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7/22/2019 Bte30_2011_ Contrato Colectivo de Trabalho_ AEEP http://slidepdf.com/reader/full/bte302011-contrato-colectivo-de-trabalho-aeep 1/284 ÍNDICE Propriedade Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social Edição Gabinete de Estratégia e Planeamento Centro de Informação e Documentação Conselho Económico e Social Regulamentação do trabalho 3074 Organizações do trabalho 3321 Informação sobre trabalho e emprego N. Vol. Pág. 2011 30  78 3071-3354 15 Ago Conselho Económico e Social: Arbitragem para definição de serviços mínimos: Regulamentação do trabalho: Despachos/portarias: Portarias de condições de trabalho: Portarias de extensão: Convenções colectivas: — Contrato colectivo entre a Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre e o SETAA — Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas — Revisão global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3074 — Contrato colectivo entre a ANIL — Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios e outra e a FESETE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal e outra — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3102 — Contrato colectivo entre a ANIL — Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios e outra e o SINDEQ — Sindicato Democrático da Energia, Química, Têxtil e Indústrias Diversas e outro — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3105 — Contrato colectivo entre a ANIVEC/APIV — Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção e a FESETE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3106 — Contrato colectivo entre a AEEP — Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo e a FEN- PROF — Federação Nacional dos Professores e outros — Alteração salarial e outras e texto consolidado . . . . . . . . . . . . . . 3108 — Contrato colectivo entre a AEEP — Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo e a FNE — Fe- deração Nacional de Educação e outros — Alteração salarial e outras e texto consolidado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3165 — Contrato colectivo entre a AEEP — Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo e o SPLIU — Sin- dicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades — Alteração salarial e outras e texto conso- lidado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3223 — Acordo de empresa entre a GESTIPONTE — Operação e Manutenção das Travessias do Tejo, S. A., e o SETACCOP — Sin- dicato da Construção, Obras Públicas e Serviços Afins — Revisão global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3280 — Acordo de empresa entre a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós e o Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3299 — Contrato colectivo entre a CNIS — Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade e a FNSFP — Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública — Deliberação da comissão paritária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3319 — Contrato colectivo entre a CNIS — Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade e a FNSFP — Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (revisão global) — Constituição da comissão paritária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3320

Bte30_2011_ Contrato Colectivo de Trabalho_ AEEP

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  • 7/22/2019 Bte30_2011_ Contrato Colectivo de Trabalho_ AEEP

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    NDICE

    PropriedadeMinistrio do Trabalho

    e da SolidariedadeSocial

    EdioGabinete de Estratgiae Planeamento

    Centro de Informaoe Documentao

    Conselho Econmico e Social

    Regulamentao do trabalho 3074

    Organizaes do trabalho 3321

    Informao sobre trabalho e emprego

    N.o Vol. Pg. 2011

    30 78 3071-3354 15 Ago

    Conselho Econmico e Social:

    Arbitragem para definio de servios mnimos:

    Regulamentao do trabalho:

    Despachos/portarias:

    Portarias de condies de trabalho:

    Portarias de extenso:

    Convenes colectivas:

    Contrato colectivo entre a Associao de Agricultores do Distrito de Portalegre e o SETAA Sindicato da Agricultura,Alimentao e Florestas Reviso global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3074

    Contrato colectivo entre a ANIL Associao Nacional dos Industriais de Lanifcios e outra e a FESETE Federaodos Sindicatos dos Trabalhadores Txteis, Lanifcios, Vesturio, Calado e Peles de Portugal e outra Alterao salarial eoutras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3102

    Contrato colectivo entre a ANIL Associao Nacional dos Industriais de Lanifcios e outra e o SINDEQ SindicatoDemocrtico da Energia, Qumica, Txtil e Indstrias Diversas e outro Alterao salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3105

    Contrato colectivo entre a ANIVEC/APIV Associao Nacional das Indstrias de Vesturio e Confeco e a FESETE Federao dos Sindicatos dos Trabalhadores Txteis, Lanifcios, Vesturio, Calado e Peles de Portugal Alterao salariale outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3106

    Contrato colectivo entre a AEEP Associao dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo e a FEN-PROF Federao Nacional dos Professores e outros Alterao salarial e outras e texto consolidado . . . . . . . . . . . . . . 3108

    Contrato colectivo entre a AEEP Associao dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo e a FNE Fe-derao Nacional de Educao e outros Alterao salarial e outras e texto consolidado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3165

    Contrato colectivo entre a AEEP Associao dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo e o SPLIU Sin-dicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politcnicos e Universidades Alterao salarial e outras e texto conso-lidado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3223

    Acordo de empresa entre a GESTIPONTE Operao e Manuteno das Travessias do Tejo, S. A., e o SETACCOP Sin-dicato da Construo, Obras Pblicas e Servios Afins Reviso global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3280

    Acordo de empresa entre a Associao Humanitria dos Bombeiros Voluntrios de Porto de Ms e o Sindicato Nacionaldos Bombeiros Profissionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3299

    Contrato colectivo entre a CNIS Confederao Nacional das Instituies de Solidariedade e a FNSFP FederaoNacional dos Sindicatos da Funo Pblica Deliberao da comisso paritria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3319

    Contrato colectivo entre a CNIS Confederao Nacional das Instituies de Solidariedade e a FNSFP FederaoNacional dos Sindicatos da Funo Pblica (reviso global) Constituio da comisso paritria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3320

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 30, 15/8/2011

    Decises arbitrais:

    Avisos de cessao da vigncia de convenes colectivas:

    Acordos de revogao de convenes colectivas:

    Jurisprudncia do Supremo Tribunal de Justia:

    Organizaes do trabalho:

    Associaes sindicais:

    I Estatutos:

    Sindicato dos Enfermeiros Portugueses Alterao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3321 ASPTOH Associao Scio-Profissional dos Tcnicos e Operadores de Handling Cancelamento . . . . . . . . . . . . . . . 3335

    SINDECOR Sindicato Democrtico da Indstria Corticeira Cancelamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3335

    II Direco:

    Associaes de empregadores:

    I Estatutos:

    Associao Portuguesa da Indstria Farmacutica APIFARMA Alterao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3335

    Associao dos Comerciantes de Artigos Funerrios e Religiosos do Distrito de Lisboa Cancelamento . . . . . . . . . . . . . 3336

    Associao Nacional das Actividades de Ortoprtese Cancelamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3336

    II Direco:

    APEB Associao Portuguesa das Empresas de Beto Pronto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3336

    ACIS Associao Empresarial de Torres Novas, Entroncamento, Alcanena e Goleg . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3337

    Associao Portuguesa da Indstria Farmacutica APIFARMA Substituio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3337

    ANL Associao Nacional dos Laboratoriais Clnicos Substituio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3337

    ANPME Associao Nacional das Pequenas e Mdias Empresas Substituio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3337

    Comisses de trabalhadores:

    I Estatutos:

    GRANDUPLA Fbrica de Plsticos, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3337

    CP Carga Logstica e Transportes Ferrovirios de Mercadorias, S. A. Alterao. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3346

    II Eleies:

    Manuteno Militar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3347

    GRANDUPLA Fbrica de Plsticos, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3347

    Representantes dos trabalhadores para a segurana e sade no trabalho:

    I Convocatrias:

    FRISSUL Entreposto Frigorfico, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3347

    Cmara Municipal de Cascais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3348

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 30, 15/8/2011

    Parmalat Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3348

    guas do Noroeste, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3348

    II Eleio de representantes:

    Cmara Municipal da Moita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3348

    SMEAS da Maia Servios Municipalizados de Electricidade, guas e Saneamento da Maia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3349 Fernandes & Terceiro, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3349

    Cmara Municipal de Matosinhos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3349

    guas do Marco, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3350

    guas do Porto, E. M. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3350

    guas de Gondomar, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3350

    Cmara Municipal de Penafiel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3350

    Cmara Municipal de Gondomar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3351

    Cmara Municipal de Vila Nova de Gaia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3351

    Cmara Municipal de Vila do Conde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3352

    guas de Paredes, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3352

    Cmara Municipal de Amarante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3352

    Cmara Municipal do Marco de Canaveses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3352

    Cmara Municipal de Valongo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3353

    Irmos Monteiro, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3353

    SIGLAS

    CCT Contrato colectivo de trabalho.ACT Acordo colectivo de trabalho.RCM Regulamentos de condies mnimas.RE Regulamentos de extenso.CT Comisso tcnica.DA Deciso arbitral.AE Acordo de empresa.

    Execuo grfica: IMPRENSA NACIONAL-CASADA MOEDA, S. A. Depsito legal n. 8820/85.

    Nota. A data de edio transita para o 1. dia til seguinte quando coincida com Sbados, Domingos e Feriados

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 30, 15/8/2011

    CONSELHO ECONMICO E SOCIAL

    ARBITRAGEM PARA DEFINIO DE SERVIOS MNIMOS

    REGULAMENTAO DO TRABALHO

    DESPACHOS/PORTARIAS

    PORTARIAS DE CONDIES DE TRABALHO

    PORTARIAS DE EXTENSO

    CONVENES COLECTIVAS

    Contrato colectivo entre a Associao deAgricultores do Distrito de Portalegre e oSETAA Sindicato da Agricultura, Alimenta-o e Florestas Reviso global.

    Clusula prvia

    mbito da reviso

    A presente reviso altera a convenes publicadas noBoletim do Trabalho e Emprego, n. 24, de 29 de Junhode 2010.

    CAPTULO I

    rea, mbito, vigncia, denncia e reviso

    Clusula 1.

    rea

    O presente CCT aplica-se ao distrito de Portalegre.

    Clusula 2.

    mbito

    1 O presente contrato obriga, por um lado, todos osempresrios e produtores por conta prpria que na rea

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 30, 15/8/2011

    definida na clusula 1. se dediquem actividade agrcolae pecuria, silvo-pastorcia e explorao florestal, assimcomo outros servios relacionados com a agricultura, bemcomo as unidades produtivas que tenham por objecto aexplorao naqueles sectores, mesmo sem fins lucrativos,desde que representadas pela associao patronal signa-

    tria, e, por outro, todos os trabalhadores cujas categoriasprofissionais estejam previstas neste contrato, prestem asua actividade nestes sectores e sejam representados pelaa associao sindical signatria SETAA Sindicatoda Agricultura, Alimentao e Florestas.

    2 O nmero de empresas e trabalhadores que seroabrangidas pelo presente contrato colectivo de trabalho de 3000 e de 4000, respectivamente.

    Clusula 3.

    Vigncia

    1 O presente CCT entra em vigor cinco dias aps adata da publicao noBoletim do Trabalho e Emprego e

    ter a durao de 24 meses, com excepo do previsto nonmero seguinte.2 As tabelas e remuneraes mnimas e as clusulas

    com expresso pecuniria vigoraro por um perodo de12 meses aps a data da entrega para depsito, podendoser revistas anualmente.

    3 As tabelas salariais e as clusulas com expressopecuniria produzem efeitos a partir de 1 de Janeiro de2011.

    Clusula 4.Denncia

    1 O presente contrato de trabalho no pode ser de-

    nunciado antes de decorridos 10 meses aps a data da suaentrega para depsito, em relao s tabelas de remune-raes mnimas e clusulas de expresso pecuniria, ou20 meses, tratando-se do restante clausulado.

    2 Terminado o prazo de vigncia do contrato semque as partes o tenham denunciado, a qualquer momentose poder dar incio ao respectivo processo de reviso.

    3 A denncia dever ser acompanhada de propostaescrita das clusulas que se pretenda rever.

    4 A proposta ser tambm por escrito e incluir con-traproposta para todas as matrias que a parte que cor-responde no aceite. Esta dever ser enviada nos 30 diasseguintes recepo da proposta.

    5 As negociaes sobre a reviso do CCT devero

    iniciar-se nos dias posteriores apresentao da contra-proposta e estarem concludas no prazo de 30 dias, pror-rogveis por perodos de 15 dias, por acordo das partes.

    CAPTULO II

    Admisso e carreira profissional

    Clusula 5.Condies gerais de admisso

    1 Sem prejuzo de outras condies mnimas queresultam da lei ou deste CCT (anexo I), entende-se comocondies gerais de admisso de trabalhadores:

    a) Ter idade mnima de 16 anos, os quais atingem oordenado por inteiro aos 18 anos;

    b) Ter aptido fsica e profissional indispensvel aoexerccio das funes a desempenhar. A necessidade dequalquer exame mdico ser sempre a expensas da em-presa.

    2 Aos trabalhadores contratados a prazo aplicar-se-o

    as disposies constantes do nmero anterior.

    Clusula 6.

    Modalidades do contrato

    1 Os trabalhadores abrangidos pelo presente CCTpodem ser contratados com o carcter permanente, even-tual, sazonal ou a prazo.

    2 Consideram-se permanentes os trabalhadores admi-tidos para exercerem funes com carcter de continuidadee por tempo indeterminado.

    3 Os trabalhadores contratados como eventuais ousazonais passaro a permanentes logo que completem oito

    meses de trabalho consecutivo ou 230 dias descontnuospor ano na mesma empresa agrcola ou entidade patronal,salvo se contratados a prazo nos termos da lei em vigor,devendo neste caso o contrato assumir a forma escrita.

    Clusula 7.

    Perodo experimental

    1 A admisso de trabalhadores poder ser feita attulo experimental por um perodo de 15 dias, salvo paraos trabalhadores especializados, que ser de 30 dias. Paraquadros e chefias poder tal prazo ser alargado at seismeses: neste caso s mediante prvio acordo escrito.

    2 Durante o perodo experimental qualquer das partespoder fazer cessar o contrato de trabalho, independen-temente da invocao dos motivos ou do pagamento dequalquer indemnizao ou compensao.

    3 Findo o perodo de experincia, ou, antes, se aempresa o manifestar por escrito a admisso torna-se de-finitiva, contando-se a antiguidade do trabalhador desdea data de admisso a ttulo experimental.

    4 Entende-se que a empresa renuncia ao perodo ex-perimental sempre que admitida ao servio um trabalhadora quem tenha oferecido melhores condies de trabalho doque aquelas que tinha na empresa onde prestava servioanteriormente e com a qual tenha rescindido o seu contratoem virtude daquela proposta.

    Clusula 8.

    Admisso para efeitos de substituio

    1 A admisso de qualquer trabalhador para efeitosde substituio temporria entende-se feita sempre a ttulo

    provisrio, mas somente no perodo de ausncia do subme-tido e desde que esta circunstncia conste de documentoescrito.

    2 A entidade patronal dever dar ao substituto noacto de admisso conhecimento expresso por escrito deque pode ser despedido com aviso prvio de oito dias logoque o titular se apresente a reocupar o seu lugar.

    3 No caso de o trabalhador admitido nessas con-dies continuar ao servio para alm de 15 dias aps oregresso daquele que substituiu ou no lhe seja dado o aviso

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    prvio, dever a admisso considerar-se definitiva, paratodos os efeitos, a contar da data da admisso provisria.

    4 A categoria ou escalo profissional e a retribuiodo trabalhador substituto no podero ser inferiores cate-goria ou escalo profissional do substitudo, no podendo,contudo, ser exigidas pelo substituto regalias ou direitos

    pessoais do substitudo.5 Se durante a vigncia dos contratos os trabalhado-res admitidos provisoriamente se verificarem vagas nasrespectivas categorias, ser-lhe- dada preferncia, salvo oscasos em que no lhes seja reconhecida competncia pro-fissional, devidamente justificada ao trabalhador, ouvidoo delegado sindical ou representante do Sindicato.

    Clusula 9.

    Categorias profissionais

    1 Os trabalhadores abrangidos por este CCT seroclassificados de harmonia com as funes do anexo II e emconformidade com as categorias constantes dos anexos IIIe IV.

    2 Sempre que perante a disperso de funes de umtrabalhador existam dvidas sobre a categoria a atribuir--lhe, optar-se- por aquela a que corresponda a retribuiomais elevada.

    3 As partes signatrias deste CCT comprometem-sea realizar conjuntamente, atravs da comisso partidria, oestudo adequado a uma anlise e qualificao das funeseventualmente no contempladas neste CCT, de forma aintegr-las no mesmo.

    Clusula 10.

    Quadros de pessoal1 A entidade patronal obriga-se a organizar e a reme-

    ter ao Sindicato, dentro de 60 dias aps a entrada em vigordeste CCT e no prazo legal de cada ano, cpia completado quadro de pessoal enviado DGERT, da Secretaria deEstado do Emprego.

    2 A entidade patronal afixar, em lugar visvel, oquadro que lhe for devolvido pela DGERT, da Secretariade Estado do Emprego, com o visto de entrada no referidoministrio.

    Clusula 11.

    Promoes e acesso

    1 Constitui promoo ou acesso a passagem de umprofissional a uma escala superior ou mudana para outronvel de retribuio mais elevado.

    2 No constitui promoo o exerccio de funesrespeitantes a trabalhos com caractersticas sazonais, aque correspondam funes mais qualificadas, devendo ostrabalhadores regressar categoria em que se encontravamclassificados aps o termo dos trabalhos.

    3 Durante o exerccio das funes sazonais referidasno nmero anterior no alterada a classificao profissio-nal dos trabalhadores, mas estes auferiro da retribuiocorrespondente a essas funes se esta for mais elevada.

    4 Para o exerccio das funes sazonais e temporrias

    a que se refere o n. 2 desta clusula e correspondente aum nvel de retribuio mais elevado deve ser dada pre-ferncia aos trabalhadores com categoria profissional de

    trabalhador agrcola, desde que tenham capacidade parao seu desempenho.

    5 Os trabalhadores efectivos da empresa tem prefe-rncia absoluta sobre os trabalhadores estranhos empresaagrcola para a realizao de todos os trabalhos que nelaseja necessrio efectuar.

    CAPTULO III

    Direitos, deveres e garantias das partes

    Clusula 12.

    Deveres das entidades patronais

    So deveres da entidade patronal:

    a) Cumprir este CCT e a legislao em geral;b) Passar certificados ao trabalhador contendo todas

    as referncias por este expressamente solicitadas e queconstem do seu processo individual;

    c) Cumprir as leis e direitos inerentes s funes sin-dicais;

    d) Exigir a cada trabalhador apenas o trabalho compa-tvel com a respectiva categoria e possibilidades fsicas;

    e) Fornecer aos trabalhadores equipamento adequado preparao, manuseamento e aplicao de produtos txicose equiparados;

    f) Facilitar aos trabalhadores que solicitem a frequnciade cursos de formao ou aperfeioamento profissional;

    g) Facilitar todo o tempo necessrio aos trabalhadoresque desempenhem servios como bombeiros voluntrios,em caso de emergncia;

    h) No exigir do trabalhador a execuo de actos ilcitos

    ou que violem normas de segurana;i) Prestar associao sindical outorgante todas as in-formaes e esclarecimentos que esta solicite quanto aocumprimento deste CCT;

    j) Facultar ao trabalhador a consulta do seu processoindividual sempre que este o solicite;

    l) Fornecer todas as ferramentas e aparelhos necessrios boa execuo dos diversos servios de cada profisso;

    m) Proporcionar os livretes de horrio de trabalho aostrabalhadores rodovirios, indicando os dias de descansosemanal;

    n) Assinar, na semana imediata posterior quela a quedisserem respeito, os relatrios semanais dos livretes dehorrio de trabalho para trabalhadores rodovirios, sobpena de se presumir efectuado o trabalho extraordinrioneles registado;

    o) Sempre haja condies e possibilidades materiais, pr disposio dos trabalhadores da empresa, para reuniesgerais de trabalhadores desta, que visem os seus interesseslaborais.

    Clusula 13.

    Deveres dos trabalhadores

    Deveres do trabalhador:

    a) Cumprir o CCT e a legislao de trabalho em geral;b) Comparecer ao servio com pontualidade e assidui-

    dade;c) Executar, de harmonia com a sua categoria profis-sional, as funes que lhes forem confiadas;

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    d) Acompanhar com interesse a aprendizagem daquelesque ingressem na profisso;

    e) Proceder com correco nas relaes com a entidadepatronal ou seu representante e outros trabalhadores;

    f) Guardar segredo profissional sobre todos os assuntosda empresa que no estejam autorizados a revelar, sem

    prejuzo de direito consignado na lei em vigor;g) Cumprir e zelar pelo cumprimento das normas dehigiene e segurana;

    h) Colaborar nas resolues dos problemas que interes-sam ao desenvolvimento do sector agrcola, elevao dosnveis de produtividade individual e global e melhoriadas condies de trabalho;

    i) Zelar pelo bom estado de conservao dos instru-mentos de trabalho, material, mquinas e equipamentoque lhes estiverem confiados, sendo pelos danos causadosresponsveis, desde que haja negligncia, incria ou mf devidamente demonstrada;

    j) Cumprir todas as outras e demais obrigaes emer-gentes do contrato de trabalho.

    Clusula 14.

    Garantias dos trabalhadores

    proibido entidade patronal:

    a) Despedir o trabalhador sem justa causa;b) Opor-se por qualquer forma a que o trabalhador

    exera os seus direitos, bem como aplicar-lhes as sanespor causa desse exerccio;

    c) Exercer presso sobre o trabalhador para que actueno sentido de influir desfavoravelmente nas condies detrabalho dele e ou dos seus companheiros;

    d) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou utilizarservios fornecidos pela entidade patronal ou pessoa porela indicada;

    e) Transferir o trabalhador para outro local de trabalhofora das condies previstas neste CCT;

    f) Diminuir a retribuio ou baixar a categoria, salvonos casos previstos neste CCT ou na lei geral, ou havendomudana na categoria profissional e com o acordo escritodo trabalhador, do qual ser dado conhecimento aos ser-vios regionais da DGERT, da Secretaria de Estado doEmprego;

    g) Efectuar na remunerao do trabalhador qualquerdesconto que no seja imposto pela lei ou no tenha auto-rizao do interessado;

    h) Ofender a honra e dignidade dos trabalhadores;i) Despedir e readmitir trabalhadores, mesmo com o seu

    acordo, havendo o propsito de os prejudicar em direitose garantias.

    Clusula 15.

    Prestao pelo trabalhador de servios no compreendidosno objecto do contrato

    1 O trabalhador deve, em princpio, exercer umaactividade correspondente categoria para que foi con-tratado.

    2 Salvo estipulao em contrrio, a entidade patronalpode, quando o interesse da empresa o exija, encarregar

    temporariamente o trabalhador de servios no compreen-didos no objectivo do contrato, desde que tal mudana noimplique diminuio da retribuio.

    3 Quando aos servios temporariamente desempe-nhados, nos termos do nmero anterior, corresponder umtratamento mais favorvel, o trabalhador ter direito aesse tratamento.

    Clusula 16.

    Direito greve

    assegurado aos trabalhadores o direito greve nostermos legais.

    Clusula 17.

    Quotizao sindical

    A empresa ou entidade patronal dever enviar mensal-mente associao sindical outorgante as quantias prove-nientes da quotizao sindical dos trabalhadores que porescrito tenham autorizado o respectivo desconto.

    Clusula 18.

    Direitos das comisses de trabalhadores

    Os direitos das comisses de trabalhadores so os cons-tantes da legislao em vigor.

    CAPTULO IV

    Durao e prestao do trabalho

    Clusula 19.

    Horrio de trabalho Definio e princpios

    1 Compete entidade patronal estabelecer o horriode trabalho do pessoal ao seu servio, de acordo com o

    nmero seguinte e dentro dos condicionalismos legais.2 Entende-se por horrio a determinao das horasdo incio e do termo do perodo normal de trabalho dirio,bem como dos intervalos de descanso.

    Clusula 20.

    Perodo normal de trabalho

    1 O perodo normal de trabalho semanal, dos traba-lhadores abrangidos por este CCT, no deve ultrapassar40 horas, distribudas de segunda-feira a sexta-feira, semprejuzo de horrios de menor durao j praticados e dasnormas sobre funes de horrio livre.

    2 A durao de trabalho normal no poder exceder

    as oito horas dirias de segunda-feira a sexta-feira.3 Mediante acordo das partes empresa e trabalha-

    dor podero ser observadas quatro horas de trabalho no1. perodo de sbado desde que esse perodo de trabalhono se prolongue para alm das 13 horas. Nesse regime dehorrio, a durao do trabalho nos restantes dias da semanano poder exceder as sete horas dirias de segunda-feiraa sexta-feira, excepo de um dia, que no poder ultra-passar as oito horas.

    4 Poder ainda ser observado trabalho no 2. perodode sbado desde que as condies e necessidades da em-

    presa justifiquem e mediante acordo das partes da empresao justifiquem e mediante acordo das partes empresa e

    trabalhador. Neste caso o trabalhador receber o valor dashoras efectuadas, acrescido das percentagens previstas naclusula 26.

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    5 O disposto nos n.os 3 e 4 desta clusula aplica-se atodos os trabalhadores, independentemente do seu vnculo empresa.

    6 As redues do horrio mximo de trabalho seroobjecto de negociao.

    Clusula 21.Intervalos de descanso

    O perodo de trabalho dirio ser interrompido para umintervalo para a refeio no inferior a uma hora e nemsuperior a duas horas, no podendo os trabalhadores prestarmais de cinco horas seguidas de trabalho.

    Clusula 22.

    Horrio especial de trabalho Funes de horrio livre

    1 Os trabalhadores cujas funes normais de traba-lho o exijam, nomeadamente guardadores e tratadores degado, guardas de propriedade, caseiros e encarregados,prestaro trabalho, sem obrigatoriedade de observnciados limites do perodo normal de trabalho, em regime dehorrio livre.

    2 O regime de horrio livre referido no nmero an-terior ser definido, em termos mdios, com um perodode referncia de quatro meses.

    3 Nos termos do nmero anterior, o perodo normalde trabalho em cada dia poder ser superior em duas horasao limite mximo consagrado no n. 2 da clusula 20.,no podendo ultrapassar no entanto as dez horas por diae sem que a durao mxima do trabalho semanal excedaas quarenta e cinco horas.

    4 Para cumprimento do estabelecido no nmero an-

    terior, em termos mdios anuais, proceder-se- da seguinteforma:

    a) Reduo diria de horrio igual ao alargamento pra-ticado e por igual perodo;

    b) Fixao do perodo ou perodos de ausncia totalou parcial ao trabalho, sem considerar para efeito destacontagem as ausncias previstas nas clusulas 51. e 52.do presente CCT.

    Clusula 23.

    Trabalho extraordinrio Princpios gerais

    1 Considera-se trabalho extraordinrio o prestadofora do perodo normal de trabalho dirio.

    2 As entidades patronais e os trabalhadores compro-metem-se a obedecer ao princpio da eliminao progres-siva do recurso ao trabalho extraordinrio.

    3 Em nenhum caso poder ser utilizado trabalhoextraordinrio como forma de evitar o preenchimento depostos de trabalho.

    4 Salvo se, por motivos atendveis, expressamentefor dispensado, o trabalhador deve prestar trabalho extra-ordinrio nos seguintes casos:

    a) Quando a entidade patronal tenha de fazer face, pormotivos sazonais, a acrscimos de trabalho;

    b) Quando a entidade patronal esteja na iminncia deprejuzos importantes ou se verifiquem casos de foramaior.

    5 No ser considerado trabalho extraordinrio otrabalho prestado para compensar suspenses de actividadede carcter geral ou colectivo acordadas com os trabalha-dores.

    Clusula 24.

    Condies de prestao de trabalho extraordinrio

    1 Os trabalhadores tm direito a recusar a prestaode trabalho extraordinrio com carcter de regularidadefora das condies de obrigatoriedade estabelecidas nesteCCT.

    2 Quando um trabalhador prestar horas extraordin-rias s poder reentrar ao servio decorrido um mnimo dedez horas sobre o termo de prestao do trabalho.

    3 Sempre que o trabalhador tiver de interromper otempo de trabalho extraordinrio para tomar uma refeionormal, esse tempo ser-lhe- pago como normal, at aolimite de trinta minutos.

    4 O registo de trabalho extraordinrio para os moto-ristas de agricultura far-se- no livrete prprio, o qual podeser fornecido pelo Sindicato outorgante deste CCT.

    Clusula 25.

    Limites do trabalho extraordinrio

    O trabalho extraordinrio previsto neste CCT fica su-jeito, por trabalhador, aos seguintes limites:

    a) Duzentas horas de trabalho por ano;b) Duas horas por dia normal de trabalho.

    Clusula 26.

    Remunerao do trabalho extraordinrio

    1 A remunerao do trabalho extraordinrio serigual retribuio da hora normal acrescida de:

    a) Primeira hora em cada dia 50 %;b) Segunda hora em cada dia 75 %;c) Restantes horas em cada dia 100 %.

    2 O valor/hora da retribuio normal, para efeitosde pagamento de trabalho extraordinrio, calculado pelaseguinte formula:

    Retribuio mensal 14 mesesPerodo normal de trabalho semanal 52 semanas

    Clusula 27.Retribuio especial para trabalhadores isentos de horrio

    de trabalho e em regime de horrio livre

    Os trabalhadores isentos ou a isentar do horrio detrabalho, bem como aqueles cujas funes normais silvo--agro-pecurias exijam prestao de trabalho sem obriga-toriedade de observncia dos limites do perodo normal detrabalho, tm direito s seguintes remuneraes:

    a) Para tratadores e guardadores de gado, 35 % da re-tribuio mensal base;

    b) Para os restantes trabalhadores, 20 % da retribuiomensal base;

    c) Estas retribuies mensais integram exclusivamenteos subsdios de frias e de Natal, assim como a remunera-o das respectivas frias;

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    d) O guardador de gado poder, em alternativa remu-nerao mnima especial prevista na alnea a), optar porpolvilhar nas seguintes condies:

    a) Pastagem para 50 ovelhas e 10 borregos e respectivascrias at ao desmame;

    b) Pastagem para cinco vacas e um novilho e respectivascrias at ao desmame;

    c) Pastagem para 50 cabras e 10 chibas e as respectivascrias at ao desmame;

    d) Em caso de afilhador, 7 % das crias das porcas porcada afilhao;

    e) Aos trabalhadores-guardadores de gado que optempor um nmero superior de cabeas de gado s descritasna alnea anterior sero atribudas retribuies inferioress que se encontram no grau 15 do anexo II do presenteCCT, de forma a ser mantida a equidade entre retribuiese valores, devendo para o efeito ser estabelecido acordoentra as partes interessadas.

    Clusula 28.

    Trabalho nocturno

    1 Considera-se nocturno o trabalho prestado entre as20 horas de um dia e as 7 horas do dia imediato.

    2 O prestado em prolongamento de um perodo detrabalho nocturno, desde que este seja igual ou superiora trs horas.

    3 O tempo de trabalho nocturno ser pago com oacrscimo de 30 % sobre a retribuio do trabalho normal,exceptuando o trabalho nocturno que nos termos desteCCT seja tambm considerado trabalho extraordinrio.

    Neste caso o acrscimo sobre a retribuio normal sero resultante da aplicao do somatrio das percentagenscorrespondentes ao trabalho extraordinrio e ao trabalhonocturno.

    Clusula 29.

    Trabalho em dia de descanso semanal, dia feriadoe no dia de descanso complementar

    1 Poder ser prestado trabalho em dia de descansosemanal, em dia feriado ou em dia ou meio-dia de descansocomplementar.

    2 No entanto, este s poder ser prestado em virtudede motivos ponderosos e graves em relao a colheitas ou

    motivos de fora maior.3 A prestao de trabalho em dia de descanso sema-nal confere direito a um dia completo de descanso com-pensatrio, o qual ter lugar num dia da semana seguinteou noutra altura, mediante acordo entre a entidade patronale o trabalhador.

    4 Para alm do descanso compensatrio, a remu-nerao do trabalho prestado ser acrescida dos valoresprevistos na clusula 26. mais um acrscimo de 100 %.

    Clusula 30.

    No prestao de trabalho por razes climatricas

    1 Os trabalhadores tero direito a receber por inteiroo salrio correspondente aos dias ou horas em que nopossam efectivamente trabalhar devido chuva, cheias

    ou outros fenmenos atmosfricos se, estando no localde trabalho, lhes no for atribuda qualquer outra tarefa.

    2 Se, em virtude das referidas condies climatri-cas, no houver possibilidade fsica de os trabalhadoresse deslocarem ao local de trabalho ou houver definiopela entidade patronal de inexequibilidade prtica de os

    trabalhadores prestarem a sua tarefa, tero estes direitoa receber a totalidade do salrio respectivo, o qual serposteriormente compensado na prestao das horas detrabalho correspondentes ao salrio recebido em dia aacordar directamente entre as partes.

    CAPTULO V

    Local de trabalho, deslocaes e transportes

    Clusula 31.

    Local de trabalho habitual

    Considera-se local de trabalho habitual aquele onde otrabalho deve ser prestado ou que resulte da natureza doservio ou das circunstncias do contrato.

    Clusula 32.

    Deslocaes

    1 Entende-se por deslocaes em servio a realizaotemporria de trabalho fora dos locais como tal contratual-mente definidos. Estas consideram-se:

    a) Deslocaes normais as que ocorrem dentro do localhabitual de trabalho;

    b) Pequenas deslocaes as que permitem a ida e regresso

    do trabalhador sua residncia habitual no mesmo dia;c) Grandes deslocaes as no compreendidas nas al-neas anteriores.

    Clusula 33.

    Garantia dos trabalhadores nas pequenas deslocaes

    1 Nas pequenas deslocaes, e a partir de 1 de Janeirode 2011, a empresa pagar aos trabalhadores as despesas,tituladas pelos competentes recibos, desde que haja justi-ficao e acordo para tal da entidade patronal.

    a) Transporte, se no for fornecido, at ao mximo de 0,35 por quilmetro;

    b) Alimentao, at ao valor de:Pequeno-almoo 3,25;Almoo ou jantar 9,30;Ceia 3,25;Alojamento pago contra factura.

    c) Considera-se hora de refeio:

    Almoo entre as 12 e as 14 horas;Jantar entre as 19 e as 21 horas;Pequeno-almoo entre as 6 horas e 30 minutos e as

    8 horas;Ceia entre a meia-noite e as 3 horas.

    2 O tempo ocupado nos trajectos de ida e volta para todos os efeitos considerado como tempo de servio.

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    3 O tempo referido no nmero anterior, na parte queexcede o perodo normal de trabalho, ser havido comotrabalho extraordinrio.

    4 Nenhum trabalhador poder ser obrigado a realizargrandes deslocaes em servio.

    Clusula 34.Direitos dos trabalhadores nas grandes deslocaes

    1 O trabalhador tem direito nas grandes deslocaes a:

    a) Retribuio que aufira no local de trabalho;b) Transporte de e para o local onde foi deslocado;c) Subsdio de deslocao correspondente a 30 % do

    salrio/dia;d) Alojamento e uma comparticipao de 50 % nas

    despesas de alimentao, devidamente justificadas;e) Pagamento de viagem de regresso imediato no caso

    de falecimento ou doena de cnjuge, filhos, pais ou ir-mos.

    2 O tempo ocupado nos trajectos de ida e regressono imputvel ao trabalhador para todos os efeitos con-siderado como tempo de servio.

    3 O trabalhador deslocado poder requerer em-presa, por escrito, que a retribuio do trabalho, ou partedela, seja paga no local habitual de trabalho pessoa porsi indicada.

    Clusula 35.

    Inactividade dos trabalhadores deslocados

    As obrigaes das entidades patronais para com os tra-balhadores deslocados em servio substituem durante os

    perodos de inactividade destes.Clusula 36.

    Meio de transporte dos trabalhadores deslocados

    1 Se o trabalhador concordar em utilizar veculoprprio ao servio da empresa, essa obriga-se a pagar-lhe,por cada quilmetro percorrido:

    a) Automvel 0,35 do preo que vigorar da gasolinasem chumbo 95;

    b) Motociclo ou ciclomotor 0,15 do preo que vigo-rar da gasolina utilizada.

    2 O previsto no nmero anterior poder, desde queo trabalhador esteja de acordo, ser utilizado em outrasdeslocaes.

    Clusula 37.

    Cobertura inerentes a deslocaes

    1 Durante o perodo de deslocaes, os encargoscom assistncia mdica, medicamentos e hospitalar que,em razo do local em que o trabalho seja prestado, dei-xem eventualmente de ser assegurados aos trabalhadorespelos meios normais e habituais de assistncia sero co-bertos pela empresa, que para tanto assumir as obrigaesque competiriam previdncia ou entidade seguradora.

    2 Durante os perodos de doena devidamente com-provados o trabalhador deslocado ter direito ao pagamentoda viagem de regresso, se esta for prescrita pelo mdico,

    ou a deslocao de um familiar para que o acompanhedurante a doena.

    3 Em caso de morte do trabalhador em grande deslo-cao, a entidade patronal suportar todas as despesas como funeral para o local a indicar pela famlia, bem como asoriginadas pela deslocao de dois familiares ao local do

    falecimento e todas as referentes aos trmites legais.Clusula 38.

    Local de frias dos trabalhadores deslocados

    1 O trabalhador nesta situao tem o direito ao pa-gamento da viagem de ida e volta entre o local em que seencontre a sua residncia habitual para o gozo das suasfrias.

    2 O tempo gasto na viagem no entrar no cmputodas frias.

    CAPTULO VII

    Retribuio do trabalho

    Clusula 39.

    Conceitos de retribuio

    1 Para os fins deste CCT, considera-se retribuionormal todos os ganhos susceptveis ou no de serem ava-liados em dinheiro e fixados neste CCT, que so devidosem virtude de um contrato de trabalho, escrito ou verbal,

    por entidade patronal a um trabalhador, quer pelo trabalhoefectuado ou a efectuar quer pelos servios prestados oua prestar.

    2 A todos os trabalhadores abrangidos por este CCTso asseguradas as remuneraes certas mnimas mensaisdo anexo III.

    3 O trabalho sazonal remunerado de acordo coma tabela do anexo IV, tendo em considerao os nveis deenquadramento nela indicados, correspondentes s mesmascategorias dos mesmos nveis do anexo III.

    4 O salrio dirio praticado de acordo com o anexo IVdeve ter em conta as partes proporcionais relativas a frias,subsdio de frias e subsdio de Natal.

    5 Para efeitos de acidentes de trabalho, os subsdiosde frias e de Natal so parte integrante da retribuioanual.

    Clusula 40.

    Local, forma e data de pagamento1 A entidade patronal obrigada a proceder ao pa-

    gamento da retribuio no local onde o trabalhador prestaservio ou, com acordo escrito do trabalhador, por depsitoem conta bancria, sempre entre o dia 2 e o fim do ms aque se refere.

    2 Qualquer outro modo ou prazo de pagamento, deacordo com usos e costumes ou por acordo escrito com otrabalhador, ser realizado at ao ltimo dia do perodo aque se refere.

    3 proibido entidade patronal limitar, seja de quemaneira for, a liberdade de o trabalhador dispor da suaretribuio conforme a sua vontade.

    4 No acto do pagamento da retribuio, a entidadepatronal deve entregar ao trabalhador documento preen-chido de forma indelvel, donde conste o nome deste, a

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    respectiva categoria, nmero de inscrio na instituio dasegurana social, perodo a que a retribuio corresponde,discriminao das importncias relativas ao trabalho extra-ordinrio, a trabalho prestado em dias de descanso semanalou de feriados, subsdios a que o trabalhador tenha direito etodos os descontos devidamente especificados, bem como

    o montante lquido a receber.Clusula 41.

    Remunerao e abonos de famlia

    1 No se consideram como integrando a retribuionormal as retribuies de trabalho extraordinrio, noc-turno ou em dias de descanso semanal e feriados, nem asquantias recebidas a ttulo de abonos para falhas, ajudasde custo, despesas de transporte e outras similares paradeslocaes.

    2 Tambm no so havidos com retribuio os pr-mios de produtividade ou de assiduidade, seja qual for asua periodicidade, a menos que passem a ser habituais epermanentes.

    Clusula 42.

    Retribuio inerente a diversas categorias

    Quando algum trabalhador exera, com carcter de regu-laridade, funes inerentes a diversas categorias, recebera retribuio estipulada para a categoria cujas funespredominem.

    Clusula 43.

    Dedues no montante das remuneraes mnimas

    1 Sobre o montante das remuneraes mnimas po-dero incidir as seguintes dedues:

    a) Valores atribudos a gneros e alimentos e outros,desde que praticados usualmente na regio de acordo comos usos e costumes da mesma;

    b) Valor de alojamento prestado pela entidade patronal,devido por fora do contrato de trabalho.

    2 Os valores mximos de descontos no poderoultrapassar, respectivamente:

    a) Por habitao, at 5 % ms da retribuio mensalbase;

    b) Por gua domstica, 10 % do valor pago por habi-tao;

    c) Por electricidade, a totalidade do consumo, desde quehaja instalado na habitao um contador. Se o no houver,10 % do valor pago pela habitao;

    d) At 0,01 m2/ano para horta.

    3 Quaisquer outros produtos de produo directada empresa que o trabalhador receba como salrio serodescontados pelo preo de valor mdio na zona, deduzidode 25 %.

    4 Nenhum trabalhador poder ser obrigado a rece-ber o pagamento pela forma prevista no nmero anteriore de nenhum modo esse poder ultrapassar um tero daremunerao base em cada ms.

    5 A todo o trabalhador que resida em camaratas eaqueles que por funes de guarda ou vigilante, no interesseda entidade patronal, tambm residam na rea da proprie-

    dade ou explorao agrcola no devido a pagamento doalojamento, gua e electricidade.

    6 O valor da prestao pecuniria da remuneraomnima garantida no poder, em caso algum, ser inferiora dois teros do respectivo montante, com excepo dostrabalhadores cujas funes se enquadram na clusula 22.

    e que devido aos seus usos e costumes tenham comparti-cipao de algum modo como: gado, prmio de promo-o, etc., nesse caso no poder ser inferior a metade dorespectivo montante.

    Clusula 44.

    Retribuio/hora

    1 O valor a retribuir hora normal de trabalho calculado pela seguinte frmula:

    Rm 12N 52

    sendoRm o valor da retribuio mensal e No perodonormal de trabalho semanal a que o trabalhador estiverobrigado.

    2 Para o desconto de horas de trabalho utilizar-se-a mesma frmula do n. 1.

    Clusula 45.

    Subsdio de Natal

    1 Os trabalhadores abrangidos por este CCT tmdireito a receber pelo Natal um subsdio em dinheiro igual retribuio mensal.

    2 Os trabalhadores que no mbito de admisso notenham concludo um ano de servio tero direito a tantos

    duodcimos daquele subsdio quantos meses de serviocompletarem at 31 de Dezembro desse ano.3 Cessando o contrato de trabalho, o trabalhador tem

    direito ao subsdio fixado no n. 1 em proporo do tempode servio prestado no prprio ano da cessao.

    4 Os trabalhadores chamados a ingressar no serviomilitar obrigatrio, ou regressados do mesmo, tm direitoao subsdio de Natal por inteiro no ano de ingresso ouregresso.

    5 Os trabalhadores no perdem direito ao subsdio deNatal por inteiro por motivo de acidente de trabalho ou dedoena devidamente comprovada pelos servios mdicosociais, ainda que na altura no estejam ao servio.

    6 Para o cmputo dos duodcimos do subsdio de

    Natal, entende-se por ms completo de trabalho s o mscvel em que o trabalhador no d faltas injustificadas oujustificadas sem retribuio ao abrigo do n. 11 da clu-sula 64.

    7 O subsdio de Natal ser pago at ao dia 20 deDezembro de cada ano.

    8 Os trabalhadores contratados a prazo ou sazonaistero direito a receber uma importncia proporcional aotempo de trabalho efectuado.

    Clusula 46.

    Subsdio de frias

    1 Alm da retribuio correspondente de frias, ostrabalhadores tm direito a um subsdio de frias no mon-tante equivalente ao dessa retribuio.

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 30, 15/8/2011

    2 O subsdio ser pago conjuntamente com a retri-buio do ms anterior ao do incio das frias.

    3 Este subsdio beneficiar sempre de qualquer au-mento de retribuio do trabalhador que tenha lugar atao ltimo ano em que as frias so gozadas.

    4 Os trabalhadores contratados a prazo ou sazonais

    tero direito a um subsdio de frias no montante equiva-lente ao montante recebido de frias.

    Clusula 47.

    Diuturnidades

    1 Os trabalhadores abrangidos por este CCT terodireito a uma diuturnidade, por cada cinco anos de antigui-dade na mesma categoria e na mesma entidade patronal,num mximo de cinco anos, no valor de 20,50/ms.

    2 Ao mudar de categoria no poder resultar para otrabalhador diminuio da remunerao.

    Clusula 48.Subsdio de alimentao

    1 A todos os trabalhadores atribudo por dia detrabalho efectivamente prestado um subsdio de almoode valor igual a 3,35.

    2 Para efeitos do disposto no nmero anterior, odireito ao subsdio de refeio efectiva-se sempre que otrabalhador preste, no mnimo, um nmero de horas di-rias de trabalho igual a metade da durao do seu perodonormal de trabalho por dia.

    Clusula 49.

    Subsdio de chefia1 Os capatazes agrcolas e demais trabalhadores que

    sejam orientadores de um grupo de trabalhadores, exer-cendo assim funes de chefia, tero direito a um subsdiode 34,50/ms.

    2 Sempre que sob a sua orientao tenham trabalha-dores a que corresponda uma remunerao, para alm dosubsdio mensal referido no nmero anterior.

    3 O subsdio de chefia integra-se, para todos os efei-tos, na retribuio do trabalhador.

    4 Se um trabalhador exercer temporariamente asfunes nos n.os1 e 2 ter direito ao subsdio de chefiaproporcional ao perodo em que exercer a funo.

    Clusula 50.

    Condies especiais

    1 Em caso de falncia ou de liquidao judicial deuma empresa, os trabalhadores nela empregados tero acategoria de credores privilegiados, quer relativamente aossalrios que lhes so devidos a ttulo de servios prestadosdurante um perodo de um ano anterior falncia ou liqui-dao quer para salrios que no ultrapassem o montantedas remuneraes mnimas garantidas pela legislao emvigor e que lhe so devidos no decurso desses processoslegais.

    2 O constante do nmero anterior no prejudica odireito dos trabalhadores de situao de maior favorabili-dade que conste na altura em vigor.

    3 O salrio que constitua um crdito privilegiadoser pago integralmente antes que os restantes credoresordinrios possam reivindicar a quota-parte.

    CAPTULO VI

    Suspenso da prestao de trabalho

    Clusula 51.

    Descanso semanal

    1 Todos os trabalhadores tm direito a um dia de des-canso obrigatrio e a outro complementar imediatamenteantes ou depois daquele.

    2 O descanso semanal obrigatrio ser, em princpio,ao domingo, podendo ser varivel para os trabalhadoresem regime de horrio livre ou que trabalhem por escala.

    Clusula 52.

    Feriados

    1 So feriados obrigatrios:

    1 de Janeiro;Sexta-Feira Santa;Domingo de Pscoa;25 de Abril;1 de Maio;Dia do Corpo de Deus;10 de Junho;15 de Agosto;5 de Outubro;1 de Novembro;

    1 de Dezembro;8 de Dezembro;25 de Dezembro.

    2 O feriado de Sexta-Feira Santa poder ser obser-vado em outro dia com significado local no perodo dePscoa.

    3 Podero ainda ser observados como feriados atera-feira de Carnaval e o feriado municipal.

    4 Em substituio de qualquer dos feriados referi-dos no nmero anterior, poder ser observado, a ttulo deferiado, qualquer outro dia em que acordem a entidadepatronal e os trabalhadores.

    Clusula 53.

    Durao do perodo de frias

    1 O perodo anual de frias tem a durao de 22 diasteis.

    2 Para efeitos de frias, so teis os dias de semanade segunda-feira a sexta-feira, com excepo dos feriados,no podendo as frias ter incio em dia de descanso semanaldo trabalhador.

    3 A durao do perodo de frias aumentada nocaso de o trabalhador no ter faltado ou na eventualidadede ter apenas faltas justificadas no ano a que as frias sereportam, nos seguintes termos:

    a) Trs dias de frias at ao mximo de uma falta oudois meios-dias;

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 30, 15/8/2011

    b) Dois dias de frias at ao mximo de duas faltas ouquatro meios-dias;

    c) Um dia de frias at ao mximo de trs faltas ou seismeios-dias.

    4 Para efeitos do nmero anterior no so equipara-

    dos s faltas os dias de suspenso do contrato de trabalhopor facto respeitante ao trabalhador.5 O trabalhador admitido com contrato cuja durao

    total no atinja seis meses tem direito a gozar dois dias teisde frias por cada ms completo de durao do contrato.

    6 Para efeitos de determinao do ms completodevem contar-se todos os dias, seguidos ou interpolados,em que foi prestado trabalho.

    7 Nos contratos cuja durao total no atinja seis me-ses, o gozo das frias tem lugar no momento imediatamenteanterior ao da cessao, salvo acordo das partes.

    8 As frias devem ser gozadas no decurso do anocivil em que se vencem, no sendo permitido acumular

    no mesmo ano frias de dois ou mais anos.9 O direito a frias adquire-se com a celebrao do

    contrato e vence-se no dia 1 de Janeiro de cada ano civil,salvo o disposto nas alneas seguintes:

    a) Quando o incio da prestao de trabalho ocorra no2. semestre do ano civil, o direito a frias s se venceaps o decurso de seis meses completos de servio afec-tivo;

    b) Quando o incio da prestao ocorra no 1. semestredo ano civil, o trabalhador tem direito, aps um perodode 60 dias de trabalho efectivo, a um perodo de 8 diasteis.

    10 A marcao do perodo de frias deve ser feita pormtuo acordo entre os trabalhadores e respectiva chefia.

    11 No caso de frias em mais de um perodo, salvodisposio legal em contrrio, os subsdios de frias seropagos por inteiro antes do incio do perodo no inferiora metade das frias a que os trabalhadores tiverem direitoou, sendo os perodos iguais, no incio do primeiro.

    12 Na marcao das frias sero tomados em consi-derao os interesses dos diversos trabalhadores do mesmoagregado familiar que trabalhem na explorao.

    Clusula 54.

    Modificao ou interrupo das friaspor iniciativa da empresa

    1 A partir do momento em que o plano de frias sejaestabelecido e afixado, s podero verificar-se alteraesquando ocorrem motivos imperiosos e devidamente jus-tificados.

    2 A entidade patronal poder interromper o gozode frias do trabalhador e convoc-lo a comparecer aoservio desde que haja fundamento e com vista a evitarriscos e danos directos sobre pessoas, equipamentos oumatrias-primas e o trabalhador reconhea a validade dafundamentao invocada.

    3 A entidade patronal poder tambm determinar oadiantamento das frias, nos casos e nos termos previstosno nmero anterior.

    4 O novo perodo de frias ou o perodo no go-zado ser marcado por acordo entre o trabalhador e a em-presa.

    5 No havendo acordo, a marcao ser feita pelaempresa, nos termos do n. 4 da clusula anterior.

    6 Se a entidade patronal no fizer a marcao nos

    termos do nmero anterior, caber ao trabalhador escolhero perodo de frias, devendo, porm, indic-lo empresacom a antecedncia mnima de 15 dias.

    7 A entidade patronal indemnizar o trabalhador dosprejuzos que o adiantamento ou interrupo das friascomprovadamente lhe causarem.

    8 Na marcao das frias sero tomados em conside-rao os interesses dos diversos trabalhadores do mesmoagregado familiar que trabalhem na explorao ou, emcasos especiais, fora dela.

    Clusula 55.

    Modificao das frias por iniciativa do trabalhador

    1 Se na data prevista para o incio das frias o tra-balhador estiver impedido de as gozar por facto que nolhe seja imputvel, nomeadamente doena ou acidente,dever ser marcado novo perodo de frias.

    2 A marcao do novo perodo de frias ser feitapor acordo entre as partes.

    3 No havendo acordo, o perodo de frias sergozado imediatamente a seguir cessao do impedi-mento.

    4 Nos casos previstos nos n.os 2 e 3, os dias de friasque excedam o nmero de dias contados entre o termode impedimento e o fim desse ano civil passam para o

    ano seguinte e podero ser gozados at ao termo do seu1. trimestre.

    5 Se a cessao do impedimento ocorrer depois de31 de Dezembro do ano em que se vencem as frias nogozadas, o trabalhador tem direito a goz-las no ano se-guinte ao do incio do impedimento.

    Clusula 56.

    Doena no perodo de frias

    1 Se durante as frias o trabalhador for atingido pordoena comprovada, considerar-se-o aquelas interrom-pidas e no gozado o perodo em falta.

    2 Quando se verifique a situao prevista nesta clu-sula, o trabalhador dever comunicar empresa o dia doincio da doena, bem como o seu termo.

    3 A prova da situao de doena poder ser feita porestabelecimento hospitalar, por mdico da previdncia ouatestado mdico.

    4 Aplica-se situao prevista nesta clusula o dis-posto nos n.os 3, 4 e 5 da clusula anterior.

    Clusula 57.

    Frias e servio militar

    1 Ao trabalhador chamado a prestar servio militarser concedido, antes da incorporao, o perodo de friasj vencido e respectivo subsdio.

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    2 Quando a data da convocao torne impossvelo gozo total ou parcial do perodo de frias vencido, aentidade patronal pagar ao trabalhador a retribuio cor-respondente ao perodo de frias no gozado.

    3 No ano em que termine a apresentao de ser-vio militar o trabalhador ter direito ao perodo de

    frias e respectivo subsdio que se venceria em 1 deJaneiro desse ano se tivesse estado ininterruptamenteao servio.

    4 No caso previsto no nmero anterior, os dias defrias que excedam o nmero de dias contados entre omomento de apresentao do trabalhador e o fim desse anocivil passaro para o ano seguinte e podero ser gozadosat ao termo do 1. trimestre.

    Clusula 58.

    No cumprimento por parte da entidade patronalda obrigao de conceder frias

    1 A entidade patronal quando no cumprir total ouparcialmente a obrigao de conceder frias nos termosdeste acordo pagar ao trabalhador, a ttulo de indemni-zao, o triplo da retribuio correspondente ao tempo defrias devido ao trabalhador, sem prejuzo de o mesmoter direito a gozar efectivamente as frias em falta no1. trimestre do ano civil subsequente.

    2 O disposto nesta clusula no prejudica a aplicaode sanes em que a entidade patronal incorra por violaodas normas reguladoras das relaes de trabalho.

    Clusula 59.

    Efeito da cessao do contrato de trabalhoem relao s frias e ao subsdio

    1 No caso de cessao do contrato de trabalho,qualquer que seja a sua causa, o trabalhador ter direitoa receber a retribuio correspondente a um perodo defrias proporcional ao tempo de servio prestado no anoda cessao bem como ao respectivo subsdio.

    2 Se o contrato cessar antes de ser gozado o perodode frias vencido no incio desse ano, o trabalhador terainda direito a receber a retribuio correspondente a esseperodo, bem como o respectivo subsdio.

    3 O perodo de frias a que se refere o nmero an-terior, ainda que no gozado, conta sempre para efeitos

    de antiguidade.

    Clusula 60.

    Irrenunciabilidade do direito a frias

    O direito a frias irrenuncivel e o seu gozo no podeser substitudo, fora dos casos expressamente previstosneste CCT, por qualquer compensao econmica ou outra,ainda que com o acordo do trabalhador.

    Clusula 61.

    Exerccio de outra actividade durante as frias

    1 O trabalhador no pode exercer durante as friasqualquer outra actividade remunerada, salvo se j a vierexercendo cumulativamente ou a entidade patronal o au-

    torizar a isso.2 A contraveno ao disposto no nmero anterior,

    sem prejuzo da eventual responsabilidade disciplinar dotrabalhador, d entidade patronal o direito de reaver aretribuio correspondente s frias e o respectivo sub-sdio.

    Clusula 62.

    Definio de falta

    1 Falta a ausncia do trabalhador durante o perodonormal de trabalho dirio a que est obrigado.

    2 Nos casos de ausncia do trabalhador por pero-

    dos inferiores ao perodo normal de trabalho a que estobrigado, os respectivos tempos adicionados para a de-terminao e registo dos perodos normais de trabalhodirio em falta.

    3 O somatrio da ausncia a que se refere o nmeroanterior caduca no final de cada ano civil, iniciando-se nonovo ano nova contagem.

    4 As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.

    Clusula 63.

    Comunicao e prova das faltas

    1 Alm das normas especficas sobre a matria, a

    comunicao e a prova sobre faltas justificadas deverobedecer s disposies seguintes:

    a) As faltas justificadas, quando previsveis, sero obri-gatoriamente comunicadas entidade patronal com a an-tecedncia mnima de cinco dias;

    b) Quando imprevistas, as faltas justificveis seroobrigatoriamente comunicadas entidade patronal logoque possvel.

    2 O no cumprimento do disposto no nmero anteriortorna as faltas injustificadas, salvo se a empresa decidirem contrrio.

    Clusula 64.

    Tipos de faltas

    1 As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.2 So consideradas faltas justificadas as ausncias

    que se verifiquem pelos motivos e nas condies a seguirindicadas, desde que o trabalhador faa prova dos factosinvocados para a justificao:

    Motivo Tempo de falta Justificao

    1 Casamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As dadas, durante 15 dias seguidos, por alturado casamento.

    Mediante apresentao da certido ou boletimde casamento.

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    Motivo Tempo de falta Justificao

    2 Falecimento do(a) companheiro(a), cnjugeno separado de pessoas e bens ou de afimem 1. grau da linha recta (filhos, enteados,padrastos, sogros, noras e genros).

    At cinco dias seguidos contados imediatamenteaps o bito e incluindo a data deste se ocorrere for comunicado ao trabalhador durante operodo de trabalho.

    Mediante a apresentao da certido de bitoou de documento passado e autenticado pelaagncia funerria ou pela autarquia local. Nocaso das faltas por falecimento de pessoa sem

    parentesco com o trabalhador, mas que com eleconvivia em comunho de mesa e habitao,dever tambm este facto ser atestado pelajunta de freguesia.

    As faltas pelos motivos referidos nos n.os 2 e 3 queno sejam consecutivas data do falecimentoe que recaiam fora do nmero de dias con-cedidos s podero ser justificadas em casosexcepcionais.

    Mediante apresentao da certido de nasci-mento, cdula pessoal ou documento passado

    pela junta de freguesia ou pelo estabelecimentohospitalar.

    3 Falecimento de outro parente ou afim dalinha recta ou 2. grau da linha colateral (avs,netos, irmos e cunhados) ou pessoas que vi-vam em comunho de vida e de habitao como trabalhador.

    At dois dias consecutivos contados imediata-mente aps o bito e incluindo a data deste.

    4 Funeral de parentes referidos nos n.os 2 e 3quando este ocorra em dia fora dos perodosreferidos nos mesmos nmeros.

    O que for considerado indispensvel para arealizao do funeral.

    5 Nascimento de filhos . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 dias teis seguidos ou interpolados, que soobrigatoriamente gozados nos 30 dias se-guintes ao nascimento do filho, 5 dos quaisgozados de modo consecutivos imediatamente

    a seguir a este.

    6 Prtica de actos necessrios e inadiveis:

    a) No exerccio de funes sindicais . . . . . . . At quatro dias mensais, os membros da direc-o de associaes sindicais. At cinco horasmensais, os delegados sindicais, ou at oitohoras, tratando-se de delegados que faamparte da comisso intersindicatos.

    Este crdito de tempo dever ser pedido e jus-tificado pela direco do Sindicato ou pelosdelegados sindicais nos termos e nos prazoslegais.

    b) No exerccio das respectivas actividades, naqualidade de membro dos seguintes rgosscio-profissionais:

    Comisso de trabalhadores . . . . . . . . . . . .Subcomisso de trabalhadores . . . . . . . . . .Comisso coordenadora. . . . . . . . . . . . . . .

    Quarenta horas semanais . . . . . . . . . . . . . . . . .Oito horas semanais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Cinquenta horas mensais . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Mediante comunicao prvia dos respectivosrgos scio-profissionais.

    7 Reunies de trabalho:

    a) Reunies gerais de trabalhadores marcadaspela comisso de trabalhadores;

    b) Reunies convocadas pela comisso inter-sindical ou sindicatos.

    At 15 horas por ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mediante comunicao antecipada das respecti-vas comisses ou sindicatos.

    8 Prestao de provas em estabelecimentode ensino.

    At ao limite de tempo necessrio (no mximode um dia alm das provas que for julgadoimprescindvel).

    Mediante apresentao de declarao do respec-tivo estabelecimento de ensino.

    9 Impossibilidade de prestar trabalho devidoa facto que no seja imputvel ao trabalhador,nomeadamente:

    a) Doena ou acidente de trabalho;

    b) Consultas mdicas, tratamentos e outrosexames mdicos (anlises, radiografias, etc.)e respectivas marcaes que comprovada-mente o trabalhador no possa fazer forado horrio normal de trabalho ou atravsde outra pessoa;

    O que for considerado indispensvel . . . . . . . . Apresentao da baixa dos servios mdico-

    -sociais, de documento da companhia de se-guros ou mediante verificao por mdico daempresa. No caso da alnea b), a comprovaodever ser feita em impresso prprio, devendoconstar dela obrigatoriamente a data do acto edo perodo de tempo de presena do trabalha-dor. O talo da consulta, as credenciais paraanlises e outros exames ou cartes de mar-cao de revises de baixas na companhia deseguros no so documentos suficientes parajustificao visto que no provam que o doentese apresentou de facto. Uma vez terminadosdentro do horrio de trabalho, a consulta ououtros exames mdicos (ou a sua marcaoquando esta tenha imperiosamente de ser feitapelo prprio), o trabalhador dever apresentar--se imediatamente na empresa a fim de iniciar

    ou reiniciar a prestao de trabalho, o que nodispensa a justificao do tempo de falta nascondies exigidas.

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    Motivo Tempo de falta Justificao

    c) Cumprimento das obrigaes legais (como,por exemplo, as decorrentes de imposio deautoridade judicial, militar, policial e outrosactos obrigatrios);

    O que for considerado indispensvel . . . . . . . . Documento passado e autenticado pela entidadejunto da qual o trabalhador teve de cumprira obrigao legal, donde conste a data e operodo de tempo de presena do trabalhador.A declarao das entidades abonadoras da jus-tificao pode tambm ser feita no impressoprprio para justificao de faltas. A apresen-tao da convocatria no suficiente parajustificar a falta, pois no prova que de factoo trabalhador se apresentou.

    d) Assistncia inadivel a membro do seu agre-gado familiar;

    O indispensvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Salvo nos casos excepcionais em que haja conhe-cimento notrio de acontecimentos que sejam

    justificativos da necessidade de assistnciainadivel do trabalhador ao membro do seuagregado familiar a prestar pelo trabalhadorou mediante verificao de tal necessidadepor mdico da empresa.

    e) Motivos de fora maior de natureza impres-cindvel, tais como tempestades, inundaese outras situaes semelhantes e excepcio-

    nais que impeam a deslocao do trabalha-dor para o local de trabalho.

    O indispensvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Salvo quando a situao excepcional seja do do-mnio pblico atravs dos rgos de comuni-cao social, ser exigida comprovao idnea

    da ocorrncia impeditiva de comparncia dotrabalhador na empresa. Sendo possvel o tra-balhador dever participar o impedimento, portelefone, no prprio dia.

    10 Deslocao escola dos filhos ou edu-candos.

    At quatro horas e s pelo tempo estritamentenecessrio para deslocao escola do res-ponsvel pela educao do menor, uma vezpor trimestre, afim de se inteirar da respectivasituao educativa.

    Comprovao por documento passado e autenti-cado pela respectiva escola.

    11 Candidatos a eleies para cargos pblicos. Durante o perodo legal da respectiva campanhaeleitoral.

    Comprovao por documento passado e autenti-cado pela entidade legal.

    12 Doao gratuita de sangue . . . . . . . . . . . At um dia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Comprovao por documento passado e autenti-cado pelos servios que procederem recolhade sangue.

    13 Outros motivos prvios ou posteriormenteaceites pela empresa para a justificao dafalta.

    14 As que por lei forem como tal qualificadas.

    Clusula 65.

    Efeitos das faltas justificadas

    1 As faltas justificadas no determinam a perda e

    prejuzo de quaisquer regalias do trabalhador, salvo o dis-posto no nmero seguinte.

    2 Determinam perda de retribuio as seguintes fal-tas, ainda que justificadas:

    a) As faltas dadas pelos membros da direco da as-sociao sindical para desempenho das suas funes queexcedam os crditos de tempo referidos no n. 6, alnea a),da clusula 64.;

    b) As faltas dadas pelos membros da comisso de tra-balhadores, subcomisses e comisses coordenadoras noexerccio da sua actividade para alm do crdito concedidonos termos do n. 6, alnea b), da clusula 64.;

    c) As faltas dadas por motivo de doena, desde queo trabalhador tenha direito ao subsdio de previdnciarespectivo;

    d) As faltas dadas por doena ou acidente em que otrabalhador no recorra previdncia ou ao seguro detrabalho e consequentemente no tenha direito ao subsdiode doena atribudo pela mesma empresa;

    e) As faltas por motivo de acidente de trabalho, desdeque o trabalhador tenha direito a qualquer subsdio ouseguro.

    Clusula 66.

    Efeitos das faltas injustificadas

    1 As faltas injustificadas determinam sempre a perdade retribuio correspondente ao perodo de ausncia, oqual ser descontado, para todos os efeitos, na antiguidadedo trabalhador.

    2 Tratando-se de faltas injustificadas a um meio pe-rodo normal de trabalho dirio, o perodo de ausncia a

    considerar para os efeitos do nmero anterior abrangertodos os dias de descanso ou feriados imediatamente an-teriores ou posteriores ao dia ou dias de falta.

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    Boletim do Trabalho e Emprego, n.o 30, 15/8/2011

    3 Incorre em infraco disciplinar grave todo o tra-balhador que:

    a) Faltar injustificadamente durante trs dias teis con-secutivos ou seis interpolados no perodo de um ano, cons-tituindo justa causa de despedimento quando o nmero defaltas injustificadas atingir 5 seguidas ou 10 interpoladas

    em cada ano;b) Faltar injustificadamente com alegao de motivo de

    justificao comprovadamente falso.

    Clusula 67.

    Efeitos das faltas no direito a frias

    1 As faltas justificadas ou injustificadas no tmqualquer efeito sobre o direito a frias, salvo o referidono nmero seguinte.

    2 No caso em que as faltas determinem perda deretribuio, esta poder ser substituda por perda de diasde frias, na proporo de 1 dia de frias por cada dia de

    falta, at ao limite de 10 dias. A substituio, porm, spoder ser feita quando o trabalhador indicar expressa-mente que a prefere.

    Clusula 68.

    Licena sem retribuio

    1 A entidade patronal pode atribuir ao trabalhador,a pedido deste, licena sem retribuio, com durao atum ano, podendo, no entanto, este perodo ser prorrogado.

    2 A licena s pode ser recusada fundamentadamentepor escrito.

    3 O perodo de licena sem retribuio conta-se paraefeitos de antiguidade.

    4 Durante o mesmo perodo cessam os direitos, deve-res e garantias das partes, na medida em que se pressuponhaa efectiva prestao de trabalho.

    5 O trabalhador beneficirio da licena sem retribui-o mantm o direito ao lugar, desde que se apresente nodia til seguinte caducidade da licena.

    6 Poder ser contratado um substituto para o traba-lhador na situao de licena sem retribuio.

    7 Durante o perodo de licena sem retribuio, ostrabalhadores figuraro nas relaes nominais.

    Clusula 69.

    Formao profissional

    1 As empresas devero proporcionar aos trabalha-dores condies que permitam a sua formao e aperfei-oamento profissional, bem como, quando se justifique,aces de reconverso e reciclagem.

    2 Os trabalhadores tero direito a um mximo de12 dias teis em cada ano para aces de formao e aper-feioamento profissional.

    3 Para efeito das aces de formao e aperfeioa-mento profissional, os trabalhadores no sero privadosou diminudos no seu direito a regalias.

    Clusula 70.

    Suspenso temporria do contrato de trabalho

    1 Quando o trabalhador esteja temporariamente im-pedido de comparecer ao trabalho por facto que no lhe

    seja imputvel, nomeadamente servio militar, doena ouacidente, sem prejuzo de cessarem entre as partes todosos direitos e obrigaes que pressuponham a efectiva pres-tao de trabalho.

    2 garantido o direito ao lugar do trabalhador im-possibilitado de prestar servio por deteno preventiva e

    at ser proferida a sentena final, salvo se houver lugar adespedimento pela empresa com justa causa apurada emprocesso disciplinar.

    3 Logo que termine o impedimento, o trabalhadordeve apresentar-se entidade patronal para retomar o ser-vio, sob pena de caducidade do contrato.

    4 O contrato caducar no momento em que se tornacerto que o impedimento definitivo.

    5 A suspenso no prejudica o direito de, duranteela, qualquer das partes rescindir o contrato ocorrendojusta causa.

    Clusula 71.

    Licena sem retribuio nos contratos com prazo

    1 A entidade patronal pode atribuir tambm ao tra-balhador com contrato a prazo, a pedido deste, licenasem retribuio.

    2 Tal licena ou suspenso de contrato de traba-lho no impede a sua caducidade no termo do seu prazo.

    CAPTULO VII

    Conciliao da vida familiar e profissional

    Clusula 72.

    Proteco da maternidade e da paternidade

    A Licena parental inicial

    1 A me e o pai trabalhadores tm direito, por nasci-mento de filho, a licena parental inicial de 120 ou 150 diasconsecutivos, cujo gozo podem partilhar aps o parto, semprejuzo dos direitos da me a que se refere a clusulaseguinte.

    2 A licena referida no nmero anterior acrescidaem 30 dias, no caso de cada um dos progenitores gozar,em exclusivo, um perodo de 30 dias consecutivos, oudois perodos de 15 dias consecutivos, aps o perodode gozo obrigatrio pela me a que se refere o n. 2 da

    clusula seguinte.3 No caso de nascimentos mltiplos, o perodo delicena previsto nos nmeros anteriores acrescido de30 dias por cada gmeo alm do primeiro.

    4 Em caso de partilha do gozo da licena, a me e opai informam os respectivos empregadores, at sete diasaps o parto, do incio e termo dos perodos a gozar porcada um, entregando para o efeito, declarao conjunta.

    5 Caso a licena parental no seja partilhada pelame e pelo pai, e sem prejuzo dos direitos da me a quese refere a clusula seguinte, o progenitor que gozar a li-cena informa o respectivo empregador, at sete dias apso parto, da durao da licena e do incio do respectivo

    perodo, juntando declarao do outro progenitor da qualconste que o mesmo exerce actividade profissional e queno goza a licena parental inicial.

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    6 Na falta da declarao referida nos n.os 4 e 5 alicena gozada pela me.

    7 Em caso de internamento hospitalar da criana oudo progenitor que estiver a gozar a licena prevista nosn.os 1, 2 ou 3 durante o perodo aps o parto, o perodo delicena suspende-se, a pedido do progenitor, pelo tempo

    de durao do internamento.8 A suspenso da licena no caso previsto no nmeroanterior feita mediante comunicao ao empregador,acompanhada de declarao emitida pelo estabelecimentohospitalar.

    9 A me pode gozar at 30 dias da licena parentalinicial antes do parto.

    10 obrigatrio o gozo, por parte da me, de seissemanas de licena a seguir ao parto.

    11 A trabalhadora que pretenda gozar parte da licenaantes do parto deve informar desse propsito o empregadore apresentar atestado mdico que indique a data previsveldo parto, prestando essa informao com a antecedncia de10 dias ou, em caso de urgncia comprovada pelo mdico,logo que possvel.

    12 O pai ou a me tem direito a licena, com a du-rao referida nos n.os 1, 2 ou 3 da presente clusula, ouao perodo remanescente da licena, nos casos seguintes:

    a) Incapacidade fsica ou psquica do progenitor queestiver a gozar a licena, enquanto esta se mantiver;

    b) Morte do progenitor que estiver a gozar a licena.

    13 Apenas h lugar durao total da licena referidano n. 2 caso se verifiquem as condies a previstas datados factos referidos no nmero anterior.

    14 Em caso de morte ou incapacidade fsica ou ps-quica da me, a licena parental inicial a gozar pelo paitem a durao mnima de 30 dias.

    15 Em caso de morte ou incapacidade fsica ou ps-quica de me no trabalhadora nos 120 dias a seguir aoparto, o pai tem direito a licena nos termos do n. 1, coma necessria adaptao, ou do nmero anterior.

    16 Para efeito do disposto nos nmeros anteriores, opai informa o empregador, logo que possvel, e, consoantea situao, apresenta atestado mdico comprovativo oucertido de bito e, sendo caso disso, declara o perodode licena j gozado pela me.

    B Dispensas para consultas, amamentao e aleitao

    1 A trabalhadora grvida tem direito a dispensa do

    trabalho para se deslocar a consultas pr-natais, pelo tempoe nmero de vezes necessrios e justificados.2 A me que, comprovadamente, amamente o filho

    tem direito a dispensas de trabalho para o efeito, durantetodo o tempo que durar a amamentao, devendo apresen-tar atestado mdico aps o 1. ano de vida do filho.

    3 No caso de no haver lugar amamentao, ame ou o pai tm direito, por deciso conjunta, dispensareferida no nmero anterior para aleitao, at o filhoperfazer 1 ano.

    C Tempo de trabalho

    1 Ao trabalhador com um ou mais filhos menores de

    12 anos poder vir a ser reconhecido o direito a trabalhara tempo parcial ou com flexibilidade de horrio, medianteacordo entre as partes.

    2 O disposto no nmero anterior aplica-se, indepen-dentemente da idade, no caso de filho com deficincia, nostermos previstos em legislao.

    3 A trabalhadora grvida, purpera ou lactante temdireito a ser dispensada de prestar a actividade em regimeda adaptabilidade do perodo de trabalho.

    4 O direito referido no nmero anterior pode estender--se aos casos em que no h lugar a amamentao, quandoa prtica de horrio organizado de acordo com o regimede adaptabilidade afecte as exigncias da regularidade daaleitao.

    D Trabalho suplementar

    1 A trabalhadora grvida ou com filho de idadeinferior a 12 meses no est obrigada a prestar trabalhosuplementar.

    2 O regime estabelecido no nmero anterior aplica--se ao pai que beneficiou da licena por paternidade nostermos da presente clusula deste CCT.

    E Trabalho no perodo nocturno

    1 A trabalhadora dispensada de prestar trabalhoentre as 20 horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte:

    a) Durante um perodo de 112 dias antes e depois doparto, dos quais pelo menos metade antes da data presu-mvel do parto;

    b) Durante o restante perodo de gravidez, se for apre-sentado atestado mdico que certifique que tal necessriopara a sua sade ou para a do nascituro;

    c) Durante todo o tempo que durar a amamentao, sefor apresentado atestado mdico que certifique que tal necessrio para a sua sade ou para a da criana.

    2 trabalhadora dispensada da prestao de traba-lho nocturno deve ser atribudo, sempre que possvel, umhorrio de trabalho diurno compatvel.

    3 A trabalhadora dispensada do trabalho sempre queno seja possvel aplicar o disposto no nmero anterior.

    F Reinsero profissional

    A fim de garantir uma plena reinsero profissional dotrabalhador, aps o decurso da licena para assistncia afilho ou adoptado e para assistncia a pessoa com defi-cincia ou doena crnica, o empregador pode facultara sua participao em aces de formao e reciclagem

    profissional.G Casos omissos

    Tudo o que estiver omisso no presente captulo sobreconciliao da vida familiar e profissional e proteco damaternidade e da paternidade rege-se em conformidadecom o disposto no CT e na Lei n. 7/2009, de 12 de Fe-vereiro.

    Clusula 73.

    Trabalho de menores

    1 O trabalho de menores rege-se em conformidadecom o disposto no CT e na Lei n. 7/2009, de 12 de Fe-

    vereiro.2 A entidade patronal deve proporcionar aos meno-res que se encontrem ao seu servio condies de traba-

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    lho adequadas sua idade, prevenindo de modo especialquaisquer danos ao seu desenvolvimento fsico e psquicoe assegurando a sua inspeco mdica pelo menos umavez por ano.

    3 O horrio de trabalho deve possibilitar a partici-pao do menor nos programas de educao ou formao

    profissional.4 vedado entidade patronal encarregar menoresde servios que exijam esforos e sejam prejudiciais suasade e normal desenvolvimento.

    Clusula 74.

    Direitos especiais para trabalhadores-estudantes

    1 Considera-se trabalhador-estudante aquele quefrequenta qualquer nvel de educao escolar, incluindocursos de ps-graduao em instituies de ensino.

    2 Os trabalhadores que frequentam cursos de forma-o profissional de durao igual ou superior a seis mesesbeneficiaro de igual tratamento.

    3 Os trabalhadores-estudantes gozam dos direitosprevistos no CT e da Lei n. 7/2009, de 12 de Fevereiro,nomeadamente:

    a) Os trabalhadores que frequentem qualquer estabele-cimento de ensino oficial ou particular ou outros cursosde formao ou valorizao profissional tero os seguintesdireitos especiais;

    b) Dispensa at duas horas por dia para frequncia dasaulas ou cursos, conforme os horrios destes, sem perdade retribuio;

    c) Gozo interpolado das frias para ajustamento daspocas de exame;

    d) Para poderem beneficiar das regalias previstas nonmero anterior, os trabalhadores tero de fazer prova dasua condio de estudantes, da frequncia dos cursos e doaproveitamento escolar.

    CAPTULO IX

    Disciplina

    Clusula 75.

    Poder disciplinar

    1 A entidade patronal tem poder disciplinar sobre

    os trabalhadores que se encontrem ao seu servio nostermos legais.2 A entidade exerce o poder disciplinar atravs do

    conselho de gerncia ou dos superiores hierrquicos dostrabalhadores.

    Clusula 76.

    Infraco disciplinar

    1 Considera-se infraco disciplinar a violao cul-posa pelo trabalhador dos deveres que lhe so impostospelas disposies constantes no presente CCT.

    2 A infraco disciplinar prescreve decorridos 30 diasde calendrio sobre a data em que a alegada infraco foi

    do conhecimento da entidade patronal (ou de quem as suasvezes fizer) ou ao fim de um ano a contar do momento emque ela foi cometida.

    Clusula 77.

    Sanes disciplinares

    1 As sanes aplicveis aos trabalhadores pela prticade infraces disciplinares so as seguintes:

    a) Repreenso verbal;b) Repreenso registada;c) Suspenso sem vencimento;d) Suspenso com justa causa.

    As sanes tm carcter educativo, pelo que no pode-ro ser consideradas em posteriores faltas, a no ser quese trate de casos de manifesta reincidncia sobre a mesmamatria ou de acumulao de faltas, embora sobre matriasdiferentes.

    2 Para a graduao da pena sero tomados em con-siderao os prprios factos e todas as circunstncias ate-nuantes e agravantes.

    3 As sanes aplicadas no podero ter quaisquer ou-tras consequncias para o trabalhador quanto reduo dosseus direitos, excepto no que respeita retribuio, quandoa sano seja a de suspenso e pela durao desta.

    4 A suspenso do trabalhador no pode exceder, porcada infraco, 12 dias e, em cada ano civil, o total de30 dias.

    5 A suspenso em caso de reincidncia ou de in-fraco disciplinar particularmente grave poder atingir20 dias.

    6 As sanes sero comunicadas ao sindicato respec-tivo no prazo de cinco dias e registadas no livro competenteou na ficha individual.

    Clusula 78.Sanes abusivas

    1 Consideram-se abusivas as sanes disciplinaresmotivadas pelo facto de um trabalhador, por si ou poriniciativa do sindicato que o represente:

    a) Haver reclamado legitimamente contra as condiesde trabalho;

    b) Recusar-se a cumprir ordens a que no deva obe-dincia;

    c) Exercer ou candidatar-se a funes em organismossindicais, comisses sindicais, instituies de previdncia

    e outras que representem os trabalhadores;d) Em geral exercer, ter exercido, pretender exercer ouinvocar os direitos e garantias que lhe assistem.

    2 At prova em contrrio, presumem-se abusivos odespedimento ou aplicao de qualquer sano que, soba aparncia de punio de outra falta, tenham lugar atseis meses aps ter qualquer dos factos mencionados nasalneas a), b) e d) do nmero anterior, ou at cinco anosaps o termo das funes, quando as no venham a exer-cer, seja ento, num ou noutro caso, o trabalhador serviaa entidade patronal.

    3 tambm considerado abusivo o despedimento

    da mulher trabalhadora, salvo com justa causa, durantea gravidez e at um ano aps o parto, desde que aquela eeste sejam conhecidos da empresa.

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    Clusula 79.

    Consequncias gerais de aplicao de sanes abusivas

    1 Se a empresa aplicar alguma sano abusiva, noscasos das alneas a), b) e d) do n. 1 da clusula 78., in-demnizar o trabalhador nos termos gerais de direito, com

    as alteraes constantes dos nmeros seguintes.2 Se a sano consistir no despedimento, a indemni-zao no ser inferior ao dobro da fixada na clusula 88.,sem prejuzo do direito do trabalhador optar pela reinte-grao na empresa, nos termos da clusula 87.

    3 Tratando-se de suspenso, a indemnizao no serinferior a 10 vezes a importncia de retribuio perdida.

    Clusula 80.

    Consequncias especiais da aplicao de sanes abusivas

    1 Se a entidade patronal aplicar alguma sano abu-siva ao trabalhador, este ter os direitos consignados naclusula anterior, com as seguintes alteraes:

    a) Os mnimos fixados no n. 3 so elevados ao dobro;b) Em caso de despedimento, a indemnizao nunca ser

    inferior retribuio correspondente a um ano.

    Se se tratar do caso previsto no n. 3 da clusula 78.,sem prejuzo do direito de a trabalhadora optar pela reinte-grao prevista nos termos da clusula 87., a indemnizaoser o dobro da fixada na clusula 89. ou a correspondenteao valor das retribuies que a trabalhadora teria direito areceber se continuasse ao servio at ao final do perodo,consoante a que for mais elevada.

    Clusula 81.Processo disciplinar

    1 O exerccio do poder disciplinar implica a averi-guao dos factos, circunstncias ou situaes em que aalegada violao foi praticada, mediante processo disci-plinar, nos termos dos nmeros seguintes.

    2 O processo disciplinar dever ficar concludo noprazo mximo de 30 dias, salvo se, no interesse da defesa,fundamentado por escrito, se justificar a sua prorrogaoat igual perodo.

    3 Devem ser asseguradas ao trabalhador as seguintesgarantias de defesa:

    a) Na inquirio, o trabalhador a que respeita o processodisciplinar, querendo, ser assistido por dois companheirosde trabalho pe ele escolhidos;

    b) A acusao tem de ser fundamentada na violao dalei ou deste CCT e deve ser lavada ao conhecimento dotrabalhador atravs da nota de culpa, elaborada e escritanos termos legais, com prova da sua recepo;

    c) No acto da entrega da nota de culpa o trabalhadordeve ser esclarecido de que com a sua defesa deve indicaras testemunhas e outros meios de prova de que se queiraservir;

    d) O prazo da apresentao da defesa de cinco dias acontar da recepo da nota de culpa;

    e) Devem ser inquiridas as testemunhas pelo trabalhador;f) Conforme o processo estiver completo, ser presente,conforme os casos, comisso sindical ou ao delegado

    sindical, pela indicada ordem de preferncia, que se deverpronunciar no prazo de cinco dias teis;

    g) A entidade patronal ou quem por ela for delegadodever ponderar todas as circunstncias, fundamentar adeciso a referenciar na mesma as razes aduzidas pelaentidade mencionada na alnea anterior que se tiver pro-

    nunciando;h) A deciso do processo, quando for no sentido do

    despedimento, mas com parecer desfavorvel das entidadesreferidas na alnea anterior, s poder ser proferida apsdecurso de cinco dias sobre o termo do prazo ali fixadoe deve ser comunicada ao trabalhador, por escrito, com aindicao dos fundamentos considerados provados.

    4 A falta das formalidades referidas nas alneas a),b), e), f) e g) do nmero anterior determina a nulidadeinsuprvel do processo e consequente possibilidade de seaplicar a sano.

    5 O trabalhador arguido em processo disciplinar pode

    ser suspenso previamente at deciso final, no caso de semostrar provvel que a sua continuao ao servio poderlev-lo a reincidir na alegada infraco ou a interferir ne-gativamente no desenvolvimento do processo, mantendo,

    porm, o direito a todas as regalias durante o tempo em quedurar a suspenso preventiva, nomeadamente o pagamentopontual da retri