Buzatto Estudo Da Polissemia

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  • 7/21/2019 Buzatto Estudo Da Polissemia

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    Estudo da Polissemia: Uma Questo Lingstica

    Eliane Gisela Buzatto eSilvana Regina Marcon 4

    Nosso propsito neste trabalho abordar a questo dosignificado, numa tentativa de elucidar aspectos lingsticos comrelao polissemia, especificamente. Para tanto, levamos em

    considerao os seguintes pressupostos:

    - os fundamentos de natureza semntica nas gramticas tradicionaisso insuficientes,

    - o predomnio de concepes formalistas de linguagem, emdetrimento de abordagens que exploram as questes de sentido, temgerado um processo de excluso de prticas de anlise semntica noscurrculos escolares;

    - a lacuna existente no processo ensino-aprendizagem no que se referea concepes de uma teoria que leve em considerao aspectossemnticos da linguagem, em diferentes situaes de comunicao;

    4Especialistas em Lngua Portuguesa.

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    - a carncia de uma reflexo crtica sobre a literatura polissmica, luzda Lingstica Textual, que verifica a relao da linguagem (do texto)com o contexto histrico-social, de acordo com suas condies

    simblicas (lingsticas) e imaginrias (ideolgicas) de produo;- a contextualizao da leitura conduz os alunos reflexo dasquestes de poder, das relaes sociais, das formaes ideolgicas, oque possibilita uma produo de sentidos relacionados entre si e noem sentido nico como produto, mas uma mltipla significao.

    Diante disso, analisaremos o conceito de homonmia epolissemia, em diversas gramticas, por diversos autores e, embasados

    na Lingstica Textual, reelaboraremos o conceito polissmico. Porfim, nosso objetivo tambm motivar reflexes que iluminem aconstruo de uma prtica eficaz, onde o saber seja instrumento decompreenso e transformao da realidade.

    1. - Levantamento e anlise dos conceitos de homonmia epolissemia nas gramticas tradicionais (GTs)

    1.1 - Consideraes preliminares

    " O que constitui a originalidade e a fora dalinguagem humana o fato da palavra poder figurar em vrioscontextos.

    A lngua dos homens difere essencialmente da

    animal, pois, os elementos desta no so combinveis uns comos outros.

    As palavras da linguagem humana, pelo contrrio,entram numa srie de construes que podemos variar

    segundo nossa vontade ou nossa fantasia; um numero deelementos lxicos, assaz restrito, pode, assim, bastar paradizer o que se deseja"(Meillet, Antnio, apud Madre Olvia e

    outros, 1985, p. 23).

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    Como seria, ento, uma "boa" gramtica do portugus?Idealmente, ela deveria desempenhar a contento duas funes: (a)descrever as formas da lngua (isto , sua fonologia, sua morfologia e

    sua sintaxe), e (b) explicar o relacionamento dessas formas com osignificado que veiculam. A relao entre o aspecto formal e o aspectosemntico da linguagem estaria, portanto, entre os principais objetivos

    para a elaborao de uma boa gramtica.

    Nossa pesquisa, realizada em vrias Gramticas Tradicionais5,permitiu a identificao dos aspectos e enfoques dispensados homonmia e polissemia ou, segundo Madre Olvia, polissemiae/ou homofonia6(1985, p.29).

    Objetivamos, por conseguinte, deixar claro em que se igualamou se diferenciam os conceitos gramaticais a respeito do assunto, jque, no plano sincrnico, polissemia e hominmia podem facilmente serconfundidas. Pretendemos, aps estudos e anlise comparativa, chegar nossa prpria concepo, base de nossa proposta metodolgica.

    5 O levantamento e a tabulao dos conceitos sobre homonmia e polissemiaforam trabalhados em conjunto com a Prof.a Ophelia Sumpta Buzzato

    Paetzold.6 A homonmia perfeita se d nos casos de homofonia. e no no caso de ho-

    mografia, pois a mesma permite marcar uma relao de diferena entre ossignificados.

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    1.1.1 - Conceito segundo Evanildo Bechara (1970)

    a) Homonmia:

    "E o fato de haver vocbulos que se pronunciam da mesmamaneira, mas que tm sentidos diferentes. Podem ter ou no amesma grafia. Os que se pronunciam da mesma maneira sohomfonos, e os que se grafam igualmente dizem-sehomgrafos, lima: a) fruto, b) ferramenta; nora: a) a mulherdo filho em relao aos pais dele, b) aparelho para tirar guados poos, rios, etc. coser: costurar, cozer: cozinhar; espiar:

    olhar, expiar: pagar uma pena; seo, seco: diviso,repartio, parte de um todo; sesso: reunio; cesso: ato deceder" (p. 344)

    a) Polissemia:

    "Semntica o estudo da significao dos vocbulos e dastransformaes de sentido por que estes mesmos vocbulos

    passam. No decorrer da histria nem sempre o vocbuloguarda seu sentido etimolgico. Por diversos motivos ovocbulo passa alm de sua significao e assume novosvalores. A significao das palavras est intimamenterelacionada com o mundo das idias e dos sentimentos. Entreas idias e os sentimentos no h separao absoluta, porisso que as associaes se estabelecem. Exemplo: vendo uma

    substncia ou um objeto muito achatado, muito delgado epouco resistente, por exemplo, de estanho, ou de ouro,

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    finamente laminado, algum foi levado a compar-lo a umafolha de rvore; pode-se, assim, dizer com propriedade eclareza uma folha de estanho, de ouro, de papel, etc. Outra

    associao, posterior presente, deu-se ao vocbulo folha como sentido bem elstico de jornal; uma folha diria. O vocbulocorao serviu para exprimir tanto a parte interior de umlegume ou fruta (corao de melancia), ou serviu como aessncia de um assunto: "est no corao da questo ", comoainda os sentimentos cuja sede parece estar no fundo do nosso

    ser; "esse homem no tem corao". Todas essas associaesdo origem ao que se chama em literatura, imagens. Entre as

    causas que provocam a mudana de significao dos vocbulosas principais so: a) Metfora - transladao de sentido porcomparao mental. Exemplo: cabelos de neve; pesar asrazes; negros pressentimentos; doces sonhos, b) Catacrese -empregos de expresses por no haver termos prprios paradesignar certas partes. Exemplo: boca do estmago; dentes do

    garfo ,etc. c) Metonmia -transladao de sentido pelaproximidade de idias"(p.344).

    Quanto homonmia, Bechara apresenta um conceito bastantelimitado, o mesmo no ocorrendo com a polissemia, na qual se percebesua preocupao em evidenciar a evoluo histrica das palavras,quando as mesmas vo adquirindo significados diferentes.

    A par dos novos valores que destaca para o vocbulo, nodecorrer da histria, refere a significao das palavras a idias e a

    sentimentos, bem como aponta figuras de linguagem como causas demudanas de significaes.

    1.1.2 Conceito segundo J. Mattoso Cmara Jr. (1978)

    a) Homonmia

    " a propriedade de duas ou mais formas, inteiramente

    distintas pela significao ou funo, terem a mesma estruturafonolgica: os mesmos fonemas, dispostos na mesma ordeme

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    subordinados ao mesmo tipo de acentuao. Exemplos: a) umhomem so; b) So Jorge; c) so vrias as circunstncias. Ahomonmia assim nas lnguas uma deficincia do princpio

    geral da distino fonolgica como base da distino formal.Ela possvel sem prejuzo da comunicao lingstica emvirtude do papel do contexto na significao de uma forma,como sucede com sonos exemplos dados. Como a significa-o lingstica envolve sempre a polissemia, a descriolingstica tem de saber distinguir entre a polissemia de uma

    forma e a homonmia de duas ou mais formas. H, para isso,dois critrios: 1) diacrnico, que considera homnimas apenas

    as formas convergentes da gramtica histrica; exemplo: so-lat. Sunt, sanu, port. santo em prclise; 2) sincrnico, queconsidera homnimas as formas fonolgicamente iguais, cujas

    significaes no se consegue associar num campo semnticodefinido; o que nem sempre conseqncia de se tratar de

    formas convergentes (exemplo: cabo: - "acidente geogrfico";cabo - "posto militar"; lat. Caput). So, por outro lado,necessariamente homnimas as formas fonolgicamente iguaisque representam diferentes classes de vocbulos (exemplo:alimento, substantivo. - alimento, forma verbal" (p 139).

    b) Polissemia

    "Propriedade da significao lingstica de abarcar toda umagama de significaes que se definem e precisam dentro de um

    contexto. Convm no confundi-la com a homonmia, embora adistino s vezes seja lbil (Ulmann, 1952, p. 180). Todas as formasda lngua apresentam polissemia, que se refere tanto significaogramatical ou interna (como nas preposies, nas conjunes, nasflexes, etc), como significao externa concentrada nos semantemase caracterizadora das palavras, mas h casos extremos que

    principalmente chamam a ateno na descrio lingstica, conformepreposio a - ir a Lisboa, andar a p, falar a Pedro, ou andar em -

    andar a largos passos, andar de automvel, andar doente. Ascorrespondncias de formas, de uma lngua a outra, nunca se mantm

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    em todo o campo polissmico que cada forma na sua lngua abrange, oque complica a tcnica de fatura do dicionrio bilnge e a traduo delngua a lngua A metfora e a metonmia ainda tornam mais complexa

    a polissemia de cada forma lingstica" (p 194)Confrontando os conceitos de Mattoso Cmara Jr. acerca de

    hominmia e polissemia, percebe-se que ele d nfase diacronia oucritrio etimolgico, mas, ao conceituar polissemia, o problema secomplica, pois nem sempre possvel especificar os timos comexatido, devido falta de documentao inerente.

    Por isso, uma questo se torna necessria: at que ponto se teria

    homonmia e onde comea a polissemia?O autor acha vantajoso introduzir consideraes diacrnicas na

    descrio sincrnica, reconhecendo que, ainda assim, a diacronia falhana descrio sincrnica Aponta para esta situao com o melhorcritrio (sinttico), a distribuio das formas, a saber:

    a) distribuio igual indicaria polissemia: cabo, com seus vriossignificados, tem sua distribuio como substantivo, sendo, con-

    forme a frase, classificado tanto como sujeito, quanto como ob-jeto,

    b) distribuio sinttica, indicaria homonmia: canto (o canto =substantivo), (eu canto = forma verbal)

    Tal critrio vlido para distinguir funcionalmente polissemia dehomonmia, mas no contribui para resolver os problemas semnticosenvolvidos.

    1.1.3 Conceito segundo Enas Barros (1985)

    a) Homonmia:

    E o fenmeno semntico que consiste no fato de dois ou maiscontedos diferentes serem recobertos pela mesma formalingstica. E o caso de manga associado tanto ao contedo"parte da roupa que cobre o brao" quanto ao contedo "frutatropical", sem que haja um nico sema em comum dentre os

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    dois sememas. Ocorre homonmia quando palavras de origemdiversa, por fora da evoluo fontica, coincidentementeassumem a mesma forma, mantendo, porm, o significado de

    origem de cada uma das formas resultantes. Assim, sanctum(adjetivo) - so (adjetivo: de santo), sanum (adjetivo) - so(adjetivo: de sadio); sunt (verbo) - so (verbo ser). Tenha emvista que na homonmia esto presentes duas ou mais formasfonolgicas cujas significaes, entretanto, no se associam. Hcoincidncia fonolgica, mas se distribuem no contexto e naclasse gramatical. Exemplo: "Sero eles capazes de fazersero todos os dias do ms? So homnimas as palavras que se

    aproximam em seus significantes prosdica ou graficamenteDa os diferentes tipos de homnimos: 1) homgrafos:identidade prosdica e diferena fontica. Exemplos: almoo(substantivo) - almoo (verbo), apoio (verbo) - apoio(substantivo), forma () - forma (): plo (substantivo) -pelo(verbo) - pelo (contrao). 2) Homfonos: identidade

    prosdica e diferente significante. Exemplos: cegar (no ver) -segar (cortar), cela (pequeno quarto) sela (arreio); concerto(sesso musical) - conserto (remendo); pao (palcio) - passo(caminhar). 3) homfonos-homgrafos: identidade prosdicae grfica. Exemplos: andamos (presente) - andamos (perfeitodo verbo andar), cedo (advrbio) - cedo (verbo ceder); leve(adjetivo) - leve (verbo levar); luxo (ostentao) - luxo (verboluxar); so (de santo) - so (sadio) - so (verbo ser). Os limitesentre a homonmia e a polissemia so imprecisos e arbitrrios.

    A polissemia consiste na analogia parcial entre sememasrevestidos pela mesma forma, como acontece com capa (delivro ou pea de vesturio), leito (cama e fundo de rio)"(p.357).

    b) Polissemia:

    "A polissemia ocorre quando um s significante assume vrios

    significados. Em outros termos, a mesma palavra dotada devrios significados, que, todavia, dependem sempre do

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    contexto. A polissemia uma relao exclusivamentesincrnica. Decorre de necessidade irremovvel para acomunicao de uma idia, uma vez que nenhuma lngua

    possui palavra especial para cada signo A lngua obedece,atravs da polissemia, ao princpio da economia; elareaproveita vrias vezes o mesmo signo, fazendo variar-lhe osignificado. a polissemia responsvel por muitos caos deambigidade, quando no distribudos no contexto meios que

    permitam esclarecer o sentido da palavra polissmica.Exemplo: Se digo pura e simplesmente "comprei um pente" -ocorre a ambigidade. Se, porm, digo: "comprei um pente

    para minha arma" obviamente tal objeto no servir parapentear os cabelos. Em frases como "O papel que desempenheina pea foi dos mais difceis"; "Deu um furo na primeira

    pgina do jornal", "Estava vrios furos acima dele", osignificados das palavras papel e furo esto definidos pelocontexto. Em resumo, polissemia consiste na propriedade deum significante lingstico aceitar dois ou mais significados,s definveis pelo contexto" (p. 359).

    Barros estuda os homnimos como fenmeno semntico,atribuindo evoluo fontica a mesma forma de dois ou maiscontedos diferentes que mantm seus significados distintos. Quanto

    polissemia, considera-a como a multiplicidade de significados de umapalavra. Para ele, as lnguas no possuem termos especiais para casasigno, obedecendo, ento, ao princpio da economia, reaproveitandovrias vezes o mesmo termo. Menciona a ambigidade como caso de

    polissemia, cabendo ao contexto resolver esta situao.

    Barros define, ento, como arbitrrios e imprecisos os limitesentre homonmia e polissemia.

    1.1.4. Conceito segundo Rocha Lima (1985)

    a) Homonmia:

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    "Outro fator de perturbao da boa escolha das palavras aexistncia de homnimos. A rigor, s deveriam serconsiderados como tais aquelas palavras que, tendo origem

    diversa, apresentassem a mesma forma em virtude de umacoincidncia na sua evoluo fontica. No entanto, sem cogitarda origem das palavras, costuma-se entender sob estadesignao todas as palavras que, possuindo forma idntica,designem coisas distintas. Exemplo: cabo (posto militar), cabo(acidente geogrfico), real (verdadeiro). Real (de rei). Hhomnimos que, apesar de terem as mesmas vogais econsoantes, se escrevem diferentemente. Exemplos: espiar e

    expiar; coser e cozer, bucho e buxo; insipiente e incipiente;sesso, seo e cesso; maa e massa, taxar e tachar, etc Esteschamam-se especialmente homfonos" (p. 451).

    b) Polissemia:

    "No mbito puro da denotao, preciso levar em conta apolissemia - vale dizer a multiplicidade de sentidos imanentesem toda palavra, de que resulta que a sinonmia dependefundamentalmente do contexto. Observam-se os variadossentidos de romper, nas frases abaixo: rompeu a roupa noarame farpado (rasgou), rompeu um segredo (revelar),romperam as msicas (principiaram); o senador rompeucom o Governo (brigou com, desligou-se de), a cavalariaromper as hostes inimigas (destroar). Ou os do adjetivo

    grave em: doena grave (sria, capaz de ocasionar a morte),voz grave (baixa), vocbulo grave (paroxtono); homem deaspecto grave (circunspecto, sisudo)" (p. 449).

    Rocha Lima considera a parte da significao de uma palavraque diz respeito funo representativa da linguagem, a denotao,aquela outra, referente - segundo este gramtico - capacidade dela

    para funcionar como exteriorizao psquica, ou apelo, a conotao.

    "No difcil concluir que o exame da conotao se situa narea da Estilstica, e s se precisa no contexto" (Lima, 1985).

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    Tanto homonmia como polissemia so conceituadas por essegramtico, com muitos limites, colocando, tanto uma quanto a outra,em alguns fatos (pontos) da Estilstica Lxica, considerando a

    denotao e a conotao para a significao dos mesmos.

    1.1.5 Conceito segundo Luiz Antnio Sacconi (1986)

    a) Homonmia:

    "Particularidade de duas ou mais palavras possurem identidade

    de sons ou de forma, mas diversidade de significado. Assim, aspalavras homnimas podem ser homfonas (acento/assento,concerto/conserto), homgrafas (pode/pde, olho/olho - verboe substantivo) e perfeitas (rio/rio - verbo e substantivo,so/so/so -verbo, adjetivo e substantivo). No campodiacrnico, faz-se distino entre homonmia e polissemia. Pordiacronismo s h homonmia quando uma palavra possuivrios significados, mas resulta de vocbulos distintos.

    Exemplo: rio - provm de rivu (substantivo latino) ou de rideo(verbo latino), so - provm de sunt (verbo), sanu (sadio) esanctu (santo)" (p.352).

    b)Polissemia:

    "H polissemia quando uma palavra adquire multiplicidade desentido, que se explica dentro de um contexto, neste caso,trata-se realmente de uma nica palavra, que abarca grandenmero de acepes dentro do seu prprio campo semntico.Observe a multiplicidade de sentidos do verbo fabricar nestasfrases: fabricar balas (manufaturar); fabricar ninhos(construir), fabricar advogados (engendrar), fabricarmoedas (cunhar), fabricar a prpria desgraa (maquinar,preparar), fabricar um dolo (inventar) (...) Exemplo do

    adjetivo fino: voz fina (aguda), lmina fina (afiada); livrofino (que no grosso), homem fino (educado), ambiente

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    fino (seleto), vinho fino (excelente), fino acabamento(apurado)" (p.353).

    Sacconi (1986, p. 353) tambm considera as conjunes que,

    se, como, porque, porquanto como polissmicas, ora aparecendo comum valor, ora com outro, dependendo do contexto de seus usos.

    As catacreses, como barriga da perna, cu da boca, dente dealho so apontados pelo autor como exemplos tpicos de polissemia.

    Referindo-se conotao, Sacconi afirma:

    " a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se no seu

    campo semntico, dentro de um contexto, podendo causarvrias interpretaes. O autor de uma obra literria dela se valepara criar uma realidade imaginria. Exemplo: As estrelas docinema. O jardim vestiu-se de flores O fogo da paixo"(p.353).

    Sacconi faz a distino entre homonmia e polissemiareferindo-se ao nmero de palavras que se envolvem na significao.

    No expressa, contudo, com quem se relacionam as homnimas, comoenfatiza as palavras polissmicas que adquirem vrios significados nocontexto.

    Sacconi no avana quanto polissemia, na abrangncia docontexto. Entretanto, seus exemplos permitem maior compreenso deseus conceitos.

    1.1.6 Conceito segundo Domingos Paschoal Cegalla (1993)

    a) Homonmia:

    "Homnimos so palavras que tm a mesma pronncia e, svezes, a mesma grafia, mas significao diferentes. Exemplos:so (sadio), so (verbo ser) e so (santo); ao (substantivo) easso (verbo). S o contexto que determina a significao doshomnimos. A homonmia pode ser causa de ambigidade, porisso considerada uma deficincia dos idiomas. O que maisnos impressiona nos homnimos o seu aspecto fnico (som) e

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    o grfico (grafia). Da serem divididos em 1) Homgrafosheterofnicos (iguais na escrita e diferentes no timbre ou naintensidade das vogais): - rego (substantivo) e rego (verbo);

    colher (verbo) e colher (substantivo); vede (verbo ver) e vede(verbo vedar), apoio (verbo) e apoio (substantivo); pra(verbo parar) e para ( preposio); providncia (substantivo) eprovidencia (verbo); s (substantivo) e as (artigo), plo(substantivo), plo (verbo pelar) e pelos (contrao de per + o).Observao: Palavras como as dos cinco ltimos exemplos, arigor no so homgrafos, visto que o acento grfico desfaz ahomografia. Razes de ordem didtica, porm, nos levam a

    inclu-las neste grupo de homnimos. 2) Homfonosheterogrficos (iguais na pronncia e diferentes na escrita): -acender (atear, pr fogo) e ascender (subir), consertar(repara, emendar) e concertar (harmonizar); concerto(harmonia, sesso musical) e conserto (ato de consertar), cegar(tornar cego) e segar (cortar, ceifar); aprear (marcar o preo)e apressar (acelerar), cela (quarto pequeno) e sela (arreio),sela (verbo selar); censo (recenseamento) e senso (juzo);cerrar (fechar) e serrar (cortar); pao (palcio) e passo(andar), hera (trepadeira) e era (verbo), caar (ato de caar) ecassa (tecido), cassa (verbo cassar = anular); cesso (ato deceder), seo (diviso, repartio) e sesso (tempo de umareunio ou espetculo). 3) Homfonos homogrficos (iguaisna escrita na pronncia ): - caminha (substantivo), caminha(verbo), cedo (verbo), cedo (advrbio); somem (verbo somar),

    somem (verbo sumir), livre (adjetivo), livre (verbo livrar),pomos (substantivo), pomos (verbo pr), alude (avalancha),alude (verbo aludir)" (p.284).

    b) Polissemia:

    "Uma palavra pode ter mais de uma significao. A esse fatolingstico d-se o nome de polissemia. Exemplos: mangueira:tubo de borracha ou de plstico para regar as plantas ou apagar

    incndios, rvore frutfera; grande curral de gado; pena:pluma,pea de metal para escrever; punio, d, velar: cobrir com

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    vu; ocultar; vigiar; cuidar; relativo ao vu do paladar.Podemos citar ainda, como exemplos de palavras polissmicas,o verbo dar e os substantivos linha e ponto, que tm dezenasde acepes. (1) Existe ainda a variante seco (latim section,sectionis = corte), que se aplica melhor ao sentido etimolgico(corte, amputao). Sentido prprio e sentido figurado: as

    palavras podem ser empregadas no sentido prprio ou nosentido figurado. Exemplos: construir um muro de pedra(sentido prprio); nio tem um corao de pedra (sentidofigurado), a gua pingava da torneira (sentido prprio), ashoras iam pingando lentamente (sentido figurado). Denotaoe conotao: observe a palavra em destaque destes exemplos:

    comprei uma correntinha de ouro. Fulano nadava em ouro.Noprimeiro exemplo, a palavra ouro denota simplesmente oconhecido metal precioso, dctil, brilhante, e cor amarela - temsentido prprio, real, denotativo.No segundo, ouro sugere ouevoca riquezas, opulncia, poder, glria, luxo, ostentao,conforto, prazeres - tem sentido conotativo, possui vriasconotaes (idias associadas, sentimentos, evocaes queirradiam da palavra). Como se v, certas palavras tm grande

    poder evocativo, uma extraordinria carga semntica, socapazes de sugerir muito mais do que o designado,desencadeando, conforme a situao, idias, sentimentos, eemoes de toda ordem. Quantas coisas podem sugerir palavrasconotativas como selva, mar, praia, sol, festa!" (p 285)

    Conceituando homonmia e polissemia, Cegalla considera ocontexto como caracterstica de significao.

    Atribui homonmia a possibilidade de causar ambigidade,sendo, por isso, uma deficincia dos idiomas.

    Em relao aos outros gramticos trabalhados, Cegalla avanaem relao diviso dos homnimos e, na polissemia aborda palavrascom sentido prprio e com sentido figurado, enfocando, tambm, adenotao e a conotao, destacando nesta, grande poder evocativo eextraordinria carga semntica para muitas palavras que, por seremcapazes de sugerir muito mais do que o objeto designado, enriquecemqualquer trabalho escolar nessa linha.

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    Na pgina seguinte apresentamos o "resumo comparativo sobreconceitos de homonmia e polissemia nas gramticas tradicionais(GTs)".

    2. - Reconstruo do conceito de polissemia

    Polissemia o conjunto de possibilidades de significao que osvocbulos apresentam em diferentes contextos, de acordo com ahistria de um grupo social e a carga cognitiva e emocional dos

    sujeitos envolvidos no ato da linguagem.

    Ao procedermos a reconstruo acima, levamos em consideraoque homonmia e polissemia so fenmenos lingsticos queapresentam palavras com a mesma forma e diferentes significados.Igualmente, que a distino feita porque a polissemia apresentaapenas um significante, um timo, para vrios significados, enquantoque na homonmia, os significantes so dois ou mais, podendocoincidir na forma, mas tendo origem diferente (etimologia). Nesta, soduas ou mais formas fonolgicas, cujas significaes no se associam.

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    6.DomingosPaschoalCegalla(1993)

    5.LuizAn

    tonioSacconi(1986)

    4.RochaL

    ima(1985)

    3.EnasB

    arros(1985)

    2.J.Matto

    soCmaraJr.1978

    1.EvanildoBechara(1970)

    6.DomingosPaschoalCegalla(1993)

    5.LuizAn

    tonioSacconi(1986)

    4.RochaL

    ima(1985)

    3.EnasB

    arros(1985)

    2.J.Matto

    soCmaraJr.(1978)

    1.EvanildoBechara(1970)

    AUTORES

    X X X X Xi

    Xi i

    X Xi Contexto

    1 1 1X

    1X X X X

    i Diacronia/EtimologiaX X X X X

    iX

    iX X

    i SincroniaX X X X X X X X X X X X N de significantes l(um)

    2(dois) ou mais(+)X X X X X X X X X X X N- de significados - Cada

    Vocbulo - MultiplicidadeX X

    1 1 1 X

    Campo semntico

    xx

    X1

    xx -- 1 1 1 1

    1 1 ConotaoDenotao

    T X

    *

    T T 1 1 1 Formas (classesgramaticais queapresentam polissemia)

    iX3

    X1

    X2

    1 1 Figuras de linguagem

    X X

    1 1 Cognitivo/Afetivo X X X X

    X Homfonos

    1 X X X Homgrafos

    1

    X1 1

    Perfeitos X

    1 1 1 Homgrafosheterofnicos

    X1 1 Homfonos

    heterofnicos

    POLISSEM

    IA

    X 1 1

    HOMONMIA

    Homfonoshomogrficos

    CAR

    ACTERSTICAS

    x1= metfora e metonmia; x2 = metfora, metonmia e catacrese; x3= catacrese; x*= verbo,adj.,conj. e subst.; T= todas

    Esta distino j seria suficiente para percebermos os limitesdidtico-pedaggicos ao trabalharmos a questo do significado. Ahomonmia est na ordem do lxico, sugerindo atividades que odicionrio ajuda a resolver, enquanto que a polissemia, por apresentarmltiplos valores semnticos, leva em conta as relaes entre lngua,

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    cultura e histria. Tais relaes apresentam uma contribuio maior noque tange ao papel da significao para melhor entendermos o mundo.

    Desta forma, concordamos com Ulmann (1964), que declara no

    ver vantagens positivas na homonmia, afirmando: " impossvelimaginar uma lngua sem polissemia, ao passo que uma lngua semhomnimos no apenas concebvel: seria, de fato, um meio maiseficiente".

    O papel do contexto deve, portanto, ser considerado ponto departida para o estudo da polissemia, pois, ler um ato de inteligncia,de raciocnio que, aliado ao fator emocional, cultural e social, nos

    permite a apreenso das diferentes ideologias veiculadas atravs dosdiversos tipos de textos.

    Tambm privilegiamos a viso de Orlandi (1988), que amplia oaspecto da polissemia no plano discursivo, sem negar a ocorrncia damesma a nvel vocabular e frasal. Ela coloca como polissmicas todasas possveis leituras que se possam fazer de um mesmo texto,defendendo a idia de que cada leitor constri sua histria de leitura.

    Tais concepes reforam a importncia da Semntica emabordagens, estudos e aplicao de uma proposta metodolgica, no quediz respeito ao significado.

    Ainda:

    "Finalmente, cabe observar que, embora os estudos denatureza semntica ainda no tenham sido aprofundados o

    suficiente para responder a um grande nmero de questes

    cotidianamente formuladas aos campos da pesquisa e doensino, a cincia da linguagem somente expandir os limitesde suas investigaes acerca da natureza de seus objetos - alngua, o texto, o discurso - na medida em que lhe forem

    propostas questes que atendam a diferentes ordens dereflexo sobre o funcionamento da linguagem " (Zandwais,1994, p. 06).

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    3. - Sugestes para abordagens polissmicas em textos publicitrios

    Entendemos ser importante para esta sugesto metodolgica a

    reflexo constante de que a linguagem faz parte do nosso cotidiano e,como tal, quaisquer manifestaes da lngua (ou linguagem) devem sertrabalhadas, em diferentes corpus, para redimensionar visestradicionais abordadas normalmente atravs de textos literrios emlivros didticos.

    nossa inteno, pois, contribuir para uma pedagogia crtica aomostrar que, para determinar com maior preciso a questo da

    polissemia, necessrio deixar de lado formas tradicionais onde tudoocorre em funo do explicar/copiar, partindo para uma viso maisabrangente que faa com que, realmente, o educando "aprenda aapreender" as diferentes possibilidades de sentido construdas a partirda leitura de discursos.

    Assim, abordar a pluralidade de discurso de uma sociedade, osmodos de discursos que ela mantm sobre si mesma, constitui uma via

    de acesso ao conhecimento a que nos referimos. Mas, para que acirculao dos mesmos tenha sentido, necessrio que educadores eeducandos estejam aptos a manipul-los e no a serem manipulados poreles.

    Para tanto, a teoria da anlise do discurso oferece-nos umametodologia que se alicera na questo da enunciao e pode ser umdos instrumentos mais valiosos para que consigamos trabalhar o

    pensamento crtico. Nesse sentido, destacamos, como exemplo, o texto

    publicitrio, pelo seu poder persuasivo e por ser um dos discursos maisdifundidos pela mdia. Quanto prtica da anlise de tal discurso,devemos ter presente que:

    1) ele se inscreve na Histria e est relacionado s preocupaes deuma sociedade;

    2) um texto construdo;

    3) tem seu jogo ideolgico que pode ser desmontado.Os educandos devem observar, tambm:

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    1) a retrica dupla do discurso;

    2) a estrutura profunda de todo anncio: - COMPRE O PRODUTO XOU Y - modificada pela ocultao do verbo comprar;

    3) a relao complementar do texto e da imagem, isto , o acrscimode significados que a imagem pode dar ao texto e inversamente.

    Considerando, ento, bsicos os conceitos de interao, deprocesso constitutivo e de confronto de interlocutores no prprio ato delinguagem, oferecemos, a seguir, uma amostragem de prtica

    pedaggica. Salientamos, entretanto, que nossa inteno no fornecer

    um modelo, nem esgotar as possibilidades oferecidas pelos textos, masapenas sugerir possveis abordagens que podero ser enriquecidas poraqueles que, oportunamente, tero contato com tal material.

    TEXTO N 1

    1. Quais as palavras que esto contrapostas nesta propaganda?

    2. A que significaes possveis a palavra "purgatrio" nos remete?

    3. De acordo com o enunciado, qual o significado da palavra "paraso"em relao ao produto anunciado?

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    4. No texto, o que significa a expresso: "Voc tem que passar pelopurgatrio..."?

    5. O que significa a expresso: "Voc chega l"?

    6. Qual o objetivo do enunciador do texto?

    7. Reescreva o enunciado, tornando explcitos os objetivos do autor.

    TEXTO N 2

    1. Qual o sentido da expresso: "J perdemos a conta...", neste texto?

    2. Quais os sentidos que a palavra "conta" pode adquirir em outroscontextos?

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    3. Indique o sentido da palavra "monumento" no contexto dapropaganda: "J perdemos a conta de quantos monumentos ajudamos aerguer".

    a) ( ) construo;b) ( ) mausolu;c) ( )recordao;d) ( ) pessoa notvel.

    4. Construa frases com os outros sentidos que a palavra "monumento"pode apresentar, em diferentes contextos.

    5. Comente a inteno do autor ao usar "monumentos" ao invs de

    "mulheres".

    6. Escreva frases em que a palavra "erguer" adquira mais de umsentido, tendo como referncia diferentes contextos discursivos:

    a) Levantar;b) elevar;c) construir;

    d) fundar;e) edificar.

    7. Qual a relao entre o "Dia Internacional da Mulher" e oenunciado da propaganda?

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    TEXTO N 3

    1. O que significa a palavra VEJA na propaganda?

    2. O que significa VEJA com relao:

    a) a figura 1 da propaganda?b) a figura 2 (o todo) da propaganda?

    3. O que significa o enunciado: "A imprensa a vista da nao".

    4. Reescreva a frase de Rui Barbosa, substituindo a palavra "vista" poroutras, sem mudar o sentido da mesma.

    "A imprensa a vista da nao".

    5. Qual o objetivo do enunciador ao empregar as expresses:"Indispensvel" e "A maior e mais respeitada revista do Brasil"?

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    TEXTO N 4

    1. Quem so os sujeitos dos enunciados?2. Qual a ao da Duloren no texto?

    3. Qual a inteno do sujeito enunciador ao colocar Roberta Closecomo modelo na propaganda?

    4. Na expresso "Duloren - S prazer", qual o vnculo existente entre"Duloren" e "S prazer"?

    4. - Consideraes finais

    O estudo apresentado no corpus deste trabalho tem a vantagemde possibilitar que o leitor consiga vislumbrar uma linha atual das

    pesquisas sobre os aspectos tericos e prticos referentes polissemia,questo esta inerente linguagem e que, em boa hora, j comea amultiplicar-se entre os professores da Lngua Portuguesa.Paralelamente, teve como objetivo esclarecer aos docentes questes desuma importncia no que tange ao questionamento: o que

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    polissemia?, e de mostrar como a mesma pode ser explorada, atravs daanlise de textos publicitrios, ou seja, a maneira como podem ser

    planejadas as atividades de ensino, utilizando o material criado e

    distribudo pela sociedade.Desta forma, acreditamos que a escola pode constituir-se como

    um espao do discurso por excelncia, a qual contribui diretamentepara o redimensionamento do ser humano no seu papel cultural, sociale econmico e, conseqentemente, da sociedade como um todo.

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    __ Cadernos do Instituto de Letras - IL UFRGS, Porto Ale-gre, dezembro de 1994.