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    Poltica Externa e Poder Militar no Brasil: universos

    paralelospor Joo Paulo Soares Alsina Junior. Srie Entenda o Mundo. Rio deJaneiro, Editora FGV (2009). 160 p.

    Augusto W. M. Teixeira Jnior (UFPE)

    Fbio R. F. Nobre (UFPB)

    O Brasil tem se tornado um ator internacional cada vez maisrelevante. Notadamente, a diplomacia brasileira considerada um ativo

    de excelncia, instituio fundamental para a projeo externa nacional.

    Aps a redemocratizao, o pas tornou-se um ator central no

    regionalismo sul-americano, com o advento do Mercado Comum do Sul

    e, mais recentemente com a Unio das Naes Sul-Americanas. Apesar

    do legado diplomtico brasileiro como instrumento de sua inseroexterna, os primeiros anos do sculo XXI chamam ateno para a

    necessidade de robustecer as capacidades de projeo internacional do

    pas e reviver um debate a muito relegado: a segurana e defesa nacional.

    Segundo Miyamoto (2001), apesar dos avanos alcanados, o tema

    segurana internacional e defesa pouco estudado no contexto da

    produo de Cincia Poltica e Relaes Internacionais no Brasil, embora

    esteja cada vez mais na pauta do dia. Aspectos concretos do fora a essa

    mudana. No que tange a Amrica do Sul, a sub-regio amaznica tem se

    tornado o principal epicentro de conflitos e instabilidade poltica regional

    (CEPIK, 2005). No cenrio internacional, os limites da ordem uni-

    multipolar (HUNTINGTON, 1999) trazem o prenncio de uma possvel

    multipolaridade em construo. Esses eventos so tratados pelo autor

    como tendncias e turbulncias no sistema. No menos importante, no

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    contexto nacional, o programa FX-2 da aeronutica e a Estratgia

    Nacional de Defesa (END) lanada em 2008, tornaram pblico o debate

    sobre segurana e defesa, chamando ateno da academia para umareflexo crucial: o papel do poder militar nas relaes internacionais do

    Brasil.

    Imerso nesse contexto, o diplomata Alsina Jnior brinda a

    academia brasileira com o livro Poltica externa e poder militar no

    Brasil: universos paralelos. Assessor Especial do Ministro de Estado da

    Defesa, o autor um conhecedor profundo do paradigma rio branquinoque orienta a diplomacia brasileira. Alsina desafia o status quo dos

    debates de Relaes Internacionais nacionais ao lanar luz nas

    fragilidades da poltica externa brasileira, acima de tudo, desmistifica a

    compreenso geral sobre a inutilidade do poder militar como ativo

    necessrio das opes da diplomacia brasileira. O autor observa que

    como as duas faces de Janus, o imperativo do poder coercitivo militar a

    outra face da projeo externa do pas realizada pela via diplomtica.

    No pretendendo ser o livro apenas uma contribuio terica, busca

    lanar luz nos limites do debate e poltica de defesa nacional no Brasil, as

    suas relaes com a poltica externa e os bices domsticos a sua plena

    realizao. Aliando um arcabouo terico robusto ao conhecimento do

    ambiente brasileiro de tomada de deciso em poltica externa e defesa,

    Alsina Jnior proporciona uma anlise e prescrio lcida sobre os rumos

    da dimenso do poder militar na poltica externa brasileira. O livro inicia

    a partir de um debate eminentemente terico e vai, gradualmente,

    trazendo a sua anlise a questes mais concretas que dizem respeito ao

    futuro da defesa e da insero internacional do Brasil.

    O primeiro captulo ocupa-se basicamente da reviso conceitual

    sobre o poder. Conceito fundamental na Cincia Poltica e nas Relaes

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    Internacionais, o poder tende a ser abordado sob ticas variadas. Alsina

    Jnior (2009) chama ateno para a sua dimenso militar, a sua

    expresso mais crua e visvel. De forma bastante pedaggica o autorapresenta um debate panormico sobre o conceito em apreo,

    culminando na caracterizao do poder militar. No debate em questo,

    Alsina Jnior chama ateno para o poder como capacidade que gera

    efeitos no plano das relaes sociais (2009, p. 19), passa pela definio

    de poder como potncia, que se remete a noo de poder estrutural.

    Porm, se destaca no texto duas dimenses fundamentais do poder: ainfluncia corretiva e a persuasiva. Em ambas, prevalece a perspectiva

    weberiana que entende o poder como um atributo material, finito.

    interessante que Alsina Jnior coloca-se na defesa da unidade ontolgica

    do conceito de poder. Dessa forma, a natureza do termo em apreo seria a

    mesmo no ambiente domstico e internacional. Contudo, salienta que o

    contexto de anarquia internacional promove um ambiente frtil ao

    emprego da influncia corretiva, da fora e do poder militar, distinto do

    que ocorre no interior dos Estados nacionais democrticos.

    Outro aspecto que merece notoriedade o conceito de Estados

    perifricos. Dimenso emprestada do vocabulrio da economia poltica

    internacional, o permite detectar dinmicas distintas do poder militar em

    pases fora do centro do sistema capitalista. Longe de ser um conceito

    dmod, contribui para desnudar as relaes entre economia e poder. O

    que discute Alsina Jnior nesta seo do livro est inserido no contexto

    mais geral do poder militar. Trazendo Joseph Nye Jnior para a

    discusso, o autor se remete ao conceito de soft powerpara destacar a

    capacidade persuasiva do poder militar. O que est em jogo, segundo o

    estudioso, que a dimenso militar do poder vai alm do mero uso da

    fora nas relaes internacionais. Pode ele ser utilizado para persuadir ou

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    influenciar o comportamento dos Estados. A concluso fundamental

    deste captulo afirma que o poder militar um dos pilares da influncia

    corretiva do poder, no podendo ser ignorado no repertrio de opes doEstado.

    O segundo captulo apresenta uma rica discusso sobre o sistema

    internacional, as suas mudanas e impactos para a insero internacional

    de segurana do Brasil. Notabilizam-se nesta parte do livro a riqueza do

    debate terico e as interaes entre teoria e empiria na anlise sobre o

    Brasil e Amrica do Sul. Como dissemos anteriormente, o foco do livro,em especial deste captulo de analisar o papel exercido pelo poder

    militar nas relaes internacionais contemporneas. Para empreender a

    sua anlise, Alsina Jnior lana mo de um referencial terico bastante

    diversificado. O autor inicia o texto com o construtivismo de Wendt,

    objetivando chamar ateno para aspectos imateriais (ideacionais) das

    relaes internacionais. De forma no explicada, a referncia a Wendt

    cessa na exposio das lgicas da anarquia internacional e do papel da

    identidade na poltica internacional. O autor recorre a outra teoria e

    autores para prosseguir a sua anlise, em especial Escola de

    Copenhague. Esta teoria, representada por Barry (2004) e Buzan e

    Waever (2003) o referencial terico dominantes para o principal

    captulo terico do livro. Distinto da teoria construtivista, a Escola de

    Copenhague dialoga com pressupostos realistas, em especial a vertente

    estrutural de Waltz (1979).

    Esse dado terico fundamental, pois o autor inicia expondo a tese

    da polaridade complexa de Buzan (2004). A teoria permite ao autor

    compreender como esta organizada a configurao da distribuio de

    poder global, auxiliando-o na compreenso dos principais tipos de Estado

    que compem o sistema: superpotncia, grandes potncias e potncias

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    regionais. curioso que nesta seo escapa ao autor realizar a crtica

    teorizao de Buzan sobre a polaridade global. Este pesquisador no

    incorpora em sua explicao novas potncias que tendem a limitar opoder explicativo do modelo 1 + 4 (1 superpotncia + 4 grandes

    potncias). Embora no faa a crtica ao modelo 1 + 4, Alsina feliz ao

    chamar ateno para como a estrutura de polaridade incide em

    assimetrias de poder cada vez mais agudas. nesse contexto que traz o

    conceito de Centro e Periferia para os estudos de defesa.

    No contexto dessa abordagem, a avaliao sobre seguranainternacional e Brasil feita a partir da teoria dos complexos regionais de

    segurana, de Buzan e Waever (2003). Embora seja uma das principais

    teorias de segurana regional, ainda pouco trabalhada no Brasil, Alsina

    Jnior consegue fazer uma aplicao elegante de sua capacidade

    descritiva e analtica, possibilitando-o chegar a concluses distintas do

    status quo da poltica de defesa do Brasil. Apoiado na teoria da Escola de

    Copenhague, mas tambm no conceito de Paz Violenta (MARES,

    2001), Alsina Jnior discute a dimenso de violncia e conflito sul-

    americana. Demonstrando a incapacidade de se compreender a segurana

    internacional a partir dos conceitos de guerra e paz, o autor lana mo da

    tipologia de nveis de conflito criada por Mares. Os dados trazidos pelo

    autor permitem concluir contrariamente ao discurso corrente de que a

    Amrica do Sul uma zona de paz. Esse achado fundamental quando

    se tem a perspectiva do papel que joga o Brasil na regio como produtor

    de ordem regional e estabilizador.

    Como demonstra Alsina Jr., a diplomacia brasileira, conciliadora e

    mediadora, tem forte interesse na estabilidade regional sul-americana.

    Entretanto, o autor faz lembrar que a nfase na moderao no nos

    permite excluir das opes de poltica externa a influncia corretiva do

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    poder militar. Nas palavras do autor, a preponderncia da diplomacia

    sobre as foras armadas, no Brasil, resulta na conjuno de uma

    identidade nacional conciliatria com a persistncia de um arranjo depolaridade especfico em que falta potncia regional capacidade efetiva

    de projeo multidimensional de poder (2009, p. 60). preocupante a

    concluso que chega o autor acerca dos limites, muitos deles auto-

    impostos, a uma maior atuao brasileira na segurana regional e

    estabilizao. O baixo perfil militar do Brasil, no contexto de sua

    insero internacional paradoxal. Portanto, cabe indagar comochegamos a tal situao e como sustentada. Para responder a questo, o

    autor desce ao nvel de anlise domstico.

    O terceiro captulo apresenta uma discusso fundamental s

    conexes entre Cincia Poltica e Estudos de Defesa. A partir de uma

    anlise do plano domstico brasileiro, Alsina Jnior apresenta os

    principais entraves a execuo de uma poltica de defesa nacional. Ao

    lado dessa anlise, expe os obstculos de uma articulao entre poltica

    externa e poltica de defesa. Neste captulo, o autor explicita a

    centralidade da poltica domstica brasileira para a formulao da poltica

    de defesa, seus xitos e fracassos. A histria das instituies polticas e

    de suas burocracias joga um papel importante em sua explicao, mas

    tambm a percepo histrica de ausncia de ameaas concretas

    regionais. No obstante, o pesquisador chama ateno para o papel

    poltico desempenhado pelas foras armadas brasileiras, em especial o

    Exrcito, sempre se comportando como um importante ator poltico.

    Mesmo partindo de uma compreenso histrica ampla, o autor prioriza o

    perodo da Nova Repblica.

    O Estado objeto fundamental na compreenso da situao da

    poltica de segurana e defesa no Brasil. Entre os problemas do Estado

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    brasileiro no plano da poltica pblica de defesa, destaca-se a

    permanncia de quatro grandes entraves como obstculos quilo que

    autor chama de capacidade estatal de oferecer respostas tempestivas eeficazes s demandas sociais (ALSINA JNIOR, 2009, p.71). Baseado

    em Nunes (1997), Alsina afirma que estas barreiras seriam o

    patrimonialismo, o universalismo de procedimentos, o corporativismo,

    alm do insulamento burocrtico. De acordo com o analista, Exrcito,

    Marinha e Aeronutica raramente atuaram nas suas chamadas funes

    clssicas. Esta particularidade, explica o autor, acontece num pas onde,alm da supracitada ausncia da securitizao de ameaas, existem

    problemas de desenvolvimento econmico e institucional, alm da

    necessidade da manuteno da ordem interna. Essas atribuies no

    clssicas so caudatrias da orientao voltada para dentro das Foras

    Armadas, resultando numa justificvel desconfiana de variados setores

    da sociedade em relao aos militares.

    As tenses histricas entre as Foras Armadas e o restante do

    aparelho de Estado tambm reverberam para a sociedade, em especial a

    academia. O autor aponta aspectos explicativos para compreender a

    pouca ateno dada aos estudos sobre defesa no pas no perodo em

    questo, entre os quais possvel destacar um ponto em comum, h um

    afastamento dos diversos grupos da sociedade brasileira dos assuntos

    militares, seja por incompreenso, preferncias, ou mesmo por uma

    questo da identidade nacional optando pela tradio pacfica. O autor

    destaca um efeito no pretendido dessa ao, fundamental ao

    desenvolvimento democrtico nacional e a defesa das instituies.

    Devemos ter a percepo de que esta falta de participao da sociedade

    elimina a possibilidade de presso sobre as foras armadas, anulando

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    tambm as possibilidades de compreenso da necessidade de articulao

    entre as trs foras.

    Outro causador do desinteresse institucional e diz respeito especializao: inexistem funcionrios preparados para tratar desses

    assuntos. Presos num labirinto burocrtico e falta de conhecimento

    institucional e tcnico, os parlamentares pouco podem se movimentar em

    direo a formulao de polticas de defesa, dificultando o accountability

    entre civis e militares. Somados a esses fatores, Alsina Jnior identifica

    um entrave chave, de carter domstico, para as polticas de defesa: apercepo de que o complexo regional de segurana sul-americano no

    conflituoso ao ponto de exigir uma securitizao de possveis ameaas

    externas, a poltica de defesa brasileira segue em ritmo lento e sem

    grandes incentivos a uma acelerao. Mesmo com a criao do

    Ministrio da Defesa, o autor mostra-se ciente e ctico de que tal

    ministrio no consegue impor uma liderana uniforme as foras armadas

    brasileiras.

    No tocante a outro ponto fundamental, os entraves articulao

    entre as polticas externa e de defesa, possvel observar que a poltica

    de defesa tambm carece de articulao com outras polticas pblicas.

    Tendo como pressuposto que as duas polticas podem, em alguns

    aspectos, perseguir metas comuns para maximizar os ganhos, a

    articulao. Para que isso seja efetivado, faz-se necessrio cumprir um

    conjunto de reformas burocrticas, como a criao de canais de dilogo,

    uniformizar estruturas, tendo como intuito um correto planejamento e

    execuo das polticas. Esse processo de uniformizao comea a ser

    realizado por alguns mecanismos, no Brasil, com a criao do Ministrio

    da Defesa, ainda deveras incipiente. Em suma, o analista coloca que os

    fatores que entravam a adequada articulao entre aquelas so: a baixa

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    prioridade da poltica de defesa; a ausncia de direo poltica efetiva

    sobre a poltica de defesa; o perfil no confrontacionista da poltica

    externa e a ausncia de mecanismos operacionais de articulao.(ALSINA JNIOR, 2009, p.80).

    Ao fim de sua avaliao dos aspectos domsticos da formulao

    da poltica de defesa nacional, Alsina Jr., no captulo 4, lana mo dos

    estudos prospectivos para reforar a sua tese. Observa ele, que nos

    cenrios analisados, faz-se necessrio ao Brasil o reforo de suas

    capacidades militares e articulao entre diplomacia e influnciacoercitiva (fora). Para chegar a tal concluso, Alsina lana uma

    indagao fundamental: possvel prever qual ser o caminho tomado

    pela poltica de defesa brasileira? Para tanto, Alsina Jnior apresenta uma

    construo de cenrios, prtica que, segundo o prprio autor, torna

    possvel reduzir a incerteza quanto ao futuro.

    A concluso do livro prope a no apenas fazer o fechamento da

    obra em tela, mas a responder uma pergunta: Afinal, o poder militar

    importa no caso do Brasil? Alsina Jnior responde afirmativamente essa

    indagao, demonstrando as potencialidades e a urgncia de uma poltica

    externa dotada do maior nmero de instrumentos e opes para a atuao

    externa do Brasil, entre elas o uso da fora militar. Prevalece no juzo do

    autor a tica da responsabilidade. Em tempos de turbulncia

    internacional, o momento histrico em que o autor publica a obra em

    apreo mais do que acertado. O processo de insero internacional do

    Brasil, o maior destaque das questes de defesa e das Foras Armadas

    torna necessria a retomada do pensamento estratgico e de segurana no

    Brasil, inclusive para o amadurecimento democrtico. Alsina Jr., como

    pertencente do mundo da diplomacia, mas tambm do universo militar no

    Ministrio da Defesa, oferece uma lcida reflexo acerca de um dos

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    temas mais importantes da alta poltica nacional: a consolidao e

    ascenso do Brasil como uma potncia emergente e o papel da

    diplomacia e da fora armada voltada a cumprir os objetivos do interessenacional.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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