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CARTA Mensal VIDA NO MOVIMENTO II Sessão de Formação Nacional Aparecida-SP p. 8 ENCARTE ESPECIAL 3 O Encontro Nacional das ENS Equipes de Nossa Senhora Ano LV• set - 2015 • nº 492 RAÍZES DO MOVIMENTO Correção Fraterna p. 16 “MATRIMÔNIO CRISTÃO: Festa da Alegria e do Amor Conjugal”

ENS - Carta Mensal 492 - Setembro 2015

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p. 16

“MATRIMÔNIO CRISTÃO:

Festa da Alegria e do Amor Conjugal”

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Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622)

Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: [email protected] - Responsável: Ivahy Barcellos Diagramação, tratamento e preparação digital: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 25.000 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: [email protected] A/C de Fer-nanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

CARTA MENSALn0 492 • set 2015

EDIToRIAL ............................................01

SuPER-REgIãoVerbum Domini ....................................02Que língua falamos? ...........................03Estar presente para o outro ..................04A natividade de Nossa Senhorafesta introduzida pelo Papa Sérgio I (Séc. VII) ..........................06

IgREJA CATÓLICAo envangelho segundo São João .........07

VIDA No MoVIMENToII Sesssão de formação nacional - Aparecisa-SP .......................08Província Nordeste ...............................10Província Norte .....................................11Província Centro-oeste ........................11Província Leste ....................................12Província Sul I .....................................14Província Sul II ......................................15

RAÍZES Do MoVIMENToCorreção fraterna ................................16

ACERVo LITERáRIo Do PADRE CAFFARELPensamentos de um profeta ................18

FoRMAçãoA responsabilidade nas ENS ................20

PARTILHA E PoNToS CoNCREToS DE ESFoRçoEscutar e viver a Palavra de Deus .........21

NoTÍCIAS ..............................................22

ENCARTE ESPECIAL

3o Encontro Nacional das ENS........01A abertura e o apoio da Igreja........04o primeiro dia de trabalhos............05A realidade do matrimônio no Brasil..........................................05Testemunhos...................................06Terço luminoso...............................08o segundo dia de trabalhos...........08Intercessores...................................11CNSE ..............................................12Padre Caffarel.................................13Sinodo dos Bispos Dom Damasceno............................14Mensagem do Papa........................15Festa no centro de eventos.............16o terceiro dia de trabalhos.............16Aspectos da missão........................17Carta de Aparecida.........................18Envio...............................................22organização e apoio.......................22

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tema: “Ousar o Evangelho - Discernir os sinais Dos tempos”

Queridos irmãos equipistas

A Paz e Alegria de Jesus

Esta Carta Mensal está diferen-te das demais. Boa parte do con-teúdo é dedicado ao 3º. Encontro Nacional em Aparecida.

“Matrimônio Cristão”, festa da alegria e do amor conjugal.

Vamos recordar juntos momen-tos incríveis do Encontro. Trazemos um pouco do que foi essa jorna-da marcante na história do nosso Movimento. Para falar a verdade, mesmo com uma edição quase que exclusiva, faltou espaço para contar tudo o que aconteceu. Nos confraternizamos, rezamos, cele-bramos a eucaristia, ouvimos tes-temunhos ricos, palestras. Com mais de 7.000 participantes, vin-dos dos quatro cantos do Brasil e também de Portugal - Tó e Zé (CR ERI) e Padre Jacinto (SCE ERI) – o Encontro Nacional em Aparecida vai ficar guardado em nossos co-rações. O terço luminoso, a festa de confraternização no centro de eventos, a leitura da mensagem enviada pelo Papa Francisco dirigi-da aos participantes do III Encon-tro, entre outros. Benção que não acabava mais.

A Carta de Aparecida está pu-blicada na íntegra e aproveitamos

para reforçar o convite de Herme-linda e Arturo, CR SRB, para que os equipistas leiam e reflitam em reunião.

Se não bastasse, em Setembro, ao celebrar o mês da Bíblia, a Igre-ja nos convida a conhecer mais a fundo a Palavra de Deus, a amá-la cada vez mais e a fazer dela uma leitura meditada e rezada. A Bíblia contém tudo aquilo que Deus quis nos comunicar em relação a nossa salvação. Jesus é o centro e o cora-ção da Bíblia. Valorizemos o Livro Santo para adorar o Verbo, Jesus Cristo.

Testemunhemos a beleza do sa-cramento do matrimônio!!!

Desejamos uma boa leitura a todos.

Com carinho

Fernanda e MartiniCR Carta Mensal

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Caros Equipistas! Já tive a opor-tunidade de escrever sobre esse tema aqui mesmo na carta mensal alguns anos atrás, na época como SCE da Província Sul I. Quero apro-veitar o mês de setembro para retomar o assunto sob a mesma ótica, pois considero fundamental para nossa Fé cristã-católica.

Em uma paróquia onde traba-lhei, preparando a liturgia do mês de setembro, tradicionalmente cele-brado como o “Mês da Bíblia”, uma senhora me disse certa vez: “Padre, vamos valorizar mais nesse mês a Palavra de Deus”. Entendo que a intenção dela era das melhores, to-davia carecia, não por culpa dela, de clareza teológica. Ela queria falar da “Sagrada Escritura”, do “Livro Santo”, mas não tinha consciência, repito, não por culpa dela, que o termo “Palavra de Deus” é muito mais amplo. O Papa Emérito Bento XVI, grande teólogo, em sua Exorta-ção Apostólica Pós-Sinodal Verbum Domini, particularmente no número 7, nos ajuda a aprofundar o signifi-cado do termo “Palavra de Deus”.

Bento XVI esclarece as “diversas modalidades com que usamos a expressão Palavra de Deus” através da belíssima definição “sinfonia da Palavra”, referindo-se a uma Pala-vra única que se exprime de diver-sos modos: “um cântico a diversas vozes”. Enumera essas vozes escre-vendo que Palavra de Deus é antes de tudo o Verbo – como afirma São João – que “fez-Se carne” (Jo 1, 14). Assim a expressão “Palavra de Deus” acaba por indicar a pessoa

VERBuM DoMINIde Jesus Cristo. Além disso, se no centro da revelação divi-na está o acon-tecimento de Cristo, é preci-so reconhecer que a própria criação constitui também essencialmente parte desta sinfonia a diversas vo-zes na qual Se exprime o único Ver-bo. Do mesmo modo confessamos que Deus comunicou a sua Palavra na história da salvação, fez ouvir a sua voz; com a força do seu Espíri-to, “falou pelos profetas”. Por con-seguinte, a Palavra divina exprime--se ao longo de toda a história da salvação e tem a sua plenitude no mistério da encarnação, morte e ressurreição do Filho de Deus. E Pa-lavra de Deus é ainda aquela prega-da pelos Apóstolos, em obediência ao mandato de Jesus Ressuscitado: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura” (Mc 16, 15). Assim a Palavra de Deus é transmitida na Tradição viva da Igreja. Enfim, é Palavra de Deus, atestada e divinamente inspirada, a Sagrada Escritura, Antigo e Novo Testamento.

Tudo isto nos faz compreender por que motivo, na Igreja, vene-ramos extremamente as Sagradas Escrituras, apesar da fé cristã não ser uma “religião do Livro”: o cris-tianismo é a “religião da Palavra de Deus”, não de “uma palavra escrita e muda, mas do Verbo en-carnado e vivo”.

O Papa conclui esse pensamento

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QuE LÍNguA FALAMoS?

constatando uma necessidade para a Igreja: “... é necessário que os fiéis sejam melhor formados para iden-tificar os seus [da Palavra de Deus] diversos significados e compreender o seu sentido unitário. E do ponto de vista teológico é preciso também aprofundar a articulação dos vários significados desta expressão, para

que resplandeça melhor a unidade do plano divino e, neste, a centrali-dade da pessoa de Cristo.

No mês da Bíblia, valorizemos o Livro Santo para na verdade adorar o Verbo, Jesus Cristo, Palavra de Deus por excelência.

Pe. Paulo Renato F. G. CamposSCE Super-Região

“Então, mandaram flagelar os apóstolos e voltaram a ordenar

que deixassem de falar em nome de Jesus. E eles partiram, cheios de alegria, por terem sido dignos de

sofrer afrontas por causa do nome de Jesus”. (At 5, 41).

Perguntamo-nos: eram lou-cos? De onde vinham a alegria e a coragem do anúncio, ape-sar dos obstáculos, das perse-guições e das violências?

E respondemos: este impulso do coração desejoso de compar-tilhar com todos os afastados de Cristo o dom do encontro com Ele, só mesmo a presença do Senhor e a ação do Espírito Santo, através de uma experiência forte e pessoal de Cristo, podem explicar a falta de medo em testemunhar com a própria vida.

E hoje somos capazes de res-ponder com a mesma coragem e generosidade ao chamado de Deus, que nos convida a deixar tudo, para adorá-Lo, para segui--Lo, para encontrá-Lo nos mais necessitados, sejam os sociais ou existenciais, para anunciá-Lo àque-les que não O conhecem e, por isso, não se sentem abraçados pela

sua misericórdia. Sabemos falar de Cristo, falar o que Ele significa para nós, em família, em nosso traba-lho, às pessoas que fazem parte do nosso dia-a-dia?

Não é suficiente conhecer o Evangelho, mas é preciso que o Evangelho nos conheça, tome conta da nossa vida, para que saia-mos das páginas da Bíblia para o mundo, com atitudes, decisões após discernimentos embasa-dos na sua Palavra.

Pois o homem contemporâneo escuta com maior boa vontade as testemunhas do que os mestres. (Evangelii Nutiandi, 41)

Podemos ser um antievangelho com a nossa vida, nossas atitu-des, nossas omissões, com nossos bens, nosso jeito de “representar a

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ESTAR PRESENTE PARA o ouTRo

igreja”. Santo Antônio nos diz: “A palavra é viva quando são as obras que falam”.

Não nos tornemos como em Babel, onde se veem divisões, in-compreensões, rivalidades, inveja, egoísmo, soberba.

Que linguagem usamos? Cria-mos ao nosso redor, divisões com mexericos, críticas e inveja? Ou unidade, quando usamos a lingua-gem do amor, uma linguagem que todos compreendem, que supera

as diferenças e as oposições?Levar o Evangelho é anunciar

e viver a reconciliação, o perdão, a paz, a unidade e o amor que o Espírito Santo nos dá. Só anuncia-mos o que vivenciamos.

Recordemos pois as palavras de Jesus: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 34-35).

Hermelinda e ArturoCR Super-Região

“...nisto consiste o amor: não

fomos nós que amamos a Deus, mas foi Deus que nos amou pri-

meiro” (1 Jo 4,10).

Na sua infinita bondade, Deus lançou-nos no rio da vida, livre e gratuitamente, para que enten-dêssemos e entrássemos no rit-mo do amor gratuito, para que a vida adquirisse seu verdadeiro sentido.

Na essência do amor está a liberdade de Deus, que primeiro nos amou, por isso nos chamou

à existência; assim, o amor que nos precede é filho da liberdade de Deus.

Se nosso amor é condiciona-do a um reconhecimento dos ou-tros, deixa de ser amor e passa a ser hipocrisia. O amor verdadeiro começa onde não se espera mais nada em troca...

A arte de estar presente para o outro e de saber ouvir, significa ter paciência e tolerância e não apenas escutar quem está ao lado. É preciso perceber, compre-ender e, principalmente, respei-tar opiniões divergentes.

Hoje, mesmo diante de tantos recursos existentes e oportuni-dades disponíveis, especialmen-te pelos avanços tecnológicos, a nossa sociedade continua marca-da por grandes isolamentos e de-sencontros. Os meios de comuni-cação são instrumentos a nosso serviço e dependem de como nós os utilizamos.

O desejo de estarmos conec-tados pode nos isolar do nosso

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próximo, às vezes de quem está até perto de nós. Pode nos gerar também o desejo de ignorar as pessoas que não têm acesso aos meios de comunicação social.

O grande risco que corremos é de que a velocidade da informa-ção supere a nossa capacidade de reflexão e discernimento.

As palavras de Jesus: “Pois onde dois ou três estiverem reu-nidos EM MEU NOME, Eu estou aí no meio deles” (Mt 18,20), são muito atuais pois, embora esteja-mos escondidos atrás de nossos aparelhos (celulares, tabletes ou computadores), devemos lem-brar que estamos reunidos (mes-mo que virtualmente) e, portan-to, para que Ele esteja presente, devemos discernir e filtrar o que nos chega, pois nem tudo é útil ao reino de Deus.

Aproveitemos assim, este mo-mento para evangelizar e estar presente na vida de nossos ir-mãos com muita caridade, fé e esperança.

“Necessitamos sair ao encon-tro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo, que tem preenchido nossas vi-das de sentido, de verdade e de amor, de alegria e de esperança! Não podemos ficar tranquilos em espera passiva em nossos tem-plos, mas é urgente ir em todas as direções...” (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, 548).

Os meios de comunicação não podem ser uma forma de isola-mento, mas de integração. É pre-

ciso deixar de ser apenas espec-tadores para ir ao encontro do outro. O Papa Francisco expressa este pensamento com o exemplo do Bom Samaritano que, ao ver o homem caído e machucado à beira do caminho, não continuou o seu percurso como os demais, mas se aproximou e cuidou dele. “Não se trata de reconhecer o outro como meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro”.

O Papa Francisco nos adver-te também sobre o verdadeiro papel que os meios de comuni-cação podem e devem desempe-nhar no mundo: “neste mundo, os mass-media podem ajudar a sentir-nos mais próximos uns dos outros e a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à so-lidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais digna. Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais perto e a conhecer--nos melhor entre nós, a sermos mais unidos. Os muros que nos dividem só podem ser superados se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns com os outros”.

É bom e importante estar pre-sente na vida de alguém e lhe proporcionar bons momentos que engrandecem a sua vida.

Somos convidados a amar-nos uns aos outros com igual amor, dedicando nossa vida ao próximo para que faça a experiência da salvação no Senhor. Deus é amor e é amando que demonstramos conhecê-lo.

Inez e NatalCR Província Sul II

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Celebremos com alegria o nascimento da Virgem Ma-ria: por ela nos veio o sol da Justiça, o Cristo, nosso Deus. Assim, com esta antífona, iniciamos a liturgia desta festa mariana que nos convida a refletir, pelo nascimento de Maria, a vinda do próprio Cristo nosso Salvador. Toda moldada Nele, perpassa o tempo, vence as barreiras e reflete a Luz suprema do amor. Assim como uma noite escura se finda com o romper da au-rora, assim e como a lua não tem luz própria, em Maria rompem-se as trevas da demora e da injustiça, e nela

revela-se a Luz plena do Amor Divino: “Jesus Cristo”. Maria prea-nuncia ao mundo toda a alegria da Salvação.

O nascimento de Maria faz crescer em nós a esperança, a paz que nos vem de Jesus, pois seu nascimento era necessário e dese-jado pelo próprio Deus. Em Is 7,14 e Mt 1,21 afirma-se categorica-mente que uma virgem dará à luz um filho que salvará o seu povo do pecado. Ora, para tal fato o Senhor designou que um ser especial – Maria! – por seu amor benevolente, nascesse, para trazer em seu seio o próprio Deus, “o verbo encarnado”!

Ela é a aurora que precede o sol de Justiça e preanuncia toda a alegria do Salvador. Por meio de Maria, Jesus assume a nossa hu-manidade, é de Maria que Jesus é descendente, uma vez que ela é sua mãe, desta forma podemos ver Jesus como o SENHOR, inserido e atuante na história da humanidade, para nela realizar o plano da salvação. Desse modo, celebrar o nascimento da Virgem Maria é celebrar a esperança da realização do projeto de Deus: a redenção humana realizada em Cristo Jesus.

Agora podemos ousar um pouco e dizer que nesta alegria de celebrar o nascimento de Maria e nestes dias que ainda afloram a alegria do 3º encontro Nacional de Aparecida, “o matrimônio Cris-tão é Festa da alegria e do amor conjugal”. Sim. Festa e alegria, pois o matrimônio é como a aurora que anuncia a alegria dos filhos e da Família, e as festas do dia a dia deve ser como o anúncio do Cristo vivo e presente em nossa história, para N’Ele, por Ele e com Ele fazer tudo o que nos disse: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Eis a festa, eis a Alegria, eis a natividade de Maria.

Eis a nossa missão. Pe. Leonildo Isauro Pierin

SCE Província Sul II

A NATIVIDADE DE NoSSA SENHoRAFESTA INTRoDuZIDA PELo PAPA SéRgIo I (SéC. VII)

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O mês da Bíblia deste ano nos convida a refletir sobre o Evangelho de São João, uma obra belíssima que nos conduz a um mergulho profundo na vida de Jesus. O quarto evangelho, a princípio, tem a mesma estrutura dos evangelhos sinóticos: inicialmente mostra o testemunho de João Batista sobre Jesus, depois apresenta várias passagens e aconte-cimentos da vida de Cristo, e termina com os relatos de sua paixão, morte e ressurreição. No entanto, o estilo, os temas, as ações são vistos a partir de uma perspectiva particularíssima.

João tem uma linguagem pró-pria e o seu evangelho apresenta um caráter mais teológico e simbólico, além de destacar milagres ou aspec-tos da pregação de Jesus que não são relatados pelos sinóticos: as bodas de Caná; a ressurreição de Lázaro; o lava-pés; a promessa do paráclito; o discurso sobre o pão da vida etc... Nos sinóticos, encontramos as narra-tivas de muitos milagres, enquanto em João não se fala de milagres mas de sinais, na verdade sete sinais e o ponto mais forte são os discursos de Jesus que vão se desenvolvendo len-tamente em torno do mesmo tema e que aprofundam o assunto, daí ser considerado um evangelho com um nível altamente teológico.

De fato, o quarto evangelho é ini-ciado de cima para baixo: “No prin-cípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus” (Cf. Jo 1,1-5) e apre-senta para o leitor o tema da Divin-dade e do Mistério altíssimo do Filho de Deus.

João também apresenta um Jesus

mais enfático, onde o “Eu” está sem-pre em destaque: “Eu sou o pão da vida” (6,35); “Eu sou a luz do mun-do” (9,5); “Eu sou a porta” (10,7-9); “Eu sou o bom pastor” (10,11-14); “Eu sou a ressurreição” (11,25); “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (14,6); “Eu sou a videira” (15,1). O termo “Eu sou” no antigo Testamen-to é a indicação do nome de Deus que, aliás não podia ser falado, mas Jesus, no quarto Evangelho, toma posse tranquilamente dessa expres-são tanto para auto-definir-se, quan-to para dirigir-se aos discípulos.

João não está preocupado em mostrar o Jesus Histórico mas em apresentar o amor de Deus pelo mundo manifestado em seu filho Je-sus. Os sete sinais da primeira parte da obra apresentam Jesus que, cum-prindo a vontade do Pai, dá a vida aos homens. Ao mesmo tempo, o evangelho sugere que a revelação de Deus em seu filho Jesus coloca o mundo em julgamento: “ Quem ouve a minha palavra e acredita na-quele que me enviou, possui a vida eterna!” (Jo 5, 24).

Assim, somos convidados a ler esse evangelho aceitando a vida nova que Jesus veio nos trazer e colo-cando-nos em clima de julgamento, pois diante do nosso encontro com o Senhor apresentado por João somos desafiados a fazer a nossa opção contra ou a favor a Ele e seu Reino de amor. Abramos nosso coração e rezemos nesse mês com o Evangelho de São João.

Pe. Edson MaurícioSCE Região SP Leste

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Uma nova primavera

Após o 3o Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora em Aparecida, aconteceu a II Ses-são de Formação Nacional no Se-minário Santo Afonso.

Estiveram presentes 81 casais e 15 SCE de todo o Brasil.

As palestras nos levaram a refletir sobre nossa responsabili-dade de sermos equipistas. Cada um de nós tem a missão de fazer nosso Movimento ser uma NOVA PRIMAVERA para a Igreja e para o    mundo.    Para que isso acon-teça e nosso Movimento possa florir, é necessário semear as boas sementes que os casais equipistas podem  fazer. A semeadura co-meça com nossas atitudes dentro do próprio Movimento: fidelida-de ao Carisma, à vivência diária

dos PCEs, vida em equipe, espíri-to de pertença às ENS. Essas são atitudes que todo equipista deve vivenciar diariamente. Isso forta-lece nosso Movimento e nos con-duz a JESUS CRISTO, centro do nosso Movimento, razão única de nossa vida Cristã. Durante os dias em que estivemos reunidos, fomos convidados a “Beber da Fonte”; tema da Sessão de For-mação. Com isso fomos mergu-lhando nas maravilhas de perten-cer a um Movimento que tem a responsabilidade de ajudar os ca-sais a viverem em suas famílias a grandeza do sonho de Deus: Ser casal cristão, ser família. No Mo-vimento os PCEs nos são ofereci-dos  para vivermos (o casal) num esforço diário, uma vida cristã. 

Manter a fidelidade ao Caris-ma, ao que Padre Caffarel dei-

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II SESSão DE FoRMAção NACIoNAL APARECIDA-SP

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xou, vai ser sempre uma forma de manter o nosso Movimento fértil e fecundo. Seremos uma nova primavera se formos bons semeadores e jogarmos as se-mentes em terra fértil: nossas fa-mílias, um campo fecundo onde Deus guardou seu mais precioso tesouro. E para guardião desse tesouro, Deus escolheu o casal cristão;  essa a nossa responsabi-lidade.

Então vamos ser semeadores? As Equipes de Nossa Senhora são uma nova primavera para a Igreja e para o mundo?    Cabe a nós responder a essas perguntas. Que possamos  responder a essas perguntas com nossas vidas, com nosso testemunho  de casai, de famílias cristãs. Beber da Fonte que é Jesus Cristo seja sempre o caminho que vamos escolher para vivermos com muita alegria, A GRAÇA DE SERMOS FAMÍLIA.

Marilena e JesusCR Província Norte

Foram dois dias de oração, for-mação e confraternização.

Temas importantes foram de-talhados por equipistas de muita tradição e experiência:

• A vivência de Pe. Caffarel nas ENS (por Tó e Zé, CR ERI)

• Na herança do Padre Caffarel (por Padre Jacinto, SCE ERI)

• Ordem e Matrimônio (por Pe. Paulo Renato, SCE SRB)

• A formação inicial nas ENS. Por que? Expansão Sustentada – Pontos Importantes (por Her-melinda e Arturo, CR SRB)

• A reunião de equipe (por Sílvia e Chico, ex CR SRB, atual CR CNSE)

• O exercício da responsabilidade nas ENS (por Graça e Roberto, casal ligação Zona América)

• O sentido da ligação (por Bete e Carlos, CR Prov. Leste)

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A noite de confraternização, organizada por casais equipistas da região de Aparecida e Guaratinguetá, permitiu uma aproximação maior e até re-velou grandes “artistas”...

Os equipistas que trabalharam para que essa noite fosse possível.

Província Nordeste

Sessão de Formação Nível I da Região PE I Aconteceu nos dia 13 e 14 de junho/ 2015 no Centro Pastoral Arqui-

diocesano Dom Vital - Recife - PE. Maria e Amâncio

CR Região PE I

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Província Norte

A CAMINHo Do 3o ENCoNTRo NACIoNAL

Província Centro-Oeste

Depois de nosso retorno para casa após termos feito o Caminho de Santiago de Compostela em 2014, cada dia sentíamos o desejo de “quero mais”. Uma vez peregri-no, sempre estamos com vontade de sentir novamente aquele encon-tro com as pessoas simples, com Deus e conosco mesmos. A peregri-nação amplia e enriquece os limites

Somos de Maués, na Provín-cia Norte, no coração da Floresta Amazônica, a “Terra do Guaraná”.

Nós nos preparamos para a Pe-regrinação ao 3o Encontro Nacio-nal das ENS com o Envio na Igreja de São Sebastião, com a presença dos casais equipistas do Setor e nossos familiares, que foram orar conosco e desejar-nos uma boa viagem, bem como pelas Equipes coordenadoras dos vários serviços.

Na foto acima da direita para a esquerda: Raimundo e Maria Wi-liam - Eq.02 N. S. do Perpétuo Socorro, Pe. Dorival Nascimento - SCE do Setor, Everaldo e Clara Macedo Eq.06 - N. S. das Dores.

Nossa alegria e desafios: uti-lizar três meios de transporte (fluvial, aéreo e terrestre): Barco/

Motor até Manaus, da capital seguimos   em   vôo até Guaru-lhos-SP, de lá seguimos de ôni-bus até Aparecida-SP e assim nos encontramos com todos os participantes. Maria Wiliam e Raimundo Oliveira Filho

Eq.02 - N. S. do Perpétuo SocorroMaués-AM

de nossa habitual visão do mundo e a experiência de sentir Deus, por isso estamos sempre buscando no-vos caminhos.

Ficamos sabendo de uma rota brasileira denominada Caminho da Fé que sai de Águas da Prata-SP, passa pelo interior de Minas Gerais e termina na cidade de Aparecida. Pronto, estava decidido, mais uma

NoSSA PEREgRINAção RuMo Ao 3o ENCoNTRo NACIoNAL DAS ENS

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vez recebemos um presente divino; estávamos inscritos para participar-mos do 3º Encontro Nacional das ENS e foi só ajustarmos nossas fé-rias para fazermos a peregrinação e terminá-la às vésperas do evento.

E lá fomos nós alegremente rumo ao Santuário Nacional de Aparecida. Foram dias de muita reflexão, nos quais pudemos viven-ciar nossos PCEs com tranquilidade, sem interferências, em meio à exu-berante paisagem das montanhas, dos pequenos vilarejos, das planta-ções de cafezais.

Depois de doze dias, 330 km percorridos a pé, chegamos cansa-dos e emocionados à casa de nos-sa Mãe Maria. Ficamos extasiados, perambulando de um lado a outro, saboreando cada momento desta conquista pessoal e em casal. Após recebermos a Mariana, certificado de quem comprova que percorreu o caminho, fomos ao balcão de in-formações buscar telefones de al-guns hotéis para nossa estada até o início do Encontro.

Fizemos algumas tentativas frus-tradas, todos alegavam estar fecha-

dos para manutenção, certamente se preparando para receberem os equipistas de todo o Brasil. Ficamos sentados, já sentindo o frio do en-tardecer, quando se apresentou em nossa frente uma senhora de tez morena, perguntando se tínhamos feito o Caminho da Fé. Com nos-sa resposta positiva, disse que fora inspirada por Nossa Senhora a nos oferecer sua casa para hospedar--nos. Ficamos atônitos e sem pa-lavras por alguns momentos. Olhei em seu crachá e li: Irmã Aparecida. Quase fomos às lágrimas ao ver a manifestação de Nossa Senhora se materializando em nossa frente a oferecer-nos tudo aquilo de que necessitávamos naquele momento: apenas um alojamento.

Ficamos confortavelmente ins-talados em sua casa com alegria imensa no coração pelo seu cari-nho e acolhimento. Como é bom termos a certeza de que Deus pro-videncia o suprimento de nossas necessidades.

Neide e Wagner VivancosEq.13C - N. S. da Abadia

Campo Grande-MS

Província Leste

SESSão DE FoRMAção NÍVEL III

Formar-se é deixar-se lapidar como pedra que, ainda que precio-sa, carece ser trabalhada para reve-lar o brilho oculto. É viver a experi-ência de se revestir do amor, buscar e trilhar caminhos de caridade, vi-ver para o outro e para os outros.

“Revesti-vos da armadura de Deus”(Efésios 6,11). É assim que nos sentimos ao ouvir os relatos e a história do princípio das ENS e nos remetemos ao passado sempre mu i to p re sen te nas palavras do Pe. Caffarel.

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3O EncOntrO naciOnal das EquipEs dE nOssa sEnhOra30/06 a 03/07 dE 2015 - aparEcida - sp

“MatriMÔniO cristÃO: FEsta da alEgria E dO aMOr cOnjugal”

EncartE EspEcial

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2 3o ENCONTRO NACIONAL DAS ENS - CM 492

Nossos Encontros Nacionais têm acontecido de seis em seis anos. O primeiro foi em Brasília em 2003, o segundo em Florianópolis em 2009 e agora em 2015 no maior Santuário Mariano do Hemisfério Sul, na casa de nossa Mãe e Padroeira, Nossa Senhora Aparecida.

Estávamos reunidos em cerca de 7.000 equipistas e conselheiros espirituais vindos de todos os estados do país onde as Equipes de Nossa Senhora estão presentes (23 dos 27 estados) e também no Distrito Federal.

Os mestres de cerimônia foram Maria Regina e Carlos Eduardo que com toda a sua experiência conduziram a programação.Também tivemos durante todo o evento uma banda formada por equipistas animando a todos e fazendo com que o dia fosse completo não só com palestras mas também com momentos de relaxamento.

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A motivação principal desse Encontro veio de um trecho da Carta de Brasília, redigida e divulgada durante o XI Encontro Internacional em 2012: “Ousar o Evangelho, ter um coração pleno do amor de Cristo, acolher e tomar conta dos homens e partir para o mundo, a serviço da Igreja”.

As Equipes de Nossa Senhora no Brasil uniram-se a este objetivo centrando a sua reflexão no Tema: “Matrimônio Cristão: Festa da Alegria e do Amor Conjugal”, seguindo o carisma próprio de Movimento de Espiritualidade Conjugal, a partir do casal que é o “centro“ da Família.

Esse Encontro foi mais uma prova da grandeza de nosso Movimento, com pessoas de todos os cantos do Brasil se encontrando e que, em questão de minutos, já demonstravam uma intimidade de amigos de longa data.

O Programa abordou ricamente o tema explorado por casais e sacerdotes conselheiros espirituais de muita experiência, além de testemunhos diversos que motivaram as diferentes faixas etárias de nossos equipistas.

Fomos agraciados pela participação do casal e sacerdote conselheiro espiritual responsáveis pelo Movimento no mundo (ERI) Tó e Zé Moura e Padre Jacinto que trouxeram suas mensagens muito bem elaboradas.

Seria impossível para a Carta Mensal trazer tudo o que foi dito e vivido nesses 3 dias. No entanto, sabemos que a Carta também tem a responsabilidade de registrar e guardar o essencial.

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A AbERTURA E O APOIO dA IgREjA

Na noite da abertura tivemos a apresentação da Orquestra PEMSA (Projeto de Educação Musical do Santuário Nacional) que atende alunos com idade a partir de 07 anos e tem o objetivo de promover educação e cultura por meio de ensino musical sistematizado e totalmente gratuito, proporcionando a transformação social e cultural em decorrência do aprendizado e interesse pela arte.

Após as apresentações e acolhimento dos componentes da mesa por Hermelinda e Arturo (CR SRB) e Padre Paulo Renato (SCE SRB), ao som de “Aquarela do Brasil”, recebemos as bandeiras de todas as Províncias, cada uma conduzida por seu Casal Responsável.

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Padre Paulo Renato, SCE-SR, explicou-nos que nossos três dias do Encontro Nacional seriam baseados na reflexão do texto bíblico do Evangelho de João 2,1-11, na dinâmica do VER, JULGAR e AGIR .

Tivemos o apoio expressivo da Igreja com a participação do Arcebispo de Aparecida Cardeal Dom Raymundo Damasceno, Cardeal Dom Odilo Pe-dro Scherer- Arcebispo de São Paulo, Dom Oneres Marchiori, Bispo Emérito da Diocese de Lages – SC, Dom Jacin-to Inácio Flach, Bispo de Criciúma/SC, Dom Tarcísio Nascente dos Santos, Bispo de Duque de Caxias/RJ, Dom Darci José Nicioli, de Aparecida, Dom Wilson Luiz Angotti Filho Bispo de Taubaté/SP, dos padres João Batista de Almeida, Reitor do Santuário de Aparecida, do Padre Jorge da Silva Sampaio, Ecônomo do Santuário de Aparecida e muitos SCE e Acompanhantes Espirituais.

Nas próximas páginas vocês encontrarão um pequeno resumo dos dias de trabalho. O conteúdo completo das palestras encontra-se no site do Movimento (http://www.ens.org.br/novo/acervo-de-formacao/encontros/aparecida-2015).

O PRIMEIRO dIA dE TRAbALhOS

Após a Celebração Eucarística, pre-sidida por D. Raymundo Damasce-no de Assis, Arcebispo de Aparecida, dirigimo-nos para o Centro de Even-tos e lá iniciamos abordando a dimen-são do VER, explorando a passagem das bodas de Caná: “Eles não têm mais vinho”. A atenção, o realismo e a solicitude foram os temas aborda-

dos pelo Padre Paulo Renato, SCE da SRB e por Cida e Raimundo, res-ponsáveis pela Super-Região Brasil de 2010 a 2014.

A REALIdAdE dO MATRIMÔNIO NO bRASIL

Assim como Maria nas Bodas de Cana, nós fomos convidados para participar da grande festa de nosso casamento. Fomos acolhidos com

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ternura por Maria e Jesus no Santuário de Aparecida para ter o nosso matrimônio abençoado e santificado por Cristo. O Matrimônio é a festa da alegria e do amor conjugal.

Estamos diante de transformações que atingem todos os setores da vida humana, de modo que já não vivemos uma época de mudanças, mas uma mudança de época. A sociedade passa por mudanças de valores. Ameaças rondam a estrutura familiar.

Muita gente vive verdadeiros pesadelos em seus relacionamentos conjugais, os jovens já não são tão entusiastas quando falam em casamento, a sexualidade foi banalizada.

O modo de entender e de viver o amor e a sexualidade, a fecundidade e a procriação, o vínculo familiar, a paternidade e a maternidade, o relacionamento entre homem e mulher deteriorou os valores fundamentais da família. Grande parte dos casamentos termina antes da morte de um dos cônjuges.

Somos casais que acreditamos no “até que a morte nos separe” e queremos basear nossa vida conjugal e familiar no Evangelho. Somos desafiados a alcançar a “santidade no matrimônio” no cotidiano, vivendo “dias de sol”, mas também “noites escuras”.

Vera e Tico, Equipistas e ativos na Pastoral Familiar, nos falaram dos muitos anos de experiência matrimonial.

Terezinha e Nero testemunharam toda sua experiência matrimonial baseado nos ensinamentos das ENS.

TESTEMUNhOSForam vários os testemunhos de amor, superação, crença, perseverança.

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Leda e Menezes, Ca-sal Acompanhador Nacional das EJNS, que acompanha Mel-ca, atual Jovem Res-ponsável Nacional pe-las Equipes de Jovens de Nossa Senhora, apresentaram seu testemunho, de como é bom e gratificante acompa-nhar os jovens, e Melca, nos falou como se converteu, e entendeu a missão com este casal que os acompanha. (www.ejnsbrasil.com.br)

Camila e Anderson, nos falaram sobre sua experiência matrimonial com o ponto de vista de casais mais jovens, a partir de vivências muito diferentes, e a busca do verdadeiro amor, através do seu matrimônio, e como eles valorizam o Movimento, que tem auxiliado muito esta busca.

Padre Flávio Cavalca, ícone respeitadíssimo de nosso Movimento, nos passou seu testemunho de Sacerdote Conselheiro Espiritual. Discorreu sobre seu primeiro contato com as ENS em 1957, que chamou de envolvimento e sedução, passando pelos ganhos como SCE das ENS e seu sonho:

“Aprendendo com os equipistas a valorizar o casamento, também aprendi a valorizar o celibato, o caminho que escolhi para servir a Deus e chegar a meus irmãos para os amar”.

“Foi muito bom ver homens e mulheres que, vivendo o casamento, querem crescer e chegar à perfeição cristã de corpo e alma, à alegria da felicidade plena quando possível. Isso me anima, desafia e esporeia”.

“No meu sonho, cada casal equipista reunirá em torno de si outros casais, sem nenhuma formalidade, sem querer organizar novas equipes. Simplesmente os reunirá em sua casa, num ambiente familiar, informal e amigo para conversar e partilhar com eles a experiência que já fizeram do casamento como caminho de perfeição e felicidade. Ah, sim, no meu sonho o casal equipista não irá procurar casais certinhos. Irá procurar casais não cristãos ou não católicos, casais em segunda união, casais

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desorientados e em crise. Quantos são os casais equipistas no Brasil? Já imaginaram a transformação que poderiam operar?”.

TERçO LUMINOSO

Um momento muito marcante foi o terço luminoso e a caminhada do Centro de Convenções até a Basílica. Emocionante, vivemos momentos de luz e silêncio, nos quais rezamos também pelas famílias feridas.

In ic iamos o d ia com a missa presidida pelo Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer-Arcebispo de São Paulo.

O SEgUNdO dIA dE TRAbALhOS

A caminhada da Basílica até o Centro de Convencões foi sempre uma experiência única, na qual nos confraternizávamos, e nos abraçávamos.

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As palestras recomeçaram com a dimensão do JULGAR com o tema “Fazei tudo o que Ele vos disser”, a nossa disponibilidade interior para conhecer a vontade de Deus.

Tó e Zé, Casal Responsável pela ERI, falaram sobre o Matrimônio Cristão: Festa da Alegria e do Amor Conjugal.

Eles falaram do milagre de amor em suas vidas.

“Aprender a servimo-nos um ao outro, a escutar e a dar, a entender os silêncios envergonhados, a compreender que o outro nos quer dizer ‘sim’, embora as suas palavras digam ‘não’, foi prioritário na nossa vida.”

Acreditamos que nós estamos a evangelizar uns aos outros na existência diária, permanente, através de palavras, gestos, atitudes, comportamentos e atos, pelos quais o Evangelho vai penetrando pouco a pouco em toda a nossa vida.

Jesus, ao continuar a realizar o milagre da transformação da água em vinho na nossa vida, dá-nos também o sinal da aliança matrimonial, mostra-nos a Sua solidariedade na nossa fraqueza.”

“A nossa pertença às ENS desde o nosso quarto ano de casados (48 anos) levou-nos também a aprender como louvar e procurar sempre o Senhor, na alegria e no sofrimento. Nunca duvidamos da sua amizade e é o Seu apoio que nos faz prosseguir no caminho com a companhia de Maria.Hoje podemos afirmar que o nosso matrimônio, sem a espiritualidade que aprendemos a desenvolver nas ENS, seria como um corpo sem alma, ou como uma planta sem água e sem sol.”

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“Entreguemo-nos todos a Maria e peçamos a ela que nos ensine a guardar a palavra do seu Filho e a cuidar de todos que nos põe no Caminho.

Se pudermos viver a beleza do matrimônio cristão, se pudermos des-cobrir os tesouros da ajuda mútua, da vida de equipe, se os Pontos Concretos de Esforço forem vividos como graça de Deus na nossa vida, conseguiremos testemunhar sempre o novo mandamento do amor, e então sim, valeu a pena e descobrimos por que estamos todos hoje reu-nidos aqui em Aparecida, dóceis e humildes para “fazer tudo o que Ele nos disser”.

Padre Jacinto, SCE da ERI, nos falou sobre “A nova aliança e o vinho do amor”

“Nas bodas de Caná Jesus dirige-se à sua mãe dizendo: mulher. A mesma invocação aparece na hora da cruz quando Jesus se dirige a ela dizendo: mulher. Por sua vez, Pilatos, quando apresenta Jesus, flagelado e coroado com espinhos, à multidão, diz: Eis o homem (Jo 19,5). Segundo S. João é na hora da paixão que se revela o verdadeiro Adão - Jesus Cristo, o Ho-mem segundo Deus, e a verdadeira Eva, Maria, os quais representam o verdadeiro início da história da salva-ção, pois esta foi a hora que Deus sonhou, na qual pensou desde a eternidade.”

“A cruz aparece assim como o tálamo nupcial do cordeiro, do esposo que se entrega pela sua esposa, morrendo de amor por ela. Por isso, a morte de amor de Jesus Cristo na cruz é fonte e modelo de todo o amor, quer o amor conjugal, quer o amor fraterno, que une todos aqueles que são discípulos e que se amam no Senhor, se amam por-que foram amados primeiro, porque o amor de Deus nos precede, porque nos amou, como diz S. João, quando ainda éramos pecado-res, ou seja, indignos de ser amados (1Jo, 4,10).”

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“Que os casais e as famílias vivam intensamente o mistério do sacra-mento do matrimônio; redescubram a eficácia terapêutica da absol-vição sacramental, experimentando o que representa em cada um de nós, casais, escutar a palavra de perdão que a Igreja, através do ministério sacerdotal, nos diz, de modo que sejam os casais e o nosso Movimento concretamente, não apenas um sinal de esperança, mas um fermento eficaz de renovação do nosso mundo à imagem de Cris-to e da Igreja.”

INTERCESSORES

Goretti e Moacir falaram de sua caminhada como Casal Responsável Nacional pelos Intercessores

“Vimos lhes falar de uma grande alegria. A alegria da Intercessão, ou seja da ora-ção! Rezar não é um peso, não é uma carga que se carre-ga. É uma graça, é um dom, e acima de tudo uma grande alegria.”

“Então descobriremos que o caminho do homem para Deus é pavi-mentado de intercessores e que a oração de intercessão silenciosa de pessoas que talvez não chegaremos a conhecer nesta vida, é como um fio, na trama da história da salvação.”

“Este é o retrato do Intercessor: A pessoa que protege seus ir-mãos, que fica de sentinela. Ela vigia para que o mal não adentre a casa de seus irmãos. O sentinela também é aquele que abre as portas pela força da oração, para que as graças que Deus envia chegue aos seus filhos queridos.

O intercessor é o que vai a DEUS não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. É uma oração para que a vontade de DEUS seja feita na vida de outros; é descobrir o que está no coração de DEUS e orar para que isso se manifeste.” ( www.ens.org.br, opção “orar com os intercessores”)

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CNSE – COMUNIdAdES NOSSA SENhORA dA ESPERANçA

Sílvia e Chico, Casal Responsá-vel das CNSE e CR da SRB entre 1999 e 2004 falaram da histó-ria, da motivação da criação do Movimento em 2003 por Dona Nancy Moncau e do que con-siste a sua situação atual.

“Hoje as CNSE têm um caráter nacional. Estão instaladas em

cerca de 74 cidades, em 16 Estados do Brasil, com aproximadamente 250 grupos, e mais ou menos 2.100 membros.”

“Nosso Movimento pretende ser um local de acolhida, onde as pes-soas se sintam amadas, recuperem a confiança de que Deus não as abandonou, e isto lhes possibilite resgatar seu valor e dar um sen-tido novo às suas vidas. É um Movimento de apoio espiritual, religioso e vivencial. Ainda que muito da sua pedagogia e metodologia tenham sido inspiradas nas ENS, sua aplicação concreta é diferente e adaptada às necessidades próprias desse tipo de pessoas que se sentem machu-cadas pela vida.”

“Falem das CNSE nas suas equipes, nas suas paróquias, no seu círculo familiar. Vocês também podem indicar pessoas para adentrar o Movi-mento. Temos um site www.cnse.org.br cujo link está no site das ENS.”

“A verdade é que Dona Nancy tinha razão em falar em celeiro, pois nós, equipistas, pela experiência de vida em comunidade e pelo conhecimento e formação que recebemos nas ENS, estamos especialmente talhados a pres-tar apoio às viúvas(os) e pessoas sós nas CNSE.”

CNSE – Testemunho de Viúva

Tereza P. Shoshima dividiu com todos sua experiência na passagem do Movi-mento das ENS que participava de 1989 para as CNSE após 2003.

“O Movimento das CNSE é primordial em minha vida, e me ajudou a assumir minha nova identidade de pessoa só. Como casal,

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aprendemos a conjugar, a caminhar a dois, a pensar a dois, a sonhar a dois, e como viúva, eu teria que continuar minha caminhada sem meu cônjuge. Confesso que nunca estive só, e pude contar sempre com o apoio dos meus irmãos equipistas, com a minha família e com a proteção de Nossa Senhora, nossa Mãe e com as bênçãos de Deus nosso Pai.”

“Faço um convite às viúvas e viúvos equipistas. Não tenham medo de ou-sar e dar um passo a mais na sua caminhada rumo à santidade. Participe conosco deste importante movimento (CNSE) e nos ajude a crescer! Nossa Senhora da Esperança está à espera de vocês!”

PAdRE CAFFAREL

D o m J o ã o O n e re s M a rc h i o r i - B i s p o Emérito da Diocese de Lages-SC, em uma palestra eloquente e cheia de entusiasmo, nos falou sobre os ensinamentos do Padre Caffarel e como ele influenciou em sua vida sacerdotal e episcopal.

“Padre Caffarel primou pela busca de uma vida profunda de oração. Sua vida inteira terá tido este objetivo: ajudar as pessoas, os casais, a realizarem sua vocação à san-tidade. Neste esforço, ele dava à oração um lugar central na vida de todos. Era um ho-mem que se deixava arrebatar por Deus. Pro-curava descobrir o plano de Deus em todas as circunstâncias da vida, nos encontros, nos acontecimentos. Insistia muito no sentido de fazer com que a oração conjugal fosse “o primeiro ato da missão dos esposos”.

“Era um homem simples, discreto e exigente, mas com certeza apai-xonado. Seu gosto pela literatura mostra o lugar determinante que ele conferia à vida do pensamento. Homem estudioso. Por meio das palavras dos escritores, ele celebra o mistério do amor, Ele estimula os casais para que leiam e assim alimentem sua oração e seu engajamento”.

Influência do Padre Caffarel em minha vida sacerdotal e episcopal:

• Testemunho de vida sacerdotal;• Homem de oração;• Seu compromisso com a espiritualidade da família;

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• Toda uma vida dedicada à Jesus Cristo e à Igreja;• Espírito missionário;• Construtor de uma nova sociedade;• Compromisso com a construção da família orientada pelos valores

evangélicos;• Compromisso com os pobres e excluídos.

“Tenho apenas um desejo: entrar eu próprio mais na intimidade com Cristo e levar os outros a entrarem também nessa intimidade, porque isso foi fundamental na minha vida ... afinal, não posso deixar de desejar aos outros esse encontro com Cristo vivo, essa descoberta de que Deus é amor”.

(Pe. Henri Caffarel)

SíNOdO dOS bISPOSdOM dAMASCENO

Dom Raymundo Damasceno, um dos Vice-Presidentes nomeados pelo Papa para dirigir o Sínodo dos Bispos, nos atualizou sobre a preparação para a próxima etapa do Sínodo que acontecerá em outubro próximo e que examinará a preocupação da Igreja com a família, e cujas discussões vão estar focadas nos seguintes pontos: ESCUTA DOS DESAFIOS SOBRE A FAMÍLIA; O DISCERNIMENTO DA VOCAÇÃO FAMILIAR; A MISSÃO DA FAMÍLIA HOJE, este um capítulo importantíssimo, onde serão tratadas as dificuldades da família, bem como temas polêmicos como casais de segunda união e homossexualismo apontando para uma Igreja mais mi-sericordiosa e menos rígida.

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MENSAgEM dO PAPA

Provando o quanto a Igreja Católica apoia o Movimento das ENS, o Papa Francisco preparou uma mensagem especial dirigida ao nosso Encontro e que foi lida por Dom Damasceno a todos.

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FESTA NO CENTRO dE EVENTOSA noite de 2 de julho foi reservada para confraternização e como não poderia deixar de ser, foi alegre, descontraída e com vários equipistas e Sacerdotes subindo ao palco, literalmente roubando a cena e animando os 7.000 equipistas. Uma verdadeira festa Equipista: organizada e muito animada.

O TERCEIRO dIA dE TRAbALhOS

Iniciamos o terceiro dia com a oração da manhã, elabora-da pelo Padre Paulo Renato no próprio Centro de Convenções e logo após Hermelinda e Arturo, CR da SRB, exploraram a dimen-são AGIR com o tema “Enchei as talhas de água”, com um convi-te a pôr os talentos a serviço do amor de Deus e partir para o mundo a serviço da Igreja.

“O Papa Francisco lança um vigoroso chamado para que todo o povo de Deus “saia” para evangelizar, “saia” para o encontro com o Cris-to vivo, num mundo que clama por vida. É necessário suscitar uma consciência missionária, que incite cada um a “primeirear”, a sair ao encontro das pessoas.

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ASPECTOS dA MISSÃO

1º) NO CASAL - Consiste em manifestar a união do Cristo e da Igre-ja, união que envolve o casal, o penetra, o santifica, e faz irradiar sua influência santificadora.

2º) NO LAR - A missão insubstituível do casal cristão é contribuir para a procriação, transmissão e abertura à vida. Não podemos nos paralisar diante de uma mentalidade que reduz a geração da vida, seja por fatores econômicos, que exercem uma pressão por vezes determinante, seja por projeções individuais ou conjugais que prezem o individualismo e o co-modismo, seja pela legalização do aborto.

3º) NO MUNDO - hoje mais do que nunca percebemos a necessidade im-periosa de todo cristão se abastecer, encher as talhas de água, para que Jesus as transforme em vinho. E assim abastecidos, sair para a missão.

“A obra prima da sociedade é, portanto a família: o homem e a mulher que se amam. E o desafio hoje é permanecer unidos, apesar da aguda urbanização que atropela o dia a dia da família.

Para contrapor isto, o melhor testemunho é a vida alegre dos cristãos e da família, transmitindo a beleza do sacramento do matrimônio. Portan-to não tenhamos medo de convidar Jesus para as nossas bodas, e para a nossa casa, a fim de permanecer ao nosso lado e preservar a nossa família, nosso verdadeiro tesouro.”

Padre Paulo Renato, ao final, nos fez um resumo de todas as dimensões apre-sentadas (VER, JULGAR e AGIR) e nos convocou a sair e mostrar nossa alegria como casal cristão.

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CARTA dE APARECIdA

Fernanda e Martini, Casal Res-ponsável pela Carta Mensal fizeram a leitura da Carta de Aparecida que resume os temas discutidos e deixa a mensagem a todos, principalmente para os que não puderam estar no Encontro. A Super Região Brasil pede que todos os equipistas leiam e reflitam em reunião.

“Esta Carta deve ser lida e divulgada em nossas equipes, nossos Setores, e principalmente para todos os irmãos que não puderam estar presentes, mas que estiveram espiritualmente conosco, em nossos corações e ora-ções nestes dias.”

CARTA dE APARECIdA

Queridos Casais Equipistas

Prezados Sacerdotes Conselheiros e Acompanhantes Espirituais,

Estivemos reunidos dos dias 30 de junho a 3 de julho, no Santuário Nacional de Aparecida, casa de Nossa Senhora, para o 3º Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora.

Com mais de 7.000 participantes, entre equipistas, conse-lheiros e acompanhantes espirituais, bispos, vindos de to-das as regiões do nosso imenso Brasil, refletimos sobre o

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“MATRIMÔNIO CRISTÃO: Festa da alegria e do amor conjugal” e o lema “FAZEI TUDO O QUE ELE VOS DISSER” (Jo 2,5). Rezamos, partilhamos, celebramos a Eucaristia, encontramo-nos, alegramo-nos, con-fraternizamo-nos. Foram dias realmente ricos, um presente de Deus.

Através de testemunhos e palestras vimos que assim como Maria constatou, nas bodas de Caná, a fal-ta do vinho, nós também somos convidados a per-ceber como anda a realidade do matrimônio nos dias de hoje.

Estamos diante de mudança de época, mudança de valores que ameaça a estrutura das famílias. Há muita dificuldade para assumir o compromisso defi-nitivo bem como de mantê-lo. Nessa época pós-mo-derna não há lugar para os compromissos a longo prazo, isto é, para a vida inteira. O que interessa é o presente e vivê-lo plenamente, deixando de lado a construção de um casamento que deve se desen-volver durante a vida toda, resultando em lares mais frágeis, na sexualidade banalizada, no aumento das separações e dos divórcios; os jovens não são tão entusiastas quando falam em casamento e muitos casais se recusam a gerar filhos.

Ao mesmo tempo em que assistimos, com pesar, à “desconstrução” de tantos lares, tantos conflitos conjugais, temos casais que querem basear sua vida conjugal e familiar no Evangelho. Casais que sabem perdoar e sentir-se perdoados, tendo a oportunida-de de experimentar um amor que é para sempre, que nunca passa, num seguimento incondicional, bebendo da fonte que é Jesus.

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Maria, em Caná, orientou: “fazei tudo o que Ele vos disser”. Nós também julgamos que temos crité-rios objetivos para reafirmar o valor do casamen-to, somos casais chamados a viver o sacramento do Matrimônio, amor que passa pelo caminho da cruz, das limitações, do perdão e dos defeitos para chegar à alegria da ressurreição. Acreditamos no “até que a morte nos separe”. “A graça do matrimônio é um trabalho para realizar em cada dia, um trabalho ar-tesanal, uma obra de ourivesaria”, como disse Papa Francisco (discurso do Papa Francisco aos noivos que se preparam para o matrimônio, Praça de São Pedro, 14 de fevereiro de 2014).

Tal é a beleza desse amor, que Padre Caffarel a ele se referiu como sendo a obra do sexto dia: “A impor-tância e a dignidade do amor manifestam-se clara-mente quando se considera o seu lugar na criação. É a última das obras divinas, após a qual Deus descan-sou” (livro Amor e Graça, Padre Caffarel).

Precisamos ouvir Cristo, conhecer sua Palavra, para que tenhamos um casamento completo, feliz, uma festa regada a vinho. Maria e o Senhor Jesus preci-sam ser, sempre, nossos convidados para que o mila-gre do amor aconteça.

Portanto é necessário reafirmar o valor do casal cris-tão na sociedade em que vivemos, é fundamental como casal equipista testemunhar o matrimônio no mundo. As Equipes de Nossa Senhora têm o desafio de ser presença no meio de casais necessitados de redescobrir a possibilidade e a beleza do amor.

Temos a obrigação de dar vida à Boa Nova, infor-mando aos outros a alegria e a paz que nós mesmos

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experimentamos em Cristo, e anunciando-a, não só em palavras, mas sobretudo, com uma vida transfi-gurada pela presença de Deus.

Temos a grande missão de instaurar o Reino nos la-res, fazer que a santidade crie raízes em pleno mun-do moderno, evangelizando casais, para que todos sejam sólidos apóstolos de Cristo.

Com nossas talhas abastecidas de água, para que Jesus as transforme em vinho, chegou o momen-to de sairmos, com alegria e cheios de esperança, para nossa missão. Essa expressão “sair” quer dizer sair de nós mesmos, das nossas comodidades, nos desinstalarmos e sacudir o pó espiritual. Não preci-samos ir longe, embora isso possa ocorrer, mas atuar no próprio local onde vivemos e trabalhamos.

A obra-prima da sociedade é a família: homem e mulher que se amam. Precisamos dar testemu-nho da vida alegre dos cristãos e da família, transmi-tindo a beleza do sacramento do Matrimônio.

Terminamos esse Encontro com entusiasmo e con-fiantes de que o caminho é esse.

Mesmo diante das dificuldades e diante da cruz, so-mos marcados pela esperança da ressureição.

Vamos mostrar ao mundo a nossa alegria, a nossa festa, o nosso amor!

Vamos mostrar ao mundo o amor de Deus!

Porque nós somos o Amor!

Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós!

Aparecida, 3 de Julho de 2015

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ENVIO

“E pelo mundo eu vou , cantando o teu amor.Pois disponível estou para servir-te, Senhor.”

Com as nossas talhas abasteci-das chegou a momento do en-vio, momento de compromisso de ação de graças. Com Deus no coração fomos convidados a dar testemunho da vida alegre dos cristãos e da família, transmitin-do a beleza do sacramento do Matrimônio.

ORgANIzAçÃO E APOIO

Foram mais de 500 pessoas nos últimos 3 anos trabalhando para que esse Encontro fosse uma experiência memorável e podemos afirmar que eles atingiram com louvor seus objetivos.

Liderados por Vera e Renato, as equipes trabalharam com muito empenho e amor, sem medir esforços para servir a quem precisasse, grande exemplo de amor ao próximo.

Inscrições, Acolhida, hospedagem, Transporte, Animação, Apoio, Liturgia, Secretaria/Livraria, Alimentação, Comunicação/Imprensa, além de muitos outros serviços prestados por terceiros.

Acreditamos que podemos, em nome de todos os Equipistas do Brasil, agradecer de coração tamanha entrega e exemplo. O nosso muito obrigado e que Deus, por intercessão de Nossa Senhora, abençoe e continue iluminando todos esses equipistas e seus familiares, que certamente também embarcaram nessa jornada.

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É emocionante ver e ouvir o casal da SRB, Hermelinda e Ar-turo, ler os escritos do Dr. Pedro Moncau para o Pe. Caffarel e, mais emocionante ainda, é ou-vir os seus escritos em respos-ta ao Dr. Pedro Moncau. Ali há muito Amor... O Espírito Santo estava inspirando aquelas pes-soas que já conseguiam enxer-gar no casal a santidade e que o matrimônio é um dos grandes sacramentos da Igre ja Cr istã Católica.

Pra nós, deixar toda a rotina, principalmente no final de sema-na e viajar 400 km foi como que subir ao Monte Tabor.

A acolhida pelas irmãs no Re-canto São José, como que abraça-dos pela própria mãe. Os momen-tos que vivenciamos nos permiti-ram ver com outros olhos o que é ser equipista. Vivemos e aprende-mos como é a busca pela unidade na diversidade do Movimento. Foi apaixonante a vivência contada por cada casal no grupo de estudo lá formado e a abertura de cora-ção com que todos se doavam.

Como disse Pe. Oscar Melan-son: “Isto é um ideal muito eleva-do”. Somos alertados sobre os de-safios a ser enfrentados na nossa vida de casal e na caminhada de equipistas. O nosso crescimento é dia-a-dia, momento a momen-to, mas com solidez no amor de Cristo e na vivência dos PCE é que amadurecemos e nos preparamos em casal para servir ao Movimen-to. Nossa prontidão nos permite trilhar os caminhos de transfor-mação traçados por Cristo. E a família, como instituição sagrada de Deus, é a maior beneficiada.

Portanto, estar engajado no Movimento é ter o coração sem-pre aberto ao serviço, porque fo-mos privilegiados e escolhidos por Deus. Devemos em casal dar o nosso testemunho sempre, mos-trar que o sacramento do matri-mônio vale a pena e que é pos-sível caminharmos juntos, rumo à santidade.

Lucia Helena e ValdeciEq.05C - N. S. da Glória

Pouso Alegre-MG

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14 CM 492

Província Sul I

A equipe 1 de Araraquara, Equipe de Nossa Senhora das Gra-ças, fez sua primeira reunião no dia 11 de abril de 1975, na casa da Sandra e Gabriel. Nesse dia contamos com a presença dos casais Aparecida e Mário Duarte, Casal Responsável de Setor de São Carlos, e Adhair e Waldir Garlipp, que foi nosso casal piloto. Compunham essa primeira equipe os casais que até hoje estão na equipe com substituição de três casais.

Logo no início da nossa caminhada, o conhecimento das equipes foi nos entusiasmando. Fomos aderindo aos méto-dos e à pedagogia, fomos crescendo e, aos poucos, nossa equipe era uma verdadeira família. A mística do Movimento, ajuda mútua, foi vivida intensamente e nos trouxe força e segurança. Alento para crescer mais em amor e em espiritua-lidade. “Levai os fardos uns dos outros” nos fez crescer muito em amor. O estar presente na necessidade do outro era uma constante. Mas também na alegria estivemos sempre juntos, nas comemorações, vencendo distância, não importava quan-to. Lá estávamos pelo menos alguns presentes. Podemos di-zer que o carisma, espiritualidade conjugal, foi determinante para o nosso ser casal. A cada encontro, colocávamos o nosso progresso e as barreiras, que o início da vida conjugal traz, foram sendo vencidas e, ajudados por cada um dos demais, chegamos todos aos 50 anos de vida matrimonial e alguns beiram os 60. Um deles, 61.

Vivemos momentos de muita tristeza, de grande apreen-são, mas todos juntos ajudaram na superação. Os momentos de maior tristeza aconteceram quando perdemos o Danilo, filho mais velho da Sandra e Gabriel em 1988, depois dois irmãos de caminhada: Américo (2011) e Danillo (2014). Mas a Dayse e a Leonor continuam conosco na equipe. Temos que agradecer a Deus a presença constante de um Conselheiro espiritual conosco, que dividia conosco todos os momentos e nos “empurrava”, fortalecendo nossa fé. Nossa equipe é for-te, praticamente são os mesmos casais desde o início, somos uma verdadeira família.

Lenice e LuizEq.01- N. S. das Graças

Araraquara-SP

40 ANoS DE EQuIPEEq. 01 - N. S. dAS GRAçAS dE ARARAquARA

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CM 492 15

Província Sul II

Nos dias 06 e 07 de junho acon-teceu a Sessão de Formação Nível I da Província Sul II, no Santuário de Schoenstatt – Morada da Ale-gria Vitoriosa, em Araraquara, da qual participamos com muita ale-gria e disposição.

Quando nos foi feito o pedido para que escrevêssemos sobre o en-contro, pensamos: como começar? Afinal, não é tarefa fácil resumir em poucas palavras todo o rico conteú-do que recebemos nesses dias.

Pedimos ao Espírito Santo que nos iluminasse e, ao fazermos a leitura diária do Evangelho, depa-ramo-nos com as primeiras palavras de São Paulo aos Coríntios (2 Cor 3, 4-11): “Irmãos, é por Cristo que te-mos tal confiança perante Deus, não porque sejamos capazes por nós mesmos, de ter algum pensamento, como o de nós mesmos, mas essa nossa capacidade vem de Deus”.

Essa leitura nos inspirou e im-pulsionou a refletirmos sobre um dos grandes aprendizados que recebemos nos últimos anos den-tro das ENS. Viver na fé e pela fé nada mais é que entender e seguir nossa missão.

Essa fé, entretanto, exige ama-durecimento. Como diz nosso queri-do SCE, Pe. Alcides, “não podemos cultivar uma fé infantil em uma reli-gião mágica”. Nossa caminhada exi-ge atitudes e um constante apren-dizado.

Ass im, fomos chamados a participar da Sessão de Formação Nível I nesse final de semana. Tive-mos a certeza de que era o mo-mento oportuno, pois Deus esta-va pedindo um pouco mais de nós.

Foram dois dias de muita infor-mação e formação, pois tivemos o privilégio de ter como palestrante Pe. Márcio Coelho, de São Carlos, que discorreu sobre Fé e vida Cristã. Profundo conhecedor de Filoso-fia e Teologia, deu-nos um pano-rama da história da humanida-de, desde a criação do homem e sua relação com a fé em Deus, até os dias de hoje.

Depois de cada palestra, foram feitas discussões em grupo para questionamentos e aprofunda-mento dos temas.

Destacamos, também, a opor-tunidade que tivemos de conhecer outros casais e trocar experiências sobre o Movimento das Equipes de Nossa Senhora.

O local contribuiu muito para esse encontro de reflexão e espi-ritualidade. Não podemos deixar de destacar a dedicação dos ca-sais que trabalharam na sua organi-zação e preparação.

Temos a certeza de que todos sa-íram enriquecidos e fortalecidos ain-da mais no amor a Deus e na fé.

Clayton e Angela Eq.08 - N. S. da Luz

São Carlos-SP

SESSão DE FoRMAção NÍVEL IREGIão SP LESTE

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16 CM 492

Pe. Caffarel Que grupo não viveu esta expe-

riência? Um dos seus membros au-senta-se; sobre ele fazem-se críticas, comentam-se os seus defeitos; ele volta, todos se calam.

A muita gente de bem repugna esta falta de lealdade. E decidem re-agir: de hoje em diante o que tiver-mos de dizer, diremos diretamente ao interessado.

Quantas vezes não assisti fatos assim: seja durante uma excursão de estudantes às montanhas, seja à roda de uma fogueira no cam-po, seja numa reunião de casais... Tudo absolutamente dito na hora, às claras.

Resultado: a franqueza to-tal acendia dramas.

Deve-se, porém, renunciar à franqueza?

Não; pois isto seria reduzir à mediocridade a caridade fraterna. Porque a caridade, que nos ordena ajudar nossos irmãos em suas neces-sidades materiais, torna-se mais im-periosa ainda quando estão em jogo as suas necessidades espirituais.

Está certo o que pensam alguns dentre vós. Compreendo ainda certo casal que se empenha em encarecer, com generoso entusiasmo, este ide-al que creio reproduzir quase textu-almente: “É ótimo cuidar dos filhos dos outros e assim reciprocamente, oferecer oração e simpatia ao amigo em dificuldade, ir até a ajuda finan-ceira. Mas o amor fraternal perma-

nece medíocre, se não souber se alçar até a correção fraterna”.

Assim, determinado casal de uma equipe está gravemente enga-nado acerca do caráter de uma de suas filhas; a criança sofre, teima; os pais condenam duramente esta ati-tude... Para todos é visível a incom-preensão, menos para os interessa-dos. É admissível que ninguém da Equipe tente uma explicação?

Certo marido tem reações de agressividade desdenhosa para com sua esposa; atitude esta sem dúvida inveterada, pois dela nem mesmo se apercebe. Não se encontrará, então, colega algum na Equipe que, reser-vada e fraternalmente, lhe abra os olhos quanto a este erro?

Um outro companheiro está pos-suído de paixão política; seus propó-sitos são intransigentes e injustos. Ninguém ousará dizer-lhe do escân-dalo que comete?

É preciso muita coragem para falar, muita humildade para “acertar no alvo”. Mas, quando se é bem su-cedido, que triunfo da caridade!

Estou de acordo: a correção fra-terna é uma forma autêntica da ca-ridade. As relações de amizade, com efeito, são muito mais do que um simples amável divertimento. E a ca-ridade não se ajusta com a covardia do coração.

Mas, atenção: não é possível omitir as etapas intermediárias. Sal-vo raríssimas exceções, não se chega às formas mais altas da caridade se-

1 Editorial do Pe. Henri Caffarel publicado na Carta Mensal n° 7, de agosto de 1954.

Raí

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do

Mo

vim

ento CoRREção FRATERNA1

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não depois de exercê-la longamente em suas formas mais elementares.

Algumas equipes já fizeram ten-tativas de correção fraterna. Para uma delas, que conheço bem, a ini-ciativa não foi bem aceita. Parecia-lhe uma quebra da caridade fraterna.

Uma nova fórmula foi então adotada. A questão não é mais to-mar a iniciativa de fazer a correção fraterna, mas de solicitá-la. Explico--me. Este casal, por exemplo, pede àquele, de sua escolha, que faça a correção fraternal; este marido pede a um amigo da Equipe, em quem ele deposita inteira confiança, que lhe fale com toda a franqueza; aquela senhora se dirige a tal outra com idêntico fim.

Os casais – disseram-me eles – têm grande proveito adotando esta maneira de agir. Mas, sublinham eles a necessidade, para aquele que é interrogado, de responder com grande humildade, além de se abo-lirem os julgamentos definitivos e as sentenças infalíveis. Verificaram, também, que a obrigação de dizer

as coisas com tato e levando em conta todas as circunstâncias – não para atenuar, mas para ser mais ver-dadeiro – muitas vezes lhes fez sentir até que ponto seus julgamentos ha-viam sido, até então, precipitados e categóricos.

A delicadeza de opiniões é im-possível a quem não possua delica-deza de coração. Eles afirmam, por outro lado, que o amigo interroga-do pode sempre se recusar a fazer a correção pedida.

Lede de novo, pois, os textos bí-blicos concernentes à correção fra-terna (Ecl 19, 13 – 14; Ez 34, 4 – 10; Mt 18, 15; Gl 6, 1; 1 Ts 5, 14; 1 Tm 5, 1).

Refleti sobre eles. Discuti acerca deles nas reuniões de equipe, tendo sempre presente em vosso espírito o fim que temos em mira: a vitória da caridade fraterna.

Colaboração

Maria Regina e Carlos EduardoEq.01 - N. S. do Rosário

Piracicaba-SP

ELIMINAR A MENTIRA E PRATICAR A SINCERIdAdE …Parece tão natural, para casais que se submeteram livremente a uma

regra juntos e num espírito de ajuda mútua, que se mantenham a par dos esforços e dificuldades de cada um. Então, por que motivo tantos casais se opõem a “partilhar”? Não será, talvez, porque ainda estão acostumados a aparentar, a representar seu personagem, a cultivar sua reputação?

É precisamente porque vemos na “partilha”, entre outras coisas, um meio infalível de tirar a máscara e lutar contra as aparências, que lhe da-mos tanta importância. Quando os casais de uma equipe se esforçam por eliminar toda mentira, por se manterem em uma absoluta sinceridade, então – como me escrevia um deles – “a comunhão dos santos, entre cris-tãos que se tornaram transparentes uns com os outros, já não é apenas um dogma em que se acredita, mas uma experiência que se vive”. (do livro: Pe. Caffarel - Centelhas de sua Mensagem p. 72)

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No momento em que a Igreja se prepara para a segunda fase do

Sínodo dos Bispos sobre a Família, vale a pena lembrar dois documen-tos que o Padre Caffarel escreveu a título de cooperação com o Concí-lio Vaticano II há mais de cinquenta anos. No Concílio, o tema da vida conjugal estava incluído nos traba-lhos da Comissão para o Apostola-do dos Leigos da qual Padre Caffarel fora nomeado consultor.

O primeiro documento, datado de dezembro de 1960, tinha o título: “O Matrimônio Cristão na Igreja do Século XX” e nele o Padre resume a experiência que havia adquirido e a reflexão que havia conduzido sobre a vivência do matrimônio durante vinte anos. O segundo, chamado “A Missão Apostólica do Casal e da Família” foi escrito em maio de 1961, apresentando em dez “pro-posições” o pensamento do Padre sobre os campos e sobre as formas de apostolado do casal cristão.1

É realmente impressionante constatar o quanto muitos dos pontos levantados por ele na-quela época continuam atuais e válidos na Igreja do “século XXI”. Na introdução do primeiro documento ele diz: “Este traba-lho poderá chamar a atenção da Comissão para o Apostolado dos

Leigos para os aspectos do matrimô-nio cristão que carecem de estudo e soluções. Em certos casos, tratar-se-ia de aprofundar e explicitar um dado tradicional; em outros de adaptar a disciplina da Igreja às condições cria-das pela civilização moderna”. Ainda na introdução, ele enfatiza a impor-tância do contingente de cristãos casados para a Igreja: “A vitalidade e a impulsão da Igreja são fortemente determinadas pela vitalidade cristã desses [...] milhões de casais e pela vivência cristã individual daqueles [..] milhões de pessoas que compõem os lares católicos”2 Assim, continua o Padre, “a Igreja não pode sim-plesmente pensar nos ‘leigos’ como se fossem celibatários vivendo isola-damente. Deve também e principal-mente interrogar-se a respeito dos lares cristãos, a respeito da forma como o matrimônio cristão é enten-dido e vivido hoje”.

Ao analisar, em seguida, a si-tuação do matrimônio cristão, ele detecta que, apesar de uma certa renovação feita por pequenos gru-pos de casais no mundo inteiro, “a degradação da instituição familiar, tanto em pensamento como em vivência, parece bem mais geral que a sua renovação, em quase todos os países.” E analisando as consequências dessa situação, profetiza: “A urgência das medi-das a serem tomadas apareceria

PENSAMENToS DE uM PRoFETA

1 Ver “A Missão do Casal Cristão” – Edições Loyola – página 150 e ss.2 Os números que constam dos textos originais referem-se às estatísticas da época e não

são retomados aqui. Entretanto, guardadas as proporções, os conceitos continuam per-feitamente válidos.

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ainda mais claramente se se refletisse sobre as consequências para a Igreja, como um todo, desta degradação do casamento: rarefação das vocações sacerdotais e religiosas (...), deficiên-cia da educação dos filhos... Quando se corrompe uma das fontes vivas da Igreja, a Igreja inteira é afetada.”

Depois de descrever a atuação pastoral que vê como necessária ao longo da vida dos casais, desde a pre-paração remota para o sacramento do matrimônio até a viuvez3, Padre Caffarel reflete sobre o matrimônio e a perfeição cristã: “Os cristãos ca-sados – estimulados por muitos pa-dres, ainda – têm na maioria a con-vicção de que a perfeição cristã não é para eles. É um erro trágico: quem não tender para a perfeição desliza rapidamente para a mediocridade, para o pecado. Está aí uma das ex-plicações para a atual decadência do casamento cristão. Ao contrário, que impulsão não se suscitaria nos casais se se lhes fizesse ouvir o apelo de Cristo para a perfeição, se se lhes en-sinasse que esta perfeição consiste na caridade e não nos votos religiosos e que o casamento, longe de ser um obstáculo, é um meio para se chegar à perfeição da caridade!”.

No documento sobre a Missão Apostólica do Casal e da Família, Pa-dre Caffarel coloca como premissa básica que o sacramento do matri-mônio é o fundamento desta missão apostólica: “É preciso afirmar que o sacramento do matrimônio, como tal, confere ao casal cristão uma

missão apostólica específica. Esta não se limita às responsabilidades apostólicas que os esposos assumem individualmente em função de seu batismo e de sua confirmação. For-nece-lhes ainda as graças sacramen-tais que lhes permitem não somente santificarem-se no e pelo seu estado de vida, mas também desempenha-rem a sua função dentro da Igreja”.4

E termina colocando esta fra-se claríssima em relação aos casais diante da evangelização do mundo moderno: “O crescimento do reino de Cristo em nosso mundo contem-porâneo submerso pelo materialismo exige dos casais cristãos – e das famí-lias – que não se contentem em ser os beneficiários da ação apostólica da Igreja, mas que tomem consciên-cia que devem ser, eles também, ‘su-jeitos ativos’ do apostolado, instru-mentos de redenção, na linha de sua missão específica, com os meios e a graça que lhes são próprios.”

Dá para ser mais atual do que isso?

Hélène e Peter Eq.5A - N. S. da Santa Cruz –

São Paulo-SPMonique e Gérard

Eq.01 - N. S. do SimSão Paulo-SP

M. Regina e Carlos Eduardo – Eq.01 - N. S. do Rosário

Piracicaba-SPCidinha e Igar

Eq.01B - N. S. Aparecida Jundiaí-SP

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3 As propostas dessa atuação pastoral na cronologia da vida conjugal podem ter servido de inspiração para o sínodo de 1980 e a redação, pelo Papa João Paulo II de sua Exor-tação Apostólica “Familiaris Consortio” de 1981.

4 A Missão do Casal Cristão – Ed. Loyola, página 167 e ss.

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“Responsabi l idade é qua-l idade de quem é responsá-ve l , obr igação de responder por atos próprios ou alheios, no cuidado de algo ou alguém.”. Neste caso, podemos dizer que esse “algo” diz respeito ao cres-cimento espiritual dos casais. É uma responsabilidade espiritual! O chamado à responsabilidade dentro das ENS tem um senti-do bem mais amplo e profundo, pois é um chamado feito ao casal e que nos convida sempre a um amor maior. Temos que ter cons-ciência de que fomos chamados não só por nossos méritos, mas porque o Senhor pousou sobre nós o Seu olhar cheio de amor e confiança e, como resposta, espera que coloquemos nos-sos dons a serviço dos irmãos. Para exercermos esse serviço de amor e doação, precisamos em primeiro lugar s i lenciar nos-so coração, escutar o que o Se-nhor tem a nos falar e dizer, a exemplo de Samuel: “Fala Se-nhor, que teu servo escuta!”. É uma função que só conseguire-mos exercer se nos mantivermos em íntima união com Cristo, deixando que sua Palavra pe-netre em nós e nos transforme. Poderemos então, como Jesus, nos cingir, despir-nos de nossos orgulhos e soberbas para nos co-locar abaixo dos nossos irmãos e lavar-lhes os pés, partilhando com eles nossos dons e talentos.

Devemos ter em mente que, nas Equipes de Nossa Senhora, toda responsabilidade é um serviço. É o próprio Senhor quem nos cha-ma e nos dá a oportunidade de nos renovarmos no Espírito. So-mos convidados a nos conhecer verdadeiramente para poder ir ao encontro do outro, escutar sua história e aprender com ele. Somos chamados a olhar com mais amor, descobrir o que há de melhor em cada pessoa, em cada casal, equipe, setor e assim por diante. No exercício da res-ponsabilidade temos a graça de trabalhar em colegialidade, que pressupõe atitudes participativas e de partilha de dons, nunca de autoritarismos; é preciso tro-car experiências na confiança do amor fraterno.

Para exercer com coerência, humildade e verdadeira responsa-bilidade esse serviço, temos que estar fortalecidos e totalmente unidos a Cristo pela oração, con-fiança e força de uma fé madura. Fé que não vacile e que permita abandonar-nos em seus braços, na certeza de que o seu amor age em nós, nos conduz e nos inspira a servir sempre na alegria. Que possamos ser, no exercício da responsabilidade e a exemplo de Cristo, portadores de alegria, paz e esperança.

Luceny e HilárioCR Região SP Leste

Província Sul II

A RESPoNSABILIDADENAS ENS

Form

ação

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CM 492 21

Precisamos escutar a Palavra de Deus... nos PCEs encontramos a “Escuta da Palavra”. Quando, de que maneira escutar? As inter-

rogações começam, os questionamentos aparecem... Pe. Caffarel com a “Escuta da Palavra” deixou um avivamento

para melhor vivermos os ensinamentos da nossa Igreja, nas leituras da Palavra Sagrada para o fortalecimento espiritual diário.

Não é só ler e ouvir a Palavra de Deus. Precisamos escutar, viver o que Deus nos diz. Na Palavra, é Deus que fala, não devemos guardar só para nós. Santo Agostinho nos diz, “ouvindo o anún-cio da salvação o mundo inteiro acredite; acreditando, espere; es-perando, ame.”

Como devemos fazer a leitura, o escutar? Frei Ignácio Larrañaga, nas Oficinas de Oração e Vida, nos

ensina: “Primeiro calemos, silenciemos, para podermos escutar Deus. Devemos nos recolher para um lugar onde nada nos tire a atenção da Palavra. Mente vazia, sem preocupações, sem televi-são, sem telefone. Deve ser Deus e nós”.

A leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada da ora-ção, na intimidade entre Deus e o homem. Assim nos diz San-to Ambrósio: “Com Ele falamos quando rezamos; a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos”.

Pe. Henri Caffarel, quando de sua primeira visita ao Brasil, em 1957, na palestra “A Ecclesia” nos disse: “Não haverá assembleia cristã senão quando escutarem o Cristo presente. Amem-se para unir-se, e unam-se para ouvi-Lo. Daí a necessidade, nas nossas reuniões de equipe, de dar lugar à palavra de Deus.”

Pe. Caffarel continua a nos ensinar na palestra “A Eccleisa” sobre a nossa intimidade com a Palavra de Deus: “Deus fala e é normal que comecemos a escutá-Lo. Não sejamos como tantos cristãos que, desde o primeiro momento em que se apresentam diante de Deus, logo se põem a falar-Lhe. Escutemos em primeiro lugar Deus que fala, e, em seguida, respondamos-Lhe. A resposta do homem à Palavra de Deus é a sua fé. Esta fé terá sua expressão na oração de equipe.”

“A ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo” - São Jerônimo.

Edyr e JoãoEq.10 - N. S. de Lourdes

Rio de Janeiro-RJ

ESCuTAR E VIVER A PALAVRA DE DEuS

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Rio de janeiro celebrou em 09/05, missa de Ação de Graças pelos 65 anos do Movimento das Equipes no Brasil. (Emília e Luiz - Eq.03 - N. S. da Alegria - Rio de Janeiro-RJ)

Fortaleza também comemorou em dois momentos os 65 anos das ENS com Missa no dia 14/07 e no dia seguinte, sessão solene na Assembléia Legislativa. (Evanúzia e Cesário - Eq.11- N. S.Piedade - Sobral-CE)

Odette e EdilbertoEm 02/07/2015Eq.02C - N. S. AuxiliadoraRibeirão Preto-SP

ANIVERSÁRIO dAS ENS NO bRASIL

ENS EMITAbUNA-bA

EQ. N. S. dAS FAMíLIAS ARAçATUbA-SP

bOdAS dE dIAMANTE

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50 ANOS Tudo começou em novembro de 1964, com a pilotagem do casal Maria-zinha e Duilio D’Angelo, que convidou um grupo de casais para conhe-cerem o que era uma Equipe de casais de Nossa Senhora.Que Nossa Senhora das Famílias, nossa protetora, continue nos abenço-ando, derramando graças, para continuarmos em movimento neste Movi-mento. (Irene e João - Eq.01 - N. S. das Famílias - Araçatuba-SP)

15 ANOS Alguns casais ungidos pelo Espírito Santo, em setembro de 2000, funda-ram as Equipes em Itabuna, que comemora o seu 15o aniversário. Que o carisma da Espiritualidade Conjugal continue a conduzir os casais à santidade do Matrimônio (Clara e Tavares - Eq. N. S. da Rosa Mística - Itabuna-BA)

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bOdAS dE OURO

bOdAS dE PRATA

jUbILEU dE OURO SACERdOTAL

denise e AntônioEm 15/06/2015

Eq.14 - N. S. Mãe da MisericórdiaAracaju-SE

dirce e MourãoEm 15/05/2015Eq.03A - N. Sra. da GlóriaBelém-PA

Valéria e AlípioEm 20/01/2015Eq.06 - N. S. da PazSão Gonçalo-RJ

Fernanda e VirgínioEm 05/05/2015Eq.02 - N. S. RainhaItumbiara-GO

No dia 03/04/2015, o Pe. joão bosco dubot a.a. completou 50 anos de vida sacerdotal. Ele é SCE das Equipes N. S. das Famí-lias, N. S. da Assunção e N. S. Mãe da Divina Providência do Rio de Janeiro-RJ.

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C e r i m ô n i a r e a l i z a d a n o d i a 29.05.2015, foi ordenado presbíte-ro o diácono jefferson Antonio da Silva Monzani. Pe. Jefferson é o con-selheiro espiritual da Eq.04 – N. S. da Alegria e da Eq.15 – N. S. do Bom Par-to, do Setor de Araçatuba. (Lia Maura e Wilson - C R Região - SP Oeste II)

Em Araçatuba-SP foi ordenado o Diácono Eurico gimenez de Ara-gão, assumindo, no início des-te ano, seus trabalhos pastorais na Paróquia N. S. Auxiliadora, em Valparaíso, passando a ser o AET da Eq.02 – N. S. Auxiliadora da Fe-licidade e da Eq.10 - N. S. de Gua-dalupe daquele Setor da Região São Paulo Oeste II.

No d ia 30 /05 /2015, o SCE - jander da S i lva Santos recebeu o sacramento da ordem, no grau presbiteral. Padre Jander é Conse-lheiro Espiritual da Eq.05 – N. S. Auxiliadora, de Dourados-MS. (Eloíza e Marcelo - CR Setor B - Dourados-MS)

Viemos todos de Ti, ó Pai. Sabemos que esses irmãosapenas regressaram ao ponto de onde provieram:

a Tua essência, o Teu amor.

ORdENAçÃO PRESbITERAL

ORdENAçÃO dIACONAL

dE VOLTA AO PAI

Maurício (da Neném)Em 27/05/2015

Integrava a Eq.05C N. S. da Saúde

Natal-RN

Cleber (da Regina)Em 10/06/2015

Integrava a Eq.03EN. S. da Imaculada Conceição

Rio de Janeiro-RJ

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MEdITANdo EM EquIPEÀ ESCUTA dO SENhOR

Neste mês de setembro, somos convidados a dar uma atenção especial à Bíblia que, para nós, é Palavra de Deus em palavras humanas. Unidos na comunidade dos discípulos de Jesus, ali vamos buscar aprofundamento de nossa vida de filhos de Deus. Para isso procuramos ajudas que nos possibilitem uma leitura enriquecedora desses textos escritos há tantos séculos. Poderemos assim escutar a Palavra de Deus, e não apenas nossas próprias ideias.Paulo escreveu a seu discípulo Timóteo:“Tu, permanece firme naquilo que aprendeste e creste. Sabes de quem aprendeste. Desde a infância conheces as Sagradas Escrituras e sabes que elas podem proporcionar-te a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo.Toda a Escritura é inspirada por Deus, e é útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.” (2Tm 3,14-17)

Reflexão– Que foi que acabei de ler?– Que proposta eu tiro para minha vida?Oração– Renovo digo a Deus que creio, espero, amo.– Agradeço, louvo, peço a ajuda necessária para escutar sempre sua palavra.

Oração Litúrgica (do Salmo 118)1. Felizes aqueles cuja vida é pura,/ e seguem a lei do Senhor.Felizes os que guardam com esmero seus preceitos/ e o procuram de todo o coração;e os que não praticam o mal,/ mas andam em seus caminhos.

Impusestes vossos preceitos,/ para serem observados fielmente;oxalá se firmem os meus passos/ na observância de vossas leis.

10. De todo o coração eu vos procuro;/ não permitais que me aparte de vossos mandamentos.Guardo no fundo do meu coração/ a vossa palavra, para não vos ofender.

Sede bendito, Senhor;/ ensinai-me vossas leis.Meus lábios enumeram/ todos os decretos de vossa boca.

Na observância de vossas ordens eu me alegro,/ muito mais do que em todas as riquezas.Sobre os vossos preceitos meditarei,/ e considerarei vossos caminhos.

Hei de deleitar-me em vossas leis;/ jamais esquecerei vossas palavras.Concedei a vosso servo esta graça:/ que eu viva guardando vossas palavras.

Abri meus olhos, para que veja/ as maravilhas de vossa lei.

89. É eterna, Senhor, vossa palavra,/ tão estável como o céu.

Vossa verdade dura de geração em geração,/ tão estável como a terra que criastes.

Tudo subsiste pelos vossos decretos,/ porque o universo vos é sujeito.Se em vossa lei não tivesse encontrado minhas delícias,/ já teria perecido em minha aflição.

Jamais esquecerei vossos preceitos,/ porque por eles é que me dais a vida.Sou vosso, salvai-me,/ porquanto busco vossos preceitos. (...)

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssrSCE Carta Mensal

Page 52: ENS - Carta Mensal 492 - Setembro 2015

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