma

bomba na sacada de um apar-tamento na Avenida Paulista.

A ação da polícia de ten-tar definir o percurso que a manifestação deveria seguir não é comum nas manifes-tações do Movimento Passe Livre (MPL). (ABr)

Das 14 milhões de pes-soas que moram nas áreas urbanas dos 1.135 muni-cípios do Semiárido brasi-leiro, cerca de 10 milhões (71%) não são beneficiadas com coleta de esgoto sani-tário, despejando os deje-tos gerados em fossas, su-midouros, valas abertas ou diretamente nos rios. Des-se total, apenas 243 cidades (21%) usam a coleta. O Se-miárido cearense apresen-ta o maior número de sedes municipais atendidas por sistema de esgoto: são 68 de 150 (45%). Já o Piauí tem o menor número de áreas ur-banas beneficiadas: apenas cinco municípios de um to-tal de 128 (4%).

SEMIÁRIDO

Sistema de esgoto não chega a 70%

Rio de Janeiro, 14 a 17 de janeiro de 2016 Brasil l 9

Cariocas, brasileiros e grin-gos já começaram a con-

tagem regressiva para o início daquele que é considerado um dos maiores espetáculos da terra: o carnaval do Rio de Janeiro. O Brasil de Fato dá seguimento ao especial ini-ciado na última segunda-feira (11) e continua contando um pouco dos enredos das esco-las do grupo especial. Porém, nada como ver de perto essas gigantes da cultura brasilei-ra. Nos dois primeiros dias (5 e 6/2) passarão pela Marquês de Sapucaí as 12 escolas do grupo de acesso. Já no domin-go (7) e na segunda (8), a pas-sarela será tomada pelas es-colas do grupo especial.

VILA ISABELUma gigante da zona norte do Rio, a Vila Isabel será a primeira a abrir o segundo dia de desfi-les na Marquês de Sapucaí, na segunda-feira (8). Seu enre-do “Memórias do ‘Pai Arraia’ – Um sonho pernambucano, um legado brasileiro” faz uma homenagem a Miguel Arraes, importante político do estado de Pernambuco. Na compo-sição do samba, uma parceria familiar. Martinho da Vila e Mart’nália, pai e filha, assinam a letra junto com Arlindo Cruz, André Diniz e Leonel.

SALGUEIROVice-campeã do carnaval de 2015, a Acadêmicos do Sal-gueiro traz para a avenida uma homenagem a uma figu-ra bem conhecida da cultura carioca: o malandro. Com o

Que venha o carnaval!Marquês de Sapucaí sediará desfiles das agremiações entre os dias 5 e 8 de fevereiro

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Fotos: Riotur

Rio de Janeiro, 14 a 17 de janeiro de 201610 | Cultura

enredo “A Ópera do Malan-dro”, a escola busca inspiração na obra de mesmo nome do cantor e compositor Chico Buarque para buscar o título de campeã, conquistado pe-la última vez no ano de 2009. Será a segunda a desfilar na segunda-feira de carnaval.

SÃO CLEMENTEÚnica escola de samba da zo-na sul do Rio, a São Clemente vai buscar o título de campeã, inédito para a escola, com o enredo “Mais de mil palhaços no salão”, que, como o nome já revela, faz uma homena-gem aos palhaços, figuras adoráveis e bastante travessas do circo. O enredo tem como base a música do composi-tor Zé Keti, que em uma de suas músicas traz a frase que dá título ao samba da escola de Botafogo. Será a terceira a desfilar na segunda (8).

PORTELAA águia dos bairros de Oswal-do Cruz e Madureira, ou “Majestade do Samba”, co-mo também é chamada, vem com tudo para a avenida. Uma das escolas mais tradi-

cionais do Rio, a Portela traz para a avenida em 2016 o en-redo “No voo da águia, uma viagem sem fim...” que fala so-bre uma viagem ao redor do mundo, buscando inspirações na obra Odisseia, de Homero, até chegar às viagens através do mundo virtual. A azul e branco será a quarta a desfilar na segunda, dia 8.

IMPERATRIZDo bairro de Ramos, na zo-na norte do Rio, vem a bela Imperatriz Leopoldinense com uma homenagem aos cantores sertanejos Zezé Di Camargo e Luciano. Com o enredo “É o amor que mexe com minha cabeça e me dei-xa assim… Do sonho de um caipira nascem os filhos do Brasil”, a escola conta a história

da conhecida dupla, nascida em uma família pobre no es-tado de Goiás e que ganhou fama nacional. A agremiação será a penúltima a desfilar na segunda-feira (8).

MANGUEIRAEscola que dispensa apre-sentações, a Mangueira terá a missão de fechar o carnaval da Marquês de Sapucaí, no dia oito de fevereiro. A verde e rosa homenageia uma das mais respeitadas cantoras brasileiras, a baiana Maria Bethânia, que em junho des-te ano completará 70 anos de idade. O enredo “Maria Be-thânia: a menina dos olhos de Oyá” traz diversas passa-gens de músicas cantadas pela artista ao longo de seus 50 anos de carreira.

Fotos: Riotur

Rio de Janeiro, 14 a 17 de janeiro de 2016 Cultura l 11

O quê: A magia colorida do Toco-Xona, o bloco mais florido do carnaval, vai tomar conta da Lapa, misturando Cássia Eller e Bob Marley. A emoção é garantida.Onde: Raízes da Lapa – Avenida Mem de Sá, 21, Lapa.Quando: Sexta (15), 23h.Quanto: R$ 20.

O quê: Espetáculo é uma viagem teatral ao mundo dos jogos eletrônicos, com humor e mímica para adultos e crianças. Onde: Caixa Cultural – Avenida Almirante Barroso, 25, Centro.Quando: De sexta a domingo (15 a 17). Sextas 15h, sábados e domingos 17h.Quanto: 0800. O quê: Bloco da

Leopoldina já entra no clima do carnaval e realiza ensaio aberto para qualquer um que saiba tocar instrumento e queira fazer parte da bateria.Onde: Arena Carioca Dicró – Parque Ary Barroso, Penha.Quando: Domingo (17), 18h.Quanto: 0800.

O quê: Baile de carnaval reúne músicos, cerveja gelada e caldo quente, em plena véspera de feriado.Onde: Cais da Imperatriz – Rua Sacadura Cabral, 145, Praça Mauá.Quando: Terça (19), às 21h.Quanto: R$ 30 (estudantes pagam R$ 15 e fantasiados pagam R$ 20)

O quê: Pedro Mann e banda recebem convidados especiais para apresentar canções de Stevie Wonder, Tim Maia, Caetano Veloso e Bob Marley, embelezando o pôr-do-sol na praia.Onde: Pedra do Leme.Quando: Todos os domingos de janeiro, de 18h às 20h30.Quanto: 0800.

O quê: Último ensaio de verão do Bloco Exagerado, ao ar livre e sem abadás, já deixa o público em clima de carnaval. Onde: Arco do Teles – Praça XV, Centro.Quando: Domingo (17), às 17h.Quanto: Uma lata/pacote de leite em pó para doação à Sociedade Viva Cazuza.

Bloco do Exagerado

Pré-Carnaval do Toco-Xona

#VerãoMann

Bloco D’Águas

Baile de Carnaval do Tarcísio

Victor James - O menino que virou robô de videogame

AGENDA DA SEMANA

Divulgação

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Divulgação Tania Rego/ ABr

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Tata Barreto/Riotur

NA CADÊNCIA | Diogo Coelho

Saído há pouco das salas de cinema, o belíssimo do-cumentário “Betinho, a es-perança equilibrista”, dirigi-do por Victor Lopes, chegou ao canal Globo News.

O filme conta a história do sociólogo Herbert de Souza, que foi exilado na década de 1970 por sua luta contra a ditadura militar. Fundou o Instituto Brasileiro de Aná-lises Sociais e Econômicas (IBASE) na década de 1980 e idealizou o movimento Ação Pela Cidadania Contra a Fome e a Miséria, que mo-bilizou a sociedade brasilei-ra na década de 1990.

Betinho foi também - ao lado de seus irmãos - o car-tunista Henfil e o músico Chico Mário - liderança im-portantíssima na luta con-tra a AIDS e pelo controle de qualidade dos bancos de sangue no Brasil: os três ir-mãos, hemofílicos, foram contaminados pelo HIV du-rante transfusões de sangue.

HOMENAGEMO documentário, em dado momento, fala sobre o me-morável desfile do Império

O encontro de Betinho com o Império Serrano

Serrano em 1996, homena-geando Betinho. O enredo “E verás que um filho teu não foge à luta” rendeu à Verde e Branco de Madurei-ra um sexto lugar no Grupo Especial, sua melhor co-locação nos últimos vinte anos. E muitos consideram que a escola merecia colo-cação ainda melhor. Assim como merecia o estandar-te de ouro de melhor samba daquele ano a composição de Aluísio Machado, Lula, Beto Pernada, Arlindo Cruz e Índio do Império.

Já com a saúde bastan-te debilitada, a princípio o homenageado não iria des-filar na Marquês de Sapu-caí. Mas, na última hora, seu médico avaliou que a inje-ção de ânimo no desfile faria bem a Betinho, e ele levan-tou e emocionou toda a ave-nida, da concentração à Pra-ça da Apoteose. Pouco mais de um ano depois do desfi-le, Betinho sairia definitiva-mente de cena, vencido pela doença. O desfile no Impé-rio foi como uma despedida à altura; sua aclamação por todo o povo brasileiro.

Documentário que homenageia Betinho foi exibido na TV

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Rio de Janeiro, 14 a 17 de janeiro de 201612 | Cultura

Variedades l 13

Arroz carreteiroDiv

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Ingredientes

• 300 g de bacon

• 300 g de charque

• 1 linguiça defumada

• 1 tomate

• 1 cebola

• Coentro

• 3 copos de arroz

• Azeite ou óleo para refogar (fritar)

• Alho a gosto

Modo de preparo

Pique todos os ingredientes. Depois, coloque em uma panela para re-fogar, menos o tomate e o coentro. Refogue bem. Em seguida, coloque o arroz, o coentro e o tomate, e adi-cione água. Quando o arroz estiver no ponto, desligue e saboreie.

Amiga da saúde, fui diagnosticada com condiloma e o médico disse que peguei HPV numa relação sexual. Tem como eu saber se peguei do meu parceiro atual que está comigo há dois anos?

Anônima

Dúvidas? Escreva para [email protected]

Cara leitora, o HPV (Papi-lomavírus humano) é um vírus que causa verrugas. Existem mais de 120 tipos de HPV. Alguns deles gostam da região genital e provo-cam essa doença conheci-da como condiloma (verru-gas genitais). Grande parte da população possui o HPV e não sabe. Uma vez que a pes-soa é infectada, o vírus pode se manifestar rapidamente ou ficar latente no corpo sem provocar nenhum sinto-ma por até 20 anos. Quando o sistema de defesa da pes-soa se enfraquece, podem aparecer as lesões. Além da

transmissão pelo contato se-xual, também é possível con-trair o vírus por meio do uso compartilhado de toalhas ou objetos íntimos, além de vasos sanitários. Assim, é muito difícil determinar como você contraiu o HPV. Pode ser uma infecção recente ou de muitos anos atrás. A prevenção com uso de cami-sinha em todas as relações se-xuais, além do não comparti-lhamento de roupas e objetos íntimos, é orientação que vale para todos. As meninas a par-tir de 9 anos devem também receber a vacina contra HPV, fornecida em todas as unida-des básicas de saúde do SUS.

Sofia Barbosa | Coren MG 159621-Enf

Tempo de preparo30 minutos

Rendimento10 porções

BOMBOU NA INTERNET AMIGA DA SAÚDE

Rio de Janeiro, 14 a 17 de janeiro de 2016 Variedades l 13

Receita

14 | Variedades

Áries (21/3 a 20/4)Áries vai sentir-se com limitações que serão criadas apenas pela sua cabeça, já que o tempo é de progresso.

Touro (21/4 a 20/5)Touro terá um período positivo em que poderá obter a realização que deseja em vários setores da sua vida.

Gêmeos (21/5 a 20/6)Gêmeos começará este período com ilusões e preocupações principalmente no setor econômico.

Câncer (21/6 a 22/7)Câncer deve exteriorizar o que vai no seu interior, tentar coisas que não tentou antes, fazer pedidos.

Leão (23/7 a 22/8)Leão vai ter crescimento e progresso desde que saiba observar, esperar e programar todos os passos.

Virgem (23/8 a 22/9)Terá a possibilidade de realizar coisas novas neste período. Pode surgir uma mudança de emprego.

Libra (23/9 a 22/10)Terá responsabilidades, mas também terá capacidades para resolver e conduzir a sua própria vida.

Escorpião (23/10 a 21/11)Estará bastante empenhado no seu trabalho, podendo esquecer-se por vezes da sua vida afetiva.

Sagitário (22/11 a 21/12)Estará perante situações que o vão levar a mudanças profundas e positivas na sua vida.

Capricórnio (22/12 a 20/1)Estará protegido e não deve dar grande importância a alguns períodos de ansiedade.

Aquário (21/1 a 19/2)Terá um mês seguro, ainda que complicado. Terá de correr alguns riscos e passar por mudanças.

Peixes (20/2 a 20/3)Terá um período positivo em que tudo vai se conjugar bem. Na segunda quinzena terá mais facilidades.

HORÓSCOPO FASES DA LUANova Até 15/1

Cheia 23/1

Crescente 16/1

Minguante 1/2

Rio de Janeiro, 14 a 17 de janeiro de 201614 | Variedades

Apesar do prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB), em en-trevista à Folha de São Paulo, passar a ideia de que o proje-to olímpico mostra um Brasil que dá certo, a realidade está longe de ser esta.

Os operários que trabalham nas obras do Centro de Tênis e do de Hipismo estão parali-sados por falta de pagamento. Os trabalhadores estão, diaria-mente, fechando o trânsito da

Avenida Abelardo Bueno, na Barra da Tijuca, para protestar.

A Ibeg Engenharia, respon-sável pelas obras, foi notificada pela Prefeitura, mas acusou a mesma de não fazer os repasses financeiros, além da inexistên-cia de projeto básico para exe-cução das obras, provocando os atrasos. A Empresa Olímpi-ca Municipal só irá se manifes-tar após o prazo para respos-ta da Ibeg à notificação. (BP)

Paula Johas/PCRJ

O voleibol masculino de Cuba está de volta aos Jogos Olímpicos após longo jejum de 16 anos. Sua última par-ticipação na competição foi em Sydney 2000, onde o país terminou em sétimo lugar.

A seleção cubana venceu o Canadá por 3 sets a 0 (25/15,

25/21 e 25/21), pela final do Pré-Olímpico da Norceca, que envolve a América do Norte, América Central e Caribe, e garantiu vaga direta para os Jo-gos. Além disso, o capitão Ro-lando Cepeda foi eleito o jo-gador mais valioso (MVP, sigla em inglês) da competição.

Ao Canadá restou tentar a vaga no Pré-Olímpico Mun-dial, que acontecerá no Japão, em maio. Além dos canaden-ses, a Austrália, a China, o Irã, o Japão, a França, a Polônia e a Venezuela lutarão pelas três vagas restantes na competi-ção olímpica. (BP)

Zanetti de volta a São Caetano

O ginasta Arthur Zanet-ti, campeão olímpico nas argolas em Londres 2012, deixou de se preparar no Centro de Treinamento da Arena da Barra, no Rio de Janeiro. Ele retornou à cida-de onde treinava quando conquistou o título olímpi-co, em São Caetano do Sul, na região do ABC paulista.

Zanetti retorna, assim, à cidade onde se preparou para os dois principais tí-tulos de sua carreira: além dos Jogos Olímpicos de 2012, o Mundial de Antuér-pia (BEL) em 2013. O mo-tivo não foi esportivo, mas pessoal. O ginasta consi-derou que, neste momen-to, era mais importante es-tar perto da família.

O Corinthians, atual cam-peão brasileiro, viu seu time desmanchar diante da sanha chinesa por jogadores bra-sileiros. Este processo não é novidade. No ano anterior, o Cruzeiro também perdeu al-guns de seus principais joga-dores para a China.

Para os chineses, é um ne-gócio quase sem margem de erro. Eles garantem o pa-gamento da multa rescisó-ria com os clubes e negociam com o atleta um salário astro-nômico, impossível de negar.

Não dá nem para chamá--los de mercenários. Como disse o próprio Renato Au-gusto, um dos últimos a se transferir para lá, é uma oferta que garante a vida até dos netos.

As questões que nos cabem, diante da impossibilidade de manter nossos melhores jogadores aqui, são duas.

A primeira diz respeito aos nossos clubes. De calças ar-readas, para manter salários em padrões executáveis, precisam baixar o valor da multa rescisória. Pelo me-nos, para o exterior.

Para o mercado interno, a multa é calculada sobre o salário. Multiplica-se o salá-rio por 13,3 (que inclui dé-cimo-terceiro e férias), e de-pois por 100. Para fora, não há cálculo. Estabelece-se a multa por acordo, e aí é que

a porca torce o rabo.A segunda é a pouca rele-

vância que a seleção brasi-leira tem tido nas decisões. Dunga já disse aos quatro ventos que jogador da Chi-na, ou de mercados menos competitivos como esse, não jogam mais na seleção.

No entanto, isso não tem sido um empecilho para os jogadores se transferi-rem para a China. O pró-prio Renato Augusto en-

Rafael Ribeiro/CBF

Rica

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Bufo

lin/C

GB

A seleção virou só mais um elemen-to de valorização, quase um tram-polim para que o jogador bote o burro na sombra

Calote em operários causa paralisação em obras olímpicasEmpresa responsável acusa Prefeitura de não realizar os repasses

Prefeitura inaugura, mas Centro de Tênis ainda tem problemas na obra

O dragão chinêsRenato

Augusto, contratado

pelo Beijing Guoan,

atuando pela seleção

cerrou 2015 como titular da seleção em um jogo de eliminatórias para a Copa. Mas foi e bancou o risco de não ser mais chamado.

A seleção virou só mais um elemento de valoriza-ção, quase um trampolim para que o jogador bote o burro na sombra.

Este é o resultado de dé-cadas de desmandos no co-mando do nosso futebol. Tanto nos clubes, como nas federações e a CBF.

Vôlei masculino de Cuba volta aos Jogos após 16 anosTradicional seleção cubana participou, pela última vez, em Sydney 2000

Rio de Janeiro, 14 a 17 de janeiro de 2016 Esportes l 15

TOQUES CURTOS | Bruno PorpettaBINÓCULO

O Flamengo pega o RB Brasil pela terceira fase

da Copa São Paulo de Fute-bol Júnior, nesta quinta-fei-ra (14) no estádio Noguei-rão, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, buscan-do vaga nas oitavas-de-final da competição. O adversário não é uma surpresa.

Os dois já se enfrentaram na primeira rodada da fase clas-sificatória, no grupo 24, tam-bém no Nogueirão, e o Fla-mengo venceu a partida por 2 a 1, com gols de Lucas Paque-tá e Felipe Vizeu, para o rubro-negro, e Alisson, para o time da cidade de Campinas, no in-terior paulista.

No entanto, apesar da pou-ca tradição do adversário, o treinador do Flamengo, Zé Ricardo, não acredita que o jogo será fácil. Mesmo na pri-meira partida, onde ambas as equipes estrearam, o time rubro-negro levou um sufoco até o apito final.

Em entrevista ao site Glo-boesporte.com, Zé Ricardo dis-se que a presença do RB Brasil

Fla repete confronto com RB Brasil na CopinhaClubes se enfrentam pela terceira fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior

Felipe Vizeu é um dos destaques do Fla na Copinha

na terceira fase não é nenhu-ma surpresa e que o fato de já terem se enfrentado é um ele-mento que torna ainda mais difícil o confronto.

“Eles conhecem o nosso time. Nós conhecemos o deles. Vai ser uma partida muito estuda-da”, afirmou o treinador.

FATO COMUM NA COPINHAA presença de clubes com me-nor tradição nas fases mais de-

cisivas da Copa São Paulo de Futebol Júnior é comum. Vá-rios clubes do interior de São Paulo, e também de outros es-tados, são “laboratórios” de empresários do futebol, que usam a competição para dar visibilidade a seus atletas.

Além do RB Brasil, de Cam-pinas, o Primavera de In-daiatuba, o Rondonópolis, do Mato Grosso, entre outros, também estão na terceira fase da competição.

A Procuradoria do Supe-rior Tribunal de Justiça Des-portiva deve apresentar de-núncia contra o dirigente do Cruzeiro, Benecy Queiroz, que confessou ter pago a um árbitro para beneficiar o clu-be durante uma das passa-gens do treinador Ênio An-drade à frente da equipe.

STJD deve denunciar dirigente do CruzeiroBenecy não citou qual foi

o jogo, qual o adversário, o nome do árbitro ou até mes-mo o ano em que ocorreu, mas deve ser chamado pela Procuradoria a prestar es-clarecimentos sobre suas declarações em entrevista à Rede Minas.

Segundo Bruno Vicentin, vi-

ce-presidente de futebol do Cruzeiro, em coletiva, a decla-ração de Benecy foi “confu-sa e infeliz”. Apesar dos fatos terem ocorridos há mais de 20 anos, o Código Discipli-nar da FIFA abre precedente para denúncias em casos de corrupção, independente do tempo. (BP) Benecy Queiroz disse que pagou juiz para ajudar Cruzeiro

Autor do gol mais bonito da temporada 2014/2015, pre-miado com Prêmio Puskas da FIFA, Wendell Lira escancara a realidade do futebol brasi-leiro, longe dos altos salários e da ostentação dos principais jogadores no país.

Nascido em Goiânia-GO, o jogador de 26 anos foi reve-lado nas categorias de base do Goiás, onde permane-ceu até os 23 anos. No entan-to, as constantes lesões aca-baram comprometendo seu trabalho no clube esmeraldi-no. Foram duas rupturas no joelho direito, cuja recupera-ção é longa.

Após sua saída do Goiás, Lira perambulou por vá-

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Reprodução/Facebook

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Wendell Lira é a realidade do futebol brasileiro

rios clubes do futebol goia-no, cujo único horizonte de competição é o campeona-to estadual, com duração de cerca de quatro meses. Nos demais meses do ano, o jo-gador se sustentava com ou-tros empregos, como dobrar panos de chão, ganhando 25 reais por dia.

Depois do Goianésia, onde marcou o gol que o tornou fa-moso, passou pela Tomben-se-MG, onde ficou apenas um mês, e depois ficou de-sempregado. Agora, foi con-tratado pelo Vila Nova-GO, mas como seu contrato só começou em 2016, as festas de fim de ano do premiado pela FIFA foi à míngua. (BP)

Wendell Lira recebe Prêmio

Puskas pelo gol mais

bonito de 2015

Rio de Janeiro, 14 a 17 de janeiro de 201616 | Esportes