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CARTA Equipes de Nossa Senhora Mensal ENS - GRANDES ENCONTROS I Encontro Nacional de CRS p.22 FORMAÇÃO O Espírito Santo não falta à Reunião p.9 PASTORAL FAMILIAR ENS e Pastoral Familiar p.12 Ano LIV• ago 2014 • nº 482 O FUTURO DA HUMANIDADE PASSA PELA FAMÍLIA (João Paulo II)

ENS - Carta Mensal 482 - Agosto/2014

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CARTAEquipes de Nossa Senhora Mensal

ENS - GRANDES ENCONTROS

I Encontro Nacionalde CRS

p.22

FORMAÇÃOO Espírito Santo

não falta à Reuniãop.9

PASTORAL FAMILIARENS e Pastoral

Familiarp.12

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14 •

482

O FUTURO DA HUMANIDADE

PASSA PELA FAMÍLIA

(João Paulo II)

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CARTA MENSALnº 482 • ago 2014

EDITORIAL Da Carta Mensal ..................................01

SUPER-REGIÃOO centro é Cristo .................................02Família: prioridade das equipes de Nossa Senhora ............03Viver em família em todo o seu tempo ...04

CORREIO DA ERIPe. José Jacinto F. de Farias ..................07Françoise e Rémi Gaussel ......................08

FORMAÇÃOO Espírito Santo não falta à reunião .....09O apostolado nas ENS .........................10Pentecoste em equipe ..........................11

PASTORAL FAMILIARENS e patoral familiar ...........................12

MARIASenhora do silêncio ................................13

TEMA DE ESTUDOGuiados pelo bom samaritano ..................14Ousar o evangelho: acolher e cuidar dos homens ................................15

VIDA NO MOVIMENTOProvíncia Norte ....................................16Província Centro-oeste .........................17Província Sul II ......................................18Província Sul III ....................................21

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Cida e Raimundo N. Araújo - Equipe Editorial: Responsáveis: Zezinha e Jailson Barbosa - Cons. Espiritual: Frei Geraldo de Araújo Lima O. Carm - Membros: Fátima e Joel - Glasfira e Resende - Paula e Genildo - Zélia e Justino - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622)

Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: [email protected] - Responsável: Ivahy Barcellos Imagens de capa: Canstockphoto - Diagramação: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 23.500 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 São Paulo - SP, ou através de email: [email protected] A/C de Zezinha e Jailson Barbosa. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

ENS - GRANDES ENCONTROSI Encontro Nacional de casaisresponsáveis de setor .............................22

DIA DO PADREO sacerdote é o amor do coração de Jesus ...............................32

RAÍZES DO MOVIMENTOMil casais cristãos .................................34

TESTEMUNHOMeu primeiro retiro nas ENS ................35“Servos inúteis” ....................................36Foi assim: um convite, uma tremida e um sim. ........................37Nossa reunião de “equipa” além-mar .....37São Pio de Pietrelcina nos é apresentado .....................................39

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇORetiro - região Alagoas ........................41Retiro espiritual anual ..............................42Um dever de sentar-secom tecnologia e muito amor .............43Os conselhos de um entendido.................44

NOTÍCIAS ............................................45

ATUALIDADESWifi de Jesus .........................................48

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Edit

ori

alQueridos irmãosMais uma vez é agosto. Um mês de importantes comemorações:

Dia do Padre, dos Pais, Semana da Família, Vocações. É também tempo de retomada, depois de renovarmos o fôlego, após as mere-cidas férias escolares.

Pe. Miguel nos relembra o cuidado que devemos ter ao preparar nossas liturgias, dizendo que: “A liturgia é o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, é a fonte donde emana toda a sua força, mas Cristo é o centro!

No embalo das comemorações do mês, lembrando a importância da Família, Cida e Raimundo nos convidam a testemunhar o amor de Cristo, comprometendo-nos a fazer do Evangelho o “Estatuto” de nossas vidas de casal e de família.

Lucita e Marialvo ensinam que: como cristãos, não podemos vi-ver dentro de uma “redoma”, exclusivamente dentro de nossa casa. Precisamos extravasar esse amor familiar que Deus nos presenteou e contagiar as outras pessoas que convivem conosco no nosso dia a dia.

Do Correio da ERI dois belos artigos enriquecem nossa Carta, falando-nos do amor salvador, amor doação, amor sem distinção: não apenas para alguns, mas para todos, e que nós como equipistas temos que aceitar o desafio de amar e evangelizar sem limites!

Sobre o Dia do Padre, o artigo dos irmãos Girlane e Salú saúdam todos os Padres, ao que nos juntamos com todo carinho pelos nossos queridos Conselheiros Espirituais que tanto nos ajudam na nossa caminhada em Equipe. Que o bom Deus os cubra de bênçãos!

Com uma profunda inspiração e de uma atualidade ímpar, o artigo do Pe. Caffarel, na bandeira Raízes do Movimento, trata de vocação cristã, de sacramento e da necessidade vital de oração para nossa vida conjugal e familiar, bebamos da sua sabedoria!

Nas páginas centrais, vocês terão uma pequena ideia da verdadeira festa que foi o I Encontro Nacional de Casais Responsáveis de Setor, através de alguns testemunhos dos muitos que nos chegaram, dos irmãos que dele participaram.

Desejamos uma feliz Semana da Família e um lindo Dia dos Pais para os nossos irmãos equipistas e seus filhos. Que o Espírito Santo de Deus os guie e ilumine para que sejam os pais que seus filhos precisam!

Zezinha e JailsonCR Equipe da Carta Mensal

Tema: “Ousar o Evangelho - Acolher e cuidar dos homens”

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Sup

er-R

egiã

o O CENTRO É CRISTO“A liturgia é o cume para o qual tende a ação da

Igreja e, ao mesmo tempo, é a fonte donde emana toda a sua força. Pois os trabalhos apostólicos se ordenam a isso: que todos, feitos pela fé e pelo

Batismo, filhos de Deus, juntos se reúnam, louvem a Deus no meio da Igreja, participem do sacrifício

e comam a ceia do Senhor” (SC 10).

Procurando ser verdadeiras co-munidades vivas de casais, tornando a vida matrimonial uma celebração permanente, nós equipistas busca-mos pela liturgia uma união mais íntima com o Senhor para darmos testemunho e sermos verdadeiros reflexos do seu amor no mundo.

De fato, por onde passamos, nos vários Setores, Regiões e Províncias da nossa Super-Região vivenciamos intensas e bonitas celebrações litúr-gicas, de modo especial a liturgia Eucarística, que é o ápice da nossa expressão de fé. Nesse sentido, cabe a nós darmos uma atenção especial à preparação das nossas celebrações litúrgicas. A Igreja testemunha a sua fidelidade a Cristo através da unida-de dos fiéis. Esta UNIDADE é um aspecto bem presente na vida das equipes; procuremos evidenciá-lo cada vez mais no modo de viver o nosso carisma, nas nossas liturgias.

Essa reflexão nos chega agora partindo de várias interrogações que nos foram feitas, dentre elas: “Qual a orientação litúrgica do Movimento?”; “Existe um manual de liturgia oficial do Movimento?”. Não basta uma celebração ser bonita e animada; ela precisa evidenciar sempre o centro, que é o Cristo que sofreu, morreu e ressuscitou por nós, expressão

máxima do amor de Deus. Infelizmente encontramos alguns

abusos litúrgicos, mais ou menos graves, mesmo que inconscientes. Para evitarmos tais abusos, recorra-mos às Normas Litúrgicas da Igreja em sinal de unidade. Na sua Encícli-ca “Ecclesia de Eucharistia”, o Papa João Paulo II lançou um “veemente apelo para que as normas litúrgicas sejam observadas com grande fide-lidade na celebração eucarística”(n. 52). As normas eucarísticas “cons-tituem uma expressão concreta da eclesialidade autêntica da Eucaristia; tal é o seu sentido mais profundo. A liturgia nunca é propriedade privada de alguém, nem do celebrante, nem da comunidade, onde são celebra-dos os santos mistérios” (Ibidem), e segue: “o sacerdote, que celebra fielmente a Missa segundo as nor-mas litúrgicas, e a comunidade, que às mesmas adere, demonstram de modo silencioso mas expressivo o seu amor à Igreja” (Ibidem). Por-tanto, fica mais do que claro que, em nome da unidade, as ENS não têm liturgia própria. A LITURGIA DO MOVIMENTO É A LITURGIA DA IGREJA. Um carinhoso abraço.

No coração de Jesus,Pe. Miguel Batista, SCJ

SCE Super-Região Brasil

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FAMÍLIA: PRIORIDADE DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA

Falar das Equipes de Nossa Se-nhora é falar de “família”. Família, a partir da união sacramental de um homem e de uma mulher que se amam e decidem, juntos, cons-truir um lar com a bênção de Deus e a proteção da Virgem Maria.

Viver uma vida cristã. Esta tem sido a principal motivação de mui-tos casais que buscam conhecer a proposta de vida conjugal das ENS. Essa intenção vem seguida da única razão válida para per-tencer ao Movimento: a procura apaixonada de Deus. Melhor conhecê-lo para mais amá-lo e melhor servi-lo. Desde o início é assim: os casais querem conhecer o pensamento de Deus sobre o casamento cristão, para caminhar com mais firmeza em direção à santidade conjugal.

“Uma vida cristã deve ser vista na globalidade. Não se resume a culto, ascetismo e vida interior. É também serviço a Deus nos locais que ele indicou: a família, a pro-fissão e a cidade” (Pe. Caffarel).

A maioria de nós tem consci-ência de que, sozinhos, torna-se difícil desenvolver uma espiritu-alidade conjugal, que nos leve a viver a plenitude de uma vida cristã, como casal, como família.

Apesar dos ventos contrários à proposta de santidade conjugal e familiar, vemos, com alegria, casais, cada vez mais jovens,

procurando viver de forma intensa esse sacramento.

Caminhando à luz de Cristo, os cônjuges alcançarão um nível muito mais elevado de maturidade no amor divino. Eles se compro-metem a fazer do Evangelho o “Estatuto” de suas vidas de casal e de família, testemunhando a presença real do amor de Deus na Igreja e no mundo de hoje.

Percorrendo este caminho de vida espiritual em casal, os ca-sais das ENS vão descobrindo, também, através do carisma e da mística do Movimento, pedagogia e método, que a fonte do amor cristão não está no homem. Está em Deus. Descobrem que Deus está na origem do amor, mas é também seu termo. O amor vem de Deus e vai para Deus.

A espiritualidade conjugal não tem chegada, por isso é um cami-nho. Caminho que nos faz amar a

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Cristo, permitindo que Ele entre na vida do casal e da família.

Que Deus abençoe e Nossa Senhora Aparecida proteja todas as famílias, em especial, as das

Equipes de Nossa Senhora!Unidos em oração

Cida e RaimundoCR Super-Região

A família, principal célula da sociedade, é a nossa mais impor-tante comunidade de amor. Nela nos sentimos acolhidos, seguros e compreendidos.

Como equipistas e com o sa-cramento do Matrimônio, temos a graça de contar com a presença de Cristo em nosso casamento, conse-quentemente em nossa família.

Na família, os filhos, que são dons preciosos do matrimônio, recebem a primeira experiência de amor e uma formação considerada insubstituível.

Nessas relações interpessoais (pai, mãe e filhos), deve haver sem-pre o respeito à liberdade. Os pais orientam os filhos, mas eles têm a

liberdade de escolher o caminho a seguir. Por isso, é fundamental o tes-temunho de vida dos pais porque os filhos se espelham nas atitudes dos pais e não em palavras que não são vivenciadas por eles. “Mostra-me a tua fé sem as obras que eu pelas obras te farei ver a minha fé” (Tg 2,18).

Padre Caffarel afirma que “a família é o resultado da relação que se estabelece entre os pais, filhos e netos, e do vínculo de união e afeto que os coloca todos, pela convivên-cia, na busca da realização pessoal e da felicidade”.

A família é uma maravilha criada por Deus que deve superar, com sabedoria, todos os obstáculos. Em nosso lar, nos alimentamos do amor de Deus e nos fortalecemos para enfrentar o mundo.

Padre Waldemir, vigário da nos-sa paróquia, disse que os cônjuges que vivem em desarmonia dentro de casa, já experimentam o inferno aqui na terra. Mas aquelas famílias que vivenciam o amor conjugal produzem bons frutos - “toda árvore boa produz frutos bons” (Mt 7,17).

Segundo o Documento de Pue-bla, “a família é a imagem de

VIVER EM FAMÍLIA EM TODO O SEU TEMPO

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Deus que em seu mistério mais íntimo não é uma solidão, mas uma família”.

Entretanto, como cristãos, não podemos viver dentro de uma “re-doma”, exclusivamente dentro de nossa casa. Precisamos extravasar esse amor familiar que Deus nos presenteou e contagiar as outras pessoas que convivem conosco no nosso dia a dia.

Jesus nos convida a amar. Amar sem medida, que é a medida do amor verdadeiro. Onde encontra-mos o rosto de Cristo? Nos outros, no próximo. É muito fácil amar quem nos ama. Mas o Senhor

convida-nos a ir além. Amar aquelas pessoas que sabemos, com certeza, que nunca nos devolverão o afeto, nem o sorriso, nem aquele favor. Amar, sem esperar nada em troca.

O Espírito Santo faz crescer em nós o amor para com todos. Como filhos de Deus, somos chamados a difundir o amor generosamente. E, com Cristo, formamos uma só família de Deus.

Enfim, rezemos para que possa-mos sempre dizer que “nós e nossa casa serviremos ao Senhor”.

Fraterno abraço. Lucita e Marialvo

Casal Secretaria/Tesouraria

O difícil em um casamento não é a união de dois corpos, é a união de duas mentes para pensar como uma n Familia é o maior patrimônio que se pode ter n O amor, o respeito, o companheirismo, a compreensão e o temor ao Senhor, é a verdadeira base para famílias fortes e unidas n Seus pais podem não tê-lo planejado, mas o nosso Deus certamente o fez para a Sua glória n Não há nada mais edificante do que uma família edificada em Jesus n Aquele que não honra a esposa desonra a si mesmo n A família com Deus e igual a uma Rocha de pedra impenetrável n A família é a célula mater da sociedade, semdo o casal o núcleo desta célula, onde segundo a biologia está o material genético que transmite as informações que a diferencia de outras. Assim também o casal bem ajustado transmite carater e princípios de Deus a toda a família n Nenhuma família será completa, enquanto Cristo não for membro dela n Para Deus não há família de segunda classe, todas nasceram em seu coração

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Caros amigosSaúdo-vos cordialmente, de-

sejando de todo o coração que esta mensagem vos encontre todos bem, nas vossas diversas atividades, nas quais procurais realizar, em casal e em família, o pensamento de Deus a vosso respeito, que pensou em cada um de vós desde toda a eternidade. É verdadeiramente confortante para nós este olhar da fé que nos en-sina que o pensamento e o amor de Deus nos precedem.

Hoje é muito problemático fa-larmos do amor, uma palavra que se esgotou no sentido dinâmico e original que está na sua origem. Mas nós queremos ter a ousadia de continuar a insistir neste tema, sobretudo no contexto da nossa vocação esponsal e nupcial. Bento XVI recorda-nos que somos sal-vos, não pela ciência, mas pelo amor, o amor que nos precede e que encontra no Coração de Jesus a sua mais sublime expressão.

Na l i teratura poética e na tradição mística fala-se da ferida do amor. Isto quer dizer que se dá uma profunda e misteriosa relação entre sofrer e amar. De fato, sofrer sem o amor leva à frus-tração e ao desespero; mas amar sem sofrimento não passa de ex-ploração do outro reduzindo-o a simples objeto de prazer. O amor que nos salva, e que se aprende na escola do Coração de Jesus ferido de amor, é o amor oblativo, o amor que se manifesta na fideli-dade e na disponibilidade para a entrega ao outro até ao ponto de

ser capaz de dar a vida por ele. Devemos questionar-nos sobre

o motivo pelo qual amamos ou queremos bem a alguém: porque somos bons ou por que os outros são possuidores de uma bondade que nos atrai?

O amor evoca a inclinação para o outro que nos atrai pela sua bondade. Então precisamos de estar atentos para reconhecer a bondade dos outros e procurar-mos respeitá-la, e é neste respeito que se manifesta o amor, pelo qual queremos bem ao outro pelo bem que ele mesmo é.

O Papa Francisco dedica dois números da Lumen Fidei ao casal e à família, nos quais nos diz que a relação esponsal tem muita similitude com a dinâmica da fé: “homem e mulher podem prometer-se amor mútuo com um gesto que compromete a vida inteira e que lembra muitos traços da fé: prometer um amor que dure para sempre é possível quando se descobre um desígnio maior que os próprios projetos, que nos sustenta e permite doar o futuro inteiro à pessoa amada” (Lumen Fidei 52).

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Vivemos num tempo em que parece que estas palavras não encontram aplicação, pois hoje as pessoas têm dificuldade em se comprometerem numa relação que tenha em si mesma a nota da vida inteira, até que a morte as separe; hoje as pessoas têm medo ou sentem-se incapazes de “dar o futuro inteiro à pessoa amada”. Mas, como Jesus nos diz, o que é impossível ao homem é possível a Deus, e é desta possi-bilidade divina, que é a graça do sacramento do Matrimônio, que

os casais cristãos são enviados a dar testemunho; a dar testemunho da alegria da doação do futuro à pessoa amada, a doação que verdadeiramente salva. Ser tes-temunha desta alegria, aqui está a missão e o carisma do nosso Movimento.

Saúdo-vos cordialmente e com muita amizade no Senhor, implo-rando para todos vós a abundân-cia das graças e das bênçãos de Deus.

Pe. José Jacinto F. de Farias, scjConselheiro Espiritual da ERI.

Queridos amigos,Somos Françoise e Rémi Gaus-

sel da Equipe Responsável In-ternacional, encarregados da comunicação e das relações com os casais jovens. Terminamos, em Agosto de 2013, a nossa missão de Casal Responsável da Super-Re-gião França-Luxemburgo-Suíça. Estamos casados há quarenta e seis anos e temos dois filhos ca-sados e sete netos.

A internacionalidade do nosso

Movimento é fonte de uma grande riqueza; o último encontro em Bra-sília demonstrou-o mais uma vez. É, pois, importante que os equipis-tas do mundo inteiro possam estar em comunhão; para isso, é preciso aprender a conhecer melhor a realidade das nossas vidas, a com-preender melhor as nossas cultu-ras, a apreender melhor a nossa maneira de viver em equipe. A comunicação desempenha, pois, um papel importante. Como diz o Papa Francisco, “comunicar bem ajuda-nos a aproximarmo-nos e a conhecermo-nos melhor uns aos outros”. Os meios modernos que temos à nossa disposição facilitam essa aproximação. O sítio Internet é, a este respeito, um instrumen-to eficaz que é preciso melhorar continuamente, atualizar e tornar mais atraente. Vai ser criada uma comissão de redação para refletir nessa renovação; vai também ser

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dada uma atenção especial para que as várias rubricas sejam regu-larmente enriquecidas e atualizadas. Correspondentes das diferentes zonas ficarão encarregados de nos informar sobre acontecimentos que mereçam ser levados ao conheci-mento de todos… A parte dedicada ao Pe. Caffarel e à sua obra será revista, aprofundada e ilustrada. Além disso, com a preocupação de evangelizar e de nos mantermos fiéis ao carisma fundador, serão propostos textos de reflexão sobre o matrimônio e o casal. Progressiva-mente, o sítio internacional é assim chamado a tornar-se um sítio de referência.

Como o matrimônio cristão e a família, célula base da sociedade, atravessam atualmente uma grave crise no mundo, é imperativo que as Equipes de Nossa Senhora reflitam nos meios a utilizar para se darem a conhecer melhor. O carisma fundador e a pedagogia do nosso Movimento podem ser fonte de ajuda para um grande número de jovens casais inquietos perante essa evolução e desejosos de fazer a sua união duradoura e ancorada na Fé. Na sua última exortação apostólica, o Papa Francisco não deixou de nos convidar a “sair da própria como-didade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho”.

Além disso, o nosso Movimento, fundado na espiritualidade conjugal e no sacramento do Matrimônio, tem por missão evangelizar em pro-fundidade os jovens casais que já

são equipistas. Temos, pois, que dar testemunho a favor do matrimônio, olhar com fé esta nobre instituição e mostrar que a durabilidade não é uma utopia mas que, com a ajuda do Senhor e o exercício da vontade, é possível e entusiasmante. Impõe--se, mais do que nunca, ajudar os casais a viver uma espiritualidade conjugal forte para discernir, face a uma sociedade que veicula um certo número de contra-verdades e pre-coniza a superficialidade. É preciso conciliar iniciação e aprofundamento, gradualidade e exigência, o que exige imaginação e criatividade. Não sendo as realidades quotidianas as mesmas nos diferentes países do mundo, é preciso refletir em evoluções do Movimento a adaptar consoante os lugares e as circunstâncias. Compe-te à ERI traçar caminhos de unidade e abrir caminhos novos a fim de res-ponder às expectativas de todos os casais que têm necessidade de ser acompanhados de forma a permitir que a sua união seja duradoura. A primeira ação fraternal é facilitar o encontro desses jovens com o Amor de Deus dando-lhes testemunho da Boa Nova que Jesus nos veio anun-ciar. “O Evangelho – como dizia o Papa Francisco nas JMJ do Rio – é para todos, e não apenas para alguns. Não é apenas para aqueles que nos parecem mais próximos, mais abertos, mais acolhedores. É para todas as pessoas”. As Equipes de Nossa Senhora têm o dever de, com a ajuda do Espírito, aceitar este grande desafio.

Françoise e Rémi Gaussel

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Nas nossas reuniões formais poucas faltas acontecem. Vez por outra um membro do casal não pode comparecer: ou trabalho, ou doença, ou viagem, ou outro motivo justo. Acredito que nestes anos de equipe, somente um membro da equipe nunca faltou a uma reunião - o Espírito Santo. Ele nunca deixa de se fazer perceber. Às vezes de forma suave como a brisa, outras, de forma contundente, como o furacão. “Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.” (2 Cor 3,17)

É maravilhoso ver como Sua participação vem crescendo dentro dos encontros da equipe. À medida que vamos dando espaço, mais podemos viver esta bênção e usufruir de Seu convívio. Quando chegamos numa casa pequena, que se faz espaçosa para receber treze adultos mais algu-mas crianças e vemos o sofá fora do lugar, pensamos: o Espírito Santo já preparou tudo por aqui. Quando vemos um esposo, vencendo o orgulho e admitindo suas falhas perante toda equipe, pensamos: o Espírito Santo lhe deu coragem. Quando ouvimos do sacerdote uma reflexão sobre exatamente aquilo que estávamos precisando ouvir, pensamos: o Espírito Santo falou por ele. “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.” (1Cor12,4)

Na nossa equipe, nunca houve uma reunião ruim, justamente porque o Espírito sempre esteve por ali. Não digo que os encontros sempre foram harmônicos e alegres. Muito pelo contrário, já tivemos reuniões pesadas, tumultuadas e fervorosas discussões. Mas nenhuma desavença foi maior que a nossa fé e, por isso mesmo, nunca desistimos. Aprendemos a enxergar cada situação como aprendizado e cada irmão como igual, embora diferen-te. Pois, divergir de opinião sob o manto do Espírito é ter a oportunidade de dar e receber sem precisar ganhar o jogo. Além de ter a certeza de que mágoas não restarão. “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longa-nimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” (Gl 5, 22)

O Espírito Santo precisa de nós, ele age para nós, por meio dos irmãos. Somos unidos uns aos outros por Ele. Sua presença só tem eficácia com nossa atitude. Assim como na vida, não devemos ficar passivos aguardando Deus agir. É preciso dar os passos necessários, sair da zona de conforto e se expor. Vencer a preguiça, a timidez, o orgulho, o cansaço e viver inten-samente a reunião de equipe: refletir, partilhar e coparticipar. Saborear cada momento com a certeza que não estamos sós e não somos apenas um grupo de amigos. Estamos acompanhados do Espírito de Deus e com Ele podemos renovar todas as coisas. “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.” (2 Tim 1,7)

Bia e MarcosEq.08B - N. S. Aparecida

Jaboatão dos Guararapes-PE

Form

açãoO ESPÍRITO SANTO NÃO

FALTA À REUNIÃO

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O APOSTOLADO NAS ENS

Em casal, somos chamados a viver a missão redentora de Deus, como co-criadores, partilhando do Mistério da Salvação. Somos filhos de Deus, dois batizados unidos pelo sacramento matrimonial, por isso só nos realizamos no Amor, com liberdade e por opção: “Desejei ar-dentemente comer convosco esta ceia pascal, antes de morrer.” (Lc. 22,15) E em cada Eucaristia celebramos esta abundante graça!

Caminhamos seguindo Jesus no convívio diário com o auxílio de Ma-ria, discípula e apóstola do Senhor, na assídua Escuta da Palavra, vamos abrindo-nos às experiências que Deus opera em nós, imersos no Mistério do Amor.

O Sacramento do Matrimônio nos conduz ao coração do desígnio de Deus, conforme nos ensina o Papa Francisco que somos dois em um, numa só existência. E isto é muito belo! Numa aliança que representa aquela que Deus fez com seu povo. Para tal, Deus imprime em nós seus próprios traços e o caráter indelével de seu Amor.

Conhecedoras desta Verdade, as ENS se esforçam para realizar de modo orante os encontros periódicos de estudos, orientadores de todas as equipes do mundo, a partir da leitura de textos do Evangelho, de reflexões e meditações oportunas - conjugal e familiar. Estas atividades são as bên-çãos que lapidam nosso Carisma da Espiritualidade Conjugal e com apoio dos aconselhamentos do Sacramento

da Ordem, irmanados uns aos outros, vivemos a Mística da Ajuda Mútua e do Testemunho, como os Primeiros Cristãos, sob a proteção de Maria.

Os cônjuges se empenham no esforço contínuo e persistente para meditar a Palavra, que ilumina o cuidado consigo e com o(s) outro(s) na caridade familiar, norteia o diálogo constante necessário ao autoconheci-mento e leva à entrega confiante nas mãos do Oleiro.

Na caminhada mensal, um mo-mento ímpar para o exercício do Sacramento da Ordem: a Prévia ou Reunião Preparatória, “ Zaqueu, des-ce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa” ( Lc.19:5-6 ). É o encontro do SCE com o Casal Animador em sua própria casa para um olhar carinhoso sobre aquela So-ciedade Familiar e depois com o CRE para, assim também, olhar a equipe. Um ideal perfeito e cheio de Graça!

Para coroar o mês, a Reunião Mensal, o momento de Partilha e Celebração da Vida de Equipe, da comunhão dos Sacramentos da Or-dem e Matrimônio, dos progressos conjugais, oriundos da graça de Deus, persistidos pelos PCE’s que nos arre-batam da paralisia espiritual.

Em nome de Cristo, reunimos em Equipe, compartilhamos a esperança de quem recolhe o trigo. Quanto ao joio, só o Senhor pode arrancá-lo... É preciso fazer como Maria: “conservar no coração todas as coisas” (Lc. 2,51b)

E assim se constrói a liturgia do “Vem e Segue-me” neste apostolado

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Cinquenta dias após a ressurrei-ção de Jesus Cristo, o Espírito Santo se manifestou em forma de vento forte e de línguas de fogo aos após-tolos e discípulos reunidos com Nossa Senhora no Cenáculo em Jerusalém, conforme narrado no Livro dos Atos dos Apóstolos, em seu capítulo 2, versículos de 1 ao 4, e ainda hoje, de modo especial e particular, é o mesmo Espírito Santo que nos impul-siona e nos anima para a vivência de uma verdadeira vida de equipe, em comunidade e em família.

Pois é pelo nome de Jesus Cristo que nos reunimos, e diante desta bela certeza, somos convocados a unirmo-nos a Ele, para que, pelo seu Santo Espírito, sejamos enviados ao mundo o com afã de testemunhar que vivenciamos em Equipe “um só coração e uma só alma” (At 4,32). Por outro lado, ainda existem casais que embora estejam participando do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, o fazem de forma humana e vazia, acuados por seus problemas, suas dores e dificuldades. Nesse estágio, através da ajuda mú-tua somos chamados e convocados

a animá-los, a abrir seus corações e suas almas, fazê-los experimentar, verdadeiramente, a doce certeza de que o Espírito que recebemos em nosso Batismo nos impulsiona para uma vida nova, cheia de luz, capaz de dar sabor a nossa pequena comu-nidade “Equipe”.

Que, por nossa doce experiência de vida em equipe, sejamos capazes de reconhecer que, no Espírito Santo, o cosmos é enobrecido pela geração do Reino, o Cristo ressuscitado se faz presente, o Evangelho se faz força do reino, a Igreja realiza a comunhão trinitária, a autoridade se transforma em serviço, a liturgia é memorial e an-tecipação, a ação humana se deifica.1

Sejamos Igreja, na vida de equipe, família e comunidade, na certeza de que a alma da grande Igreja está pre-sente, viva, impaciente por distribuir e desenvolver todas as suas virtuali-dades de santificação.2

Branca e DairoEq. 19 - N. S. Auxiliadora

Guaratinguetá-SP

1 Atenágoras – I, Patriarca Ecumênico de Con-stantinopla.

2 Padre Caffarel, Carta das ENS Março-Abril 1973)

das ENS, fundado em 1939, por Pe. Henri Caffarel e quatro humildes ca-sais franceses que reconheceram suas fraquezas, e a insuficiência de esforços isolados. Bem assim, como iniciou-nos, por inspiração divina, este jovem sa-cerdote: “Façamos o caminho juntos.”

Sob o auxílio da Virgem San-tíssima, queremos “permanecer no Amor” (Jo.15), não somente do seu

Filho, mas do seu Senhor “(...) pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie.” . (Efésios 2, 8-9)

Bete e Guinho Eq.01C - N. S. de Guadalupe

SCE - Pe. Antônio Carlos Ferreira cmf.Pouso Alegre-MG

PENTECOSTES EM EQUIPE

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12 CM 482

Queridos irmãosComo membros da Pastoral Familiar em nossa Diocese, tivemos

a oportunidade de participar, no Santuário de Aparecida, das quatro edições do Simpósio Nacional e da Peregrinação anual, que ocorrem no penúltimo fim de semana de maio, dessa importante Pastoral.

Todas foram muito marcantes e proveitosos para nossa caminha-da, mas nessa última, a quarta, tivemos uma agradável surpresa por ter sido aberto um momento para se falar de nosso Movimento, e de sua orientação para que os casais equipistas participem das pastorais paroquiais, de maneira especial, da Pastoral Familiar, à qual, pelo nosso sacramento do Matrimônio, somos naturalmente vocacionados.

E nosso Movimento, sabendo da importância desse momento, se fez representar, por nada mais nada menos, de nosso querido CRSR Cida e Raimundo, que em sua fala, deu um forte testemunho de engajamento nos serviços comunitários, ainda que, sua simples presença no evento, já era, por si só, um grande testemunho.

Assim, todos os presentes tiveram conhecimento do grande bem que nosso Movimento faz para a Igreja, formando casais, com diver-sidades de dons para dela participar.

Na oportunidade, além de termos tido a satisfação de desfrutar da grata companhia deles dois desde a sexta feira até o domingo, também comprovamos que o carinho, unidade e ajuda mútua, estão, de fato, sempre presentes em nossa caminhada, haja visto que, por ocasião da participação de Cida e Raimundo, o casal Hermelinda e Arturo, que os irão substituir na responsabilidade da Super-Região Brasil, fizeram questão de se fazerem presentes, com o fim único e específico de apoiá-los, valorizando, ainda mais, a importância que o Movimento dá a Pastoral Familiar, célula mater da sociedade, e que tanto precisa de proteção e apoio.

Por tudo isso, somos sempre gratos a Deus, por termos tido a oportunidade de ingressarmos nesse Movimento, e dele participar ativamente enquanto Ele assim o permitir.

Um dia, com muita oração, nosso Senhor dará uma grande alegria ao nosso Fundador e Intercessor Pe. Caffarel, a de ver que todo casal equipista, sem exceção, irá entender e responder a esse chamado.

Sandra e BentoEq.03 - N. S. Rosa Mística

Nova Friburgo-RJ

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ora

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iliar ENS E PASTORAL FAMILIAR

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CM 482 13

Mar

iaSENHORA DO SILÊNCIO

Mãe do Silêncio e da Humilda-de, tu vives perdida e encontrada no mar sem fundo do Mistério do Senhor.

Tu és disponibilidade e receptivi-dade. Tu és fecundidade e plenitu-de. Tu és atenção e solicitude pelos irmãos. Estás revestida de fortaleza. Resplandecente em ti a maturidade humana e a elegância espiritual. És senhora de ti mesma antes de ser nossa Senhora.

Em ti não existe dispersão. Em um ato simples e total, tua alma, toda imóvel, está paralisada e identificada com o Senhor. Estás dentro de Deus, e Deus dentro de ti. O Mistério total te envolve e te penetra e te possui, ocupa e integra todo o teu ser.

Parece que em ti tudo ficou pa-rado, tudo se identificou contigo: o tempo, o espaço, a palavra, a músi-ca, o silêncio, a mulher, Deus. Tudo ficou assumido em ti e divinizado.

Jamais se viu figura humana de tamanha doçura, nem se voltará a ver nesta terra uma mulher tão inefavelmente evocadora.

Entretanto, teu silêncio não é ausência mas presença. Estás abismada no Senhor e ao mesmo tempo atenta aos irmãos, como em Caná. A comunicação é tão profun-da como quando não se diz nada, e o silêncio nunca é tão eloquente como quanto nada se comunica.

Faz-nos compreender que o silêncio não é desinteresse pelos irmãos mas fonte de energia e de

irradiação, não é encolhimento mas projeção. Faz-nos compreen-der que, para derramar, é preciso preencher-se.

Afoga-se o mundo no mar da dispersão, e não é possível amar os irmãos com um coração disperso. Faz-nos compreender que o apos-tolado, sem silêncio, é alienação, e que o silêncio, sem apostolado, é comodismo.

Envolve-nos em teu manto de silêncio e comunica-nos a fortaleza de tua Fé, a altura de tua esperança e a profundidade de teu Amor.

Fica com os que ficam e vem com os que partem.

Ó Mãe Admirável do Silêncio!

O Silêncio de MariaInácio Larrañaga

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14 CM 482

Não foi apenas o homem agredido por assaltantes, foi o escolhido pelo Bom Samaritano para receber cui-dados e ganhar uma nova chance.

Cheios de esperanças na nova dinâmica de estudos proposta pelo Movimento para o ano de 2014, tendo como base o livro: Ousar o Evangelho, Acolher e cuidar dos Homens, encaramos o desafio de aprender algo novo, todos os dias, de um único texto do Evangelho. E não é que a Palavra, que é viva e efi-caz, também se fez nova a cada dia?

O texto do Bom Samaritano é praticamente um resumo do Evan-gelho; da mensagem que Cristo nos trouxe, com direito aos módulos: aula teórica e aula prática. Foram dias de grandes aprendizados. Como podemos exemplificar: 1. Numa noite, após a escuta da

palavra, o Leandro relacionou a leitura com um ato praticado naquele dia: ele telefonou para a mãe dele e pediu perdão. Ele foi ao encontro dela, telefo-nou, na intenção de aliviar seu sofrimento.

2. No período de quaresma, a leitura do Bom Samaritano nos fez compreender o sentido do Jejum que agrada a Deus, que é o Jejum do egoísmo. Menos de mim, mais para os outros.

3. A expressão: colocou-o em seu próprio animal, nos ajudou oferecer a nossa casa para a realização do Pós-EACRE.

Entendemos, a partir da palavra, que ao abrirmos nossa casa, estaríamos oferecendo também o nosso tempo, num gesto de amor à nossa equipe.

4. A Palavra também nos ajudou a perceber o quanto as desa-venças de casal passam longe da vontade de Deus. Quando encontro no cônjuge palavras que sejam críticas, sinto-me como o homem que foi atacado pelos salteadores; palavras ferem como os golpes. Dominado pelo egoísmo – ele, ela – se enche de razão e segue em frente, sem socorrer o outro.

5. A compaixão precisa ser exerci-tada, primeiro, em casa. Preci-samos ter compaixão também pelas fraquezas e limitações do cônjuge. O Bom Samaritano não questionou, não se fez de vítima, diante da vítima; deixou simples-mente o amor de Cristo agir.Por fim, podemos dizer que, além

desses episódios bem cotidianos, o tema nos instigou a enxergar as pessoas e suas necessidades. Nos levou a ir ao encontro do outro. Era amando as pessoas que Jesus as curava. Não há como ajudar alguém sem primeiro amá-la. O amor é a força, e eis que voltamos ao principal mandamento de Cristo: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!

Maria e Leandro Eq.15A - N. S. Mãe de Deus

Florianópolis-SC

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o GUIADOS PELO BOM SAMARITANO

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Com o tema de estudo deste ano temos, uma vez mais, a oportunidade de ser o próximo do próximo, o bom-samaritano, o discípulo, o servidor. Sabemos que Maria (de Marta) escolheu a melhor parte, mas isso não nos basta. Zelando por não mergulharmos num ativismo vazio, muitas vezes permanecemos inertes,

mas, se os dons se complementam, é preciso descobrir o nosso e nos inserirmos na comunidade da Igreja de forma atuante.

Que equipista somos sem uma comunidade? Que equipistas somos sem uma pastoral? Como colaboramos na construção do Reino de Deus? Como estamos acolhendo e cuidando do homem?

Essas questões podem ter inúmeras respostas, vai depender da consciência de cada um de nós, do comprometimento pessoal com Deus, mas é preciso lembrar São Lucas (12, 48b) “a quem muito foi dado, muito será pedido”.

Como equipistas e com a prática diária dos PCEs, alimenta-mos e fortalecemos nosso espírito; enquanto alguns, infelizmen-te, se limitam a “engordar”. É preciso avivar a chama e perceber que devemos “ousar”.

Assim como a diversidade de dons, inúmeras são as opções de “ousar”, seja em comunidades, pastorais ou movimentos, só não podemos esquecer que na parábola do Bom Samaritano, o próximo era um herege, doente, andrajoso e talvez até perigoso. Contudo, é justamente ele quem concede a oportunidade do samaritano se tornar “bom”.

Somos exortados a uma “redistribuição de renda espiritual”. E como em Mateus 25, 35-36, levar a palavra de Deus além dos nossos muros, saborear a conversa do enfermo mais simples e humilde com o interesse de Maria, alimentar o faminto com a urgência de Marta, visitar o preso vendo nele apenas mais um filho amado de Deus, acolher o estrangeiro e cuidar do homem. Na perspectiva de um dia nos tornarmos simplesmente “bons”, vivendo com a ousadia de verdadeiros filhos de Deus.

Rita e SodréEq.01A - N. S. das Graças

São Gonçalo-RJ

OUSAR O EVANGELHO: ACOLHER E CUIDAR DOS HOMENS

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PROVÍNCIA NORTE

MUTIRÃO/ 2014

“O Mutirão é uma formação que se realiza em clima de festa, com alegria e descontração, sem prejuízo do trabalho comum e comunitário que ali se faz, em proveito, não de um só, mas de

cada um dos equipistas que dele participa”. (Manual da Formação, p. 6)

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Apesar da manhã chuvosa em Belém, muitos casais, como nós, se dirigiram ao auditório do Comando Geral da Polícia Militar do Estado, para participar do Mutirão, uma das diversas opor-tunidades de formação, que o Movimento nos oferece. Com um formato diferenciado, em forma de gincana: mosaicos, dramati-zações e paródia, o Mutirão proporcionou aos participantes, um aprofundamento, uma interação dinâmica sobre: Vida de equipe, PCEs, As três atitudes, Partilha, Pôr em comum, Auxílio mútuo, Correção fraterna, Função dos casais: Animador, Responsável de Equipe, Conselheiro Espiritual, Ligação, Piloto. Foi confeccionado um pequeno livro sobre os assuntos a serem tratados e enviados, previamente aos participantes, para lhes servir de subsídios às diversas tarefas a serem realizadas durante o evento. Um traba-lho minucioso, realizado com dedicação pela coordenação. Os resultados realmente foram muito positivos; muita disposição, alegria, informação, ajuda mútua, num belíssimo testemunho de unidade que culminou com informações importantes, esclareci-mentos e troca de ideias sobre temas tão significativos para nós cristãos equipistas.

Certamente, todos os que lá estiveram, saíram satisfeitos com a proposta do Mutirão, abastecidos e felizes, pois, após um trabalho realizado em grupos bastante coesos, puderam sentir o resultado da troca de informações e experiências enriquecedoras para todos. Que todos saibamos partilhar com alegria as riquezas experimen-tadas neste dia, como forma de gratidão a Deus, que colocou em nosso meio, irmãos nossos como instrumentos eficazes na divulgação da Palavra, com testemunhos concretos, mostrando que é possível “Ousar o Evangelho e cuidar dos homens”.

Dirce e MourãoEq. 03A - N. S. da Glória

Belém-PA

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PROVÍNCIA CENTRO-OESTE

SF NÍVEL III – ITUMBIARA-GOQuando recebemos a ligação

do nosso Casal Responsável Re-gional, dizendo que estávamos sendo convocados para participar da Formação Nível III, pensamos em dizer não, pois tínhamos outros planos para aquele final de semana. Falamos que iríamos conversar e daríamos a resposta mais tarde.

Depois de conversarmos deci-dimos que iríamos sim, e confesso que estávamos um pouco desmo-tivados, desanimados devido à distância e também pela extensa programação que havia chegado para nós. Mas partimos, afinal esta-mos em missão e esse convite com certeza não veio por acaso, DEUS nos chama e devemos estar sempre prontos para atendê-lo.

A Formação iniciou no sábado de manhã, com uma linda oração, pedindo a proteção de Nossa Se-nhora, com a oração do Magnificat, conduzida pelo casal Provincial Olga e Nei e também nos informan-do que o objetivo da Formação é possibilitar aos casais equipistas, um período de aprofundamento tanto

na sua fé Cristã, quanto no Movi-mento. E entendemos que realmen-te Jesus nos escolheu para estarmos ali... “Muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos...”.

Desde logo, percebemos que estávamos precisando mesmo de “tirar a poeira”, voltar às fontes, às origens do Movimento e tudo foi acontecendo segundo a vontade do Pai e na proteção de Nossa Se-nhora. Entendemos que devemos aprofundar nossa fé Cristã e no Movimento para assumir mais tarde nossas responsabilidades e para sermos discípulos Missionários de Jesus, afinal o Movimento e a Igreja são responsabilidades nossas, casais equipistas. Tivemos a oportunidade de voltar às origens do Movimento, sua história, como e onde tudo começou.

Entendemos que o CARISMA nas ENS é a ESPIRITUALIDADE CONJUGAL, ajuda-nos a crescer no amor de Cristo e que a MÍSTI-CA é estarmos reunidos em nome de Cristo, o auxílio mútuo e dar o Testemunho.

A nossa responsabilidade nas

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ENS é grande, nós somos o Movi-mento, devemos nos preocupar em estar nos formando, nos preparando para que possamos dizer “sim” e assumirmos a responsabilidade de missão no Movimento quando for-mos chamados e também lembrar que Cristo sempre serviu o próximo e nós estamos servindo ou quere-mos apenas ser servidos? Deus nos chama todos os dias para ajudar na construção do seu reino e devemos, como Jesus, estar sempre prontos

para atender ao chamado do Pai. Também, ficou muito claro

para não nos esquecermos de nos alimentar sempre espiritualmente, através da eucaristia e da oração, para que tenhamos a força neces-sária na missão e o desânimo não tome conta de nós.

Foi um final de semana maravi-lhoso, obrigado, Deus.

Fabiana e AdautoEq.61B - N. S. Aparecida

Itarumã-GO

SESSÃO FORMAÇÃO NIVEL IIICercados de expectativas e

ansiedade, tivemos nossa sessão de Formação Nível III, na Casa do Clero nos dias 29 e 30 de março de 2014. “FORMAR-SE PARA MELHOR SERVIR”. Vimos que devemos nos aprofundar e, principalmente, “tirar a poeira” dos nossos conhecimentos e colocá-los a serviço. Com a participação de 46 casais e em clima de muita alegria, os casais Cida e Raimundo (CRSR),

Inez e Natal (CRP) e Marlene e Luis Antonio (CRR), nos motivaram a realmente amar mais nossa equipe e o Movimento, não tendo medo de assumir este amor (em qualquer nível de responsabilidade dentro do Movimento ) pois este chamado é feito por Deus e Ele nos chama pelo nome e caminha conosco. Com a celebração da Santa Missa, momentos de oração e meditação, palestras e grupos de estudo nossos dias foram dinâmicos,

PROVÍNCIA SUL II

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sendo apresentados e estudados os documentos, livros e Estatuto do Movimento, inspirando-nos a buscar mais conhecimento, pois só amamos o que conhecemos. Saímos com a certeza de que ainda temos muito que aprender, que nossa missão é plantar para que outros possam colher. E foi neste clima contagiante que o casal Celia e Paulo (ENS 28), inspirado pelo Espírito Santo, compôs a paródia da melodia:

Cantiga do Matrimônio: Espiritualidade e Missão

Meus amigos equipistasPrestem muita atençãoPara se chegar a CristoÉ preciso coração...

Espiritualidade tem essa aproximaçãoPodendo chegar a CristoPondo em prática esta missãoQue aprendemos aqui hojeCom todos nossos irmãos

A Cida e o RaimundoQue é da Super-Região

Vieram para Rio PretoDando exemplo da missãoQuando aceitaram o convite Para esta explanação

O chamado é uma graçaPara todos os irmãosQuem aceita o conviteSabe desta união Que fazemos com o CristoQuando estamos em oração

Para fechar este momentoQuero aqui agradecerPara este MovimentoQue tanto nos faz crescerObrigado, Mãe queridaPor este jeito de ser

Nossa vida de equipistaSó tem uma direçãoTudo que nos leva a CristoEsta é nossa razãoPôr em prática os esforçosEsta é nossa missão

Rosineide e João Elias Eq.24E - N. S. Mãe do Sagrado Coração

São José do Rio Preto-SP

FORMAÇÃO ESPECÍFICA PARA CASAIS PILOTO

“Deus pede mais a quem Ele deu mais. Quem recebe mais recebe

para os outros. Não é nem maior, nem melhor, é mais responsá-

vel. Deve servir mais. Viver para servir”.

(Dom Helder Câmara)

Com base nesta afirmação, no dia 11 de maio p.p. participamos juntamente com outros 18 casais, na Paróquia São Judas Tadeu, de São Carlos, da Formação Específica para Casais Piloto, cujo objetivo principal foi o de fornecer aos participantes a Pilotagem dentro do contexto das ENS, bem como a Missão e o Espírito do CP. Tendo

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em mente ainda as sábias palavras de Henri Caffarel: “Aquele que se retrai, perde-se; aquele que se dá, ganha-se. O dom de si é ao mes-mo tempo criador, seja em cada uma das personalidades, seja da comunidade”. Nesta formação nos dispusemos a aprender de como realizar este artefato, de forma eficaz, e deveras importante para a sobrevivência de uma equipe junto às ENS.

A formação foi ministrada pelo CRR SP Leste Lucelene e Pedro, que de forma simples nos transmitiu os conceitos básicos de uma boa pilotagem, explorando os objetivos principais: Levar aos casais e ao SCE os conhecimentos básicos sobre a proposta de vida do Movi-mento, seu método e sua história; Dando-nos oportunidade de expe-rimentar: o diálogo – caminho para o dever-de-sentar-se; A Leitura e a

reflexão Bíblica – Caminho para escuta da palavra e meditação; A partilha dos esforços em comu-nidade; A coparticipação de suas vidas, vivendo o auxílio mútuo; fazendo-nos ainda perceber que a reunião de equipe não pode ser algo improvisado, daí a importân-cia de uma reunião preparatória; incentivou-nos ainda a avaliarmos mensalmente nossa caminhada; e, principalmente, conscienti-zando-nos de que a equipe é um lugar especial de evangelização permanente do casal. A metodo-logia consistiu no aprendermos fazendo; verbalizando a experiên-cia, na ajuda mútua, na correção fraterna e no conhecimento da história do movimento.

Leda e José EugênioEq.01 - N. S. Aparecida

Brotas/Torrinha

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PREPARA O CAMINHO COM ALEGRIA E ESPERA NO

SENHOREm Jundiaí, nos dias 16 a 18 de

maio, no Centro de Convivência Mãe do Bom Conselho, a Equipe da Super-Região Brasil, com muito acolhimento, ousou o Evangelho para ir além do programado no aprofundamento das questões que envolvem a melhoria no exercício da missão de Coordenação e Formação dos Encontros de Equipes Novas (EEN), dando ênfase, especialmente, no trabalho que tem como objetivo a santificação dos casais e a busca da difusão dessa espiritualidade que transforma os corações através do testemunho.

Padre Miguel, Conselheiro Espiri-tual da Super-Região Brasil falou da Exortação Apostólica Evangelii Gau-dium – A Alegria do Evangelho apli-cada às Equipes de Nossa Senhora, exaltando que somos um Movimento da Igreja inspirado pelo Espírito Santo e, nesse contexto, é necessário encontrar-se diariamente com Cristo através da escuta da palavra, sendo equipes acolhedoras como discípulos missionários que evangelizam por atração, tudo para a glória de Deus.

Acrescentou ainda que é preciso fazer com que cada equipista perceba que o Movimento somos todos nós e que cada um é responsável por manter vivo o carisma que nos foi confiado.

O casal Cida e Raimundo falou que os Casais Formadores precisam espalhar perfume nessa missão que a eles foi confiada, porque algumas gotas deste mesmo perfume acabam caindo sobre si mesmos e sobre o seu matrimônio.

Este encontro foi um presente de Deus para cada um dos participantes e, nas palavras de Pe. Miguel, “um verdadeiro Pentecostes”. Por fim, fomos enviados como Servidores do Reino com a missão de preparar o caminho para os casais que par-ticiparão dos Encontros de Equipes Novas.

Dificuldades certamente existirão, mas não devemos perturbar os nossos corações, porque “Ousar o Evange-lho” é ter coragem de ESPERAR NO SENHOR. “Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus” (Eclesiastes 3,1).

Edna e GilbertoEq.08B - N. S. de Lourdes

Londrina-PR

ENCONTRO DE COORDENADORES DO EENPROVÍNCIA SUL III

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“Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto, é realidade”. (D. Hélder Câmara)

Sonhado inicialmente por Cida e Raimundo e depois de acalentado por eles e pela Equipe da Super-Região Brasil foi realizado o I Encontro Nacional de CRS em Itaici-SP, no período de 04 a 06 de abril de 2014.

Dizer o que foi esse Encontro não lhes daria o tom e o sabor do que foi essa vivência. Preferimos então, deixar que as fotos e os testemunhos dos participantes o façam.

UM PASSEIO AO REINO DE DEUSPadre Caffarel sonhou que um dia o mundo pudesse ser todo ele

habitado por casais cristãos. Ele, provavelmente, vislumbrou um mundo de Paz, de Justiça e de muita fraternidade.

O que vimos nesse I Encontro Nacional de CRS foi isso. Um pedacinho, um retalho amostral do Reino de Deus aqui na terra, onde casais de todos os cantos do País, de diversas culturas e raízes, mostraram um só padrão de comportamento: a fraternidade e a amizade aflorando em todos os cantos daquele fantástico lugar de convivência.

Da Missa de abertura ao Envio, o amor estava resplandecendo no olhar de cada casal que ali estava. O colorido das camisas alinhado como as cores do arco-íris, lado a lado. O cenário da assembleia unida, ecoava a sonoplastia dos cânticos litúrgicos, brotando um coro uniforme e afinado, presenteando o momento da Eucaristia com a harmonia dos propósitos que Deus planejou para os homens, ou seja, celebrar a família na forma idealizada na criação do mundo.

Padre Miguel superou-se em todos os momentos do Encontro; com grande sabedoria e humor, soube dar o recado que todos precisávamos ouvir, ou seja, a notória percepção de que o nosso Movimento é, de fato, um encontro entre o Sacramento da Ordem com o Sacramento do Matrimônio. Neste particular, sentimos a certeza de estar num caminho

I ENCONTRO NACIONAL DE CASAIS RESPONSÁVEIS DE SETOR

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realmente de santidade. Um caminho que coloca em nossas mãos as fer-ramentas perfeitas para a construção de uma vida a dois, recheada com os ingredientes do Evangelho - O verdadeiro pão da vida.

Os casais do Colegiado da SBR deram um “banho” de organização e informação. Quanto a isso, não podemos deixar de destacar a grande contribuição das palestras à unidade do Movimento, principalmente as questões que colocam em risco essa unidade, como por exemplo, a falta de interesse de muitos casais em perseverar nas suas “obrigações”, negli-genciando para com o carisma e a mística do Movimento.

Por fim, não podemos deixar de citar as palavras do Pe. Caffarel, ditas há muitos anos atrás e que merecem a compreensão de que, no presen-te, vivenciamos o futuro por ele visualizado: “O matrimônio é, pois, um grande meio de amor e um grande meio de abnegação. Grande meio de abnegação, precisamente para permitir o amor”.

Leila e Evandro BonnaCRS A - Belém-PA

FORMAÇÃO, REFLEXÃO E ORAÇÃOEsse foi o sustentáculo do I Encontro Nacional de Casais Responsáveis

de Setor da Super-Região Brasil. Na acolhedora Vila Kostka de Itaici, em Indaiatuba, Estado de São Paulo, estivemos reunidos de 25 a 27 de abril para celebrarmos, com a Super-Região, o encontro de mais de 200 CRS de todo o Brasil.

Como se disse, algumas vezes, durante o evento, fez-se história no Movimento das Equipes de Nossa Senhora – pela primeira vez se promo-veu um encontro dessa natureza. Mais do que história, contudo, o que presenciamos foi a graça da partilha, da união em oração, do encontro de irmãos com a mesma fé.

Os relatos e as dúvidas de cada casal, partilhados nos grupos de re-flexão, demonstraram, para além do amor que dedicam às Equipes de Nossa Senhora, uma constante preocupação em assegurar a unidade das ENS neste imenso país. Esse fato por si só já teria o poder de legitimar integralmente a realização do Encontro dos CRS, tendo em vista um dos seus objetivos apresentados na abertura do evento: “Fortalecer e celebrar a unidade do Movimento”.

Saímos desse I Encontro com a certeza de que a nossa missão con-tinua com a árdua, mas gratificante tarefa de semear em nossos Setores a boa semente que recebemos em Itaici. Semear sem preocupação, pois estamos plantando para o irmão, como nos diz o hino que entoamos durante todo o Encontro:

Põe a semente na terra, não será em vão. Não te preocupe a colheita, plantas para o irmão.

Adriana e Francisco NevesCR do Setor C - Belo Horizonte-MG

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Província do Norte

Província Nordeste

Província Sul III

Província Centro-Oeste

Província Norte

ConvivênciaEnvio N. S. Aparecida

Inês e Natal - CP Sul IIConceição e Macedo - CP Nordeste

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Província Leste

Província Sul I

Província Sul III

Província Sul II

Celebração de Abertura

Bete e Carlos - CP LesteOlga e Nei - CP Centro-Oeste

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SE VOCÊ NÃO SERVE, NÃO SERVE! Neste Primeiro Encontro Nacional de Casais Responsáveis de Setor, que

aconteceu em Itaicí (Indaiatuba – SP), nos dias 25 a 27 de abril, foi mencionada a frase que o Pe. Flávio Cavalca costuma repetir: Se você não serve, não serve! E nos leva a meditar sobre a nossa disponibilidade para servir, vivendo a espi-ritualidade do nosso Movimento, que passa pela vivência dos PCE e, também, pela aceitação das missões confiadas a nós, por Deus, seja como equipistas, seja como responsáveis de equipe, de setor, de região, etc. É preciso deixar que a ficha caia de vez para que saibamos dizer, como Maria, o nosso sim.

Jesus disse: Assim também vós, quando tiverdes cumprido todas as ordens, dizei: Somos servos inúteis, fizemos apenas o que devíamos fazer (Lc 17, 10). Algumas pessoas, ao ouvir esta frase de Jesus, podem ficar um pouco desanimadas. Mas a novidade nela contida é que a nossa salvação é gratuita, um presente de Deus. São Paulo, em sua carta aos Romanos, nos diz que o homem é justificado pela fé, sem as obras da Lei (Rm 3, 28); e, paradoxal-mente, na mesma carta, nos fala que Deus retribuirá a cada um segundo as suas obras (Rm 2,6). Porém, não receberemos a nossa salvação pelos nossos próprios méritos, e, sim, pela graça de Deus, pois foi Jesus quem morreu pela remissão dos nossos pecados. Somos justificados pela fé em Jesus Cristo, e esta fé, certamente, inclui as boas obras, como ouvimos de São Tiago: mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras (Tg 2,18).

Nesse versículo do Evangelho, escrito por São Lucas (17,10), está contido também, um convite para darmos um passo além, para fazermos um pouco mais, e não apenas o que se deve fazer. Agindo assim, seremos generosos. Portanto, amemos sempre mais...

Foram 207 casais do Brasil inteiro com um só objetivo Fortalecer e celebrar a unidade do Movimento. Todas as cores das Províncias juntas fazendo um arco-íris maravilhoso. Sentimos com todo o nosso coração que foi Deus quem nos chamou e aí confirmamos o nosso Sim. Quem diria não para Deus? O empenho e o carinho da Super-Região Brasil foram sentidos em cada palestra, em cada atividade, em cada gesto. Foram três dias muito proveitosos num lugar inspirador, cantando sempre o refrão que diz: Põe a semente na terra, não será em vão. Não te preocupe a colheita, plantas para o irmão...

Susie e PauloCRS C - Rio de Janeiro-RJ

“O PODEROSO FEZ EM NÓS MARAVILHAS!”O I Encontro Nacional de Casais Responsáveis de Setor foi maravilhoso.

Vivenciamos momentos muito marcantes, fortes e intensos de Oração, For-mação e Convivência Fraterna. Encontramos com irmãos de todos os cantos, de norte a sul, de leste a oeste, partilhamos nossas experiências e vivenciamos a unidade das ENS na imensidão da diversidade desse nosso país. Foi um momento em que vivemos profundamente a mística do Movimento. Reuni-dos em nome de Cristo, Ele estava verdadeiramente no meio de nós! A paz da natureza do local invadiu o nosso ser. A alegria transbordou de todos os

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corações. A brisa leve do Santo Espírito nos conduziu à vontade de Deus e como os apóstolos, estávamos nós ali, naquele novo cenáculo com Maria, aprendendo mais sobre a nossa missão, o nosso serviço e fortalecendo o nosso compromisso. Foi um momento abençoado na companhia de nossos irmãos de fé, de comunidade, em família com Maria e Jesus! Hoje, depois de “ousarmos o Evangelho” e “acolhermos o inesperado”, dizemos como Maria, nossa mãezinha, “O Poderoso fez em nós maravilhas!”

Sonia Regina e CláudioCRS B - Niterói-RJ

“TORNAI FECUNDO, Ó SENHOR, NOSSO TRABALHO”! Em 25, 26 e 27 de abril passado realizou-se o I Encontro Nacional dos

CRS em Itaici-SP e tivemos o privilégio de participar com casais de todos os cantos do Brasil. Estiveram presentes os CRS que iniciaram sua missão nos anos de 2012 e 2013.

Mais de 200 casais puderam ser agraciados com este encontro, fazendo história dentro do Movimento das ENS. Fomos muito bem acolhidos pelos casais daquela Região/Província, que, sem medir esforços, nos receberem com muito carinho e sorriso estampado no rosto.

O Lema desta Super-Região é “Tornai fecundo, ó Senhor, nosso traba-lho”! (Sl 89, 17) e o Refrão que norteou o Encontro foi: “Põe a semente na terra, não será em vão. Não te preocupe a colheita, plantas para o irmão”.

Dentre as palestras, destacamos: Objetivos do Encontro e a palestra “Tempo de Ação de Graças e de compromisso” (Cida e Raimundo - CR da Super-Região Brasil); Espírito de Equipe (Olga e Nei - CR da Província Centro-Oeste); Pe. Caffa-rel (Bete e Carlos Alberto - CR Província Leste); Escuta da Palavra (Inez e Natal).

Não podemos deixar de destacar os Grupos de Reflexão que foram realizados na tarde do sábado, com o assunto: Formação. Esta deve ser realizada pelo menos uma vez por mês dentro das reuniões da Equipe de Setor, já no Colegiado de Setor (Equipe de Setor e CRE) pelo menos duas vezes ao ano. Cada casal de diferentes Províncias partilhou como tem sido sua experiência dentro do seu Setor.

Tivemos o depoimento de um casal do Amazonas que, com muito amor ao Movimento, enfrentou várias barreiras para estar presente no Encontro. Viajou 10 horas de barco, várias horas de ônibus até Manaus, enfim pegar o avião com escalas para chegar a Itaici-Campinas; foram quase 3 dias de viagem.

A Noite de Convivência foi um momento de nos confraternizar com os casais que levaram comidas típicas de suas regiões, música, dança e o mais importante Alegria e Disposição.

Voltamos abastecidos e animados com tanta informação para passarmos aos demais Setores e ora partilhamos com vocês, este momento que, para nós, foi único.

“É do vosso amor conjugal, é do vosso lar que o mundo ateu espera um testemunho essencial”. (Padre Caffarel)

Ana Cristina e LeonardoCRS F - Brasília-DF

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SEMENTE DA FORMAÇÃOÉ com espírito renovado e com profundo sentimento de agradecimento

que iniciamos este texto, para escrever sobre o Encontro Nacional de Casais Responsáveis de Setor, que ocorreu em Itaici-SP, no Centro de Espiritualidade Vila Kostka, durante o período de 25 a 27.5.2014.

Agradecemos a Deus que plantou a semente de “formação” nos corações de Cida e Raimundo, Casal Super-Região Brasil, e nos de toda a Equipe de Super-Região, que foram inspirados e guiados pelo Espírito Santo neste projeto inovador e ambicioso.

Agradecemos ao Padre Miguel que nos brindou com celebrações diárias, com homilias maravilhosas. Sentíamos as nossas almas sendo re-hidratadas. De acordo com Padre Caffarel, “a eucaristia e a oração interior salva da asfixia a nossa alma”. E, apesar de termos consciência da necessidade de priorizar a Eucaristia e a oração interior, nos perdemos nas coisas pequenas do nosso cotidiano.

O roteiro de atividades foi intenso, mas em nenhum momento nos sentimos cansados ou desmotivados; a frase que nos impulsionava era....”Eis que venho fazer, com prazer a Vossa vontade Senhor”.

Vimos em todos os participantes o verdadeiro Espírito de Equipe... “tinham um só coração e uma só alma” (Atos 4, 32). Estávamos em mais de duzentos CRS, todos “acolhendo uns aos outros como o Cristo os acolheu” (Rm 15,7).

As perguntas que não queriam calar:Qual o Cristo que levo para partilhar com meu irmão? Qual o Cristo que

procuro no meu irmão?As respostas chegaram, com a certeza de que precisávamos, como os

apóstolos, chegar “com grande alegria, dando testemunho da ressurreição do Senhor” (At 4, 32-33). E assim chegamos à conclusão de que “quando eu adormecer, acorde-me, quando eu estiver cansado, sustente-me, quando eu cair, levante-me”.

Neste sentido todos os objetivos foram alcançados, quando nos foram oferecidos subsídios para a compreensão do serviço de CRS, por meio dos documentos do Movimento, vivenciando momentos fortes de oração, formação e partilha, e ainda levados à responsabilidade de animar nossos Setores com amor fraterno e despojado.

Esses dias de formação nos resgatou a consciência de que nós não temos o direito de adulterar o carisma do Movimento; as regras são claras, mundialmente conhecidas e aplicadas. Somos um movimento internacional, conhecemos, amamos e acreditamos na santidade dos Casais, e que somos o reflexo do amor de Cristo.

Então, meus irmãos equipistas, temos tempo para comer, dormir, trabalhar e outras coisas mais, pequenas por sinais, entretanto precisamos não deixar nossas almas morrerem de inanição, vamos trabalhar juntos em prol da nossa santidade, do nosso cônjuge, da nossa Equipe e do nosso Movimento, este é o caminho; não existe outro. Vamos seguir juntos!

Cláudia e PauloCRS D - Brasília-DF

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SÓ PARA VOCÊ!Entre os dias 23 a 25 de abril, participamos do I Encontro Nacional de

Casais Responsáveis de Setor, em Itaici (São Paulo). Por mais que quisésse-mos, dificilmente conseguiríamos transmitir o que sentimos, vivemos e o que presenciamos neste Encontro, desde toda a diversidade, pois todos os cantos do Brasil estavam ali representados (206 casais), além dos casais que exercem responsabilidade na Super Região Brasil.

Iniciamos e terminamos em oração, tivemos momentos de formação para Responsável de Setor, presenciamos o Amor, a pertença às ENS e à Igreja, flashes, testemunhos e tudo magnificamente preparado para o exercício da res-ponsabilidade junto às equipes de base, que é o coração do nosso Movimento, para que este coração pulse no mesmo ritmo em todo o continente, e que a seiva irradiada, chegue a todos com a mesma vitalidade e ânimo.

É emocionante conhecer outros Setores deste gigante país, as suas dificul-dades; ver a obra do Padre Caffarel sendo realizada, desbravando as regiões mais longínquas, como faziam os bandeirantes, e sentir nesses mais de 22.000 casais (a maior Super-Região do mundo), um grupo de entusiastas, protegidos e amparados por Maria para irradiar as obras do Senhor.

Queremos manter esta motivação, como nos diz o Papa Francisco; “Encorajando-vos a apostar em ideais grandes de serviço, que engrandecem o coração e tornam fecundos os vossos talentos”.

Muitos casais consideram que exercer alguma responsabilidade é um peso, mas não é, pois, só pensar que estamos na graça de DEUS pela sua escolha, abençoados com a presença de Seu Espírito, somos recompensados. Abre-se assim um novo sentimento, de cada casal, ao ser participante desta ousadia que o Evangelho provoca. Como nos diz o Padre Flávio Cavalca “Quem não serve, não serve”.

É para você, casal equipista a grande motivação que vimos nestes casais que estão a serviço do Movimento das Equipes de Nossa Senhora em todo o Brasil, um ânimo e um impulso contagiante rumo à santidade.

Deus Seja Louvado! Com muito carinho. Rosana e João

CRS Indaiatuba-SP

ENCONTRO ESPIRITUAL E FORMATIVO“Tinham todos um só coração e uma só alma.” (At 4,32)Acreditamos que desígnios divinos influenciaram na escolha de Itaici para

a realização do 1º EN de CRS, pois o local é próprio para a oração. Éramos 208 casais de todo Brasil, numa heterogeneidade de características físicas e de idade e, ao mesmo tempo, numa homogeneidade na busca de conhecimentos e subsídios espirituais. Aquela fraterna convivência nos dava a certeza de que o melhor lugar para estar é ao lado das pessoas que nos fazem feliz.

O lema da Super-Região: Tornai fecundo, ó Senhor, o nosso trabalho (Sl 89,17), deixou claro que todos estavam dispostos a buscar o fortalecimento da unidade do nosso Movimento. Como ensina a canção que embalou todo o

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Encontro: põe a semente na terra, não será em vão; não te preocupe a colheita, plantas para o irmão, a primeira regra nas ENS tem de ser o amor. O casal, que realmente compreende os objetivos do Movimento, assume a responsabilidade de procurar promover a Mística e estimular a Formação, porque com esse espírito promoverá e fortalecerá quadros, tão fundamentais para a expansão e para a perpetuação das ENS.

O alicerce do Movimento é a Equipe, e a base da Equipe é a Ajuda Mú-tua, bem exemplificada através da norma do alpinista: quando eu adormecer, acorde-me; quando estiver cansado, sustente-me; quando eu cair, levante-me!

Quantos exemplos de serviço e espiritualidade! A bênção de iniciar as ma-nhãs com a Santa Missa e a empolgação pastoral do Pe. Miguel! A dedicação dos casais para que tudo, das palestras à organização, ocorressem de maneira perfeita! A solicitude e a simpatia dos atuais e dos futuros CR da SRB!

Como não repensar nossa preguiça espiritual ao vivenciarmos o entu-siasmo e a saga vivida pelo casal Natália e Josimar, de Maués, do interior do Amazonas, para chegar ao Encontro? A saborosa e alegre confraternização! Vivemos momentos excepcionais de emoção, de formação e de partilha. Um dia perceberemos que esses momentos fazem tudo valer a pena.

Que possamos transmitir tudo o que vimos e ouvimos com fidelidade e muito amor, assim como recebemos.

Edna e Renato CRS A - José Bonifácio-SP

PÕE A SEMENTE NA TERRAQuando fizemos a nossa inscrição para o I Encontro Nacional de Casais

Responsáveis de Setores, sabíamos que seria um final de semana diferente, mas, foi mais do que isto, foram dias maravilhosos, intensos e que ficaram gravados em nossos corações.

Na chegada, a alegria dos casais da SRB foi contagiante: sorrisos, abraços, ajuda com as malas, tudo muito organizado. Casais carinhosos e acolhedores deram os primeiros exemplos para todos nós.

Fomos conduzidos para a celebração de abertura, onde tivemos o primeiro contato com os casais de todos os Setores do Brasil. O ambiente foi transfor-mado em um verdadeiro arco íris, com as cores de cada região. Sentimos a presença do Espírito Santo e vivenciamos momentos fortes de reflexão com as palavras e a bênção de Padre Miguel.

Nos tempos reservados para a formação, recebemos, com muito carinho, orientações importantes sobre o trabalho desenvolvido pela Equipe da SRB: o funcionamento e a organização, para que todos os Setores caminhassem em Unidade no Movimento.

Fomos convidados a servir mais aos casais e ao Movimento, sermos fiéis ao carisma com muita criatividade, tornando fecundo nosso trabalho, mantendo a mesma linguagem e um só coração.

Algo muito especial aconteceu na confraternização; tivemos a oportuni-dade de mostrar e conhecer um pouco a cultura de cada região do Brasil, e

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ver que, nessa imensidão, somos todos iguais quando buscamos os mesmos objetivos e servimos a Jesus Cristo. Encerramos a noite num só coro com a Oração do Magnificat. Foi lindo!

Nas reflexões dos grupos, tivemos a oportunidade de conhecer o dia a dia dos Setores. Os casais, cada um com o seu jeito cristão, apresentaram os desafios de expandir e fortalecer as equipes com casais que desejam caminhar para a santidade.

No final marcou muito o testemunho do casal que superou as dificuldades e as distâncias para chegar ao Encontro; momento único de partilha, de força e de oração na vida da família.

Na certeza de que escutamos e não só ouvimos, pois o escutar fica e ouvir se perde, saímos renovados, protegidos por Nossa Senhora e enviados com a frase que marcou o nosso encontro: Põe a semente na terra, não será em vão. Não te preocupe a colheita, plantas para o irmão.

Érika e VagnerCRS B - São José do Rio Preto-SP

UMA FAMILIA UNIDA PELA DISTÂNCIAOs dias 25, 26 e 27 de abril foram três lindos dias que ficarão na nossa

lembrança. Eu e Agenor e Matilde e Daniel, chegamos juntos ao Centro de Espiritualidade Vila Kostka, Itaici, SP, quase na hora de iniciar a Primeira Cele-bração Eucarística do Encontro Nacional de Casais Responsáveis de Setor. Muita gente chegando, cansados da viagem, mas cheios de alegria para dar e receber.

Que acolhida agradável!A invocação ao Espírito Santo, no início da Santa Missa, encheu aquele

lugar e os nossos corações com uma contagiante vontade de participar, acolher, aprender e conhecer irmãos de lugares longínquos.

Encontramos casais do Norte, do Sul, do Leste e do Oeste. Dos mais distantes rincões, todos unidos numa só alma, num só coração, numa só voz para louvar e bendizer a Deus pelas maravilhas que estava permitindo acontecer em nossas vidas.

Padre Miguel, com todo aquele carisma que lhe é peculiar, empolgou, ungiu e alegrou a assembleia. Esta celebração foi o início de uma jornada empolgante de três dias de muito trabalho, aprendizado, crescimento, alegria e convivência fraterna.

Nosso coração ficou tocado com a dedicação e doação daqueles irmãos equipistas, que, por chamado do Senhor, exercem uma responsabilidade na Super-Região Brasil. É um dos nossos, iguais a nós, mas com muito serviço a realizar e o fazem com todo zelo. De verdade, eles arregaçam as mangas e colocam as mãos no arado. E a ordem é: “Põe a semente na terra, não será em vão. Não te preocupe a colheita, plantas para o irmão”. Este grito ainda ecoa nos nossos ouvidos e nos nossos corações.

A todos, nosso muito obrigado de toda a Região SP-Nordeste. Maria José e Agenor

CRS B - Ribeirão Preto-SP

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Dia

do

Pad

re O SACERDOTE É O AMOR DO CORAÇÃO DE JESUS. (BENTO XVI)

“O Sacerdote só será bem compreendido no céu…

Se o compreendêssemos na terra, morreríamos não de pavor,

mas de amor.” (São João Maria Vianney)

Querido Frei Avelino Paz e Bem!

As ENS são tudo de bom na vida do casal cristão. Fonte de amor, de conjugalidade, crescimento espiritual, abnegação, perdão, per-severança, etc.

De todas as bênçãos e maravi-lhas que as ENS nos têm propor-cionado, nos tornarmos amigos está entre as maiores.

Hoje o senhor vive o desafio de alimentar em “terras estranhas” novos fiéis pela sua pregação, pela Eucaristia e pelo seu testemunho. Como dizia São João Maria Vian-ney (O padre não é para si. Não dá a si a absolvição. Não administra a si os sacramentos. Ele não é para si, é para vós).

Foi Deus quem te deu a graça de seres quem tu és! Deixar tudo para se entregar ao serviço de Deus é a mais bela resposta de amor que alguém pode dar ao amor Daquele que morreu por nós, o Sacerdote Maior: Nosso Senhor Jesus Cristo! Ao entregar-se nas mãos de Deus, como instrumento, para ser usado por Ele, como e onde Ele quiser, o senhor Frei Avelino se faz o próprio Cristo, que entregou a sua

vida por amor ao que é do Pai! Isso pede vocação, força e fé. Ser padre não é uma tarefa fácil!

Entrega total a Deus - Somen-te quem se esvazia de si mesmo numa entrega total a Deus é ca-paz de realizar tantos feitos como celebrar a Eucaristia, pregar o Evangelho, acolher os pecadores, orientar e acompanhar como so-mente um pai sabe fazer. Sei que a missão do sacerdote é árdua, mas sei também que a alegria do servir é maior do que todos os desafios! Por isso, meus sinceros votos de felicitações pelo seu dia, Frei Avelino.

Queremos numa prece especial pedir a Deus pelo senhor e por to-dos os padres que nos possibilitam viver a maior de todas as alegrias: participar do banquete da vida, a Eucaristia! Com a mão de Deus nas suas mãos, com seus passos firmes na trilha aberta por Jesus, havereis de libertar do cativeiro, todos aqueles que o Pai confiou aos seus cuidados! Parabéns, que a presença de Jesus em sua vida seja a sua maior recompensa.

Também queremos dar os parabéns e nosso Muito Obrigado aos nossos queri-dos SCE.

O dia 4 de agosto a Igreja cele-bra a memória de São João Maria Vianney, presbítero, o patrono dos presbíteros. Ele disse que “a mais

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bela profissão do homem é amar e rezar”. Viveu intensamente seu sacerdócio e buscou na oração, na palavra e na eucaristia forças para servir a Deus nos irmãos e irmãs que o procuravam. Um homem, um sacerdote, um santo.

Neste dia, também comemora-mos o Dia do Padre. Dia especial! Dia de rezarmos especialmente por alguém que se faz presente em nossas vidas, que sempre tem uma palavra amiga, uma mensagem de encorajamento, um abraço afetivo, olhar afetuoso e mãos estendidas para nos oferecer. Um amigo singular, designado por Deus para nos conduzir pelo caminho mais correto e mais seguro. Um pai amoroso que nos aconselha e orienta nos momentos mais di-fíceis. Um médico dedicado que nos ajuda a curar nossas feridas e nos receita o melhor remédio para aliviar nossas dores. Instrumento de paz - Um irmão amável pronto a nos erguer de nossas quedas. Um mestre atento que nos puxa as orelhas quando não obedecemos aos mandamentos do Pai. Um companheiro solidário sempre atento que nos ouve, orienta e, em nome de Deus, até nos perdoa.

O padre é aquele que cele-bra a vida de Deus na vida da comunidade. Na Celebração Eucarística, ele traz Jesus para as comunidades. A Eucaristia é a razão primeira do sacerdócio. O padre alimenta seus fiéis por esse sacramento, pela sua pregação e pelo seu testemunho.

Mas é também este padre que

é homem. Que sofre, se angustia e chora, que tem vontades e dese-jos, que precisa do calor humano da família e dos amigos, que sorri, que brinca, que busca a amizade dos adultos e crianças.

Não se pode enxergar somente o homem uma vez consagrado; não se pode enxergar somente o padre, pois este é um homem. Por isso este padre está sempre sujeito a erros e pecados. No entanto ele tem muito mais acertos e virtudes. Podemos até não amá-lo, mas temos a obrigação de respeitá-lo; de rezar por ele, de defendê-lo, de mostrar aos incrédulos a sua santidade.

E a todos os padres rogamos que “busquem a santidade, tra-balhem juntos na construção do Corpo de Cristo, estejam sempre unidos pela fraternidade e pela oração e se ajudem, pois vocês são dispensadores dos mistérios de Deus a serviço do seu povo”.

Padre, obrigado por permitir-se ser instrumento de paz, amor, ca-ridade e fé! Em nossas preces, pe-dimos para que Deus o mantenha sempre abastecido de coragem e perseverança para ser sempre, em nossas vidas, fonte de luz e vida!

Que Deus te abençoe, te pro-teja, e que como Maria, Mãe de todos os sacerdotes te ajude a dizer todo dia um sim generoso a Deus por tão grande dádiva em sua vida. Parabéns.

Girlane e SalúEq.01 - N. S. Imaculada Conceição

São Luís-MA

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Mil casais cristãos da Alemanha, Bélgica, Brasil, Canadá, Espanha, França, Holanda, Ilha Maurício, Luxemburgo, Marrocos, Portugal, Suíça, Tunísia, a caminho de Roma. Tu-ristas em busca de sensa-ções? - Não. Mas peregrinos em busca de Deus. Eles compre-enderam segundo o ensinamento célebre de são Ciprião, que “não pode ter Deus por Pai, aquele que não tem a Igreja por mãe”. Então eles vão a Roma pedir, para si próprios, para todos os membros das Equipes de Nossa Senhora de que são os delegados, a graça de compreender a Igreja, e de serem filhos a ela inviolavelmente unidos.

Para esta graça, irão implorar a intercessão: de Pedro e Paulo, ajoelhando-se junto de seus túmu-los, dos mártires e dos cristãos dos primeiros séculos, nas catacumbas, de todos os santos Papas, bispos, padres, leigos, cujas lembranças e relíquias encontrarão a cada passo.

E quando se inclinarem com filial veneração e reconhecimento sob a benção do Soberano Pontífi-ce será ainda a esta mesma graça que oferecerão uma alma aberta e acolhedora.

MIL CASAIS CRISTÃOS3

Não foi o desejo de serem mais perfeitos filhos da Igreja, e de servi-la cada vez melhor que os conduziu a caminho de Roma?

Cuidemos pois em nos despo-jarmos da mentalidade de turistas e criar em nós uma alma de pere-grinos, alma que ora e que canta, alma, desapegada e disponível, alma pronta a receber, alma silen-ciosa e recolhida.

Amemo-nos uns aos outros a fim de que Jesus Cristo esteja conosco e nos fale de sua Igreja, a sua es-posa bem amada. Então os nossos corações se inflamarão como o dos discípulos, no caminho de Emaus.

E, acrescentaria ainda: rezemos por nossos filhos e, pelos filhos de todos os casais das Equipes, a fim de obter, para eles a graça de amar a Igreja.

- e quem sabe, obter também o heroísmo que um dia lhes pode ser pedido para permanecerem indefectivelmente filhos e filhas da Igreja.

Pe. Henri Caffarel 3 Editorial Pe. Caffarel – Carta Mensal n° 3, Ano

VII, junho de 1959.

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Mais um Retiro em nossa cami-nhada. Tantos serviços já prestamos em nossa Paróquia e nas instituições que pensamos: já sabemos tudo, mas vamos participar como novos inte-grantes das ENS, isso por insistência de minha esposa.

Também havia a necessidade de prestigiar o pregador, Padre Vanin, nosso SCE. Chegamos ao Retiro, e logo senti um safanão, tipo “acorda para a vida!” Ele disse: “Devemos orar sempre, não até Deus nos ouvir, mas até que possamos ouvir a Deus”. De repente vi cair toda a minha ar-rogância, pois sempre achei que Ele é que deveria me ouvir!

A partir daí passei a prestar atenção em cada detalhe, me surpre-endi, me emocionei, e por diversos momentos não consegui segurar as lágrimas.

A música nos embalava e a luz do sol, nos fazia enxergar além. O calor além do clima quente era também do coração, e este era muito mais intenso.

Levamos Bíblias, água, e um tapetinho para melhor nos acomo-darmos para a hora do deserto, e foi aí que tentei ouvir Deus.

Minha primeira tentativa foi frus-trante, ainda apegado ao quotidiano não consegui, mas Ele estava ao meu lado na presença de minha amada, mas meu coração estava inquieto.

Então o nosso pregador disse: Deus fala no mais profundo de nós mesmos, em nossa consciência. Deus fala também através dos outros, das

pessoas que, próximas ou distantes compartilham nosso destino e nossa história. Deus fala ainda através de fatos e acontecimentos, bons ou tristes de nossa vida pessoal, nem sempre sabemos ler o que Deus nos fala na trama da vida! São necessá-rios os olhos grandes da fé para en-xergar Deus... Aí meu coração foi se aquietando, se aquietando... Somos convidados a nos deixar seduzir no-vamente por Deus, reencantar com a vida, como aquela criança que se alegra com um simples voar de um passarinho.

Após um dia de conhecimentos e emoções, quando a noite já caia, fomos chamados para ir à capela para a Via Sacra.

Em cada estação uma emoção mais forte. Sentimos um misto de melancolia e tristeza, mas ao mesmo tempo de esperança e fortaleza. E foi ali, diante daqueles casais penitentes, cheios de cumplicidade, sedentos em ouvir Deus, que consegui definitiva-mente escutar Sua palavra Senhor, e amá-Lo como nunca amei.

Ao final, olhei profundamente nos olhos de minha esposa, e disse: Obri-gado, meu amor, por ter insistido, e por me ajudar a ouvir o que Deus tem para me dizer.

Ao sairmos do retiro a paz con-tinuou através da canção que dizia: “Nossos olhos ganharão nova luz, com a tua presença Jesus!”

Maurílio e CidinhaEq.01 - N. S. do Perpétuo Socorro

Aparecida-SP

MEU PRIMEIRO RETIRO NAS ENS

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“Somos servos inúteis, cumprimos somente a nossa

obrigação”(Lc 17, 10).

Eis que estamos por concluir esta Santa Missão à frente dos destinos do Setor.

Ele nos chamou para sermos servos e não para sermos servidos. Mesmo assim, fomos Servos Inúteis... A ninguém é permitido permanecer inativo.

Colocamo-nos em disponibilidade à ação do Espírito Santo para que Ele nos santifique. As ENS, que são Meio e não Fim nos propõe a Místi-ca da Presença de Cristo, da Ajuda Mútua e do Testemunho; e para nos deixarmos penetrar por esta mística, necessitamos de atitudes decididas, de Nos abrirmos à vontade de Jesus; Desenvolvermos a Capacidade para a Verdade sobre nossos atos e sobre DEUS, e aumentar a Capacidade para o Encontro e a Comunhão, pondo-nos no caminho em direção à Santidade e tendo na sua Pedagogia, meios colocados à nossa disposição para nos auxiliar nesta caminhada.

Usamos como lema: Não impor a verdade sem a caridade, mas não sacrificarmos a verdade pela caridade. Pe. Caffarel nos orienta a um Amor Exigente, por isto alertamos aos ca-sais que ser Equipista não é mérito, mas antes de tudo um compromisso.

Fomos fiéis às Orientações do Mo-vimento, motivando, animando com entusiasmo e alegria, procurando fortalecer o Setor, fazendo conforme a vontade do Senhor.

Nossa missão como Equipista é plantar esperança, dar testemunho, ser semeador do bem e este ofício é árduo, nos exige compromissos, dedicação; numa palavra nos pede renúncia.

Acreditamos ter trilhado e zela-do pela fecundidade do espírito e funcionamento das Equipes, no que tange ao crescimento da Espiritua-lide Conjugal, além de deixarmos registrado na história da Região o agradecimento a DEUS, primeira-mente, por esta missão, ao nosso para sempre amado, pai e fundador, a quem ousamos chamá-lo de futuro Santo da Conjugalidade, Pe. Henri Caffarel, que nos ensinara: “Quem não caminha para frente, caminha para trás!”, ao Pe. Marcio Roberto, SCES, que nos deu o testemunho de agir como verdadeiros buscadores de Cristo e zeladores das Coisas do Rei-no, nutrindo-nos com suas homilias, formações, retiros, eventos, etc, e a Equipe de Setor, que com muito amor, oração, dinamismo e tecendo laços de pertença, fez circular a vida do Movimento, iluminados pelo Es-pírito Santo, multiplicando juntos as bênçãos e graças do nosso Carisma.

Por fim, recordamos mais uma vez o Pe. Caffarel, que mostrou-nos: “Uma ENS não é só um grupo de casais onde se pratica o amor frater-no, mas onde, em primeiro lugar, as pessoas se iniciam no amor fraterno”.

Ou “Santos” ou nada!!!Sempre unidos em oração,

Katia e CarlosCR do Setor C

Maceió-AL

“SERVOS INÚTEIS”

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Era dia de missa da unidade da ENS na nossa cidade. Gostamos sempre de chegar à Igreja 30 min antes de começar a celebração. Nesse dia não sei por que nos atrasamos, quando íamos saindo o telefone to-cou. Fiquei: atendo ou não atendo, já estava atrasada; resolvi atender. Era uma voz suave, macia, coisa de anjo, que se identificou por Conceição de Macêdo CRP, que teria um convite para fazer. O meu coração acelerou e começou a tremer (e coração treme?? O meu tremeu!!), fiquei vermelha e falei por dentro, vixeeeee!!!! Ouvir o que ela tinha a me dizer. Muito sabida e inspirada pelo Espirito Santo, fez o convite para assumirmos a missão de CRR-Sergipe; e foi logo dizendo que não queria a resposta de imediato, esperaria até a meia noite.

Falei a Zé Carlos dizendo que não aceitaria, pois para aquela mis-são teria que ser alguém mais capaz. Ele respondeu: você é quem sabe. Quanta inocência pensarmos que sabemos de alguma coisa; quando Deus escolhe, nos cerca de todos os lados. Cheguei à Igreja um pouco

intranquila, certa da minha resposta. O evangelho do dia era sobre o Bom Pastor. Na homilia o padre nos dizia que precisávamos ouvir a voz do Bom Pastor. E nos questionou: Vocês reconhecem a voz do bom pastor? Ele quer precisar de nossa pequenez para conduzir o seu rebanho. Cada palavra era uma cutucada. Pensei: “Eita! Fui pescada”.

Terminou a missa, fui para casa, muito inquieta, olhei pra Zé Carlos e disse: E agora? O bom pastor precisa de nós! Peguei o telefone e simples-mente disse SIM! Agora é com o Senhor Jesus. Capacita-nos.

Tudo é possível quando de graça damos o que de graça recebemos. O que mais nos incomoda nessa missão é que ainda existem muitos equipistas que insiste em ser inquilinos, equipis-tas que não se esforçam em serem construtores!!! Caros irmão equipis-tas, a hora é agora de o seu coração acelerar; tremer e ficar vermelha, e depois tomar coragem e dizer SIM, capacita-me, Senhor!!

Isabel e José CarlosCRR - Sergipe

FOI ASSIM: UM CONVITE, UMA TREMIDA E UM SIM.

NOSSA REUNIÃO DE “EQUIPA” ALÉM-MARSomos equipistas há 25 anos.

Pela graça de Deus, participamos dos Encontros Internacionais de 1994, 2006 e 2012, o último em Brasília. Naquela oportunidade,

tivemos o prazer de conhecer um casal equipista português, próximo ao qual nos sentávamos por oca-sião das palestras e celebrações do Encontro. Trata-se da Fátima e

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Lúcio, residentes na Freguesia do Arrabal, participantes da “Equipa” Leiria 9, com 28 anos de caminha-da. A simpatia com esse casal foi recíproca, pois se tornou evidente a beleza do encontro de irmãos, até então desconhecidos e que o nosso Movimento proporciona.

Nossa afinidade com esse casal tinha razões: a primeira delas é que tendo minha sogra nascido na Ilha da Madeira, sentimo-nos um pouco portugueses. A segunda é que te-nho somente um irmão e ele reside em Portugal há mais de 30 anos, onde se casou com uma brasileira e lá formou família com 4 filhos, dois genros e um casal de netos.

Abençoados por mais uma graça de Deus recebida no ano de 2013, meu esposo, propôs que todos nós daqui do Brasil fosse-mos comemorar o aniversário de 90 anos de minha mãe, Izabel, lá em Portugal. Vale lembrar que ela participa das Comunidades Nossa Senhora da Esperança aqui na nos-sa cidade, Movimento este nascido das Equipes. Seu aniversário foi no dia 12 de Maio passado, oportu-nidade em que todos da família lá nos reunimos em uma singela co-memoração. Daqui estávamos nós, minha mãe, nosso filho e esposa, nossa filha com marido e dois netos queridos, de um e quatro anos.

Com a devida programação da viagem, envolvendo tantos compromissos, nossos e dos pa-rentes de lá, não nos esquecemos de contatar com o casal Fátima e Lúcio, pois nossa intenção era também visitá-los. Prontamente

eles se organizaram e com alegria nos receberam em sua residência, por três dias, quando pudemos conhecer toda sua bela família e conversar sobre assuntos do coti-diano e do Movimento.

Nesse período, Fátima e Lúcio, sem nos dar opção, já na primeira noite levaram-nos ao Santuário de Fátima para a reza do terço e a procissão das velas, culminan-do com o emocionante adeus à imagem que após passar entre o povo, volta para a Capelinha da Aparição. Além disso, o casal nos proporcionou outros passeios, destacando o Santuário de Naza-ré e o Mosteiro de Batalha. Aliás, neste último fomos acompanhados por outro casal também equipista, Judite e Carlos, da Equipe Leiria 39, ele voluntário no Santuário de Fátima e que também nos brindou com uma “aula” sobre a história do Mosteiro.

Dentre os vários assuntos par-tilhados com Fátima e Lúcio, eles se interessaram pelo “Momento de Maria” que temos por hábi-to realizar nas nossas Reuniões Mensais, uma vez que lá em Por-tugal isso não ocorre. De outro lado, eles nos informaram que realizariam sua Reunião Mensal, na sua própria casa, na segunda feira, já programada com ante-cedência, a fim de conhecermos seus amigos de caminhada. Sa-lientamos que em Brasília tínha-mos conhecido o seu Conselheiro Espiritual, D. Virgílio Nascimento Antunes, bispo de Coimbra, que os acompanhou no encontro e

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como de costume, também esta-ria presente.

Qual não foi nossa surpresa, quando, alguns minutos antes da Reunião, Fátima e Lúcio nos pediram que fizéssemos um Mo-mento de Maria. Claro, não tínha-mos nada preparado. Então nos lembramos de um que gostamos muito e que faz parte de nosso dia a dia. Foi assim que, naquela Reunião Mensal além-mar, explica-mos o que vem a ser o Momento de Maria: um breve espaço de tempo dedicado à padroeira do Movimento, quando aproveita-mos para louvá-la, agradecer-lhe e reverenciá-la. Contamos então a história verdadeira de “Maria, passa na frente”, do livro do mes-mo nome, de autoria de um casal francês, radicado no Brasil, quan-do se deparou com problemas de excesso de bagagens em uma de suas viagens internacionais, a fim de conseguir doações de materiais sacros para montar uma Igreja: “Santuário N. Sra. Desatadora dos Nós” em Campinas. Ao final, entregamos a todos da reunião,

uma oração que conseguimos lá imprimir e que temos o hábito de fazê-la diariamente.

Sinceramente, cinco dias após nosso regresso, recebemos e-mail do casal Fátima e Lúcio, onde textualmente se expressaram da seguinte forma: “Foi graça divina a oração que partilharam conosco, a poderosa oração “Maria passa na frente”, que nós desconhecíamos e de que gostamos muito, assim como de toda a partilha da vossa experiência na equipe e no Movi-mento. Com os casais que falei e conosco aconteceu o mesmo, que os ecos dessa oração ressoaram nas nossas cabeças durante toda a noite e ainda hoje essas palavras continuam... Maria passa na frente e resolve aquilo que somos incapa-zes de resolver”.

Isso tudo veio demonstrar-nos que, verdadeiramente, Maria dá-nos o seu “beijo de mãe” sempre que falamos dela.

Ana Rita e ManoelEq.13 D - N. Sra. Menina e Mãe

São José do Rio Preto-SP

Por ocasião do VIII Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora em Fátima – Portugal , tivemos a oportunidade e o prazer de conhecermos o Frei Leonardo Trotta que é um italiano muito apai-xonado e incentivador do nosso

Movimento. Estávamos rezando em frente à imagem da Mãezinha de Fátima quando o Frei Leonardo nos foi apresentado e logo nos pedia uma formação para os Equipistas de Barra do Corda, uma cidade que fica no coração do Maranhão.

SÃO PIO DE PIETRELCINA NOS É APRESENTADO

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Na época estávamos na responsa-bilidade de CRS em Fortaleza. Era Julho de 1994 e o Frei não perdeu tempo e foi logo nos fazendo um convite para que o ajudássemos a fazer uma formação para os Equi-pistas de Barra do Corda. Naquele tempo no Maranhão não tínhamos Equipes em nenhuma outra cida-de do Estado. Voltando ao Brasil planejamos e viajamos à Barra do Corda em setembro do mesmo ano. Saímos de Fortaleza em uma cami-nhonete com três casais. Ismenia e Climério, Cleci e Nonato e Julia e Abelardo. Fortaleza a Barra do Cor-da são precisamente 1.100 km. Ao longo da viagem devido às péssimas condições da estrada, perdemos um dos pneus, o que nos deixou sem o reserva. Quando tínhamos per-corrido 980 km, à altura da cidade de Presidente Dutra, na reta final para o nosso destino ouvimos um estouro e um forte cheiro de borra-cha queimada, paramos o veículo, o vistoriamos mas não vimos nada de anormal e seguimos a viagem. A 10 km de nosso destino encontramos nossos irmãos Equipistas que nos aguardavam com boas vindas, eram faixas, cartazes, etc. uma festa. Aí para nossa surpresa ao estacionar-mos no acostamento da estrada e para nosso espanto o pneu diantei-ro direito baixou completamente. Ficamos sem entender como um pneu rodou 110 km e só naquele instante foi a nocaute. Incrível. Ao chegarmos na cidade e à noite durante o jantar Frei Leonardo nos ouviu acerca do episódio, mas não disse nada. Ao término de nossos

trabalhos Frei Leonardo nos br indou com alguns exem-plares de um livro intitulado: Te s t e m u n h a Privilegiada de Cristo, onde o autor Frei Arni Decorte nos re-lata a vida de Frei Pio, confesso até aquela data um desconhecido para nós. Ao vol-tarmos da Missão e já após alguns dias, Júlia lendo o livro viu que uma das proteções do hoje São Pio de Pietrelcina é o cheiro de borracha queimada. Confesso, ainda hoje, decorridos vinte anos ainda muito nos emociona tal acontecimento. Podemos afirmar que, naquela tarde de setembro em terras ma-ranhenses, Frei Pio manifestou-se e apresentou-se para aqueles três indignos casais que foram agracia-dos de tal proteção. Passado esse tempo e após vários testemunhos sobre o fato relatado de nossa parte somente agora resolvemos enviar ao conhecimento dos Equipistas do Brasil através da CM.

São Pio nasceu em 28 de maio de 1887 na localidade de Pietrel-cina na Itália. Morreu em 25 de setembro de 1968 aos 81 anos. Foi beatificado em 02 de maio de 1999 e canonizado em 16 de junho de 2002 pelo Papa João Paulo II.

Júlia e AbelardoEq.05H - N. S. Aparecida

Fortaleza-CE

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- Hoje, dia 05-06-2014, passados 11 (onze) dias do retiro da Região Alagoas é que você, Veloso da Adeil-da, vai descrever o que aconteceu naqueles dias de retiro, de bem-estar produzido pela sensação de frescor, alívio, refrigério? Não esqueça nada!

- Mas como esquecer aquela paz, aquela comunhão?!

- O local?- Propício! O Rancho Pé de Pinhão

(Marechal Deodoro- AL) com seu verde, suas árvores, frutas, pássaros, silêncio. Tudo nos levava a um estado de meditação igual àquele descrito pelo Pe. Caffarel na Carta Mensal de maio 2014 referente a oração mental: “consiste essencialmente...em falar interiormente com Deus...É uma orientação profunda da alma, um colóquio acima das palavras...Como [uma] mulher [que] estava presente à sua filha doente, mas uma presença ardente, exprimindo-se das mil maneiras de que dispõe o amor” (pág. 24-25).

- De que mais você lembra?- O silêncio fraterno e cativante

dos participantes do retiro. Tinha equipista de Pão de Açúcar – AL, S. J. Tapera – AL, Arapiraca, Maceió. Lembro-me ainda das orientações para os desertos, da Palavra, das missas, do momento de adoração, das orientações franciscanas do nosso SCE: “não desperdicem comida, façam tudo com simplicidade, mantenham o silêncio...”

- Mas, não teve algo chamado mantra?

- É verdade, bem lembrado! Fo-ram dois mantras franciscanos inspi-rados, até agora ressoam em nossas mentes e corações: 1º) “Senhor, o que queres que eu faça, ó, ó, Senhor?/ Senhor, o que queres que eu faça, ó, ó Senhor?” (bis)

O outro mantra: “Não perca de vis-ta o seu ponto de partida”/ “Não perca de vista o seu ponto de partida” (bis).

- Muito bem, mas agora acabou você não lembra mais nada!

- Acabou não, lembro-me de tan-tos irmãos que nos transmitiam Cristo no seu olhar, no seu silêncio. Nossa AET Irmã Olga era silêncio e carisma!

- E quem era a seta (que indica o caminho)?

- Era nosso SCE, Frei Romildo.Terminado o retiro, hora de vol-

tar para casa (4 horas de Marechal Deodoro – AL para Pão de Açúcar – AL e S. J. Tapera – AL). A viagem é longa, mas a gente não tinha pressa de chegar, ainda ressoava em nossos corações aquelas mantras, aquele estado de comunhão.

- Você deve ter esquecido algo, mas já não está na hora de terminar?

- É, devo ter esquecido alguma coisa, mas está bom, vou concluir com um salmo que pode nos levar a entender o que foi esse momento de retiro: “O Senhor é o Pastor que me conduz; ...Para águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças” (Sl 22 - “ 23”).

Adeilda e Veloso Eq.09 - N. S. da Saúde

Pão de Açúcar-AL

RETIRO – REGIÃO ALAGOAS

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As Equipes de Nossa Senhora do Setor Ceará Norte II realizaram seu retiro espiritual anual nos dias 02, 03 e 04 do mês de maio num local muito agradável, calmo e silencioso, longe do barulho da cidade. O nome do local combina com tudo isso, pois se chama Fazenda Solidão.

O tema foi: Acolher e cuidar dos homens. O pregador foi o Padre Fernando Antonio SCE da Região Ceará I. que soube muito bem ela-borar o conteúdo a ser estudado e refletido durante o retiro.

Vivemos hoje num mundo de muitas solicitações. Nas atividades do dia a dia nós nos perdemos. Não temos tempo para nada, tal o volume e velocidade de informações. Somos desviados pelas imagens e cultura para as concupiscências alheias ao espírito. Então o retiro, o recolhimento e a oração se tornam mais necessários para superarmos as forças negativas e nos realizarmos como pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus.

Retiro, é retirar-se do seu ambiente normal e ir ao encontro de si mesmo, ou seja, ir ao encontro de seu ego. É um momento de reflexão, de olhar para dentro de si e fazer uma retrospectiva dos acontecimen-tos de sua vida e verificar se estão de acordo com os princípios dos ensinamentos do Santo Evangelho e dos ensinamentos do movimento do qual se participa. Depois tomar propósitos e planejamentos para o futuro e vivenciar mais estes ensinamentos, para se chegar mais perto de Deus.

Conforme consta os Evangelhos, Jesus se afastava das multidões que o seguiam e se retirava para um lugar onde pudesse se entregar à contemplação. Antes de iniciar a sua vida pública, se recolheu a um deserto, onde sua natureza humana foi posta à prova, sem que o demônio a pudesse dominar.

Foi no silêncio e na solidão que Elias ouviu a voz de Deus na suavidade de uma brisa.

Participar do retiro das ENS é muito gratificante, pois envolve o casal e não só um dos cônjuges. Todos temas e ensinamentos são direcio-nados ao casal e tudo se resolve conforme o entendimento dos dois.

O retiro é, também, um dos pontos concretos de esforço. Creio que todos saímos transformados espiritualmente, pois o retiro é um momento de transformação e tomada de decisão.

Gerardo, da EstrelaEp.41 - N. S. Medalha Milagrosa

Morrinhos-CE

RETIRO ESPIRITUAL ANUAL

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Em 19 de junho de 2014 01:03, Silvia Masseran <[email protected]> escreveu:

Compartilhamos esse momento especial com alguns casais e eles nos sugeriram enviar para a carta mensal. Se desejarem aproveitar o texto ou parte dele, aqui está relatada nossa experiência num momento em que estávamos precisando de oração e uma boa conversa na presença de Deus.

5 da manhã….normalmente acordamos mais tarde, mas nesse dia Deus ligou um despertador digital e estávamos os dois sem sono….Levan-tar? Ler um livro? Caminhar? Entrar na rede???? No face??? O mundo nos oferece muitas opções.

Tínhamos algumas questões para conversar, mas melhor deixar para uma outra hora…. melhor não…. Nessa hora entra em cena o Espírito Santo que está sempre muito acorda-do, a qualquer hora, e nos ilumina a fazer o DEVER DE SENTAR-SE. Mas às 5 da manhã? Por que não?

A situação pedia um dever de sentar-se especial, o casal estava precisando…..

Então, vamos caprichar!!!!! Hora de investir no relacionamento. Afinal, somos equipistas!! Ou não?

Coloco “MDR 16/06/2014” no You Tube e eis que surge nosso pároco tecnológico, Padre Rafael Casarin, com a sua reflexão diária, uma bênção em qualquer hora do dia. Hora de refletir…. Uma oração, pedidos,

agradecimentos…uma conversinha ao pé do ouvido do Senhor….. 5 da manhã e tudo em pleno funcionamento. É tempo de agradecer ao inglês Tim Berners-Lee,que deu início a toda essa tecnologia. Www…. Então, por que não entrar no iTunes e escolher um som para o fundo dessa conversa que promete? Orquestra Albatroz, indicada pelo nossos amigos Pina e Irineu.Um fundo musical nos deixa mais inspirados… Mãos dadas e prontos para conversarmos, nós três,nós e Deus. Sim, ele presente, nos dando uma mãozinha para esse momento especial. Não é hora de cobrança, mas de colocarmos na MESA, ou melhor, na CAMA, todas as nossas dificuldades, anseios…… e vamos colocando…. e Deus quer nos falar alguma coisa,mas como????? Vou para o Google e coloco “Paz, ao invés de Sucesso”, uma das nossas questões, e eis que surge um texto maravilhoso: “Os 10 mandamentos do casal”. Nossa!!!! Deus falou rapidinho e da forma como estávamos precisando…moldado para o casal em busca de paz. Cada palavra batia no nosso coração…. mas Deus falando pelo Google? Acreditem, falou. Não só falou, como nos tocou!!!!! Bem, hora de incluir um texto que o nosso casal responsável - Vani e Alfredo, nos mandou, um texto motivando o nosso dever de sentar-se… questões feitas para nós…....... vocês querem saber se conversamos e oramos muito?????? Nossa!

UM DEVER DE SENTAR-SE COM TECNOLOGIA E MUITO AMOR

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Olhamos assustados para o relógio que marcava 8h10! Como pode? Nos superamos…… Começamos o dia maravilhosamente felizes e alimentados pela oração e por tudo o que vivenciamos nesse momento especial, algo que o Movimento nos oferece, mas que muitas vezes trocamos por um chá de erva cidreira, para dormir mais um pouquinho!

Agradecemos a Deus por tudo que recebemos na hora certa, no momento certo. Um beijo e um café bem reforçado… e estamos novinhos em folha, prontos para recomeçar. Amém!

Silvia e ArchelauEq.05C - N. S. de Lourdes

Barueri-SP

OS CONSELHOS DE UM ENTENDIDO Quisemos saber o ponto de vista

de alguém entendido no assunto e fomos entrevistar Prudêncio, um velho adepto do Dever de Sentar-se. Ele nos respondeu à sua maneira, ao mesmo tempo com gravidade e bom humor. Julieta, sua esposa, sor r ia ao escutá-lo: quantos fatos lhe lembravam aquelas declarações.

No Dever de Sentar-se se você não consegue expor seu pensamento ao outro, exprima este pensamento a Deus, diante do outro.

O Dever de Sentar-se é como um carro: este não sai em terceira. Precisa de tempo para ganhar velocidade. Calculem, pois, um bom tempo para tomar embalo.

Nosso mapa rodoviário a dois é o Evangelho. Suas normas devem ser reflexos. Sinal vermelho: perdoar! Sinal verde: sorrir! Se o outro não acompanha: diminuir a marcha. Se o outro para: ter paciência! O Dever de Sentar-se nos permite rever juntos nosso mapa de viagem.

Fazer o Dever de Sentar-se é reat ivar em nós a graça do Sacramento do Matrimônio. É

livrá-lo do peso do egoísmo que impede sua energia de irradiar e de nos transformar.

O Dever de Sentar-se é como um apartamento moderno que nos beneficia com iluminação direta e indireta. O Espírito Santo ilumina cada um interiormente, e este reflete sua luz sobre o cônjuge.

O Dever de Sentar-se é como uma viagem de avião. Ganha-se altura, não se fica mais preso às imperfeições do cônjuge não sendo mais possível confundir um ninho de cupim com uma montanha.

Espec i a lmen te aos ca sa i s jovens: Não cessem de procurar este desconhecido que vive no seu cônjuge e que é o próprio Deus nele. Para esta procura, o Dever de Sentar-se é um meio privilegiado.

O Dever de Sentar-se é feito a três: o Senhor e nós dois. Só pode ser realizado sob o seu olhar. Platão já aconselhava: “É para Deus que se precisa olhar. Ele é o melhor espelho das questões humanas, e é Nele que nós podemos ver e conhecer “. O espelho do casal é Cristo, o rosto humano de Deus.

(extraído do livro “O Dever de Sentar-se – Diálogo Conjugal – Edições Paulinas, 12ª ed. 1999)

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BODAS DE OURONelzira e Adelino

Equipistas dedicados e participati-vos, pertencentes à Eq.07 - N. S. do Bom Conselho, do Setor Araçatu-ba-SP, comemoraram suas Bodas de Ouro no dia 11.04.2014. Alegres pela data resolveram comemorar de um modo diferente. Foram até o Santuário de Aparecida e ficaram dois dias louvando e agradecendo ao Pai e Maria pelos 50 anos de união conjugal feliz e harmoniosa.

JUBILEU DE PRATA DE EQUIPE

Equipe N. S. Aparecida de Itumbiara-GO

N o d i a 1 9 . 0 1 . 2 0 1 4 n o s s a Equipe completou 25 anos de amor. Sempre com muita fé e crescimento espiritual, os casais

integrantes seguem buscando aprendizado rumo à santidade, sendo personagens de uma história de amizade verdadeira que foi construída sob a proteção divina. Hoje somos seis casais, destes, dois permanecem desde o início. A eles, mais quatro se juntaram ao longo dos 25 anos, completando assim esta família. Já no sábado, iniciaram-se as comemorações com uma recepção na residência de um dos casais, na qual estavam presentes, os casais da equipe e o Casal Ligação e alguns outros Casais Responsáveis de Setores e o CRR da Goiás-Sul. E para alegria ser completa, esteve presente o Casal Piloto da equipe, que, 25 anos atrás, saíram de São Carlos-SP, e vieram plantar a semente do Movimento nos corações destes casais de Itumbiara-GO. Continuando as comemorações, no domingo foi a festa maior, a celebração Eucarística em ação de graças, que foi presidida pelo Pe. Uesley Vaz Aredes, hoje o SCE da equipe. Nesse dia participaram os filhos, familiares, amigos, alguns que caminharam juntos por algum tempo, e as equipes das quais hoje alguns filhos pertencem agora, prova maior de que o exemplo converte.

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Foi um momento que ficará na memória de todos, um dia de alegria e grande emoção, que nos mostra que é possível aprender em grupo a viver a riqueza do matrimonio. Que o Poderoso continue fazendo maravilhas na vida destes casais, iluminando-os no caminho santo, para que possam ser sal e luz, dando testemunho de cristãos, sempre sob a poderosa intercessão de N. S. Aparecida.

ORDENAÇÃOSACERDOTAL

Thiago Queiroz Alves

No dia 11.05.2014, na Paróquia São João Batista, Votorantim-SP foi orde-nado Sacerdote com o lema “Importa que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30).(Padre Thiago Queiroz Alves é SCE da Eq.20A N. S. da Rosa Mística em Sorocaba-SP.)

Francisco Marcelo Santos da Silva Francisco Tiago Facundo Santiago

No dia 06.06.2014 na Paróquia de

Jesus, Maria e José, em Quixadá-Ce, foram ordenados Sacerdotes, os diáconos, Marcelo que é SCE de duas equipes 12 –N. S. e 13- N. S. em Banabuiú-Ce e Francisco Tiago Facundo Santiago que também é Conselheiro Espiritual de um grupo de Experiência Comunitária em Quixadá-Ce.

ORDENAÇÃO DIACONALAnatoli Konstantin Gradísk

No dia 23.05.2014, na Paróquia N. S. de Fátima, na Vila Prudenciana em Assis-SP, o Seminarista Ana-tóli foi ordenado Diácono pela oração da Igreja e imposição das mãos de sua Excelência Reveren-díssima Dom José Benedito Simão, Bispo Diocesano de Assis. Estiveram presentes Padres, Religio-sos, seminaristas e todo o povo para celebrarem esse momento de fé e alegria junto com seus familiares. O Diácono que escolheu o lema: “Como são Belos os pés do Men-sageiro que anuncia a Paz” (Is 52,7), ficará como Acompanhante Espiritual Temporário da Eq.08 - N. S. Ressurreição. Desejamos-lhe feli-cidades e que o seu ministério seja frutuoso na evangelização daqueles que precisam da Mensagem de Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo!

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VOLTA AO PAI

Justino (da Damiana)No dia 05.03.2014Integrava a Eq.04B

N. S. do Sagrado Coração de JesusSão Gonçalo-RJ

Toinha (do Toinho)No dia 13.04.2014Integrava a Eq.04 N. S. de Fátima

Quixadá-CE

Terezinha (viúva do Alaor)No dia 13.04.2014Integrava a Eq.01B

N. S. da ProvidênciaBelém-PA

Isabel (de Lupércio)No dia 14.04.2014Integrava a Eq.06

N. S. do LarGuaratinguetá-SP

Choiti (da Irony) No dia 14.04.2014Integrava a Eq.15B N. S. da Sabedoria

Dourados-MS

Dione (da Therezinha)No dia 04.05.2014Integrava a Eq.04B

N. S. da Imaculada ConceiçãoSalvador-BA

Roque (da Santa)No dia 12.05.2014Integrava a Eq.01 N. S. EducadoraSalvador-Bahia

Monsenhor Antonio Domingos Lorenzatto

No dia 13.05.2014Era SCE de 04 Equipes: 01B

N.S. Aparecida; Eq. 03B N.S. do Rosário; Eq. 01C N.S. de Nazaré; Eq. 03C

N.S. de Lourdes.Porto Alegre-RS.

Diácono Hugo Gabriel Zani (viúvo da Dulce)

No dia 18.05.2014Integrava a Eq.03C

N. S. de Nazarét Porto Alegre-RS

Edson (da Célia)No dia 20.05.2014Integrava a Eq.06F

N. S. Medianeira de todas as Graças Campo Largo-PR

Paulo (da Zetinha)No dia 15.06.2014Integrava a Eq.05 N. S. Auxiliadora Barbacena-MG

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Participando do retiro esse ano, num momento de deserto, me veio no pensamento uma forma de comparar e ilustrar nossa sintonia com o Espírito Santo.

Num mundo de tanta tecnologia, onde as conexões são tão rápidas e presentes, temos que nos perguntar se assim como em nossos Iphones e smartphones que mantemos o WiFi sempre ligado, o plano de internet com navegação sem limites, com alta velocidade de download e upload, também mantemos as melhores configurações no nosso WiFi com o céu. Engraçado? Mas sim é isso mesmo. Hoje, quando estamos em nossas casas, temos o “sinal” de WiFi que cobre todos os cômodos e então ficamos o tempo todo “conectados”. E quando saímos e vamos a um shopping ou à casa de alguém, perguntamos: Qual é a senha do WiFi? E daí, em questão de segundos já estamos novamente “conectados”.

Pensemos então que Jesus tem o melhor sinal de WiFi do universo. Suas ondas não têm limites de cobertura, a velocidade de Sua rede não tem Gigas que possam mensurar. Mas então, depende de nós configu-rar nosso “aparelho espiritual” e ligarmos o WiFi de nosso espírito para entrarmos nas ondas do Reino de Deus e desfrutarmos das maravilhas dessa “Rede”. E sabemos que para entrar na “rede” do Reino, não pre-cisamos de senha, por que afinal, Jesus deixa o “sinal” aberto 24 horas por dia, 7 dias por semana. Fica ainda mais interessante se pensarmos que se Deus não coloca “senha” na sua rede, por que acontece de che-garmos numa cidade nova ou até mesmo numa outra equipe ou setor das ENS, e deparamos com grupos fechados com seus WiFi trancados e sem divulgação de senha? Sabe quando enxergamos uma situação assim? Quando uma equipe ou setor se fecha e não partilha de seus frutos e agem como vemos na internet, como “comunidades fechadas” das redes sociais. Mas o fato é que nas “redes sociais” do Reino de Deus, não deveria ter sinal fechado com senha. Deveria ser tão aberto quanto os sinais dos aeroportos que basta você chegar com seu smartphone que o sistema já lê a rede disponível e entra automaticamente. Mas os bloqueios não são colocados por Deus, mas pelos homens, com seus egoísmos, autossuficiências, centralizações etc.

Enfim, vamos configurar nossas “SmartAlmas” para que todos os nossos WiFi sejam ligados e sincronizados com a “Web Reino de Deus” e assim possamos ter a maior velocidade de Downloads de graças e uploads de frutos e amor em resposta a Deus e aos irmãos.

Júlio, da SheilEq.05 - N. S. Auxiliadora

Pindamonhangaba-SP

Atu

alid

ade WIFI DE JESUS

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MEDITANDO EM EQUIPE

No dia 01de novembro de 1950, o papa Pio XII proclamou o dogma da Assunção de Maria: “Quando terminou a etapa de sua vida terrena, Maria foi elevada de corpo e alma à glória do céu”.

Naquela ocasião, muita gente receou que tal declaração pudesse ser um grande empecilho à unidade cristã. Por ironia, foi o psiquiatra protestante Carl Jung que explicou ser esse o acontecimento religioso mais importante em quatrocentos anos: “Ele percebeu que a recente consciência da dignidade das mulheres precisava ser conscientemente reconhecida e receber expressão simbólica. Ver a mulher Maria coroada e gloriosa no céu era ver o feminino em uma nova luz” (Kathleen Coyle).

No corpo de Maria glorificada, a criação material começa a participar do corpo ressuscitado de Cristo.

Escuta da Palavra em Rm 8, 18-30

Sugestões para a meditação:

1. Comente esta frase:”a criação anseia pela revelação dos filhos de Deus” (v.19).2. E esta outra: ”a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente”

(v. 22).3. Comente o v. 26.4. Explore bem toda a riqueza do v.28.

Frei Geraldo de Araújo Lima, O. Carm.

Oração Litúrgica

“Palavra eterna do Pai, que escolhestes Maria como arca incorruptível para vossa morada, livrai-nos da corrupção do pecado.

Redentor nosso, que fizestes da Imaculada Virgem Maria o tabernáculo puríssimo da vossa presença e o sacrário do Espírito Santo, fazei de nós templos vivos do vosso Espírito.

Reis dos reis, que quisestes ter vossa mãe convosco no céu em corpo e alma, fazei que aspiremos sempre aos bens do alto.

Senhor do céu e da terra, que colocastes Maria como rainha à vossa direita, dai-nos a alegria de participar um dia com ela da mesma glória!

Vós, que coroastes Maria como rainha do céu, fazeique nossos irmãos falecidos se alegrem eternamente em vosso reino, na companhia dos santos”.

(da Líturgia das Horas).

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Movimento de Espiritualidade Conjugal

Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj 36 • 01310-905 • São Paulo - SPFone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599

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Equipes de Nossa Senhora