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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CABANA Barraca Para Feiras-Livres LUIZ AUGUSTO BARRETO SILVEIRA CURSO DE DESIGN INDUSTRIAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO BALNEÁRIO CAMBORIÚ – 2006.1

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CABANA Barraca Para Feiras-Livres

LUIZ AUGUSTO BARRETO SILVEIRA

CURSO DE DESIGN INDUSTRIAL

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BALNEÁRIO CAMBORIÚ – 2006.1

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LUIZ AUGUSTO BARRETO SILVEIRA

CABANA Barraca Para Feiras-Livres

BALNEÁRIO CAMBORIÚ

2006.1

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

curso de Design Industrial da Universidade do

Vale do Itajaí para a obtenção do título de

BACHAREL em DESIGN INDUSTRIAL, sob a

orientação da Srª. Professora Bianka Cappucci

Frisoni

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AGRADECIMENTOS:

Agradeço primeiramente a Deus, aos meus pais

por proporcionarem meus estudos e auxílios em

todos os momentos de minha vida. A família que

nem sempre presente fisicamente, mas sempre

demonstrando interesse nos acontecimentos, a

minha namorada pelo apoio nas horas mais

difíceis e a todos aqueles que pude contar com a

colaboração durante o andamento do projeto.

Gostaria de agradecer também ao empenho e

dedicação da profissional e professora Bianka

Cappucci Frisoni pela orientação e total

disposição no decorrer do semestre.

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RESUMO

Este projeto propõe uma nova concepção de barraca para venda de produtos nas

feiras livres que atenda bem as necessidades do público que comercializa, freqüenta e usufrui

do lazer urbano.

Para que ocorra a prática do lazer é necessário que exista uma certa infra-estrutura. E

quando se fala em infra-estrutura de um local ou cidade estamos falando também de seu

mobiliário. Na cidade o mobiliário urbano também é responsável por atender as necessidades

de lazer seja do cidadão ou do turista, essas necessidades são supridas através de bancos de

praça, quiosques, orelhões, feiras, parques e outros fazendo assim com que a população

interaja diretamente com o mobiliário.

Baseado nos conhecimentos e estudos aplicados ao design desenvolveu-se neste

projeto de produto uma estrutura modular, versátil que atenda requisitos de flexibilidade e

praticidade no deslocamento e montagem, com a pré-concepção voltada ao tema escolhido e

pré-determinado “Lazer”.

Palavras Chave – Mobilidade, Praticidade, Higiene, Design.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................................10

1.1 JUSTIFICATIVA......................................................................................................11

1.2 OBJETIVO ............................................................................................................... 11

1.2.1 Objetivo Geral ......................................................................................................11

1.2.2 Objetivo Específico ...............................................................................................11

1.3 METODOLOGIA UTILIZADA - MD3E..................................................................12

1.3.1 MD3E aplicado ao projeto CABANA ..................................................................13

2 PESQUISA .................................................................................................................15

2.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA.................................................................................15

2.1.1 Lazer .....................................................................................................................15

2.1.1.1 Turismo Gastronômico ........................................................................................16

2.1.2 Mobiliário Urbano ................................................................................................17

2.1.3 Estudo de Caso – Balneário Camboriú................................................................18

2.1.4 Origem das Feiras.................................................................................................25

2.1.4.1 Definição de Feira Livre ......................................................................................28

2.1.5 Mercado Atual ......................................................................................................28

2.1.5.1 Barracas (Balneário Camboriú)............................................................................28

2.1.5.2 Barracas (Rio de Janeiro).....................................................................................29

2.1.5.3 FIBRAENG.........................................................................................................30

2.1.5.4 STALL UP ..........................................................................................................31

2.1.5.5 Produtos Similares...............................................................................................32

2.2 ESTADO DO DESIGN .............................................................................................40

2.3 PESQUISA DE CAMPO...........................................................................................44

2.3.1 Visita de Observação ............................................................................................48

3 CONCEITUAÇÃO.....................................................................................................49

3.1 PROBLEMA DE PROJETO .....................................................................................49

3.2 ANÁLISE DA PROBLEMÁTICA............................................................................49

3.3 BRIEFING ................................................................................................................50

3.4 PAINEL SEMÂNTICO.............................................................................................51

4 CONCEPÇÃO ............................................................................................................53

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4.1 FERRAMENTAS E TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE UTILIZADAS ....................53

4.2 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS...........................................................................54

4.2.1 Alternativa 01 .......................................................................................................54

4.2.2 Alternativa 02 .......................................................................................................57

4.2.3 Alternativa 03 .......................................................................................................59

4.3 ALTERNATIVA ESCOLHIDA................................................................................61

4.4 PERSPECTIVA ........................................................................................................64

4.5 RENDER 1................................................................................................................65

4.6 RENDER 2................................................................................................................66

4.7 AMBIENTAÇÃO 1 ..................................................................................................67

4.8 AMBIENTAÇÃO 2 ..................................................................................................68

5 REGISTRO DE PROJETO .......................................................................................69

5.1 MODELO VOLUMÉTRICO (ESCALA) ..................................................................69

5.1.1 Modelo Volumétrico (escala) – Materiais ............................................................69

5.1.2 Modelo Volumétrico (escala) – Execução ............................................................70

5.1.3 Modelo Volumétrico (escala) – Análise Final ......................................................72

5.2 ANÁLISE VOLUMÉTRICA (TAMANHO REAL) ..................................................72

5.2.1 Análise Volumétrica (tamanho real) - Execução .................................................73

5.2.2 Análise Volumétrica (tamanho real) – Análise Final ..........................................74

5.3 DESENHO TÉCNICO ..............................................................................................75

5.4 MEMORIAL DESCRITIVO .....................................................................................83

5.4.1 Função Estético Formal........................................................................................83

5.4.2 Grafismos e Marca do Produto ............................................................................84

5.4.3 Função de Marketing ...........................................................................................85

5.4.4 Função de Uso.......................................................................................................86

5.4.5 Função Ergonômica..............................................................................................86

5.4.5.1 Usabilidade..........................................................................................................86

5.4.5.2 Adequação Antropométrica .................................................................................87

5.4.5.3 Adequação Fisiológica Ambiental .......................................................................89

5.4.6 Função Técnica ....................................................................................................90

5.4.6.1 Sistema Construtivo.............................................................................................90

6 MATERIAIS ..............................................................................................................92

6.1 ESTRUTURA PRINCIPAL ......................................................................................92

6.2 MATERIAIS ESCOLHIDOS....................................................................................93

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6.2.1 Termoplásticos......................................................................................................93

6.2.1.1 Nylon 6................................................................................................................ 93

6.2.1.2 PEAD.................................................................................................................. 95

6.2.2 Metais Não-Ferrosos.............................................................................................96

6.2.2.1 Alumínio ............................................................................................................. 97

6.3 PROCESSOS E FABRICAÇÃO ...............................................................................99

6.3.1 Processos Termoplásticos – Nylon 6 e PEAD ......................................................99

6.3.2 Metais Não-Ferrosos – Alumínio .........................................................................101

7 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 104

REFERÊNCIAS ............................................................................................................105

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Mapa com trajetória de Joinville a Balneário Camboriú..................................20

Figura 2 – Vista do mirante do parque Unipraias .............................................................21

Figura 3 – Vista da praia central ......................................................................................22

Figura 4 – Parque da Santur.............................................................................................23

Figura 5 – Cristo Luz ......................................................................................................23

Figura 6 – Feira de São Joaquim – Bahia.........................................................................27

Figura 7 – Feira da Colatina ............................................................................................27

Figura 8 – Barracas (Balneário camboriú) .......................................................................29

Figura 9 – Toldo unilateral ..............................................................................................29

Figura 10 – Quiosques FIBRAENG ................................................................................30

Figura 11 – Barraca STALL-UP 1,40 x 1,40....................................................................31

Figura 12 – Feira STALL-UP..........................................................................................31

Figura 13 – Tenda aberta .................................................................................................32

Figura 14 – Tenda fechada ..............................................................................................32

Figura 15 – Barracas canadenses .....................................................................................33

Figura 16 – Barraca tipo Iglu...........................................................................................33

Figura 17 – Barraca Cota 2..............................................................................................34

Figura 18 – Estacas .........................................................................................................35

Figura 19 – Jogo de Armação..........................................................................................35

Figura 20 – Ombrelone Malibu .......................................................................................36

Figura 21 – Big Festa ......................................................................................................37

Figura 22 – Quikdraw .....................................................................................................38

Figura 23 – Self Erecting Tent.........................................................................................39

Figura 24 – Tenda para praia ...........................................................................................40

Figura 25 – Estado do design 01......................................................................................41

Figura 26 – Estado do design 02......................................................................................41

Figura 27 – Estado do design 03......................................................................................42

Figura 28 – Estado do design 04......................................................................................42

Figura 29 – Estado do design 05......................................................................................43

Figura 30 – Estado do design 06......................................................................................43

Figura 31 – Estado do design 07......................................................................................44

Figura 32 – Feira em Balneário Camboriú .......................................................................46

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Figura 33 – Feira em Balneário Camboriú 2 ....................................................................46

Figura 34 – Feira em Balneário Camboriú 3 ....................................................................47

Figura 35 – Feira em Balneário Camboriú 4 ....................................................................47

Figura 36 – Conceito .......................................................................................................51

Figura 37 – Público .........................................................................................................52

Figura 38 – Alternativa 01...............................................................................................54

Figura 39 – Detalhamento 01 ..........................................................................................55

Figura 40 – Detalhamento 01a.........................................................................................56

Figura 41 - Alternativa 02 ...............................................................................................57

Figura 42 – Detalhamento 02 ..........................................................................................58

Figura 43 – Alternativa 03...............................................................................................59

Figura 44 – Detalhamento 03 ..........................................................................................60

Figura 45 – Alternativa Escolhida A................................................................................61

Figura 46 – Alternativa Escolhida B................................................................................62

Figura 47 – Alternativa Escolhida C................................................................................63

Figura 48 – Modelo Volumétrico (escala) – Materiais .....................................................70

Figura 49 - Modelo Volumétrico (escala) – Execução A..................................................70

Figura 50 - Modelo Volumétrico (escala) – Execução B..................................................71

Figura 51 - Modelo Volumétrico (escala) – Execução C..................................................71

Figura 52 - Modelo Volumétrico (escala) – Execução D..................................................71

Figura 53 - Modelo Volumétrico (escala) – Execução E ..................................................72

Figura 54 – Análise Volumétrica – Execução A ..............................................................73

Figura 55 - Análise Volumétrica – Execução B ...............................................................74

Figura 56 – Estudo de cores ............................................................................................83

Figura 57 – Referências estético funcionais .....................................................................84

Figura 58 – Referências estético funcionais B .................................................................84

Figura 59 – Evolução Logo .............................................................................................85

Figura 60 – Grafismo Lona .............................................................................................85

Figura 61 – Antropometria estática..................................................................................87

Figura 62 – Antropometria estática 02.............................................................................88

Figura 63 – Antropometria dinâmica ...............................................................................88

Figura 64 – Antropometria dinâmica 2 ............................................................................89

Figura 65 – Sistema Construtivo......................................................................................91

Figura 66 – Nylon 6 ........................................................................................................93

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Figura 67 – PEAD...........................................................................................................95

Figura 68 – Alumínio ......................................................................................................97

Figura 69 – Características do Alumínio..........................................................................97

Figura 70 – Polimento .....................................................................................................99

Figura 71 – Soldagem Ultra-som.....................................................................................99

Figura 72 – Soldagem por atrito ......................................................................................100

Figura 73 – Termoformagem...........................................................................................100

Figura 74 – Perfilamento .................................................................................................101

Figura 75 – Não-ferrosos.................................................................................................101

Figura 76 – Centelhamento..............................................................................................102

Figura 77 – Dobras de Tubos...........................................................................................102

Figura 78 – Conformação no estado plástico ...................................................................103

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1 INTRODUÇÃO

Segundo o IPT (2001). “o design (de origem inglesa) denota algo universal e está

evoluindo em todas as áreas. Visa, basicamente, uma harmonização do ambiente humano

englobando desde a concepção e criação de objetos de uso cotidiano até projetos de

urbanismo”.

O design vem se tornando cada vez mais importante para o cotidiano de vida de

grandes profissionais e empresas. É importante destacar que a área de conhecimento de um

profissional de design é bastante ampla, podendo atingir e atuar em quase todas as áreas

profissionais, em algumas de forma mais superficial e em outras de forma mais aprofundada.

O conceito aliado às ferramentas e métodos estudados no design, fazem com que se consiga

cumprir todas as etapas e processos de um projeto de produto de forma inteligente e dinâmica

e, assim, obter resultados surpreendentes e inovadores.

O lazer hoje com certeza faz parte da vida das pessoas e está diretamente ligado a elas.

Porém, o que mais chama a atenção é o fato do lazer estar também diretamente ligado a

produtos ou objetos. De certa forma existe aí uma ampla oportunidade para a atuação de um

designer, várias necessidades e oportunidades antes ocultas podem surgir com a exploração do

tema.

O projeto envolverá inicialmente a questão dos costumes diversas regiões e tipos de

produtos genuinamente brasileiros, pois serão eles que estarão presentes nas estruturas das

feiras, sendo apresentados ao público freqüentador.

Inicialmente no projeto será abordada toda a fase de pesquisa, sendo como um dos

pontos principais para que se descubra uma oportunidade a ser trabalhada e um problema a ser

resolvido. Com isso chega-se a geração das alternativas propostas para o desenvolvimento da

fase final do projeto.

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1.1 JUSTIFICATIVA

A feira livre é uma cultura mundial, onde pessoas de diversas localidades freqüentam

o mesmo ambiente. Com o êxodo urbano os feirantes tiveram uma redução nos seus espaços

anteriormente determinados para ocorrência das feiras. Foram então obrigados a ocupar um

espaço cada vez menor, muitas vezes ruas e praças.

Com o objetivo de resgatar essa cultura evitando a extinção das “feirinhas”, buscou-se

desenvolver um produto que contextualiza a estrutura das barracas de feira afim de torná-las

mais adequada a esse novo ambiente, visando a praticidade e a independência para os

feirantes e consequentemente tornar a feira mais agradável e inovadora para os

freqüentadores.

1.2 OBJETIVO

1.2.1 Objetivo Geral

• Desenvolver um produto que atenda as necessidades dos feirantes proprietários

e/ou responsáveis pela atividade de comercialização e exposição de produtos em barracas de

feira.

1.2.2 Objetivo Específico

• Proporcionar ao feirante de Balneário Camboriú uma solução eficiente e inovadora

para estrutura de feira-livre. Estendendo os resultados ao morador freqüentador da mesma.

• Praticidade, inovação e beleza.

• Criar uma estrutura de fácil uso, montagem, utilização e funcional.

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• Construir um produto que possua modularidade e mobilidade facilitada.

• Gerar uma boa imagem do produto no mercado, tendo como diferencial sua

praticidade e um apelo estético limpo e moderno.

1.3 METODOLOGIA UTILIZADA

MD3E – método de desdobramento em três etapas

(Prof. Flávio Anthero dos Santos)

A metodologia aplicada no projeto possui os três itens básicos para um projeto bem

elaborado. Ela é subdividida em três etapas que são: pré-concepção, concepção e pós-

concepção. (SANTOS 2000).

Pré-Concepção

Consiste basicamente na procura do problema. Esta fase envolve tópicos especiais

como, pesquisas bibliográficas, pesquisas de campo, pesquisa de mercado, etc. Envolve

também a definição de um problema de projeto para que assim se defina um conceito para o

produto. São envolvidos nessa fase também o briefing, o tema preposto e o caminho o qual se

pretende seguir. (SANTOS 2000).

Concepção

É a segunda etapa do projeto. Nesta etapa devem ser seguidos itens como ferramentas

e técnicas de criatividade utilizadas. Em seguida são selecionadas as melhores alternativas até

que se consiga chegar a apenas uma, que constitui assim, um desenho final do produto

(SANTOS 2000)

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Pós-Concepção

É a última das etapas a ser concluída. Fatores como mercados, marketing e os

processos produtivos a serem realizados pela empresa que irá fabricar fazem parte dessa

etapa. Os subsistemas, suas especificações e componentes sugeridos também são abordados

nesta fase. A questão de venda e pós-venda fecham a terceira fase desta metodologia.

(SANTOS, 2000).

Num primeiro momento, este projeto apresenta etapas até a concepção do produto,

pois se trata de tudo o que foi pesquisado, elaborado e desenvolvido até dado momento.

1.3.1 MD3E aplicado ao projeto CABANA

PRÉ-CONCEPÇÃO

O desenvolvimento do projeto iniciou-se a partir da Pré-Concepção. Esta etapa

correspondeu a toda fase de pesquisa realizada em torno do tema proposto, lazer. Ela dividiu-

se em pesquisa de Bibliográfica, de Mercado, Campo e Conceituação. Assuntos ligados ao

lazer, mobiliário urbano, feiras como também pesquisas de marcas/empresas foram realizadas

nesta etapa. Na pesquisa de campo, entrevistou-se pessoas da região, com o objetivo de se

descobrir alguma necessidade do público alvo. Dentro da etapa de conceituação o primeiro

passo foi definir o problema de projeto na qual se baseou em desenvolver um produto que

atendesse a necessidade de praticidade na composição da estrutura para feiras-livres. A partir

daí partiu-se para o desenvolvimento de um Briefing e também de painéis semânticos,

visando o desenvolvimento de uma barraca com características que atendessem o público

alvo.

PESQUISA

Pesquisa Bibliográfica

Pesquisa de Mercado

Pesquisa de Campo

CONCEITUAÇÃO

Problema de projeto

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Análise da Problemática

Painel Semântico

CONCEPÇÃO

Após essa etapa deu-se início a Concepção. Nesta fase foram utilizadas técnicas de

criatividade de Design para a geração de alternativas. A partir dessas alternativas

selecionaram-se as melhores até que se chegasse a apenas uma, a escolhida. Após selecioná-la

e detalhá-la partiu-se para a etapa final do projeto a Pós-Concepção.

CONCEPÇÃO

Ferramentas de Criatividade

Geração de alternativas

Alternativas Escolhidas

Perspectivas

PÓS-CONCEPÇÃO

Nesta fase final realizou-se todo o detalhamento do produto, as etapas como modelo

volumétrico, desenho técnico, memorial descritivo, materiais e processos, foram

desenvolvidas e detalhadas, para que assim que pudesse se chegar a um produto final.

REGISTRO DE PROJETOS

Renders

Modelo Volumétrico

Antropometria

Memorial Descritivo

Modelo

Materiais

Processos

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2 PESQUISA

2.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

2.1.1 Lazer

É importante dizer que hoje o lazer esta diretamente ligado à qualidade de vida das

pessoas. É essencial que cada pessoa tenha momentos de lazer durante seu cotidiano. Hoje

existem várias maneiras e formas de praticá-lo, o que será visto mais adiante. É importante

levantar a questão do lazer, estabelecer sua ligação com os produtos e ver, também, os

benefícios que ele pode nos trazer e como podemos praticá-lo.

A palavra “lazer” pode ser definida de várias maneiras, pelas muitas definições e

conceitos de estudiosos e especialistas nesta questão. Segundo MARCELINO (2002), o lazer

se apresenta como um elemento central da cultura vivido por milhões de trabalhadores. Um

tempo novo começa a se encaixar na perspectiva de vida dos seres humanos na qual esse

tempo é ocupado por atividades reais possíveis cada vez mais atraentes. O lazer em menos de

cinqüenta anos começou a se estabelecer como um verdadeiro valor, e não só como uma

possibilidade atraente. Paralelamente a isso veio crescendo juntamente com a urbanização e

industrialização. O fenômeno do lazer exerce influências muito fortes sobre o trabalho, a

família e a cultura.

Os seres humanos, ainda em sua grande maioria, associam o lazer com atividades

recreativas e eventos em massa, pois involuntariamente eles fazem ligações do lazer com

atividades, propagandas e promoções utilizadas por instituições. Existem várias maneiras de

associar o lazer ao que se faz. Quando se descansa, se distrai, se diverte de qualquer forma e

de qualquer jeito, podendo variar de pessoa para pessoa pode-se dizer que com esses valores

se pratica o lazer. Esses valores colocados à nossa disposição podem ser praticados de

diferentes formas e por diferentes pessoas desde que, levando em conta, a quebra de rotina e

passando pro um processo de “higiene mental”. (MARCELINO, 2002).

Segundo estudos sociológicos da classe norte-americana, o lazer se reduz a uma

atividade livre não remunerada. É interessante destacar que, através da prática do lazer

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exercida pelos seres humanos em todos os lugares do mundo, oportunidades surgem nessa

área para profissionais como designers, engenheiros e outros. Como já foi citada

anteriormente, a pessoa pode praticar atividades de lazer de várias formas. Atividades como ir

ao cinema e ao parque, proporcionam lazer para muitos, mas nada como utilizar a criatividade

para gerar novas atividades e opções de lazer, fugindo assim da rotina das outras atividades e

proporcionando novos tipos de lazer para o ser humano de um país, cidade ou região. Muitas

atividades de lazer são praticadas atualmente, por isso é necessário se considerar algumas

atividades bastante praticadas como um grupo de pessoas reunidas em um camping tomando

café e conversando ou ainda banhistas em uma praia em meio a pessoas tomando banho e

praticando esportes.

No camping, por exemplo, é necessário que haja uma estrutura propícia para que os

campistas possam se instalar e conseqüentemente praticar o lazer. Quando se visita uma

cidade em um feriado, a mesma deve estar preparada estruturalmente para receber. Nota-se

com isso que existe uma ligação forte entre lazer e infra-estrutura.

2.1.1.1 O turismo gastronômico

O ser humano se alimenta de acordo com a sociedade a que faz parte. Cada cultura

possui diferentes alimentos e modo de preparo. O que é comestível para certos povos, não é

para outros.

Alguns povos se alimentam somente pela necessidade sem antes conhecer o valor

nutricional do que está ingerindo. Já outros, estudam a qualidade e possuem uma dieta mais

rica.

O Turismo Gastronômico está diretamente ligado ao prazer e à sensação de saciedade

adquirida através da comida e da viagem.

Algumas regiões aproveitam-se de sua cultura, história e tradições, e a divulgam

através da gastronomia, lançando um produto turístico distinto.

Este tipo de turismo favorece o desenvolvimento das empresas ligadas ao ramo da

alimentação, em todos os setores, gerando novos empregos, melhorando a qualidade de vida

nas cidades. O turismo gastronômico sendo parte integrante do turismo cultural, possui uma

enorme importância por ser autônomo e produzir uma significativa margem de lucro.

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O viajante que escolhe esse tipo de turismo está interessado em novas culturas e

muitas vezes não se importa em se instalar em casas de famílias, quando a cidade não possui

infra-estrutura. Já em cidades mais estruturadas o turista escolhe alojamentos com maiores

recursos e características locais.

O Agroturismo é um bom exemplo de Turismo Gastronômico.

No Brasil, o Agroturismo foi primeiramente implantado no Estado de Santa Catarina,

na cidade de Lages, servindo de exemplo a outras cidades do Brasil.

No Espírito Santo o Agroturismo foi melhor desenvolvido. Teve início no fim da

década de 1980, na Fazenda Providência, em Venda Nova do Imigrante. Os produtores rurais

da Região Serrana Central – Viana, Vargem Alta, Domingos Martins, Venda Nova do

Imigrante, Marechal Floriano, Castelo, Conceição do Castelo, Afonso Cláudio, Santa Tereza,

Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina – e o Governo do Estado se uniram e implantaram o

Agroturismo para tentar reduzir os efeitos da exclusão social e suprir as carências nos serviços

de saúde, educação e saneamento, utilizando o meio rural para arrecadar impostos e melhorar

as condições de vida da população local, reduzindo o êxodo rural valorizando o potencial

agrícola e turístico no campo, havendo manutenção dos costumes e da cultura.

O Agroturismo leva o turista ao contato direto com o meio rural, o modo de produção

da gastronomia regional, a comunidade local e o meio ambiente preservado. Desenvolvendo

mais uma modalidade: o Turismo Sustentável. Para que a ligação da cidade com o campo seja

bem sucedida, a infra-estrutura deve ser muito bem planejada, de forma que atenda as

necessidades do público.

2.1.2 Mobiliário Urbano

A infra-estrutura de uma cidade está diretamente relacionada com seu mobiliário

uma vez que este atende as necessidades de lazer do cidadão. Essas necessidades são supridas

através de bancos de praça, quiosques, orelhões, feiras, parques e outros fazendo assim com

que a população interaja diretamente com o mobiliário.

Segundo MOURTHÈ (1998), o mobiliário urbano é dividido em categorias:

- Elementos decorativos: esculturas e painéis em prédios.

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- Mobiliários de serviço: telefones públicos, caixas de correios, latas de lixo, abrigos

de ônibus, cabines policiais e banheiros públicos.

- Mobiliários de comercialização: bancas de jornal, quiosques, barracas de vendedor,

ambulantes, cadeiras de engraxate e mesas para cafés em áreas públicas.

- Mobiliários de sinalização: placas de ruas, placas informativas, placas de trânsitos e

sinalização semafórica.

- Mobiliário de publicidade: outdoors e letreiros computadorizados.

2.1.3 Estudo de caso (Balneário Camboriú)

Características da cidade

Balneário Camboriú é mais conhecida como a maravilha do atlântico sul, e tem a

maior concentração urbana do litoral sul do Brasil no verão. Teve sua fundação em 20 de

julho de 1964 com colonização açoriana e sua principal base econômica é o turismo.

A cidade tem uma área total de 46,6 Km2 com clima tempera quente, entre 15ºC e

30ºC, a cidade tem uma altitude de 2 metros acima do nível do mar.

Esta localizada a 81 km da capital Florianópolis, e suas cidades vizinhas são Itajaí,

Itapema, Porto Belo e Camboriú. Possui uma população fixa de 90.461 habitantes, com uma

boa infra-estrutura, possuindo grandes redes de supermercados (Big, Angeloni), hospitais e

vários atrativos noturnos (Prefeitura de Balneário Camboriú, 2005).

Breve Histórico – Balneário Camboriú

Em uma enseada de águas límpidas, surge uma pequena ilha na imensidão de um mar

azul e tranqüilo, protegida em véu verde da Mata Atlântica. Este era o cenário que os índios

Tupi-Guarani desfrutavam e que aproximadamente até 1930 permaneceu intacto,

deslumbrando e encantando também colonizadores. Os índios foram os primeiros a desfrutar

as belezas da região, como comprovam os fósseis de até 3000 anos encontrados na praia de

Laranjeiras. A colonização começou a partir de 1826, com a chegada do açoriano Baltasar

Pinto Corrêa. Anos depois vieram os alemães, atraídos pelo clima e solo fértil formando assim

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na região uma pequena aldeia, o "Arraial do Bom Sucesso". Em 1849, o lugar passou a ser

designado distrito e paralelamente iniciou-se na localidade do atual bairro da Barra, a

construção da Igreja Nossa Senhora do Bom Sucesso – um dos atuais pontos turísticos da

cidade. Já em 1884, o lugarejo foi desmembrado da vizinha Itajaí, originando o município de

Camboriú. A partir de 1926 famílias teuto-brasileiras, provenientes principalmente do Vale do

Itajaí, descobrem um verdadeiro paraíso de férias. O turismo começa a ganhar forma e força,

sendo notoriamente maior do que qualquer outra tendência econômica. Em 20 de julho de

1964, Balneário Camboriú torna-se município. Com a emancipação política definida, a cidade

ganha novo impulso econômico e novas perspectivas sócio-culturais. O contínuo

aperfeiçoamento de sua infra-estrutura pública passou a ser o maior objetivo de seus

administradores, visando a melhoria da qualidade de vida de sua gente, e, sobretudo, a

adequação da cidade para a recepção de seus visitantes. Em próximos treze anos após a

emancipação política, Balneário Camboriú começa a ser invadida por turistas de países

vizinhos, em sua maioria, os argentinos. A partir de 1980, também os brasileiros, começam a

adotar a cidade como roteiro de suas férias e a intitulam como a "Maravilha do Atlântico Sul"

segundo o site da Prefeitura de Balneário Camboriú, 2005.

Aspectos físicos

A cidade está localizada no centro do litoral catarinense, na Micro Região da foz do

Rio Itajaí. Possui as seguintes coordenadas: Latitude: 26º 59 26" e Longitude: 48º 38 30" W

GR.

Sua superfície é plana e ondulada com formação do complexo do modelo litorâneo.

Não possui grandes recursos hídricos. É banhado a leste pelo oceano Atlântico e

cortado de leste a oeste pelo rio Ariribá, com nascente na Serra Ariribá. Faz divisa com Itajaí

desaguando no Oceano Atlântico e na Praia dos Amores.

Há predomínio da Mata Atlântica e vegetação rasteira.

O clima da cidade é temperado. De Setembro à Abril há uma maior predominância

solar e de Dezembro à Março tem uma temperatura média de 25º C e máxima de 40º C. De

Junho à Agosto há maior incidência de chuvas (900 mm) e inverno mais ameno.

Sua densidade demográfica é de 1.400 Hab/km2

Os acessos à cidade podem ser feitos pelo Aeroporto de Navegantes localizado a 17

km do centro da cidade e a BR 101, entrada pela Av. do Estado ou por Itajaí através da

Rodovia Osvaldo Reis (Prefeitura de Balneário Camboriú, 2005)

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Fig. 1: Mapa com trajetória de Joinville a Balneário Camboriú – fonte: prefeitura Balneário Camboriú

Aspectos e atrações turísticas

(Santur, 2005) A cidade tem completa infra-estrutura para o turismo e para o lazer. A

rede hoteleira reúne 110 estabelecimentos com aproximadamente 20.000 leitos, além de

grande número de casas de aluguel, pousadas e outras opções de hospedagem. A cidade é

moderna, com largas avenidas que concentram intenso comércio, bares e restaurantes,

especialmente na avenida Atlântica, um imenso e agitado calçadão à beira-mar. Muitos hotéis

dispõem de infra-estrutura para congressos, seminários e convenções. Existem diversos

pontos turísticos, que deixam o visitante maravilhado, desde praias, locais para visitação,

agitos noturnos e parques. Abaixo podemos conferir os principais atrativos turísticos.

Parque Unipraias: Um moderno parque que possui bondinhos aéreos de 1º mundo

além de outras atrações, como a prática do arvorismo, trilhas, mirante com vista panorâmica.

Os bondinhos instalados no parque são um dos poucos equipamentos no mundo que tem por

característica partir de um ponto ao nível do mar, subir até um morro e descer para um

terceiro ponto também ao nível do mar. Ele é o único equipamento do mundo que liga duas

praias – Praia de Balneário Camboriú à Praia de Laranjeiras. O ingresso para o parque custa

R$20,00 com direito a ida e volta. A primeira estação dos bondinhos aéreos é chamada de

Barra Sul. No Parque Unipraias, os visitantes passam por três estações, cada uma com sua

particularidade. A estação "Barra Sul", é o ponto de partida. Lá, um centro gastronômico e

comercial foi estruturado com direito a vista para as embarcações do Rio Camboriú e para a

Praia Central. São três andares que reservam muitas atrações. No térreo, encontra-se

estacionamento, administração, atendimento ao turista, bares e restaurantes. No primeiro

andar lojas, lanchonetes, restaurantes, confeitaria, cervejaria, bares e bilheteria. Tudo isso, ao

som de agradável música ambiente e do toque da brisa do mar. Ótima pedida para uma

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conversa animada durante o dia. A segunda estação do parque, que é a intermediaria entre as

duas praias encontra-se no alto do morro, lá existe o contraste da mata atlântica com o azul do

mar. Nesta estação também é onde estão localizadas as trilhas para o visitante, o mirante e a

área para pratica do arvorismo. A 3ª estação é a da Praia de Laranjeiras. A estação está situada

a apenas 100 metros do mar. A praia oferece boa infra-estrutura de bares e restaurantes e é

muito freqüentada no verão (Santur, 2005)

Fig. 2: Vista do mirante do Parque Unipraias – fonte: prefeitura Balneário Camboriú

Praias e natureza: - Há verdadeiros paraísos naturais de águas transparentes e areias,

misturando-se ao verde da Mata Atlântica e contrastando com os arranha-céus que margeiam

a orla marítima. São seis enseadas com características peculiares. A Praia Central compreende

todo o núcleo central urbano, com 6,8km de águas límpidas e seguras. É onde se concentra a

movimentação principal de Balneário Camboriú, com inúmeras atividades, boa iluminação

noturna, quiosques, feiras de artesanato, lojas, bares e restaurantes com mesas nas calçadas. A

Praia de Laranjeiras é marcada pela História, com sambaquis e fósseis de animais de mais de

5.000 anos de idade. Na seqüência vêm Taquarinhas e Taquaras, onde existe uma famosa

colônia de pescadores. A Praia do Pinho é conhecida por ser o primeiro reduto oficial de

Naturismo no País. Nos seus 500 m de extensão encontramos uma praia de areia média a

grossa e mar límpido, sendo a primeira praia de naturismo oficial no país, onde a prática é

totalmente organizada. Possui camping, restaurantes e bares. Sua vegetação é de costões, que

são rigidamente fiscalizados.

Localiza-se a 9 km ao sul do centro via Interpraias. Depois vêm Estaleiro e

Estaleirinho – que somam 2.150m de praias com águas transparentes, ondas fortes, vegetação

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e costões intocados. No Pontal Norte existem as praias do Buraco e dos Amores. Existe ainda

a Praia do Canto, acessível por trilha no meio do mato, a Praia das Cabras, a Praia do

Pescador (Santur, 2005).

Fig. 3: Vista da praia central – fonte: prefeitura Balneário Camboriú

Agitos noturnos: À noite, Balneário Camboriú se transforma num dos palcos

prediletos pelos visitantes. O agito noturno já começa ao entardecer. Cervejaria, cachaçarias,

bares com música ao vivo, boates apresentam estilos diversificados de música e ambientes

para todos os gostos. Uma casa noturna também muito conhecida é o Rancho Marias que na

temporada de verão traz com cantores de âmbito nacional. Outros pontos disputados por

jovens e adultos são os bares, restaurantes, cafés coloniais e sorveterias, principalmente ao

longo da orla marítima. Durante todo o dia ou à noite, são locais aconchegantes para reunir

amigos num bate-papo descontraído, com direito a um visual encantador para a Praia Central.

Destaque também às casas de boliche, snooker, bingo e cinemas de Balneário Camboriú.

Parque Cyro Gevaerd: Também como conhecido como parque da Santur, fica a

margem da BR-101 e é de fácil acesso para os turistas. O parque é um verdadeiro centro de

cultura, pesquisa e lazer, tem 116.000m2 e é a sede do Museu Arqueológico, além de contar

com um zoológico, uma minifazenda, um aquário, o Museu da Fauna, Flora e Gea (Terra), a

Vila das Crianças, lanchonetes e restaurantes. O Parque da Fauna reúne mais de 1.000 animais

de diferentes espécies, entre mamíferos, aves e répteis. Na confluência do rio Camboriú com o

rio Gamboa, uma área verde de 250.000m2 abriga o Parque Ecológico Rio Camboriú,

formado da mata remanescente de mangue e atlântica, rica em fauna, flora e plantas

medicinais. Possui trilhas ecológicas e um viveiro de flores e plantas, além de um projeto de

educação ambiental e um horto florestal (Santur, 2005)

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Fig. 4: Parque da Santur – fonte: Santur

Cristo Luz: Do monumento Cristo Luz, é possível ter uma vista de toda a cidade,

numa altura de 154 metros no alto do Morro da Cruz (equivalente a um edifício de 50

andares). O monumento tem 33 metros de altura, 428 toneladas, em ferro, aço e cimento,

esculpido artesanalmente pelo artista Genésio Gomes. Na sua mão esquerda, ele segura um

canhão de luz 6,6 mil wattz, que gira num ângulo de 180º. As luzes ficam acesas durante a

noite. Elas permitem 86 combinações de cores, que mudam de acordo com a estação do ano.

Através de um sistema italiano, o corpo do Monumento Cristo Luz também fica iluminado

alternando cores variadas à noite. Outra atração é a Roma Antiga, construções temáticas,

reproduzindo o cenário daquela época. Para chegar até o complexo, existe transporte gratuito

partindo de vários pontos no centro da cidade (Prefeitura de Balneário Camboriú, 2005).

Fig. 5: Cristo Luz – fonte: prefeitura Balneário Camboriú

Morro do careca: Possui vista panorâmica para toda a praia central. Propício para

prática de Vôos livres como asa delta ou parapente.

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Ponte Pênsil: Outra bela opção é conhecer o Bairro da Vila Real que, no ano de 1981

foi interligado ao bairro do "Barranco" por uma Ponte Pênsil, uma miniatura transitável da

Ponte Hercílio Luz, de Florianópolis.

Neste bairro encontra-se a Via Gastronômica, que margeia o Rio Camboriú, com

ótimos restaurantes, onde se pode conhecer e desfrutar da diversificada gastronomia típica.

Aspectos culturais

(Prefeitura de Balneário Camboriú, 2005) Com grande destaque, ressalta-se o acervo

cultural deixado pelos índios Tupis-Guaranis, e, principalmente pelos colonizadores

açorianos. O sambaqui (conchas e restos de objetos e utensílios usados pelos índios),

encontrados na Praia de Laranjeiras, revela os hábitos e costumes de gerações primitivas. Já a

herança cultural do povo açoriano até hoje se faz presente no dia-a-dia de seus muitos

remanescentes, principalmente no Bairro da Barra, onde se encontra na população fortes

traços de sua base cultural, notoriamente marcados pela fala corrida e cantada, pelos modos e

maneiras e na preservação de certos costumes e tradições.

Aspectos econômicos

Paralelamente outros setores da economia despontaram, contribuindo enormemente

para o crescimento econômico do Município. A Construção Civil foi uma delas. Atualmente

existem cerca de 80 empreiteiras e construtoras filiadas ao sindicato da categoria na cidade de

Balneário Camboriú. Contudo, o principal setor da economia é o terciário, ou seja, comércio e

prestação de serviços, respondendo por 99,2% da economia do Município, e que garantem sua

posição de principal pólo receptor turístico do sul do Brasil (Prefeitura de Balneário

Camboriú, 2005).

Projetos

Atualmente a prefeitura possui vários projetos para o município. Alguns desses já

estão sendo colocados em prática e outros ainda estão em fase de desenvolvimento.

Segundo a Prefeitura de Balneário Camboriú os projetos são os seguintes:

-ZONA DE RAÍZES -BANHO DE MAR -PARQUE ECOLÓGICO -COLETA SELETIVA -MOBILIÁRIOS URBANOS -TERRA LIMPA -PLANTAS QUE CURAM -BROMELIÁRIO -PROJETO RESTINGAS -ESPAÇO AMBIENTE -SANEAMENTO – qualidade de vida -VIVEIRO MATA ATLÂNTICA

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Dentre esses projetos citados, um dos projetos de grande importância para a cidade foi

o de saneamento – qualidade de vida. Esse projeto consiste na vistoria das redes e ligações de

esgoto objetivando assim eliminar ligações clandestinas. No ano de 2000 até 2002 foram

emitidas 10.238 certidões de regularidade e realizadas 4.223 vistorias envolvendo toda a

cidade de Balneário Camboriú.

2.1.4 A origem das feiras

Segundo DUMAZEDIER (2001) a formação de excedentes de produção dos

agricultores é o que se acredita ser a principal causa da origem das feiras. Com as sobras de

uns e contra as faltas de outros, é que houve a necessidade de intercâmbio de mercadorias, a

princípio intergrupos, sem a exigência de um lugar, onde a busca de se conseguir as

mercadorias que necessitam é mais intensa. A existência das feiras foi uma solicitação natural

de um ambiente que congregasse todos os produtos que se estivessem disponíveis para

outros; e, neste contexto, seria importante que se trocassem seus excessos em busca de outros

produtos que não se houve condições de produzir. Com isto, verifica-se a importância das

feiras para os tempos modernos.

Em verdade, atribui-se à idade média, a oficialização das feiras, tendo em vista que na

época dos faraós, um período escravagista, bem como na fase do feudalismo, não existiam

tão acirradamente as feiras, por causa da produção para autoconsumo. O sistema de trabalho

da comunidade dos faraós era estritamente voltado para produzir; e, em seguida consumir,

porque os faraós não tinham interesse em produzir para revenda; mas, a manutenção dos

escravos que deveriam produzir os bens de luxo para aqueles que detinham o poder. Este

período de autoconsumo, também aconteceu na fase feudalista, pelo tipo de manutenção que

era comum para as pessoas que viviam nos feudos, que exerciam uma espécie de

escravagismo (DUMAZEDIER, 2001).

A abertura para o Oriente fez com que os grandes comércios fossem implementados

fundamentalmente nas cidades de Veneza, Gênova e Pisa; e, desta forma, aumentando a

concorrência entre os vendedores da época das grandes aventuras em busca de compra e

vendas de produtos supérfluos e necessários, nos longínquos pontos da terra. Com a missão

dos mercadores da Idade Média, estimulou-se a transação de compra e venda, e por extensão,

a formação das feiras, envolvendo drogas, musselinas, sedas, especiarias e tapetes, expostos

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em feiras livres. Nesta estrutura comercial, determinam-se os preços pelas forças

competitivas do mercado, surgindo lentamente a concorrência entre os comerciantes

medievais.

Na Bíblia Cristã notam-se sinais de feiras já no período em que Jesus Cristo viveu na

terra. Os comerciantes do início da era cristã buscavam negociar seus excedentes e conseguir

os produtos que lhes faltavam. Todavia, como ponto mais movimentado do povoado ou

cidade onde viviam, escolheram a igreja, por ser um lugar de maior fluxo e,

conseqüentemente, maior possibilidade de vendas de seus produtos.

Como se observa, as autoridades tinham grande interesse quanto a colocação de feiras

em suas regiões, porque, em verdade, aumentaria o fluxo de recursos para aquele ambiente,

como da mesma forma se negociariam os da própria localidade.

Por isso, ao pensar em mercados, fala-se em feiras. Disto surge uma diferença entre

estes dois pontos de análise. Os mercados eram pequenos, negociando com os produtos

locais, em sua maioria agrícola. As feiras, ao contrário, eram imensas, e negociavam

mercadorias por atacado, que provinham de todos os pontos do mundo conhecido. A feira era

o centro distribuidor onde os grandes mercadores, que se diferenciavam dos pequenos

revendedores errantes e artesãos locais, compravam e vendiam as mercadorias estrangeiras

procedentes do Oriente e Ocidente, Nordeste e Sul.

É importante salientar que as feiras, desde os tempo das verdadeiras feiras livres, os

governos, ou mandatários de uma localidade incentivavam aos participantes das feiras para

conseguirem seus benefícios (DUMAZEDIER, 2001).

Nos tempos modernos, as feiras têm diversificado ao máximo possível o seu lastro de

comércio, possuindo desde produtos sofisticados até mínimas coisas que a classe mais pobre

precisa. As feiras constituem realmente o princípio fundamental que define mercado e, como

já se viu anteriormente, serem diferentes, contudo, hoje ainda se confundem. Numa

abordagem econômica, as feiras constituem um ponto de encontro entre compradores e

vendedores para trocarem seus produtos, se bem que hoje em dia, dadas as concentrações

oligopolísticas e cartelizações, as feiras coincidem com os mercados, passam a ser apenas um

contexto, por causa dos meios de comunicação.

O que se nota nos tempos modernos, não são as feiras tradicionais ingênuas; mas, as

grandes bienais, que constituem as feiras mais sofisticadas ou uma maneira de preservar os

primeiros modos de formação dos preços. Paralelamente com as bienais, existem também as

exposições de animais, muito comuns no mundo inteiro, que buscam claramente, os grandes

comércios de animais e produtos agrícolas situados particularmente, nos interiores dos

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Estados brasileiros. No Nordeste, por exemplo, são famosas as feiras de gado de Feira de

Santana, a feira de Caruaru, cantada em prosa e versos, as feiras de gado da Paraíba que

originaram muitas cidades do interior nordestino, especificamente.

Para DUMAZEDIER (2001) é inegável que as feiras tenham contribuído para o

desenvolvimento e até mesmo para a formação dos mercados, quer seja oligopolístico ou

mesmo monopolístico; e, neste sentido, é que se ver o desaparecimento das tradicionais feiras

que determinam preços ingenuamente, entre compradores e vendedores. A falência das feiras

é devido ao que previu MARX, já no século XVIII, o poder de concentração e centralização

da economia industrial, tornando os ricos mais ricos e os pobres mais pobres. Portanto, o

movimento voluntário entre compradores e vendedores é a melhor forma do mercado atender

a todos, sem prejuízo de alguém; mas, com ganhos para todos os agentes participativos da

economia.

Dentro do complexo de comércio existem as subdivisões que funcionam como

empresas individualizadas, com todas as funções próprias e independentes, trabalhando a sua

própria realidade. Portanto, nesta estrutura de mercado já não existe a “pechincha” (pedir

para baixar os preços) e nem a competição acirrada na busca de conseguir consumidores,

como no mercado livre.

Fig. 6: Feira de São Joaquim – BA Fig. 7: Feira da Colatina Fonte das fig.s: http://caruaru.com.br/modules/xt_conteudo/index .php?id=13#

2.1.4.1 Definição de feira livre

Considera-se feira livre a atividade mercantil de caráter cíclico, realizada em local

público previamente designado pela Administração Regional, com instalações provisórias e

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removíveis, que pode ocorrer em vias, logradouros públicos ou ainda em área pública coberta

do tipo de pavilhão.

A feira livre tem o fim de proporcionar o abastecimento suplementar de produtos

hortifrutigranjeiros, cereais, doces, laticínios, pescados, animais vivos considerados

domésticos, flores, plantas ornamentais, produtos de artesanato, lanches, caldo de cana,

temperos, confecções, tecidos, armarinhos, calçados e bolsas, bijuterias, artigos religiosos,

ferramentas e utensílios domésticos (Tipos e Figuras de Feiras, 2006).

2.1.5 Mercado Atual

Analisando o mercado atual pode-se perceber que os maiores fabricantes de produtos

relacionados com o projeto (barracas, toldos, materiais) não disponibilizam opções

específicas que atendam as necessidades dos feirantes.

Listadas a seguir barracas utilizadas na feira-livre de Balneário Camboriú e de outras

cidades brasileiras disponíveis no mercado e que mais se aproximam da função desejada.

2.1.5.1 Barracas - Balneário Camboriú

Em Balneário Camboriú nota-se a utilização de barracas bastante artesanais,

construídas basicamente de madeira e bambu, recebe o apoio de caixas de frutas, cordas e até

mesmo os veículos que muitas vezes são utilizados como parte da barraca.

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Fig. 8: Barracas Balneário Camboriú

Fonte: Arquivo pessoal

2.1.5.2 Barracas - Rio de Janeiro

A prefeitura do Rio de Janeiro disponibiliza quiosques para a feira que ocorre na

Praceta Salgueiro Maia - Urbanização Carreira de Tiro (junto ao cemitério).

Fig. 9: Toldo unilateral

Fonte: www.tendaecia.com.br

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Estrutura em aço tubular industrial (Fig. 9), montadas em módulos e aparafusadas

entre si, permitindo que sejam montadas pelo próprio cliente. Possui cobertura com tela de

sombreamento de alta qualidade (SOLPACK) e com proteção contra raios ultravioletas.

2.1.5.3 FIBRAENG

A FIBRAENG é uma empresa nacional que está a mais de 10 anos no mercado,

trabalhando exclusivamente com produtos comerciais, desenvolvidos em fibra de vidro, sendo

quiosques e guaritas o carro chefe da empresa, como mostrados na fig. abaixo.

Fig. 10: Quiosques FIBRAENG

Fonte: www.fibraeng.com.br

Características dos Quiosques:

Tamanhos: 2x1, 2x2, 3x2, 4x2 e 4x3, com 2m de altura.

Totalmente desmontáveis.

Janelas com balcão de 1,70m x 25 cm de largura.

Excelente ventilação e área panorâmica.

Acabamento externo em "gel coat", branco.

Ótimo para venda de lanches, sorvetes, informações, utensílios etc.

Meia porta para saída, com chave.

Montagem/desmontagem em 15 minutos.

Para ser afixado em piso de alvenaria.

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2.1.5.4 STALL-UP

A STALL-UP destaca-se pela versatilidade de seus produtos. Dentre as empresas

pesquisadas é a que mais se aproxima em satisfazer as necessidades dos feirantes, pois

concilia muito bem praticidade e funcionalidade, porém, para o fim ao qual este projeto está

sendo desenvolvido deixa a desejar nos quesitos que dizem respeito a leveza e resistência a

corrosão.

Fig. 11: barraca Stall Up 1,40x1,40

Fonte: www.stall up.com.br/produtos

Tendas padronizadas, de aço, com balcão, utilizadas em feiras-livres e eventos.

Tenda 1,40x1,40

Fig. 12: feira Stall Up

Fonte: www.stallup.com.br/produtos

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Tendas 4,5x3 Personalizadas

Fig. 13: tenda aberta Fig. 14: tenda fechada

Fonte das fig.s: www.stallup.com.br/produtos

Tendo em vista que as barracas atualmente utilizadas em feiras livres (desmontáveis)

possuem uma estrutura com mobilidade reduzida e os modelos encontrados no mercado não

oferecem características que atendam as necessidades dos feirantes, surge então uma grande

oportunidade de atuação nessa área.

Buscando a adequação ao ambiente (litoral), pesquisou-se em produtos similares

características como leveza, praticidade, mobilidade, anti-corrosão, etc.

2.1.5.5 Produtos Similares:

Os produtos similares encontrados no mercado serviram de base para a criação do

modelo CABANA devido a suas estruturas, materiais utilizados, sistemas de encaixe,

praticidade, flexibilidade e mobilidade.

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A) Barracas do tipo Canadense

Observando de frente esse tipo de barraca, vê-se que é o modelo mais tradicional.

Triangular e em vários tamanhos elas são fáceis de montar e possuem lonas grossas e

eficientes. Com a estrutura metálica, torna-se muito pesada e volumosa para transporte.

Fig. 15: Barracas Canadenses

Fonte: http://www.macamp.com.br/Barracas.htm

B) Barracas do tipo Iglu:

A armação é de fibra sintética (vidro, carbono), muitas vezes mais leve que as

armações metálicas.

São fabricadas em nylon e muito leves para carregar.

Perdem em durabilidade para as de armação metálica.

Fig.16: Barrada Tipo Iglu

Fonte: http://www.escoteiros.org/Programa/acampamento/barracas.htm

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C) Trilhas e Rumos

A barraca Cota 2 da empresa Trilhas e Rumos possui a versão com armação e estacas

em alumínio. Modelo iglu com duas armações que se cruzam duas vezes, oferecendo uma

grande estabilidade à barraca.

As armações são marcadas por sistema de cores para facilitar a montagem. O sobreteto

forma um pequeno avanço. A embalagem tem zíper para oferecer maior facilidade ao guardar

a barraca.

Fig.17: Barraca Cota 2

Fonte: http://www.trilhaserumos.com.br

Estacas

Estacas de Alumínio para barracas. Cada estaca tem 14 cm de comprimento com

diâmetro de 0,45 cm. Saquinho contendo 12 unidades, pesando apenas 85 gramas. Esse

conjunto reduz sensivelmente o peso de barracas de 1 ou 2 pessoas (um conjunto de estacas

de aço pesa cerca de 350 gramas).

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Fig.18: estacas Fonte: http://www.trilhaserumos.com.br

Jogo de Armação

Jogo de Armação em alumínio para Barraca Cota 2. Conjunto composto de 2

armações de alumínio T5 anodizado verde (duas armações contendo 9 segmentos de 44

cm/cada - total de 18 segmentos).

Fig.19: Jogo de armação Fonte: http://www.trilhaserumos.com.br

Essas estruturas possuem vantagens e desvantagens como:

Vantagens:

1. Alumínio é sensivelmente mais leve que as armações tradicionais.

2. Não trinca

3. Não enferruja

4. Mantém suas características em temperaturas negativas (uso em neve ou gelo)

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5. Resiste melhor a ventos fortes

Desvantagens:

1. No caso de flexionado além do limite normal do formato da barraca (quedas de

galhos ou pessoas sobre a barraca), amassa ou se parte definitivamente.

2. Se deixado flexionado por longo tempo poderá manter parte da forma curvada

(memória).

Fonte: http://www.trilhaserumos.com.br

D) NAUTIKA

OMBRELONE MALIBÚ

- Material:

Teto: Poliéster Oxford reforçado

Estrutura: Alumínio esmaltado e aço

- Cor: Marinho, verde e branco

- Decorativo, amplo e resistente

- Prático sistema de catraca para levantar e abaixar o teto

- Inclui base de apoio metálica

- Ajustável em várias posições

Fig.20: ombrelone malibú

Fonte: http://www.nautika.com.br/lazer/Default2.aspx?area=2&cat=57&idprod=193

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E) BIG FESTA

- Medida (aprox.): 6,0x3,0x2,8m

- Peso (aprox.): 75 kg

- Material: Trama de poliéster revestido com PVC e estrutura em tubos de aço

galvanizados

- Inclui 2 paredes laterais removíveis com janelas transparentes

- Cor: Branco

Fig.21: Big Festa

http://www.macamp.com.br/Barracas.htm

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F) QUICKDRAW Fig.22: Quickdraw Fonte: http://www.camptents.com/~pinnacle/kingcotsetup.htm Mesa de alumínio grande e resistente. De fácil montagem é estável e suporta até

226kg. G) DECATHLON

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A DECATHLON desenvolveu a Self Erecting Tent, um produto que você poderá

acampar sem se preocupar com a hora de montar a barraca. Basta jogá-la para o ar e ele cairá

toda armada no chão.

Molas ajudam a barraca a serem armadas. Além disso, a barraca é equipada com teto

duplo e à prova d'água, fabricada em poliéster extra-resistente. Pode acomodar até duas

pessoas e também é facilmente guardada: em apenas 15 segundos você a desmonta.

Fig.23: Self Erecting Tent Fonte: http://iftk.com.br/blog/iftk/barraca-que-arma-sozinha

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H) STALL-UP

Fig.24: Tenda para Praia Fonte: http://www.nautika.com.br/tenda/Default2.aspx?area=2&cat=57&idprod=193

Tenda para Praia – Apresenta conforto e segurança com um arrojado Design. È segura

contra vento e chuva.

Personalizada, possui um volume pequeno de transporte e praticidade na montagem.

2.2 ESTADO DO DESIGN

Além dos produtos brasileiros, muitos produtos importados também ocupam o

mercado. A pesquisa do estado do design verifica produtos que atualmente estão inseridos no

mercado, procurando também descobrir novas tendências, tecnologias, inovações que as

marcas e empresas estão proporcionando ao nosso consumidor. A seguir são mostradas

imagens de produtos nacionais e importados que serviram de influencia conceitual e estética

na concepção do produto:

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Mobilidade, praticidade e materiais

Fig.25: Estado do design 01

Fonte: http://cgi.ebay.co.uk/New-Aluminium-8-Panel-Exhibition-Stand-Carry-

Bag_W0QQitemZ5650460281QQcategoryZ1304QQcmdZViewItem

Inovação, materiais e aplicações

Fig.26: Estado do design 02

Fonte: http://www.geocities.com/radical_auto2/dash_samples.jpg

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Sistemas, materiais, encaixes, mobilidade e inovação

Fig.27: Estado do design 03

Fonte: http://www.importacion-exportacion-china.com/muebles-3.htm

Fig.28: Estado do design 04

Fonte: http://www.cerignola.it/html/Artisti-monumentoAviatori.asp

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Fig.29: Estado do design 05

Fonte: http://www.cerignola.it/html/Artisti-monumentoAviatori.asp

Fig.30: Estado do design 06

Fonte: http://www.cerignola.it/html/Artisti-monumentoAviatori.asp

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Estruturas, coberturas, materiais

Fig.31: Estado do design 07

Fonte: http://www.cerignola.it/html/Artisti-monumentoAviatori.asp

2.3 PESQUISA DE CAMPO

Ao final da pesquisa de mercado iniciou-se então a pesquisa de campo. Esta teve como

principal objetivo coletar informações necessárias, com o intuito de descobrir real necessidade

junto do público a ser atendido. Através do resultado da pesquisa pode-se chegar a uma

problemática, visando depois o desenvolvimento de um produto para suprir essa necessidade

encontrada.

Foi realizada uma visita a feira livre localizada na rua 300, na cidade de Balneário

Camboriú, com o intuito de analisar a estrutura e questionar junto aos responsáveis pela

mesma, a existência de possíveis dificuldades na usabilidade das barracas.

No decorrer do mês de agosto de 2006 foram feitas visitas onde foi verificado que a

feira ocorre sempre a céu aberto, mesmo nos dias de chuva, sendo as coberturas das barracas

individuais.

A feira acontece ao longo da rua, que é fechada para o trânsito.

Observou-se que o fluxo de pessoas durante a realização da feira, das 8:00 às 12:00 hs

é em média de 200 pessoas nas 4ª feiras, subindo para aproximadamente 400 pessoas aos

sábados, dias em que a feira ocorre.

Nas barracas são encontrados os mais variados produtos, desde queijos, doces e

salames a massas, vinhos e frutos do mar.

A estrutura das barracas são independentes umas das outras, porém elas são dispostas

lado a lado, de forma a criar um corredor. O contato com o cliente em cada barraca é dado

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pela frente e laterais, ficando o fundo voltado para fora do corredor e sendo utilizado para a

movimentação dos materiais e acesso dos funcionários.

A estrutura das barracas é basicamente madeira, sendo complementadas por bambus

no teto que aumentam a área de apoio para a lona de cobertura.

A fixação da lona nos bambus é dada por amarras de borracha. Na base do balcão é

afixado, através de grampos, percevejos e pregos, um tecido que serve como espécie de

cortina. Para a fixação e remoção deste tecido são necessárias 2 pessoas.

Na montagem e desmontagem são necessárias em média 4 pessoas, pois as madeiras

utilizadas nas estruturas são bastante pesadas e grandes.

A maioria dos feirantes possui veículo próprio, geralmente vans, picapes e reboques,

porém, no transporte das barracas desmontadas são utilizados carrinhos de carga manuais e

não seus veículos, devido ao grande volume da estrutura.

Um outro grave problema originado do tamanho da estrutura é a excessidade da

locação de um espaço próximo para o armazenamento das barracas.

Essa visita foi de grande importância para constatar as reais necessidades do público

feirante, em específico de Balneário Camboriú, pois a feira tradicional não possui mais um

local com estrutura específica para a sua realização. Segundo os próprios feirantes, eles não

têm apoio dos órgãos públicos para fornecerem um local próprio para a realização da feira, no

centro da cidade devido à escassez de terreno nessa localização. Receberam apenas uma

proposta de transferir a feira para bairros mais isolados onde há mais terrenos disponíveis,

porém, como afirma Rogério de Oliveira, coordenador das feiras de Balneário Camboriú e

Blumenau, esta proposta é inviável, uma vez que tradicionalmente as feiras livres ocorrem no

centro das cidades. “O povo está acostumado a ter a feirinha próxima de suas casas. Já ouvi de

clientes que se for para irem a feira a mais de 3 quilômetros de suas casas pegam o carro e vão

para o supermercado então” relata Rogério.

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Fig.32: Feira em Balneário Camboriú

Fonte: Arquivo Pessoal

Fig.33: Feira em Balneário Camboriú 2

Fonte: Arquivo Pessoal

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Fig.34: Feira em Balneário Camboriú 3

Fonte: Arquivo Pessoal

Fig.35: Feira em Balneário Camboriú 4

Fonte: Arquivo Pessoal

2.3.1 Visita de Observação

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Foram visitadas feiras locais (Balneário Camboriú, Itajaí e Blumenau) onde percebeu-

se uma precariedade na estrutura quando se trata de feira-livre. Ou seja, a organização efetiva

e higiene adequada apenas é notada quando se tratam de feiras permanentes, em espécies de

galpões.

Notou-se também que os feirantes que se preocupam com uma estrutura mais bem

definida (segura), perdem grande parte do período armando e desarmando suas tendas e

bancadas do que aqueles que não prezam pela estrutura do seu ambiente.

Pode-se perceber ainda que, em praticamente todas as barracas, há uma certa

dificuldade de exposição organizada dos produtos, havendo casos onde há o anúncio do

produto porém não a sua exposição estando muitas vezes debaixo da bancada por pura falta de

espaço, uma vez que as estruturas das barracas não são bem definidas, o que dificulta o apoio

de prateleiras.

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3. CONCEITUAÇÃO

Em toda fase de pesquisa realizada, desde a pesquisa bibliográfica até a pesquisa de

campo, várias informações foram sendo coletadas. Ao longo dessa pesquisa procurou-se

encaminhar e afunilar essas informações para que mais a frente alguns resultados e respostas

fossem aparecendo. Após toda essa etapa de pesquisa entra-se então na fase de conceituação.

Esta fase concentra todas as informações coletadas até agora para que se possa chegar a um

problema de projeto baseado nas necessidades encontradas. Após ver e analisar os resultados

encontrados na pesquisa de campo conseguiu-se assim formular um problema de projeto.

3.1 PROBLEMA DE PROJETO

Como desenvolver um produto que torne o trabalho do feirante mais fácil e prático

como também torne a estrutura feira livre inovadora, atendendo os requisitos de mobilidade,

higienização?

3.2 ANÁLISE DA PROBLEMÁTICA

Partindo desse problema de projeto, aliado a toda parte de pesquisa realizada,

procurou-se direcionar melhor a necessidade do público em remodelar a feira em Balneário

Camboriú. Surgiu então a necessidade de uma estrutura que seja prática, de fácil montagem e

desmontagem, sendo assim uma solução versátil para o problema.

Se faz, então, necessário o desenvolvimento de um produto que atende não só à

exigências como também o fato de possuir características inovadoras e ter sua função bem

definida para sua finalidade.

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3.3 BRIEFING

Produto:

- Nome: Cabana

- Categoria: Mobiliário Urbano de Comercialização

- Local de uso: feiras livres, eventos, estande

- Forma de uso: 1º Comercializar produtos

2º Proteger de intempéries

- Composição industrial: polímeros, alumínio, PEAD, nylon6, Poliéster Oxford .

- Imagem do produto no mercado: inovador, eficiente.

- Pontos positivos: prático, estético, inovador.

- Pontos negativos: custo

- Influências: em todas as cidades, pois os materiais permitem inclusive a utilização

em regiões litorâneas, aplicadas ao comércio individual ou coletivo.

Mercado:

- Tamanho: o mercado para barracas específicas para feiras é praticamente inexistente.

O que se encontra são produtos adaptáveis de certa forma, mas nada com estudo aprofundado

para o público.

- Principais mercados (áreas e regiões): todo o mercado nacional e mesmo mundial.

- Evolução deste mercado: mercado se encontra estagnado no momento.

Consumidor:

- Quem consome: este produto se destinará a atender o público proprietário de

barracas que participam de feiras livres como também permite atender pessoas que necessitam

ter barracas móveis em eventos.

- Onde adquire: hipermercados, lojas de camping, lojas de materiais de construção,

lojas de piscina.

Razões de compra do produto:

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- Porque comprar nosso produto: por não existir nenhum produto com determinada

eficácia e eficiência, por ser prático e por garantir uma boa higienização.

- Benefícios esperados do produto: um produto inovador prático e ao mesmo tempo

eficiente nas questões as qual ele está sendo desenvolvido.

3.4 PAINEL SEMÂNTICO

A ferramenta Painel Semântico é utilizada para referenciar visualmente e conceituar o

produto. Através dele é que foi criada a verdadeira identidade do produto através de itens

como: Conceito e Público Alvo.

- Conceito

Fig. 36: Conceito – fonte: arquivo pessoal - Público Alvo

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Fig. 37: Público – fonte: arquivo pessoal

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4 CONCEPÇÃO

Nesta etapa do projeto deu-se início a toda parte de concepção, na qual tem como

objetivo iniciar todo o processo de criação como: desenhos, idéias, rabiscos, detalhes

baseados nos resultados obtidos na fase de pesquisa e na conceituação. O processo de criação

desenvolveu-se em torno de algumas ferramentas de criatividade pré-determinadas. A seguir

foram dispostas as ferramentas e técnicas utilizadas nesse processo prático de criação de

produto.

4.1 FERRAMENTAS E TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE UTILIZADAS

BRAINSTORM – essa técnica chamada de tempestade de idéias utiliza-se para gerar

alternativas de modo que, todas as idéias que apareçam na mente são colocadas no papel,

resultando assim em várias alternativas e idéias diferentes para que depois se possa filtrar e

selecionar as melhores. Assim várias idéias foram criadas, tudo o que aparecia em mente

incluindo idéias malucas, foi colocado no papel, justificando a essência dessa técnica

(BAXTER, 1998).

ANALOGIA – técnica que procura coletar tudo que está envolvido ao redor,

principalmente aos que nos chamam a atenção e estabelecem analogias ao produto a ser

desenvolvido (estrutura para feira). Aos intervalos do processo de criação tudo o que era visto

e chamava a atenção como objetos, sistemas, móveis, utensílios, etc era feito uma analogia,

isto é o que tinha de interessante, aquilo que era visto, que poderia servir para o produto.

Assim várias foram feitas servindo de inspiração para as alternativas (BAXTER, 1998)

Baseado nas técnicas de criatividade descritas acima deu-se início então a etapa de

geração de alternativas. Foram geradas cerca de 30 alternativas, selecionadas 10 e por fim 3

que serão apresentadas na seqüência.

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4.2 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

4.2.1 Alternativa 01

Fig.38: Alternativa 01 – fonte: arquivo pessoal Estrutura modular feita em fibra de vidro, com encaixes por parafusos, teto comum

dividida em 5 módulos detalhados abaixo:

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Fig.39: detalhamento 01 – fonte: arquivo pessoal

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Fig.41: detalhamento 01a – fonte: arquivo pessoal

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4.2.2 Alternativa 02

Fig.41: Alternativa 02 – fonte: arquivo pessoal Estrutura sanfonada a partir de uma base, toldo e bancadas retráteis, detalhamento da

estrutura a seguir:

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02 – fig.42: detalhamento 02 - fonte: arquivo pessoal

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4.2.3 Alternativa 03

Fig.43: Alternativa 03 - fonte: arquivo pessoal

Estrutura modular em formato de “carrinhos”, permite uma grande mobilidade,

praticidade e no fechamento. Detalhamento da estrutura a seguir:

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Fig.44: detalhamento 03 - fonte: arquivo pessoal

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4.3 ALTERNATIVA ESCOLHIDA

Dentre as três alternativas anteriores, foram selecionadas características positivas de

cada uma como: praticidade, mobilidade, leveza, apelo visual, dentre outras.

Afim de reuní-las em um só desenho, a alternativa escolhida foi a Número 4. A partir

disso procurou-se redesenhá-la, detalhando-a melhor.

A seguir será apresentada a evolução da alternativa e seu detalhamento construtivo.

Fig.45: alternativa escolhida A - fonte: arquivo pessoal

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Fig.46: alternativa escolhida B - fonte: arquivo pessoal

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A partir de skatches iniciais chegou-se a forma predominantemente triangular,

adquirindo assim uma leveza aparência.

Fig.47: alternativa escolhida C - fonte: arquivo pessoal

A estrutura divide-se em três partes: base, bancada e cobertura. Sendo completamente

desmontável concilia praticidade, leveza e mobilidade com segurança.

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4.4 PERSPECTIVA

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4.5 RENDER 1

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4.6 RENDER 2

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4.7 AMBIENTAÇÃO 1

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4.8 AMBIENTAÇÃO 2

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5. REGISTRO DE PROJETO

5.1 MODELO VOLUMÉTRICO (ESCALA)

Após a realização de toda a fase de alternativas e a seleção de uma delas, o próximo

passo no decorrer do projeto foi a construção do modelo volumétrico. Um modelo

volumétrico nada mais é que um modelo fiel construído com medidas bem próximas, em

escala ou as mesmas pré-estipuladas, com materiais alternativos e que se aproximem ao

máximo ao desenho do produto. O modelo volumétrico tem como função principal passar

uma noção das dimensões do produto que vai ser desenvolvido, podendo assim ser

manuseado e testado. É sempre essencial para qualquer projeto de produto a construção desse

modelo, pois depois de pronto pode-se realizar testes e ajustes como o aumento ou redução de

medidas, testes de ergonomia, enfim, realizar uma adequação do produto com a finalidade de

colocá-lo e desenvolvê-lo com medidas certas. A seguir serão apresentados os materiais que

foram utilizados e as medidas que serão pré-estabelecidas para o projeto. No caso desse

modelo foi utilizada a escala de 1/20, devido as tamanho real ser muito grande, sendo assim

difícil o manuseio.

5.1.1 Modelo Volumétrico (escala) – materiais

Apesar de ser um modelo aparentemente simples de montar, para a construção,

basicamente foram utilizados poucos materiais como: palitos de bambu, lâmina de PVC,

Nylon, DUREPOX®, colas e tintas.

Já para a montagem ou transformação, foram utilizados acessórios e ferramentas

como: estiletes, tesoura, régua, fita adesiva e apoios.

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Fig.48: Modelo Volumétrico (escala) – materiais fonte: arquivo pessoal

5.1.2 Modelo Volumétrico (escala) – execução

1º Passo – medir as varetas da base e dar cobertura separá-las e cortá-las

2º Passo – unir as peças da base fixando-as com cola.

Fig.49: Modelo Volumétrico (escala) – execução A fonte: arquivo pessoal

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3º Passo – unir as varetas da cobertura com cola.

Fig.50: Modelo Volumétrico (escala) – execução B fonte: arquivo pessoal

4º Passo – moldar DUREPOX® nos cantos (junções) de todas as peças tanto na

cobertura quanto na base.

Fig.51: Modelo Volumétrico (escala) – execução C fonte: arquivo pessoal

5º Passo – apoiar as estruturas moldadas para a secagem.

Fig.52: Modelo Volumétrico (escala) – execução D fonte: arquivo pessoal

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6º Passo – medir a lâmina do PVC e cortá-la, assim como o Nylon.

7º Passo – montar toda a barraca

Fig.53: Modelo Volumétrico (escala) – execução E fonte: arquivo pessoal

5.1.3 Modelo Volumétrico (escala) - Análise final

Notou-se que neste momento o modelo atingiu um equilíbrio satisfatório, a

distribuição dos elementos também ficaram bastante harmônicas, dando um visual agradável.

Porem houve a necessidade de um teste volumétrico em escala real 1/1.

5.2 ANÁLISE VOLUMÉTRICA – TAMANHO REAL

A fim de se obter uma certeza maior nas adequações antropométricas, foram

executados testes de volumetria com fita adesiva em escala 1/1, marcadas sobre a parede e

registradas com diferentes percentis de usuários.

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5.2.1 Análise Volumétrica - Execução

Ainda baseado nas medidas pré-estabelecidas para a análise anterior podemos verificar

a usabilidade do produto:

Fig.54: Análise Volumétrica – execução A fonte: arquivo pessoal

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Após concluir a projeção em tamanho real do modelo na parede algumas tarefas foram

executadas, tais como: simulação de atendimento, utilização interna, etc.

Fig.55: Análise Volumétrica – execução B fonte: arquivo pessoal

5.2.2 Análise Volumétrica - Análise final

Após serem executadas as tarefas, pode-se constatar que ambos percentis se

comportam perfeitamente, não sendo necessário nenhum ajuste ou quaisquer correções.

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5.3 DESENHO TÉCNICO

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5.4 MEMORIAL DESCRITIVO

Nesta fase do projeto especificou-se e descreveu-se todo o funcionamento do produto,

incluindo todos os materiais utilizados em sua estrutura, seu processo de fabricação, seus

componentes, sua montagem, sua aparência visual, dentre outras etapas.

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5.4.1 Função Estético Formal

Esse função está relacionada com toda a parte estética externa do produto, todas as

informações visuais e a questão da aparência estão descritas nesta etapa.

- Linhas geométricas: a barraca possui todas suas linhas geométricas, tornando-se um

elemento “limpo”, harmonioso. Sua simetria é evidente, dando uma sensação de segurança e

equilíbrio.

- Face lifting do produto: para trabalhar um aspecto higiênico mais evidente,

utilizou-se o alumínio em sua coloração natura, sem adição de pintura e dentro de alguns

detalhes como nas juntas, articulações e bancadas, buscou-se utilizar cores neutras a fim de

transmitir um ar de limpeza e modernidade, entrando assim de acordo com a proposta e idéia

do produto.

Fig.56: estudo de cores fonte: arquivo pessoal

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- Referências estético funcionais

Fig.57: - Referências estético funcionais fonte: http://www.pilosio.com/esp/cop-h50.htm

Fig.58: Referências estético funcionais B fonte: http://cgi.ebay.co.uk/New-Aluminium-8-Panel-

Exhibition-Stand-Carry-Bag_W0QQitemZ5650460281QQcategoryZ1304QQcmdZViewItem

5.4.2 Grafismos e marcas do produto

Nesta etapa da função estética, elaborou-se uma identidade visual para o produto,

baseado em seu conceito e em toda a sua estrutura visual e estética. Para a criação de sua

identidade visual realizou-se um pequeno “brainstorm” referente a nomes e logotipos. Em

seguida estarão dispostos seu logotipo e sua evolução:

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Fig.59: Evolução Logo Fonte: arquivo pessoal

5.4.3 Função de Marketing

A função de marketing tem como objetivo definir as estratégias de mercado, ou seja,

como o produto vai conquistar o cliente. Sabendo que o ambiente de feira livre é bastante

tradicionalista, onde em termos de custo pouco se investe em infra-estrutura, se faz necessário

um trabalho estético bem elaborado a fim de conquistar o público feirante.

Levando em consideração o valor de barracas similares, foi estabelecido uma

expectativa de custo que gira em torno de R$ 650,00.

A seguir veremos uma sugestão de grafismo temático na lona inferior, utilizada para

cobrir produtos sobressalentes dispostos no chão da barraca.

Fig. 60: Grafismo Lona Fonte: Arquivo pessoal

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5.4.4 Função de uso

Esta função trata das reais utilizações do produto, isto é, sua principal função de uso.

Porém existem determinados produtos que possuem funções secundárias de uso. Se referindo

ao produto no qual está sendo desenvolvido pode-se se citar então sua principal ou primeira

função de uso e possíveis funções secundárias (multiuso).

- Primeira função de uso: proporcionar um local de trabalho para exposição e

comercialização de produtos em feiras livres.

- Segunda função de uso: proporcionar proteção de intempéries para os usuários.

- Terceira função de uso: ser utilizada como local de acomodação, distribuição ou

venda de produtos como bebidas em eventos, festas, etc.

5.4.5 Função ergonômica

Em toda a relação entre homem e máquina existem parâmetros que devem ser

estudados como por exemplo, a interface efetiva de uso entre usuários e produtos.

A ergonomia neste etapa é indispensável para o design e terá como objetivo colocar

em harmonia usuário, produto e ambiente.

5.4.5.1 Usabilidade

A principio, no que se diz respeito a usabilidade, o produto se apresenta extremamente

simples. Mais especificamente a barraca é feita para a utilização externa, porem é necessário

que exista uma grande facilidade de uso por parte dos usuários.

A montagem e utilização do produto é bastante simplificada, necessitando apenas duas

pessoas para a montagem da estrutura de base, que têm seus componentes na maior parte

fixos com articulações, evitando que haja um excesso de partes a serem montadas. Na

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seqüência deve ser colocado o balcão e a seguir a estrutura superior e por fim aplicada a

cobertura.

Em relação a sua segurança, a estrutura foi projetada com suas quinas e pontas

arredondadas, evitando que qualquer relevo ou saliência machuque o usuário.

5.4.5.2 Adequação antropométrica

Antropometria Estática vista em corte

Fig. 61 Antropometria estática

Fonte: ergokit profº Manoel

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Antropométrica Estática em planta

Fig. 62 Antropometria estática 02

Fonte: ergokit profº Manoel

Antropometria Dinâmica vista em corte

Fig. 63 Antropometria dinâmica

Fonte: ergokit profº Manoel

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Antropometria Dinâmica em planta

Fig. 64 Antropometria dinâmica 2

Fonte: ergokit profº Manoel

5.4.5.3 Adequação fisiológica ambiental

A adequação é muito simples para o tipo de produto que está sendo desenvolvido.

Como ele é projetado para locais abertos, ruas, gramados, calçadas onde suas variações

fisiológicas e ambientais são bastante instáveis não possuindo um padrão fixo de medidas,

podendo variar de acordo com a situação. Assim, várias dessas adequações se tornaram de

certa forma descartáveis para este projeto, porém, é de estrema importância buscar sempre a

forma mais plana do terreno, garantindo assim a plena estabilidade da barraca CABANA.

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5.4.6 Função técnica

A função técnica é composta por três elementos principais: sistema construtivo,

materiais e processos de fabricação.

Nessa etapa toda a parte técnica referente ao produto será detalhada de forma

minuciosa.

5.4.6.1 Sistema construtivo

Nesta etapa descreveu-se toda a configuração do produto, desmembrada em diversas

partes. Conjuntos, subconjuntos, partes isoladas, enfim, tudo o que é necessário para construir

o produto. Em seguida será mostrado seu conjunto de partes e o seu volume:

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Fig. 65: Sistema Construtivo Fonte: Arquivo Pessoal

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6 MATERIAIS

Existem milhares de materiais à disposição de quem pretende desenvolver qualquer

tipo de “coisas”, principalmente se essa “coisa” for um produto.

Para cada tipo de produto e sua finalidade existe um tipo de material adequado para

seu desenvolvimento e construção. Os materiais evoluíram muito com o avanço da tecnologia

e pesquisa. Atualmente suas características e propriedades estão cada vez mais precisas e

específicas.

No projeto CABANA (estrutura para feira), dentro do contexto e mercado atual,

existem alguns tipos de materiais que poderiam ser trabalhados e utilizados na estrutura

CABANA voltados para locais públicos preferencialmente descobertos.

Realizou-se então uma pesquisa dos materiais disponíveis no mercado para esse tipo

de finalidade.

6.1 ESTRUTURA PRINCIPAL

Para sua estrutura principal na qual inclui todo seu corpo (tubos) optou-se a utilização

de diversos tipos de metais. Dentre os encontrados se pode citar: aço carbono fosfatizado e

pintado, aço inoxidável, aço galvanizado, alumínio e o duralumínio. Cada um desses metais

possui suas características principais na qual são voltadas para algum tipo de finalidade e

aplicação.

Dentre todos esses metais pesquisados o que mais se adequou foi o alumínio. Seus

atributos são completamente compatíveis ao conceito da estrutura CABANA. Alem disso,

como foi dito anteriormente, por se tratar de locais abertos, optou-se pelo alumínio por

possuir características como durabilidade e principalmente resistência a corrosão. Segundo o

site Alcoa (2006) o alumínio é a essência do material construtivo do futuro. Suas formas

arrojadas, resistência e leveza são seus principais atributos. Atualmente está sendo utilizado

em vários projetos com finalidade estrutural e decorativa. Suas características permitem

espessuras mínimas e dobraduras. Um dos pontos mais relevantes para sua escolha e

utilização foi a relação custo benefício que possui, na qual pode-se diminuir os custos em

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relação a sua manutenção. Seu conceito e suas principais características serão melhor

abordados no item materiais escolhidos.

6.2 MATERIAIS ESCOLHIDOS

6.2.1 Termoplásticos

Tipicamente são formados por cadeias lineares com limitações primárias fortes entre

seus átomos e ligadas entre si por forças do tipo Van der Waals. São polímeros que amolecem

e fundem quando aquecidos e endurecem quando resfriados. Devido a esse comportamento

essas resinas podem ser moldadas por injeção, por extrusão ou por outras técnicas, facilitando

que o resíduo da produção seja reutilizado. Os termoplásticos podem ser classificados

conforme sua cristalinidade (grau de ordem da estrutura do Polímero). Em geral cadeias de

polímeros com grandes grupos não podem formar configurações cristalinas, possuindo

estrutura amorfa. O mesmo Termoplástico pode apresentar diferentes graus de cristalinidade,

dependendo da técnica de processamento, o que implica em diferentes propriedades do

material.

6.2.1.1 Nylon 6

Fig.66: Nylon 6 - Fonte: www.ufrgs.br/ndsm

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Aplicações: como reforço nas telhas plásticas de fibra, em buxas para fixação, dobradiças,

engrenagens, válvula de regulagem de assento.

Fornecedor: Bayer Polímeros, Pepasa, Quimpetrol, Rhodia, Du Pont

Especificações técnicas:

Dados úteis para o projeto Desempenho frente ao ambiente

Formas de união: colagem, rebites e solda Água doce – Excelente

Água salina – Excelente

Ácidos fortes – Regular

Ácidos fracos - Excelente

Formas: barras, chapas, bastões e tubos Bases fortes – Bom

Bases fracas – Excelente

Radiação UV – Bom

Solventes orgânicos – Regular

Resistência ao desgaste – Ruim

Fonte especificações pead

Propriedades Físicas

Absorção de água: 1.4 – 1.6 (%)

Densidade: 1.13 – 1.15 (Mg/m^3)

Índice de Refração: 1,53

Resistência à Chama: Regular

Propriedades Mecânicas

Ductilidade: 0.6 – 0.65 (%)

Coeficiente de Poisson: 0.38 – 0.42

Coeficiente de atrito: 0.2 – 0.3

Dureza: 100 – 120 (Mpa)

Módulo de Bulk: 3.4 – 4.2 (GPa)

Módulo de Cisalhamento: 0.58 – 0.79 (GPa)

Módulo de Elasticidade: 2.2 – 2.8 (GPa)

Resistência ao Impacto: 32 - 53 (J/m, notação izod)

Limite Elástico: 38 - 40 (MPa)

Tenacidade de Ruptura: 2.3 – 2.5 (MPa m^1/2)

Tensão de Compressão: 40 - 45 (MPa)

Tensão de Ruptura por Tração: 40 - 42 (MPa)

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6.2.1.2 PEAD

Polietileno de alta densidade (PEAD) – Os polietilenos de alta densidade são

polímeros da família dos termoplásticos, sua composição é o (CH2)n. Esse polímero é

bastante indicado para o tipo de finalidade a qual será designado (estrutura da bancada) e suas

características são bastante compatíveis para o tipo de produto e ambiente que será disposto

segundo o site da UFRGS (2005).

Fig.67: PEAD Fonte: www.ufrgs.br/ndsm/

Aplicações – embalagens finas, cabos e cordas para empacotamento, moldes para

injeção, canos e tubos, tanques de combustíveis para veículos automotores, etc.

Fornecedor – IPQ Ipiranga Química, OPP, Polytech, Polialden

Especificações técnicas

Dados úteis para o projeto Desempenho frente ao ambiente

Formas de união: colagem, rebites e solda Água doce – Excelente

Água salina – Excelente

Tratamento superficial: polimento, pintura e pulverização Ácidos fortes – Bom

Ácidos fracos - Excelente

Formas: barras, chapas, bastões, laminas e tubos Bases fortes – Excelente

Bases fracas – Excelente

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Taxa de reciclagem: 0,8-0,9 Radiação UV – Regular

Solventes orgânicos – Regular

Resistência ao desgaste – Bom

Fonte especificações pead

Propriedades Físicas

Absorção de água: menor que 0.01(%, espessura 1/8 polegada/24h)

Densidade: 0.941 – 0.965 (Mg/m^3)

Índice de Refração: 1,54

Resistência à Chama: muito ruim

Propriedades Mecânicas

Ductilidade: 1.3 – 1.5 (%)

Coeficiente de Poisson: 0.4 – 0.42

Dureza: 60 – 70 (D-Shore)

Módulo de Bulk: 1.2 – 2.2 (GPa)

Módulo de Cisalhamento: 0.3 – 0.46 (GPa)

Módulo de Elasticidade: 0.8 – 1.6(GPa)

Resistência ao Impacto: 25 – 200 (J/m, notação izod) Sendo que PEAD de alta massa molar varia de 150 a 200

e o de baixa massa molar varia de 25 a 80)

Limite Elástico: 20 – 28 (MPa)

Tenacidade de Ruptura: 2.2 – 4 (MPa m^1/2)

Tensão de Escoamento: 23 – 33.1 (MPa)

Tensão de Compressão: 30 – 40 (MPa)

Tensão de Ruptura por Tração: 30 – 40 (MPa)

6.2.2 Metais Não-Ferrosos

São ligas metálicas nas quais o ferro não é o constituinte principal. Ligas não-ferrosas

oferecem uma grande variedade de propriedades mecânicas e físicas, temperatura de fusão, e

diferem muito em custo e performance. Muitos dos processos de fabricação usados nas ligas

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ferrosas podem ser usadas para conformação, corte e união de metais não-ferrosos e suas ligas

segundo o site da UFRGS (2005).

6.2.2.1 Alumínio

Fig.68: Alumínio - Fonte: www.ufrgs.br/ndsm/

Aplicações: Espelhos, eletrodos, folha de alumínio, portas e esquadrias, latas, placas,

embalagens, painéis, sinalizadores, placas de sinalização.

Fig.69: Características do Alumínio Fonte: www.alcoa.com.br

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Especificações técnicas

Dados úteis para o projeto Desempenho frente ao ambiente

Formas de união: colagem, rebites, solda, grampos, parafusos. Água doce – Excelente

Água salina – Bom

Ácidos fortes – Excelente

Ácidos fracos - Excelente

Formas: barras, tarugos, chapas, bastões, laminas e tiras. Bases fortes – Regular

Bases fracas – Bom

Taxa de reciclagem: 0,8 - 0,9 Radiação UV – Excelente

Solventes orgânicos – Excelente

Resistência ao desgaste – Ruim

Fonte especificações pead

Propriedades Físicas

Densidade: 2,7 (Mg/m^3)

Resistência à Chama: excelente

Propriedades Mecânicas

Ductilidade: 0.3 (%)

Coeficiente de Poisson: 0.34

Dureza: 120 (MPa)

Módulo de Bulk: 75 – 75,5 (GPa)

Módulo de Cisalhamento: 26.2 – 26.4 (GPa)

Módulo de Elasticidade: 68.9 – 69.6(GPa)

Limite Elástico: 40 (MPa)

Tenacidade de Ruptura: 30 - 35 (MPa m^1/2)

Tensão de Escoamento: 23 – 33.1 (MPa)

Tensão de Compressão: 40 (MPa)

Tensão de Ruptura por Tração: 200 (MPa)

Fonte: www.ufrgs.br/ndsm

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6.3 PROCESSOS E FABRICAÇÃO

6.3.1 Processos Termoplásticos – Nylon 6 e PEAD

Polimento

Processo mecânico de acabamento por abrasão no qual a ferramenta é constituída

um ou vários discos revestidos de substâncias abrasivas tem por objetivo tornar a peça com

um bom acabamento superficial.

Fig.70: Polimento – Fonte: www.ufrgs.br/ndsm/

Soldagem Ultra-som

A soldagem por ultra-som se caracteriza por unir as junções poliméricas através da

aplicação de ondas ultra-sônicas, que excitam as macromoléculas nas interfaces de junção.

Tal excitação gera o atrito superficial, que por sua vez, gera o calor necessário para a

ocorrência da solda.

Fig.71: Soldagem ultra-som – Fonte: www.ufrgs.br/ndsm/

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Soldagem por atrito

Processo de soldagem no qual as peças a serem unidas giram a uma certa

velocidade, e então entram em contato, com pressão moderada, o atrito faz com que a

temperatura das peças se eleve, até atingir uma temperatura que deixa o material no estado

plástico. O movimento giratório é então interrompido e a pressão é rapidamente aumentada,

ocorrendo a formação da solda.

Fig.72: Soldagem por atrito – Fonte: www.ufrgs.br/ndsm/

Conformação – Termoformagem

O processo de transformação plástica através da termoformagem consiste em

aquecer chapas de plástico de diversos tipos de materiais como PVC, Polietileno,

Polipropileno ou Poliestireno com espessuras variadas. Através de calor e sucção a peça

desejada é formada em alto e baixo relevo, em torno de um molde. Conforme a peça, pode-se

ainda sobrepor pressão. Utilizado na fabricação de peças descartáveis ou de grandes

dimensões, pois permite o emprego de moldes de baixo custo.

Fig.73: Termoformagem – Fonte: www.ufrgs.br/ndsm/

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Processo de usinagem – Perfilamento.

Processo de usinagem utilizado para obtenção de perfis gerados por um movimento

retilíneo alternativo da peça e/ou ferramenta.

Fig.74: Perfilamento – Fonte: www.ufrgs.br/ndsm/

6.3.2 Metais Não-Ferrosos – Alumínio

Processo mecânico de abrasão empregado no acabamento de peças cilíndricas, no qual

os grãos ativos da ferramenta abrasiva entram em contato com a superfície da peça. A peça

gira lentamente e a ferramenta se desloca com movimento alternativo de pequena amplitude e

freqüência relativamente grande, removendo o material necessário.

Fig.75: Não Ferrosos – Fonte: www.ufrgs.br/ndsm/

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Soldagem de Topo por Centelhamento

Na soldagem de topo por centelhamento, a união é produzida em toda a área de

contato das partes a serem soldadas. As peças são previamente energizadas, e suas faces são

até que ocorra o centelhamento. Esse processo é repetido até que a temperatura de forjamento

seja atingida. Então as faces são pressionas fortemente uma contra outra, gerando uma

considerável deformação plástica, que consolida a união.

Fig.76: centelhamento – Fonte: www.ufrgs.br/ndsm/

Conformação em estado sólido – Dobramentos de Tubos

A operação de dobramento é empregada na conformação de objetos sem alterações na

espessura da chapa, tubo ou barra. Entende-se por dobra, fazer com que a peça forme dois ou

mais planos separados por ângulos, evitando cantos vivos. O processo de curvamento ou

encurvamento segue em linhas gerais os princípios e conceitos da operação de dobramento,

porém faz com que a peça a ser encurvada descreva, usualmente, um arco de circunferência.

Fig.77: Dobras de Tubos – Fonte: www.ufrgs.br/ndsm/

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Conformação no Estado Plástico – Trefilação

Processo que consiste no tracionamento de um fio através de um conjunto de matrizes

denominadas “fieiras” cujo diâmetro vai diminuindo gradativamente. Este processo é

utilizado na fabricação de fios e arames.

Fig.78: Conformação no Estado Plástico – Fonte: www.ufrgs.br/ndsm/

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7 CONCLUSÃO

A atuação de designers hoje, atinge diversos setores e áreas, principalmente empresas

de grande porte. Muitas delas hoje não dispensam seus trabalhos, que apesar de criativos e

inovadores são responsáveis por seu crescimento e mudança dentro de um mercado

competitivo. A atuação do profissional de design é bastante ampla podendo atuar assim em

várias áreas e segmentos. Para se lançar um produto no mercado, é essencial e indispensável

que se realize uma pesquisa bastante ampla, para o produto final atingir diretamente as

necessidades do consumidor.

Durante toda a fase de desenvolvimento deste projeto até chegar a seu fim, conseguiu-

se notar a total importância da atuação dos conceitos de design e suas ferramentas para o

desenvolvimento de um produto. No início realizou-se uma pesquisa aprofundada utilizando

os conceitos e técnicas de design, com o objetivo de descobrir e identificar um problema. A

etapa de pesquisa foi, portanto, um fator determinante no projeto, pois foi através dela que se

conseguiu definir o produto que seria desenvolvido, uma estrutura para barraca.

Um dos pontos determinantes que fizeram dar inicio ao desenvolvimento da

CABANA foi a questão do mercado. Este possui uma carência no ramo de barracas voltadas

especificamente para feiras livre.

Através das técnicas empregadas em design conseguiu-se desenvolver um modelo

final com características bastante diferenciadas e um conceito inovador. Futuramente a

barraca CABANA poderá segmentar seu produto através de linhas mais personalizadas,

voltadas a diferentes áreas de atuação que possuam características próprias.

Para finalizar, foi de grande importância à realização deste projeto de produto, pois me

possibilitou agregar maior conhecimento e informação sobre a área estudada e pesquisada e

principalmente obter um aprendizado maior e mais aprofundado com relação ao

desenvolvimento de projeto de produto.

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REFERÊNCIAS

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