28
Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Bruna Valle França

R2 Medicina Esportiva

Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Page 2: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Osteoartrite (AO), também denominada osteoartrose ou simplesmente artrose, é uma doença degenerativa crônica caracterizada pela perda progressiva e irreversível da cartilagem articular.

16% das pessoas com mais de 55 anos.

A idade avançada é o principal fator de risco.

Outros: história familiar, sexo feminino, fatores hormonais (pós-menopausa), obesidade, fatores ocupacionais, trauma articular, lesão articular prévia por trauma ou alteração biomecânica.

Page 3: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

O principal sintoma da OA é a dor articular.

No início, a dor é intermitente, protocinética, e a rigidez matinal é de curta duração, em geral até 15 minutos .

Com o progredir da doença, a dor se torna crônica e pode aparecer inclusive durante o repouso.

Page 4: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima
Page 5: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Dor à palpação, crepitação aos movimentos e alargamento ósseo na região da articulação, correspondente à formação de osteófitos.

Em alguns pacientes podem ser encontrados sinais inflamatórios discretos, derrame

articular e comprometimento músculo-tendíneo.

Em casos mais grave: limitação na amplitude de movimento, podendo chegar até à anquilose.

Page 6: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Dor articular insidiosa em indivíduos acima de 50 anos, mais frequentemente em joelhos, quadris, coluna e mãos.

Rx: redução do espaço articular, esclerose óssea subcondral e osteófitos (que indicam remodelação óssea).

Nos casos mais graves: cistos e erosões.

Page 7: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

OA de joelhos: Dor articular + 3 dos seguintes: >50 anos, <30 minutos de rigidez matinal, crepitação, alargamento ósseo, sensibilidade à compressão óssea e/ou ausência de calor à palpação.

OA de quadris: Dor articular + 2 dos seguintes: VHS <20 mm/h, osteófitos femorais ou acetabulares à radiografia e/ou redução do espaço articular à radiografia (superior, axial e/ou medial).

Page 8: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Objetivo: controlar a dor e restaurar o status funcional.

Atingido com o uso de analgésicos comuns e opiáceos.

Se atividade inflamatória articular, é recomendável o uso, em curtos ciclos, de AINE.

Se contraturas musculares associadas: relaxantes musculares.

Considerar ainda a infiltração intra-articular com corticosteroides ou ácido hialurônico.

Ainda há controvérsia sobre o possível benefício do uso de drogas modificadoras da doença.

Page 9: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

O uso de medidas não-farmacológicas é, na realidade, a base do tratamento da OA.

Orientação ao paciente sobre a sua doença;Controle do peso corporal;Modalidades fisioterápicas analgésicas eUso de órteses.

A medida não-farmacológica mais importante consiste na recuperação da função articular e, nesse sentindo, o exercício físico tem sido uma importante ferramenta.

Page 10: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Pacientes com OA têm um risco cardiovascular maior do que a população da mesma faixa etária.

Além dos fatores de risco comuns, a limitação articular leva a consequente inatividade física, sendo um fator de risco adicional.

O uso de drogas anti-inflamatórias, pode apresentar efeito protrombótico e prohipertensivo, bem como piora da função renal, aumentando os fatores de risco cardiovasculares.

Page 11: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Sarcopenia: perda de massa e função muscular.

Embora de causa multifatorial, um importante fator que contribui para o desenvolvimento e a manutenção da sarcopenia é a perda da mobilidade principalmente em membros inferiores.

A sarcopenia gera mais inatividade física, contribuindo com a piora da OA, estabelecendo um círculo vicioso.

Além disso, os pacientes com sarcopenia tendem a apresentar maior incidência de quedas, a serem mais dependentes, mais institucionalizados e sofrerem mais internações hospitalares que os idosos não-sarcopênicos

Page 12: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Até o presente momento, não há tratamento curativo para a OA.

Foco terapêutico: controlar os sintomascontrolar os sintomas, manter a independência funcional, melhorar a qualidade de vida e diminuir a progressão dos danos estruturais, na tentativa de atrasar ou mesmo evitar a artroplastia total das articulações.

Uma revisão sistemática recente apontou que 100% das recomendações terapêuticas baseadas em evidência e opiniões de especialistas apontam o exercício como tratamento de primeira linha para OA com grau máximo de evidência (Ia).

Page 13: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Esta revisão sistemática apontou que 100% das recomendações terapêuticas baseadas em evidência e opiniões de especialistas apontam o exercício como tratamento de primeira linha para OA com grau máximo de evidência (Ia).

Page 14: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima
Page 15: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima
Page 16: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

O desenvolvimento e a progressão da OA são multifatoriais.

Fraqueza do quadríceps femoral tem sido apontada como um dos fatores principais na predisposição da OA de joelho (diminuição do espaço intra-articular total e tibiofemoral) em mulheres.

MODIFICÁVEL!!!

Page 17: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Estudos apontam a prática esportiva em nível competitivo como fator de risco predisponente à OA (intensidade e tempo de exposição).

Submetem as articulações a posições biomecanicamente inadequadas;

Trauma de contato (contusões) ou indiretos (entorses).

Aumentam a demanda e o desgaste das articulações.

Page 18: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

A fraqueza muscular do quadríceps foi associada não somente com a predisposição com a progressão de OA de joelho pré-existente.

EF pode ser comparado a uso de anti-inflamatório e infiltração intra-articular de hialuronato (sem efeito adverso).

OA joelho em idosos: tanto grupo de força quanto sem sobrecarga têm redução de força, mas o treinamento de força perde com menor velocidade, assim como espaço intra-articular e progressão da OA.

Page 19: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

 Um benefício significativo foi encontrado na força dos extensores, função e redução da dor das extremidades inferiores.

Idosos com OA se beneficiam de um programa de treinamento de força que forneça uma sobrecarga progressiva para manter a intensidade durante um programa de exercício.

Page 20: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Excesso de peso = sobrecarga de articulações.

O exercício físico comprovadamente melhora dor, função e qualidade de vida.

Pode corrigir fraqueza muscular, baixas amplitude de movimento e déficits de propriocepção e equilíbrio, e descondicionamento cardiovascular.

Somam-se a isso ganhos secundários como diminuição do risco de quedas, perda de peso corporal, correção de anormalidades metabólicas e melhoras cognitivas.

Page 21: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Melhora funcional mais marcante na caminhada, comparada à bicicleta.

Melhora da dor, função e qualidade de vida com treino de força.

ACSM: sobrecarga mecânica imposta ao músculo para promover aumento da força e massa musculares deve situar-se entre 70-85% do RM.

Qualquer intensidade tem melhora, mas estas são mais evidentes nas maiores intensidades.

Page 22: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Exercícios dinâmicos (mais fisiológicos) são preferíveis aos estáticos (benefícios restritos à angulação).

Estresse patelofemoral: sobrecarga aumentando degeneração do tecido cartilaginoso.

Nos exercícios de cadeia cinética fechada, a compressão patelofemoral é maior em angulações aumentadas de flexão do joelho.

Nos de cadeia cinética aberta a compressão patelofemoral é maior do meio para o final (extensão total) da fase de extensão dos joelhos.

Page 23: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Embora o EF seja associada ao aumento radiológico de osteófitos, não houve relação com a diminuição do espaço articular.

Existem algumas evidências de que se tenha aumento do volume cartilaginoso pela RNM, e fortes evidências de que exista uma relação inversa entre EF e defeitos na cartilagem.

Uma vez que a melhora da qualidade da cartilagem é importante na prevenção da OA, EF é mais benéfico que prejudicial para a saúde articular.

Page 24: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Exercícios aquáticos têm eficácia inferior aos não aquáticos.

Útil em pacientes obesos ou com doença muito grave, como forma de preparação para o treinamento não aquático.

Tai Chi Chuan: melhora dor, a função, o equilíbrio, a flexibilidade e a capacidade aeróbia.

Poucos estudos sobre diferentes tipos de modalidades.

Orientar sobre a OA: importância do programa (eficácia e aderência).

Se dor, interromper até reavaliação.

Page 25: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

A imobilização tem efeito degenerativo sobre a articulação, com diminuição da espessura da cartilagem e da concentração de proteoglicanos.

Evitar repouso mesmo se quadro grave e dor persistente, sendo admitido apenas nos casos de piora aguda dos sintomas e, ainda assim, em curto intervalo de tempo.

Outras estratégias: treinamento personalizado, monitoramento da aderência ao treinamento por meio de contato telefônico, e auto-monitoramento por meio de planilhas de treino.

Page 26: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Enfoque no treino de força pro quadríceps femoral.

Evitar grandes amplitudes: flexão em cadeia cinética fechada e extensão na aberta.

Pacientes graves podem precisar de outras estratégias: oclusão vascular, plataformas vibratórias, hidroginástica e eletroestimulação.

Aeróbios: emagrecimento, restabelecer função, melhora deambulação. Evitar sobrecarga (< volume).

Flexibilidade: associação entre ADM e OA.

Page 27: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

EF: benefício comprovado; primeira escolha.Não estabelecidos: frequência, duração,

intensidade e modalidade.Avaliação: alto custo ou baixa sensibilidade

clínica!EF: barato, pouquíssimos efeitos adversos e

fácil implementação.

Page 28: Bruna Valle França R2 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Livro: Efeitos Terapêuticos do Exercício Físico nas Doenças Reumáticas; Capítulo 9. Exercício Físico e Osteoartrite.