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E se você tivesse uma segunda chance para investir na Amazon nos tempos em que a empresa sequer era um esboço do que é hoje? E com isso pudesse ter acesso à maior zona de comércio livre desde a criação da Organização Mundial de Comércio? E, de quebra, se tornasse sócio de uma empresa que, além de vender produtos online, ainda tivesse plataformas complementares que disponibilizam uma prateleira completa de serviços às pessoas e empresas. Planejamento de viagens, entrega de refeições, logística, análise de risco... Tudo no melhor estilo “all in one”. Com foco em 54 países e 1.2 bilhão de pessoas. Um mercado consumidor potencial, majoritariamente jovem, urbano e em crescimento. Trata-se de uma oportunidade única de explorar o último grande mercado emergente do mundo! Seria ter a possibilidade de, como investidor, capitalizar com tecnologias amplamente utilizadas em outros cantos do planeta, cujas transformações econômicas, sociais e culturais são sabidamente conhecidas. agorafinancialbrasil.com Fazendo sua conexão com o maior mercado de ações do mundo the money connection POR DENTRO DO TEMA Grandes empresas, grandes negócios Conexão com o futuro O grande acordo Inclusão social e digital Amazon africana, a história pode se repetir SUGESTÃO PORTIFÓLIO Compra de Jumia (JMIA:NYSE) – Preço teto US$48. “Efetivamente, se antes era interessante manter o continente sob o subdesenvolvimento que perdurou por décadas por conta dos recursos e matéria prima que poderiam ser obtidos ali, a história agora é diferente.” MAIO 2019, EDIÇÃO 8 AGOR A financial brasil Safari Digital – uma expedição lucrativa

Brasil the money connection - Amazon S3€¦ · Tudo no melhor estilo “all in one”. Com foco em 54 países e 1.2 bilhão de pessoas. Um mercado consumidor potencial, majoritariamente

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Page 1: Brasil the money connection - Amazon S3€¦ · Tudo no melhor estilo “all in one”. Com foco em 54 países e 1.2 bilhão de pessoas. Um mercado consumidor potencial, majoritariamente

E se você tivesse uma segunda chance para investir na Amazon nos tempos em que a empresa sequer era um esboço do que é hoje?

E com isso pudesse ter acesso à maior zona de comércio livre desde a criação da Organização Mundial de Comércio?

E, de quebra, se tornasse sócio de uma empresa que, além de vender produtos online, ainda tivesse plataformas complementares que disponibilizam uma prateleira completa de serviços às pessoas e empresas.

Planejamento de viagens, entrega de refeições, logística, análise de risco...

Tudo no melhor estilo “all in one”.

Com foco em 54 países e 1.2 bilhão de pessoas.

Um mercado consumidor potencial, majoritariamente jovem, urbano e em crescimento.

Trata-se de uma oportunidade única de explorar o último grande mercado emergente do mundo!

Seria ter a possibilidade de, como investidor, capitalizar com tecnologias amplamente utilizadas em outros cantos do planeta, cujas transformações econômicas, sociais e culturais são sabidamente conhecidas.

agor afinancialbr asil .com

Fazendo sua conexão com o maior mercado de ações do mundo

the money connection

POR DENTRO DO TEMA

Grandes empresas, grandes negócios

Conexão com o futuro

O grande acordo

Inclusão social e digital

Amazon africana, a história pode se repetir

SUGESTÃO PORTIFÓLIO

Compra de Jumia (JMIA:NYSE) – Preço teto US$48.

“Efetivamente, se antes era interessante manter o continente sob o subdesenvolvimento que perdurou por décadas por conta dos recursos e matéria prima que poderiam ser obtidos ali, a história agora é diferente.”

financial

MAIO 2019, EDIÇÃO 8

AGORAfinancial

brasilBrasil

Safari Digital – uma expedição lucrativa

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Estou falando sobre a chance de ganhar muito dinheiro do outro lado do Atlântico.

Eu já estive lá...

E me deparei com cidades, empreendimentos e uma sociedade que não é mostrada nos noticiários.

Portanto, dispa-se das ideias preconcebidas e prepare-se para conhecer e lucrar com uma realidade pouco conhecida pela maioria dos brasileiros.

Estou falando da África...

E de uma plataforma digital que está derrubando barreiras e gerando oportunidades para consumidores, empresas, empreendedores e, claro, investidores.

Trata-se da Amazon africana que nasceu em 2012 e ganhou a NYSE no mês passado, tornando-se a primeira startup daquele continente a ser negociada no mercado americano.

Porém, antes de trazer mais detalhes sobre essa ideia de investimento, é importante mapear todo o potencial, confrontar os mitos e desmembrar os desafios existentes por lá, afinal, trata-se de um continente com mais de mil dialetos, com grande diversidade étnica e diferentes níveis de renda.

Quando se fala de África, seja por falta de informação, seja por ignorância, a maior parte das pessoas imagina única e exclusivamente um lugar de extrema pobreza, pequenos vilarejos, epidemias, governos ditatoriais, guerras e disputas territoriais.

É evidente que ainda existem inúmeros obstáculos, mas apesar de todas as deficiências em infraestrutura - transporte, saúde, saneamento, e educação – e de uma relativa tensão geopolítica, a África apresenta totais condições para experimentar uma onda de crescimento durante os próximos anos, o que naturalmente a coloca no radar de qualquer investidor.

Muitas empresas, aliás, já estão enxergando a possibilidade de converter necessidades não atendidas em oportunidades, o que estimula o empreendedorismo e, em

última análise, auxilia no processo de inclusão, geração de empregos e distribuição de renda.

Em suma, se o continente apresenta desafios, ele também oferece enormes recompensas - especialmente àqueles que tomarem iniciativa e derem o primeiro passo.

Para se ter uma ideia, o continente africano possui mais de 400 empresas que geram mais de U$1 bilhão em receitas por ano e outras 300 que faturam entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão.

Combinadas, as receitas totalizam aproximadamente US$ 1.4 trilhão!

Desse total, aproximadamente 70% do faturamento está relacionado às empresas de varejo, manufatura, construção civil, serviços médicos e financeiros, evidenciando que, além dos produtos primários e recursos naturais que possui em abundância, o continente também tem avançado em outras áreas.

A maior prova disso – e que também se justifica pelos números apresentados pelas empresa – é a consolidação

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The Money Connection é publicada mensalmente por R$99 por ano pela Agora Financial Brasil LLC, 1117 St. Paul Street, Baltimore, MD 21202, agoraf-inancial- brasil.com. Publisher: Joseph Schriefer; Editor: Evaldo Albuquerque; Designer: Daybeth Vasquez

Brasil

Fonte: MGI African Companies Database

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de um mercado doméstico crescente e cada vez mais exigente, afinal, conforme o país se desenvolve gradativamente, uma classe consumidora emergente começa a aspirar por produtos e serviços de que até então não podia desfrutar.

Ademais, vale lembrar que, enquanto o restante do mundo apresenta uma desaceleração da taxa de crescimento populacional, espera-se que a população africana dobre nos próximos 30 anos.

Do ponto de vista comercial, se o continente continuar criando mecanismos e políticas de inclusão e desenvolvimento urbano, é natural que uma parcela cada vez maior da população marginalizada se torne parte dessa massa consumidora.

Olhando para o futuro, qual empresa não gostaria de ter acesso a mais de 2 bilhões de consumidores potenciais?

Efetivamente, se antes era interessante manter o continente sob o subdesenvolvimento que perdurou por décadas por conta dos recursos e matéria prima que poderiam ser obtidos ali, a história agora é diferente.

Motivada principalmente por interesses comerciais, a África se tornou a menina dos olhos de empresas e indústrias que, indiretamente, poderão potencializar seus lucros com o desenvolvimento econômico e social da região.

A projeção do PIB per capita africano para 2022, e consequentemente o aumento do poder aquisitivo dessa classe consumidora, é apenas mais um elemento que justifica o maior interesse pela região.

Sob esse aspecto, como sempre, a tecnologia exerce um papel fundamental, pois além de conectar pessoas a serviços antes inacessíveis, também é responsável pela

criação de novos modelos de negócios que preenchem as carências existentes e, de quebra, contribuem para elevar os níveis de desenvolvimento econômico e social.

O maior exemplo disso é que, mesmo nos dias atuais, cerca de dois terços da população africana não possui conta bancária.

Entretanto, com a escalada dos smartphones e da internet móvel, esse deixou de ser um entrave para que as pessoas realizassem suas atividades ou transações comerciais.

Atualmente, cerca de 122 milhões de africanos têm acesso a serviços financeiros por meio de aplicativos para celular.

Na realidade, a diminuição dos preços cobrados por esses dispositivos e serviços, tem permitido que barreiras históricas que sempre permearam a região sejam contornadas, promovendo uma verdadeira revolução no continente africano.

Neste contexto, além de apresentar as maiores taxas de crescimento do mundo, a África já é considerada o segundo maior mercado móvel do planeta com aproximadamente 1 bilhão de usuários. Até 2020 espera-se que a taxa de penetração da telefonia móvel alcance 99% da população.

De igual maneira, o acesso da população à internet e aos serviços digitais também tem crescido de maneira exponencial ao longo da última década.

Apenas para colocar em perspectiva, cerca de 4,5 milhões de usuários tinham acesso à internet na África em 2010.

Menos de dez anos depois, são 475 milhões de pessoas conectadas à rede mundial de computadores, um avanço de 10.400% no período.

Apesar de os números serem exorbitantes, apenas 35% da população africana tem acesso à internet. De acordo com algumas estimativas, o número de conexões deve bater nos 636 milhões em 2022 - o dobro do número projetado na América do Norte.

PIB per capita África subsaariana 2012 - 2022

3,500

2013

3,550

3,650

3,700

2018* 2020*20162012 2014 2015 2017 2019* 2021* 2022*3,450

3,600

3,750

3,800

3,850

CCP

per c

apita

US.

dol

lars

AGORAFINANCIALBRASIL.COMFonte: Statista

3,462.27

3,548.82

3,636.283,658.41

3,611.77

3,613.06

3,630.04

3,671.11

3,718.14

3,767.4

3,814.91

% Penetração Internet na África (Março 2019)

5% 30% 40%20%0 10% 15% 25% 35% 45% 50% 55% 60% 65% 70%

35.9%

56.1%

África Média Mundial

AGORAFINANCIALBRASIL.COMFonte: Internet World Stats

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Seja como for, os 475 milhões atuais já representam 10% dos usuários mundiais, sendo que desses, mais de 200 milhões têm perfis criados no Facebook, por exemplo.

Ou seja, embora longo, o caminho é, sem dúvidas, irreversível e de prosperidade. E, na verdade, se bem utilizada, a tecnologia tem um poder transformador sobre a vida das pessoas que, naturalmente, também começam a desenvolver um sentimento de pertencimento em relação ao mundo. Antes isoladas, agora estão conectadas.

Esse mesmo processo que já vimos em outras regiões do planeta está se intensificando a cada dia na África e, seja por limitações técnicas, seja por escassez de recursos ou serviços, o que antes era inviável, agora está se tornando acessível a uma parcela cada vez maior da população.

Isso está abrindo cada vez mais espaço para o desenvolvimento e implementação de plataformas inovadoras que estão fazendo toda a diferença na vida das pessoas. Trata-se de serviços diversos que incluem desde consultas médicas gratuitas sobre orientação sexual e de doenças sexualmente transmissíveis, até aplicativos de pagamento e compras online.

Aliás, quando se trata de compras e pagamentos, a tecnologia vem novamente endereçar problemas que há pouco tempo era intransponíveis.

Em função dos gargalos logísticos, geográficos e do alto custo cobrado por alguns serviços, o conceito de “mobile money” está suprindo totalmente a necessidade de os cidadãos terem uma conta bancária para realizarem movimentações financeiras ou exercerem suas atividades comerciais.

Basicamente, com uma carteira virtual via aplicativo de celular, as pessoas podem poupar, pagar, receber ou transferir recursos de maneira simples e segura.

A combinação desses elementos - smartphone, internet, plataformas e aplicativos digitais - promove uma integração e desenvolvimento cada vez mais uniforme da população como um todo.

Projeta-se, por exemplo, que tecnologias e serviços móveis gerarão até US $ 270 bilhões e criarão mais de 4,5 milhões de empregos até 2020.

Essas mudanças de hábitos e costumes, por sua vez, já podem ser quantificadas.

Basta observar, por exemplo, o volume de dados que trafegam pela rede em algumas regiões da África, sugerindo que a transição para o mundo digital e, consequentemente, o respectivo acesso dessas pessoas à economia global, está ocorrendo a passos largos.

Mas por qual razão estamos falando da África como um todo, ignorando as fronteiras e barreiras que separam os 54 países que fazem parte do continente?

Paralelamente à revolução digital em questão, a África também está fazendo um esforço notável para remover as barreiras e a burocracia comercial existente entre as nações do continente.

A assinatura desse acordo (African Continental Free Trade Area - AfCFTA) por todos os países membros culminará na criação de uma das maiores zonas de livre circulação de pessoas e mercadorias do planeta, acelerando o processo de integração regional!

A intenção do tratado, é poder reunir todos os 54 Estados membros da União Africana, cobrindo um mercado de mais de 1,2 bilhão de pessoas, com uma classe média crescente e produto interno bruto (PIB) combinado de mais de US $ 3,4 trilhões.

Usuários da internet na África x mundo

AGORAFINANCIALBRASIL.COMFonte: Internet World Stats

10.9%

89.1%África

Resto do mundo

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Outro aspecto relevante se refere à consequente expansão do comércio intra-africano que, além de impulsionar os gastos do consumidor e fomentar a competitividade industrial e empresarial, também promoverá uma redução da ordem de US$10 bilhões das importações, fortalecendo os produtos e as empresas locais.

Muito mais do que um acordo comercial, a AfCFTA reorganiza estrategicamente o panorama geoeconômico da África, permitindo que o continente passe a oferecer não apenas commodities primárias, mas produtos de maior valor agregados a partir do emprego da ciência e tecnologia no setor produtivo e de serviços.

Em última análise isso não criará apenas novos empregos, mas também novas indústrias e oportunidades que contribuirão para promover a diversificação da economia africana.

Como se pode perceber, estamos diante de um momento único, com uma série de fatores convergindo positivamente.

Essa é a hora para investir nessa economia digital em formação. Só assim poderemos aproveitar e extrair o máximo dessa onda de crescimento, desenvolvimento e consumo que está se alastrando pelo continente africano.

Eu vou mostrar para você como fazer isso agora.

A partir da ideia de aproveitar a internet como instrumento para melhorar a vida das pessoas é que, em 2012, nasceu uma das startups mais ambiciosas da África.

Trata-se da Jumia, uma das principais empresas de comércio eletrônico do continente, também conhecida como a Amazon africana.

Com o objetivo de ser a maior e melhor loja de varejo online da região, a empresa criou mais do que um simples ecossistema em que consumidores e vendedores pudessem se conectar.

Na verdade, seus executivos lançaram uma plataforma completa, oferecendo aos seus clientes toda a conveniência e rapidez que se espera na hora de adquirir produtos ou serviços diversos.

Além de poder encontrar produtos originais, de qualidade, com garantia e a preços competitivos, os usuários também podem comprar passagens aéreas, reservar hotéis, solicitar a entrega de refeições, acessar alternativas de financiamento, opções de transporte e, de quebra, pagar por tudo online.

Aliás, o maior obstáculo no momento é exatamente esse. Dado que a internet ainda é muito recente, existe muito desconhecimento e falta de informação em relação à maneira como o comércio eletrônico funciona.

Pensando nisso, o principal objetivo da companhia no momento é quebrar essas barreiras, explicar como o comércio eletrônico funciona e, a partir daí, criar uma relação de confiança e bons serviços que garantam a fidelidade do consumidor. Tão logo essa parceria seja estabelecida, a posterior aceleração dos negócios será bem mais rápida.

Mesmo com os desafios iniciais, a Jumia já ostenta a condição de quarto website mais visitado do continente africano. A empresa também possui o maior campus de e-commerce da África ocidental e seus serviços já são acessados por mais de 4 milhões de clientes em mais de 14 países, crescimento de 1,3 milhão em relação ao ano anterior.

Considerando os gargalos logísticos, geográficos e de infraestrutura que ainda existem por lá, trata-se de algo grandioso, mas o potencial a ser explorado é ainda maior.

Para se ter uma ideia, as vendas realizadas pela internet somam aproximadamente 8% do total na Índia e 24% na China. Comparativamente, na África, apenas 1% das vendas ocorrem no ambiente virtual.

Se alguns encaram esse dado com desânimo, outros enxergam o potencial que têm nas mãos, afinal, com toda uma atmosfera favorável e com a internet avançado rapidamente por todo o continente, o volume das vendas online pode avançar 200%, 900%, 2300% nos próximos dez anos em relação aos níveis praticados atualmente.

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Tudo vai depender do quão sustentável esse desenvolvimento será. Mas, levando em consideração algumas métricas essenciais, já é possível verificar uma mudança de mentalidade.

Além da maior frequência com que os pedidos online têm sido feitos, o aumento recorrente das receitas obtidas trimestre após trimestre comprovam que muitos já se tornaram adeptos desse modelo de consumo ao qual ainda não tinham acesso.

Tenho convicção de que o comércio eletrônico vai evoluir rapidamente na África a ponto de o índice de penetração superar os da China, Índia e de outras regiões até mais desenvolvidas, pois o consumo está amadurecendo simultaneamente ao desenvolvimento da internet.

Portanto, se nos Estados Unidos, por exemplo, o consumo de mercadorias online está desconstruindo velhos hábitos de compra, na África, por outro lado, não existe distinção entre uma coisa e outra, afinal, as pessoas que estão consumindo alguns produtos pela primeira vez, já o estão fazendo por meio de seus tablets e celulares.

Pensando no longo prazo, não há melhor momento para investir na África. Não há melhor momento para investir na Jumia. Posteriormente, quando a empresa tiver alcançado os principais meios de comunicação e viralizar, o pico de valorização já terá passado.

Basta observar o que aconteceu com duas empresas pioneiras e que atualmente lideram o varejo online em suas respectivas regiões: Amazon e Alibaba.

O crescimento que ambas experimentaram logo depois que as plataformas atingiram o seio da massa consumidora foi responsável por criar alguns milionários ao redor do mundo.

Os gráficos abaixo não me deixam mentir:

Em pouco menos de uma década, entre 2008 e 2018, a Amazon avançou 4.000%.

Funcionamento Mobile Money

Fonte: SD Asia

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No caso do Alibaba, que negocia na bolsa desde o final de 2014, a valorização foi menos expressiva, mas ainda assim subiu aproximadamente 250% em poucos anos.

A boa notícia é que temos a possibilidade de mergulhar nessa oportunidade nos estágios iniciais, afinal, depois de ter conseguido levantar aproximadamente US$ 200 milhões de dólares com o seu IPO, a empresa passou a negociar na Nyse no mês passado.

Obviamente que não podemos cravar que Jumia irá se comportar da mesma maneira que outras gigantes do varejo eletrôncio, mas sem dúvidas, o contexto e as variáveis são extremamente favoráveis para que algo de grandes proporções aconteça.

Neste sentido, o primeiro passo foi dado, pois mesmo que pequena, ao estabelecer uma posição de liderança

em relação à concorrência, fica mais fácil dominar o jogo e transformar o serviço em um grande negócio.

Sob esse aspecto, a estratégia de crescimento da empresa está voltada justamente para atender à demanda reprimida por conta da escassez de oferta.

Em suma, os consumidores não têm escolha e querem uma melhor experiência na hora de comprar. Aliás, essa lacuna estrutural entre oferta e demanda é visível especialmente na Nigéria, onde há milhões de pessoas com renda crescente, mas poucas lojas formais de varejo per capita.

Nesse sentido, vale mencionar que, ao contrário de outras empresas do setor, o diferencial da Jumia é que sua plataforma é uma mistura híbrida de rede social com comércio eletrônico, na qual os consumidores podem seguir e interagir com seus vendedores preferidos e demais consumidores.

Dessa maneira, além de construir uma relação mais próxima com os clientes, a centralização de todas as atividades e serviços dentro da plataforma permite que os comerciantes – e a própria Jumia - obtenham dados estratégicos sobre os seus negócios.

É possível, por exemplo, ver quantas pessoas viram determinado produto nas últimas 24 horas, qual é a taxa de conversão e qual é o impacto sobre as vendas se mudarem o preço ou lançarem uma promoção.

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A Jumia, aliás, estimula os comerciantes a se profissionalizarem, levando a cabo programas de treinamento que abrangem assuntos como contabilidade e marketing.

Embora tais ações tenham um fundo filantrópico, a verdade é que a Jumia tem o maior interesse no sucesso dos vendedores que anunciam na sua plataforma, afinal, quanto mais produtos conseguirem negociar, maiores serão as comissões que a Jumia vai receber.

Vale ressaltar que além de negociar ela própria alguns itens, a Jumia conta com uma rede de mais de 80 mil comerciantes ativos em toda a África. Em muitos casos, são pequenas empresas que estão usando o comércio eletrônico para alcançar novos clientes e desenvolver seus próprios negócios.

Outra iniciativa inédita da empresa consiste na criação de um programa de vendas em que representantes se dirigem às residências dos clientes portando tablets para receber pedidos de clientes que não têm acesso à Internet. Trata-se de uma maneira inteligente de aproximar-se do seu público alvo e, ao mesmo tempo, capitalizar todo esse esforço.

A Jumia também criou o seu próprio serviço de logística (Jumia Logistics) para poder entregar os pedidos recebidos. Em 2018, por exemplo, a empresa entregou mais de 13,7 milhões de encomendas, um aumento expressivo em relação aos 8 milhões entregues no ano anterior.

Por fim, uma das maiores vantagens em relação a qualquer outra grande empresa de varejo que queira se aventurar na região é o fato de muitos dos seus executivos serem africanos e morarem na África, razão pela qual desenvolveram uma profunda compreensão das complexidades econômicas, técnicas, geográficas e culturais que são exclusivas do continente.

Esse entendimento permitiu que a empresa criasse soluções que atendessem às necessidades e preferências dos vendedores e consumidores de maneira mais abrangente e eficiente.

Até aqui os números são importantes e indicam uma rápida expansão dos negócios e das receitas. Em contrapartida, assim como a Amazon nos seus primeiros anos, a empresa ainda não é lucrativa à medida que as despesas operacionais para criar uma infraestrutura escalável de comércio eletrônico têm engolido os lucros nesta fase inicial de implementação do seu plano estratégico.

Neste sentido, em 2018, o valor total de vendas realizadas na sua plataforma foi de 828,2 milhões de euros, um

crescimento de 63% em relação à 2017. Em relação às mercadorias que ela própria negociou, ao valores totalizam 130.6 milhões e euros, um avanço de 39% no comparativo com o ano anterior.

O lucro bruto também aumentou em 62,1%, de 28,2 milhões e euros em 2017 para 45,7 milhões de euros em 2018.

O prejuízo operacional consolidado, porém, aumentou de 154,7 milhões de euros em 2017 para 169,7 milhões de euros em 2018.

Em resumo, a África está mudando rapidamente.

Suas cidades estão crescendo em um ritmo notável e sua jovem população está adotando novas tecnologias que, por sua vez, estão abrindo caminhos para soluções inovadoras e novas oportunidades.

Nenhuma dessas tendências é linear e, portanto, estão sujeitas a reviravoltas. Contudo, pensando no longo prazo, temos a possibilidade de expor uma parte do portfólio à revolução digital na África, algo que, no nosso entendimento, poderá ser um gerador de grandes lucros nos próximos anos.

Logo no pregão de estreia, as ações da Jumia saltaram 160% em apenas quatro sessões. Logo em seguida, perderam aproximadamente 35% em dois dias. Depois subiram 48%.

Até que a poeira assente e as expectativas dos investidores estejam em sintonia, espera-se uma intensa volatilidade e fortes emoções.

Passado o primeiro momento, até que o excesso de ruído seja filtrado e dados oficiais comecem a ser reportados, as variações diárias devem continuar mais intensas e agudas.

Nosso objetivo é sempre olhar para um horizonte mais distante, portanto, por mais perturbador que possa ser ver essa gangorra diária dos preços, temos confiança de que, apesar das dificuldades adicionais, esse modelo de negócio tem grandes chances de prosperar mais uma vez.

Sugerimos a COMPRA de Jumia (JMIA:Nyse) até o preço-teto de US$48 por ação.

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The Money Connection Posições Abertas

EMPRESA SÍMBOLO ENTRADA PREÇO ATUAL RESULTADOCypress Semiconductor CY (Nasdaq) 10/08/18 U$16,70 U$16,89 1,14%

KraneShares CSI Internet ETF KWEB(ARCA) 10/10/18 U$42,20 U$46,46 10,25%

Skyworks Solutions SWKS() 10/08/18 US$93,00 U$83,55 -10,16%

Softbank SFTBY (OTC) 10/08/18 US$45,33 U$51,35 13,28%

Beigene BGNE(Nasdaq) 10/12/18 U$138,82 U$123,47 -11,06%

IBM IBM(NYSE) 10/01/19 U$120,60 U$137,64 14,13%

CyberArk CYBR(Nasdaq) 12/02/19 U$86,27 U$127,63 +47,94%

Verizon VE(Nyse) 13/03/19 U$ 57,46 U$56,63 -1,44%

Cisco System CSCO(Nasdaq) 13/03/19 U$ 52,24 U$53,45 2,32%

Crown Castle CCI(Nyse) 13/03/19 U$ 127,08 U$123,23 -0,69%

Alteryx AYX(Nyse) 10/04/19 U$80.66 U$90,05 +11,64%

Jumia KMIA(Nyse) 08/05/19 Novo Alerta! Novo Alerta! Novo Alerta!

EMPRESA SÍMBOLO ENTRADA PREÇO ATUAL RESULTADOXilinx XLNX (Nasdaq) 10/11/18 U$83,68 U$110,43 +31,97%

Innovative Properties IIPR (NYSE) 10/09/18 U$45,40 U$65,96 +57,95%

The Money Connection Posições Fechadas